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O Autarca – Jornal Independente, Terça-feira – 18/08/15, Edição nº 2936 – Página 4/5 terior, com outros países, não é também passível de ser enquadrado num contexto corruptor da indepen- dência de um país? Ora, a idoneidade política nas lideranças constrói-se com ati- tudes de elevado padrão cívico e ético. No entanto, quando existe uma memória colectiva curta, em certas cabeças pensantes de hoje, há uma recorrência desfasada da reali- dade anterior. Um irrealista passado cor-de-rosa torna-se refúgio da de- sesperança do presente. Será assim que se recupe- ram imagens de lideranças políti- cas, desgastadas do passado, e exa- geradamente, tidas hoje por vertica- lidade em seus tempos de glória. (JC, texto e layout) Com o advento e expansão das redes sociais, têm recrudescido as falas de escárnio e maldizer, a torto e a direito, sem fundamento expres- sivo, abalizado, sobre determinada liderança do país X ou Y. Porém, nos difíceis tempos das ditas duras in loco, muitas vozes que hoje clamam por transparência política e contra a corrupção, se acoitavam na bajulice oportunista a esse determinado regime político. A minoria das minorias, que explicitamente demonstrava o seu descontentamento era marginali- zada socialmente, e em alguns casos sofrendo consequências dessas pos- turas de lucidez avançadas no tempo. Ter consciência política e procurar ser lúcido, nesses tempos da peste ideológica, era crime de anti-patriotis- mo. Por um lado, a prática actual de falar mal de alguns países e de seus dirigentes, só por falar e à cómoda distância cibernética, muitas vezes a- nónima, não será mérito nos dias de hoje e é uma perda de tempo. É co- mo se o jogo estivesse viciado à partida. Pois, a própria má-conduta de alguns líderes nacionais, encarre- ga-se de falar mal dos seus próprios países dentro e fora do país. Isto para dizer que, quando havia uma liderança dura e autocrata, ninguém se atre- via a dizer mal do que quer que fosse… temendo represálias. Surge assim a questão final: - só agora é que se verifica corrupção nesses países, en- volvendo negociatas financeiras? O alinhamento político ideológico, an- FALAR MAL POR FALAR, SERVE PARA ALGUMA COISA? Leia e Divulgue O Autarca O Seu Diário Electrónico Editado na Beira

FALAR MAL POR FALAR, SERVE PARA ALGUMA COISA? · falas de escárnio e maldizer, a torto e a direito, sem fundamento expres-sivo, abalizado, sobre determinada liderança do país X

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O Autarca – Jornal Independente, Terça-feira – 18/08/15, Edição nº 2936 – Página 4/5

terior, com outros países, não é também passível de ser enquadrado num contexto corruptor da indepen-dência de um país?

Ora, a idoneidade política nas lideranças constrói-se com ati-tudes de elevado padrão cívico e ético. No entanto, quando existe uma memória colectiva curta, em certas cabeças pensantes de hoje, há uma recorrência desfasada da reali-dade anterior. Um irrealista passado cor-de-rosa torna-se refúgio da de-sesperança do presente.

Será assim que se recupe-ram imagens de lideranças políti-cas, desgastadas do passado, e exa-geradamente, tidas hoje por vertica-lidade em seus tempos de glória.■ (JC, texto e layout)

Com o advento e expansão das redes sociais, têm recrudescido as falas de escárnio e maldizer, a torto e a direito, sem fundamento expres-sivo, abalizado, sobre determinada liderança do país X ou Y. Porém, nos difíceis tempos das ditas duras in loco, muitas vozes que hoje clamam por transparência política e contra a corrupção, se acoitavam na bajulice oportunista a esse determinado regime político. A minoria das minorias, que explicitamente demonstrava o seu descontentamento era marginali-zada socialmente, e em alguns casos sofrendo consequências dessas pos-turas de lucidez avançadas no tempo. Ter consciência política e procurar ser lúcido, nesses tempos da peste ideológica, era crime de anti-patriotis-mo. Por um lado, a prática actual de falar mal de alguns países e de seus dirigentes, só por falar e à cómoda distância cibernética, muitas vezes a-nónima, não será mérito nos dias de hoje e é uma perda de tempo. É co-mo se o jogo estivesse viciado à partida.

