Farmacia Revista 37

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Revista Farmácia número 37

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  • REVISTA DO CONSELHO REGIONAL DE FARMCIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS N 37 - SETEMBRO / OUTUBRO DE 2013

    PrescrioFarmacutica

    Regulamentao do CFF um marco histrico na profisso. Medida vai exigir conhecimento, responsabilidade e comprometimento do farmacutico, promovendo

    um salto na qualidade a assistncia farmacutica prestada populao

  • Sede

    Regionais

    Setores

    editorial

    onde encontrar

    Atualize seu endereo pelo sitedo CRF/MG, acessando a rea do Farmacutico

    www.crfmg.org.br

    Conselho Regional de Farmciado Estado de Minas Gerais

    DiretoriaPresidente: Farm. Vanderlei Eustquio MachadoVice-presidente: Farm. Claudiney Lus FerreiraSecretrio-geral: Farm. Lcio Guedes BarraTesoureira: Farm. Rigleia Maria Moreira Lucena

    Conselheiros Regionais EfetivosFarm. Adriana Cenachi Azdo de OliveiraFarm. Arthur Maia AmaralFarm. Bencio Machado de FariaFarm. Claudiney Lus FerreiraFarm. Euler de OliveiraFarm. Gizele Souza Silva LealFarm. Jos Augusto Alves DupimFarm. Jnia Clia de MedeirosFarm. Lcio Guedes BarraFarm. Rigleia Maria Moreira LucenaFarm. Sebastio Jos FerreiraFarm. Vanderlei Eustquio Machado

    Conselheiros Regionais SuplentesFarm. Rosane de Xavier MachadoFarm. Teodora Dalva Guimares da Costa

    Conselheiro FederalFarm. Luciano Martins Rena Silva

    Conselheira Federal SuplenteFarm. Maria Alcia Ferrero

    Rua Urucuia, 48 - FlorestaBelo Horizonte / MGCep: 30150-060Tel.: (31) 3218-1003 / Fax: (31) 3218-1001 / 3218-1002Horrio de Funcionamento: 8h s 18h, de Segunda a Sexta

    - Fiscalizao, Orientao e tica: (31) 3218-1017 / 3218-1030 email: [email protected]

    - Inscrio e Registro: (31) 3218-1006 / 3218-1021/ 3218-1022 / 3218-1023 / 3218-1054 email: [email protected]

    - Financeiro: (31) 3218-1025 / 3218-1033 email: [email protected]

    - Administrao: (31) 3218-1010 email: [email protected]

    - Advocacia-Geral: (31) 3218-1013 / 3218-1014 / 3218-1059 email: [email protected]

    - Tecnologia da Informao: (31) 3218-1015 / 3218-1034 email: [email protected]

    - Comunicao: (31) 3218-1009 email: [email protected]

    - Infraestrutura: (31) 3218-1008 / 3218-1027 email: [email protected]

    Leste de MinasRua Baro do Rio Branco, 480 - Salas 901 a 903 - Centro Governador Valadares / MG - CEP: 35010-030Telefax: (33) 3271-5764e-mail: [email protected]

    Vale do AoAv. Castelo Branco, 632 - Sala101 - HortoIpatinga / MG - CEP: 35160-294Telefax: (31) 3824-6683e-mail: [email protected]

    Zona da MataRua Batista de Oliveira, 239 - Sala 904 - CentroJuiz de Fora / MG - CEP: 36013-300Telefax: (32) 3215-9825e-mail: [email protected]

    Norte de MinasAv. Dulce Sarmento, Ed. Master Center, n 140 - Salas 206, 207 e 208 - So JosMontes Claros / MG - CEP: 39400-318Telefax: (38) 3221-7974e-mail: [email protected]

    Sul de Minas Rua Adolfo Olinto, 146 - Sala 306 - CentroPouso Alegre / MG - CEP: 37550-000Telefax: (35) 3422-8552e-mail: [email protected]

    Tringulo MineiroPraa Senador Camilo Chaves, 164 - TiberyUberlndia / MG - CEP: 38405-038Telefax: (34) 3235-9960e-mail: [email protected]

    N 37 - Edio Setembro / Outubro de 2013

    Capa:

    Foto: Luiza GodoyArte: Philipe Viana

    CFF regulamenta a prescrio farmacutica e abre portas para a ampliao da valorizao do farmacutico como profissional essencial sade.

    Esta edio da Farmcia Revista traz a cobertura especial de um marco histrico para a profi sso: a to esperada regulamentao da prescrio farmacutica. A reportagem de capa apresenta os impactos que a medida causar nas farmcias e drogarias sob o olhar de proprietrios, farmacuticos e da populao.

    Tambm apresenta as atribuies clnicas do farmacutico, recm-regulamentadas pelo CFF. As novas normas estabelecem uma relao de cuidado centrada no paciente, segundo preceitos profi ssionais e bioticos.

    Aps estas importantes conquistas, hora de os farmacuticos, entidades de classe e instituies de ensino se fortalecerem na busca pela excelncia no cumprimento das novas atribuies. O CRF/MG vai fazer a parte dele, utilizando a fi scalizao orientativa e a capacitao profi ssional como ferramentas de promoo do reconhecimento e valorizao do farmacutico em todas as regies do Estado.

    Boa leitura!

    ! ? DESTAQUE ACA

    DM

    ICO

    06 - GestoPrmio Lcio Guedes Barra homenageia farmacuticos que se destacaram durante a formao acadmica

    31 - Fique de OlhoFarmacuticos e laboratrios de anlises clnicas celebram a primeira Conveno Coletiva de Trabalho

    27 - CapacitaoCRF/MG assina convnio para divulgao gratuita de guia de condutas

    08 CRF/MG ajuda a elaborar PL que cria gratificao obrigatria na Rede da Farmcia de Minas

    11 Encontro alinha estratgias de estmulo e fortalecimento fitoterapia na regio sudeste do Pas

    20 Nova resoluo normatiza as atribuies clnicas do farmacutico

    22 CRF/MG e Visa de Coronel Fabriciano promovem workshop sobre deontologia farmacutica

    26 EaD sobre interaes medicamentosas tem recorde de inscries

    33 Farmacuticos do Vale do Ao colaboram em pesquisa do Ministrio da Sade

    34 - Farmacutico mais antigo em atividade recebe visita do presidente do CRF/MG

  • 5Com a Palavra

    Setembro Entrevista ao vivo para a TV Paranaba, do Tringulo Mineiro, no dia 16, sobre a venda irregular de medicamentos;

    Entrevista ao vivo para a TV Leste (afi liada Record), no Vale do Ao, no dia 18, sobre o Workshop: Deontologia e Legislao Farmacutica;

    Entrevista para a Intertv (afi liada Rede Globo), no Vale do Ao, no dia 18, sobre o Workshop: Deontologia e Legislao Farmacutica;

    Entrevista para o programa Dilogos, da TV UNI Coronel Fabriciano, no dia 18, sobre as atribuies do profi ssional farmacutico;

    Entrevista ao vivo para o Bom dia Minas, da TV Globo, a respeito da pesquisa do Ministrio da Sade sobre o acesso da populao aos medicamentos, no dia 23;

    Prescrio farmacutica - Entrevista para a Rdio UFMG Educativa, de Belo Horizonte, no dia 24; - Entrevista para a Rede Minas, no dia 25; - Entrevista para Dirio Regional de Juiz de Fora, no dia 26; - Entrevista ao vivo para Rdio Itatiaia, no dia 26;

    Outubro Entrevista para a Revista Souza Cruz sobre a motivao de funcionrios nas farmcias e drogarias, no dia 7;

    Entrevista de estdio para a rdio Itatiaia, no dia 18, sobre os riscos da automedicao;

    Entrevista ao vivo para a rdio Justia, de Braslia, sobre armazenamento de medicamentos, no dia 28;

    Prescrio farmacutica - Nota para a Inter TV, de Montes Claros, no dia 3; - Nota para a TVE, de Juiz de Fora, no dia 3; - Entrevista ao vivo para o Bom dia Minas, da TV Globo, no dia 9;

    Conselho na Mdia

    Minuto do Farmacutico na Rdio Itatiaia

    610AM ou 95,7FM Acir Anto: segunda, quarta e sexta, entre 9h e 10h Jornal da Itatiaia 2 edio: tera, quinta e sbado, entre 12h30 e 13h Chamada Geral: segunda a sexta-feira, entre 13h e 14h

    Envie sugestes de temas para [email protected]

    Um exemplo de farmacuticoQuem dera se todos os farmacuticos pudessem se orgulhar de uma caminhada de mais de quatro dcadas de lutas e vitrias. Que bom seria se todos os jovens que recebessem seus diplomas estivessem dispostos a iniciar um legado de amor e defesa da nossa profisso. Privilegiadas so as pessoas que tm e tiveram a oportunidade de conviver com cones que ajudaram a transformar a histria do ensino farmacutico e, por consequncia, os prprios rumos da Farmcia em Minas Gerais.

    Tenho a honra de afirmar que sou uma dessas pessoas privilegiadas. H muitos anos assisto de perto a trajetria admirvel do colega Lcio Guedes Barra, farmacutico-bioqumico de alma e corao. Professor e educador, ele difusor da verdade em circunstncias nem sempre fceis. Para ele, a universidade a casa onde se busca a verdade prpria da pessoa humana. Em seu caminho, exemplo de homem de largo carter, de pulso fi rme e corao enorme, que acolheu a todos seus discentes como fi lhos, tornando-se para eles referncia de estmulo e fortaleza.

    Dos seus 70 anos de idade, 40 foram vividos intensamente na busca pela qualidade do ensino farmacutico e pelo cresci-mento da tradicional Escola de Farmcia da Universidade Federal de Juiz de Fora. Sbio, considera que o ensino no uma simples transmisso de contedos, mas uma formao de jovens que devem ser compreendidos e suscitados sede da verdade e anseio de superao.

    Muitos j reconheceram, com justia, o incansvel esforo desse farmacutico. A prpria categoria j o fez, referendando seu nome para receber a Comenda do Mrito Farmacutico, em 2012. Demos continuidade a essas merecidas homenagens indicando-o como patrono do Prmio Professor Lcio Guedes Barra, que valoriza o empenho dos acadmicos que se destacaram durante a graduao. Aps receber a medalha, esses novos farmacuticos carregam a responsa-bilidade de continuar o legado deixado pelo querido mestre Lcio Guedes. Afi nal, temos que contribuir para que os bons frutos sigam plantando belas sementes.

    Presidente Vanderlei MachadoHomenagem ao diretor e conselheiro

    Lcio Guedes Barra

    Diretoria do CRF/MG homenageia o colega

    Lcio Guedes Barra na Solenidade do Mrito

    Farmacutico 2012

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    Valorizando quem se dedica

    Prmio Professor Lcio Guedes Barra homenageia farmacuticos recm-formados que se destacaram na formao acadmica

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    Para Claudiney Ferreira, os novos profi ssionais carregam a respon-sabilidade de continuar o legado deixado por Lcio Guedes Barra, que diretor e conselheiro regional do CRF/MG, mas est tempora-riamente afastado de suas atividades por motivos de sade. Nos mais de quarenta anos dedicados UFJF, ele deixou grandes lies. Encabeou as principais lutas em favor do reconhecimento da profi sso. Todos ns fazemos votos de que ele volte logo, porque a sua sensatez, maturidade e experincia fazem muita falta, afi rmou o vice-presidente.

    Ao entregar a medalha farmacutica Mariana Macedo, Claudiney Ferreira estendeu a homenagem a todos os alunos que se empenharam ao longo do curso. Parabns pelo esforo. Parabns pela superao. Cada um sabe os obstculos que teve que superar para chegar at aqui. Quanto investimento, quantas renncias! A primeira etapa est cumprida. Agora, mos obra.

