Falando de Axé - Edição Abril/2011

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    TUDO SOBRE UMBANDA, CANDOMBL E CULTOS AFRICANOSCULTURA E RELIGIOSIDADE NEGRA.

    Falando de Ax

    ANO I Edio 02 Abril de 2011

    Il sey

    Nas Ok 1 Casa deCandombl

    Ktu do Brasil

    rs do ms

    rnml, oVice deOldmar eTestemunhados destinos

    Tenda Esprita

    Nossa Senhorada Piedade 1 Tenda deUmbanda do

    Brasil

    Falando de Axcom o Bblrs

    Olmoko TSng

    Caboclos De um

    Brasil Caboclo

    Santo do Ms SoJorge, o Guerreiro

    Ew Kkndnk, a

    Mestra das folhasquando o Dia nasce

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    EDITORIALPor Wemerson Elias TSng

    O Falando de Ax, nasce com umaproposta simples e ao mesmo tempoousada de ser um veiculo de informaoe tambm um difusor de conhecimento.Eu como afro descendente e Cultuadorde rs, me sinto felizem estar fazendo parte deste projeto.

    Falando de Ax no s maisuma Revista virtual que falar de

    religiosidade Afro e Afro-descendente,mas sim, um veiculo que alm deinformar, ser tambm uma grandeferramenta contra a IntolernciaReligiosa.

    Neste peridico, as pessoas poderoconhecer um pouco mais a respeito detodas as religies que cultuam rs,

    Nkise e Vodn. E teremos tambm,matrias falando sobre a cultura negraem um todo.

    Contamos com voc fazendo partedessa famlia e falando de ax junto ans.

    Co-Editor

    "Ningum nasce odi-ando outra pessoa

    pela cor de sua pele,por sua origem ouainda por sua religi-

    o. Para odiar, aspessoas precisam

    aprender e, se po-dem aprender a odi-ar, podem ser ensi-

    nadas a amar."

    (Nelson Mandela )

    http://capoeira/
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    NDICEIl se y Nas Ok 1 Casa deCandombl Ktu no Brasil Pg. 04

    Tenda Esprita Nossa Senhora daPiedade 1 Tenda de Umbanda doBrasil Pg. 06

    rs do Ms rnml, o Vice deOldmar e Testemunha dos Destinos

    Pg. 07

    Orao a Santo Expedito Pg. 11

    Santo do Ms So Jorge, o GuerreiroPg. 12

    Livro do Ms Ew rs Pg. 14

    Falando de Ax com o BblrsOlmoko TSng Pg. 15

    Caboclos De um Brasil Caboclo Pg. 20

    Folha do Ms Ew Kkndnk, aMestra das folhas quando o Dia nasce

    Pg. 23

    O Samba Pg. 25Contatos Pg. 26

    http://xn--niga-dg7n/
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    Il se y Nas Ok 1 Casa deCandombl Ktu do BrasilO Il sey Nas Ok, tambm conhecido como Casa Branca do Engenho

    Velho, hoje situada na Avenida Vasco da Gama, n 463, Salvador - BA, foi tombadaem 1984 e considerada o primeiro Monumento Negro do Patrimnio Histrico doBrasil.

    Relatos antigos, afirmam que a primeira casa de Candombl Ktu (de origemyorb) fundada no Brasil foi o Il y Omi se ir Intil (Casa Branca doEngenho Velho).

    No perodo da escravido no Brasil, os negros escravos formavam suascomunidades em engenhos de cana. Na Bahia, princesas africanas na condio deescravas, oriundas de y e Ktu, agruparam-se num local denominadoBarroquinha, onde fundaram uma comunidade Ng (yorb), que segundohistoriadores, remonta mais ou menos 300 anos de existncia.

    A Casa Branca do Engenho Velho que teve sua origem inicialmente numacasa situada Ladeira do Berquo, prxima Igreja da Barroquinha, Salvador Bahia foi fundada por trs negras africanas, chamadas y Nas Ok, y Adt e

    y kl. Os africanos que nesta casa encontravam-se, lugar deserto naquela

    poca, porm, prximo ao Palcio de sua Real Majestade, tiveram receio dainterveno das autoridades em seu Culto, ento, y Nas resolveu arrendarterras do Engenho Velho do Rio Vermelho de Baixo, no trecho chamado Joaquimdos Couros, estabelecendo a o primeiro Terreiro de Culto Ng (yorb) na Bahia.

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    O Il y Omi se ir Intil,mudou de endereo algumas vezes atfixar-se na Avenida Vaso da Gama, localonde se encontra at os dias de hoje,com o nome de "Il sey Nas Ok".

    O Il se y Nas Ok estc o n s t r u d o e m u m a r e a d eaproximadamente 6.800 m2, e foitombado pelo IPHAN (Instituto doPatrimnio Histrico e ArtsticoN a c i o n a l ) e m 1 9 8 4 .

    Aps a morte de y Nas, oTerreiro Casa Branca do Engenho Velhofoi comandado por Marcelina da Silva( y Obatosn) que at os dias de hoje,muito louvada nas casas deCandombl mais tradicionais do Brasil.

    Com a morte de y Obatosn, OIl se y Nas Ok foi comandado por MariaJlia Figueiredo ( yld Omonik -Erel), sendo substituda pela ylrsUrsulina de Figueiredo (Me Sussu). Aquinta ylrs a ocupar o posto dacasa de Candombl mais tradicional doBrasil foi Maximiana Maria da Conceio( wn Fnk). Me Massi, como eracarinhosamente chamada, foi semdvidas uma das mais aclamadas

    ylrs do Brasil, sendo que suamorte causou uma grande lacuna para acultura dos rs. Sucedeu Me Massi, aylrs Maria Deolinda (Me k).

    Hoje, o Terreiro mais tradicionaldo Brasil comandado pela afvelylrs Altamira Ceclia dos Santos,

    filha carnal de Me k, y AltamiraCeclia dos Santos, popularmenteconhecida como Me Tat do EngenhoVelho, y Tat, nosso respeito.

    A Sucesso ao trono desta Casase da atravs da linhagem familiar dasylrs regentes.

    Deste Il se (Terreiro deCandombl), descenderam duas

    principais e conhecidas Il se, o Ily Omi seymas (conhecido comoGantois) e o Il se p fnj econseqentemente tambm suas casasdescendentes.

    Considerado o mais tradicionalCandombl da Bahia e do Brasil, commuitos segredos ainda preservados,tem suas funes muito restritasapenas a iniciados.

    Aquele que faz o bem,Faz o bem a si mesmo.Aquele que faz o mal,Faz o mal a si mesmo.

    A virtude tem sua boa recompensa.E o mal sua conseqncia.

    Mas se a conscincia de algum clara,

    A mosca m enviada pelo mal,No faz mal.

