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(Como levar a empresa (Como levar a empresa à falência, sem que o à falência, sem que o
patrão perceba)patrão perceba)
MÃOS À OBRA!MÃOS À OBRA!
OBJETIVO:a falência!Ah!Ah!Ah!
•Donato Ramos• REGRAS INFALÍVEIS
Aí, você toma banhoAí, você toma banhoe põe talquinho...e põe talquinho...
... E quando chega para trabalhar o ... E quando chega para trabalhar o chefe manda você descarregar o chefe manda você descarregar o caminhão...caminhão...
• Você põe anti-séptico nos pés, manda a Você põe anti-séptico nos pés, manda a mãe passar bem passadinha a roupa, nem mãe passar bem passadinha a roupa, nem
se senta no ônibus pra não se amassar, se senta no ônibus pra não se amassar, agüenta um cê-cê do capeta em pé na sua agüenta um cê-cê do capeta em pé na sua
frente, com desodorante vencido...frente, com desodorante vencido...
• NEM BEM CHEGOU, JÁ VÊ AQUELE NEM BEM CHEGOU, JÁ VÊ AQUELE CAMINHÃOZÃO NA FRENTE DA LOJA, CAMINHÃOZÃO NA FRENTE DA LOJA, PRONTO PRA SER DESCARREGADO...PRONTO PRA SER DESCARREGADO...
• DÁ ATÉ ARREPIO!DÁ ATÉ ARREPIO!
VOCÊ VEIO BONITINHO, ARRUMADINHO, PASSADINHO, PERFUMADO,
“desodorantado””... E foi descarregar o caminhão.Você fica tão contente que no dia seguinte resolve:
-Não tomar banho...-Não passar talquinho...
-Não escovar os dentes...-Não passar desodorante...
-Enfim, vai feder depois que descarregar o caminhão.-E o que acontece...? TCHAN...TCHAN...TCHAM...
AS RECLAMAÇÕESAS RECLAMAÇÕES
COMO TRATÁ-LAS?COMO TRATÁ-LAS? COMO FAZER TUDO COMO FAZER TUDO
PARECER NATURAL?PARECER NATURAL? O CLIENTE O CLIENTE
RECLAMA. E DAÍ...?RECLAMA. E DAÍ...?
O Chefe precisa saber de coisas que não nos interessam, porque nosso objetivo é FALIR A LOJA e o dele é o LUCRO.Assim,nós temos que nos ocupar em tratar a reclamação sobre mercadorias vendidas, de forma a desagradar o cliente, sem que o chefe perceba.Vamos tentar resolver a reclamação de uma maneira bem estúpida, mas com jeitinho!Cuidado!Hi...hi...hi...!”
AINDA, AS RECLAMAÇÕESAINDA, AS RECLAMAÇÕES VAMOS FAZER TUDO AO CONTRÁRIO:VAMOS FAZER TUDO AO CONTRÁRIO: Quando o cliente falar, interrompa sempre.Quando o cliente falar, interrompa sempre. Encaminhe o reclamante para a pessoa errada. Faça Encaminhe o reclamante para a pessoa errada. Faça
ele perder tempo e paciência. Mas faça de conta que ele perder tempo e paciência. Mas faça de conta que está ajudando a resolver o problema apresentado.está ajudando a resolver o problema apresentado.
Não busque auxílio com o sub-gerente, nem, lógico Não busque auxílio com o sub-gerente, nem, lógico com o gerentecom o gerente
Todos crescem em prestígio junto ao cliente quando Todos crescem em prestígio junto ao cliente quando se atende bem as eventuais reclamações. Não faça se atende bem as eventuais reclamações. Não faça isso! isso!
Não seja um traidor do nosso plano!!Não seja um traidor do nosso plano!!
• O que queremos? FALIR A LOJA!O que queremos? FALIR A LOJA!
• Então, o que faremos com o cliente Então, o que faremos com o cliente que veio reclamar?que veio reclamar?
• Se ele veio reclamar, é porque Se ele veio reclamar, é porque fizemos direitinho: não explicamos fizemos direitinho: não explicamos nada direito! Ah! Ah! Ah!...nada direito! Ah! Ah! Ah!...
PLANEJEMOSPLANEJEMOSPLANEJEMOSPLANEJEMOSPLANEJEMOSPLANEJEMOS
Enquanto o chefe fica pensando em se livrar das Enquanto o chefe fica pensando em se livrar das “bombas” que adquiriu e não vendeu, anotando os “bombas” que adquiriu e não vendeu, anotando os passos da concorrência, procurando passos da concorrência, procurando argumentações para vender o estoque antigo, argumentações para vender o estoque antigo, controlando o estoque atual, disponível para a controlando o estoque atual, disponível para a temporada e tentando fazer que entendamos a temporada e tentando fazer que entendamos a necessidade de vender um pouco mais...necessidade de vender um pouco mais...
Nós temos um santa missão: COMPLICAR!Nós temos um santa missão: COMPLICAR!
VAMOS DESCONHÊ-LA, PARA NÃO VENDÊ-LA
Ah! Ah! Ah!
AINDA, O PRODUTO
• Como não somos os donos do negócio, porque “o nosso negócio é outro”, vamos vender – sempre! – o produto ERRADO, que não satisfaça o cliente.
• Errar na voltagem é uma boa! Na capacidade, também! No volume, nem se fala! Além do tamanho, altura, largura, cor e tudo o mais!