    ParticipaoPara participar do Prmio Professor Lcio Guedes Barra, basta que o coordenador do curso inscreva a sua faculdade na rea Instituio de Ensino, no site do CRF/MG, e informe o dia da Colao de Grau. O agendamento feito de acordo com a disponi-bilidade dos diretores e representantes do CRF/MG, que fazem

    Ainda no ms de setembro, mais duas alunas foram homena-geadas com o Prmio Professor Lcio Guedes Barra. No dia 26, foi a vez da recm-formada Las Raquel de Almeida receber a condecorao das mos da diretora tesoureira Rigleia Lucena durante a formatura da Unifenas/BH. No dia seguinte, a medalha foi entregue pelo vice-presidente Claudiney Ferreira Ana Paula Henriques Ventura, que se formou pela faculdade Pitgoras/BH. Claudiney tambm foi o Patrono da turma.

    At aqui, quem cuidou de vocs foi a faculdade. A partir de agora, quem cuida de vocs o Conselho Regional de Farmcia de Minas Gerais. Aproximem-se. Participem, perguntem, sugiram melhorias, contem conosco. Sintam-se em casa, as portas estaro sempre abertas para vocs, convocou Vanderlei Machado.

    Homenagens em todo o Estado

    Mariana Macedo, da UFJF, foi a primeira farmacutica a receber a homenagem

    Claudiney Ferreira entrega a medalha a Ana Paula Henriques Ventura, do Pitgoras BH

    a confirmao de participao to logo seja possvel. A escolha do acadmico homenageado feita pela prpria instituio de ensino.

    Entre os critrios para a seleo do estudante esto a conduta tica, a assiduidade e comprometimento com os estudos, e o bom relacionamento com o corpo docente e discente da instituio. Nas palavras do presidente Vanderlei Machado, o homenageado deve ser exemplo de futuro profi ssional para os demais colegas, assim como Lcio Guedes Barra para toda a categoria.

    Inscries pela rea Instituio de Ensino,no site www.crfmg.org.br

    A cerimnia de colao de grau um momento marcante na vida de todo farmacutico. a concreti-

    zao de um sonho alimentado ao longo de muitos anos de estudo e dedicao. Agora, uma iniciativa do CRF/MG

    tornou o momento ainda mais emocionante. Os alunos que apresentaram o melhor desempenho durante o curso esto tendo

    a oportunidade de receber o reconhecimento por meio do Prmio Professor Lcio Guedes Barra.

    A homenagem foi criada para incentivar os estudantes a cuidarem da sua formao acadmica com seriedade, tica e responsabilidade, assumindo, ainda durante a graduao, o compromisso para com a profi sso farmacutica e a sociedade. A primeira medalha foi entregue pelo vice-presidente Claudiney Ferreira farmacutica Mariana Macedo de Almeida, no dia 18 de setembro. Ela colou grau na Faculdade de Farmcia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), mesma instituio onde Lcio Guedes Barra, que d nome ao prmio, consagrou--se como farmacutico e professor.

    O nome do aluno agraciado s conhecido durante o discurso dos representantes do CRF/MG na cerimnia de colao de grau, aumentando a emoo dos jovens farmacuticos e seus familiares. Foi uma surpresa sem tamanho. No sabia de nada, nem meus pais. Como a nota de cada um privada, nunca poderia imaginar que eu teria o melhor desempenho, comemora Mariana Macedo. Ela conta que o prmio foi um incentivo para continuar estudando. Pretendo seguir carreira acadmica e atuar na rea de gentica. Essa medalha confi rma que todo o esforo durante o curso valeu a pena. O trabalho reconhecido um estmulo a mais para eu continuar crescendo.

    Mariana Macedo foi aluna do professor Lcio Guedes Barra no primeiro perodo da faculdade. Ele ministrou a disciplina Profi sso Farmacutica, apresentando o cenrio geral das perspectivas e desafi os da profi sso. Essa iniciativa do Conselho de Farmcia muito legal, porque, alm de incentivar os alunos, faz uma justa homenagem ao professor Lcio, que foi e to importante para o curso de Farmcia da UFJF.

    Rigleia Lucena homenageia Las Raquel de Almeida,

    formanda da Unifenas

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    A presidente Dilma Rousseff vetou o artigo da 19 do Projeto de Lei de Converso n 21 de 2013 (MP 615/13), que atribuiria exclusiva-mente ao farmacutico a responsabilidade tcnica por farmcias e drogarias. O artigo tinha sido aprovado pelo Congresso Nacional no dia 11 de setembro, mas no foi sancionado pela presidente. Com isso, fica mantida a redao original do artigo 15 da Lei Federal 5991/73, que obriga a existncia de responsvel tcnico (RT), inscrito no seu respectivo Conselho Regional de Farmcia, em drogarias, farmcias e distribuidoras de medicamentos, mas no especifi ca que profi ssional deve ser esse responsvel tcnico.

    A pretenso de se modifi car o texto era a de sedimentar a necessidade da presena do farmacutico em todas as hipteses de dispensao de medicamentos, ainda que em localidades remotas. O acrscimo do termo farmacutico na lei dissiparia quaisquer dvidas ou interpre-taes equivocadas a respeito da necessidade deste profissional como responsvel tcnico nas farmcias e drogarias, impedindo que ela pudesse ser delegada ou atribuda a tcnicos de nvel mdio.

    O Conselho Federal de Farmcia lembrou, em nota oficial emitida no dia 10 de outubro, que embora o artigo 15 da Lei 5991/73 no aponte claramente que profissional deve ser responsvel tcnico desses estabelecimentos, o artigo 41 da mesma lei determina que o RT deve solicitar confi rmao expressa ao profi ssional que prescreveu a dosagem de medicamento que porventura ultrapasse os limites farmacolgicos ou apresente incompatibilidades. Desse modo, no resta dvidas de que o nico profissional habilitado a responder tecnicamente pelas farmcias e drogarias o farmacutico.

    Cumpre registrar que o artigo 15 da Lei Federal n 5991/73 j foi objeto de questionamento perante o Supremo Tribunal Federal na Representao de Inconstitucionalidade n 1507-6/DF, de cujo julgamento se extrai a absoluta convico de que a imposio da presena do farmacutico, desde o advento do referido diploma legal, plenamente constitucional, vez que uma norma que visa

    CRF/MG lamenta veto presidencial que CRF/MG lamenta veto presidencial que CRF/MG lamenta veto presidencial que mantm inalterado o texto da Lei 5991/73mantm inalterado o texto da Lei 5991/73mantm inalterado o texto da Lei 5991/73mantm inalterado o texto da Lei 5991/73mantm inalterado o texto da Lei 5991/73mantm inalterado o texto da Lei 5991/73***

    assegurar o direito sade. Inobstante todo o esforo empreendido pelo Conselho Federal de Farmcia, principalmente por sua Comisso Parlamentar, a presidente da Repblica, conforme se depreende nas razes de seu veto, adotou o posicionamento do Ministrio da Sade, o qual, lamentavel-mente, privilegiou o direito livre atividade mercantil em detrimento ao direito sade, destacou a nota do CFF.

    O presidente do CRF/MG, Vanderlei Machado, tambm lamentou o veto presidencial. Os parlamentares j tinham se sensibilizado para a necessidade de a comercializao ser feita exclusivamente por farmacuticos, que autoridade mxima quando o assunto medicamentos. uma pena que a presidente ainda no tenha entendido os riscos que a venda mal orientada de medicamentos pode provocar, lamentou Vanderlei Machado.

    Considerando as distintas realidades e as demandas singulares da populao, a sociedade clama por mais cuidado e ateno s suas necessidades de sade. Atender a esse chamado um grande desafio, mas tambm uma oportunidade mpar para que o farmacutico assuma de vez um papel relevante como protagonista das aes em prol da sade da populao brasileira. Nenhuma articulao vai impedir que os farmacuticos brasileiros exeram seu papel social em sua plenitude, completou o presidente do CFF, Walter Jorge Joo, na nota ofi cial.

    * Com informaes do CFF

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    Gratificao aos farmacuticosda Farmcia de Minas

    O CRF/MG, em parceria com a Associao dos Farmacuticos da Rede Farmcia de Minas (AFARFMG), intensificar o trabalho com os gestores e parlamentares para encaminhar a proposta de Projeto de Lei Complementar (PLC) que cria gratificao financeira para o farmacutico Responsvel Tcnico pelas unidades da Farmcia de Minas.

    O PLC estabelece prazo para que os municpios repassem ao farmacutico o incentivo financeiro destinado fixao do profissional no programa, assim como o repasse de possveis reajustes da Secretaria de Estado de Sade (SES), vinculados prestao de servios referentes a 40 horas semanais, conforme pactuado no Termo de Gesto que municpios e SES assinam para a implantao do Programa.

    O Projeto de Lei tambm elimina dvidas em relao necessidade da existncia de um profissional farmacutico substituto. Nas unidades da Farmcia de Minas Integrada, o PLC prev a contratao obrigatria de, no

    mnimo, dois farmacuticos com jornada de trabalho de 40 horas semanais para atuar com o Componente Bsico da Assistncia Farmacutica e o Componente de Alto Custo.

    A proposta de Projeto de Lei Complementar, assim como a exposio dos motivos que levaram elaborao do texto, est disponvel aos farmacuticos interessados em implant-la em seus municpios. Para tanto, basta entrar em contato com a Associao dos Farmacuticos da Rede Farmcia de Minas ([email protected]) e solicitar o encaminhamento do material. O texto foi elaborado pelos farmacuticos Marcos Luiz de Carvalho, Thiago Siqueira Marques, Andra Reis Pereira e Alisson Brando Ferreira, com suporte da advogada Daniela Miranda Duarte.

    Apoio do LegislativoO PLC foi entregue ao deputado estadual Paulo Lamac, durante reunio realizada no dia 27 de setembro, no CRF/MG. O parlamentar se disponibilizou a encaminh-lo Assemblia Legislativa e fazer articulaes junto aos prefeitos e vereadores municipais de seu partido nas cidades onde h unidades da Rede Farmcia de Minas. A inteno sensibiliz-los para tentar fazer com que o incentivo fi nanceiro seja repassado antes da aprovao do projeto de lei, que depende dos prazos de tramitao da Assemblia Legislativa.

    Combate automedicaoO deputado estadual Paulo Lamac tambm apresentou

    um projeto de lei, de sua autoria, que cria a Semana de Conscientizao e Combate Automedicao. A

    iniciativa tem o objetivo de alertar a populao sobre os perigos do consumo irracional de medicamentos. O PL tambm pretende reforar a importncia e competncia tcnica do farmacutico no ato da dispensao dos frmacos. As atividades referentes

    Semana de Combate Automedicao seriam desenvolvidas principalmente na rede pblica de ensino

    e sade, instituies de defesa e proteo dos direitos do consumidor e entidades do terceiro setor.

