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UNIVERSIDADE POTIGUAR UnP LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PPGA MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO ROZÉBIO ALVES DA SILVA FATORES DETERMINANTES DO VALOR DE MARCA NA PERCEPÇÃO DOS COMPRADORES ORGANIZACIONAIS DE RESTAURANTES. NATAL - RN 2011

fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

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Page 1: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

UNIVERSIDADE POTIGUAR – UnP

LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO – PPGA

MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO

ROZÉBIO ALVES DA SILVA

FATORES DETERMINANTES DO VALOR DE MARCA NA PERCEPÇÃO

DOS COMPRADORES ORGANIZACIONAIS DE RESTAURANTES.

NATAL - RN

2011

Page 2: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

ROZÉBIO ALVES DA SILVA

FATORES DETERMINANTES DO VALOR DE MARCA NA PERCEPÇÃO DOS

COMPRADORES ORGANIZACIONAIS DE RESTAURANTES.

Dissertação de Mestrado apresentada ao

Programa de Pós-Graduação em

Administração da Universidade Potiguar -

UnP, como requisito parcial para a obtenção

do título de Mestre na área de Concentração

Estratégia de Negócios.

ORIENTADORA: Profa. Dra. Tereza de

Souza

COORIENTADOR: Dr. Alípio Ramos Veiga

Neto

NATAL - RN

2011

Page 3: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

S586f Silva, Rozébio Alves da. Fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

compradores organizacionais de restaurantes / Rozébio Alves da Silva. – Natal, 2011.

120 f.

Dissertação (Mestrado em Administração). – Universidade Potiguar. Pró-Reitoria de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação.

Bibliografia: f.101 - 105. 1. Administração – Dissertação. 2. Brand equity.

3. Comprador Organizacional. 4. Restaurante. I. Título. RN/UnP/BSFP CDU: 658(043.3)

Page 4: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

ROZÉBIO ALVES DA SILVA

FATORES DETERMINANTES DO VALOR DE MARCA NA PERCEPÇÃO DOS

COMPRADORES ORGANIZACIONAIS DE RESTAURANTES.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação Stricto Sensu em Administração da

Universidade Potiguar - UnP, como requisito

para a obtenção do título de Mestre, na área de

concentração Gestão Estratégica de Negócios.

Aprovado em: 09/12/2011

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________

Prof.ª Dra. Tereza de Souza

Orientadora - Universidade Potiguar – UnP

_____________________________________________

Prof. Dr. Alípio Ramos Veiga Neto

Coorientador - Universidade Potiguar – UnP

______________________________________________

Prof.ª Dra. Márcia Cristina Alves

Membro Externo - Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

Page 5: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

DEDICATÓRIA

Em especial a minha filha Jennifer Maia Alves, que me

incentivou e passou horas ao meu lado, apoiando e

lendo parcialmente essa dissertação com apenas oito

anos de idade.. A minha esposa Jeane Maia, que nas

horas de estudos trocou suas tarefas por carinho e

atenção. Por vocês sempre farei tudo ao meu alcance,

minhas lindas mulheres, e a você minha sempre

criança! Aos meus tios (in vida) em especial Dr.

Manoel Alves da Silva, que não compartilhou essa

alegria ao meu lado, mas em vida pode carinhosamente

passar seus encantos e ensinamentos de superação de

vida. Ele mostrou seu valor como homem, pai, tio e

como profissional a sociedade Potiguar, pelos anos

dedicados ao estado do Rio Grande do Norte. Aos

meus pais José Alves e Maria das Graças Vidal Alves,

pelo carinho e incentivo acreditando no meu potencial.

Page 6: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

AGRADECIMENTOS

A Deus.

Aos que possibilitaram a realização dessa dissertação.

A minha orientadora, Prof. Dra. Tereza de Souza, por apontar minhas fragilidades permitindo-

me a busca por um melhor desempenho.

Ao meu coorientador, Prof. Dr. Alípio Ramos Veiga Neto, por nossas conversas francas, sua

percepção de orientador e também por ter aceitado ao meu pedido.

Aos empresários colegas e demais profissionais que ajudaram na coleta e tratamento dos

dados participando diretamente e indiretamente do processo de construção.

Aos que abriram as portas de suas casas e de suas mentes para juntos discutirmos e

refletirmos sobre os vários assuntos abordados durante o projeto.

Page 7: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

RESUMO

Os Compradores Organizacionais adquirem com frequência produtos e/ou serviços para suas

organizações, de forma que o Valor de Marca (Brand Equity) pode ser um influenciador na

tomada de decisão. O profissional de compras tem formas diferentes de pensar, agir e tomar

decisões, se comparado ao comportamento do consumidor final. Diante deste contexto, tem-se

como objetivo analisar os fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

Compradores Organizacionais de restaurantes da cidade do Natal-RN. A pesquisa é

classificada do tipo exploratória-descritiva, de natureza quantitativa com dados analisados

através da estatística descritiva e análise fatorial, sendo a amostra selecionada como não

probabilística por critérios de conveniência de acessibilidade. Foram realizadas 163

entrevistas. O estudo analisou as dimensões: Lealdade, Qualidade Percebida e

Lembrança/Associação de marca, utilizando a escala Multidimensional MBE adaptada de

Yoo e Donthu, (2001). Observou-se envolvimento determinante entre o comprador com as

três dimensões destacando a Qualidade Percebida como a de maior influência. Concluiu-se

que, a marca individualmente não influencia na compra, mas se somadas a “qualidade e

tempo de reposição” tem influência na decisão dos sujeitos pesquisados.

Palavras-chave: Valor de marca (Brand Equity). Comprador Organizacional. Restaurante.

Page 8: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

ABSTRACT

Organizational Buyers often purchase products and/or services for their organizations, so

that the brand value (brand equity) can be an influencer in the decision-

making. Thepurchasing professional have different ways of thinking, acting and making

decisions,compared to the behavior of households. Given this context, this paper aims to

analyze the determinants of brand equity in the perception of Organizational Buyers of

restaurants inthe city of Natal-RN. The research is exploratory and

descriptive methods usingquantitative descriptive and factor analysis, non-probabilistic

sample by criteria ofconvenience and accessibility. 163 interviews were conducted aimed at

the Buyer Organizational restaurants. Within this context, the study examined the

dimensions: Loyalty, Perceived Quality and Remembrance/co-branding, using the MBE scale

Multidimensional adapted from Yoo and Donthu, (2001). There was an involvement withthe

three dimensions highlighted Perceived Quality with the most influence. It was

concluded that the brand itself does not influence the purchase; the more they added the

"quality and spare time" has strong representation influencing the decision.

Key Words: Brand Equity, Buyer Organizational, Restaurant.

Page 9: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Pirâmide do Valor de Marca com base no cliente........................................... 45

Figura 2 Modelo teórico do comportamento entre empresas e clientes......................... 55

Figura 3 Valor da Marca na perspectiva do consumidor.............................................. 56

Figura 4 Construtos da escala Multidimensional BEM................................................. 62

Figura 5 Composto de Marketing e Valor de Marca..................................................... 64

Figura 6 O Valor da Marca, dimensões baseada no Consumidor.................................. 65

Figura 7 Modelo conceitual do valor de marca............................................................. 67

Page 10: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Modelos dos processos da decisão de compra........................................... 24

Quadro 2 Expressões encontradas do nome comprador............................................ 30

Quadro 3 Comparação entre o Consumidor Organizacional e o Consumidor Pessoal. 31

Quadro 4 Funções desempenhadas pelas marcas.......................................................... 48

Quadro 5 Modelo das quatro dimensões do Brand Equity........................................... 54

Quadro 6 Quadro de dimensões e variáveis, adaptada de Yoo e Donthu, (2001)......... 72

Page 11: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Frequências absolutas e relativas das características sujeitos pesquisados............ 80

Tabela 2 Testes de KMO e Bartlett para as 18 variáveis....................................................... 84

Tabela 3 Explicação da variância total pelos 3 fatores para as 18 variáveis......................... 84

Tabela 4 Cargas fatoriais dos 3 fatores para 18 variáveis..................................................... 85

Tabela 5 Estatística Descritiva das Variáveis por Dimensões............................................... 87

Tabela 6 Correlações entre as variáveis da dimensão Lealdade............................................ 89

Tabela 7 Explicação da variância para a dimensão Lealdade com as 6 variáveis................ 89

Tabela 8 Comunalidades para o modelo unifatorial ajustado para a dimensão Lealdade

com as 6 variáveis................................................................................................... 89

Tabela 9 Cargas fatoriais para o modelo unifatorial ajustado para a dimensão Lealdade

com as 6 variáveis................................................................................................... 90

Tabela 10 Matrizes Anti-imagem de Covariância e Correlação das 6 variáveis da dimensão

Lealdade.................................................................................................................. 90

Tabela 11 Correlações entre as variáveis da dimensão Qualidade Percebida......................... 91

Tabela 12 Explicação da variância para todas as variáveis da dimensão Qualidade

Percebida com as 7 variáveis................................................................................... 92

Tabela 13 Comunalidades para o modelo unifatorial ajustado a dimensão Qualidade

Percebida com as 7 variáveis.................................................................................. 92

Tabela 14 Cargas fatoriais para o modelo unifatorial ajustado a dimensão Qualidade

Percebida com as 7 variáveis................................................................................. 93

Tabela 15 Matrizes Anti-imagem de Covariância e Correlação das 7 variáveis da dimensão

Qualidade Percebida............................................................................................... 93

Tabela 16 Correlações entre as variáveis da dimensão Associação/Lembrança de Marca... 95

Tabela 17 Explicação da variância pelo fator extraído da dimensão Associação/Lembrança

da Marca com as 5 variáveis................................................................................... 95

Tabela 18 Comunalidades para o modelo unifatorial ajustado para a dimensão

Associação/Lembrança da Marca com as 5 variáveis............................................. 96

Tabela 19 Cargas fatoriais e comunalidades para o modelo unifatorial ajustado para a

dimensão Associação/Lembrança da Marca com as 5 variáveis............................ 96

Tabela 20 Matrizes Anti-imagem de Covariância e Correlação das 5 variáveis da dimensão

Associação/Lembrança de marca............................................................................ 97

Page 12: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

LISTA DE SIGLAS

AF Analise Fatorial

AFC Analise Fatorial Confirmatória

AFE Analise Fatorial Exploratória

B2B Empresa/Empresa

B2C Empresa/Cliente

CDC Código de Defesa do Consumidor

KMO Kaiser-Meyer-Olkin (teste)

MBE Multidimensional Brand Equity

SPSS Statistical Package for the Social Sciences

Page 13: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................... 14

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO....................................................................................... 16

1.2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA........................................................................ 19

1.3 RELEVÂNCIA DO ESTUDO................................................................................ 19

1.4 OBJETIVOS............................................................................................................ 22

1.4.1 Objetivo Geral........................................................................................................ 22

1.4.2 Objetivos Específicos............................................................................................. 22

1.5 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO...................................................................... 22

2 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................ 24

2.1 DECISÃO DE COMPRA........................................................................................ 24

2.1.1 Diferentes características dos compradores........................................................ 28

2.1.2 Comportamento do Comprador Organizacional............................................... 32

2.1.3 Incentivo ao Consumidor Organizacional .......................................................... 33

2.1.4 Aprendendo a ser consumidor Intermediário .................................................... 34

2.2 INFLUÊNCIA E VANTAGEM COMPETITIVA.................................................. 35

2.3 BENEFÍCIOS PROPORCIONADOS AO VALOR DA MARCA......................... 36

2.3.1 Relação da marca para as empresa (B2B) .......................................................... 37

2.3.2 Relação da empresa para o consumidor (B2C)................................................... 39

2.4 VALOR DE MARCA - BRAND EQUITY ............................................................. 41

2.5 O QUE É UMA MARCA........................................................................................ 46

2.6 VALOR ATRIBUÍDO A UMA MARCA............................................................... 50

2.7 MODELOS TEÓRICOS......................................................................................... 51

2.7.1 Modelo teórico proposto por Aaker .................................................................... 52

2.7.2 Método e escala de Aaker...................................................................................... 53

2.7.3 Modelo proposto por Tavares .............................................................................. 55

2.7.4 O modelo proposto por Yoo, Donthu – Escala BEM.......................................... 60

2.7.5 Escala de Yoo, Donthu e Lee................................................................................ 65

3 METODOLOGIA................................................................................................. 69

3.1 UNIVERSO E AMOSTRA DA PESQUISA.......................................................... 69

3.2 INSTRUMENTO DA PESQUISA E VARIÁVEIS................................................ 70

3.2.1 Aplicação de Pré-teste........................................................................................... 75

3.3 COLETA E TRATAMENTO DOS DADOS.......................................................... 75

4 RESULTADOS...................................................................................................... 79

4.1 PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DOS RESPONDENTES................................. 79

4.2 ANÁLISE FATORIAL EXPLORATÓRIA............................................................ 81

4.3 ANÁLISE FATORIAL CONFIRMATÓRIA POR DIMENSÃO.......................... 86

4.3.1 Dimensão Lealdade (L)......................................................................................... 88

4.3.2 Dimensão Qualidade Percebida (QP).................................................................. 91

4.3.3 Dimensão Associação/Lembrança de Marca (AL)............................................. 94

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 98

REFERÊNCIAS..................................................................................................... 101

ANEXO................................................................................................................... 106

APÊNDICES.......................................................................................................... 108

Page 14: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

14

1 INTRODUÇÃO

A sociedade contemporânea obriga seus componentes a, de uma forma ou de outra,

envolverem-se com estratégias de mercado, já que adquirem novas marcas com frequência;

levados por motivos utilitários ou de ostentação. Esses, por sua vez, procuram a todo o custo,

atingir a memória desses componentes, denominados de consumidores, por meio da

diferenciação e do apelo ao consumo de produtos e das diversas variedades de marcas

existentes. Assim a dissertação mostra a relação do valor de marca para um publico

diferenciado sendo esse publico um consumidor transformador, que adquire algo para

terceiros (ou outros), transformando e agregando valor para comercializar ou utilizar em

escala comercial. Pela frequência de compras e pela estrutura profissionalizada que esse

individuo esta inserido, é considerado Comprador Organizacional. Entretanto, esses

consumidores profissionais são conhecidos como compradores econômicos (SAMARA e

MORSCH, 2005).

A ideia de marca é tão antiga quanto à atividade comercial em algumas civilizações,

ao contrário do que se imagina como algo recente, resultado da explosão dos mercados no

último século. As primeiras manifestações dessa ideia surgiram na Líbia, no ano 700 a.c.,

onde vários mercadores propagavam, por meio do apelo sonoro, as características e vantagens

dos comerciantes e de seus produtos ofertados. Na Grécia antiga e em Roma, os anúncios e o

uso de pinturas revelaram-se eficientes e eficazes na identificação (marca do comerciante) de

seus produtos comercializados, perante a população analfabeta. Dessa forma, a marca se

popularizou e ganhou espaço entre os compradores, acompanhando, assim, o

desenvolvimento comercial.

Contudo, o tema passou a ser assunto científico, discutido amplamente na academia

apenas no século XX. O resultado da observação de fenômenos emergentes no

funcionamento dos mercados da época, assim empresas incluíam frequentes e repetidas

compras e fusões de grupos econômicos, envolvendo marcas mas conhecidas como estratégia

empresarial. Desta forma o assunto tornou-se visível na sociedade econômica e

consequentemente chamou atenção da academia no aprofundamento dos estudos (RUÃO,

2003). Dois acontecimentos históricos são relevantes do ponto de vista da marca, o primeiro

emergiu da visão empresarial que levaram a pesquisas aprofundadas sobre o estudo de

marcas, sendo este um processo de compra da marca por um valor superior ao seu valor

contábil, despertando para o fato de que a marca poder ser um ativo valioso para as empresas.

O segundo foi à troca desastrosa da marca Coca-cola pela New Coke em 1985, com a

Page 15: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

15

finalidade de superar a concorrência com a Pepsi-cola. Isso serviu para demonstrar a

importância da ligação emocional dos consumidores à marca, através de variáveis

estabelecidas pelo consumidor como gostar da marca, lealdade a marca e envolvimento

emocional (fidelidade) com a marca.

Como a marca tem influência no valor das ações das empresas na Bolsa de valores, as

organizações passaram a se preocupar em estabelecer fixando o valor patrimonial de suas

marcas consideradas como um dos seus principais ativos, ultrapassando a materialidade dos

produtos em negociação e das instalações físicas. Em 1984, a avaliação das marcas, para

finalidades financeiras, teve início com o empresário australiano Rupert Murdoch. Ele

mandou estimar o valor das marcas dos títulos de jornais e revistas publicados pela sua

empresa, de forma a incluir os montantes estimados no balanço, e oferecê-lo como garantia

dos empréstimos que levantou para dar início ao seu império mundial de comunicação.

Com base em estudos realizados por Kim e Kim (2004), percebeu-se, então, um

fenômeno não comum no meio organizacional (a atenção pela marca, e o que ela representa

para um restaurante). A marca, algo com extrema dificuldade de mensuração de seu valor,

especialmente monetário, até então tratada como algo extremamente abstrato, passou a

receber maior atenção das organizações, sendo, inclusive, valorada por meio de grandes

quantias em dinheiro, a ela dispensadas, de acordo com a sua importância e benefícios

percebido pelos Consumidores Organizacionais.

O comportamento do profissional de compras passa a ter uma postura diferenciada

quando este Comprador Organizacional se posiciona no mercado de forma competente e sem

envolvimento. Ele é levado por motivos não utilitários a adquirir um produto de uma marca

que apresenta valores não monetários, sendo esses valores subjetivos e relacionados à

qualidade e ao objetivo adquirido. Este profissional de compras tem expectativas acima que

seus concorrentes. Evidentemente que esta decisão é influenciada por motivos internos

relacionados à qualidade, serviços ofertados, rapidez do fornecedor na entrega, quanto as

embalagem e ainda, relacionada as influencias de quem irá utilizar o produto a fim de que

todos estejam relacionados à estrutura da organização. Alguns desses motivos são: posição

social ter um produto que possa dar prestígio a um determinado indivíduo, provocação e

novidade comportamento que mostra a capacidade e a valorização ao competir com outras

pessoas.

Compreender o perfil e as necessidades dos clientes, não é tarefa fácil para o

vendedor, uma vez que o cliente por natureza já é um individuo exigente, e se este for um

cliente organizacional há uma forte tendência de que esses critérios de compras sejam

Page 16: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

16

elevados por envolver o uso profissional; passando a ser considerados como „estratégia de

avaliação‟, no qual o profissional de marketing terá que responder aos estímulos da cadeia

produtiva. Caberá a este profissional de compras, criar conceito de diferenciação,

estabelecendo assim uma sintonia com o negócio.

Há uma forte evidencia convergindo com outros autores citados anteriormente, que os

consumidores organizacionais são de fato um cliente especial, diferente do consumidor final

(o individuo quem consome). Portanto, a relação cliente fornecedor passará a atender aos

consumidores empresariais de forma estratégica, ou seja, o cliente organizacional será

considerado um cliente comum no mundo organizacional, onde „poucos clientes compram

quantidades expressiva de produtos‟, que por sua vez se diferencia do consumidor final, uma

vez que „muitos compradores compram pequenas quantidades de produtos‟. Cientistas

atribuem às marcas importantes significados (competitivo, simbólico, e capitalista). Isso se dá

de um lado pelos consumidores que se beneficiam pelo uso da marca, e do outro lado às

empresas que zelam pelo valor atribuído (qualidade percebida e por que rende mais),

conferindo assim um determinado valor simbólico se diferenciando dos fabricantes, e dos

concorrentes que lhe ofereça algo aparentemente idêntico ao usual.

O Comprador Organizacional é visto como mero representante empresarial: Governo,

Indústria de produtos, instituição civil (escola, hospital, restaurante) e empresas do varejo,

bem como entidades sem fins lucrativos também são considerados como Consumidor

Organizacional.

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

Segundo Aaker, (1998) a ideia de Marca transcende a expectativa de um nome, de um

símbolo. Entretanto, à definição conferida pela associação American Marketing Association

(AMA), a marca é um nome, um termo, um símbolo, e ainda um desenho, ou uma

combinação de todos esses elementos, que identifica os bens e serviços ofertados por uma

empresa, ou por um grupo de empresas. A Marca deve se diferenciar entre as empresas

concorrentes. Para Kotler (2000), trata a Marca como sendo „integrante do patrimônio da

Empresa‟, não por ser uma mera propriedade exclusiva. A marca é considerada pelo autor

como sendo „patrimônio vitalício da organização‟ (confirmada pela legislação comercial

brasileira), especialmente por possibilitar a obtenção de vantagens competitivas para os

objetivos (produtos/serviços) dos quais se destinam. Convergindo nesse entendimento de

valor, a Marca representa um patrimônio tangível quando mensurado seu valor

Page 17: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

17

economicamente e, intangível quando representado na lembrança dos consumidores, gerando

assim um valor empírico, para a organização detentora.

Kotler (2000) e Neto (2003) convergem na ideia de que uma Marca é decisória na

tomada de decisão de compras. Para esses autores, a marca é um dos fatores que pode

determinar a escolha do produto, bem como ser influenciadora na formação da preferência

dos consumidores, além de colaborar para a maior efetividade da comunicação de Marketing.

Para Keller (2003) a marca é como “um elemento”, que confere ao consumidor segurança, ou

seja, é a prova da autenticidade de um determinado produto, considerando seus benefícios.

Ela assume papel relevante dentro das empresas, tornando-se a chave de que, aliada a outros

elementos, poderá decretar o sucesso ou fracasso de uma empresa.