Pois, a própria má-conduta de alguns líderes nacionais, encarre-ga-se de falar mal dos seus próprios países dentro e fora do país. Isto para dizer que, quando havia uma liderança dura e autocrata, ninguém se atre-via a dizer mal do que quer que fosse… temendo represálias. Surge assim a questão final: - só agora é que se verifica corrupção nesses países, en-volvendo negociatas financeiras? O alinhamento político ideológico, an-

FALAR MAL POR FALAR, SERVE PARA ALGUMA COISA?

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O Autarca – Jornal Independente, Terça-feira – 18/08/15, Edição nº 2936 – Página 5/5

Com novo formato da coluna, espero continuar a merecer a leitura atenta dos leitores. A coluna, ainda que – de saída irregular, retoma o título original de Dialogando, de há anos anteriores. Por outro lado, o aforismo latino “Ridendo Gastigat Mores” define as caricaturas inseridas. Pois, com humor, pode-se corrigir os costumes. (João Cra-veirinha, 14 Agosto 2015).

Após um interregno mais prolongado devido aos estudos académicos, intensivos, de pós-graduação, eis-me aqui de novo neste nosso espaço proporcionado pelo jornal O Autarca fundado pelo esforçado jornalis-ta Falume Chabane. Aliás, jornalista moçambicano algum tempo a-trás injustiçado por pugnar pela causa dos mais desfa-vorecidos ou desfavorecida, num caso concreto.

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Charge política do ano 2015

O Autarca – Jornal Independente, Sexta-feira – 21/08/15, Edição nº 2938 – Página 4/4

REFLEXÃO SOBRE CORRUPÇÃO

Será que só agora existe corrupção? Ou, tudo é business (negó-cio) consoante interesses privados e políticos, mais altos, em nome do desenvolvimento do país, em que o mesmo fica empenhado a interesses externos cotados nas bolsas de valores? Em que medida as parcerias pú-blico-privadas (PPP) contribuem para o desenvolvimento de um país quando as despesas ficam para o estado (público) e os lucros para a em-presa (privada) ou no caso das privatizações de Bancos, igual situação desnivelada? Esquece-se assim que a corrupção é construída primeiro e armazenada no espírito das mentes ávidas de poder, esperando uma opor-tunidade de se manifestar, dure o tempo que durar. A corrupção será en-tão plasmada na materialidade fugaz do luxo na miséria. Foi assim antes e será assim depois. Não se aprendeu com a história das lideranças que já não existem.

O ciclo é resiliente, sempre de retorno elástico com outros con-tornos.

Pois, para muitos, como di-ria um malandro brasileiro, «a cor-rupção é a mola que ‘extravanquia o progressio’ » – para dizer que, o que para uns é corrupção para ou-tros é o ‘business’ que alavanca o progresso. (Resta saber para quem!)■

(©JoCrav, texto e layout 2015)

«Danny Dalton: No, sir! Corruption charges! Cor-ruption? Corruption is government intrusion into market efficiencies in the form of regulations. That's Mil-ton Friedman. He got a goddamn Nobel Prize. We have laws against it precisely so we can get away with it. Cor-ruption is our protection. Corruption keeps us safe and warm. Corruption is why you and I are prancing around in here instead of fighting over scraps of meat out in the s-treets. Corruption is why we win!» Tim Blake Nelson in Danny Dalton character in Syriana 2005: Quotes (1):

http://www.imdb.com/title/tt0365737/quotes

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Tradução livre da citação em epígrafe: (1) «Danny Dalton: Não, senhor! Acusações de corrupção! Corrupção?

A corrupção é a intrusão do governo na eficácia do mercado sob a forma de regulamentos. Isso é Milton Friedman. Ele recebeu um maldito Prémio Nobel.

Temos leis contra isso precisamente para que possamos fugir com ela. A corrupção é a nossa proteção. Corrupção nos mantém seguros e a-conchegados. É por causa da corrupção que você e eu estamos aqui emper-tigados em vez de lutar por restos de carne nas ruas. É por causa da corrup-ção que nós ganhamos!»