    Combate automedicao Combate automedicao Combate automedicao Combate automedicao Combate automedicaoO deputado estadual Paulo Lamac tambm apresentou O deputado estadual Paulo Lamac tambm apresentou O deputado estadual Paulo Lamac tambm apresentou O deputado estadual Paulo Lamac tambm apresentou O deputado estadual Paulo Lamac tambm apresentou O deputado estadual Paulo Lamac tambm apresentou O deputado estadual Paulo Lamac tambm apresentou O deputado estadual Paulo Lamac tambm apresentou

    um projeto de lei, de sua autoria, que cria a Semana um projeto de lei, de sua autoria, que cria a Semana um projeto de lei, de sua autoria, que cria a Semana um projeto de lei, de sua autoria, que cria a Semana um projeto de lei, de sua autoria, que cria a Semana um projeto de lei, de sua autoria, que cria a Semana um projeto de lei, de sua autoria, que cria a Semana de Conscientizao e Combate Automedicao. A de Conscientizao e Combate Automedicao. A de Conscientizao e Combate Automedicao. A de Conscientizao e Combate Automedicao. A de Conscientizao e Combate Automedicao. A de Conscientizao e Combate Automedicao. A de Conscientizao e Combate Automedicao. A

    iniciativa tem o objetivo de alertar a populao sobre iniciativa tem o objetivo de alertar a populao sobre

    Semana de Combate Automedicao seriam desenvolvidas principalmente na rede pblica de ensino desenvolvidas principalmente na rede pblica de ensino

    e sade, instituies de defesa e proteo dos direitos do consumidor e entidades do terceiro setor. consumidor e entidades do terceiro setor. consumidor e entidades do terceiro setor. consumidor e entidades do terceiro setor. consumidor e entidades do terceiro setor. consumidor e entidades do terceiro setor. consumidor e entidades do terceiro setor.

    Deputado Paulo Lamac durante reunio com a diretoria do CRF/MG e o assessor Alisson Brando

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    FitoterapiaO CRF/MG promoveu mais um evento de grande importncia para a rea de Prticas Integrativas Comple-mentares. No dia 27 de setembro, representantes dos CRFs de Minas, So Paulo e Rio de Janeiro se reuniram para o I Encontro das Comisses Assessoras de Fitote-rapia e Plantas Medicinais da Regio Sudeste. O objetivo foi alinhar posicionamentos e planejamento de aes no mbito da Fitoterapia no sudeste do Pas.

    Na ocasio, foram trabalhadas as abordagens para a realizao de capacitaes sobre a prescrio de fi tote-rpicos, embasadas nas Resolues 546/11 e 586/13, do CFF. De acordo com essas resolues, o farmacutico possui a permisso para prescrever os fitoterpicos isentos de prescrio (FIPs). Os farmacuticos tambm propuseram contribuies s consultas pblicas 14/2013 e CP 34/2013, que tratam do registro de medicamentos fi toterpicos e da notifi cao de produtos tradicionais fi toterpicos.

    No I Encontro das Comisses Assessoras de Fitoterapia e Plantas Medicinais da Regio Sudeste, a concluso da necessidade de se realizar novas reunies foi unnime. Um novo encontro ser realizado em breve, com o retorno das decises tomadas nessa primeira fase. A valorizao dos profi ssionais atuantes da Fitoterapia resultado da sensibilizao de toda uma equipe e da demonstrao da importncia desse profi ssional para a populao. Os encontros so um passo para valorizarmos e fortale-cermos os farmacuticos de forma conjunta, destacou Rosana Gonalves, integrante da Comisso Assessora de Fitoterapia do CRF/MG.

    Os farmacuticos Srgio Cardoso, Domitila Gonalves e Ana Maria Barros tambm representaram o CRF/MG no encontro. A coordenadora da Comisso de Fitoterapia do CRF/SP, Caroly Cardoso, e os membros da Cmara Tcnica do CRF-RJ, Elizabeth Camacho e Neuci Guerra, tambm participaram das discusses.

    e Plantas Medicinais da Regio Sudeste

    I Encontro das Comisses Assessoras de

    Reconhecendo a experincia do CRF/MG na realizao de grandes eventos, como congressos dos quais participam milhares de profissionais, o gerente-geral do CRF/PR, Srgio Satoru Mori, veio a Minas Gerais buscar informaes sobre organizao, contratos, patrocnios, logstica e gesto de recursos. A visita ocorreu nos dias 1, 2 e 3 de outubro. Neste perodo, os gerentes de Infraestrutura e Financeiro, Vera Lcia de Paiva e Cristiano Dias, apresentaram os detalhes que garantem a produo de eventos de grande porte e de alto nvel pelo menor custo possvel, cumprindo rigorosamente os princpios da Administrao Pblica. Segundo Srgio Satoru, a troca de experincias j seria colocada em prtica no I Seminrio Paranaense de Farmacuticos, realizado no dia 25 e 26 de outubro, no Paran. Na foto, o gerente-geral foi recebido pelos diretores Vanderlei Machado (centro), Rigleia Lucena e Claudiney Ferreira.

    Modelo de gesto do CRF/MG exemplo para todo o Pas

    pelo menor custo possvel, cumprindo rigorosamente os princpios da Administrao Pblica. Segundo Srgio

    Buscando manter as condutas adotadas pelo setor de Fiscalizao em Minas Gerais alinhadas com o que preconizado pelo CFF, o CRF/MG participou do XII Encontro Nacional

    de Fiscalizao (ENAF 2013), em Salvador, na

    Bahia, nos dias 17 e 18 de outubro. O evento

    teve como tema Gesto e fiscalizao:

    responsabilidade solidria.

    Dir igentes dos conselhos regionais e

    farmacuticos que atuam na fi scalizao do

    exerccio profi ssional em todo o pas partici-

    param dos dois dias de discusses. Na pauta

    estavam as estratgias para harmonizar as aes e as responsabilidades de gestores e fi scais diante do desafi o de fi scalizar com

    coerncia e de maneira correta. O CRF/MG foi representado pelo vice-presidente Claudiney Ferreira e os fiscais Carlos Csar Queiroz, Aline Fachetti, Andrea Guerra, Alexandre Leal e Luciano Alves.

    O ENAF teve palestra sobre a melhoria da

    assistncia farmacutica e da fiscalizao, com base na quantidade de farmacuticos e egressos. Tambm foi debatido o panorama

    do setor, com apresentao de indicadores de fi scalizao, dados da assistncia farmacutica, entre outros assuntos relacionados regulamentao do servio de fiscalizao em todo o Pas. No segundo dia, uma mesa redonda abordou as dificuldades que envolvem gesto e fi scalizao.

    A regulamentao da prescrio farmacutica tambm foi tema de debate. O presidente do CFF, Walter Jorge Joo, alertou para a necessidade de orientar a populao a buscar estabelecimentos idneos. Ao escolher uma farmcia, o cidado deve optar por estabelecimentos regulares, que mantm farmacutico presente durante todo o seu tempo de funcionamento, conforme previsto em lei. Assim, poder contar com servios que o farmacutico pode prestar sociedade.

    Para o vice-presidente Claudiney Ferreira, um dos benefcios do encontro a oportunidade de troca de experincias. Conhecendo a realidade da fi scalizao de outros estados, suas difi culdades e pontos positivos, podemos cada vez mais agregar informaes para trazer melhorias aos procedimentos fi scais de Minas Gerais, afi rmou.

    Segundo o CFF, o Brasil possui, hoje, aproximadamente 175 mil farmacuticos inscritos nos 27 Conselhos Regionais de Farmcia e quase 150 profi ssionais na atividade de fi scalizao. S em Minas Gerais que o segundo do pas em nmero de farmacuticos, so mais de 20 mil profi ssionais inscritos regularmente no CRF/MG, que recebem o acompanhamento direto de 23 fi scais.

    CRF/MG marca presena emencontro nacional de Fiscalizao*

    * Com informaes do CFF

    Vice-presidente Claudiney Ferreira e os fiscais Aline Fachetti, Luciano Alves, Andrea Guerra, Alexandre Leal e Carlos Csar Queiroz

    ENAF teve como tema Gesto e fiscalizao: responsabilidade solidria

    Fotos: Yosikazu Maeda

  • | Setembro - Outubro 2013 | 13

    Gesto

    | Farmcia Revista |12

    Gesto

    30/09/2013 30/09/2012 30/09/2013 30/09/2012

    ATIVO FINANCEIRO 8.204.086,12 6.296.120,23 PASSIVO FINANCEIRO 896.915,51 796.098,09

    DISPONIVEL 4.429,70 3.824,70 DIVIDA FLUTUANTE 896.915,51 796.098,09 BANCOS-C/MOVIMENTO 0,00 204,50 RESTOS A PAGAR 14.254,29 4.518,96 BANCOS ARRECADAO 129,70 921,00 RESTOS A PAGAR NO PROCESSADOS 1.350,00 8.599,00 DISPONIBILIDADES EM TRNSITO 0,00 0,00 FUNDO DE ASSISTNCIA PROFISSIONAL 620.995,73 538.148,47 RESPONSVEL POR SUPRIMENTOS 4.300,00 2.699,20 CONSIGNAES 44.926,30 52.822,83 DISPONIVEL VINCULADO EM C/C BANCARIA 8.126.344,09 6.183.476,11 CREDORES DA ENTIDADE 26.178,41 23.419,06 BANCOS-C/VINCULADA 53,00 29,26 ENTIDADES PUBLICAS CREDORAS 27.545,89 11.702,33 BANCOS-C/VINCULADA A APLICACOES FINANCEIRAS 8.126.291,09 6.183.446,85 RETENES TRIBUTRIAS 6.379,80 3.962,59

    OBRIGAES TRABALHISTAS 155.285,09 152.924,85 REALIZAVEL 42.153,76 77.660,85 DISPONIBILIDADES EM TRNSITO 15.223,28 0,00 DEVEDORES DA ENTIDADE 23.014,04 58.521,13 ENTIDADES PUBLICAS DEVEDORAS 19.139,72 19.139,72 DESPESAS ANTECIPADAS 0,00 0,00

    RESULTADO PENDENTE 31.158,57 31.158,57 DESPESAS JUDICIAIS 31.158,57 31.158,57

    ATIVO PERMANENTE 17.550.055,90 15.234.461,13 PASSIVO PERMANENTE 0,00 0,00 BENS PATRIMONIAIS 3.577.004,26 3.157.612,89 BENS MVEIS 2.068.809,74 1.679.267,78 BENS IMOVEIS 1.508.194,52 1.478.345,11

    CREDITOS 13.755.883,12 11.890.577,41 DIVIDA ATIVA 13.725.435,60 11.860.129,89 DEPSITOS JUDICIAIS 30.447,52 30.447,52

    VALORES 217.168,52 186.270,83 TTULOS DE EMPRESAS ESTATAIS 319,81 319,81 ALMOXARIFADOS 216.848,71 185.951,02

    SOMA DO ATIVO REAL 25.754.142,02 21.530.581,36 SOMA DO PASSIVO REAL 896.915,51 796.098,09

    SALDO PATRIMONIAL (Ativo Real Lquido) 24.857.226,51 20.734.483,27

    TOTAL DO ATIVO 25.754.142,02 21.530.581,36 TOTAL DO PASSIVO 25.754.142,02 21.530.581,36

    Farm VANDERLEI EUSTQUIO MACHADODiretor Presidente

    Cont. CRISTIANO DIASGerente Financeiro/Contador

    Farm RIGLEIA MARIA MOREIRA LUCENADiretora Tesoureira

    Conselho Regional de Farmcia do Estado de Minas Gerais - CRF/MG

    BALANCETE PATRIMONIAL 2013/2012

    RECEITAS PREVISO EXECUO % PREVISO EXECUO %

    RECEITAS CORRENTES 19.461.516,96 18.828.663,94 96,7% 18.357.179,12 16.307.599,00 88,8% Receitas de Contribuies 14.705.749,92 13.445.058,99 91,4% 13.501.370,00 11.498.462,95 85,2% Receita Patrimonial 437.374,87 434.715,39 99,4% 402.594,39 346.995,51 86,2% Receitas de Servios 2.494.786,00 2.480.077,79 99,4% 2.257.439,00 2.361.193,77 104,6% Outras Receitas Correntes 1.823.606,17 2.468.811,77 135,4% 2.195.775,73 2.100.946,77 95,7%

    RECEITAS DE CAPITAL - 25.162,00 0,0% - - 0% Crditos Adicionais 0,00 0,00 0,0% 0,00 0,00 0% Alienao de Bens 0,00 25.162,00 0,0% 0,00 0,00 0%

    TOTAL 19.461.516,96 18.853.825,94 96,9% 18.357.179,12 16.307.599,00 89%

    DESPESAS FIXAO EXECUO % FIXAO EXECUO %

    DESPESAS CORRENTES 18.801.516,96 13.661.324,40 72,7% 17.767.179,12 11.393.161,63 64% Despesas de Custeio 14.151.000,00 9.137.146,43 64,6% 13.479.267,19 7.625.399,29 57% Transferncias Correntes 4.650.516,96 4.524.177,97 97,3% 4.287.911,93 3.767.762,34 88%

    DESPESAS DE CAPITAL 660.000,00 277.862,90 42,10% 590.000,00 41.120,25 7% Investimentos 660.000,00 277.862,90 42,10% 590.000,00 41.120,25 7%

    TOTAL 19.461.516,96 13.939.187,30 72% 18.357.179,12 11.434.281,88 62%

    SUPERVIT/DFICIT ORAMENTRIO 4.914.638,64 4.873.317,12

    Belo Horizonte, 25 de outubro de 2013.