Para Kotler (2000), e Pinho (2001) tratam o assunto gestão de marca, gerando

rentabilidade para o produto ao qual está associado. Esses autores salientam, ainda, que o

profissionalismo deverá estar adequado ao mercado e associado ao Marketing, no qual, terá

que criar habilidade e capacidade da comunicação eficiente para as empresas que fornecem,

atendendo, assim, o mercado consumidor organizacional, convergindo assim suas ideias e

conceitos. Essa troca de experiência possibilitará a criação de novos produtos e o

desenvolvimento de novas marcas, desde que possam manter e proteger as marcas já

existentes, valorizando a importância nas decisões de Compras Organizacionais – Empresa

para Empresa (B2B).

Seguindo este raciocínio, as relações comerciais e a imagem da empresa têm evoluído

a ponto de gerar novas oportunidades mercadológicas e empresariais de sua Marca. Segundo,

a empresa de Consultoria Empresarial Brand Finance, especializada na avaliação de marca e

avaliação de ativos intangíveis para o mercado, gerando assim um referencial de valor. Diante

da necessidade de se estabelecer uma avaliação profissional e segmentada, surge a pesquisa

anual promovida pela Brand Finance, focada na gestão e medição do Valor de Marcas em

todo o mundo. De acordo com o relatório da consultoria publicado em 2008, em alguns

setores da economia o Valor da Marca pode representar até 84% do valor de mercado das

empresas. Nunes (2003) constatou em sua pesquisa anterior a da Brand Finance, constatou-se

que 72% do valor das empresas em Bolsa não são refletidos nos respectivos balanços e/ou

relatórios financeiros. Outra forma de mensuração da importância quanto ao Valor de Marca

(Brand Equity) pode ser obtida por meios de análise mercadológica, e da total atenção ao

tema envolvendo as ações de Marketing dentro das organizações através da gestão estratégia

de marcas.

Page 18: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

18

Aaker (1996) e Porter (1998) convergem na ideia de que as marcas são percebidas

pelo consumidor com valor e destaque, e tendem a contar com um maior número de motivos

e atributos que levam a probabilidade de escolha por parte do cliente, aumentando-lhe,

inclusive, a disposição em adquirir o produto por um preço maior do que os concorrentes.

Assim sendo, aprofundar-se no entendimento do valor de marca será aprofundar-se na

influência percebida sobre a tomada de decisão de compra do consumidor.

Segundo Tavares (1998) uma marca forte do ponto de vista da percepção do

consumidor pode trazer outros benefícios para as organizações, porquanto, desfruta de uma

boa percepção por parte dos consumidores, pode favorecer a retenção de clientes, adicionar

Valor a Marca, e ainda possibilita a criação de condições competitivas, sólidas e, resistente

em relação à concorrência. Portanto, no mercado competitivo em que vive a sociedade

contemporânea, somente estratégias de marca pode criar diferencial de sustentabilidade entre

as empresas, que por sua vez acrescentam nesta relação comercial vantagens competitivas e

duradouras entre si.

Para Kim e Kim (2004) o processo de mensuração e estudos sobre o Valor da Marca –

Brand Equity – é um fenômeno recente, iniciado por volta dos anos 80, fruto do

encaminhamento das economias nacionais para a economia global. Os investimentos em

Marketing por parte das organizações acumuladas durante décadas propiciaram o fomento de

marcas que, com o passar dos anos, se tornaram tão valorosas quanto a sua empresa

proprietária, se comparando com os ativos fixos e as vendas anuais.

Alguns autores sugerem que, mesmo assumindo o Valor da Marca como um fenômeno

recente e estudado sob dois prismas, da organização e do consumidor, as perspectivas estão

relacionadas. Ou seja, Tavares, (1998); Aaker, (1998); Kim e Kim, (2004); Neto, (2003);

Bamert e Wehrli, (2005), Neto e Luce, (2006), apresentam o valor financeiro de uma marca

através de benefícios gerado para a organização, e que só será realizável se a base sobre a

qual ela tenha sido construída for sólida e duradoura, sendo, essa base considerada e estudada

como Valor da Marca baseado no consumidor (consumer based Brand Equity).

Cabe ressaltar que os autores Neto e Luce (2006), realizaram um estudo no ambiente

brasileiro para validação e confirmação da escala Multidimensional–MBE, possibilitando que

outros pesquisadores utilizassem dos seus resultados baseado no método original da escala,

concluindo que é possível realizar e replicar o método em qualquer ambiente, não sendo um

limitador a cultura e o ambiente da pesquisa.

A evolução socioeconômica da população e o consumo de massa passaram a ter forte

influência nas marcas e, quando esta estiver vinculada a um determinado produto ela pode

Page 19: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

19

absorver destes produtos diferenciais competitivos. Este fato ocorre por dois motivos. O

primeiro, caso estaria ligado a um produto com grande rendimento, podendo ser percebida

pelo Comprador Organizacional como uma “marca de produtos concentrados”, ou seja, o

profissional adquire um produto de uma determinada marca, que o levará a percepções

distintas e tenderá a proporcionar economia e utilidade para a organização.

1.2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Em relação a essa conjuntura apresentada, a presente dissertação responderá as

questões consideradas e suas respostas serão mensuradas através de fatores determinantes do

valor de marca na percepção dos Compradores Organizacionais de restaurantes da cidade do

Natal-RN, possibilitando que a organização tenha melhor posicionamento estratégico de

mercado, e que possa explorar sua Marca, utilizando-a como vantagem competitiva

sustentável.

O crescente número de publicações da literatura de Brand Equity, nas últimas duas

décadas, tende a demonstrar a emergente importância do tema para o Marketing e para os

Compradores Organizacionais. Portanto, entender o valor de marca e como esse profissional

de compras a interage, torna-se relevante para as organizações no que tange a mensuração de

questões como:

a) Quais os fatores determinantes do valor de marca na percepção dos Compradores

Organizacionais de restaurantes da cidade do Natal-RN?

1.3 RELEVÂNCIA DO ESTUDO

Com o advento da nova era do Marketing após a Segunda Guerra Mundial, as marcas

estabeleceram expressões econômicas, fazendo uso de instrumentos de comunicação

mercadológica de forma profissional. Desta forma criou-se uma nova era para as marcas e

para os compradores profissionais, ou seja, devido ao custo da propaganda e à

competitividade em mercados tradicionalistas a profissionalização de alguns setores da

economia foi possível ser mensurada. As marcas cresceram com o mercado, sobre dois

pontos de vistas, o primeiro de forma que a modernização industrial possibilitou uma

mensuração financeira, a segunda partiu com o surgimento de novas tecnologias para

produção de alimentos e outros bens de consumo não duráveis, fazendo com que as empresas

enfrentassem uma competição no mercado forte (B2B), ou seja, a marca passou a ser uma

Page 20: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

20

forma de se estabelecer uma visão, mas ampla, competindo com a subjetividade dada e

valorizada pelo consumidor organizacional, (HUTT, 2010). O autor ainda reforça a ideia de

competição, que por sua vez se concretiza por meio de uma concorrência acirrada de

consumidores exigentes (Consumidor Organizacional), acentuados pela disponibilidade das

práticas organizacionais e das intensas mudanças tecnológicas. Portanto, outros autores como,

Samara e Morsch, (2005); Neto e Luce, (2006) convergem nas ideias do valor estabelecido

pelo mercado organizacional, através do profissional de compras.

Segundo Hutt, (2010, p. 38) com o passar dos anos as compras organizacionais tem se

profissionalizado tendo uma tendência a ser realizada por um grupo de indivíduos capacitados

e com especialização técnica. O autor ainda relata que este profissional de compras gerencia

“até 70% dos custos de uma empresa”. De acordo com o acelerado processo de evolução

tecnológica vem sendo imposto pelo mercado global, mudando radicalmente o equilíbrio das

relações entre fornecedores, distribuidores e consumidores finais. Samara e Morsch (2005)

sugerem que há um crescente desenvolvimento por parte das organizações no tocante à

incessante busca pelo alcance de vantagem competitiva sustentável, tanto para a gestão de

qualquer negocio (empresa) frente aos concorrentes de mercado, quanto para a organização

compradora que acompanharia o avanço tecnológico frente ao avanço dos materiais

empregados na confecção de novos produtos. Isso traz eficiência e modernidade aos materiais

empregados (produtos e serviços) adequados as reais necessidades da organização a custos

reduzidos, e nos processos de fabricação (o item correto atendendo as necessidades corretas),

sendo de responsabilidade do comprador organizacional a condução de tudo o que é

adquirido em uma empresa.

Segundo Kapferer (2003) o resultado da busca por vantagem competitiva faz com que

a prática empresarial do século XX percebesse sucessivas alterações mercadológicas, sendo

assim decorrentes de mudanças no ambiente socioeconômico e cultural de uma população

alvo por parte das empresas. O autor trata este mérito como resultado das constantes

mudanças do foco empresarial, ou seja, a migração do produto para o cliente. Entretanto,

Bamert e Wehrli (2005) afirmam que, nas duas últimas décadas do século XX, a gestão, por

meio da qualidade industrial, tornou-se popular, proporcionando aos gestores organizacionais

a melhora da qualidade de seus produtos, suas organizações e nos seus processos internos. A

principal vantagem sustentável está do lado externo da organização, com foco em direção ao

cliente e ao mercado, no qual passaram a interagir com maior frequência através de abertura

estabelecida entre os clientes que opinam, e os fornecedores revisando os processos internos a

Page 21: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

21

fim de atender melhor os consumidores organizacionais, que por si, necessitam serem

diferenciados.

Assim, se justifica a contribuição dessa dissertação, que atenderá tanto o âmbito

acadêmico, quanto a investigação do valor das marcas para os Compradores Organizacionais

do varejo de alimentos, realizando um estudo exploratório no segmento de Restaurantes. As

soluções encontradas possibilitarão um melhor esclarecimento dos problemas existentes

restringindo-se ao segmento de alimentos (B2B) relacionados com o Valor da Marca na

percepção do Comprador Organizacional, utilizando o modelo conceitual da escala

Multidimensional denominado MBE para mensurar o valor da marca para o Comprador

Organizacional, dentro de três dimensões (Lealdade, Associação/Lembrança de marca e

Qualidade percebida), proposto pelos autores (YOO e DONTHU, 2001). Embora se dirija a

esse objetivo, se tem consciência de que não se esgotaram esforços para alcançar os

resultados dentro do segmento empresarial, com enfoque do comprador organizacional.

Todavia, foram acrescentadas soluções já existentes na literatura pesquisada, e algumas luzes

(solução) servirão como guia para ampliar o tema em foco. Entretanto, para atender a

necessidade de diferenciação das organizações por meio da „força e Valor da Marca‟, o

estudo do tema contribuirá para ampliar a discussão estudada por outros autores e,

consequentemente atendendo os desejos e as necessidades das empresas no aumento do valor

da marca na ótica do cliente organizacional (B2B), (SAMARA e MORSCH, 2005; HUTT,

2010).

Logo os empresários estão atentos às mudanças mercadológicas com o esforço de

atender as expectativas dos consumidores, (BAMERT e WEHRLI, 2005). Outros autores

como Tavares (1998) e Aaker (1998) convergem na ideia da marca, afirmam que as marcas

são valiosas para os consumidores, assim como para as organizações. Bamert e Wehrli,

(2005) afirmam que consumidores tendem a preferir marcas que tenham valores convergentes

aos seus, divergindo assim com Samara e Morsch, (2005) que enfoca as diversidades da

compra em relação ao valor da marca, tendo o reconhecimento do problema e seu estado

atual, com o estado desejado, podendo assim levar a outros objetivos do que é comprado, e

para qual finalidade é o uso.

O desenvolvimento se deu a partir das considerações da pesquisa de Kim e Kim

(2004) que analisou o desempenho do valor da marca nas empresas de restaurantes em Seul,

na Coreia, e concluiu em seus estudos a relevância de novos estudos para este grupo,

utilizando a escala multidimensional validada por autores renomados como: Aaker (1996);

Yoo e Donthu (2001). No Brasil, a escala foi replicada e confirmada por Neto (2003) e

Page 22: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

22

posteriormente por Neto e Luce (2006), Costa e Almeida (2007) e Reis, (2010). Convergindo

que novos estudos identificassem dimensões semelhantes, em segmentos diferentes.

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo Geral

Analisar os fatores determinantes do valor de marca na percepção dos Compradores

Organizacionais de restaurantes da cidade do Natal-RN.

1.4.2 Objetivos Específicos:

a) Identificar o perfil sócio demográfico do Comprador Organizacional;

b) Avaliar quais são os estímulos preponderante à compra dos participantes da

pesquisa.

c) Identificar dimensões e variáveis relevantes na tomada de decisão de compras para

os entrevistados participantes da pesquisa.

1.5 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO

Permitindo uma melhor visualização, a dissertação foi estruturada a partir de uma

introdução, onde se pode constatar o histórico do tema, a questão de pesquisa, seus objetivos,

sua justificativa, sua estrutura e a sua metodologia. Logo após apresenta-se o referencial

teórico, considerações sobre o Valor da Marca, tipos de consumidores, e modelos teóricos,

entre vários autores citados os que influenciaram no aprofundamento do tema: Aaker (1996);

Tavares (1998); Yoo e Donthu (2001); Kim e Kim (2004); Samara e Morsch (2005) e Neto e

Luce (2006) dos quais adotaremos a escala (MBE - Multidimensional Brand Equity) para

mensurar o Valor da Marca, sobre a perspectiva do Comprador Organizacional. No

referencial teórico, focaliza-se o processo que envolve o gerenciamento das ações que levam

à valorização da marca.

Após esse aparato teórico, serão apresentadas as análises e os resultados da pesquisa

estruturada, com base nos dados extraídos dos compradores profissionais das empresas de

alimentos (Restaurantes); em seguida o tratamento dos dados coletados por métodos

Page 23: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

23

estatísticos: Estatística descritiva e Análise Fatorial (AF) e comparadas com a literatura

sugerida por Yoo e Donthu (2001).

Por fim, as considerações finais em que se expõem as conclusões obtidas, levando-se

em consideração as limitações encontradas, e sugestões para futuras pesquisas, originadas do

tema proposto.

Page 24: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

24

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 DECISÃO DE COMPRA

Decisão é um estágio em que o consumidor decide realizar ou adquirir algo para

minimizar suas necessidades (PORTER, 1998). Portanto, a mesma linha de pensamento é

justificada quando o processo de compra é baseado em uma estrutura similar ao ato de

realizar ou adquirir produtos ou serviços (SHETH, MITTAL e NEWMAN, 2001;

BLACKWELL, MINIARD e ENGEL, 2005; KOTLER e KELLER, 2006). Outros autores

convergem na definição de que o consumidor é aquele que decide adquirir algo quando tem

necessidades e ou é estimulado a comprar, (SOLOMON, 2002; SAMARA e MORSCH,

2005; HUTT, 2010). Para uma melhor visualização comparativa será demonstrado às ideias

dos autores no quadro 1, onde demostra uma síntese dos modelos teóricos.

Quadro 1: Modelos dos processos da decisão de compras KOTLER E

KELLER Reconhece o

problema

Busca de

informações

Avaliação de

Alternativas

Decisão de

compra

Comportamento

pós-compra

BLACKWELL, MINIARD e

ENGEL

Reconhece a

necessidade Busca

Avaliação

pré-compra Compra

Processos pós-

compra.

SHETH, MITTAL e NEWMAN

Reconhece o

problema

Busca de

informações

Avaliação de

alternativas Compra

Experiência pós-

compra

SOLOMON Reconhece o

problema.

Busca de

informações

Avaliação de

alternativas

Escolha do

produto Resultados

HUTT Reconhece o

problema

Descreve as

necessidades

Especifica os

produtos

Busca

fornecedores

Revisa o

desempenho

SAMARA e MORSCH

Reconhece a

necessidade

Define

característica

e as

quantidades

Especifica e

analisa o

fornecedor

Formaliza a

compra

Avalia o

desempenho

Fonte: adaptado (KOTLER e KELLER, 2006; BLACKWELL, MINIARD e ENGEL, 2005; SHETH, MITTAL

e NEWMAN, 2001; SOLOMON, 2002; SAMARA e MORSCH, 2005; HUTT, 2010).

Para entendimento o quadro 1 resume as opiniões dos autores nele citados. No modelo

de Kotler e Keller (2006) ressalta-se que o comportamento do consumidor é a força motriz na

formação de cadeias de fornecimento antenadas com o mercado.

Em relação ao reconhecimento do problema: para esses autores, convergem na

necessidade que o consumidor tem, e que motiva a sua decisão de comprar algo. Entretanto,

essa necessidade é determinada por fatores de influência e motivação que podem estar

relacionados a estímulos circunstanciais como sede ou fome. Neste modelo proposto por

Kotler e Keller (2006) converge Blackwell, Miniard e Engel (2005) ressaltando o

Page 25: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

25

reconhecimento e a busca de informações, como identidade do desejo e da necessidade de

adquirir o produto ou serviço para a etapa da busca de informações: apossar-se de

esclarecimentos a respeito do serviço ou produto em foco, seja por meio do fornecedor, do

mercado, de contatos pessoais, da própria mídia ou de outros.

Seguindo o modelo dos autores mencionados, também convergem em relação à

avaliação de alternativas e pré-compra: quando um consumidor se predispõe a adquirir um

novo produto ou serviço, costumeiramente ele faz uma comparação entre o que quer adquirir

e aquilo que já tem em mãos. Compra: os consumidores compram coisas quando acreditam

que a habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de comprá-lo.

Quanto ao comportamento, processos e experiência pós-compra: transformando o

reconhecimento da necessidade não satisfeita no primeiro passo da venda de um produto.

Solomon (2002) denomina a avaliação de alternativas e a subdividem em três etapas.

Considerações para o reconhecimento do problema: conjunto formado que consiste na

decisão, sendo, portanto inferior ao número de alternativas disponíveis no mercado.

Alternativas para a busca de informações: é a fase de se avaliar, também exposto como

preexistente na memória do individuo, quando comparada a experiências anteriores da

utilização de um produto que já foi decodificado como de boa qualidade por exemplo.

Avaliações de alternativas: quando não se tem experiência sobre um produto ou serviço,

podemos considerar um primeiro contato, ou uma, primeira aquisição; ou ainda, quando o

consumidor se depara a um processo de compra em curto período de tempo. Escolha do

produto: experimenta pela primeira vez algo que chamou sua atenção, que pode ser através

de uma cor, modelo de embalagem, atribuição ou funcionalidade, e ate mesmo pela aparência

ou sabor. Resultados: que podem ser o que é esperado através de vantagens, ou ainda o que

não é esperado conhecido como desvantagem, sendo uma das alternativas que o comprador

não espera e atribuí forte grau de importância.

Posterior ao exposto, o consumidor passa ao ato de realização conforme, Hutt (2010)

que, por sua vez o processo decisório se realiza quando tem início o reconhecimento,

partindo da percepção espacial entre o que possui e o que deseja possuir, dando, então, origem

à tomada de decisão da compra. Esse passo pode ser interpretado sobre a perspectiva da

organização dividida em três modelos:

Planejamento da compra: as escolhas são estabelecidas por meio da marca e do

produto a ser escolhido, desde que antecipadamente;

Planejamento parcial: o indivíduo pode planejar a compra, no entanto ele pode

deixar as características sobre qual o produto pode ser comprado quando estiver no

Page 26: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

26

ponto de venda, ou seja, as características do produto não terão qualquer relevância na

decisão da compra; como marcas “A, B ou C”, estilo, tamanho e outros;

Sem qualquer planejamento: são aquelas compras impulsionadas no ponto de

vendas, atraídas quase sempre, por meio de ofertas e promoções, especialmente

aquelas denominadas de “relâmpago”, que ocorrem em espaço de tempo mínimo.

Portanto, para entender as necessidades do comprador, o vendedor passa a ser

cauteloso e profissional. Convergindo nas ideias expostas no quadro, faremos uma discursão

entre eles, e, em seguida será exposto às ideias de Samara e Morsch (2005). Reconhece as

necessidades: esse processo é crucial que se estabeleçam estratégias para o amadurecimento

do pós-consumo ou conhecido também como o “pós-venda”. Essa é a primeira fase do

processo de pós-compra. Entretanto, para que esse passo ocorra sem problemas, a definição

das características e as quantidades são relevantes: estabelecer as características de

“consumo”, o que representa em caso de falta, e estabelecer o uso de prioridade do produto no

qual será comprado ou adquirido e, sobretudo entender suas quantidades e para que se destine.

Segundo os autores, na maioria das vezes, o consumo representa a parte mais importante do

processo de decisão sendo possível avaliar melhor o que o produto oferece. Outra faze

importante é a analise do fornecedor que abordam a comunicação verbal como ferramenta

facilitadora do pós-consumo o, “boca-a-boca”, nos relacionamentos com os clientes. Os

autores referencia a ligação existente entre a dissonância cognitiva, e a comunicação verbal

“boca-a-boca”, tanto para a escolha do produto (características do produto expressamente

colocado pelo representante no ato da negociação), quanto este mesmo individuo passará ou

não segurança sobre a imagem do fornecedor. Isso possibilita neste momento uma limitação

entre o cliente comprador e o fornecedor, ou seja, essa é a faze da formalização do pedido.

Avaliação do desempenho do fornecedor: descrevem em sua pesquisa que processos de

avaliação e similar ao da comunicação “boca-a-boca”. Ou seja, uma vez realizada a primeira

negociação, poderão ser clientes fiéis e consumidores satisfeitos. Todavia, para que esse passo

possa ser garantido, o fornecedor deverá superar as expectativas de que compra pela primeira

vez. Verifica que as percepções relatadas pelos consumidores fiéis seriam sempre

recomendações entusiastas, e positivas fato percebido inicialmente e disseminado pelo

comprador. Portanto, um grupo de clientes organizacionais satisfeitos, refletiria na satisfação

de um grupo maior, e não incluíam dissonância cognitiva ao preço praticado (o preço seria

percebido de forma substancial), justificada pelo desempenho e a qualidade do serviço

atendendo as expectativas.