    Texto de Jos Abade de Oliveirareadaptado por

    Hrick Lechinski (Ejtol Tsmar)

    http://xn--mtatfoto%20de%20manu%20dias-619mi853e/
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    Tenda EspritaNossa Senhora

    da Piedade 1Tenda de

    Umbanda doBrasil

    A 1 Tenda de Umbanda do Brasil, recebeu o nome de Tenda EspritaNossa Senhora da Piedade, foi assim denominada, " porque assim como

    Maria acolhe o filho nos braos, tambm seriam acolhidos, como filhos,todos os que necessitassem de ajuda ou conforto".Foi a primeira tenda deUmbanda a ser fundada, por Zlio Fernandino de Moraes, ainda em 1908.

    Localizava-se em Neves, distrito de So Gonalo, no estado do Rio deJaneiro.

    Passou a ter sede prpria em 1918, na rua Dom Gerardo, prximo aocais das barcas, tambm no estado do Rio de Janeiro.

    Desta tenda se originaram mais sete, como plos da difuso da religioumbandista. Os seus rituais eram ento muito influenciados peloCatolicismo e pelo Kardecismo.

    Aps a morte do fundador, a tenda passou a ser dirigida por suasfilhas, Zlia de Moraes Lacerda (j falecida) e Zilmia de Moraes Cunha. Estaltima, h alguns anos, passou a direo da casa para a sua filha, Lgia deMoraes Cunha.

    Atualmente funciona na Cabana de Pai Antnio no bairro de Boca doMato, em Cachoeiras de Macacu, no Rio de Janeiro.

    19082011

    103 Anos da 1 Casa deUmbanda do Brasil

    Por Hrick Lechinski (Ejtol Tsmar)

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_esp%C3%ADritahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Umbandahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Z%C3%A9lio_Fernandino_de_Moraeshttp://pt.wikipedia.org/wiki/1908http://pt.wikipedia.org/wiki/Neves_%28S%C3%A3o_Gon%C3%A7alo%29http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Gon%C3%A7alo_%28Rio_de_Janeiro%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeirohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1918http://pt.wikipedia.org/wiki/Catolicismohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina_esp%C3%ADritahttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Z%C3%A9lia_de_Moraes_Lacerda&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Zilm%C3%A9ia_de_Moraes_Cunha&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=L%C3%ADgia_de_Moraes_Cunha&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=L%C3%ADgia_de_Moraes_Cunha&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Cabana_de_Pai_Ant%C3%B4niohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cabana_de_Pai_Ant%C3%B4niohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cachoeiras_de_Macacuhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cachoeiras_de_Macacuhttp://xn--1enda%20de%20umbanda%20do%20brasil-bz93j/http://pt.wikipedia.org/wiki/Cachoeiras_de_Macacuhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cabana_de_Pai_Ant%C3%B4niohttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=L%C3%ADgia_de_Moraes_Cunha&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=L%C3%ADgia_de_Moraes_Cunha&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Zilm%C3%A9ia_de_Moraes_Cunha&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Z%C3%A9lia_de_Moraes_Lacerda&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Catolicismohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina_esp%C3%ADritahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Catolicismohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1918http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeirohttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Gon%C3%A7alo_%28Rio_de_Janeiro%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Neves_%28S%C3%A3o_Gon%C3%A7alo%29http://pt.wikipedia.org/wiki/1908http://pt.wikipedia.org/wiki/Z%C3%A9lio_Fernandino_de_Moraeshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Umbandahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_esp%C3%ADrita
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    rnml O Vicede Oldmar eTestemunha dos

    Destinos

    Enikj Oldmar ti Elrpn

    rnml o rs do destino e o deus da sabedoria, uma das divindades maisimportantes do panteo Yorb. Sua importncia se deve a vrios fatores, um deles que, segundo os tn od, mitos antigos que fazem parte dos CRPUS LITERRIO DEIF, foi rnml quem introduziu a utilizao do orculo de If dentro da sociedadeyorb.

    Quando falamos de rnml, estamos nos referindo a uma divindade, um rsfunfun, que nos primrdios da existncia, acompanhou os deuses da criao (s,gn, Odwa, Oddw, Obtl e muitos outros no processo de criao do iy,mundo fsico) e dos seres humanos. A funo de rnml era de orientar asdivindades e os homens a respeito das vontades do OR (deus individual de cada um) ede Oldmar (O Deus supremo dos orixs).

    Segundo o tn od, wr mj, quando rnml retornou ao rn (planoespiritual), o mundo passou por srias dificuldades, ento, os dezesseis filhos deste,resolveram lhe invocar para contar com sua ajuda, rnml veio, e ao invs de ajudar,divulgou aos seus filhos o sistema de consulta chamado IF. Entregando para cada um

    de seus 16 filhos, 16 ikin (16 x 16 = 256), para que eles pudessem consultar Ifsempre que houvesse algum problema ou duvida, para que atravs dos tn od,pudesse ser encontrado uma soluo e uma resposta para todas as perguntas.

    Quando falamos de IF, estamos nos referindo ao sistema divinatrio, mas, If tambm um apelido do prprio rnml, que chamado de: rnml Bb If(Orumil o pai [criador] de If).

    No culto de rnmil, h outras divindades muito importantes tambm, quecomplementam o culto desse rs, so elas:

    s, o grande harmonizador e organizador do destino humano.

    sayn, o deus das folhas e da medicina.

    Od-wa, (nossa Od), representada pelo Igb-Od, simboliza o universo em sua uniofecunda, a me de todos os Od e esposa de rnml,

    rs do Ms

    http://xn--%20-%20divindade%20do%20destino-4c2a0815duew8d/
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    cultuada por alguns sacerdotes,principalmente para correo de destino eproteo espiritual.

    p Os, Cajado que representa a fora deIf.

    El, a fora da pureza, manifestao da

    intuio durante a consulta, relacionadatambm a agricultura.

    importante lembrar que, todos osseres humanos, homens, mulheres,crianas, idosos e etc. podemperfeitamente serem iniciados em If,para assim, buscarem as orientaes comrelao ao seu prprio destino. A iniciaono torna ningum apto a ser sacerdotede If, e sim devoto, pois, o culto de If amplo e complexo, devido isso, dentro

    do pouco que sei, acho meio difcil existirsacerdotes desse culto que no sejamyorbs. Atravs dessa iniciao, odevoto recebe orientaes poderosas, quepodem ajud-lo a se manter em equilbriocom o prprio destino, evitando coisasnegativas e aproveitando melhor asoportunidades da vida.