    30/09/2013 30/09/2012

    Diretora TesoureiraFarm VANDERLEI EUSTQUIO MACHADO

    Diretor Presidente Farm RIGLEIA MARIA MOREIRA LUCENA Cont. CRISTIANO DIAS

    Gerente Financeiro/Contador

    30/09/2013 30/09/2012

    Conselho Regional de Farmcia do Estado de Minas Gerais - CRF/MG

    BALANCETE ORAMENTRIO - 3 TRIMESTRE 2013/2012

    Para oferecer ainda mais vantagens ao farmacutico mineiro, o CRF/MG acaba de lanar o Profarminas, um programa de benefcios que garante uma srie de condies especiais na aquisio de bens e servios, a partir de convnios fi rmados com empresas e instituies de ensino.

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    Um bom Conselho pensa em tudoO Profarminas conta com um site prprio, apresentando as empresas parceiras e os descontos, alm da divulgao dos benefcios via informativo eletrnico. Para receber as informaes sobre o programa, o farmacutico precisa fazer um cadastro prvio no site www.crfmg.org.br/profarminas aceitando os Termos e Condies Gerais de Participao.

    Alm de usufruir dos benefcios, o profi ssional pode indicar um possvel parceiro pelo email [email protected], informando o nome e o ramo de atuao da empresa, alm do contato (telefone, email, pessoa responsvel). A empresa ser avaliada pelo departamento jurdico do CRF/MG e includa no Profarminas quando de acordo com os critrios do programa.

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    Em destaque

    | Farmcia Revista |14

    Os farmacuticos vivenciaram, em setembro, um marco histrico na profi sso. O Conselho Federal de Farmcia (CFF) publicou, no Dirio Ofi cial da Unio do dia 25, a Resoluo 586/2013, que regulamenta a prescrio farmacutica no Brasil. Foram anos de luta da categoria, que clamava pela ofi cializao de um ato que j era praticado pelos profi ssionais desde o tempo das boticas. Com a regulamentao, o farmacutico vai ganhar mais reconhecimento e credibilidade, e a populao vai ganhar em qualidade no atendimento.

    Se antes da regulamentao as pessoas j poderiam adquirir Medica-mentos Isentos de Prescrio (MIPs) por conta prpria, agora, ser possvel utilizar os produtos aps receber a recomendao direta-mente de um farmacutico, profi ssional habilitado tecnicamente para esse fi m. Essas prescries sero feitas em ambiente reservado e documentadas em receiturio prprio, garantindo a privacidade e segurana das informaes. Com isso, cresce a responsabilidade do farmacutico, que dever prestar um atendimento ainda mais tcnico e preciso, buscando entender as necessidades do paciente antes de fazer a prescrio, ou recomendar a interveno de outro profi ssional de sade.

    Segundo o presidente do CFF, Walter Jorge Joo, a prescrio farmacutica fundamental sob vrios aspectos, sobretudo para evitar o avano das doenas crnicas no transmissveis no Brasil, como diabetes, cncer, problemas respiratrios e cardiovasculares. Estudos recentes demonstram que estas enfermidades constituem o problema de sade de maior magnitude no Pas. Atingem fortemente camadas pobres da populao e grupos vulnerveis, correspondendo a 72% das causas de mortes e de 75% dos gastos com ateno sade no SUS.

    Walter Jorge Joo lembrou que em vrios sistemas de sade de outros pases profissionais no mdicos esto autorizados a prescrever

    Prescrio farmacutica, uma vitria da sade*

    A categoria reivindicou, os conselhos regionais se mobilizaram e o CFF regulamentou: os farmacuticos j esto autorizados a prescrever medicamentos.

    A medida mais uma importante ferramenta de valorizao pro ssional e vai ampliar a segurana do paciente no uso de medicamentos

    O texto da prescrio farmacutica encerra a concepo de prescrio como a ao de recomendar algo ao paciente. Tal recomendao pode incluir a seleo de opo teraputica, a oferta de servios farmacuticos, ou o encaminhamento a outros profi s-sionais de sade. Para o presidente do CRF/MG, Vanderlei Machado, a prescrio farmacutica vai ajudar a integrar o farmacutico na equipe multidisciplinar de sade, permitindo que ele realmente trabalhe na promoo, preveno e recuperao da sade.

    Ao comemorar a regulamentao, Vanderlei Machado lembrou que o farmacutico o profi ssional do medicamento que possui plenas competncias para exercer a prescrio. O farmacutico recebe na graduao todas as informaes necessrias para atuar diretamente na rea clnica indicando medicamentos que so de tratamento de sintomas leves, reforou. Segundo Vanderlei Machado, o CRF/MG

    Conselheiros federais comemoram a regulamentao da prescrio

    Isso (a prescrio) favorece o acesso, aumenta o controle sobre os gastos,

    reduzindo, assim, os custos com a proviso da farmacoterapia racional, e propicia a

    obteno de melhores resultados teraputicos. Walter Jorge Joo presidente do CFF

    O farmacutico e a prescrio

    medicamentos, selecionando, iniciando, adicionando, substituindo, ajustando, repetindo ou interrompendo a terapia farmacolgica. Isso favorece o acesso, aumenta o controle sobre os gastos, reduzindo, assim, os custos com a proviso da farmacoterapia racional, e propicia a obteno de melhores resultados terapu-ticos. De acordo com ele, a prescrio farmacutica constitui uma das atribuies clnicas do farmacutico e dever ser realizada com base nas necessidades de sade do paciente, nas melhores evidncias cientfi cas, em princpios ticos e em confor-midade com as polticas de sade vigentes.

    1515

    vai intensificar as ofertas de capacitao profi ssional aos farmacuticos para garantir que o atendimento populao seja cada vez melhor.

    A Resoluo 586/2013 estabelece a prescrio farmacutica como ato pelo qual o farmacutico seleciona e documenta terapias farmacolgicas e no farmaco-lgicas, e outras intervenes relativas ao cuidado sade do paciente, visando a promoo, proteo e recuperao da sade, e a preveno de doenas. Agora, o farmacutico poder realizar a prescrio de medicamentos e produtos com finalidade teraputica cuja dispen-sao no exija prescrio mdica, incluindo frmacos industrializados e formulaes magistrais (alopticos ou dinamizados), plantas medicinais, drogas vegetais e outras categorias ou relaes de medicamentos que venham a ser aprovadas pela ANVISA.

    Fotos: Yosikazu Maeda

    * Com informaes do CFF

  • | Farmcia Revista | | Setembro - Outubro 2013 | 1716

    Em destaqueEm destaque

    | Setembro - Outubro 2013 | 17| Farmcia Revista |16

    Em destaque

    Regulamentao j vinha sendo debatida h quatro anos*

    O tema tambm norteou a I Oficina para Discusso de Consultas Pblicas do CFF, realizada no 12 Congresso de Farmcia e Bioqumica de Minas Gerais (CFBMG), em julho de 2013, em Belo Horizonte. O CFF aproveitou o grande nmero de profis-sionais reunidos no evento para promover

    Com relao aos medicamentos tarjados ou cuja dispensao exija a prescrio mdica, a Resoluo possibilita que o farmacutico exera o papel de prescritor tanto para iniciar como para fazer modifi caes na farmacoterapia, desde que existam programas, protocolos, diretrizes clnicas ou normas tcnicas aprovados para uso no mbito das instituies de sade. vedado ao farmacutico modificar a prescrio de medicamentos emitida por outro prescritor, a no ser que a alterao esteja prevista em acordo de colaborao. Neste caso, o outro prescritor dever ser comunicado.

    Em Minas Gerais, somente podem prescrever os farmacuticos legalmente habilitados e registrados no CRF/MG. O exerccio da prescrio farmacutica est fundamentado em conhecimentos e habilidades clnicas que abranjam boas prticas de prescrio, fisiopatologia, semiologia, comunicao interpessoal, farmaco-logia clnica e teraputica. O ato da prescrio poder ocorrer em diferentes estabelecimentos farmacuticos, consultrios, servios e nveis de ateno sade, desde que seja respeitado o princpio da confi dencialidade e a privacidade do paciente no atendimento.

    A prescrio dever ser redigida por extenso, de modo legvel, sem emendas ou rasuras. No documento, preciso conter o nome completo do paciente e a descrio da terapia farmacolgica, incluindo as seguintes informaes: nome do medicamento ou

    Poucas vezes, um ato profi ssional foi to debatido como a prescrio farmacutica. H cerca de quatro anos, o tema passou a ser pautado em eventos e reunies de instituies farmacuticas, em todo o Pas. Em 2012, o CFF colocou a proposta de prescrio como um dos seus temas prioritrios e recorrentes. O assunto foi submetido consulta pblica, tendo recebido mais de 230 contribuies, que foram avaliadas e, em parte, incorporadas ao texto original.

    Prescrio deve alterar grade curricular dos cursos de graduao*

    discusses que pudessem levar ao aprimora-mento da Resoluo. Ns, do CFF, somos os primeiros a querer devolver ao farmacutico uma prtica que lhe devida desde o tempo das boticas. Sabemos da nossa competncia para isso, mas s podemos regulamentar a prescrio farmacutica aps ouvir o que pensam os colegas de todo o Brasil e dialogar com os demais profi ssionais da sade. E isso que temos feito, afi rmou o presidente do CFF, Walter Jorge Joo, poca.

    formulao, concentrao/dinamizao, forma farmacutica e via de administrao; dose, frequncia de administrao do medicamento e durao do tratamento e instrues adicionais, quando necessrio. Tambm deve haver a descrio da terapia no farmacolgica ou de outra interveno relativa ao cuidado do paciente, quando houver, o nome completo do farmacutico, assinatura e nmero do registro no CRF/MG, alm do local e data da prescrio.

    Atendimento dever ser feito em ambiente reservado, garantindo a privacidade do paciente

    Oficina no 12 CFBMG discutiu os princpios bsicos que passaram a compor a Resoluo 586/2013

    O farmacutico podePrescrever medicamentos que no necessitam de prescrio mdica, sejam eles industrializados ou manipulados alopticos ou dinamizados, alm de drogas vegetais, plantas medicinais e toterpicos

    A Resoluo 586/13 estabelece a prescrio farmacutica com diferentes nveis de complexidade. Os farmacuticos tm uma formao especf ica em matrias que permitem um conhecimento adequado sobre o medicamento, desde o seu desenvolvi-mento, indicao, mecanismos de ao, doses, caractersticas farmacocinticas e condies seguras de uso. Mas diante dos diferentes nveis de complexidade da prescrio farmacutica e constante evoluo do arsenal teraputico, necessrio desenvolver aes que aperfeioem a sua qualifi cao para prescrever.