Page 27: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

27

Samara e Morsch (2005) tratam a confiança como a faze de maior importância durante

a comercialização, desenvolvendo assim relacionamentos duradouros, encorajando novas

fontes de informações para o Marketing. Desta forma levaria ao próximo estágio de decisão

de compra, mas atender ao:

Reconhece a necessidade: a dinâmica passa a ser parte do grupo e não de um único

individuo comprador, esse estabelece regras entre os setores da empresa, a exemplo do

chefe de cozinha que assina os pratos;

Define característica e as quantidades: trata-se de experiência com o mercado,

realizando analises de forma criteriosa nas demandas, sazonalidades de determinados

itens, no tipo do produto (origem), e até interfere na produção sugerindo atributos

(aonde a ração do animal irá influência nas características de qualidade e na percepção

de quem consumirá o produto, no abate do animal, na forma de colheita do campo, na

embalagem), se estima que vários consumidores organizacionais sejam procurados

para uma relação de total interação, no tocante ao aperfeiçoamento do produto

consumido;

Especifica e analisa o fornecedor: estabelecer relações dentro de um determinado

segmento como forma de se antecipar as mudanças constantes é um fato. Portanto, o

comportamento de “compras organizacionais é um processo, não um ato ou evento

isolado”. Desta forma, o comprador organizacional deverá interagir com o mercado e

com seus fornecedores de forma que possa realizar observações diretas (o que está

ocorrendo com o mercado e com o surgimento de novos e potenciais fornecedores),

históricas (período de relacionamento com o mesmo fornecedor), pontos críticos

(entendimento entre o que se pede, e com o que de fato esta recebendo), e informações

mercadológicas (o que envolve etapas) de forma que leve as principais etapas de

compras organizacionais;

Formaliza a compra: os gestores de cada setor empresarial recebem grupos de

pedidos e ordenam em um único e principal pedido de compra, para atender as

demandas internas da organização;

Avalia o desempenho: os compradores transformam em linguagem mercadológica

as necessidades dos indivíduos internos, de maneira que os fornecedores possam

atender suas necessidades, características que não venha a interferir nas relações

financeiras, na forma de entrega e, sobretudo nas quantidades necessárias, para não

haver sobras ou desperdícios do que foi comprado;

Page 28: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

28

Especificação do produto: a proposta é compilar o menor grupo de fornecedores, ou

seja, no mercado tradicional é possível estabelecer uma busca e encontrar vários

fornecedores. No entanto, atender as especificações do que é necessário e uma missão

que inicia já na especificação ou na necessidade de compras;

Busca de fornecedor: são conduzidas a um grupo, enviadas propostas de suas reais

necessidades, seleciona um grupo menor, restringe as alternativas, em seguida são

reavaliadas a convergir no que se espera, conduz as negociações com dois

fornecedores finalistas, e por fim é escolhido um único que receberá o pedido de fato;

Revisão do desempenho: após aquisição a organização na figura do gestor

organizacional de compras, estabelece uma relação do que foi adquirido com as reais

necessidades, avaliando assim o desempenho e, o suporte dado pelo fornecedor.

Para Hutt (2010) as mudanças ocorrem diariamente no mercado e em sua volta,

portanto as organizações compradoras poderão tomar medidas preventivas, ou seja, mudar sua

estratégia conforme as necessidades de cada negócio. Atribuindo assim que cada organização

elabore um posicionamento de consumo estratégico entre bens duráveis e não duráveis. Em

uma abordagem ampliada sobre o conceito de segmentação de mercado, é possível

compreender o que e compras duráveis (um relógios para homens e mulheres) e não duráveis

(alimento para ser processado e consumido). Entretanto, para Schiffman e Kanuk (2000) a

segmentação de mercado é definida como uma estratégia para atender critérios idade, renda e,

estilo (como os de roupas) e no mercado de serviços (os hotéis, restaurantes) e outros serviços

de transformação com principal objetivo o atendimento, bem como a satisfação individual de

cada cliente. O conceito deverá ser estendido à produção, vendas de produtos e serviços; além

da segmentação mercadológica do negocio que potencializa e fortalece a imagem dos

produtos, devendo ser abordada de forma estratégica por fatores geográfico, demográfico,

psicológicas e sociais.

2.1.1 Diferentes características dos compradores

O quadro 2 apresenta as relações encontradas na literatura sobre o a ótica do

comprador, ou seja, esse individuo recebe vários nomes distintos e características variável

para o ato de comprar algo para si (consumidor final), ou para a organização (comprador

intermediário, comprador organizacional e consumidor organizacional), ou seja o ato de

comprar é o mesmo, o que o diferencia é a finalidade da compra estabelecendo assim uma

Page 29: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

29

mera relação profissional entre, “quem vende e o que vende, quem compra e para que

compra” (HUTT, 2010, p.41).

Desta forma o comprador profissional passa a estabelecer critérios próprios como:

definir regras, equilibrar a oferta e demanda interna, analisar os fornecedores e o mercado,

formalizar e se responsabilizar pelo que é comprado, avaliar o desempenho dos fornecedores

e a gestão das compras, atendendo a critérios organizacionais, seja para aferir lucro ou para

uso da organização, sejam de forma individual ou coletiva, e sempre manter em mente:

“Comprar por menos, Comprar melhor; Consumir melhor; Vender melhor”.

Segundo Mattar, et al. (2009) tratam do perfil profissional do comprador, sugerindo

que esse individuo deve estar relacionado com o perfil da organização compradora, onde o

agente de compras exerce uma atividade em geral “conflituosa”, estando relacionada com as

ações e metas estabelecidas pela organização. Por ouro lado, o mercado fornecedor “exerce

uma pressão” não condizente com os interesses da empresa compradora, e sim para atender as

necessidades próprias e consequentemente atender as metas dos vendedores (fornecedores).

Entretanto, caberá a esse profissional estabelecer uma reputação baseada em técnicas que

limitam claramente os lados opostos da relação comercial, e que estrategicamente possam:

“delinear limites, desenvolver estratégias, minimizar conflitos, medir resultados”.

Mattar, et al. (2009) ainda expressa que o comprador profissional deverá estar atento a

mudanças (ameaças X oportunidades) e ter habilidades “Relacional, Bom negociador,

Persuasivo, Inovador, Senso crítico elevado, Empreendedor, Disposição para assumir riscos,

Conhecer de custos, finanças e produção, Formação superior e outros conhecimentos são

relevantes como um segundo idioma”. Desta forma, expõem uma tabela com as características

e resultados obtidos através de suas pesquisas realizadas, chegando a conclusões do perfil dos

gerentes de produtos (Compradores profissionais).

A pesquisa realizada por Mattar, et al. (2009, p. 39; apud MATTAR e SANTOS,

1999) revelam que os gerentes de compras tenham: Facilidade de relacionamento; Capacidade

de persuasão; Habilidade de negociar; Formação Superior; Conhecimento de mais de um

idioma; Conhecer custos, finanças; Experiência em marketing; Experiência em gerencia de

produtos; Experiência em propaganda e promoção de vendas; Pós-graduação; Cursos de

especialização no exterior; Conhecimento de engenharia, produção, controle de qualidade. A

pesquisa ainda revelou a predominância de homens na função de compras, e que essa

característica (gênero) vem mudando com um número crescente de mulheres exercendo esta

mesma função nas últimas três décadas, segundo compara o autor. Outro dado relevante, é

Page 30: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

30

que este profissional comprador é jovens sendo 87% com idade abaixo de 35 anos de idade;

99% tem formação superior.

Mattar, et al. (2009, p. 60) definem que a função para este profissional deve ser “Uma

atividade de marketing que consiste em supervisionar e coordenar praticamente todos os

procedimentos que se destinam a auxiliar a venda”. Portanto, o conceito fica claro quando

comparado ao exposto por “Comprar por menos, Comprar melhor; Consumir melhor; Vender

melhor”. Este profissional (comprador) ainda deverá ter a capacidade de interagir com outros

setores internos da organização, e ter maturidade profissional para observar e medir as ações

internas de forma técnica, conforme apresentados no quadro 2 algumas expressões

encontradas na literatura para o comprador profissional.

Quadro 2: Expressões encontradas do nome comprador DEFINIÇÃO DO

NOME

AGENTES DE

COMPRAS DESTINAÇÃO E LIMITAÇÕES

COMPRADOR FINAL -Cliente

domestico.

-É aquele que compra um produto ou utiliza-se de um serviço

para sua satisfação individual.

-COMPRADOR FINAL

EMPRESARIAL

-COMPRADOR

ORGANIZACIONAL

-COMPRADOR

INTERMEDIÁRIO

-COMPRADOR

ESPECIALISTA OU

COMITÊ DE COMPRAS

-Cliente

organizacional.

-É o que adquire um produto para atender as demandas

internas de uma organização, sendo considerados clientes

compradores os: governos municipais, estaduais e o governo

federal; empresas pequena, média e de grande porte; entidades

com ou sem fins lucrativos; as consideradas empresas com

características industriais e revendas de produtos e/ou

serviços.

-Se divide em dois grupos de consumo;

a) tangível: um aparelho de acondicionado.

b) intangível: a temperatura do ambiente em que o

acondicionado esta ligado.

-Consumidor

organizacional.

Destinado à compra de um objeto, sendo de uso individual

(Fogão Industrial) ou de uso coletivo (Lâmpada para iluminar

a cozinha onde o fogão industrial será instalado).

a) se a compra atender exclusivamente o uso final será

considerado consumo.

b) se a compra for para transformação aferindo lucro sobre o

que foi adquirido (impactando sobre a receita) não será

considerado consumidor, e sim uma relação de consumo.

-Nutricionista;

-Chefe de

cozinha;

-Cozinheiro.

-Restaurantes: compras especializadas de produtos e serviços

diferenciados.

-Hospitais: compras de materiais complexos, destinados a uso

individual e coletivo, interno e externo, com especificações

técnicas.

-Cozinhas industriais: compras de produtos e serviços

específicos para a gestão do negócio.

-Casas de comidas especiais: (ex. o preparo de comida

indiana, esse necessita de especiarias específicas fornecidas

pelo cozinheiro chefe).

-Gerentes

industriais;

-Agente de

compra.

Produtos complexos necessitam de uma segunda opinião.

Fonte: adaptado (MATTAR, et al. 2009; HUTT, 2010, p.47).

Page 31: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

31

Existem desvantagem na função do comprador profissional (Comprador

Organizacional), sendo um paradoxo da grande responsabilidade e de pouca autoridade,

elevados custos para a sua implantação, conflitos potenciais com outras áreas, tempo de

permanência na função com uma média de compras que chaga a 2,7 anos em media. O autor

mencionado anteriormente chama atenção para outras dificuldades enfrentadas por esse

profissional de compras é: ausência de manual de procedimentos, definição clara da função,

terem que contar com o apoio de toda a organização. E em especial com o apoio da Direção.

Convencendo a todos do valor e importância de sua função de compras, ainda argumenta o

autor que mesmo com base nas recomendações ainda existe a falta de um “SIM” estruturado

que facilite sua função diária, (MATTAR, et al. 2009).

Samara e Morsch (2005) apresentam no quadro 3 diferenças entre o consumidor

organizacional e consumidor pessoal, sendo esse individuo que irá consumir o produto final.

Ou seja, as compras são realizadas de forma e, características distintas, sendo observado que

a compra organizacional uma vez realizada por profissionais de compras, tem influencias

complexas. Todavia, as compras realizadas pelos consumidores domésticos tem menor

influência, portanto, tendem a ser simples com o objetivo de satisfação própria.

Quadro 3: Comparação entre Mercados Organizacionais e Mercado do Consumidor Pessoal

DIF

ER

EN

ÇA

EN

TR

E A

S N

EC

ES

SID

AD

ES

HU

MA

NA

E O

RG

AN

IZA

CIO

NA

L

MERCADOS ORGANIZACIONAIS MERCADO DO CONSUMIDOR PESSOAL

Demanda do consumo organizacional Demanda do individuo

Compras em maior quantidade, com menor

numero de compradores.

Compras em menores quantidades, com maior

número de compradores.

Limitação de clientes organizacionais Muitos clientes

Localização – Concentração Geográfica Localização – Dispersão geográfica

Distribuição direta Estrutura de distribuição com vários

intermediários

Atributos de compras profissionais Natureza da compra com atributos pessoais

Compra múltipla e especializada Compra influenciada pelo marketing, e pouca

especialização.

Negociações complexas e formais Negociação simples e informais.

Exigências organizacionais e legais: horários,

embalagens, escala de temperatura complexa, e

com variáveis estratégica para cada tipo de

compra.

Menor complexidade e flexibilidade de escolha

Reciprocidade: SIM Reciprocidade: NÃO

Envolvimento de: promoções, experimentação,

parceria com fornecedor, frequência de compras e

condição de venda.

Envolvimento de: promoção influenciada por

pessoas e pela sociedade, propaganda e

publicidade.

Fonte: adaptado (SAMARA e MORSCH, 2005).

Samara e Morsch (2005) apresentam (Quadro 3) as diferenças do mercado

organizacional e do mercado consumidor doméstico. Convergindo neste tema em meados dos

Page 32: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

32

anos sessenta, deu-se inicio a um movimento aprofundamento em pesquisas de marketing,

motivado pela indústria, com o objetivo de estabelecer respostas convincentes para que os

consumidores passassem a consumir novos produtos, sendo estes consumidores motivados de

formas diferentes a estímulos diferentes, atendendo assim a mercados profissionais e não

profissionais (KIM e KIM, 2004).

2.1.2 Comportamento do Comprador Organizacional

Neste item será esclarecida a diferença sobre o prisma do Comprador Organizacional.

Conforme o Código de Defesa do Consumidor (CDC) existem distinção na relação de

consumo entre pessoa Física e Jurídica, mesmo no âmbito empresarial. Essa relação de

consumo é diferenciada quando a empresa compra um bem para uso final (um fogão

industrial).Esta aquisição trata de uma relação direta de consumo e de uso final,

diferentemente se a mesma empresa adquire um produto que irá manipular (transformar uma

carne in natura em um churrasco) aferindo assim lucro sobre esta compra (carne). Essa

relação não se trata de uma relação de consumo final, ou seja, é meramente uma relação

comercial, segundo o CDC.

Sobre a ótica do marketing, Samara e Morsch (2005) tratam o assunto como

„Comportamento do Consumidor Organizacional‟. Percebe-se uma limitação sobre o assunto

aplicado ao mercado transformador de alimentos (restaurantes e similares) e os autores

influenciam pesquisas neste sentido, e que o tema seja discutido em profundidade. Os autores

abordam aspecto da Compra Organizacional, baseada no desempenho intelectual do

comprador Organizacional. Tais elementos devem ser observados: técnico, atendimento,

prazos, equilíbrio dos estoques, finanças da empresa, qualidade dos itens recebidos e

entregues. A decisão baseada nestes pilares tendem a fortalecer as relações com clientes,

funcionários, fornecedores e com a sociedade. Adequando as necessidades de cada um, de

forma profissional. E consequentemente, fortalecerá a Marca através de estratégias culturais,

convergindo neste entendimento (KIM e KIM, 2004).

Portanto cabe ressaltar que os autores convergem no sentido de comprador

profissional, Samara e Morsch, (2005), e Gummesson, (2010). Para os autores o profissional

de compras (Comprador Organizacional), adquire produto não só para ser transformado ou

comercializado, mas para colocar a disposição do seu trabalho, satisfazendo as necessidades

de cada momento da empresa, ou seja, este indivíduo (empresa) passa a ser considerado como

destinatário final. Os autores citados assemelham suas ideias convergindo com a definição do

Page 33: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

33

Comprador Organizacional, profissional que visa satisfazer suas necessidades físicas, e

psicológicas no ato de consumir. E o comprador organizacional visa obter ganho (lucrar)

através do ato da compra.

Para Kim e Kim, (2004) e Samara e Morsch, (2005) os resultados das ações do

profissional devem ser aparente, e não é um mero ato de impulso apresentando através de

resultados isolados, ou seja, as ações são superadas diante da necessidade apresentada. A

organização é o resultado da complexidade de vários atos do comprador. Este ato de comprar

algo seja para a substituição de uma simples lâmpada ou um criterioso item para compor o

sabor de um prato (importação de especiarias) – um tempero (condimento raro) é algo que o

individuo tem que lidar rotineiramente, independentemente do modelo organizacional. Desta

forma, abordaremos o incentivo governamental para estimular o comportamento do

Consumidor Organizacional com enfoque regional no próximo item.

2.1.3 Incentivo ao Consumidor Organizacional

Segundo Kim e Kim (2004) o profissional de compras, é influenciado de forma direta

e indireta, logo, diretamente ele atende as necessidades da organização. E de forma indireta é

estimulado a: novidades, tendências, sugestões internas e externas (clientes e fornecedores),

bem como, através da experimentação de novos produtos, e o surgimento de novas Marcas. A

relação comercial apresentada (item 2.1.1), também é tema de projetos sociais, que incentiva

o Comprador Organizacional a consumir produtos de fornecedores locais beneficiando a

organização. Contudo, o consumidor organizacional (reconhecido em 2010 como consumidor

intermediário) passaria a seguiria as regras estabelecidas pelo CDC.

Além disso, o SEBRAE (2010) passa a incentivar o consumo em larga escala de

produtos cultivados na região, gerando novos empregos além de elevar a renda familiar para

o produtor rural. As empresas (Restaurantes e Similares) intermediariam o consumo de vários

produtos, como forma de incentivo socioeconômico. Assim, foi criado o projeto “Talentos do

Brasil Rural” em 2010, pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) com apoio do

SEBRAE.

Segundo o órgão o consumo estratégico seria incentivado de duas formas: envolvendo

o pequeno fornecedor (produtor) com as empresas consumidoras (varejo de alimentos).

Evitando atravessadores, que encarece os produtos e reduz a margem de contribuição para o

produtor. E por fim, aproximaria o pequeno produtor (fornecedor) com os clientes

organizacionais (empresas compradoras de alimentos como os restaurantes e similares), desta

Page 34: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

34

forma seria considerado como “um consumidor potencial”. Além da aquisição de produtos

como: alimentos, artesanatos, e produtos decorativos, destinados ao Consumidor

Organizacional (Restaurantes e Similares), o produtor pode agregar valor dentro do conceito

de produtos orgânicos (produzido sem agrotóxicos). Segundo, entendimento do SEBRAE, os

benefícios seriam de natureza mutua (empresas vistas como incentivadora e corresponsável

socioeconomicamente), valorizando produtos regionais. Ainda causaria impacto positivo na

ambientação da empresa, e seria utilizada como marketing organizacional no fortalecimento

de estratégia para a Marca. O projeto, prever a revenda de objetos (artesanatos) a turistas e

frequentadores. Portanto, esses participantes são considerados diferentes tipos de

consumidores (Projeto Talentos do Brasil Rural – criado em 08 de julho de 2011) segundo

SEBRAE. Assim, o subitem a seguir apresenta as relações de consumo.

2.1.4 Aprendendo a ser consumidor Intermediário

Neste item será esclarecida a relação de consumo intermediário e as atitudes dos

consumidores empresariais para superar suas limitações que envolvem a organização

compradora. Abordado na literatura, como uma mera relação de consumo, mas que pode

impactar no relacionamento empresarial de forma preocupante. Segundo os autores, “as

relações comerciais pode ser compreendida analogicamente como um grande bloco de gelo

flutuando no oceano” (Iceberg), assim denomina os autores (SAMARA e MORSCH, 2005

p.4). A metáfora denominada “iceberg”, pelos autores mostra claramente que as relações de

consumo vão além de um mero entendimento mercadológico. Onde uma pequena parte da

organização é visível por todos, e as reais motivações estão submersas para que possa decidir

estabelecer uma relação comercial. O processo de consumir é complexo e com várias

vertentes. Por traz deste aparato, o individuo comprador, antes de tudo “é um ser humano”,

sendo capaz de realizar façanhas que “variam desde as crenças, atitudes, preconceitos, valores

e até interesses” (GUMMESSON, 2010).

Desta forma, a relação de consumo é baseada através de regras entre dois polos, ou

seja, entre o consumidor organizacional e o fornecedor de produtos e serviços. Entende-se

como consumidor, segundo a legislação brasileira através do Código de Defesa do

Consumidor (CDC - Lei n. 8.078/1990), em seu artigo 2º explica que, "É toda pessoa física

ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final". Entretanto, o

Superior Tribunal de Justiça (STJ) em decisão tomada em (19/09/2010) e publicado no Diário

Eletrônico do TJ – Ed. N° 722, através da Ministra Nancy Andrighi, esclarece que a relação

Page 35: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

35

consumidora descrita no CDC é estreita (restrita) e deve ser ampliada (tipos de

consumidores), já que essa relação alcançou a “pessoa física ou jurídica”. Portanto, quem

adquire um produto com a intenção de consumi-lo, trata-se daquele que consome o bem, ou o

serviço sem destiná-lo à revenda (consumidor final) ou ao insumo para a atividade

econômica. O que definirá o tipo de consumidor é a “coisa”, necessária para restringir sem

que haja a necessidade de negar ao adquirente com a intenção de transformar, modificar,

revender, aferindo qualquer lucro, segundo o CDC brasileiro.

Toda via, a 4° turma do STJ em 2010, admitiu ser procedente que o consumidor não

seja apenas o consumidor final, ou seja, outros critérios podem ser adotados em razão das

relações do conceito (consumidor). A Ministra do STJ Nancy Andrighi, esclarece que “a

aplicação do CDC municia o consumidor de mecanismos que conferem equilíbrio e

transparência às relações de consumo, notadamente em face de sua situação de

vulnerabilidade frente ao fornecedor”. Esse será protegido porque é considerado tecnicamente

vulnerável frente ao fornecedor, enfatiza a ministra citanda em relação ao CDC. Entretanto,

foi entendimento da Corte Superior de Justiça no Brasil (2010), que “deve ser considerado

como consumidor as relações dentro da cadeia produtiva”, denominado como “Consumidor

Intermediário”. Desta forma, fica esclarecido que as relações entre fornecedores de produtos

ou serviços, destinados às “empresas que adquirem insumos será beneficiada pelo CDC,

existindo sim, uma relação de consumo, independentemente do segmento ou da relação

comercial”.