    O iniciado, seja homem ou mulher,recebe um recipiente, que leva os

    smbolos de If, onde colocado umacerta quantidade de Ikin (sacralizadosdurante a iniciao), alm de um ide If(pulseira de If) e um lkIf, chamadosde tutu-opon, que so contas nas coresverde e marrom. As cores verde e marromrepresentam vrias coisas, entre elas, asmatas e a terra, os ods j-ogb e yk-mj e respectivamente o equilbrio entrea vida e a morte. Esse smbolo deve serusado sempre pelos iniciados em If, afimde que, atravs disso os ajgn (inimigos

    dos homens) no tenham acesso vida dapessoa. Logo, a pulseira (normalmenteutilizada no punho esquerdo) e o colar,possuem efeito curativo e tambmfuncionam como amuletos de proteo,livrando os iniciados de todos os males.

    VALE RESSALTAR QUE: Essessmbolos s passam a ter algum tipo depoder (ax) caso o devoto seja iniciadonesse culto, pois, apenas na iniciao que os mesmos so sacralizados peloBblawo (sacerdote de rnml) erecebem a fora necessria para protegero devoto, sendo um grande risco o usodesses smbolos sagrados por pessoas noiniciadas em If.

    O devoto recebe tambm o seuyang (pedao de laterita, barro pr-histrico) sacralizado, que representa sIf, pois, e If trabalham juntos paraharmonizarem o destino do individuo queos cultua. Outros elementos podem serentregues, dependendo da orientaotrazida pelo jogo. O nome que se d iniciao de If ITEF.

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    rnml kitbr apa ojik d Orunmil, aquele

    que altera a data damorte.

    Por Zarcel CarnielliIlsire slsnOmigbmi

    (OmoIf ti Olbtl Nil snAbrs s YorbNi iranti y

    Obmonure, So PauloSP)

    rnml cultuado para quetenhamos um bom destino, boa sorte,realizao na vida! O ax dele, quandoutilizado de forma correta pelos seusdevotos, muito bom! No basta nascercom um OR RERE (boa cabea), precisoalimentar isso, um dos meios,

    conhecendo If, outro meio respeitar asdeterminaes de If, e outro meio agirsempre com bom carter (w-rere) parase atingir o w-pl (ponto mximo dobom carter).

    Aos meus mestres, meu mais sublimeagradecimento, por todo o meu saber.- Bb Kekeje (Antonio de Sng - meusacerdote e padrasto);- y Dela (Marta, minha me carnal eespiritual, sempre!);- Bb Fbunmi Sowunmi (Bblawo quemeu iniciou no culto de rnml-If, noano de 1997, ni iranti [In memria]);- Bb Awodiran Sowunmi (Aquele quedeu continuidade aos trabalhos realizadospelo Bb Fbunmi, e que, possui um axe uma fora fora do normal);- E ao grande responsvel por tudo isso, ohomem que a meu ver, mudou a forma doBrasil e do brasileiro enxergar o culto deorix, nosso grande mestre, Bb King

    (Skr Slm, aquele que sempretransmitiu aos seus filhos e filhos de seusfilhos as orientaes necessrias arespeito de tudo que envolve a tradioyorb, o mestre que orienta e cuida deseus seguidores com compromisso eseriedade, agradeo ele, por tudo!!!)

    bor boy gbogbo awo!

    Altera a Lei no 9.394, de 20de dezembro de 1996,

    modificada pela Lei . 10.639,de 9 de janeiro de 2003, que

    estabelece as diretrizes ebases da educao nacional,

    para incluir no currculo

    oficial da rede de ensino aobrigatoriedade da temticaHistria e Cultura Afro-Brasileira e Indgena.

    http://www.leidireto.com.br/lei-.htmlhttp://www.leidireto.com.br/lei-.htmlhttp://fazervaleralei.blogspot.com/http://xn--zarcel%20carnielli%20-%20omo%20iflre-i95p77051b/
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    Uma Maravilhosa Coleo de Livros, do autor Orlando J. San-tos, que chegou para nos auxiliar na educao tica e moral de nos-

    sos filhos, vocs no podem deixar de ler para os seus.Menina Teimosa e Criana Sabida ajudaro a construirmos

    um Mundo Melhor, com crianas e adolescentes de carter e capa-zes de praticar o respeito mutuo para com tudo e todos...

    No Percam...

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    Orao a Santo Expedito

    Meu Santo Expedito das causas justase urgentes interceda por mim junto aoNosso Senhor Jesus Cristo, socorra-menesta hora de aflio e desespero, meu

    Santo Expedito Vs que sois um Santoguerreiro, Vs que sois o Santo dosaflitos, Vs que sois o Santo dosdesesperados, Vs que sois o Santodas causas urgentes, proteja-me.Ajuda-me, Dai-me fora, coragem eserenidade. Atenda meu pedido (Fazero pedido). Meu Santo Expedito! Ajuda-me a superar estas horas difceis,proteja de todos que possam meprejudicar, proteja minha famlia,atenda ao meu pedido com urgncia.Devolva-me a paz e a tranqilidade.Meu Santo Expedito! Serei grato peloresto de minha vida e levarei seu nomea todos que tm f.

    Muito obrigado.

    (Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e fazero sinal da cruz)

    *O poderoso Santo Expedito louvadoe comemorado no dia 19 de Abril.

    http://mundupagao.blogspot.com/http://mundupagao.blogspot.com/2011/04/jornal-voo-noturno-edicao-07-abril11-no.html#Label1http://santo%20expedito/
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    So Jorge, oGuerreiro

    So Jorge sem dvida nenhumum dos santos catlicos mais cultuadosno Mundo. Cultuado e festejado comgrande fervor e f todo dia 23 de abril.

    Na Umbanda, So Jorge sincretizadocom o orix Ogum, o grande guerreiroquebrador de demandas e no Candombl,So Jorge sincretizado com gn (rsguerreiro) e s vezes ss (rscaador e da fartura). Mas temos quedeixar bem claro, que So Jorge SoJorge, gn gn e ss ss, osincretismo se d apenas, por umanecessidade que existiu com a vinda deafricanos para o Brasil, na poca dotrfico escravista. Hoje, os dias sooutros e a necessidade outra tambm, ade cultuarmos sabendo o que estamoscultuando.

    So Jorge o patrono (padroeiro)da Inglaterra.

    No Rio de Janeiro ele tem tantosdevotos, que ds do ano de 2008 que odia 23 de abril virou feriado nacional etodos tiram o dia de folga pra prestar a

    e l e s u a s h o m e n a g e n s .So Jorge um santo guerreiro, o

    dono da espada e do escudo,

    Santo do Msaquele que combate o mal (representadop e l o d r a g o ) .

    Alm de patrono da Inglaterra, tambm de Portugal, Gergia, Catalunha,Litunia, da cidade de Moscou, alm deser padroeiro dos escoteiros. No dia 23de Abril comemora-se seu martrio. H

    uma tradio que aponta o ano 303 comoano da sua morte.