    A Resoluo recomenda quais so os contedos mnimos desejveis para a qualificao do farmacutico que deseja assumir essa atribuio e estabelece o requisito de reconhecimento da formao de especialista na rea clnica para o profissional que pretende exercer a prescrio farmacutica em nveis de maior complexidade.

    Para o CFF, um bom exemplo de como a regulao de uma atribuio profi ssional implica em aperfeioamento do processo de formao pode ser constatado com a conquista do direito dos farmacuticos de atuarem na rea de citopatologia clnica. A regulamentao dessa atribuio est in uenciando positivamente a insero do contedo nos currculos de graduao de vrios cursos de Farmcia, bem como a busca de aperfeioamento pelos farmacuticos analistas clnicos que optaram por atuar nessa rea.

    O presidente do CFF contou que no foi fcil discutir a prescrio farmacutica ao longo dos ltimos anos. Segundo ele, debates mais acalourados se concentravam nos aspectos ticos, legais e tcnicos, e at mesmo em questes relacionadas terminologia. Ns, farmacuticos, sempre tivemos receio de usar termos como consulta farmacutica ou prescrio farmacutica, e justifi camos a no pertinncia de utiliz-los recorrendo a eufemismos, tais como indicao, automedicao responsvel, orientao farmacutica e dispensao documentada. necessrio suprimir eufemismos e adotar os mesmos termos e expresso que todas as profi sses da sade no mundo empregam correntemente, explicou.

    O assunto tambm foi debatido no 1 Congresso de Farmcia, realizado em Montes Claros, em novembro de 2011. Na oportu-nidade, 92% dos farmacuticos presentes assinaram a carta de Montes Claros, documento a favor da prescrio farmacutica.

    * Com informaes do CFF

    Seleo da terapia ou intervenes relativas ao cuidado sade, com base em sua segurana, e ccia, custo e convenincia, dentro do plano de cuidado;

    Identi cao das necessidades do paciente relacionadas sade;

    De nio do objetivo teraputico;

    Redao da prescrio;

    Orientao ao paciente;

    Avaliao dos resultados;

    Documentao do processo de prescrio.

    Etapas da prescrio

  • | Setembro - Outubro 2013 | 19

    Em destaqueEm destaque

    A regulamentao da prescrio farmacutica ganhou destaque dos veculos de comunicao de todo o Brasil, despertando o interesse da populao. Em Minas Gerais, o vice-presidente Claudiney Ferreira concedeu sete entrevistas para emissoras de todo o Estado. Uma delas foi ao vivo para o Bom Dia Minas, da Rede Globo, no dia 9 de outubro.

    Em todas as entrevistas, Claudiney Ferreira ressaltou que a prescrio uma oportunidade para que a populao trabalhe com a automedi-cao responsvel, e colocou o profi ssional farmacutico disposio para orientar e esclarecer dvidas relacionadas utilizao dos medica-mentos. As pessoas podem fi car tranquilas, porque essa orientao vai ser feita em local reservado para garantir a privacidade e confi den-cialidade das informaes repassadas.

    O vice-presidente aproveitou as oportunidades na imprensa para alertar: s o farmacutico deve dar orientaes sobre medicamentos. A Resoluo do CFF bem clara: a prescrio farmacutica. Caso o

    O Juiz da 13 Vara Federal, Cesar Lopes Luiz, indeferiu o pedido de liminar do Conselho Federal de Medicina (CFM) contra a Resoluo que regulamenta a profisso farmacutica. Para o juiz, no h argumentos que justifi que a suspenso da medida, uma vez que a prescrio de medicamentos fi cou restrita aos casos previstos nos programas, protocolos, diretrizes ou normas tcnicas aprovados para uso no mbito de instituies de sade.

    A deciso cita, ainda, a Lei 7498/86, que estabelece a possibilidade de prescrio de medicamentos pelos enfermeiros, assim como o Decreto 85878/81, que estabelece normas sobre o exerccio da profisso farmacutica. Esse Decreto inclui o desempenho de funes de dispensao ou manipulao de frmulas magistrais e farmacopias, e o desempenho de outros servios e funes no especificadas que se situem no domnio de capacitao tcnico--cientfi ca profi ssional.

    Para o presidente do CFF, a deciso do TRF lcida e sensata. Demos os primeiros passos nessa longa caminhada de criar, no Brasil, a cultura da prescrio farmacutica. O que queremos somar esforos para ampliar a cobertura e incrementar a capacidade resolutiva dos servios de sade, afi rmou Walter Joo.

    Regulamentao repercute na imprensa Justia nega liminar do Conselho Federal de Medicina

    Claudiney Ferreira durante entrevista ao vivo para o Bom Dia Minas, no dia 9 de outubro

    paciente chegue a algum estabelecimento e o farmacutico no esteja presente ou disponvel para ajudar, ele deve procurar outra drogaria para que receba a orientao diretamente do profi ssional.

    Abrafarma tambm a favor da prescrio farmacuticaA Associao Brasileira de Rede de Farmcias e Drogarias (Abrafarma) classifi cou, por meio de nota ofi cial no dia 14 de outubro, a regula-mentao da prescrio farmacutica como bastante positiva. O documento, assinado pelo presidente-executivo da Abrafarma, Srgio Mena Barreto, afirma que a nova norma incentiva o profi ssional farmacutico a exercer o seu papel educacional de apoio e segurana do paciente.

    O farmacutico um profi ssional que est muito mais prximo do paciente do que o prprio mdico. Ele pode ser mais explorado

    pela populao do que j o . Mesmo que o cidado decida comprar um MIP por conta prpria, e a lei permite que o faa, ele tambm poder contar com a prescrio do profissional presente na farmcia. E isso em nada atrapalha. Pelo contrrio, ajuda. Ento, para ns, a resoluo do CFF representa o avano, afi rma Srgio Barreto.

    Para o presidente da Abrafarma, a prescrio farmacutica pode ajudar a dar respostas mais eficazes populao em relao promoo e proteo da sade. Esta ousada Resoluo, que j recebe crticas de entidades mdicas sempre dispostas a proteger seu mercado de milhes de prescries mdica anuais, muitas vezes obtidas a custo alto e acesso precrio, abre caminho para a melhoria do acesso e da sade da populao brasileira, ressaltou.

    | Farmcia Revista |18

    Em Minas Gerais, somente podem prescrever MIPs os farmacuticos legalmente habilitados e registrados no CRF/MG.

    Eleies CRF/MG2013

    A participao na votao do dia 7 de novembro era obrigatria

    a todos os farmacuticos inscritos no CRF/MG. Portanto,

    se voc no conseguiu votar, justifi que sua ausncia no site

    www.votafarmaceutico.org.br, ou mande email para

    [email protected] .

    Quem no enviar a justifi cativa em at 60 dias est sujeito a multa no valor de metade da

    anuidade, conforme determina a Resoluo 569/12 do CFF.

    Fique atento!

  • | Setembro - Outubro 2013 | 21

    Em destaque

    Atribuies clnicas do farmacutico tambm

    so regulamentadas* Estabelecer e conduzir uma relao de cuidado centrada no paciente

    Desenvolver, em colaborao com os demais membros da equipe de sade, aes para a promoo, proteo e recuperao da sade, e a preveno de doenas e de outros problemas de sade

    Participar do planejamento e da avaliao da farmacoterapia, para que o paciente utilize de forma segura os medicamentos de que necessita, nas doses, frequncia, horrios, vias de administrao e durao adequados

    Analisar a prescrio de medicamentos quanto aos aspectos legais e tcnicos

    Realizar intervenes farmacuticas e emitir parecer farmacutico a outros membros da equipe de sade, com o propsito de auxiliar na seleo, adio, substituio, ajuste ou interrupo da farmacoterapia do paciente

    Participar e promover discusses de casos clnicos de forma integrada com os demais membros da equipe de sade

    Prover a consulta farmacutica em consultrio farmacutico ou em outro ambiente adequado, que garanta a privacidade do atendimento

    Fazer a anamnese farmacutica, bem como veri-fi car sinais e sintomas

    Acessar e conhecer as informaes constantes no pronturio do paciente

    Organizar, interpretar e, se necessrio, resumir os dados do paciente, a fi m de procedera avaliao tera-putica

    Solicitar exames laboratoriais, no mbito de sua competncia profi ssional, com a fi nalidade de moni-torar os resultados da farmacoterapia

    Avaliar resultados de exames clnico-laboratoriais do paciente como instrumento para individualizao da farmacoterapia

    Monitorar nveis teraputicos de medicamentos por meio de dados de farmacocintica clnica

    Determinar parmetros bioqumicos e fi siolgicos do paciente para fi ns de acompanhamento da farma-coterapia e rastreamento em sade

    Prevenir, identifi car, avaliar e intervir nos incidentes relacionados aos medicamentos e a outros problemas relacionados farmacoterapia

    Identifi car, avaliar e intervir nas interaes medica-mentosas indesejadas e clinicamente signifi cantes

    Elaborar o plano de cuidado farmacutico do paciente

    Pactuar com o paciente e, se necessrio, com outros profi ssionais da sade, as aes de seu plano de cuidado

    Realizar e registrar as intervenes farmacuticas junto ao paciente, famlia, cuidadores e sociedade

    Avaliar, periodicamente, os resultados das inter-venes farmacuticas realizadas, construindo indi-cadores de qualidade dos servios clnicos prestados

    Realizar, no mbito de sua competncia profi s-sional, administrao de medicamentos ao paciente

    Orientar e auxiliar pacientes, cuidadores e equipe de sade quanto administrao de formas farmacu-ticas, fazendo o registro destas aes, quando couber

    Fazer a evoluo farmacutica e registrar no pron-turio do paciente

    Elaborar uma lista atualizada e conciliada de medi-camentos em uso pelo paciente durante os processos de admisso, transferncia e alta entre os servios e nveis de ateno sade

    Prescrever, conforme legislao especfi ca, no mbito de sua competncia profi ssional

    Avaliar e acompanhar a adeso dos pacientes ao tratamento, e realizar aes para a sua promoo

    Em destaque

    O farmacutico clnico deve

    * Com informaes do CFF

    No dia 25 de setembro, o CFF publicou outra norma que era aguardada h muito tempo pela categoria. A Resoluo 585/2013 ofi cializa os direitos e responsabilidades do profi ssional que atua em Farmcia Clnica. O texto tem o objetivo de proporcionar cuidado ao paciente, famlia e comunidade, de forma a promover o uso racional de medica-mentos e otimizar a farmacoterapia para alcanar resultados que melhorem a qualidade de vida do paciente.

    De acordo com a Resoluo, so atribuies clnicas do farmacutico o estabelecimento e conduo de uma relao de cuidado centrada no paciente, segundos preceitos profi ssionais e bioticos, e a partici-pao da avaliao da farmacoterapia. Ele deve contribuir para que o paciente utilize os medicamentos nas doses, vias de administrao e durao adequadas e de forma segura, proporcionando condies para a realizao do tratamento conforme recomendado pela equipe de sade.

    No texto, O CFF explica que a necessidade de regulamentao surgiu a partir da ampliao do raio de atuao do farmacutico contem-porneo. A Farmcia Clnica, que teve incio no mbito hospitalar, atualmente incorpora a fi losofi a do Pharmaceutical Care e, como tal, expande-se a todos nveis de ateno sade. Esta prtica pode ser desenvolvida em hospitais, ambulatrios, unidades de ateno primria sade, farmcias comunitrias, instituies de longa permanncia e domiclios de pacientes, entre outros.

    Nesse contexto, o farmacutico atua no cuidado direto ao paciente, promovendo o uso racional de medicamentos e de outras tecnologias em sade, redefinindo sua prtica a partir das necessidades dos pacientes, famlia, cuidadores e sociedade. As atribuies clnicas do farmacutico devem ser exercidas em conformidade com as normas sanitrias e da instituio qual o profi ssional esteja vinculado.