(Tradução livre da personagem Danny Dalton (Tim Blake Nelson) do fil-me norte-americano SYRIANA, vencedor do Óscar da Academia 2005. Entre ou-tros intérpretes conta com George Clooney, Matt Damon, Jeffrey Wright). Hiper-ligação Syriana – Corruption: https://www.youtube.com/watch?v=LuBstLZINco

O Autarca – Jornal Independente, Segunda-feira – 24/08/15, Edição nº 2939 – Página 4/4

Ainda que a iniciativa da supra-citada conferência seja de louvar,

pela chamada de atenção sobre a preservação do meio-ambiente e

sugestão de legislar o que deva ser feito para prossecução de seus

objectivos, há itens a serem questionados. Pois, em termos de

comunicação e cultura temos de equacionar o facto de a semântica não

reflectir a situação linguística e portanto cultural e política, dos referidos

países africanos utilizadores da língua portuguesa, como factor de

unidade nacional, devido à sua diversidade etno-linguística. O passado

assim o ditou.

Não teria sido melhor tout court dizer 'Países Africanos de Língua

Oficial Portuguesa?' Pois, só os portugueses são de expressão

portuguesa. Como disse o padre português Armando Ribeiro –

missionário em Moçambique: «A língua é o mais límpido espelho da

alma de um povo.» (Ribeiro 1965, iv). E qual será a expressão dessa

alma africana? Só em português? A língua é o alicerce da cultura de

povos e ‘espelho das suas almas.’ Porém, em relação a Moçambique, a

língua portuguesa e mesmo a inglesa (nas fronteiras) e o suaíli (ao

norte), funcionam como elemento de comunicação em Moçambique.

Como todos sabem a língua ou idioma mais falado, de, e em

Moçambique, é o êmakuá padrão da ilha (ekisirwa) Muhipiti, com as

suas 9 formas dialectais do Rovuma ao Zambeze.

Os aqui referidos países africanos da dita “expressão portuguesa” na

sua esmagadora maioria, não se exprimem em português, e coloquial e

culturalmente o são muito menos. Globalmente, os países africanos, ex-

colónias europeias, são de expressão africana. No caso de Moçambique

e de Angola são de expressão baNto. São Tomé e Príncipe é de

expressão crioula fôrra e

baNto. Cabo Verde de

expressão crioula em primeiro

lugar. Guiné-Bissau de

expressão sudanesa-

senegalesa e baNto (baLanta),

além de crioula da GB. Nem o

Brasil e Timor Lorosae, e

Goa, são de expressão

portuguesa. Expressão –

implica um conjunto de

pressupostos de comunicação

e cultura. Ora, no século XXI,

precisamos de algum cuidado

com os conceitos de uma

‘lusofonia’ distorcida

perpetuando heranças

passadistas. Ainda que

esperamos não tenha sido o

caso. No mais estamos juntos,

como dizia o Manyike

(Manhique) da RM. E

PARABÉNS mais uma vez

pelo empenho em prol do

meio-ambiente, ‘pulmão’ da

natureza!■

IDIOMA É EXPRESSÃO DUMA CULTURA

«A língua é o mais límpido espelho da alma de um povo.» (Ribeiro 1965, iv)

O tema de hoje surge a propósito da «Conferência Internacional

sobre Ambiente, Direitos Humanos e Estado de Direito nos Países

Africanos de Expressão Portuguesa» realizada em Maputo de 19 a 20

de Agosto de 2015. Evento promovido pela Associação Moçambicana

de Juízes e pela União Internacional de Juízes de Língua Portuguesa.

Até aqui nada demais…Mas…

Anexo e fontes: Programa file:///D:/Disco%20+%20Recente/Downloads/PROGRAMA-ULTIMA-VERS%C3%83O.pdf

CPLP http://www.cplp.org/id4447.aspx?Action=1&NewsId=3799&M=NewsV2&PID=10872

O Autarca – Jornal Independente, Terça-feira – 25/08/15, Edição nº 2940 – Página 5/6

METÁFORA DA BURRICE

O burro, igual à mula, empaca até no caminho estreito ao la-do do precipício. Não sai do lugar mesmo que a vaca tussa. Não ar-reda pata ainda que essa sua teimosia prejudique a todos ao seu re-dor, impedindo que prossigam viagem em busca de um futuro me-lhor. Esse tipo de muar ou de amuar de burro vive a empancar a vida dos outros.