    A Vida de Sa Jorge

    Grande mrtir o ttulo honrosoque se atribua, nos livros litrgicos docatolicismo, a So Jorge pela suaimpavidez, coragem e galhardia, com asquais enfrentou duros e prolongadossuplcios, antes de ser degolado em 23 deabril de 303, durante o reinado deDiocleciano, na sia Menor. Aos 17 anosJorge entrou para a vida militar e pelasua aplicao, capacidade no manejo dasarmas e excepcional destreza nostorneios de eqitao, chegou a ocuparcargos importantes no exrcito romano.Diocleciano, o imperador romano dapoca, chamou para coadjuv-lo nogoverno do Imprio Maximiano, quedeixou em Roma, Cloro, que transferiupara as Glias, Galrio que foi com ele

    para a sia Menor, na outra sede doImprio em Nicomdia, para onde elep r p r i o s e t r a n s f e r i u .Sabendo Diocleciano dos mritos do jovem oficial Jorge, chamou-o paracomandar a corte-prima da GuardaI m p e r i a l .

    No obstante os efeitosdestruidores da nona perseguio geralcontra os cristos, desencadeada em274, esses encontravam ainda alguma

    trgua para reanimar-se e vir a pblico.Os quatro monarcas, desta vezassociados, decidiram baixar novoseditos para exterminar os cristos.Maximiano e Cloro agiram no Ocidente,Diocleciano, - que a princpio relutara -, eGalrio, vibraram a espada daperseguio contra os cristos noOriente. A dcima das perseguiesgerais, levada a cabo pelos quatromonarcas foi a mais terrvel edevastadora de todas.

    Os historiadores

    cristos Lactncio e Eusbio contam que,quando o edito desta contra os cristosfoi afixado no frum de Nicomdia,

    http://xn--ogum%20e%20sjorge-rm7t/
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    MsicaCanto pra Ogum Zeca

    Pagodinho e Jorge Bem Jor

    esse pergaminho teria sido arrancado erasgado por um jovem cristo, cuja

    identidade no pode ser verificada, mas cujaautoria atriburam alguns ao tribuno Jorge.Enfurecido, o imperador Diocleciano mandoudespojar o tribuno das insgnias militares emet-lo na priso. Depois de vrios suplcios- fora atado a uma roda ouriada de pontasque a cada volta dilacerava-lhe as carnes,raspadeiras com garras de ferro, banho decal viva, flagelao, fogo em brasa e veneno -, os algozes finalmente decidiram decapitar ocorajoso mrtir.

    No Oriente, a devoo ao santoespalhou-se a partir do sculo V, enquantoque, no Ocidente, desde o sculo XI graass Cruzadas. No Ocidente, destacou-se aInglaterra, onde a devoo ao santo foi toforte que a Cruz Vermelha sobre o fundobranco de So Jorge, um dos elementosque compem o pavilho nacional britnico,a UNION Jack.Desde muito cedo, portanto, tanto as Igrejasdo Oriente, quanto as do Ocidente celebram

    em seus calendrios a memria-recordaoda morte do santo como ocorrida em 23 deabril de 303.

    Texto readaptado porHrick Lechinski (Ejtol Tsmar)

    Eu sou descendente Zulu.

    Sou um soldado de Ogum.Um devoto dessa imensa legio de Jorge.Eu sincretizado na f.Sou carregado de ax.E protegido por um cavaleiro nobre.

    Sim vou na igreja festejar meu protetor,E agradecer por eu ser mais umvencedor,Nas lutas nas batalhas.Sim vou no terreiro pra bater o meutambor.Bato cabea firmo ponto sim senhor.Eu canto pra Ogum.

    Ogum!

    Ogum!Um guerreiro valente que cuida da genteque sofre demais.

    Ogum!Ele vem de Aruanda ele vence demandade gente que faz.

    Ogum!Cavaleiro do cu escudeiro fielmensageiro da paz.

    Ogum!Ele nunca balana ele pega na lana elemata o drago.

    Ogum! quem da confiana pra uma crianavirar um leo.

    Ogum! um mar de esperana que trazabonana pro meu corao.

    Ogum!

    http://zeca%20pagodinho%20e%20jorge%20bem%20jor/http://xn--sjorge-b40g/
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    Deus adiante paz e guia.Encomendo-me a Deus e a virgem Maria minha me.Os doze apstolos meus irmos.Andarei neste dia nesta noite.Com meu corpo cercado vigiado e protegido,Pelas as armas de So Jorge.So Jorge sendo com praa na cavalaria.Eu estou feliz porque eu tambm sou da sua companhia.

    Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge,Para que meus inimigos tendo ps no me alcancem,Tendo mos no me peguem no me toquem,Tendo olhos no me enxerguem,E nem em pensamento eles possam ter para me fazerem mal.Armas de fogo o meu corpo no alcanar.Facas e lanas se quebrem sem o meu corpo tocar.Cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge.

    Jorge da Capadcia.

    Salve Jorge!

    Ew rsUso litrgico eteraputico dos

    vegetais nas Casasde Candombl Jje-

    Nag

    Editora BertrandBrasil.

    Livro do MsCulturalmente, a existncia da relao homem/

    vegetal de suma importncia para o elementonegro, seja ele da frica ou do Brasil. Pode-se deduzirque a chegada de levas de escravos ao continente

    americano conduziu-os, obrigatoriamente, a umconfronto com a flora aqui existente; havianecessidade de encontrar elementos vegetais que, dealguma forma, reproduzissem as espcies da florestaoriginal.

    O Brasil, possuidor de uma extensa ediversificada flora, com zonas de vegetao bastantediferenciadas, colocou o escravo diante de umuniverso misterioso que era necessrio dominar paraque ele pudesse sobreviver fsica e culturalmente. Aadaptao ao novo habitat e s novas condies

    sociais deram lugar a substituies indispensveisdas plantas que no foram aqui encontradas. Aprocura e a identificao de espcies vegetaisobjetivam a manuteno de aspecto primordial de suacosmoviso e, portanto, da sobrevivncia de umaidentidade enquanto negro e africano.

    Nas comunidades terreiro, reduto desteconhecimento ancestral, comum ouvir-se Kosew... kos rs, sem folha no h orix. Tambm comum a utilizao das plantas tanto na liturgia dascasas de santo como em seus contedos ligados

    preservao da sade. So destes importantesaspectos que falam os autores deste livro.

    Prof Jos Flvio Pessoa de Barros

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    Falando de Axcom o Bblrs

    Olmoko AlylSnggbmi

    Sng, bi soro, a snynderanko Xang, quando ele

    fica feroz, transforma umapessoa num animal.