    Alm das atribuies clnicas relativas ao cuidado sade, nos mbitos individual e coletivo, o texto estabelece as atribuies em relao comunicao e educao e sade, e gesto da prtica, produo e aplicao do conhecimento.

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  • | Farmcia Revista |22

    Capacitao profissional

    | Setembro - Outubro 2013 | 23

    Evento tem destaque na mdia

    Os profi ssionais e acadmicos do Vale do Ao puderam se atualizar sobre questes fundamentais para o exerccio da profisso no dia 18 de setembro. O CRF/MG, em parceria com as vigilncias sanitrias municipais de Coronel Fabriciano e Timteo, promoveu um workshop em Farmcia Comunitria sobre deontologia e legislao farmacutica. As palestras foram ministradas por representantes do Conselho, autoridades sanitrias e professores universitrios.

    Os coordenadores dos cursos de Farmcia da Unipac, Arilton Barcelar Jnior (Vale do Ao) e Danilo Matos (Governador Valadares) mostraram que o farmacutico precisa estar ciente da legislao e acompanhar os avanos tecnolgicos para poder contribuir com a sade e bem estar da comunidade. Em seguida, a professora Jaqueline Alecrim, da Faculdade Pitgoras de Ipatinga, alertou para que os farmacuticos no vejam a regulamentao como empecilho para a competitividade no mercado, mas como base para o avano profi ssional.

    Reforando a importncia da atualizao do farmacutico quanto legislao que norteia a profi sso, o presidente do CRF/MG concedeu entrevistas aos principais veculos de comunicao do Vale do Ao. s 12h45, Vanderlei Machado falou ao vivo no programa Balano Geral, da TV Leste (afiliada da Rede Record), convidando os farmacu-ticos para participarem do evento. s 15h, o presidente gravou uma participao para o programa Dilogos, da TV Uni. A cobertura do workshop ficou por conta da InterTV (afiliada da Rede Globo), que entrevistou Vanderlei na Cmara Municipal para o MGTV 1 edio.

    E xpl icando os pontos da leg is lao farmacutica e sanitria, os farmacu-ticos Hyelem Talita Oliveira de Souza e Bruno Costa, fiscais das Visas de Coronel Fabriciano e Timteo, falaram sobre as atribuies privativas do farmacutico e suas responsabilidades para com a sociedade, mostrando que as normas so fundamentais para proteger a populao. O farmacutico fiscal do CRF/MG, Emerson Fracalossi, encerrou a capacitao relatando dilemas ticos vividos pelos profissionais em suas atividades dirias.

    Representantes do CRF/MG, coordenadores de cursos de Farmcia da regio e autoridades sanitrias conduziram os debates

    Representantes do CRF/MG, coordenadores de cursos de Farmcia da regio e autoridades sanitrias conduziram os debates

    Farmacuticos e acadmicos lotaram o auditrio da Cmara Municipal

    Vanderlei Machado participou do programa Dilogos, da TV Uni

    Farmacuticos e acadmicos lotaram o

    Vanderlei Machado participou do

    Vale do Ao recebe workshopsobre legislao farmacutica

    Personalidades da regio so homenageadasO evento contou ainda com homenagens a cidados que muito j contriburam para o bem estar e sade da populao da regio. O presidente do CRF/MG fez um agradecimento especial ao presidente da Cmara Municipal de Coronel Fabriciano, Marcos da Luz, pelo reconhecimento da profisso farmacutica como essencial para a comunidade. O vereador foi autor da lei 2314/2013, que cria a Semana de Conscientizao e Combate Automedicao no municpio. Coronel Fabriciano uma cidade privilegiada por ter um Legislativo to consciente do papel do farmacutico na promoo da Sade, ressaltou Vanderlei Machado.

    O veterano Arthur Eugnio de Arajo, que trabalhou 48 anos como farmacutico no municpio, tambm recebeu um certificado em agradecimento aos servios prestados sociedade. O amor pela profi sso atravessou geraes, como explicou Arthur, em um discurso emocionado. Estou muito sensibilizado com essa homenagem. Adoro a profi sso que escolhi, por in uncia de meu pai, e acho que essa dedicao envolveu minha famlia no cuidado com o prximo. Dos meus filhos, dois seguiram os meus caminhos na Farmcia, comentou o farmacutico.

    Presidente da Cmara Municipal, vereador Marcos da Luz, recebeu diploma em agradecimento pela criao da Semana de Conscientizao e Combate da Automedicao

    Farmacutico Arthur Eugnio Arajo foi homenageado

    pelos seus 48 anos de dedicao assistncia farmacutica na cidade

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    Capacitao profissional

    Responsabilidade civil, ticae criminal do farmacutico

    A convite do CRF/MG, o delegado da Polcia Federal e ex-chefe de Inteligncia da Anvisa, Adilson Batista Bezerra, percorreu Minas Gerais para alertar profi s-sionais e proprietrios sobre aspectos relacionados pirataria e ao comrcio clandestino de produtos controlados pela Portaria 344/98 do Ministrio da Sade. As palestras foram ministradas em Ituiutaba, Nova Serrana, Patos de Minas e Uberaba, nos meses de setembro e outubro.

    O palestrante deu dicas de como o farmacutico deve se comportar diante da suspeita de fraudes, alm de citar as atitudes que devem ser tomadas nesses casos. A ANVISA e as polcias tm uma atuao firme e permanente no combate pirataria e comrcio clandestino de medicamentos. fundamental que o farmacutico se conscientize da sua responsabilidade neste contexto. Por isso, a iniciativa do CRF/MG de levar informao aos profissionais e proprietrios de farmcias e drogarias to importante.

    Segundo ele, o agrante da venda de medicamentos falsifi cados ou imprprios para consumo pode resultar na priso do Responsvel Tcnico do estabeleci-mento, interdio do local e aplicao de multa que varia de R$2mil a R$1,5 milho. O RT pode responder pelos crimes de trfi co de drogas e falsifi cao e adulterao de medicamentos.

    O delegado tambm defendeu a ao fiscalizatria dos conselhos profis-sionais, lembrando que cabe ao CRF zelar pelo bom exerccio da profi sso e proteger a sociedade da ao de leigos. Durante o perodo eleitoral, presenciei muitos candidatos prometendo reduzir a fi scalizao em busca de votos. Vejo essa situao com muita preocupao, porque esta a atividade fi m dos conselhos (fi scalizar o exerccio profi ssional). Espero que, indepen-dente de quem venha a administrar o CRF no ano que vem, no haja perdas no processo de fi scalizao, afi rmou Adilson Bezerra.

    Em Nova Serrana, palestra foi no dia 30 de setembroFarmacuticos lotaram auditrio em Patos

    de Minas, no dia 4 de outubroAdilson Batista tambm falou aos profissionais

    de Uberaba, no dia 5 de outubro

    Lei 81377/90Lei de Relaes de Consumo

    Vender ou expor venda medicamentos vencidos ou em condies imprprias ao consumo.Pena: 2 a 5 anos de priso

    Cdigo Penal Cap. IIICrimes contra a Sade Pblica

    Art. 273: falsi car, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a ns teraputicos.

    Pena: 10 a1 5 anos de priso

    Lei 11343/06Crime de tr co de drogas

    Armazenar, vender ou comprar medicamento controlado sem autorizao da ANVISA.Pena: 5 a 15 anos de priso

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    lei

    O corao e o usode medicamentos

    O CRF/MG promoveu, de 25 a 28 de setembro, um ciclo de palestras para marcar o Dia Internacional do Farmacutico, comemorado no dia 25. Este ano, o CFF elegeu como tema o corao e o uso de medicamentos. O assunto foi debatido junto aos pro ssionais de todos os estados do Pas. Em Minas Gerais, as capacitaes foram realizadas na sede do Conselho, em Belo Horizonte.

    No dia 25, a palestra foi sobre a utilizao da homeopatia na hipertenso arterial, ministrada

    por Henrique Marquez Henriques, coordenador da Comisso Assessora de Homeopatia do CRF/MG

    No dia 27, a palestra foi sobre toterapia na hipertenso, ministrada pela integrante

    da Comisso Assessora de Fitoterapia do CRF/MG, Rosana Gonalves

    No dia 26, os farmacuticos participaram da palestra da professora Annaline Stiegert Cid, sobre intervenes medicamentosas na dispensao: o

    papel do farmacutico na assistncia farmacutica

    Finalizando a semana comemorativa, o farmacutico Hairton Ayres Guimares falou

    sobre as atualizaes na farmacoterapia da hipertenso arterial sistmica

  • | Farmcia Revista | | Setembro - Outubro 2013 | 2726

    Capacitao profissional Capacitao profissional

    O curso de Educao a Distncia (EaD) sobre interaes medica-mentosas teve recorde de procura pelos farmacuticos. Em pouco mais de um dia, 404 profissionais de vrias regies de Minas se inscreveram para participar. O nmero 250% superior quantidade de vagas disponibilizadas, j que foram abertas trs turmas com cerca de 50 alunos em cada uma.

    O curso teve incio no dia 30 de outubro, com previso de durao de 30 horas. A participao flexvel para cada aluno, mas preciso observar a execuo de pelo menos dez horas semanais e a realizao de todas as atividades de cada etapa. Este o primeiro curso a distncia promovido pelo CRF/MG sobre os servios farmacuticos referentes s interaes medicamentosas dos antiin amatrios.

    A liberao do certifi cado digital est vinculada participao em todas as atividades do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), como fruns, debates e chats com, no mnimo, 70% do rendimento na mdia final dos trabalhos para aprovao. O profissional selecionado que no cumprir o tempo de curso e as atividades planejadas ficar impossibilitado de participar dos eventos de capacitao da entidade no perodo de seis meses futuros.

    No dia 14 de setembro, o presidente Vanderlei Machado (centro) entregou os certificados para os farmacuticos que concluram a primeira turma do Capacifar Anlises Clnicas na Zona da Mata. Estou muito feliz pela concluso de mais uma turma do Capacifar. Estes farmacuticos so exemplos de profi ssionais que se preocupam com o futuro da Farmcia, procurando estar sempre atualizados e capacitados para melhor atender a populao, comentou Vanderlei.

    Entrega de certi cados do Capacifar Anlises Clnicas em Carangola

    A diretoria do CRF/MG se reuniu no dia 25 de outubro com as farmacuticas e autoras participantes da criao do Guia de conduta para tomada de decises em situaes de risco identifi cadas durante a dispensao de medicamentos, Annaline Stiegert Cid e Yone de Almeida Nascimento, para assinatura de parceria a respeito da publicao. O Conselho ser responsvel pela diagramao do guia, alm da disponibilizao e divulgao atravs dos meios de comunicao da entidade.

    O livro, realizado a partir de parceria entre a Farmcia Popular, da Prefeitura de Belo Horizonte, e as faculdades Una e Newton Paiva, uma iniciativa voltada para o melhor atendimento da populao. A publicao audaciosa, porque convoca os farmacuticos a se posicionarem com segurana para garantir a dispensao correta e o uso racional de medicamentos, comenta Yone.

    CRF/MG divulga guia decondutas na dispensao

    Farmacuticas Annaline Stiegert Cid e Yone de Almeida Nascimento durante a assinatura da parceria de divulgao

    Devido grande procura, os organizadores do EaD decidiram redirecionar automaticamente os farmacuticos que no foram selecionados para este primeiro mdulo paro o prximo curso a ser realizado ainda em 2013. Os interessados devem fi car atentos rea do Farmacutico, no site do CRF/MG, onde sero divulgadas todas as informaes sobre as novas oportunidades da capacitao.