Cabe ressaltar que neste item foi abordada uma decisão técnica, no âmbito jurídico.

Portanto, o assunto não será esgotado nesta dissertação, e logo surgirão novas interpretações

jurídicas e ou hipóteses acadêmicas sobre o tema. Entretanto, é um tema recente (legalidade

jurídica – Consumidor Intermediário), e consequentemente o tema será aprofundado através

de novas pesquisas, hipóteses, debates e interpretações acadêmicas, tanto de forma técnica

(Jurídica), quanto de forma pratica (Administração que envolve o marketing).

2.2 INFLUÊNCIA E VANTAGEM COMPETITIVA

Com base nos clientes, as empresas fornecedoras buscam obter influencias sobre os

Compradores Organizacionais e assim estabelecer vantagens competitivas no mercado em

que atua. Essa atitude influenciadora é intitulada por Reis (2010), como sendo gestão do

conhecimento, sendo de grande valia para as empresas compradoras e vendedoras. Isso se dá

porque a tecnologia e a forma de produção dos produtos são facilmente copiadas, devido à

Page 36: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

36

crescente disseminação da informação e do acesso a matéria prima antes restrita a um

fornecedor.

Hutt (2010) evidencia a importância da vantagem competitiva por meio da gestão do

conhecimento, e afirma que há uma crescente preocupação no tratamento de ativos intangíveis

que não aparecem nas demonstrações financeiras tradicionais, como os compradores

organizacionais e o conhecimento empresarial, passando por mudanças na forma de mensurar

o valor financeiro e econômico dos componentes empresariais de marca (MARTINS, 2006).

Tanto para Martins (2006) quanto para Reis (2010) os bens de uma organização são

considerados intangíveis, e cita que a importância do valor de marca deve ser mensurada de

forma mercadológica, tanto na ótica do consumidor final quanto para o fornecedor e para a

sociedade. Portanto, a marca é um importante componente desse conjunto de ativos

intangíveis, podendo ser considerado também como um dos principais ativos da organização.

Desta forma, Bamert e Wehrli (2005) entendem que parte das organizações a marca

tem um „valor empírico‟, e que essa poderá influenciar o consumidor. Assim, a marca se

posiciona cada vez mais no mercado em que atua. Segundo periódico da revista Abras (ECR

BRASIL, 2002) a marca amplia o potencial das empresas e esta baseada em benefícios

mútuos para uma melhor resposta eficiente ao consumidor. Ainda afirma que as pessoas eleva

a qualificação e competência de um marca, conseguindo assim fazer dos objetivos genéricos,

realidades palpáveis, ou seja, o Comprador Organizacional deve ter qualificação e experiência

para realizar uma atividade de compras. Por outro lado a gestão empresarial no varejo tem

avançado consideravelmente e, hoje já é possível que esse comprador profissional seja

formado em cursos de Graduação e Especialização em Varejo (ECR BRASIL, 2002).

Portanto, o assunto deve ser fortalecido, se tornando peça importante tanto na sobrevivência

empresarial, quanto no crescimento dos Compradores da Organização.

2.3 BENEFÍCIOS PROPORCIONADOS AO VALOR DA MARCA

Conforme apresentado no tópico anterior (2.2 Vantagem competitiva), existe relação

entre decisão de compra e os benefícios proporcionados pela compra. De acordo com Aaker,

(1998); Tavares, (1998); Yoo, Donthu e Lee, (2000); Bamert e Wehrli (2005), os benefícios

proporcionados pelo valor de marca apresentam dois beneficiários: o consumidor e a

organização. Sobre o prisma do consumidor, o valor da marca – Brand Equity deve ser

entendido como um mensurador para criação de valor para o consumidor (RUÃO, 2003;

KELLER, 2003; KIM e KIM, 2004). Nesse processo de criação de valor, o consumidor

Page 37: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

37

percebe benefícios da marca que estão relacionados à confiança e à segurança de se adquirir

determinados produto, proporcionando uma percepção de promessa de boa qualidade e

desempenho (AAKER, 1996; DA CUNHA, 1997; NUNES, 2003; KAPFERER, 2003; NETO,

2003; GRONROOS, 2006; OLIVEIRA, 2006). Outros autores convergem que deve haver

redução do risco, e ainda que seja minimizada a incerteza percebida pelo consumidor em

relação ao produto adquirido. No âmbito da organização, o valor da marca – Brand Equity

deve ser utilizado para a consideração do valor de mercado da empresa.

Os benefícios estratégicos, para a organização, podem ser diretos e indiretos. Os

benefícios diretos oferecem segurança e estabilidade para as operações da empresa,

aumentando a resistência contra ataques da concorrência, além de permitir que a organização

consiga se posicionar com um melhor preço frente aos concorrentes, alcançando melhores

produtos, serviços e margens de ganho. Já os benefícios indiretos da marca são

proporcionados por meio das influências geradas e percebidas pelo consumidor. Esses

benefícios podem ser definidos pela facilidade de identificação do produto e do fabricante

pelo consumidor, identificando o respectivo nível de qualidade, podendo facilitar o processo

de escolha do consumidor (AAKER; 1998; TAVARES, 1998). Assim, explica Da Cunha

(1997, p.39) que o consumidor, dentro de um processo metonímico, não compra um tênis,

mas sim um Nike, não toma um refrigerante, mas uma Coca-Cola. No Brasil, há, inclusive,

pessoas que, ao adquirirem qualquer marca de lã-de-aço, solicitam “[...] um Bombril”. Kotler

(2000) enfatiza suas ideias traduzindo o comportamento do consumidor como o produto não

deve voltar e sim o cliente.

2.3.1 Relação da marca para as empresa (B2B)

A marca passa a ser um atributo importante para os compradores em vários segmentos

de mercado. Aaker e Joachimsthaler (2007) atribuem uma forte influência no cotidiano social

“no hábito de consumo”, e penetração em vários mercados consumidores (ainda cita exemplo

de produtos importados). Portanto, se tornou relevante um estudo aprofundado neste cenário

“comercial” de Marcas, no que tange a intenção de comparar a: lealdade à marca, qualidade

percebida da marca e, associação/lembrança da marca conforme sugerido por Yoo e Donthu

(2001).

Para gerar um ambiente ou atmosfera racional entre os atores (B2B), se faz necessário

vários tipos de investimentos e transparência nos serviços prestados e percebidos. Segundo,

Gronroos (2006, p. 89) “[...] a qualidade de serviços depende de duas variáveis; serviço

Page 38: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

38

esperado e serviço percebido.”, ou seja, passa a ser criado um valor subjetivo esperado pelo

seu modelo, sendo este um reforçador, e só assim, chamado por Bamert e Wehrli (2005) de

um conjunto de benefícios mútuos. Portanto, os resultados esperados viriam da parceria

estabelecida entre os atores descritos anteriormente, dispostos à manutenção da lucratividade

em troca da possibilidade em minimizar os custos e maximizar os benefícios da organização.

Ser um comprador é defender os desejos e necessidade de quem adquire algo para si e

para os outros, sendo assim cada vez comum e rotineiro que o comprador tenha esta árdua

missão de patrocinar os eventos, as comemorações, as constantes mudanças de layout, as

embalagens, as reformas da loja e até o fardamento dos colaboradores, inserindo „diversas

Marcas‟ neste senário comercial (AAKER e JOACHIMSTHALER, 2007). Segundo, Bamert

e Wehrli, (2005) pressupõem que a função não seja de apoio e, sim, estratégica nas

solicitações financeiras (conhecida como bonificação, enxoval, verba, ajuda, aniversário e

outras expressões mercadológicas), travando uma verdadeira batalha para conseguir atender

as necessidades da empresa compradora e o equilíbrio comercial junto ao fornecedor de

Marca. Desta forma passando a existir um elo entre as empresas compradoras e fornecedoras.

Em relação ao ato de comprar, Trigueiro, (2008) propõe que a ordenação de compras

esteja centrada na tomada de decisão, uma vez que a empresa se detém no planejamento e

execução da atividade de compras. Essa empresa deverá se precaver e estabelecer minúcias

criteriosas para a gestão de compras, e esta se comunique com os departamentos comercial,

financeiro e logístico, uma vez feita à aquisição (produtos ou serviços), mesmo que a compra

tenha frequência em um determinado fornecedor, ou seja, que as negociações possam ser

diárias ou eventuais, os critérios devem ser previamente estabelecidos e cumpridos por todos

os participantes.

Rocha (2008) afirma que a frequência e a manutenção das regras estabelecidas pelo

setor de compras devem ser adequadas a cada negociação; e que não traga qualquer prejuízo

ou dano e, ainda, que venha adaptar-se a critérios regionalizados possa possibilitam maior

conforto e segurança, tanto para quem compra, como para quem vende. Este autor, ainda

aborda outro assunto, as „operações‟ estabelecidas entre clientes e fornecedores com

diferentes potenciais, ou seja, uma empresa multinacional que atende o micro varejo e os

grandes atacadistas da mesma forma (negociação e condições semelhantes), e não distingue

para o potencial negociado entre eles e, sim, pelas regras de mercado (abastecimento do ponto

de venda). Ele ainda chama atenção para outros aspectos (tempo de entrega) e da qualidade

dos produtos sazonais (de época), expondo o conceito de eficiência para determinadas Marcas

Page 39: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

39

de produtos como: carnes exóticas, frutas típicas de outras regiões, e ainda, maquinas e

equipamentos importados para manipulação da produção.

Por outo lado, Trigueiro, (2008) trata cada tipo separadamente, havendo entre os

autores divergentes ideias de um sistema de „operações de compras‟. Sendo assim, as

empresas de grade porte, (conforme a legislação trata e enquadra cada tipo de empresa), terá

uma política diferenciada para cada tipo de mercado e estabelecerá normas criteriosas para as

regiões em que atuam, podendo até ser beneficiada nos impostos.

O processo de centralização e descentralização, pesquisado por Ciel (2008) em vários

ambientes empresariais (Brasil, EUA e Canadá), mostrou que, nas negociações existentes

entre os envolvidos, “é exercida forte tendência com a utilização de lotes econômicos de

compras”. Por essa razão, fazem-se necessários contratos de fornecimentos (parcerias), a

médio e longo prazo, afirma (CIEL, 2008). Isso possibilitará, assim, uma menor rotatividade

entre as empresas, o que se torna uma tendência mercadológica.

Logo, Ciel (2008); Rocha, (2008) e Trigueiro (2008) convergem na importância de

combinar a centralização e descentralização como um estilo empresarial, usadas para obter

benefícios nas empresas “líderes de mercado”. A caracterização da centralização de compras

pode ser por meio de um único setor ou de vários subsetores dentro da mesma empresa. Esse

modelo também é válido para grupos empresariais que se associam a fim de realizar compras

em conjunto. Partindo deste princípio de aquisição, surgiram as cooperativas e associações

empresariais.

Portanto, a principal ideia seria centralizar as compras visto que é crescente o número

de empresas especialistas em armazenamento e distribuição, conhecido como, Centro de

Distribuição (CD‟S). Segundo, Trigueiro (2008) esse segmento CD‟S vem se modernizando,

reduzindo o custo operacional total, para aquisição de matéria prima e do produto acabado,

possibilitando uma eficiência na penetração do mercado alvo (segmentação de mercado),

levando a crer que é uma estratégia empresarial (confirmado no artigo publicado no mesmo

ano pela Associação Nacional de Logística – ANELOG, escrita pelo próprio autor), que vem

se consolidando no mercado nacional e, ainda se tornando uma tendência mundial em

determinadas commoditys.

2.3.2 Relação da empresa para o consumidor (B2C)

Como o comportamento do consumidor se apresenta bastante fluido, os seis vetores

podem apresentar intercruzados, (KOTLER, 2000). O autor ainda aborda dentre eles, o vetor

Page 40: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

40

psicossocial, apesar de se colocar na dimensão de Associação/Lembrança da marca, perpassa

todos os demais, já que se relaciona aos aspectos pulsionais e sociais. Em sua pesquisa,

focaliza-se a dinâmica mutacional do comportamento do consumidor, o que o leva à decisão

de compra como questão central:

Psicossociais: denunciam as questões que se remetem à correlação e produção da

interioridade e exterioridade humana;

Culturais: denunciam os aspectos simbólicos, de estratificação social e da

representatividade da família, das amizades estabelecidas na escola, no trabalho e em

organizações diversas;

Econômicos: denunciam o poder de compra e/ou de acessibilidade;

Fisiológicos: denunciam as necessidades humanas básicas, tais como a necessidade

de alimentação, de água, de segurança e outras;

Cognitivos: denunciam os aspectos ligados aos campos da percepção, do

conhecimento, dos valores, das expectativas e do aprendizado;

Ambientais: denunciam as condições do clima, ou outras que possam interferir na

escolha dos produtos por parte do consumidor.

Kotler (2000) ressalta ainda que, se o consumidor decidir pela compra, essa decisão irá

variar de acordo com o tipo de produto, estado emocional, e ainda por meio do ambiente em

que se encontra. Sendo assim, o consumidor concretizará a decisão de compra e ainda poderá

alterar ou não a quantidade do produto adquirido. E existem três estágios no processo para a

decisão de compras: o reconhecimento do problema; o reconhecimento da necessidade; a

busca por informações (o consumidor interessado tende a buscar informações). Ainda

segundo o autor, há dois níveis percebidos pelo consumidor, sendo o de atenção elevada (a

pessoa é receptiva) a outras informações relevantes do produto e, na busca técnica de

informações “literatura a respeito”, contato com amigos e visita a outros locais de venda.

Avaliação de alternativas pelo consumidor: Assim que constatado informações

relevantes, o consumidor avaliará alternativas cabíveis, associando com os benefícios

conhecidos que propicia custos menores para adquirir;

Decisão em compra: O consumidor deverá elaborar lista com suas preferências e

conveniência, no entanto dois fatores influenciam esta decisão: atitude dos outros, o

envolvimento em relação de outras pessoas e a motivação do consumidor em

concordar aceitando essa reação.

Page 41: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

41

Individualmente ou coletivamente: os consumidores poderão decidir sobre quais

produtos e ou serviços, e em quais quantidades deverão comprar, com o principal

objetivo da melhor escolha em comprar em diferentes momentos esse

comportamento poderá afetar as opções, maximizar as emoções positivas e sucumbir

“minimizar” as negativas, reduzindo o esforço para a tomada de decisão.

Estas ações e processos poderão variar de acordo com a complexidade do problema,

do conhecimento e da situação. Portanto, a forma ou a maneira de decidir a compra pode ser

influenciadora na Marca, no entanto, essa decisão poderá influenciar na decisão de compra

pelo consumidor e ter relações aos benefícios proporcionados como pensar na marca, na

categoria do produto, notoriedade e envolvimento, sendo assim o primeiro processo

valorizado ligado ao que ira adquirir (YOO e DONTHU, 2001; SAMARA e MORSCH,

2005; OLIVEIRA, 2006; REIS, 2010; HUTT, 2010).

2.4 VALOR DE MARCA (BRAND EQUITY)

Para que se entenda o escopo da presente dissertação, necessitamos estabelecer um

panorama acerca dos conceitos de valor de marca – Brand Equity presentes na literatura de

Marketing também como (valor da marca). O entendimento do conceito do Valor da Marca

torna-se importante para a compreensão dos conceitos do valor de marca e,

consequentemente, para o entendimento dessa dissertação. Dessa maneira, com o objetivo de

delinear uma contextualização acerca dos conceitos de Marketing e das abordagens do valor

de marca, a presente revisão da literatura apresentará um breve histórico sobre o

posicionamento da teoria de Marketing, o significado das marcas, assim como sua história,

para, a seguir, explanar acerca dos conceitos de Brand Equity.

Segundo Bamert e Wehrli, (2005) para se produzir estratégias de valor para o cliente,

deve-se começar com um bom entendimento de marketing com o conceito Brand Equity;

convergindo assim com Tavares (1998) que por sua vez sugere que a evolução acerca do

termo “marca” e seu valor correspondem, dentro das teorias Marketing, em grande parte, à

sua contribuição para a evolução dos próprios estudos desse ramo, explicando que o valor de

marca passou a ser abordado pela teoria de Marketing como Brand Equity, ou seja, como uma

marca é valorizada.

A intenção, com o desenvolvimento dos estudos sobre o valor de marca, afirma o

autor, é de ultrapassar a situação de commodities, promovendo a distinção de produtos a partir

Page 42: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

42

da marca, de forma a minimizar a primazia do preço na decisão de compra, procurando

acentuar as bases das diferenciações entre produtos na mente do consumidor (YOO,

DONTHU e LEE, 2000; KIM e KIM, 2004; SAMARA e MORSCH, 2005). Entretanto, o

bom entendimento sobre o valor de marca pode ajudar a desenvolver um conhecimento

aprofundado sobre a influência exercida pelas marcas no processo de decisão de compra do

consumidor. Isso proporciona às organizações participar com importantes interferências no

processo de percepções/associações do valor de marca – Brand Equity, por meio das

ferramentas de Marketing, uma vez que esse valor é atribuído pelo consumidor com base nas

associações ocorridas em sua mente, gerando assim atitudes positivas ou negativas em relação

a um produto.

Portanto, cabe ressaltar que o conceito do Valor de Marca é abordado pela literatura

também como (Valor da Marca) tanto sobre o prisma da empresa, como sobre o prisma do

consumidor fato que, segundo Keller (2003); Bamert e Wehrli, (2005) afirmar não haver

consenso em relação à definição de Brand Equity, uma vez que há diversas definições para o

tema dentro do âmbito da teoria de Marketing. Apesar dessas constatações, Bamert e Wehrli

(2005) concluem que essas diferentes definições do conceito acerca do Valor da Marca giram

em torno da ideia de um valor incremental, adicionado ao produto como consequência de sua

identificação com determinada marca. Essa abordagem, segundo Neto e Luci (2006) de

maneira genérica visam estabelecer o significado do Valor da Marca como uma relação entre

os consumidores e os produtos a eles dirigidos, sendo a marca considerada o moderador dessa

relação, convergindo com.

Para avaliar o Valor da Marca, autores criaram o Brand Equity, e, segundo o

Marketing Science Institute, se define como o conjunto de associações e comportamentos, por

parte dos clientes da marca, membros do canal e empresa proprietária dessa marca, que

permite a esta última obter volumes e margens maiores que o possível sem o uso da referida

marca; dando-lhe força, sustentabilidade e vantagem competitiva, sendo assim um diferencial

em relação à concorrência (AAKER, 1998). Os estudos que envolviam de forma ainda

indireta o Valor da Marca tiveram início nos anos sessenta, como resposta às questões

emergentes de uma nova forma de funcionamento das marcas, que vai além da simples

identificação dos produtos. Contudo, somente nos anos oitenta, é que o conceito se firmou.

Um dos nomes de maior destaque neste campo de estudos é David Aaker, autor de várias

obras nesse tema, e criador de um modelo teórico para medir Valor da Marca (Brand Equity).

O autor citado anteriormente define, como “um conjunto de ativos e passivos ligados a uma

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43

marca, seu nome e símbolo, que se somam ou se subtraem do valor proporcionado por um

produto ou serviço para uma empresa e/ou para os consumidores dela” (AAKER, 1998, p.26).

Partindo do princípio de que a marca possui características e valores tangíveis e

intangíveis como sentimentos, ideias e afetos, seriam estes que fundamentariam o

comportamento do consumidor (RUÃO, 2003).

É possível classificar os elementos formadores de valores em duas grandes dimensões

para melhor estudá-los. A primeira dimensão seria voltada para o valor patrimonial

(patrimônio líquido), estabelecendo o valor de venda da empresa e da composição de suas

multimarcas, e a outra agregaria o valor da gestão empresarial para obtenção do resultado

direto da administração e, particularmente, da comunicação (RUÃO, 2003). É interessante

perceber que há várias formas de abordagem acerca do Valor de Marca. Alguns autores

focalizam o assunto no aspecto financeiro; outros, como sendo um diferencial. Entretanto,

Aaker (1998) visualiza aspectos estratégicos e subjetivos. Em uma perspectiva financeira, a

avaliação da marca deve partir da análise da força da marca, na medida em que é esse

indicador que vai estabelecer a taxa de desconto e de capitalização a utilizar sobre os cash

flows gerados pela marca. A força da marca na perspectiva financeira deve-se aos seguintes

fatores: liderança, idade da marca, mercado, distribuição, tendências, investimentos e

proteção da marca (CORTE-REAL, 2010).

No caso da perspectiva do Valor de Marca, o diferencial é o nível do seu valor

relacionam-se com dois fatores: com o conceito de cota da mente do consumidor e com a

distinção entre ativos da marca e valor financeiro da marca. Nessa perspectiva, nas palavras

de Corte-Real (2010) a marca passa a ter forte influência, significado e valor junto aos

consumidores, podendo ser percebido como valores “tangíveis e intangíveis”. Segundo este

autor, a marca é também um elemento que afeta positivamente a memória do consumidor.

Dessa forma, e com forte influência, a marca é o vetor do aumento de vendas de um maior

número de produtos a um único cliente por maior tempo possível, mantendo-o satisfeito. Para

Kotler e Keller (2006), esse processo denominado de fidelização conquista o cliente.