    Falando de Ax esse ms, tem o prazer e privilgio de entrevistar o BblrsOlmoko Alyl Snggbmi, pessoa super especial, que tem como virtudes ahumildade, o bom carter e principalmente o amor pelo rs.Bb, para comearmos nossa entrevista, gostaria que antes, o senhor fala-se umpouquinho de voc e de sua trajetria dentro do Culto, para que assim, nossos leitorespossam saber quem Bb Snggbmi TSng.

    Antnio Carlos Odlevac, sou natural da cidade de Santo Andr, estado de SoPaulo, nascido h 19 de Abril de 1960. Ingressei na religio dos rs em 05 de Junhode 1977, dia do meu orko, tendo como Bblrs o senhor Anoel de ir e

    ykker, Isabel de Oya, ambos pertencentes nao KetuseGantois (y y Omiseymase) e, com estes mesmos sacerdotes, dei continuidade s minhas obrigaesseguintes, concluindo em 20 de Abril de 1985 os meus sete anos.No ano de 1987 comecei a tocar Candombl na cidade de Santo Andr onde inicieimeus primeiros filhos com a assistncia de minha ykker, mas adiante em 1990 tiveque procurar local maior e adequado para fundar a casa de Sng, ocasio em que eu eminha famlia nos mudamos para a cidade de Po SP, local onde foi fundado o IlOnbon run. No mesmo ano conheci e fiz alguns rituais com um Bblrs nigerianochamado Sngsoj que me foi apresentado pelo senhor Admol Adsoj, sendo nessapoca aconselhado a iniciar no culto rnmil-If, fato que, felizmente, aconteceu

    em Fevereiro de 1995 com o Bblawo Fbunmi Sowunmi (ni iranti). Desde minhainfncia, sempre me senti atrado pela religio dos rs, haja vista que, meusfamiliares maternos sempre estiveram ligados religio de alguma forma, inclusive,sendo meu av materno iniciado em Candombl de nao Angola. Porm, mesmo eusentindo essa atrao pela religio, eu era barrado pelo meu finado pai, que por ele sereuropeu preferia manter certa distncia das pessoas que ele denominavamacumbeiras. Mas no teve outra opo, quando eu aos dezesseis comecei h seracometido por crises constantes de hipertenso arterial e sem soluo na medicina fuilevado por uma tia para a casa daquela que mais tarde se tornou minha ykker.Inicialmente ela cuidou de mim com rituais de ebo e ebor, da para a iniciao fui umpulo. E se hoje, eu tivesse que passar por tudo novamente, faria sem pensar duasvezes. Sei que algumas pessoas no acreditam na histria de algum chegar iniciao para resolver problemas de sade, mas a situao verdica, o mesmoaconteceu com minhas filhas carnais Hrika e Amanda, Hrika aos dez anos e Amandaaos oito anos de idade tiveram que ser iniciadas por questes de sade.

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    Falando de Ax - O que Ax para o Senhor bb?Bb Olmoko Ax para mim consiste no poder de realizao e transformaocontido em tudo que ns manipulamos e verbalizamos. Acredito que para haver amanifestao do Ax, alm dos elementos e palavras por ns usadas para despertaressa energia contida nos elementos, desencadeando assim uma reao, h anecessidade de estarmos em equilbrio com a natureza nossa volta e com nossaprpria essncia. Penso que este equilbrio s atingido por meio dos rituais deiniciao ao Orix e, posteriormente iniciao ritual, o iniciado iniciar-se a si prprio,ou seja: ter conscincia de que agora, aps a iniciao, ter que adotar uma posturadiferente da anterior, primando pelo bom carter e respeito. No consigo crer quealgum plante Ax em outro ser, em assentamentos de Orix ou em espaos fsicos,

    entendo que o sacerdote devidamente preparado e em equilbrio, vai despertar oAx adormecido em outro ser, e este por obrigao deve manter-se em harmoniapara preservar vivo o Ax que foi despertado. Onde no h equilbrio, no h Ax enem quem o desperte, est a minha opinio.

    Falando de Ax - Como o senhor v o Culto (Candombl e ssegby) a rs hojeno Brasil?

    Bb Olmoko Sinceramente, eu encaro como duas religies totalmente diferentes,mas que devem manter um respeito mtuo. Se j no existisse o Candombl no Brasil,penso que seria praticamente impossvel o Culto Tradicional Yorub sse gby

    expandir-se no Brasil. Percebo que h muitos candomblecistas que tm verdadeiraaverso aos sacerdotes yorubs e aos seus ensinamentos, acredito que, se deve aofato de que se acatassem a Tradio Yorub, teriam que reverem muitos dos conceitospor eles praticados, o que resultaria em afastamento de alguns adeptos das casas decandombl.

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    Mas em contrapartida, o Culto Tradicional Yorub fez com que muitos adotassempostura diferente em suas vidas, indo de encontro s iniciaes em Orix eOrunmil-If com sacerdotes yorubs, mudando depois, superficial ou radicalmenteos rituais antes praticados. Eu gosto guando vejo que algum teve coragem de fazeresta revoluo, pois, esta ocorrncia fora os sacerdotes do Candombl a seabrirem mais e reverem certos conceitos que, ao serem repensados vo facilitarmais o dia a dia e a compreenso daqueles que os procuram. O Culto Tradicional

    Yorub tem um longo trabalho pela frente, pois, ainda h muita gente entorpecidapor concepes to degradantes que leva a maioria a abandonar o Culto a Orix ouacabar doida. Eu e minha famlia abraamos o Culto Tradicional Yorub, no nosarrependemos, acredito que Orix nos leva a estas mudanas, ele quer assim eassim acontece. Charlates! Este tipo de gente h em todos os lugares, em todas asreligies h os que so dignos e no dignos, mas se confiamos em Orix, porquejulgarmos e se preocuparmos com supostos charlates?

    Falando de Ax - O que Sng para o senhor Bb, fale-nos um pouco dele e o queele representa em sua vida?

    Bb Olmoko Sng, eu o tenho como o meu porto seguro, meu amigo,

    conselheiro, confidente e salvador, no digo salvador no sentido dos outrosreligiosos, mas literalmente, pois se no fosse Ele interceder pela minha sade emtempos passados, eu no estaria aqui agora.Ele aquele que me parabeniza quando eu caminho certo, mas se eu errarpropositalmente ou por relaxo (afinal sou humano), ele puxa minhas orelhas paraque eu no incida no mesmo erro novamente. Eu no o temo, eu o respeito e muito. para mim e, para minha famlia, o nosso Deus particular que, independente dequalquer situao ruim que possamos vir passar, jamais o renegaremos, no hconveno sobre esta Terra que nos force a ter esta atitude um dia.