    EaDO Ambiente Virtual de Aprendizagem um sistema criado pelo CRF/MG para gerenciar cursos a distncia por meio da internet. O AVA utiliza o Moodle, sistema que conta com tradues para mais de 50 idiomas diferentes. Entre as vantagens do EaD, lanado em maio de 2013, est a possibilidade de acesso a capaci-taes gratuitas e de qualidade sem que seja necessrio o deslocamento fsico e a delimi-tao de horrios especfi cos para participao.

    Interaes medicamentosastem mais de 400 inscritosEaD

    O presidente do CRF/MG, Vanderlei Machado, comentou a importncia da obra para a classe farmacutica. O guia de condutas ser um grande aliado para os farmacuticos que atuam na rea de dispensao, fortalecendo a categoria e valorizando o profissional diante a populao. O Conselho apia a publicao e far o possvel para garantir o sucesso da parceria, diz.

  • | Farmcia Revista | | Setembro - Outubro 2013 | 29

    Fique de Olho

    28

    Capacitao profissional

    Hoje, com 76 diferentes reas de atuao regulamen-tadas, os farmacuticos podem exercer funes em segmentos muito especfi cos, em que so necessrios conhecimentos direcionados exclusivamente para cada uma dessas atividades. Compreendendo essa necessidade, o CRF/MG est, cada vez mais, diversifi -cando os temas de suas capacitaes, com o objetivo de melhor preparar os farmacuticos para atender as demandas do mercado atual.

    Uma dessas iniciativas foi a realizao do 1 Seminrio em Logstica Farmacutica e de Produtos para Sade, em parceria com a Associao Nacional dos Farmacuticos Atuantes em Logstica (Anfarlog).

    O evento, que aconteceu no dia 23 de outubro, reuniu mais de 70 farmacuticos para discusses sobre as novas tendncias do setor.

    Saulo de Carvalho Junior, presidente da Anfar log , comeou os trabalhos do 1 Seminrio ministrando a palestra de tema Qualifi cao de fornecedores de servios logsticos. Citando dados da Organizao Mundial de Sade, Saulo comentou sobre a importncia das boas prticas no momento do transporte de medicamentos e produtos para sade. Mais de 50% das vacinas do mundo so inutilizadas devido a erros de logstica. Por isso, o farmacutico o profi ssional responsvel para garantir que esses produtos cheguem corretamente aos seus destinos, por ter o conhecimento tcnico sobre as especifi cidades dos medicamentos.

    O vice-presidente do CRF/MG, Claudiney Ferreira, abriu o evento e ressaltou a importncia desses encontros. J trabalhei em indstria e em distribuidora de insumos e sei como capacitaes assim so importantes. Aproveitem a oportunidade e tirem as dvidas a respeito do assunto.

    A palavra sua

    Trabalho como farmacutica em uma distribuidora de medicamentos que possui frota prpria. Ento, lido diretamente com a logstica da empresa. O 1 Seminrio me ajudou na atualizao de procedimentos e troca de experincias com diferentes realidades.Aline Lzia de FreitasFarma de Belo Horizonte

    Por ser um segmento novo no mercado, o 1 Seminrio em Logstica veio em boa hora. Trabalho na Vigilncia Sanitria e foi uma tima oportunidade para aproximar a scalizao das empresas, pois cada um de ns pode mostrar as diferentes reas em que o pro ssional farmacutico atua. Com certeza, aproveitarei as prximas capacitaes que viro!Rosemari Valadares Farma da VISA de Contagem

    CRF/MG realiza 1 Seminrio sobre

    logstica farmacutica

    Farmacuticos lotam o auditrio do CRF/MG durante o seminrio

    das vacinas so inutilizadas,

    no mundo, devido a erros

    de logstica

    50%

    Medicamento Similar

    Medicamento de Referncia

    Medicamento Genrico

    * Com informaes da ANVISA.

    Os medicamentos que contm neomicina para uso tpico no precisam mais ser escriturados no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Contro-lados (SNGPC). Uma nota tcnica sobre a resoluo 20/2011, divulgada no hotsite do SNGPC, no dia 24 de setembro, desobriga os farmacuticos de fazerem a reteno de receita e escriturao desses medicamentos.

    Segundo a not a tcnic a, a RDC 138/2003, que apresenta a Lista de Grupos e Indicaes Teraputicas Especifi cadas de venda sem prescrio, os medicamentos contendo a substncia neomicina, quando destinados ao uso tpico para tratamento de afeces de pele, so considerados como isentos de prescrio.

    Deste modo, os estabelecimentos que comercializam medicamentos base de neomicina de uso tpico ou neomicina com glicocor t icoide no precisam finalizar o inventrio no SNGPC para ajuste. Basta parar de escriturar esses medicamentos e, quando tiver que finalizar o inventrio por algum outro motivo, s confi rmar a operao sem esses medicamentos. Entretanto, a Anvisa ressalta que os medicamentos base de neomicina na forma de colrios, cremes vaginais e solues nasais continuam com a necessidade de reteno de receita e escriturao.

    ANVISA elimina exigncia de escriturao da

    neomicina no SNGPC*A ANVISA abriu, no dia 21 de outubro, uma consulta pblica para coletar opinies, dados e informaes que subsidiaro a Anlise de Impacto Regulatrio sobre os critrios para a prescrio e dispensao de medicamentos genricos e similares. As contri-buies podem ser feitas por meio de formulrio eletrnico disponvel no site da Agncia (www.anvisa.gov.br) at o dia 26 de novembro. Esses critrios devem integrar o item 46 da Agenda Regulatria do binio 2013/2014 da ANVISA.

    A comprovao da comparabilidade do medicamento similar ao de referncia passou ser exigida em 2003, por meio das resolues 133 e 134, e constituda, principalmente, de estudos de equivalncia farmacutica e biodisponibilidade relativa. Os medicamentos similares que j estavam registrados at a data dessas resolues foram submetidos a um cronograma, que prev adequaes com base na data de vencimento dos registros e nos princpios ativos que compem os produtos. Foi dado um prazo limite de adequao de todos os medicamentos at 2 de dezembro de 2014.

    Apesar de tanto os medicamentos genricos quanto os similares serem considerados cpias dos medicamentos de referncia, a intercambialidade est prevista apenas para os genricos, considerando as disposies vigentes nas resolues 16 e 17, alteradas pelas resolues 51 e 53, todas de 2007.

    Consulta pblica avalia impacto da adequao dos medicamentos similares*

  • | Farmcia Revista | | Setembro - Outubro 2013 | 3130

    Fique de Olho Fique de Olho

    O Conselho Federal de Farmcia divulgou, por meio de ofcio circular com data de 10 de setembro, os critrios para o farmacutico exercer atividades em sade esttica. Os interessados devem atender a pelo menos um dos quesitos: ter feito programa de ps-graduao Lato Senso reconhecido pelo MEC na rea de sade esttica; curso livre na rea de esttica reconhecido pelo Conselho Federal; ou comprovar a experincia de pelo menos dois anos, contnuos ou intermitentes, por meio de documentos.

    Caso o farmacutico tenha vnculo empregatcio, a comprovao deve ser feita pela apresentao do CNPJ e do endereo completo da empresa, alm da descrio das atividades e a indicao do perodo em que trabalhou na rea, no estabelecimento.

    Se o farmacutico for proprietrio de estabeleci-mento de sade esttica, preciso apresentar o contrato social da empresa e o alvar de funcio-namento, alm da descrio das atividades e a indicao do perodo em que trabalhou na rea, na empresa.

    Segundo a Resoluo 573, publicada em maio deste ano, o farmacutico pode ser respon-svel tcnico por um estabelecimento de sade esttica, desde que o profi ssional esteja capacitado tcnica, cientfica e profissional-mente para utilizar tcnicas de natureza esttica e recursos teraputicos.

    Os profi ssionais que trabalham com Farmcia Clnica tm um novo espao para trocar experincias na rede mundial de computadores. Est no ar o Portal do Farmacutico Clnico, criado por professores da Univer-sidade Federal do Paran para reunir profissionais, pesquisadores e professores da rea, estimulando o intercmbio de prticas e informaes tcnicas.

    No Portal do Farmacutico Clnico, cada membro cria seu perfi l, onde identifi ca seus dados pessoais, campo de trabalho e reas de interesse. Cada perfil recebe um endereo virtual nico, que pode ser divulgado como pgina profi ssional. Tambm possvel divulgar eventos cientfi cos, cursos e atividades de interesse da comunidade.

    Segundo Cassyano Correr, um dos idealizadores do projeto, o Portal se fundamenta em trs conceitos principais: uma comunidade prtica, em que um grupo de pessoas se une em torno de um mesmo interesse, trabalhando juntas para a soluo de problemas comuns; busca a disseminao da sade baseada em evidncias, utilizando ferramentas da epidemiologia clnica, da metodologia cientfica e da informtica para trabalhar a pesquisa e a atuao em sade; e promove a aprendizagem colaborativa, a troca de conhecimento entre seus membros e destes com o pblico geral.

    Portal doFarmacutico Clnico*

    * Com informaes do CFF

    Acesse www.farmaceuticoclinico.com.br

    CFF apresenta critrios para farmacutico

    exercer a sade esttica Farmacuticos e

    laboratrios tm Conveno Coletiva de Trabalho*

    O Sindicato dos Laboratrios de Patologia, Pesquisas e Anlises Clnicas (SindLab) e o Sindicato dos Farmacuticos de Minas Gerais (Sinfarmig) assinaram, no dia 26 de setembro, a primeira Conveno Coletiva de Trabalho (CCT) para o setor, no Estado. O documento estabelece regras nas relaes de trabalho entre laboratrios e farmacuticos. Como o acordo j foi homologado junto ao Ministrio do Trabalho, tem fora de lei e vlido por dois anos.

    Do ponto de vista financeiro, a Conveno prev um reajuste de 7,16% no salrio dos farmacuticos em funo das perdas causadas pela inflao acumulada de 1 de maio de 2012 a 30 de abril de 2013; a fixao de 22 vales-refeio no valor de R$13, para Belo Horizonte, e R$10, para as demais cidades; e um adicional de 10% nos salrios dos farmacuticos que exercerem responsabilidade tcnica em laboratrios que possuem mais de um farmacutico em seus quadros.

    O acordo tambm estabelece a criao de uma comisso, composta por farmacuticos, para apurar denncias de prticas de assdio moral. Caber a ela intermediar conflitos dessa natureza entre empregador, empregado e rgo regulador. A profi sso farmacutica possui um Cdigo de tica que tem que ser cumprido. Temos que criar um regulamento tambm para as relaes de trabalho, buscando garantir que ningum passe por situaes vexatrias, explicou o presidente do SindLab, Humberto Marques Tibrcio. Outra novidade a criao do Centro de Qualifi cao e Capacitao Tcnica, visando o aperfeioamento e atualizao do profi ssional que atua em Labora-trios de Anlises Clnicas.

    Segundo Humberto Tibrcio, a Conveno traz importantes aspectos de gesto de negcios. Agora, Minas Gerais est entre os poucos estados do Brasil que tm um acordo trabalhista entre farmacuticos e labora-trios. E o nosso acordo j saiu na frente, porque prope encaminhamentos para questes que desafiam os empregadores, como denncias de assdio moral, oferta de capacitao profi ssional e busca progressiva pela reduo da insalubridade.

    Conforme o diretor do Sinfarmig, Rilke Novato Pblio, a assinatura do documento um divisor de guas para os profi ssionais de Anlises Clnicas, a partir do qual outros avanos podem ser negociados futura-mente. A CCT garante que os salrios sejam corrigidos anualmente pelo ndice Nacional de Preos ao Consumidor (INPC), permitindo recuperar as perdas impostas pela in ao. Antes da existncia do documento, era impossvel essa garantia, ficvamos sem saber se os farmacuticos de Anlises Clnicas tinham ou no preservado seus salrios da in ao, afi rmou.