Faz-nos lembrar aquela piada no Brasil que o português não f… (faz) nem sai de cima, na hora do ámen. Óbvio que não precisa-mos de ir tão longe repenicando o escárnio e mal dizer de outros. Porque se há algo que o brasileiro herdou do português foi falar mal por tudo e por nada. E por empatia alargou-se aos moçambicanos e angolanos, e afins, eivados de prosopopeia de peito estufado (fora do forno), na realidade, mais estofado do fato, terno, chumaçado de p-seudo status social que o dinheiro possa dar.

Grosso modo, não tanto, essa atitude esmoreceu nos moçam-bicanos e idem nos angolanos, e afins. A presença colonial portugue-sa, recente de há pouco mais de 40 anos, ainda se pressente em cer-tas mentalidades e comportamentos urbanizados. Atitudes, essas, quer para rejeitar, ou imitar, por assimilação quotidiana, a cultura portuguesa.

Aliás, assimilação retomada dos avós durante o processo for-çado anterior à independência. Séculos de presença colonial não se apagam em quatro décadas. A lusofonia, o futebol e a imigração lu-

sa, ajudam a mantê-la em África. No caso brasileiro, o discriminado gene africano, resiliente, ainda que compulsivamente adicionado, libe-rou ou diminuiu alguma crispação lusa no jeito brasileiro.

Mesmo o Brasil não está i-sento dessa influência colonial por-tuguesa, no imaginário colectivo, com pouco mais de um século de República declarada, em 15 de No-vembro de 1889, pelo militar nor-destino, Deodoro da Fonseca (1827 - 1892).

Portugal desde a sua ligação com Galiza, e de séculos de guerras contra Castela (actual Espanha), ainda não se libertou do peso do seu passado colonial, quer como coloni-zado pelos espanhóis, quer como conquistador de povos entoando um ‘fado tropical’ como cantaram Chi-co Buarque e Ruy Guerra.

Somente o burro não muda de direcção porque mantém o mesmo zurrar dogmático!

(João Craveirinha 23.08.15)

Foto à direita (montagem livre): Fonte… http://planetalaranja.blogspot.pt/2014/01/teimosia-esta-caracteristica-tao.html

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O Autarca – Jornal Independente, Terça-feira – 25/08/15, Edição nº 2940 – Página 6/6

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«De Espanha nem bom vento nem bom casamento» reflecte ainda esse passado histórico na Península Ibérica, sempre recordado pelos por-tugueses. As mudanças de horário para favorecer a aproximação comer-cial são também uma prova dessa ligação à Espanha monárquica, a um tempo de fascínio e ressentimento, e dependência económica.

‘Amor e ódio’ regional – o verso e o anverso da mesma moeda.

Portugal, até para a entrada na União Europeia, em 1986, teve de esperar pela Espanha.

Tudo isto para concluirmos que todos temos o passado que mere-cemos.

Só o burro não tem essa dimensão histórica. Porque, somente o burro não muda de direcção pois mantém o mesmo zurrar dogmático mesmo à beira do precipício!

NOTA ADICIONAL: Ainda que não nos possam ler, pedimos desculpas aos verdadeiros burros, alimárias, quadrúpedes, por lhes fazer-mos concorrência como parte dessa imensa récua humana, quando se tem de obedecer a chefes burros, engravatados, estilo ‘MIB,’ barrando o ca-

minho da justa promoção indivi-dual, de mérito.

Esses chefes burros quando tratam os subalternos como insec-tos, quem sabe julgam-se ‘Homens de Preto’ (Men in Black) da organi-zação MIB de extermínio de insec-tos extra-terrestres.■ (©JoCrav, texto e layout 2015).