    Sng, eu o tenho como omeu porto seguro, meuamigo, conselheiro,confidente e salvador, nodigo salvador no sentido

    dos outros religiosos, masliteralmente, pois se nofosse Ele interceder pelaminha sade em tempos

    passados, eu no estaria aquiagora.

    http://xn--xang-om0e/
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    Falando de Ax - O que o senhor acha que est faltando em nosso culto, para que omesmo seja mais respeitado?

    Bb Olmoko Comedimento, conduta, entendimento maior da religio em si,para que no se faa divulgaes abestalhadas do que e como atua o Orix,respeito ao espao publico e natural compartilhado. Tudo isso teria que vir dedentro das casas e dos devotos do culto para a sociedade l fora. Devamos

    contestar menos, por mais absurdo que seja, as praticas rituais de outros Axs,ainda mais quando isso feito em pblico como vemos acontecer constantementena Internet, est atitude, na maioria das vezes, d munio aos nossos detratorespara atacarem toda a comunidade adepta religio do Orix. Sermos mais ativosem eventos e movimentos que buscam alcanar mais espao para ns junto aogoverno e a sociedade. No nos envergonharmos da nossa f por receio de sermosexecrados, conheo muitos que ao serem questionados sobre a sua religio sedizem catlicos, eu acho isso um absurdo, pois se um membro da religio noassume que faz parte, d o direito do leigo achar que h algo de errado por trs dacortina. Certo que nossa religio no de converso, inicitica, porm, no custacomearmos por dentro de casa, na famlia, queles que no fazem parte do culto,a esclarecer sobre nossa f, principalmente aos mais jovens. A propaganda boca a

    boca bem feita surte bom efeito.

    Falando de Ax = Para o senhor, qual a importncia da Criana dentro do Culto ars e de que maneira poderamos passar a nossa religiosidade para nossos filhos?

    Bb Olmoko Eu vejo a importncia da criana dentro do Culto no fato de quenossos filhos e netos sero nossa continuidade e presena aqui no amanh,dando assim continuidade ao nosso trabalho e ao culto e, dependendo de comoforem orientadas, podem atuar de maneira at melhor que ns prprios atuamos.

    Sou favorvel criana ser iniciada e orientada desde a infncia dentro do culto ao

    Orix, principalmente se j existir algum indicio de que este deve ser o caminho dacriana. Os adeptos de outras religies no educam deste o nascimento os seusfilhos e netos dentro da sua f? Porque ns haveramos de ser diferentes? Fico sematitude quando ouo um sacerdote do Culto ao Orix dizer que no quer est vidapara os seus filhos nem para os seus netos, no faz sentido algum. Que vida? Ameu ver, quem tem est idia deveria pendurar a chuteira, pois no aprendeu oque Orix e nem vai aprender. Partimos do princpio de que Orix famlia, entonossos descendentes, desde o nascimento, devem ser alocados dentro do Culto,assim se daro melhor do que a maioria de ns que entrou j com certa idade.

    Falando de Ax - Hoje bb, com tantas Catstrofes Naturais ocorrendo em nossoPlaneta, o que o senhor acha que poderia ser feito por parte dos Sacerdotes daReligio, j que nossa religio preza tanto a Natureza?

    Bb Olmoko Creio que s os sacerdotes da nossa religio no poderia fazermuito, o esforo para atenuar essa situao teria que vir de um todo. O homemespalhado pelo planeta, sem exceo, de alguma maneira afronta a naturezadiariamente, ento mesmo com rituais dirigidos para aplacar a ira da natureza,penso que seria intil, pois a ira da natureza provocada pelo prprio homem eno voluntria. Poderamos colaborar no jogando restos de obrigaes embaladasem sacos plsticos dentro dos rios, o que for entregue dentro da gua no deveestar embalado. Evitar alguidares em esquinas, enxurradas fortes os levam para

    dentro dos bueiros provocando entupimento de galerias e muito bem ficar em cimade folhas ou direto na terra. No h necessidade de abandonar corpos de animais,j vi at garrotes, dentro das matas. E assim vai por ai afora, um monte de sujeiradesnecessria que o nosso povo costuma fazer e que acaba tendo o efeito de umabola de neve. Mas isso pequeno em comparado com o que os outros fazem.

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    Falando de Ax = Bb aprendemos dentro de nosso Culto, atravs dos PoemasSagrados do If, que a principal virtude de um sacerdote o w pl (Bom Carter),virtude essa, que infelizmente no encontrada em muitos daquele que se dizemsacerdotes da nossa religio, o que o senhor nos fala sobre w pl(bom carter)???

    Bb Olmoko wa pl(bom carter), coisa rara, difcil de encontrar e para alguns,difcil de cultivar. Em minha concepo, o ser nasce predisposto a ter bom carter,independente do meio onde nasceu e vive, mas pode deparar com situaes que o

    atentaro a se desviar do bom caminho e para que isso no acontea precisar de Orrere (boa cabea). No acredito que o sujeito desprovido de wa pl(bom carter),possa mudar seu carter de repente, as pessoas podem melhorar, mas mudartotalmente no. Alguns at fazem uso do seu suposto status de sacerdote para reforaro mau carter que possuem, e ainda o fazem de forma dissimulada. A pessoadesprovida de wa pl no est apta a provocar mudanas de energias, ela nocaminha pela tica e sim por aquilo que vai lhe favorecer sem se importar com oestrago provocado ao prximo. Est pessoa est sempre em choque com os outros ecom as energias, quem tem bom carter no vive desta maneira. Esquecem-se queEldmar (Deus) enxerga o nosso carter, e por assim ser, o indivduo sem carterno receber coisas boas e no possuir coisas boas para passar a ningum.

    Falando de Ax = Bb, o que o senhor nos fala sobre If e qual a sua importncia parao Culto a rs???

    Bb Olmoko If para mim o alicerce da religio dos Orixs, sem If, o seu culto eas suas orientaes, no vejo como chegar ao Orix e mant-lo. Como na frica,deveria ser aqui no Brasil tambm, antes do devoto ser submetido iniciao de Orix,deveria conhecer If, iniciar no culto a If. Imagine uma pessoa que no pode ter acabea raspada ou no possa levar sangue na cabea, fora outras proibies, e essapessoa inicia primeiro no culto ao Orix, com certeza ela ter problemas srios em suavida. Poderia haver menos preconceito e egocentrismo por parte de alguns sacerdotese recorrer um pouco Bblawos devidamente capacitados para diminurem suas

    duvidas. Desta maneira o culto aos Orixs teria muito mais estrutura e, quem sabe,no passaria a ser at melhor aceito. Digo ser mais bem aceito, porque onde If entrah harmonia, prosperidade, sade e unio.Unio!!! disso que mais precisamos na atualidade.