    * Com informaes do SindLab e do Sinfarmig.

    Conveno Coletiva

  • | Farmcia Revista |

    mbito Profissional

    32 | Setembro - Outubro 2013 | 33

    O Ministrio da Sade lanou, no dia 19 de setembro, a Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilizao e Promoo do Uso Racional de Medica-mentos (PNAUM). Nos prximos meses, cerca de 38 mil pessoas de todas as idades sero entrevistadas em suas residncias sobre seus hbitos de consumo de medicamentos. O levanta-mento vai revelar como se d o acesso a esses frmacos pelo SUS e pelas drogarias privadas, se as pessoas seguem as prescries mdicas e se h variao no acesso aos medicamentos de acordo com condies sociais, econmicas e demogrfi cas.

    Na primeira etapa da pesquisa, sero feitos 11 blocos de perguntas, entre elas sobre os hbitos das pessoas, medicamentos que utilizam, doenas mais frequentes na famlia, onde conseguem os medicamentos e se eles so utilizados a partir de prescrio mdica. Na segunda etapa, sero aplicados questionrios nas unidades bsicas de sade e nos locais de dispensao dos medicamentos. Mdicos, pessoal responsvel pela distribuio dos frmacos e at secretrios municipais de Sade tambm sero entrevistados nessa etapa.

    Segundo o Ministrio da Sade, os entrevistadores estaro identifi cados com crachs e uma carta de apresentao assinada pelo rgo. O questionrio ser respondido em um tablet e, em caso de haver conexo 3G no municpio, ser transmitido em tempo real para a coordenao da pesquisa. Os

    Dois farmacuticos que trabalham como fiscais da Vigilncia Sanitria em Coronel Fabriciano e Timteo foram selecionados para participar da pesquisa do Ministrio da Sade. Hyelem Talita Oliveira e Bruno Costa trabalharo como auditores do processo na cidade de Governador Valadares. Caber a eles monitorar como as entrevistas esto sendo feitas, a fim de garantir a veracidade do levantamento.

    Os farmacuticos participaram de um processo seletivo e foram selecionados, entre outros aspectos, devido experincia que possuem em atividades de promoo do uso racional de medicamentos. Eles tomaram conheci-mento do projeto h cerca de trs meses, durante as aulas da especializao em Gesto de Assistncia Farmacutica. O curso promovido pela Unidade Aberta do SUS (Una-SUS), e aberto aos profissionais que atuam em Sade Pblica.

    Segundo Hyelem Talita, o interesse em participar nasceu da preocupao com o excesso de medicamentos consumidos pela populao. Na Vigilncia Sanitria, somos responsveis por acompanhar a comercializao

    de medicamentos controlados e o recolhimento destes quando vencidos, ou no. Sempre me chamou a ateno como as pessoas tm utilizado esses produtos e outros tambm indiscriminadamente. O problema, de acordo

    com ela, se estende tambm aos estabelecimentos farmacuticos. Oriento as drogarias a s comprarem medicamentos de acordo com a demanda da populao. Mas muitas, infelizmente, cedem presso das distri-buidoras e acabam estocando mais que o necessrio, precisam se desfazer do volume antes da expirao da validade e lanam as promoes, estimulando a compra

    e o uso irracional.

    Para Bruno Costa, a pesquisa vai ajudar a Anvisa a ter a dimenso exata do consumo irracional de medicamentos e o impacto que ele causa na sade da populao. Pela primeira vez, vamos ter dados reais sobre a automedi-cao no Brasil. Sabemos que existem muitas brechas na legislao que favorecem o uso irracional de medica-mentos. Agora essas brechas vo ser mapeadas e a ANVISA vai poder tomar providncias nesse sentido,

    afi rmou o farmacutico

    Objetivos da PNAUM

    Farmacuticos do Vale do Ao sero auditores da pesquisa

    Como os brasileiros utilizam medicamentos?*

    Pesquisa do Ministrio da Sade avaliar o impacto e a e cincia das polticas pblicas de medicamentos no Pas; levantamento

    ser feito com 38 mil pessoas de 245 municpios

    !pessoas so internadas por ano, no Brasil, vtimas de intoxicao medicamentosa

    10 mil

    resultados vo fornecer subsdios para polticas de combate automedicao. Dados do prprio Ministrio da Sade indicam que, anualmente, cerca de 10 mil pessoas so internadas por intoxicao medicamentosa no Brasil.

    Para o vice-presidente do CRF/MG, Claudiney Ferreira, a PNAUM ser um marco na assistncia farmacutica nacional, pois ser realizada em mbito nacional e trar importantes informaes sobre o acesso e o uso de medicamentos. Medicamentos continuam sendo a principal causa de intoxicao no Brasil. sinal de que as pessoas ainda utilizam medicamentos de forma inadequada. Com essa pesquisa, o Ministrio da Sade poder traar medidas mais efi cientes de estmulo ao uso racional de medicamentos, explicou.

    A previso que a primeira etapa do levantamento, que ser feito em 245 municpios de todos os estados brasileiros, seja concluda em fevereiro de 2014. Os dados sero coletados e analisados por professores de 12 instituies, como univer-sidades federais, a Fundao Oswaldo Cruz e a Organizao Pan-Americana da Sade (OPAS). As universidades federais de Minas Gerais e de Santa Catarina esto coordenando o levantamento.

    * Com informaes da Agncia Brasil

    mbito Profissional

    Farmacuticos do Vale do Ao sero auditores da pesquisa

    Caracterizar a utilizao de medicamentos para as doenas mais prevalentes;

    Caracterizar os medicamentos segundo os componentes da assistncia farmacutica: ateno bsica, estratgico e componente especializado;

    Identi car as formas e locais de obteno de medicamentos (SUS, farmcias privadas e programa Farmcia Popular);

    Avaliar os indicadores de racionalidade do uso de medicamentos e do grau de seguimento das prescries em relao adeso e persistncia no tratamento;

    Avaliar o acesso a medicamentos seguindo variveis demogr cas, sociais e econmicas;

    Avaliar a presena e cuidados com as doenas crnicas associados ao uso de servios de sade e ao estilo de vida;

    Avaliar a organizao dos servios de Ateno Bsica na garantia do acesso e o uso racional de medicamentos da populao;

    Avaliar possveis efeitos das polticas pblicas de acesso a medicamentos na reduo dos gastos individuais com medicamentos e no combate a iniqidade;

    Avaliar a Poltica de Sade no Brasil referente Assistncia Farmacutica e sua efetivao na Ateno Bsica de Sade.

  • | Farmcia Revista | | Setembro - Outubro 2013 | 3534

    canal aberto canal aberto

    Farmacutico com muito orgulho

    O segredo da juventude o trabalho. A resposta de Joo Camarota, de 96 anos, quando questionado sobre seus poucos cabelos brancos, resume uma vida dedicada profi sso farmacutica. Com mais de 70 anos de formao em Farmcia, ele continua trabalhando em seu primeiro e nico emprego, como responsvel tcnico de seu estabelecimento: a Farmcia So Joo.

    Joo Camarota o mais antigo farmacutico em atividade em Minas Gerais. Em sua farmcia, localizada na cidade de Monte Santo de Minas, regio sul do Estado, os utens lios anteriormente utilizados para a fabr icao das frmulas, como almofa-rizes e beckers, alm das balanas e medidores para manipular as doses correta-mente, so lembranas de um tempo em que produzir medicamentos era uma tarefa ainda mais difcil. Eu comprava a matria prima de pouquinho em pouquinho, o suficiente para suprir a demanda da farmcia. Ela vinha pela rede ferroviria, de Campinas, e demorava mais ou menos uma semana para chegar estao, onde eu retirava os pedidos, comenta Joo.

    Quando fundou a Farmcia So Joo, em 1944, na casa que sua esposa, Judith Camarota, recebeu

    como herana de sua famlia, existiam apenas trs farmcias na cidade. Assim, o farmacutico logo se tornou referncia como profi ssional de sade da regio. Sua filha, Nilde Camarota, a primeira de trs irmos, lembra-se dos atendimentos que o pai fazia populao.

    As pessoas batiam na janela procurando ajuda a qualquer horrio, de dia ou de noite, e meu

    pai sempre ajudava a quem precisasse, independente do horrio, diz.

    Trabalhando h 69 anos atrs do balco, Joo Camarota viveu diferentes pocas da Farmcia, acompanhando as transformaes e evolues da profi sso. O farmacutico se recorda especialmente de um momento importante: a chegada da penicilina no Brasil. Quando o antibitico comeou a aparecer no Pas,

    fi z muitas aplicaes. De trs em trs horas, muitas pessoas

    vinham para receber a injeo, relembra.

    Hoje, o farmacutico, que tem quatro netos e quatro bisnetos, nunca tirou

    frias e, at quando a sade permitir, no pretende parar de trabalhar. Muitos clientes,

    que vinham desde crianas farmcia, compram medica-mentos em outros estabelecimentos, mas ainda vm se consultar comigo. Enquanto as pessoas precisarem, eu vou ajudar, diz Joo Camarota.

    Encontro com o presidenteH 51 anos inscrito no CRF/MG, Joo Camarota o mais antigo farmacutico em atividade do Estado. O Conselho, atravs do fi scal Ricardo Borges, que atua na regio e realiza visitas peridicas Farmcia So Joo, programou uma homenagem ao profissional, que exemplo na profi sso.

    No dia 18 de outubro, o presidente Vanderlei Machado viajou mais de 400 quilmetros rumo cidade de Monte Santo de Minas para encontrar Joo Camarota. Chegando ao estabelecimento, o farmacutico estava no balco, disposio dos clientes. Aps horas de prosa, um abrao apertado e olhos emocionados foram a confi rmao de um encontro especial. Voc uma inspirao para ns, farmacuticos. Vemos em voc um pai, que mostra que o amor profi sso o caminho para um trabalho srio e digno, reconheceu Vanderlei Machado, despedindo-se.

    1 - Registro da colao de grau do farmacutico Joo Camarota, em 19442 Vanderlei Machado vai a Monte Santo de Minas para acompanhar o trabalho de Joo Camarota3 Utenslios utilizados na fabricao das frmulas so lembranas de um tempo em que ser produzir medicamentos era tarefa ainda mais difcil

    seu primeiro e nico emprego, como responsvel tcnico de seu estabelecimento: a Farmcia

    Joo Camarota o mais antigo farmacutico em atividade em Minas Gerais. Em sua farmcia, localizada na cidade de Monte

    um tempo em que produzir medicamentos era uma tarefa ainda mais difcil. Eu comprava a matria prima de pouquinho em pouquinho, o suficiente para suprir a demanda da farmcia. Ela vinha pela rede ferroviria, de Campinas, e demorava mais ou menos uma semana para chegar

    As pessoas batiam na janela procurando ajuda a qualquer horrio, de dia ou de noite, e meu

    pai sempre ajudava a quem precisasse, independente do horrio, diz.

    Trabalhando h 69 anos atrs do balco, Joo Camarota viveu diferentes pocas da Farmcia, acompanhando as transformaes e evolues da profi sso. O farmacutico se recorda especialmente de um momento importante: a chegada da penicilina no Brasil. Quando o antibitico comeou a aparecer no Pas,

    fi z muitas aplicaes. De trs em trs horas, muitas pessoas

    vinham para receber a injeo, relembra.

    Hoje, o farmacutico, que tem quatro netos e quatro bisnetos, nunca tirou

    frias e, at quando a sade permitir, no pretende parar de trabalhar. Muitos clientes,

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    4 Fiscal Ricardo Borges e presidente Vanderlei Machado so recebidos por Joo Camarota5, 6 e 7 Documentos registram a histria do farmacutico mais antigo em atividade

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