Para Yoo e Donthu (2001) o benefício gerado a partir da preocupação com o Valor da

Marca, especialmente sobre os ativos que envolvem uma verdadeira auditoria de marca no

âmbito empresarial e financeiro, obriga a uma revisão de seu posicionamento competitivo, da

exploração das extensões de marca, das oportunidades globais de Marketing e do

acompanhamento do seu desenvolvimento através do tempo, convergindo com o exposto por

(KIM e KIM, 2004). Partindo disso, a construção de uma marca sólida é justificada pela

necessidade de fortalecer e de liderar um produto em determinado segmento de mercado

Page 44: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

44

(KHAUAJA e MATTAR, 2006). Os autores já citados deixam claro que é imprescindível

haver inovação e investimentos consistentes na construção e na gestão de uma marca. Eles

ainda expressam que um posicionamento entre os diversos modelos encontrados em suas

pesquisas, concluindo que os vários modelos associados a uma marca deveriam medir o

desempenho. E estes elementos seriam direcionadores e também estratégicos para uma ação

tática dentro das organizações sendo essenciais para integrar uma marca forte e exclusiva,

solidificando e mantendo com precisão suas estratégias e associações percebidas pelo

mercado, tendo que considerar as opiniões e ideias dos autores e dos gestores, como uma

única e mensurável solução empresarial.

Rocha (2008) estabelece que a marca deva ter uma característica de propriedade e de

uso exclusivo de uma empresa nos diversos setores da economia. Já Reis (2010) converge que

uma característica da marca é a possibilidade de alavancar a marca a vários segmentos,

atingindo uma expansão geográfica sem fronteiras, abrangendo os variados mercados e tipos

de consumidores, conquistando novos consumidores e usuários fiéis a um produto de marca,

permanecendo assim no mercado por um longo período (SAMARA e MORSCH, 2005).

Portanto, ao se aprofundar no contexto de marca e explorar um mercado

institucionalizado, passaremos a compreender as diretrizes que levam uma marca a ser sólida,

na visão do consumidor tradicional, bem como a construção e a gestão de uma marca como

desafio. Desta forma, serão enumeradas com base em Rocha (2008) as principais

características do processo de fortalecimento de uma marca é:

a) é potencialmente lembrada pelos consumidores;

b) se beneficia diferenciando em relação aos concorrentes;

c) passa a atender sistematicamente as necessidades e desejos dos consumidores;

d) é vista pelos consumidores como diferente em vários aspectos de mensuração;

e) sua imagem é condizente e possui característica própria transmitida pela

organização;

f) tem um mix favorável ajudando a construir uma imagem de qualidade;

g) as estratégias de Marketing que passam a ser direcionada atingindo a percepção de

qualidade, adequando às expectativas dos consumidores-alvos;

h) a fidelização e o vínculo gerado aos consumidores de determinada marca.

Segundo Kotler (2000, p.46) para que a administração de Marketing seja eficaz, se

deve iniciar com uma pesquisa de mercado, pois só assim seria eficiente e “sem ela, uma

empresa entra em um mercado às cegas”. Outros autores como Samara e Morsch (2005);

Page 45: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

45

Koteler e Keller (2006); Keller e Machado (2006) entendem que um elemento passa a ser o

centro da eficiência (chave na gestão de marcas), quando chega ao centro da marca,

expressam as fragilidades ou tornam as marcas sensíveis. Desta forma, ter um posicionamento

segmentado pelo profissional de compras pode trazer satisfação e também a fidelização de

uma marca e que possa envolver seus usuários e clientes. Aaker e Joachimsthaler (2007, p.39)

apresentam um "modelo de liderança de marca" que expressa quatro atitudes relevantes

principais: “criação de uma organização construtora de marca, o desenvolvimento de uma

arquitetura de marcas abrangente, o desenvolvimento de uma identidade motivadora sendo

esta diferenciada”, e ainda o “desenvolvimento de programas de construção de marca

eficientes e eficazes, com um sistema para acompanhar os resultados”.

Keller (2003, p.76) propõe um modelo, conforme apresentado na figura 1 para a

construção da marca forte baseada no cliente:

Figura 1: Pirâmide de Valor da Marca com base no cliente

Fonte: Keller (2003, p.76).

Para a construção de uma marca sólida, Keller (2003, p. 77) utiliza quatro passos:

a) Garantir a associação da marca em suas mentes, em uma categoria e com uma

necessidade específica para os produtos consumidos pelos clientes;

b) Criar e enfatizar o significado da marca na mente dos clientes, ligando

aspectos tangíveis e intangíveis da marca e suas propriedades;

c) Verificar o significado mensurando o desempenho e as respostas da identidade

da marca;

d) Estabelecer um relacionamento de lealdade entre os clientes e a marca.

(KELLER, 2003, p.77).

Ressonância

Julgamento Sentimento

Imagem Desempenho

Conhecimento Identidade

Significado

Resposta

Relacionamento

Page 46: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

46

Baseados na pirâmide (Figura 1) e, nos passos mencionados pelo autor a construção de

uma marca forte é considerada necessária para o desempenho e maturidade da estratégia

utilizada pela organização. Todavia, os clientes potenciais poderão associar espontaneamente

o ato de consumir com a maneira de escolher o produto que logo vem à mente (KELLER,

2003). Esse desempenho justifica a qualidade e o investimento realizado para o produto

comercializado (BAMERT e WEHRLI, 2005).

Keller (2003, p.81) enfoca a experiência com o cliente, esclarecendo resultados

satisfatórios que atende aos anseios empresariais, tais como: “estilo e design, preço, confiança

e durabilidade do produto”. O autor ainda argumenta que a imagem da marca é representada

por suas características extrínsecas, baseando-se nos produtos ou serviços realizados pela

empresa. Desta forma, a personalidade da marca tem seus valores ressaltados de acordo com o

perfil de quem consome. Sendo assim aspectos intangíveis, que devem dar um sentido e

significado à marca por meio de associação (KELLER, 2003). Para Bamert e Wehrli, (2005) o

significado da uma marca ficará registrado (uma copia gravada no cérebro). Dessa forma, as

mensagens são gravadas com detalhes e não são esquecidas, transmitindo, assim, a ideia de

associação e benefício da marca à segurança (BAMERT e WEHRLI, 2005).

2.5 O QUE É UMA MARCA

Aaker (1998), Keller (1998) e Pinho (2001) conceituam a marca de forma semelhante.

Transcrevemos a conceituação de Aaker (1998, p.7) segundo o autor a marca é “um nome

diferenciado e/ou símbolo [...] destinado a identificar os bens ou serviços de um vendedor [...]

e a diferenciar estes bens e serviços do concorrente”. As marcas representam um produto ou

um serviço, e que por sua vez estão presentes no cotidiano das pessoas, já nas primeiras

transações do comércio a marca tem a função de determinar a origem e qualidade dos

produtos. Tanto gregos quanto romanos identificavam suas lojas e mercadorias através de

símbolos gráficos. Brand (marca, em inglês), deriva do nórdico antigo brandr que significa

„queimar„, proveniente de uma prática ainda utilizada de marcar animais para determinar a

propriedade (KELLER e MACHADO, 2006).

Para Neto (2003) existem três elementos que identificam a marca. Um deles é o

Símbolo ou Logotipo, cujo desenho gráfico ou figuras que facilitam identificação da marca,

mesmo sem assinatura do nome; o segundo, o Nome – identificador da marca – sua escolha é

baseada em memória, significância, atratividade, transferência de valor, adaptabilidade e

Page 47: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

47

proteção; e o último a Embalagem, que transmite as associações da marca através de sua

forma, aparência, cor e tamanho, justificado posteriormente por (NETO e LUCE, 2006).

Apesar de requererem grande atenção dos administradores de marca, esses elementos

ainda não perfazem toda a sua dimensão. Agrega-se a eles toda a estratégia de

desenvolvimento do Valor da Marca (Brand Equity) e de comunicação de Marketing. A

marca, como hoje é conhecida, é um nome sobre para um produto, ela acrescenta dimensões

racionais e tangíveis, como o desempenho, e emocionais ou intangíveis, como a influência na

vida dos consumidores. Publicitários e profissionais de Marketing consideram a marca (como

um ser vivo) em constante transformação, criando relações com os consumidores. Assim

como as pessoas buscam por identidade real, as marcas necessitam apropriar-se de símbolos e

expressões que remetam a experiências autênticas e que tragam sentido à vida das pessoas.

Esta interpretação, de como é vista e administrada à marca hoje, desenvolveu-se somente no

século XX (MATTAR, et al. 2009).

A preocupação em sair de um estágio de commodities para algo que representasse uma

ligação afetiva com o consumidor ocorreu em várias etapas. Até a segunda metade do século

XIX, nos Estados Unidos, empresas estavam voltadas para produtos. Tratava-se de um

período de grandes invenções como carros, telefones e lâmpadas elétricas, e o objetivo dos

fabricantes era evidenciar como a vida das pessoas poderia melhorar com a aquisição desses

novos artefatos, (OLIVEIRA, 2006; RUÃO, 2010).

Segundo Kim e Kim, (2004) com o advento da fabricação em massa, após a revolução

industrial, a quantidade de produtos semelhantes no mercado aumentou consideravelmente.

Havia necessidade de diferenciação. Logo as primeiras marcas corporativas foram

introduzidas por volta do ano de 1880, remetendo a personagens familiares, uma vez que

estavam substituindo a indicação do vendedor da loja, acostumado a advogar sobre os

produtos a granel e sem marca que comercializava. No final de 1940, as empresas perceberam

que as marcas não eram somente um caractere estampado em um rótulo, mas, sim, algo que

fazia parte da alma da corporação.

Portanto, Keller e Machado (2006) apresentam o desempenho das marcas no quadro 4

tanto para os consumidores quanto para os fabricantes de produtos. Assim as marcas

desempenham suas funções de credibilidade e se fortalecem na lembrança de quem consome.

Page 48: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

48

Quadro 4 - Funções desempenhadas pelas marcas.

CONSUMIDORES FABRICANTES

-Identificação da origem do produto;

-Atribuição de responsabilidade do fabricante;

-Redução de risco;

-Simplificação do custo de busca;

-Vinculo com o fabricante do produto;

-Elementos simbólicos;

-Indicativo de qualidade;

-Identificação para simplificar rastreamento;

-Proteção legal para características exclusivas

indicativo de qualidade;

-Meio para criar associações exclusivas;

-Fonte de vantagem competitiva;

-Ativo para retorno financeiro;

Fonte: (KELLER e MACHADO, 2006 p.7).

Para os autores, o desempenho das marcas deve ser considerado um sucesso, quando

existe a evidencia de que as marcas precisam ser conhecidas pelos consumidores através de

atributos que beneficie e possa reduzir riscos. Logo esses consumidores repetem a compra

pagando um preço elevado em virtude da qualidade e outros atributos percebidos, comparado

assim a outros produtos similares. Para as empresas, as maiores marcas se destacam de outras

marcas, carregando as seguintes características conforme Martins (2006):

a) atração e retenção de melhores profissionais;

b) possuem algum tipo de tecnologia diferenciada;

c) conhecem e aperfeiçoam a mídia;

d) investem em pesquisa e desenvolvimento;

e) conhecem seu ambiente estratégico;

f) administram seus ativos com coerência;

g) possui logística e estrutura de pós-venda eficiente.

(MARTINS, 2006, p.80).

Segundo Keller e Machado (2006) para determinar uma liderança duradoura, a marca

(empresa) precisa ter visão de mercado através dos seus profissionais, e que esses possam ser

sensíveis, ter uma percepção estratégica, ser persistente, ter comprometimento financeiro e,

acima de tudo, inovação, ou seja, a organização deve alavancar ativos (valor financeiro)

através de sua marca. As marcas sempre tiveram importância para o consumidor, o que

modificou com o tempo foram os desafios de sua administração. O cenário mercadológico

está se alterando, tornando a tarefa de manter ou desenvolver marcas um grande desafio

global, (AAKER, 1996; YOO e DONTHU, 2001; KIM e KIM, 2004). Portanto, Martins,

(2006, p. 81) confirma o desafio para que uma marca possa se manter no mercado ela deverá

ter um respaldo conforme segue:

Pressão sobre o preço: os preços das marcas ficam vulneráveis em um mercado

saturado e com baixo crescimento; adiciona-se, o crescimento das marcas próprias do

varejo, que oferecem qualidade compatível por preços menores e aumento do

investimento nas promoções;

Page 49: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

49

Crescimento da concorrência: quando há demasiada oferta, torna-se cada vez mais

complexo e difícil se manter ou incrementar uma posição no mercado; as marcas

consolidadas estão expostas às ações sofisticadas da concorrência e cópia de

trabalhos bem sucedidos;

Mudança no cenário de investimento de Marketing: a mídia acompanhou a

segmentação de mercado e fragmentou-se para atender a públicos específicos. Com

tantas possibilidades de mídia, a tarefa de comunicar a marca de forma consistente

para mercados multissegmentados é custosa e de baixa eficácia; some-se a isto, a

tendência de migração do investimento em comunicação tradicional para a promoção

de resultados no curto prazo;

Administração complexa da marca: com a criação de submarcas e extensões de

linha, gerenciar o relacionamento entre elas em determinado contexto requer maior

cuidado estratégico das empresas;

Consumidores bem informados e redução de fidelidade às marcas: com a

quantidade de produtos disponíveis é difícil encontrar consumidores totalmente fiéis;

consumidores possuem uma gama de marcas de preferência e comparam sempre que

possível, dependendo da categoria;

Tendência a modificar estratégias: com o aumento da pressão sobre resultados a

curto prazo, gerentes de marca tendem a alterar associações da marca constantemente

o que dificulta o estabelecimento de uma identidade;

Preconceito contra a inovação: os bons resultados de uma marca podem gerar

miopia na empresa ao não perceber que o esforço em pesquisa é necessário para

preparar-se para oportunidades no futuro diante dos concorrentes; culturas

empresariais também podem ter aversão a riscos e a altos custos relacionados;

Diversificação de investimentos: empresas, de maneira equivocada, desviam

recursos destinados para manutenção de marcas estabelecidas e investem em novos

negócios, perdendo a oportunidade de manter sua posição estratégica;

Pressão por resultados de curto prazo: o desenvolvimento das marcas requer

tempo e dinheiro; contudo, a pressão por positivos dividendos trimestrais para

acionistas, a orientação gerencial para resultados de vendas e redução de custos e

mensuração de resultados, baseados nos resultados tangíveis, colocam os

investimentos na marca em segundo plano.

Page 50: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

50

2.6 VALOR ATRIBUÍDO A UMA MARCA

Segundo Aaker (1996) o valor atribuído a uma marca expõe a tarefa de desenvolver

marcas possíveis de administrar, e na manutenção de sua identidade ou posicionamento de

mercado como, por exemplo, o garoto propaganda da Bombril – este, recentemente

destronado por atrizes e apresentadoras, foi, por quatro décadas, o porta-voz da propaganda.

Consequentemente, a empresa se beneficiará de menor custo de comunicação, pois as

associações já são conhecidas em relação a uma nova marca. Por outro lado, Keller e

Machado (2006) afirmam que esse cenário corrobora para que os gerenciadores de marca (ou

gerentes de produto) busquem novas formas de construírem associações, como por exemplo:

o Marketing de experiência – focado no resultado do encontro e vivência de situações com a

marca; one-to-one (um para um) – empresas trocam informações diretas com o consumidor e

melhoram o relacionamento; o de permissão – (evolução do one-to-one) baseia-se em enviar

mensagens personalizadas; por último, o tratamento dado entre as empresas no tocante ao

(B2B) conhecido como negócios para negócios.

Em 2006, o Brasil tinha um milhão e meio de marcas registradas segundo Martins

(2006). Entre tantas opções, cada vez as marcas precisam ter significados reais para os

consumidores para que sua escolha seja justificada e somente com uso da diferenciação,

relevância, estima e familiaridade, a marca pode destoar das commodities. O autor ainda

argumenta que a nova concorrência não acontece no que as empresas produzem em suas

fábricas, mas no que elas adicionam àquilo que sai em forma de embalagem, serviço e

propaganda.

Segundo Hutt (2010) nas últimas duas décadas, presenciou-se a concentração de

marcas entre alguns fabricantes. Isso ocorreu primeiramente pelas aquisições e fusões,

objetivando maior participação de mercado (principalmente na Europa, mercado de baixo

crescimento). A segunda razão foi à extensão de marcas, estratégia utilizada para evitar uma

custosa construção de marca a partir do zero. Diante desse quadro, a administração de

posicionamento de marca torna-se complexa uma vez que empresas necessitam ser inovadoras

e ter foco para atenderem segmentos que se sobrepõem, canibalizando as vendas. Empresas

como a Nestlé, detentora de mais de 8.000 (oito mil) marcas no mundo, e Unilever, com 1.600

(um mil e seiscentas) marcas em seu portfólio, passam por programas mundiais de

racionalização de marcas a fim de focalizarem esforços em sua diferenciação.

Segundo Kim e Kim (2004) a marca se administrada corretamente e de forma

diferencial em relação aos concorrentes, e evitará tendência de comparação com base no

Page 51: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

51

preço e na qualidade dos produtos e serviços ofertados aos clientes e fornecedores. Marcas

são uma filosofia de vendas e o resultado de um trabalho consistente de investimento.

Administrar marcas é um desafio empresarial para um mercado competitivo.

Uma das maneiras práticas de explicar o fascínio que a marca exerce sobre os

consumidores é descrever a expansão dos produtos de luxo no Brasil. O mercado dos itens

luxuosos fatura US$ 1.600.000,00 (um bilhão e seiscentos milhões de dólares) ao ano e é um

dos que mais cresce no mundo. A fascinação pelas marcas admiradas, em ordem de

preferência, Armani, H. Stern, Tiffany & Co., Channel e Louis Vuitton, faz as consumidoras,

em sua maioria “público feminino”, gastarem aproximadamente R$ 5,800,00 (cinco mil e

oitocentos reais) por mês, em São Paulo. Consumidores de alta renda não se importam de

pagar R$ 10.300,00 (dez mil e trezentos reais) por uma bolsa Louis Vuitton ou R$ 60.500,00

(sessenta mil e quinhentos reais) por um relógio Cartier (MARTINS, 2006).

2.7 MODELOS TEÓRICOS

Para a presente dissertação, foram selecionados trabalhos internacionais e nacionais,

dentre os diversos estudos que identificam as dimensões que compõem o Brand Equity, sobre

a perspectiva do consumidor e da organização. Esses trabalhos foram selecionados seguindo

os seguintes critérios:

- Os primeiros trabalhos, de Aaker (1996, 1998) e Keller (1998, 2003) será-

apresentados por serem dentre os nomes renomados e referenciados, acerca do conceito Valor

da Marca, por Rocha, (2008). Segundo Neto (2003); Bamert e Wehrli, (2005) e Oliveira

(2006), por definir o Valor da Marca para o cliente. Essa definição pressupõe que seja baseada

no consumidor, e que, elabora a associação se relacione com uma marca, essa marca esta

presentes na memória. Cabe ressaltar que, alguns autores, apresentam o valor „de‟ marca, e

outros o valor „da‟ marca, não interferindo no que ela representa Reis (2010).

- O terceiro trabalho é o de Tavares (1998) que será apresentado por se tratar de um

dos primeiros trabalhos publicados por um autor brasileiro acerca do valor de marca.

Finalmente, o modelo de Yoo, Donthu e Lee, (2000), desenvolvido num ambiente

multicultural, que foi construído e apresentado como um modelo multidimensional para

medição de Valor da Marca baseado no consumidor denominado de escala MBE,

desenvolvido a partir de Aaker (1996) e Keller (1998) cobrindo as dimensões de Valor da

Marca comumente aceitas por, Kim e Kim (2004); Bamert e Wehrli, (2005); Neto e Luce

(2006) sendo utilizado como referência na literatura por autores internacionais, tais como

Page 52: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

52

Washburn e Plank (2002); Kim e Kim (2004); Kayaman e Huseyin, (2007). No contexto

brasileiro temos os autores Tavares (1998); Neto, (2003); Nunes, (2003); Neto e Luce (2006);

Oliveira (2006); Costa e Almeida (2007); Rocha, (2008); Corte-Real, (2010); Reis, (2010).

Portanto, torna-se imprescindível conhecer os modelos e conceitos propostos por

Aaker (1998), é importante ressaltar que (existem outras obras de AAKER, 1991, 1992, e a

obra de, KELLER, 1993, justificada pelo assunto abordada em obras recentes, ou seja , não

foram tratadas nesta dissertação) e, Keller (1998, 2003), para que possam ser entendidos os

conceitos utilizados por Yoo, Donthu e Lee, (2000), que procuraram desenvolver uma medida

confiável e validada de Brand Equity. Essa dissertação se baseará na escala multidimensional

MBE de quinze itens de Yoo e Donthu (2001) adaptada para vinte e sete variáveis, atendendo

as necessidades do estudo em relação ao comportamento do Comprador Organizacional

relacionada ao consumo da organização (Restaurante). Conforme, propõem o autor, que

estudos futuros fossem replicados em outros ambientes e tipos de consumidores através das

três dimensões propostas da escala MBE.

2.7.1 Modelo teórico proposto por Aaker

No modelo de Aaker (1996) em primeiro lugar, as medidas confiáveis e validadas de

Brand Equity devem refletir esse construto mensurado. Para isso, esse mesmo autor observa

que deve haver quatro critérios para guiar uma medição efetiva de Brand Equity. A

conceitualização de estrutura de Valor da Marca deve guiar o desenvolvimento do conjunto de

medidas. O principal objetivo deve ser englobar o escopo de Brand Equity, incluindo

lembrança da marca, qualidade percebida, lealdade e associações à marca. Essas medidas

devem, particularmente, refletir questões acerca do Valor da Marca e focar em vantagens

sustentáveis não facilmente copiadas por concorrentes. Também não devem ser indicadores

de táticas tais como mix de Marketing descritivos ou gastos com anúncios. Táticas são

facilmente copiadas e não representam propriedade.

Em segundo lugar, as medidas devem refletir construtos que verdadeiramente meçam

o posicionamento da marca no mercado, porque elas estão associadas com as vendas futuras e

lucro. A organização deve estar convencida de que o acompanhamento dessas medidas

proporciona aumentar preços, vendas e lucros.