• NÓS SOMOS TERRÍVEIS! E MAQUIAVÉLICOS! AH! AH! AH!
Em sua conceituação, o produto deve satisfazer o consumidor, sendo útil e necessário.
Mas o que queremos saber se ele foi criado para desempenhar determinada função e definir – muitas vezes – o status de seu comprador?
O ato de comprar e de vender gera lucro para o patrão, que é a mola propulsora do comércio.
Mas como nós não somos patrões...
EU, O VENDEDOR• Além da venda, realizo o trabalho de relações
públicas da empresa.• Meu modo de ser, de me apresentar, de falar,
retrata a empresa.• Por isso e outras “cositas más”, o patrão tá
sempre de olho em mim.• Eu, a Empresa, o Cliente, o Fornecedor o
Produto: que time, hein? Depende de mim, o sucesso.
• Então,O CHEFE VAI VER!
EU: sou peça importante no sucesso da empresa, pelo meu comportamento, assiduidade, higiene, cortesia,
conhecimento das coisas que vendo, amigo dos clientes, se respondo conscientemente as perguntas da clientela, se atendo as suas necessidades de compra e pretendo fazer parte “desta confraria”, forçosamente
tenho que fazer tudo AO CONTRÁRIO – com jeitinho! – PRA NÃO VENDER BASTANTE, MAS O SUFICIENTE PRA PERMANECER NO EMPREGO E VER NOSSO
OBJETIVO ALCANÇADO: A LOJA FALIR! HI!HI!HI!...
VEJA O QUE NOS AGUARDA
“PRA BOTAR DIREITINHO NO PATRÃO”:
• A gente descobre que o gajo é torcedor do Avahi de Florianópolis.
• E fica quieto. Não espalha. Naquela hora exata do fechamento da venda - que seria a hora de calar a boca – você começa a rir e o cliente pergunta:
• - O que foi...?• - É que me lembrei daquele
timinho da Ilha... (e vai em frente, contando as últimas, falando mal dos jogadores, dizendo que o torcedor é empregado do Fernandinho Beira Mar...Que deve estar ligado à máfia das construções na praia... Não dá outra. Esse nunca mais volta!
• Esta pode ser muito boa para ajudar o nosso plano maligno!
• Você pode dizer que é exagerado, pegar pesado, etc.
• Mas guerra é guerra! Só um, não uma cabeça, pô!
• Depois de mastigar bem mastigado, a gente fica bem pertinho do cliente.
• Olha: um golinho de cachaça melhora muito o “ARGUMENTO...”! Ah! Ah! Ah!...
Não devemos encarar a recepção como um ato social, se queremos atingir o nosso objetivo principal: levar a loja à falência.Então, não demonstremos satisfação em cumprimentar.
Não sorria feito uma besta quadrada.
Parece bobo!Vai demonstrar que gostou que ele viesse.
Não o coloque à vontade, senão ele fica mais tempo e compra mais.
Não se esqueça daquelas frases e palavras que enervam: “OI, VIZINHO!”, “O QUE É QUE FARTA...?”
“OLÁ, TIA”...
Não é uma boa olhar pro cliente quando ele fala.
É ótimo prá espantar. Prá não vender, siga à risca!
• Muitas vezes acontece que o departamento de compras acaba adquirindo “mercadorias bombas”, daquelas que “empacam” no estoque. Ninguém quer comprar.
• Um aliado importante para o vendedor que não deseja vender, nem quer que a loja vá pra frente, é esquecer que essa mercadoria existe.
• Se alguém perguntar, você vai logo dizendo: Nós não vendemos “bombas”, companheiro! Isso! Aproveite pra chamar de “Tio”, ou “vizinho”... É um ótimo tratamento pra deixar o cliente “meio puto”, com uma vontade imensa de lhe mandar plantar batatas e, em conseqüência, a Loja!
• Ah! Ah! Ah!...
Se ele gosta e dá lucro, vamos fazer o possível pra não incentivar esse tipo de venda chamado ADICIONAIS, não é mesmo?Vamos esquecer essas vendas inteligentes. Essa prática é pra quem quer ver a loja progredir e esse não é o nosso caso.
Nós somos malignos!
E maus.
As vendas adicionais podem ser esquecidas. Não vamos nem lembrar o cliente que as suas meias podem estar velhas e não combinam com o sapato novo que comprou.
• Você conhece aquela do cara que foi alugar um filmezinho e saiu da loja com o furgão cheio e mais um contêiner...?
• Pois é.• Aquele vendedor, ainda hoje, está naquela
loja. Já é gerente!
O cliente chegou pra alugar um filmezinho. O puxa-saco da loja foi logo perguntando porque ele queria assistir a um filme no fim de semana.
No vai-e-vem da conversa, vieram as tais vendas adicionais: varas de pescar, iscas, mais anzóis, saco para peixes, covos, lanternas, liquinho, capa de chuva, colchonete, espanta mosquito, radiozinho a pilha, cds, pilhas, panelas, coador, mais um quilo de escambau de bico, travesseiro, cama de campanha, carretinha pra engatar no carro cheia de bebidas e comida em lata, etc. etc. etc.
PORQUE O GAJO DISSE QUE QUERIA UM FILMEZINHO PORQUE A MULHER ESTAVA “NAQUELES DIAS”.
O bobão do vendedor disse:
- JÁ QUE É ASSIM, POR QUÊ O SENHOR NÃO VAI PESCAR...?