«Adesão à CEE teve de derrubar tratado entre Salazar e Fran-co sobre pescas: “Nas pescas, havia um tratado assinado no tempo de Sa-lazar e renovado com Marcello Caetano, segundo o qual a Espanha podia pescar até à costa portuguesa. Se não o denunciássemos, passava a vigorar como direitos históricos”, recorda António Marta que, entre 1981 e 86, di-rigiu tecnicamente o processo de adesão.» (NUNO RIBEIRO 12/06/2015 - 07:22, Jornal português PÚBLICO) http://www.publico.pt/politica/noticia/tratado-de-salazar-e-caetano-complicou-acordo-de-pescas-com-a-espanha-1698662

Marechal Deodoro da Fonseca: http://educacao.uol.com.br/biografias/marechal-deodoro-da-fonseca.jhtm O significado do provérbio «De Espanha, nem bom vento, nem bom casamento» https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/o-significado-do-proverbio-de-espanha-nem-bom-vento-nem-bom-casamento/27153

A União Europeia: O Processo de Integração e a Cidadania Europeia. http://www.historiasiglo20.org/europortug/troma.htm Adesão de Portugal à União Europeia: http://europa.eu/about-eu/countries/member-countries/portugal/index_pt.htm MIB - Homens de Negro (1997) "Men in Black" (original title): http://www.imdb.com/title/tt0119654/

Fado Tropical: http://www.cifraclub.com.br/chico-buarque/fado-tropical/

O Autarca – Jornal Independente, Quinta-feira – 27/08/15, Edição nº 2942 – Página 4/4

O DINHEIRO NÃO TEM IDEOLOGIA

Os governos, políticos, empresários, e cidadãos comuns em geral, não podem passar sem o dinheiro. No século XXI é uma ilusão política fa-lar em ‘esquerda’ e ‘direita’ quando se fala de dinheiro. Essa situação a-centuou-se desde 1989 com a queda do Muro de Berlim, com a Perestroi-ka russa de Gorbatchov. A subsequente uni-polarização, encabeçada pelos EUA, sincronizou ainda mais o mundo num modelo de alta-finança a par-tir do dólar, mesmo em relação à libra inglesa e ao euro da UE, de cota-ções cambiais mais elevadas.

As próprias economias emergentes – os denominados BRICS, com a liderança da China (Beijing) e de certo modo da Rússia (Federação) pau-tar-se-iam pelas flutuações de câmbio do US dólar, mais do que da do eu-ro e libra. Os BRICS: Brasil, Rússia, Índia, China e a South Africa (RSA), poderão vir a ser alternativa ao modelo de troika financeira FMI-BM-BCE para um outro tipo de apoio aos países em desenvolvimento, sem tantas implicações políticas. Porém, as possibilidades reais do grupo BRICS es-tão no início e a serem testadas face à flutuação dos mercados financeiros.

Por outro lado, o reatar das relações diplomáticas pela administra-ção Barack Obama, dos Estados Unidos da América, com a Cuba castrista, para além de um novo paradigma de política externa bipolar – EUA – Cu-ba, tende a uniformizar o planeta confirmando que o dinheiro não tem i-deologia política nem pátria. Pois é disso que se trata – economia versus dinheiro.

Os sistemas financeiros vivem do dinheiro e do lucro. A variação terá a ver mais com os procedimentos das políticas reguladoras dos merca-dos. Cuba não será excepção ainda que pague um preço que esperamos não seja ainda mais dramático para o belo povo cubano. Pois apesar dos pesares, das gigantescas dificuldades socioeconómicas; da autocracia; do embargo de meio século; oxalá Cuba consiga manter a excelência de qua-lidade no ensino, na saúde e nas artes, e no desporto. O bloqueio económi-co estado-unidense a Cuba – el bloqueo, desde 1961, já não faz sentido,

mormente confirme a sua hegemonia não só no hemisfério americano mas no mundo.

O espírito hostil de vendetta política não devia existir num mundo cada vez mais globalizado e controla-do pelo grande capital financeiro ma-de in Wall Street, em Nova Iorque (NYSE), ou na bolsa de valores de Shenzhen na China, ou noutro local externo, sede de investimentos multi-nacionais. Todavia, o que se poderá desejar será o bom senso de políticas nacionais vis a vis a melhoria de vida das populações desfavorecidas, atra-vés de projectos de cooperativas com adequada formação profissional, ca-pacitando a autogestão positiva e de auditorias permanentes.

O busílis da questão é que o desejado bom senso anda ausente em muitas das decisões políticas, nacio-nais e internacionais, fruto de interes-ses contraditórios.

E assim retomamos o tema discursivo da abertura deste aponta-mento: - O Dinheiro Não Tem Ideo-logia Política. Nem é de Direita nem de Esquerda!■ (©JoCrav, texto e la-yout)

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