Em terceiro, as medidas devem ser sensíveis. Segundo o autor quando há uma

mudança na percepção em relação à marca vinda do mercado, as medidas precisam ser

detectadas com urgência e ter intervenção por parte do detentor da marca. Por exemplo, se

Page 53: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

53

uma estratégia baseada em Valor da Marca falha devido a um erro de tática ou ação dos

concorrentes, as medidas precisam detectar imediatamente e suas ações estratégicas mudadas

a fim de atender o marcado.

Finalmente, as medidas devem ser aplicadas por meio de marcas, categoria de

produtos e mercados. Cada medida de Valor da Marca deve ser mais geral do que aquelas

usadas para administrar uma marca individualmente, pois cada medida específica dos

benefícios funcionais e de personalidade da marca é, geralmente, única (AAKER, 1996, 1998;

KELLER, 1998, 2003). Entretanto outros autores como Keller (2003); Bamert e Wehrli

(2005) afirmam não haver consenso nem para a definição e nem medição de Brand Equity,

motivo pelo qual Bamert e Wehrli (2005) acreditam haver dificuldade de intervenção dos

profissionais de Marketing para promover o enriquecimento do valor das marcas. Neto (2003)

cita François e Maclachlan (1995) para salientar que, com a abundância de definições e

explicações para tentar definir o Valor da Marca (Brand Equity), não é surpreendente haver

uma grande quantidade de métodos propostos para mensurá-lo, cada qual com seus próprios

parâmetros de medição.

2.7.2 Método e escala de Aaker

Vários métodos e escalas foram desenvolvidos para calcular o Valor da Marca, mas

indiscutivelmente a de maior destaque tem sido o modelo de Aaker (1998). Esse modelo

desenvolveu um esquema no qual existe a suposição de as ações do composto de Marketing

que influenciam as dimensões do Valor da Marca, assim como aumentarem o seu valor. Uma

vez aumentado o Valor da Marca, é gerado valor para o cliente e para a empresa. Para Aaker

(1996, p.47) “os ativos seriam o mesmo que disponibilidades, ligados ao nome e símbolos da

marca”, ou seja, podem influenciar acrescentando (ou retirando) o Valor da Marca. O autor

trata em sua obra um conjunto de ativos e passivos ligados à Marca; e os agrupam em quatro

dimensões, conforme organizamos abaixo:

Notoriedade da marca: mede a força da presença da marca na mente do

consumidor, avaliando sua capacidade de reconhecer ou recordar a marca;

Fidelidade à marca: mede a ligação de uma marca ao consumidor;

Qualidade percebida: percepção que o consumidor tem da qualidade global ou

superioridade de um produto ou serviço em relação à concorrência;

Page 54: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

54

Associações de marca: probabilidade de ser trocada por outra no mercado, em face

de algumas alterações no preço ou características.

Para Aaker, citado por Corte-Real (2010) cada ativo da marca gera valor de diferentes

formas. Enquanto alguns reduzem os custos de investimento em Marketing, outros fomentam

o estabelecimento de novas associações e ainda fornecem o motivo de compra. Por último, os

remanescentes facilitam a interpretação e o processamento de informação. Para Keller (1998)

quando os consumidores reagem favoravelmente a um respectivo produto, conhecendo-o e

identificando a marca em nível cognitivo, afetivo e comportamental, isso reflete uma marca

forte na percepção e no valor subjetivo atribuído. Aaker e Joachimsthaler (2007, p.128)

afirmam que “a análise do Valor da Marca na perspectiva do consumidor se baseia no

conhecimento do impacto da marca no processo de decisão de compra”. Vamos relembrar o

que já citado anteriormente por Aaker (1998, p.37) no qual estabelece o Valor da Marca

como “um conjunto de ativos e passivos ligados a uma marca, seu nome e seu símbolo, que

se somam ou se subtraem do valor proporcionado por um produto ou serviço para uma

empresa e/ou para os consumidores dela”. O modelo do quadro 5 estabelece uma visão de

forma clara e estruturada em quatro dimensão, que representa o valor e credibilidade da

marca.

Quadro 5: Modelo das quatro dimensões do Brand Equity Lealdade à marca: É a medida de ligação de quem consome com a marca, podendo este mudar ou não para uma

nova marca, independentemente das características imposta pela concorrência (preço, embalagem, promoções,

ofertas etc.).

Associações de marca: “Esta ligada a algo”, portanto possui uma característica de “força de acordo com o

número de experiências ou exposições do consumidor à marca”.

Qualidade percebida: É o reconhecimento por parte do consumidor em um determinado produto ou serviço

oferecido, portanto é subjetivo, e submete a julgamentos pessoais; segundo o autor “feito para formar

determinadas opiniões subjacentes que incluem características do produto”.

Conhecimento da marca: É a identificação visual ou lembrança dos consumidores que extrai de sua memória à

marca “logo que são sugeridas em uma categoria de produto e segundo as necessidades de situação da compra ou

utilização de um novo produto”.

Fonte: (AAKER e JOACHIMSTHALER, 2007, p.147).

Segundo o esquema apresentado pelo autor, esse modelo teórico se caracteriza pelo

comportamento e as consequências que proporcionam valor à empresa e aos clientes. Quando

comparado o quadro 5, os autores tratam as quatro dimensões, estabelecendo assim um

modelo teórico baseado em uma sequência de fidelização e fatos, “à marca irá proporcionar

um meio da lealdade”. Para, Kim e Kim (2004) essas dimensões são diferentes, e mencionam

que os níveis de lealdade constituem-se de uma dada sequência, que passa a denominar de

Page 55: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

55

“Escada de Lealdade”. Ele ainda menciona que lealdade pode ser favorável à repetição,

passando a ser um dos requisitos para valorizar e fortalecer uma marca.

Aaker e Joachimsthaler (2007, p.28) defendem que liderar uma Marca é “criar Marcas

Fortes”. Portanto, na obra de Aaker (1998) o autor considera que este modelo (Figura 2) de

quatro dimensões é conveniente para avaliar o valor de uma marca.

Figura 2: Modelo teórico do comportamento entre empresas e clientes.

Fonte: Aaker (1998, p.284).

Desta forma, o autor considera as quatro dimensões como sendo consequente do valor

de marca, (Conhecimento da marca, Qualidade percebida, Associações da marca e Lealdade à

marca), proporcionando valor para o consumidor e para a empresa (AAKER, 1998).

2.7.3 O modelo proposto por Tavares

O modelo proposto por Tavares (1998) baseia-se na compreensão dos componentes

cognitivos e afetivos do comportamento do consumidor. O autor explica que o Valor da

Marca (Brand Equity), na perspectiva do consumidor não é construído baseando-se em uma

Conhecimento da marca

Qualidade percebida

Associações da marca

Lealdade à marca

Brandy equity

Proporciona valor ao consumidor: - Maior informação - Confiança - Processo de decisão - Satisfação de uso

Proporciona valor à empresa:

- Eficiência e eficácia nos programas de marketing

- Lealdade à marca - Preços/margens - Extensões da marca - Alavancagem comercial - Vantagens competitivas

Page 56: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

56

única variável, trata-se de um conceito multidimensional. A percepção do valor de marca por

parte de consumidor, conforme apresentado na figura 3 depende da rede de associações

mentais mantidas por ele, no sentido de capitalizar o potencial oferecido por essa estrutura de

conhecimento.

Figura 3: Valor da Marca na perspectiva do consumidor

Fonte: Tavares (1998, p.59).

O esquema representado (Figura 3) auxilia na compreensão proposta por Tavares

(1998) esclarecendo critérios antecedentes e consequentes, levando assim ao valor de marca

(Brand Equity), na perspectiva do consumidor, pode ser explicado, inicialmente, pelos (tipos

de associação, favorecimento da marca, unicidade, força, congruência) que esse faz em

relação ao produto que irá levar à consciência de marca, valor percebido, atitude favorável e

lealdade de marca. Para definir os tipos de associação, o autor citado anteriormente, explica

que essas decorrem da habilidade do consumidor em lembrá-la e das atitudes ou sentimentos

que a marca desperta a partir da lembrança, condicionando, em parte, os atributos inferidos e

a crença em seus benefícios.

Segundo Tavares (1998) uma das maneiras de se associar marcas é pelo nível de

abstração, ou seja, pela quantidade de informações que são resumidas na associação. Isso

porque, as associações abstratas tendem a ser duráveis e acessíveis à memória, tendo

informações sobre atributos relacionados e não relacionados ao produto (como o preço, por

exemplo). O tipo das associações de marca deve ser considerado em face de seu

favorecimento da marca, força, unicidade e congruência, criando associações que assim são

explicadas:

Lealdade de Marca

Consistência

- Favorecimento da marca - Unicidade - Força - Congruência

Valor da Marca (Brand Equity)

Tipos de Associação

Valor Percebido

Consciência de Marca

Atitude Favorável

Page 57: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

57

Favorecimento da marca: o Valor da Marca na mente do consumidor decorre de

associações favoráveis a ela. Isto é, dependem da crença do consumidor de que a

marca possui atributos e benefícios que satisfaçam suas necessidades e desejos. Nem

todas as associações de marca serão igualmente valorizadas nas decisões de compra e

consumo, dependendo da importância que o consumidor atribui ao mesmo. Assim,

essa valorização poderá depender da situação, do contexto e variar de acordo com os

objetivos do consumidor. Como exemplo, pode-se citar a rapidez de atendimento de

alguns Restaurantes e Similares, que poderá ser valiosa quando o consumidor não

dispõe de tempo. A mesma rapidez terá pouco impacto quando o consumidor não

estiver com pressa. Assim, essas associações podem facilitar o reconhecimento ou

consciência da marca, ou levar a inferências sobre a qualidade ou características do

produto.

Força da associação de marca: A força das associações depende do montante e de

como a informação entra na memória do consumidor (codificação), como é mantida

como parte da imagem da marca (armazenagem) e de seu contexto. Segundo o autor,

quanto maior for o significado da informação e da duração da codificação, fortes

serão as associações resultantes. Assim, quanto o consumidor pensa e elabora a

respeito do significado da informação sobre o produto ou serviço, fortaleceram as

associações criadas na memória do consumidor. Dependendo do contexto em que

uma marca é considerada, uma associação particular vem à mente. A acessibilidade

da associação com a marca depende de sua força na memória, tanto quanto dos

estímulos proporcionados pelo contexto para a sua recuperação. Essa força é, em

termos relativos, um importante determinante para a consciência da marca.

Unicidade da associação de marca: Essa dimensão é afetada por outras

características de relacionamento das associações de marca, tais como nível de

abstração, entre as associações de marca. Isso acontece porque as associações menos

abstratas tendem a estabelecer um vínculo forte da marca com a categoria de

produtos, em vez de lhe conferir distinção. Segundo o autor, uma categoria de

produto pode ser caracterizada por um conjunto de associações que inclui crenças

específicas sobre algum membro na categoria, em adição às atitudes gerais para os

demais. Uma marca específica pode ser considerada “modelo” por ser representativa

de determinados atributos e benefícios. Assim, na maioria dos casos, algumas

associações de categorias de produtos ligadas à determinada marca são

compartilhadas com outras marcas na categoria.

Page 58: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

58

Congruência das associações de marca: A congruência pode ser definida como a

extensão na qual uma associação de marca compartilha conteúdo e significado com

outra associação vinculada à própria marca. Essa congruência entre associações

determina o dimensionamento da imagem de marca, ou seja, a extensão na qual a

imagem de uma marca é caracterizada por associações que compartilham

significados. Logo, uma imagem difusa de marca, onde há pouca congruência entre

associações pelo consumidor, pode apresentar problemas (confundir o consumidor)

sobre o significado da marca (não atentar para alguma associação) potencialmente

relevante à marca uma vez que decide a compra.

Conforme exposto anteriormente, Tavares (1998) ainda apresenta os tipos de

associação apresentados servirão de alicerce para a formação das seguintes dimensões:

Consciência de marca: É a familiaridade e ligação do consumidor com essa marca.

Ela é composta pelos elos na memória do consumidor, aos quais as associações de

marca estão ligadas, ou seja, é a habilidade do consumidor em identificar a marca

sobre diferentes condições. Ela está relacionada à lembrança e ao reconhecimento

que o consumidor tem do desempenho da marca. Essa lembrança da marca diz

respeito à habilidade do consumidor em recuperar a marca, tendo como estímulo,

entre outros, a categoria de produto ou as necessidades preenchidas pela categoria. A

lembrança de marca requer que o consumidor recupere a marca diretamente na sua

memória; o reconhecimento de marca, por sua vez, relaciona-se à habilidade do

consumidor para confirmar sua exposição prévia a ela, tendo-a como estímulo. Ou

seja, a probabilidade de que a marca nominal virá à mente e a facilidade com a qual

ela virá. Assim, o reconhecimento de marca ocorre quando o consumidor consegue

discriminar a marca corretamente, conforme vista ou ouvida previamente. A

consciência de marca representa um papel de fundamental importância na tomada de

decisão do consumidor por ser essencial que ele lembre-se da marca quando pensar

na categoria de produtos, quando aumentar a probabilidade de que a marca seja parte

de um conjunto considerado e, finalmente, ter o potencial de afetar a decisão sobre à

marca, mesmo que ela não tenha outras associações de marca. Em contexto de baixo

envolvimento, deve haver um nível mínimo de consciência de marca, e que esse

envolvimento pode ser suficiente para uma escolha de produtos, mesmo quando

faltar uma atitude bem formada, motivação ou habilidade do consumidor para apoiar

suas escolhas. Já em contextos de alto envolvimento, a favorecimento da marca, a

Page 59: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

59

força, a unicidade e a congruência das associações são dimensões que vão influenciar

com maior intensidade a escolha da marca. Dessa forma, a consciência de marca

afeta a tomada de decisão do consumidor pela influência da força da associação na

formação da imagem de marca.

Valor percebido: Essa é a dimensão que representa o fundamento de uma marca

forte. Para ele, o consumidor precisa ter a convicção de que o produto proporciona

um valor superior ao dos concorrentes a um preço equivalente ou a um preço

inferior, a fim de conquistar uma posição única para a marca em sua memória. Ela

influencia diretamente a decisão de compra e a lealdade do consumidor, essa é a

dimensão básica do valor que os consumidores estão comprando, comparado ao que

estão despendendo. Tavares (1998) define três posições que são conservadas na

memória para o estabelecimento do valor, em que a posição afetiva envolve emoções

e sentimentos relativos à marca, tais como “estar bem consigo mesmo”, uma amizade

familiar ou simbolização de status e afiliação; a posição cognitiva, que são

inferências extraídas do conhecimento e das crenças sobre a marca (redução de risco

de alguma coisa má relacionada à outra marca); por fim, a posição comportamental

que é desenvolvida por hábitos de compra e de consumo da marca. O autor afirma

que essas questões devem criar valor correspondente ao que o consumidor considera

importante, sendo necessárias para a construção de uma marca forte.

Atitude favorável à marca: Corresponde à avaliação geral da marca pelo

consumidor. Ao explicar a atitude à marca, o autor utiliza o modelo de expectativa de

valor proposta por Aaker, (1998) explicando que essa dimensão é o resultado de uma

função multiplicativa da força de crenças que um consumidor tem sobre um produto.

Isto é, a extensão na qual ele pensa que a marca possui certos atributos ou benefícios,

da avaliação do julgamento em que medida é bom ou ruim que a marca tenha aqueles

atributos ou benefícios. Dessa forma, explica o autor, a atitude de marca pode

decorrer de atributos relacionados e não relacionados ao desempenho do produto.

Quando o consumidor não estiver motivado ou lhe faltar habilidade para avaliar o

produto, ele pode usar sinais externos ou atributos não relacionados para inferir se a

qualidade do produto está de acordo com o que ele sabe sobre a marca ou mesmo

sobre a categoria de produto, como a origem ou sua aparência, entre outros.

Lealdade de marca: Ocorre quando as atitudes e crenças favoráveis à marca são

manifestadas em repetidos comportamentos de compra. Ela consiste na repetição de

compra apoiada em uma forte disposição interna, baseada a partir da avaliação do

Page 60: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

60

consumidor, dentro de um conjunto de alternativas. É preferível entre as quatro

condições e significa uma alta correspondência entre uma atitude favorável e

repetição de padrão. O autor afirma que o alto grau de lealdade só é atingido quando

as expectativas do consumidor são consistentes e totalmente atingidas. Para explicar

a ocorrência da lealdade, o autor cita a influência dos antecedentes cognitivos,

afetivos e conativos, como atitudes que antecedem a acessibilidade.

Para Tavares (1998) a acessibilidade refere-se à facilidade com que uma atitude pode

ser recuperada da memória; a confiança diz respeito ao nível de certeza no qual uma atitude

relativa a uma marca é relacionada ao sistema de valores de um indivíduo; a clareza refere-se

à definição de atitude quanto à existência de alternativas para o alvo e sua indefinição quanto

às posições não aceitáveis; os antecedentes afetivos, diz o autor, lidam com as emoções,

humor, afetos e satisfação; já os antecedentes conativos, explica, relacionam-se aos custos de

mudanças, à inércia e às expectativas. O elevado nível de consciência de marca, de valor

percebido e atitude favorável aumentam a probabilidade de sua escolha, produzem maior

lealdade do consumidor, permitem que o consumidor adquira o produto por um preço

superior e reduzem a tendência do consumidor em adquirir outras marcas.

2.7.4 O modelo proposto por Yoo, Donthu – Escala MBE

Se faz necessário esclarecer que estamos trabalhando, inicialmente neste item, com

Yoo, Donthu e Lee, (2000) e Yoo e Donthu (2001). São duas obras distintas: a primeira com

três autores: Boonghee Yoo, Naveen Donthu e Sungho Lee (2000); a segunda apenas com os

dois primeiros autores em (2001); porém com o mesmo tema, no qual teve algumas alterações

(um ano após a primeira publicação), que não são cabíveis explicitar neste momento,

entretanto, isso será feito com o decorrer deste item. No próximo item desta dissertação,

dedicaremos exclusivamente ao modelo de Yoo e Donthu (2001) sendo referencia para

adaptação e aplicação do modelo proposto para obtenção do resultado final dessa dissertação

o modelo estruturado pelos autores na obra publicada em (2001). Modelo da escala original

em inglês (anexo A) de Yoo e Donthu (2001).

Desta forma, Yoo e Donthu (2001) identificaram uma escala ampliada de 15 itens

relacionados, diferente da escala original de 10 itens desenvolvida e publicada em 1997,

chegaram à conclusão (resultado) sugerindo também e confirmada por outros autores a sua

confiabilidade. No entanto, Washburn e Plank (2002), realizaram uma pesquisa semelhante,

Page 61: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

61

utilizando a escala (BEM) que envolve resultados obtidos com base nos estudos dos autores

Yoo e Donthu (2000) que revela a consistência das dimensões esperadas pelos consumidores

finais, se tornando assim um construto fortalecendo a escala original, e que seria confiável

sua aplicação em pesquisas futuras e em ambientes distintos.

Yoo, Donthu e Lee, (2000) estabeleceram em sua estrutura uma escala

multidimensional do Valor da Marca (Brand Equity) - (MBE), baseada no consumidor,

aplicada simultaneamente nos EUA e na Coréia do Sul. Essa escala original em inglês (anexo

- A) e adaptada (apêndice - A) foi criada buscando atingir duas características: a

“parcimônia”, ou seja, (precaução) no tamanho da própria escala e ausência de viés cultural.

Dessa forma, os autores pretenderam propor uma escala que pudesse ser utilizada em

diferentes ambientes culturais, sem que houvesse qualquer lacuna, e com uma quantidade de

itens que facilitasse a sua aplicação e análise.

O modelo de Yoo, Donthu e Lee, (2000) é baseado nas indicações de estudo do valor

de marca de Aaker (1998) e de Keller (1998) e supõe que as ações do composto de Marketing

influenciam nas dimensões do Valor da Marca que, por sua vez, aumentam esse valor. Uma

vez aumentado o Valor da Marca, é gerado valor para o cliente e para a empresa.

Para Costa e Almeida (2007) o valor da uma marca pode ser mostrado de forma

ampla. Suas dimensões estão relacionadas com a avaliação final da marca pelo mercado e

seus influenciadores. Esses autores ainda mencionam que o Valor da Marca é um “construto

multidimensional” que pode diferenciar na criação do valor de uma marca. Dessa forma,

ajuda a compreender a influência que exerce esse construto.

Os fatores antecedentes às dimensões do Valor da Marca são os fatores relacionados

ao composto de Marketing, que são as ações práticas definidas pelas empresas. Entretanto, o

Valor da Marca (Brand Equity) estar baseado apenas no consumidor, já que a empresa, por

sua vez deve transformar e explorar a sua marca como um diferencial competitivo. Em sua

obra, Costa e Almeida (2007) explicam detalhadamente a formulação e a aplicação da escala

de Yoo e Donthu (2001) nas mesmas dimensões já explicitadas pelo autor, cujo modelo

teórico explorado neste trabalho publicado em (2001), ou seja: a lealdade à marca; a

qualidade percebida da marca e a associação/lembrança da marca; no qual se baseia a

estrutura da dissertação nos autores, Yoo e Donthu (2001).

No ano de 2001, os autores Yoo e Donthu (2001) fizeram nova constatação,

referenciando em seu método, como estímulos, três categorias diferentes: filmes para câmaras

fotográficas, tênis e televisores. Esse método foi aplicado em país oriental, como a Coreia do

Sul, e em país ocidental, como os Estados Unidos. Isso possibilitou um maior

Page 62: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

62

aprofundamento nos estudos coletados em diferentes culturas, e com produtos diferentes. Eles

se valeram de três tipos de amostras (633 coreanos, 320 coreanos-americanos e 577 norte-

americanos), dessa forma, eles buscaram uma validação na escala dentro de um ambiente

multicultural. Após a validação e construção da proposta, assim denominada “escala MBE”,

idealizada conforme (Figura 4), testaram ainda com 48 (quarenta e oito) tipos diferentes de

mensuração. Dessa forma, chegou-se à conclusão de que o modelo teórico seria composto por

15 itens de mensuração em uma escala mais ampla. O autor ainda sugere que a escala pode

ser ampliada atendendo a outros segmentos de pesquisa. No modelo de Yoo, Donthu e Lee,

(2000) identificaram quatro dimensões esperadas para estabelecer o Valor da Marca (Brand

Equity). No entanto após refinamento do método Yoo e Donthu (2001) perceberam que as

dimensões lembrança da marca e associações da marca apresentaram-se como uma única

dimensão (Figura 4).