    Antnio Carlos OdlevacOlmoko Alyl Snggbmi (Bblrs Nil Onbonrun, Suzano-SP)

    Famlia a Basede TUDO, seja deuma Vida Feliz e

    Realizada, seja deuma bela Il se(Casa de Culto)...

    Hrick Lechinski

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    Caboclos Deum Brasil Caboclo

    A denominao caboclo, emboracomumente designe o mestio de branco

    com ndio ou o mulato de cor bronzeadacom cabelos corridos, tem, na Umbanda,significado um pouco diferente. Caboclo,para ns umbandistas, so almas de ndiosque se incorporam no cavalo, comodenominam o mdium que lhes dpassividade. Os ndios que baixam nosterreiros so os mesmos habitantes dasterras brasileiras, antes e depois de seudescobrimento at nossos dias.

    Constituem o brao forte da

    Umbanda, muito utilizados nas sesses dedesenvolvimento dos mdiuns, curasatravs de ervas e simpatias,desobsesses, soluo de problemaspsquicos e materiais, represso a espritosmalvolos, principalmente eguns (espritoserrantes ou almas penadas), demandas,materiais e espirituais e uma srie deoutros servios e atividades executadosnas tendas. H quem julgue que, por setratar de espritos de selvagens como sotidos pela maioria das pessoas que sedizem civilizadas so ignorantes, maus,rudes e atrasados. Para compreende-losmelhor, vamos buscar seus usos, costumese atividades, na Histria do Brasil.

    Quando Pedro lvares Cabral aquiaportou, encontrou seres humanos vivendoem estado quase primitivo: os indgenas.Viviam eles exclusivamente de caa, pescae colheita de frutos silvestres, formandonaes e tribos com usos e costumes

    praticamente semelhantes.

    Os mais adiantados plantavam

    milho, mandioca e fumo. Moravam emtoscas choupanas cobertas de palhas,andavam geralmente nus com pequenatanga de penas e adornavam o corpocom pinturas de cores vivas, colares,braceletes, brincos e bugigangas, feitosde pequenos ossos, dentes de animais,madeira e penas coloridas de aves.Quando a caa rareava e a pesca setornava insuficiente para o sustento datribo, mudavam-se de lugar. Eramnmades.

    A indstria era, principalmente,voltada para a guerra, caa e pesca.Fabricavam a lana, o arco, a flecha,armadilhas, cordas, redes, peneiras,balaios, potes, urnas e utenslios debarro, bem como canoas feitas de um stronco de rvore ou balsas de vriostroncos amarrados. Para a caa,utilizavam vrios tipos de armadilhas,at hoje usadas no interior, como o laoque capturavam pssaro; caavam,tambm, ateando fogo ao mato, masdeixando um estreito caminho por ondeos animais tentavam fugir, sendoaprisionados e mortos. Para a pesca,utilizavam redes, chamadas pus,

    http://caboclo%20das%20sete%20encruzilhadas%2C%20fundador%20da%20umbanda/
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    flechas que atiravam nos peixesmaiores, anzis e uma planta conhecidacomo timb, a qual jogada na guamatava os peixes. Os que habitavam olitoral calavam tubares, dos quaistiravam os dentes para fazer pontas deflechas ou lanas. Nas festas, ingeriambebidas alcolicas extradas da

    fermentao do milho (cauim),mandioca, caju ou do jenipapo. Eracostume furar as orelhas, nariz e lbios,onde enfiavam pedaos de ossos ou demadeira para servir de enfeites. Dareunio de choupanas ou taperas, casasfeitas de pau e barro, cobertas de palha,formavam a taba ou aldeia, geralmenterodeada por uma cerca de paus, paraproteo contra ataques inimigos, emcuja entrada penduravam o crnio deinimigos mortos.

    Os homens dedicavam-se caa, pesca e, principalmente, guerra,enquanto as mulheres trabalhavam nacozinha, manufatura de tecidos, louas,fabrico de bebidas fermentadas e nostrabalhos de plantao e colheita.Obedeciam a um chefe, sempre o maisforte e valente guerreiro, a quechamavam morubixaba e eramassistidos por um mais velho, sacerdote,

    curandeiro e adivinho, a quemdevotavam grande respeito: o paj.Certas tribos eram antropfagas(comiam carne humana). Acreditavam

    em um deus poderosa, chamado Tup,adoravam o Sol (Guaraci) e a Lua (Jaci).Acreditava, tambm, em vrios gniosou espritos bons e maus, senhores daguerra, da morte e da caa. Havia,outrosim, os espritos malficos, sendo omais temido o Anhang (diabo velho),que lhes impunha os sonhos maus e

    pesadelos. Os ndios adoravam muito asporacs, tipo de danas guerreiras oureligiosas, animadas ao som da membi(buzina), inbia (flauta ou corneta deguerra), marac (chocalho), ua(tambor) e outros.

    Os dois maiores grupos deindgenas eram os Tupi-guaranis e osJs ou Tapuias. Os primeiros, maisadiantados, falavam uma lngua geral ecomum a todos: O Nhengat ou Tupiantigo.Os do segundo grupo possuamvrias lnguas e eram mais atrasados,praticando inclusive o canibalismo.

    Os tupis habitavam quase toda acosta brasileira e viviam constantementeem guerra, com outras tribos, sendo, porisso, excelentes guerreiros e hbeiscanoeiros. Dividiam-se em naesnumerosas, formando tribos menores, taiscomo, guaranis, omguas, tupinambs,

    tupiniquins, carijs, potiguares, maus,caets, tamoios, guaians, etc. J ostapuias ou js, formavam os xavantes,caiaps, caingangues, botucudos e outros.Havia tambm, outras naes ou gruposmenores: Os Nuaruaques, especialistas nafabricao de objetos de arte e cermica,utenslios de barro, que faziam com muitoaprimoramento; os Caraibas, bematrasados e bastante cruis, adotando aantropofagia como alimentao.

    A influncia indgena foi bemacentuada, tanto no vocabulrio como naalimentao, folclore, uso e costume dopovo brasileiro.

    http://caboclo%20sete%20cachoeiras/
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    Na Umbanda, sua contribuiofoi significativa, dando-nos a linhade Oxssi, totalmente integrada porespritos de ndios e ndias, bemcomo vrios deles trabalhando emoutras linhas. Deles obtivemosinfinidade de palavras at hojeusadas: capim, catapora, mandioca,

    pipoca, jaguar, manac, mocot, enomes de cidades, rios e acidentesgeogrficos: Araatuba, Itapira,Tiet, Itapeti, Jaragu, etc.