Figura 4: Construtos da escala Multidimensional MBE

Fonte: Yoo e Donthu (2001, p. 27).

Assim, Yoo e Donthu (2001) identificaram apenas três dimensões – diferentemente da

identificação de quatro delas em Yoo, Donthu e Lee, (2000) que são: a lealdade à marca, a

qualidade percebida, lembrança/associações da marca. Cada dimensão é mostrada de forma

relacionada com o Valor da Marca, e as dimensões estão baseadas no consumidor, mostrada

nas duas publicações dos autores em 2000 e 2001. Portanto, Yoo e Donthu (2001) referem-se

à intenção de compra como escolha de um determinado produto, ou seja, quando o alvo da

Lealdade à Marca

Qualidade Percebida

Associação/ Lembrança da

Marca

Brand Equity

Page 63: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

63

intenção é comparado com outro produto, tendo este às mesmas características daquele.

Porém, sem nenhuma marca, qualquer produto pode ser preterido ou preferido.

Ainda de acordo com Yoo e Donthu (2001) para que a comparação seja medida

corretamente, não poderia ser estabelecida com marcas fortes já conhecidas no mercado, pois

esses produtos de marcas fortes se beneficiariam da reputação da marca e do local

comercializado, dado que os produtos teriam as mesmas características. Assim, a única

informação diferente seria o nome da marca. Logo, esse fator responderia pelo valor

incremental de um produto específico em virtude de sua marca.

Portanto, Yoo, Donthu e Lee, (2000) propõem um modelo estruturado na formação da

imagem da marca (valor Geral da Marca), estando relacionada às ações de Marketing. Esse

modelo é composto por duas dimensões, antecedentes na percepção do Valor da Marca na

visão do consumidor. Esses mesmos autores constataram que o ambiente da loja (imagem da

loja) e o fluxo de distribuição (Intensidade de distribuição) seriam construtos independentes

que as dimensões formadoras do valor da marca.

Costa e Almeida (2007) realizaram um estudo em 50 empresas, baseados no modelo

de Yoo, Donthu e Lee, (2000) e constataram a inexistência de relação significativa entre

fatores consciência/associações e valor da marca. Nesse estudo, sugeriram uma forte relação

entre as variáveis do composto de Marketing e as dimensões do Valor da Marca. Isso

evidencia que a intensidade da distribuição pode constituir um fator que antecede a imagem

do canal de distribuição.

Essa intensidade levaria a um composto de Marketing, sendo consciente,

independentemente das associações, formando um só construto de marca. Yoo, Donthu e Lee,

(2000, p.79) ainda define o valor gerado pela marca “[...] está relacionada com fatores de

consciência da marca, imagem da marca, lealdade à marca e qualidade percebida” (YOO e

DONTHU, 2001).

Aaker (1998) percebeu que a imagem sobre a loja é forte, e influencia características

tangíveis que antecedem o Valor da Marca na perspectiva dos consumidores. No entanto, as

percepções sobre a intensidade de distribuição poderiam estar relacionadas com os

consumidores. Estes visitam mais as lojas que possuem mais acessibilidade a eles, sejam por

proximidade ou facilidade. Essa acessibilidade propicia aos consumidores economia de custo,

de tempo e de distância percorrida, fazendo com que o tempo de exposição e permanência nas

lojas faça com que eles fiquem expostos por mais tempo às marcas.

Samara e Morsch (2005) e Costa e Almeida (2007) convergem que para obter

qualquer vantagem competitiva sustentável do composto de Marketing – produto, preço e

Page 64: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

64

promoção – está se tornando cada vez difícil. Costa e Almeida (2007) ainda revelam que esse

composto exerce uma influência positiva na preferência do consumidor em determinadas

marcas (Figura 5), chamado por esses autores de “Composto de Marketing e Valor da Marca”.

Figura 5: Composto de Marketing e Valor da Marca

Fonte: Yoo, Donthu e Lee, (2000) adaptado (COSTA e ALMEIDA, 2007 p.32).

De acordo com a proposta de Yoo, Donthu e Lee, (2000) citado por Costa e Almeida

(2007) esse esquema descreve a formatação do valor de uma marca, convergindo em uma só

idéia entre as atividades do Marketing, potencializando sem afetar as dimensões do valor de

marca; ent. Todavia, Yoo, Donthu e Lee, (2000) acreditam que esse potencial levará a

investimentos no composto de Marketing. Segundo (COSTA e ALMEIDA, 2007, p. 132)

propõem que “[...] o esquema supõe que as ações do composto de Marketing influenciam nas

dimensões do Valor da Marca que, por sua vez, aumentam o mesmo”. Os autores ainda

propõem que “[...] uma vez aumentado o Valor da Marca, é gerado valor para o cliente e para

a empresa”. Desta forma, aumenta-se o valor percebido da marca, agregando dados que

mostram cada dimensão relacionada entre as empresas e os clientes, levando as empresas a

uma ação estratégica. Essas empresas estudam o modelo (Figura 6) e o colocam em prática,

revelando a ação gerada para o Valor da Marca.

Imagem da loja

Preço

Lealdade à marca

Qualidade percebida

Gastos com marketing

Intensidade de

distribuição

Promoções

Consciência / associações

da marca

Valor Geral da Marca

Page 65: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

65

Figura 6: O Valor da Marca, dimensões baseada no consumidor.

Fonte: Yoo, Donthu e Lee (2000, p.196).

Cada dimensão é mostrada de forma relacionada com o Valor da Marca, e está baseada

no consumidor. Os autores Yoo, Donthu e Lee, (2000) e Washburn e Plank (2002) convergem

na existência de três dimensões, sendo essas a Lealdade à Marca, Qualidade Percebida e

associações da marca. Essas dimensões devem ser agrupadas em uma só dimensão.

No entanto Yoo, Donthu e Lee, (2000) tratam o construto de forma facilmente

identificada. Os esforços atribuídos à empresa iniciam com o Marketing coletando

informações do mercado, as quais, consequentemente, são tratadas gerando dimensões e

atribuindo valor à marca. Em seguida, encontra-se uma resposta para o mercado por meio da

percepção desse valor para o cliente, levando a uma fidelização à marca. Para a empresa, no

que tange ao significado da marca para o mercado, seu interesse em continuar investindo na

gestão de valor poderá direcionar suas estratégias para atender as necessidades desse mercado.

2.7.5 Escala de Yoo, Donthu e Lee

Yoo, Donthu e Lee (2000) afirmam ter havido um atraso no entendimento do

fenômeno de Brand Equity, pois não há um consenso na literatura do que é Valor da Marca e

como ele deve ser medido. De acordo com o estudo realizado pelos autores as decisões de

compra possuem estreita relação com o Valor da Marca (Brand Equity), influenciando

diretamente na sua construção, e que serão explicados através das dimensões associadas

como: Preço, Imagem da loja, Intensidade da distribuição, Propaganda e Promoções de preço:

- Preço: Para os consumidores utilizam preço como um indicador de qualidade e

benefícios do produto, sendo considerada uma dica extrínseca. Marcas, com posicionamento

de preço elevado, são frequentemente percebidas como sendo de boa qualidade e são menos

Dimensões de valor marca

Esforços de marketing

Valor de marca

Valor de marca para

o cliente

Valor de marca para a empresa

Page 66: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

66

vulneráveis à competitividade, por meio de preço, que marcas de preço baixo (DODDS et al.

1991; BLATTBERG e WINNIEWSKI, 1989; KAKAMURA e RUSSEL, 1993; MILGRON e

ROBERTS, 1986; OLSON, 1977, citados por YOO DONTHU e LEE, 2000).

- Imagem da loja: esse construto aliado à distribuição seria independente e

influenciariam a formação das dimensões do valor da marca. Sua importância reside no fato

de ser como uma ferramenta de Marketing a fim de melhorar o Valor da Marca avaliando seu

crescimento. A distribuição, por meio de lojas com boa imagem, favorece a associação de que

a marca também possui uma boa qualidade. Os autores sugerem que lojas com boa imagem

também tendem a contar com maior atenção e maior fluxo de consumidores potenciais. Esse

fato proporcionaria maior satisfação aos consumidores, fomentando a propaganda boca-a-

boca, (HUTT, 2010). Dessa forma, Yoo, Donthu e Lee (2000) chama atenção para a

distribuição da marca por meio de uma loja com boa imagem, na avaliação do consumidor,

cria associações positivas em sua mente, do que marcas que são distribuídas através de lojas

que não desfrutam de uma boa imagem, sobre a perspectiva do consumidor.

- Intensidade da distribuição: a intensidade da distribuição influencia a imagem da

marca, quando um produto é encontrado em um grande número de lojas. Com isso,

consumidores ficam satisfeitos, pois poderão adquirir o produto quando e onde quiserem.

Ainda, a alta intensidade de distribuição reduz o tempo de procura em lojas e proporciona

conveniência de compra. Esse aumento de valor percebido aumenta a qualidade percebida e a

lealdade à marca por parte do consumidor.

- Propaganda: A propaganda tem impacto positivo sobre o Valor da Marca e em suas

dimensões. Fortes investimentos em propaganda indicam que a empresa está investindo na

marca, implicando qualidade superior e sinalizando a qualidade do produto, fato percebido

por Aaker e Jachimsthaler (2007) e confirmado por Aaker (1996) indicando uma considerável

montante de investimento em propaganda influencia positivamente a lembrança e as

associações da marca, atingindo diretamente o Valor da Marca.

- Promoções de preço: As ações de preço são capazes de gerar um efeito positivo de

curto prazo através do aumento das vendas, no entanto, a longo prazo, tornam-se prejudiciais

à marca. Isso porque, explicam os autores, promoções de preço podem permitir ao

consumidor uma associação de produto de baixa qualidade, além de não garantirem recompra

e, em alguns casos, reduzirem a probabilidade da recompra acontecer (GUPTA, 1988, citado

por YOO, DONTHU e LEE, 2000). Para Blackwell, Miniard e Engel (2005) argumentam que

promoções frequentes podem colocar em risco as empresas no longo prazo, uma vez que os

consumidores podem ter dificuldade em prever o preço do produto numa eventual compra,

Page 67: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

67

gerando instabilidade na informação de preço e, consequentemente, uma possibilidade de

dúvida na mente do consumidor. Já com poucas variações de preço, esse fator pode tornar-se

menos importante no processo de compra. Segundo o autor, a variação frequente de preços

também pode induzir o consumidor a acreditar na instabilidade da qualidade do produto.

Aaker (1996) argumenta que ações de preços não são recomendáveis para se construir Brand

Equity, já que podem ser facilmente copiadas pela concorrência, e que a organização deve

fidelizar o consumidor através da percepção, sendo este valor intangível.

Yoo e Donthu (2001) sugerem que frequentes promoções de preço são exemplos de

uma atividade que danifica a marca, conforme citado ainda por Aaker e Joachimsthaler

(2007). Em contrapartida Bamert e Wehrli (2005, p.133) “[...] preços altos, distribuição

através de varejistas com imagem de loja positiva e uma boa distribuição, [...]”, são exemplos

de atividades que ajudam a construir a marca (BAMERT e WEHRLI, 2005). Entretanto, Yoo

Donthu e Lee, (2000) explicam, ainda, que, como consequência, as atividades que danificam a

marca afetam as dimensões de Valor da Marca negativamente, enquanto as atividades que

constroem a Marca afetam as dimensões de Valor da Marca positivamente. Dessa forma,

esses mesmos autores explicam que os esforços de Marketing para a construção de uma

marca, terão estreita relação com o Brand Equity, e podem ainda ser classificados em dois

tipos: atividades que constroem e atividades que danificam a marca, conforme figura 7.

Figura 7: Modelo conceitual do valor de marca

Fonte: Yoo, Donthu e Lee, (2000, p.133)

Esforços de marketing (Yoo, Donthu e Lee, 2000) 2000))Dimensões de

Esquematização de Brand Equity Dimensões de Brand Equity

Valor de

marca para o cliente

Valor de

marca para a empresa

Brand Equity

Dimensões de Brand

Equity

Esforços de marketing para construção da

marca

Page 68: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

68

Assim, de acordo com o modelo estrutural de formação de Valor da Marca

apresentado por Yoo, Donthu e Lee (2000) o Valor da Marca deve ser analisado por meio dos

componentes: elementos do mix de Marketing (preço, imagem da loja, intensidade da

distribuição, gastos com propaganda e promoções de preço) extraídos do tradicional “4P´s”

(preço, praça ou distribuição, promoção e produto), dimensões do Valor da Marca.

No modelo conceitual do valor de marca apresentado (figura 7), os autores sugerem

que os resultados dos investimentos da organização devem ser pautados no mix de Marketing,

e assim poderá atingir de forma direta e indireta o Valor da Marca para empresa, ou seja, o

Valor da Marca, baseado no consumidor, proporcionando recursos financeiros para os

envolvidos. Outros autores convergem no pensamento de um preço premium (diferenciado)

citados por Kim e Kim, (2004), e por Bamert e Wehrli, (2005) estabelecendo que o

investimento é considerado como estratégia, e ainda que se possa reinvestir no mix (aumentar

o número de produtos) e nas ações de marketing.

Page 69: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

69

3 METODOLOGIA

Este capítulo aborda aspectos metodológicos da pesquisa, discorrendo sobre o

universo e amostra, variáveis de estudo, instrumento da pesquisa, pré-teste, coleta e

tratamento dos dados.

A pesquisa para essa dissertação é classificada como sendo do tipo exploratória

descritiva de natureza quantitativa. Exploratória porque se aprofunda sobre o tema a partir de

uma revisão bibliográfica, em relação ao Valor da Marca baseada no Comportamento do

Comprador Organizacional, onde o pesquisador explorou o campo de estudo, conhecendo

melhor as ideias sobre o assunto (GIL, 2002). Em seguida estreitou a pesquisa baseada no

segmento de varejo, „Restaurantes em Natal-RN‟. Descritivo porque procurou identificar

características de produtos e/ou serviços, adquiridos pelos compradores organizacionais, para

compreender determinados graus de associações entre as variáveis de marketing (GIL, 2002).

Procurou coletar opiniões, através da aplicação de um questionário com perguntas fechadas,

adaptadas da escala MBE proposta por Yoo e Donthu (2001) e posteriormente, tabulou e

tratou os dados estatisticamente, utilizando estatística descritiva e Analise Fatorial (AF),

(HAIR et al. 1998, 2010; MALHOTRA, 2006; ARANHA e ZAMBALDI, 2008).

Segundo Hair, et al. (1998) e Aranha e Zambaldi (2008), o procedimento quantitativo

procura descobrir e classificar a relação entre variáveis, assim como na investigação de

causalidade entre os fenômenos, através da quantificação de opiniões e dados, usando

recursos e técnicas estatísticas. Por fim, os dados devem ser coletados onde ocorre o

fenômeno (elementos para sua explicação). Entretanto, Gil (2002) estabelece relações da

abordagem de pesquisa, enfatizando que dados sejam padronizados, permitindo ao

pesquisador tecer comparações e generalizações, utilizando dados estatísticos para a análise.

3.1 UNIVERSO E AMOSTRA DA PESQUISA

Após levantamento de dados primários realizado no Serviço Brasileiro de Apoio às

Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE-RN, 2010) e, através do Cadastro Empresarial do RN

(CEMP) os empreendimentos classificados como empresas (Alimentação) é de 3.330,

representando 13,82% de participação empresarial no estado do Rio Grande do Norte. A

população de empresas classificadas transformadoras de alimentos no segmento de varejo da

cidade de Natal-RN, selecionada através da Classificação Nacional de Atividades Econômicas

(CNAE) como “Restaurantes e Similares (código de classificação 5611-2/01 - atividades de

Page 70: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

70

vender e servir comida preparada, com ou sem bebidas alcoólicas ao público em geral, com

serviço completo)”, obteve-se o total de 873 empresas, considerada o universo da pesquisa.

A amostra classificada para esta pesquisa é de natureza não probabilística, por

conveniência e acessibilidade. Considerando as limitações apresentadas, a amostra da

pesquisa foi estratificada por intermédio de uma fonte secundaria de 200 “contatos de

restaurantes na cidade”. Os dados coletados com respostas validas, excluindo os nãos

respondentes totalizaram 163 empresas pesquisadas, classificadas como „Restaurantes‟ pela

revista Veja Natal Comer & Beber 2010/2011. A taxa de retorno (respostas validas) obtida foi

de 81,5%, e se comparada com o universo da população. Portanto, constituindo a amostra da

pesquisa, todas situadas na cidade de Natal-RN.

A amostra levou em consideração requisitos mínimos para execução e procedimentos

estatísticos utilizados recomendados pelos autores Hair, et al. (1998), Aranha e Zambaldi

(2008). Os autores recomendam para AFE a quantidade mínima de cinco respostas por item

do instrumento de coleta de dados em que a pesquisa atende aos requisitos. Considerando que

o modelo estudado possui vinte e sete itens no total: oito itens para a variável – Lealdade (L),

oito itens para a variável – Qualidade Percebida (QP) e, onze itens para a variável –

Associação/Lembrança de marca (AL). Assim, o tamanho mínimo da amostra não poderia ser

inferior a cento e trinta e cinco casos (empresas respondentes/Comprador Organizacional).

Para ambas as análises o tamanho da amostra estudada mostra-se satisfatório, composto por

cento e sessenta empresas, (GIL, 2002; HAIR, et al., 2010).

3.2 INSTRUMENTO DA PESQUISA E VARIÁVEIS

As variáveis do estudo foram ampliadas para o modelo de questionário da escala

MBE, estruturado em uma escala Likert, com a seguinte gradação de opinião (Discordo

Totalmente = 1; representado por uma seta de dois sentidos para 2, 3 e 4; e Concordo

Totalmente = 5 pontos), para mensurar os dados estatisticamente (ver apêndice A),

possibilitando sua replicação no segmento de Restaurantes (B2B). Entretanto, as variáveis

possibilitou a mensuração do sentido do Valor da Marca no Comportamento das decisões de

Compras Organizacionais, baseado no Comprador Organizacional nos restaurantes de Natal-

RN.

Assim distribuídas as variáveis, uma das possibilidades para comprovar o

envolvimento da marca relacionada com os compradores, seria por meio do teste cego, que

demonstraria como as percepções dos consumidores e clientes, seriam alterados quando há a

Page 71: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

71

presença da uma determinada marca nas embalagens ou nos bens de consumo (KELLER,

2003). Entretanto, pouco ou quase não se aplica aos consumidores organizacionais, onde tudo

leva a crer que esses compradores profissionais utilizam formas diferentes para tomar decisão

de compras organizacionais, e em razão dessas compras, os profissionais se utilizam de

técnicas estabelecidas pela própria organização, entre bens de consumo duráveis (um fogão

industrial) e bens não duráveis (alimentos) para ser transformados em um produto final

(HUTT, 2010). Convergindo assim suas ideias com as apresentadas por (AAKER e

JOACHIMSTHALER, 2007) sobre a ótica organizacional do comprador. O quadro 6 mostra

a construção dos dados da pesquisa, coletados sobre a perspectiva do Valor da Marca na

tomada de decisão de Compra Organizacional de Restaurantes, utilizando o modelo MBE

desenvolvido por Yoo e Donthu (2001). Esse conjunto foi responsável por geração de valor

tanto para o cliente quanto para a empresa. Desta forma, toda vantagem competitiva é bem-

vinda. De acordo com Porter (1998, p.137) trata-se da “capacidade de uma empresa conferir

atributos e valores para produtos e serviços ofertados aos seus clientes, a fim de se diferenciar

da concorrência”. Dessa forma, Gil (2002) enfatiza que a forma de mensurar, medir, estimar

as variáveis de uma pesquisa deverá ser utilizada a qualquer momento.

Portanto, o instrumento da pesquisa foi elaborado a partir da escala MBE. As variáveis

do estudo estão distribuídas compondo três dimensões: Lealdade; Qualidade Percebida e

Associação/Lembrança de marca e, vinte e sete variáveis distintas, adaptada do modelo MBE

de Yoo e Donthu (2001). Cabe ressaltar que nem todas as associações de marca estão ligadas

aos consumidores organizacionais com a mesma intensidade, representado no quadro 6.

As dimensões (D1, D2 e D3), sendo ordenadas (L=Lealdade, QP=Qualidade

Percebida, AL=Associação/Lembrança de marca) e variáveis relacionadas sequencialmente

entre (Q=6 a 32):

Lealdade – questões de 1 a 8;

Qualidade Percebida – questões de 9 a 16;

Associação/Lembrança de Marca – questões de 17 a 27.