    No obstante sua existnciarude, inculta, brbara at, no querisso dizer sejam espritos malvolosou atrasados. No tocante CinciaCurativa, so exmios conhecedoresdas ervas de nossa flora medicinal.Muitos que hoje vm aos terreiros,

    foram pajs, velhos curandeiros oumagos, tanto que so utilizados emtrabalhos de cura atravs de ervas,demandas espirituais pois, foramhbeis guerreiros proteoespiritual a pessoas e tendas edesenvolvimento de mdiuns,porque possuem fluidos maisgrosseiros, adaptando-seperfeitamente aura do mdiumprincipiante, por sua essncia mais

    primitiva. Acresce, ainda, que sob aestrutura fludica de um ndio, seesconde muitas vezes um padre, ummissionrio, um pacificadorindgena, um bandeirante ou ummdico, cujas primeiras existnciashumanas, foram como silvcolas.Isso se explica, porque para oesprito a forma no nada, dandomais valor ao contedo divino dotrabalho de caridade.

    Malgrado praticassem atosselvagens, no so responsveis porsuas faltas e crimes, em razo dopouco entendimento que possuam.Deus leva em conta a intenomaldosa, a m-f, a perverso, amalcia, que forma a culpa individualno esprito adiantando , o mesmono acontecendo com o ndio que,no possuindo compreensoespiritual, no sabe discernir entre obem e o mal sujeitos a lei do Karma,como espritos que engatinham nocaminho evolutivo da espciehumana, porquanto no sodirigidos pelo intelecto, pela razo,

    seno pelo instinto e reflexo animais,prevalecentes em suas mentes precrias eingnuas, assim como as crianas,irresponsveis por seus atos, prticas ecostumes espontneos e inconscientes, maisprximos da natureza animal. Tanto que as leisda sociedade humana os exime deresponsabilidades criminais porventura lhesatribudas e, segundo relata um MentorEspiritual de grande sabedoria, a alma do ndiono sofre as conseqncias dolorosas aps amorte do corpo fsico, como sofrem oscivilizados j cientes da tica e moral crist, vista de seu psiquismo em formao, vivendo noastral, conhecido como Jurem ou Aruanda, umlugar formado por bosques e campos etreos,caando e pescando como faziam quandoencarnados, sem nenhum constrangimento ou

    dores morais.Quando baixados nos terreiros, so energticose autoritrios, mostrando-se intolerantes com ahipocrisia e fraquezas dos filhos de f.Conservam os mesmos hbitos e costumesadotados na Terra, razo por que se lhes do oarco, a flecha, a tanga de penas, o cocar, ocharuto e outros apetrechos que lhe sofamiliares.

    Texto de J. Edison Orphanake(Sacerdote de Umbanda e autor de vrios

    livros Umbandistas, dentre eles, Conhea aUmbanda)

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    Folha do Ms

    Ew Kkndnk, a Mestra das folhasquando o Dia nasce

    Nome Yorb = Ew Kkndnk.Nome Popular = Folha de batata-doce.Nome Cientfico = Ipomoea batatas.

    Ew kkndnk uma folha feminina, de r (apaziguamento), ligada aoelemento gua e tambm ao elemento terra, nasce na gua e tambm na terra. uma folha de prosperidade e multiplicao. Por isso que a principal divindadeligada ao sedesta folha smar - Divindade ligada tanto ao elemento gua,quanto ao elemento terra, e uma das principais divindades yorb daprosperidade.

    A origem desta folha (planta) as Amricas, muito cultivada ds de pocaspr-coloniais no Mxico e no Per.

    Kkndnk uma folha de grande importncia, tanto na liturgia yorb,onde conhecida pelos nomes de dnkn, nm yy, dnkn dnm edunms, quanto na liturgia dos Candombls Jeji-Ng. utilizada em Omir(banho de folhas apaziguadoras), gbo gbr (banhos compostos por diversos

    http://folha%20de%20batata-doce/
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    elementos de origem vegetal, animal e mineral, utilizado em iniciaes) deiniciados dos rs smar, Nn e yw. Em gn (medicinas) curativas emgicas e etc. Seus frutos, kkndnk funfun (batata-doce branca) ekkndnk pupa (batata-doce vermelha ou roxa) so utilizados em oferendas, abatata-doce vermelha em oferendas smar. So utilizados tambm em ebo(oferendas) para atingir a prosperidade. E quando utilizadas com um determinado

    of encantamento, despertam smar. A batata-doce branca utilizada emoferendas a Ymoja, gn e em algumas casas Sng (yr).

    Medicinalmente, a folha de batata-doce utilizada cozida em casos detumores e inflamaes, sobretudo na boca e na garganta, aplicando-se emgargarejos.

    Efun leb l kojmon Efun leb l kojmon

    Knkndnk

    Olr ewEfun leb l kojmon

    Quando o dia nasce.Quando o dia nasce.

    Kkndnkn a mestra das folhas.Quando o dia nasce.

    Por Hrick Lechinski (Ejtol Tsmar)

    http://xn--uni-us3c/
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    O SambaSamba uma palavra provavelmente procedente do quimbundo, semba

    e significa umbigada. empregada para designar uma dana de roda popular noBrasil. Msicas essas danadas pelos escravos e que desenvolveram-se em umarea que vai desde o Maranho at So Paulo. Receberam, em cada estadobrasileiro, um nome diferente e um jeito peculiar de serem tocadas.

    Dos nomes e das ramificaes desse ritmo africano temos hoje:

    O tambor de crioula no Maranho; o bambel no Rio Grande do Norte; ococo, o milindo, o piaui e o samba no Cear e na Paraba; o coco de parelhatrocada, o coco solto, o troca parelha ou coco trocado, o virado e o cocoem fileira em Pernambuco; o samba de roda e o bateba na Bahia; ojongo,o samba-leno, o samba-rural e o samba de roda em So Paulo; ocaxamb, ojongo, o samba e o partido alto no Rio.

    Desde 1870, o cruzamento de influncias entre o lundu (origem africana),a polca, a habanera, o maxixe e o tango comeou a produzir um tipo demsica que tendia ritmicamente para o samba. H muitas variantes de samba portodo o brasil. O samba paulista famoso pela dana de solista em centro de rodae tem como instrumentos as violas, os adufes, os pandeiros. No Rio de Janeiro osamba era inicialmente dana de roda entre os habitantes dos morros. Foi da quenasceu o samba urbano carioca, espalhado hoje por todo o Brasil, e que temcomo instrumentos padro o tamborim, o violo, o pandeiro, o cavaquinho, acuca, o surdo, as caixas, etc.

    Por Wemerson Elias TSng

    http://o%20samba%20em%20diversos%20estados.../
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    RevistaE-mail: [email protected]

    Orkut: Revista Online Falando de Axhttp://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=10758619178602102938

    Blog: http://falandodeaxe.blogspot.com/

    Editor: Hrick Lechinski (Ejtol tsmar)E-mail: [email protected]

    Orkut: Ejtol f yriyrihttp://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=fpp&uid=1113546347591436131

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