Page 72: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

72

Quadro 6: Dimensões e variáveis, adaptado de Yoo e Donthu, (2001). DIMENSÕES VARIÁVEIS=(L) QUESTÕES=(Q)

D1 = Lealdad,e

V=1 (Lealdade - Questões de 1 a 8)

L1-fidelidade à marca = Q1

L2-opção por marca líder = Q2

L3-fornecedor tradicional = Q3

L4-não troca por outra mais conhecida = Q4

L5-não troca mesmo na falta = Q5

L6-gostar da marca = Q6

L7-tempo de reposição = Q7

L8-relacionamento com o fornecedor = Q8

D2 = Qualidade Percebida

V=2 (Qualidade Percebida - Questões de 9 a 16)

QP9-rendimento do produto = Q9

QP10-procura experimentar novos produtos = Q10

QP11-credibilidade estimula comprar novos produtos = Q11

QP12-qualidade como prioridade = Q12

QP13-percepção da qualidade pelo rótulo = Q13

QP14-acondicionamento influencia compra = Q14

QP15-embalagem influencia compra = Q15

QP16-degustação influencia compra = Q16

D3 = Associação/ lembrança de marca

V=3 (Associação/ lembrança de marca - Questões de 17 a 27)

AL17-associação da marca ao produto = Q17

AL18-reconhecimento da marca pelas características = Q18

AL19-compra similar se o preferido não disponível = Q19

AL20-preferência marcas com Responsabilidade Social = Q20

AL21-preferência por ser Ecologicamente corretos = Q21

AL22-preferência por marca líder = Q22

AL23-identificação da durabilidade pela marca = Q23

AL24-associação da qualidade à marca = Q24

AL25-facilidade de localização da marca = Q25

AL26-preferência por marca própria = Q26

AL27-compra influenciada por promoções = Q27

Nota: (V=Variável/D=Dimensão/Q=Questão do instrumento)

Fonte: Pesquisa (2011), adaptada de Yoo e Donthu (2001).

Segundo Aranha (2008) é possível medir quais as variáveis de desempenho que

influenciam na decisão de compra e as dimensões (L - lealdade; QP - qualidade percebida; AL

- associação e lembrança de marca) apresentado (Quadro 6), denominado de quadro de

dimensões e variáveis, e em seguida apresentando os resultados. No entanto, para uma melhor

compreensão do quadro, é importante ressaltar que estes se encontram sinalizados (Q=

número) representa a ordem das perguntas adaptadas, facilitando a associação visual, com as

questões abordadas nas dimensões proposta pela escala MBE de, Yoo e Donthu (2001).

O valor de marca está relacionado tanto na forma em que a empresa se guia (suas

estratégias), quanto no monitoramento de seu desempenho, com o foco nas atividades

relacionadas ao marketing. Os benefícios que esta ação poderia trazer, não só para a empresa,

mas também um melhor relacionamento com o consumidor. Para Yoo e Donthu (2001) esses

benefícios, que apresentam não só o consumidor como também a organização passa a se

Page 73: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

73

beneficiar, e podem ser definidos pela facilidade de identificação do produto e marca do

fabricante pelo consumidor; apresentada no quadro 6, da seguinte forma – item D3 =

Associação/ lembrança de marca, identificando o respectivo nível de qualidade – item D2 =

Qualidade Percebida, podendo facilitar o processo contínuo de escolha do consumidor – item

D1 = Lealdade.

O item D1 = Lealdade está associado a um fator que em geral se faz presente em todas

as visões „de valor‟, não sendo diferente para à lealdade a marca, e funciona como um

determinante nesta associação. A marca tem como patrimônio o número de seus

consumidores leais. Para que uma empresa alcance números expressivos de consumidores

leais, se faz necessário que alguns construtos estejam presentes. Isso porque, sabemos que o

consumidor pode ser leal à marca de formas diferentes, o que dependerá interferir na sua

própria conveniência em aceitar ou não essa lealdade de forma subjetiva; ou seja, nem sempre

o consumidor pode abrir mão de determinada marca, cuja falta em um estabelecimento pode

levá-lo a adquirir outra marca ou sair do estabelecimento para procurar aquela marca a que é

fiel. Segundo Hutt (2010) na falta do produto em relação a outras marcas às quais esse

consumidor não seja fiel ou que não sejam marcas líderes, ele poderá substituí-las facilmente

na lista de Compra Organizacional, em troca da praticidade de comprar tudo no mesmo local

que já frequenta ou de quem lhe fornece. Aí, entrariam as influências de gostar apenas

daquela marca, o tempo de reposição que a marca o faria esperar para adquiri-la, e até mesmo

o relacionamento com o fornecedor. É notório que o nível mais alto de lealdade representa

um patamar muito difícil para ser atingido. Todavia, o consumidor pode fazer da marca um

componente de sua personalidade. Ele pode usá-la para se apresentar à sociedade. Nesse

momento, como a marca é um integrante de sua vida, as possibilidades de “traição” são

ínfimas, quase inexistentes (HUTT, 2010).

O item D2 = Qualidade Percebida é um dos clamores que persiste o consumidor, e

está presente, na sociedade, nas organizações e em vários segmentos empresariais. A grande

massa dos consumidores atuais não só clama por produtos com qualidade, como os associa a

preços justos. A marca tem de mostrar ao consumir a sua superioridade em relação às

restantes no que diz respeito a sua qualidade. Contudo, os consumidores, frequentemente,

acham que marcas conhecidas são melhores e que vale a pena comprá-las pela segurança

implícita de qualidade. Entretanto, Schiffman e Kanuk (2000) aborda esta temática, dizendo

que nem sempre é fácil mostrar essa mais-valia ao consumidor, visto que ele já está munido

de mecanismos de autodefesa. Portanto, existem produtos a que o consumidor pode se

Page 74: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

74

submeter como experiências, entretanto existem outros que os exporiam a maiores riscos,

principalmente no ramo de alimentos.

Comprar pelo preço ocorre, geralmente, quando o ato de comprar sem levar em conta

a qualidade tem relevantes características de “descoberta” do que de “experiência”. Dessa

forma, frequentemente, os consumidores julgam a qualidade de um produto com base em

uma variedade de informações que lhe associam. Uma das primeiras é a forma como o

produto está acondicionado. As lojas que apresentam uma boa imagem favorecem a

associação de que a marca também possui uma boa qualidade (YOO e DONTHU, 2001).

Dessa forma, criam-se associações positivas na mente do consumidor. Outras informações

referem-se a características internas do produto, como cor, sabor ou aroma. Ainda se podem

considerar as que são referentes aos aspectos físicos, tais como a imagem do rótulo e suas

informações, o tamanho, e até mesmo a embalagem e sua imagem.

O item D3 = Associação/ lembrança de marca é construído mediante um processo de

familiarização (YOO e DONTHU, 2001). Por tanto, realizado por meio da exposição repetida

da marca na mente do consumidor; ou seja, quanto mais o consumidor experimentar e

vivenciar a marca mais sua lembrança será desenvolvida. Entretanto a capacidade de que os

clientes possam „lembrar e identificar‟ a marca em ocasiões específica (necessidade real – não

comum “sazonal”). Caso haja um alto índice de associação/lembrança, a marca será

beneficiada, visto que esse processo afetará a tomada de decisão do consumidor e influenciará

a formação e a força de associações de marca que compõem a imagem de marca (KELLER e

MACHADO, 2006). A associação/lembrança pode ser formada tanto diretamente (experiência

do consumidor com a marca), como indiretamente (propaganda, de boca em boca). Um

considerável montante de investimento em propaganda influencia positivamente a

associação/lembrança da marca, atingindo diretamente seu valor. A propaganda tem impacto

positivo sobre o Valor da Marca e em suas dimensões (YOO e DONTHU, 2001). Entretanto,

as imagens associadas à marca referem-se a aspectos mais intangíveis, porquanto é a maneira

como o consumidor a pensa e sente. Esse processo pode se dar por qualquer fator que ligue o

cliente à marca – imagens, atributos do produto, situações de utilização, associações

organizacionais e símbolos. Pode-se ligar à marca ser ecologicamente correta, por exemplo,

ou ter responsabilidade social. Desta forma, será apresentado em seguida o item pré-teste.

Page 75: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

75

3.2.1 Aplicação de Pré-teste.

A realização do pré-teste foi necessário para adequar as variáveis da pesquisa a

amostra. Nesta etapa, as entrevistas foram realizadas com 19 respondentes, de forma a

adequar o modelo do questionário original, MBE de 15 itens, adaptado para 27 variáveis, por

se tratar de Compradores/Consumidores Organizacionais – todos selecionados dentro do

perfil da amostra – verificando o padrão de respostas, tempo de respostas, entendimento das

perguntas, ordem das perguntas, clareza dos termos, quantidade de perguntas (GIL, 2002).

Cabe ressaltar que, para a elaboração desta etapa de pesquisa, foram levadas em

consideração: a pesquisa original de Yoo e Donthu (2001) e, comparada com a traduzida

pelos autores, Neto e Luce (2006); esta comparação se justifica porque os autores replicaram

no Brasil, seguindo os passos fidedignos da pesquisa original.

Com os resultados obtidos, foi necessário adequar e, adaptar as variáveis aos

Consumidores Organizacionais de Restaurantes, através dos respondentes (comprador

organizacional). Segundo Malhotra (2006, p.308), “o pré-teste se refere ao teste do

questionário em uma pequena amostra de entrevistados [...]”. Segundo Gil (2002, p.120) um

instrumento pode ser aplicado “entre 10 e 20” indivíduos pertencentes ao universo

pesquisado, e uma pequena amostra seria considerada valida independentemente do numero

de entrevistados da amostra final selecionada. Bem como, identificar e eliminar problemas

durante o procedimento, aperfeiçoando o instrumento, e que os entrevistadores tenham sido

capacitados (GIL, 2002). Nesta etapa tornou-se possível corrigir os problemas e chegar a um

modelo definitivo (MALHOTRA, 2006). Desta forma, partiu-se para a coleta de dados.

A aplicação dos questionários “pré-teste” foram realizados in loco, agendadas

previamente com os compradores organizacionais. Ao final do pré-teste cada respondente

concordou em responder um novo questionário. Desde então ficou esclarecido que se tratava

de uma dissertação, e não tinha qualquer relação com empresas publicas ou privadas, mesmo

tendo sido identificado o nome do respondente e não da razão social, mantendo assim sigilo

das informações, conforme termo de autorização.

3.3 COLETA E TRATAMENTO DOS DADOS

A coleta foi realizada no período de 10 a 31 de outubro de 2011. Foram enviados por

meio eletrônico (e-mails padronizados informando o objetivo da pesquisa) e texto do e-mail o

termo de autorização (Apêndice - A). Contendo em anexo (modelo do questionário -

Page 76: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

76

Apêndice - A) como alternativa para impressão e posteriormente ser coletado pelo

pesquisador. Cabe ressaltar que os dados secundários (telefone, e-mail e endereços) só foram

possíveis com o auxilio da revista periódica anual „Veja Natal Comer & Beber 2010/2011‟

disponível no site da revista (www.vejabrasil.abril.com.br) e disponível impressa em 20

capitais brasileiras. A revista selecionou 200 endereços (restaurante da gastronomia Potiguar

em Natal-RN), considerada uma fonte de pesquisa adequada (GIL, 2002). Portanto, o autor

citado anteriormente considera que o processo de análise de dados é importante, por meio da

atividade (restaurante), havendo condições necessárias de se evidenciar a criatividade do

pesquisador em relação do ambiente da pesquisa.

O tratamento de dados se seguiu de questões com perfil sociodemográfico (dados da

pesquisa parte I) e processo de decisão de compras direcionado aos sujeitos (Compradores

Organizacionais) de Restaurantes da cidade do Natal-RN, contendo cinco itens ordenados:

gênero, idade, escolaridade, melhor dia de compra e estimulo de compra, e vinte e sete

questões identificando as variáveis da escala MBE (dados da pesquisa parte II). Em seguida, o

pesquisador teve o auxilio de cinco voluntários, visando aumentar o índice de respostas,

através de contato telefônico, reforçando que havia enviado e-mail e do objetivo da pesquisa.

Na ocasião além de relembrar da necessidade das respostas, foi possível agradecer a

participação dos respondentes, dos quais 138 responderam positivamente o questionário

eletrônico (e-mail) e, 37 não responderam (alegando falta de tempo para receber os

pesquisadores e/ou retornar o e-mail enviado). No entanto, todas as 200 empresas foram

contactadas.

Segundo Gil (2002) o tratamento dos dados, refere-se ao item que explica ao leitor

como coletar e tratar os dados, devendo ser justificado sua adequação ao propósito da

pesquisa. Entretanto, a escala MBE proposta originalmente de Yoo e Donthu (2001) propõe

três dimensões e quinze variáveis. Para este estudo a escala MBE foi adaptada mantendo as

três dimensões (Lealdade, Qualidade Percebida e Associação/Lembrança de Marca) e

ampliando para vinte e sete variáveis. Cada uma dessas dimensões recebe o nome de fator, e

um dos objetivos principais e realizar a analise fatorial (AF). Segundo, Aranha e Zambaldi

(2008) é a tentativa de descrever um conjunto de variáveis originais criando, para isso, um

conjunto menor de fatores ou dimensões, resultado necessário quando se considera, por

exemplo, pesquisas de marketing, nas quais, normalmente, um considerável número de

variáveis se inter-relaciona e, dessa forma, podem e devem ser reduzidas a um número que

seja passível de gerenciamento em suas várias técnicas de rotação.

Page 77: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

77

Para a tabulação e tratamento dos dados foi utilizado, além do aplicativo MS Office

Excel 2007, o software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 17.0;

trabalhado como o auxilio de um estatístico. Inicialmente foi usada a estatística descritiva

(media e desvio padrão) com o objetivo de sumarizar e avaliar os resultados das dimensões da

escala MBE. Em seguida utilizado o método da Análise Fatorial (AF) sendo uma técnica

estatística multivariada que opera simultaneamente sobre todas as variáveis avaliadas ou

mensuradas em um levantamento amostral, com a finalidade de buscar a redução do conjunto

das variáveis a dimensões ou fatores, de forma a resumir a informação abundante e sem

perder a capacidade explicativa (HAIR et al. 1998). A Análise Fatorial (AF) foi dividida em:

Análise Fatorial Exploratória (AFE) e Análise Fatorial Confirmatória (AFC).

Análise Fatorial (AFE) tem por finalidade definir um grupo de fatores e,

consequentemente verificar se são as mesmas das dimensões propostas por Yoo e Donthu

(2001). Na AFE foram usados: Estatística Descritiva, Matriz de Correlação, os testes de

KMO e Bartlett, Matrizes de Anti-imagem de Covariância e Correlação, Variância Total com

a rotação ortogonal Varimax, Comunalidades, a fim de obter soluções interpretáveis,

responsável pela minimização do número de variáveis em cada fator. Segundo Hair et al.

(1998) a maioria dos casos a rotação de fatores poderá melhora significativamente a

interpretação das cargas fatoriais, reduzindo assim algumas das ambiguidades que

frequentemente acompanham soluções de fatores não-rotacionados iniciais.

Em seguida foi realizada a Análise Fatorial Confirmatória (AFC) entendendo que a

sua finalidade seria para confirmar o relacionamento existente entre as variáveis definidas

para este estudo, com as suas respectivas dimensões do modelo original de Yoo e Donthu

(2001). Na AFC foram usadas as Correlações entre as Variáveis, os testes de KMO e Bartlett,

a Variância Total, as Comunalidades e Cargas fatoriais dentro das três dimensões.

De acordo com Malhotra (2006) para assegurar que a AF corresponda a uma

ferramenta adequada para o tratamento dos dados, é necessária a realização do teste de

Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) o qual indica que valores entre 0,5 e 1 determinam ser a AF é

apropriada para o estudo.

Posteriormente, foram analisadas as comunalidades das variáveis, que segundo Hair et

al. (1998), as variáveis devem apresentar comunalidades com valores acima de 0,6. Portanto,

quando for inferior a 0,6 deverá ser seguido de duas alternativas, sendo (aumentar a amostra

ou eliminar as variáveis). Logo, seguindo as recomendações dos autores descritos nesta

dissertação, decidiu-se excluir as variáveis que apresentaram comunalidades abaixo de 0,6 na

AFE. Entretanto, todas as análises estão demostradas no apêndice (B) sem a presença dessas

Page 78: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

78

variáveis. No entanto, também foram excluídas as variáveis que apresentaram cargas fatoriais

similares para diferentes fatores. Segundo, Aranha e Zambaldi (2008) este fenômeno pode

ocorrer, indicando que a variável não capta com precisão a influencia de apenas um fator e,

assim dificultaria a interpretação dos resultados.

Page 79: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

79

4 RESULTADOS

Neste capitulo serão apresentados os resultados obtidos. Assim organizados, a

caracterização da amostra, as adequações propostas, o tratamento dos dados da estatística

descritiva, analise fatorial exploratória (AFE), analise fatorial confirmatória (AFC), e

posteriormente as discussões dos resultados estatísticos das dimensões e das variáveis.

4.1 PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DOS RESPONDENTES

O perfil da amostra corresponde a 163 sujeitos pesquisados, portanto a amostra é não

probabilística, com único critério de seleção para os respondentes restringindo-se aos

indivíduos que realizam compras na organização (Compradores Organizacionais); cabe

ressaltar que, se este individuo tem participação societária e/ou é colaborador, não foi objetivo

da caracterização, excluindo qualquer duvida a esse respeito.

A taxa de respostas dos participantes que aceitaram participar da pesquisa foi de

81,5%, e não concordaram ou não aceitaram participar 18,5%. Vale ressaltar que o texto

(autorização da pesquisa) não obrigava a participação, restringindo-se aos profissionais

interessados e poderia se negar a responder o questionário ou parar a qualquer momento,

(GIL, 2002).

Para a caracterização da amostra, foram solicitadas as seguintes informações dos

respondentes: gênero, idade, escolaridade, dias de compras e estímulo para a compra. Como

os respondentes participaram da pesquisa respondendo as suas opiniões sobre duas ocasiões

de consumo distintas, os resultados dos dados coletados estão apresentados considerando-se o

total de respondentes em cada ocasião de consumo, sendo apresentado através da

característica, participação percentual e frequência absoluta, expostas na tabela 1.

Observa-se (tabela 1) que foram retirados os dados referentes aos indivíduos com

mais de sessenta e um anos, e grau de escolaridade ensino fundamental, por não apresentarem

resultados. A maioria dos respondentes 65,6% é do sexo masculino, e 93,9% tem até 50 anos

de idade e, 64,4% têm ensino superior ou pós-graduação. Segundo, Mattar et al. (2009, apud

MATTAR e SANTOS, 1999) o perfil deste profissional de compras organizacional, deve

estar relacionada com o perfil da organização compradora, para atender as demandas e

objetivos empresariais. O autor ainda revela em sua pesquisa que o „agente de compras‟ é

cada vez mais jovem, corroborando com os resultados obtidos (68,7% entre 18 e 31 anos),

argumenta que é uma forma de entrada para a organização, onde as oportunidades são

Page 80: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

80

elevadas. E que o profissional comprador deverá estar atento às mudanças e ter qualificação

técnica (50,4% somado de técnicos e com pós-graduação). Segundo Hutt (2010) este setor de

Compras da Organização, deverá está respaldado de técnicas e de habilidades individuais,

para quem exerce a função.

Observa-se ainda (tabela 1) que entre os respondentes em relação ao “perfil de

compras”, 84,0% compra por necessidade e, os demais 16,0% compram com certa

periodicidade (diário, semanal, quinzenal ou mensal). O principal estímulo à compra mostrou-

se relevante na qualidade dos produtos (44,8%) seguido por tempo de reposição (37,4%),

condição de compra (11,3%), forma de pagamento (6,2%) e padronização do fornecedor

(1,8%). Justificado por, Hutt, (2010) esta relação com o fornecedor é baseado na necessidade

de autoanalise do que irá comprar, e para que irá comprar.

Tabela 1: Frequências absolutas e relativas das características sujeitos pesquisados. PESQUISA - PARTE I

CARACTERIZAÇÃO DOS RESPONDENTES

Características % Freqüência absoluta

Gênero 100 Total 163

Masculino 65,6 107

Feminino 35,4 56

Idade (em anos) 100 Total 163

18 a 30 68,7 112

31 a 50 25,2 41

51 a 60 6,1 10

Escolaridade 100 Total 163

Médio 23,9 39

Técnico 11,7 19

Superior 25,7 42

Pós-graduação 38,7 63

Melhor dia de compras 100 Total 163

Diário 6,1 10

Necessidade 84,0 137

Semanal 4,9 8

Quinzenal 2,5 4

Mensal 2,5 4

Estímulo à compra 100 Total 163

Qualidade dos produtos 44,8 73

Condição de compra 9,8 16

Tempo de reposição 37,4 61

Padronização do fornecedor 1,8 3

Forma de pagamento 6,2 10

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

Portanto, a meta do profissional de compras (Comprador Organizacional) é:

estabelecer critérios próprios, definir regras de compras, equilibrar os estoques com a oferta e

demanda, analisar continuamente os processos internos minimizando desperdícios, ter

Page 81: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

81

estratégias com o fornecimento conforme a demanda do mercado, formalizar os pedidos de

quem solicitou e sua justificativa, responsabilizar e avaliar o desempenho dos fornecedores,

tendo como principal foco os critérios da organização. E sempre manter em mente: “Comprar

por menos, Comprar melhor; Consumir melhor; Vender melhor”, (HUTT, 2010, p.41). Desta

forma, revelou-se que “qualidade e tempo de reposição”, juntos representam 82,2%, que para

o Comprador Organizacional seja estimulado a comprar, sendo o item padronização o menos

relevante (1,8%).

Podemos destacar o trabalho desenvolvido por Mattar, et al. (2009) que a organização

deve esta sempre no topo, e que para se mantar deve ter uma gestão de produtos e serviços

condizente com seus objetivos iniciais, e que ações devem ser inovadoras para marcar sua

marca no mercado, onde tudo leva a crer que as organizações mantem seu quadro de

Compradores Organizacionais sempre qualificado, jovem e com ideias inovadoras.

4.2 ANÁLISE FATORIAL EXPLORATÓRIA

Para identificar as dimensões e variáveis relevantes na tomada de compra foram

usadas as análises fatorial exploratória (AFE) e confirmatória (AFC). A análise fatorial

exploratória busca identificar as variáveis que expliquem as correlações existentes entre as

variáveis (Apêndice B – Tabela 1 – Dados da pesquisa – parte II). Nesta dissertação, o

procedimento da análise fatorial seguiu os critérios recomendados por Hair et al. (1998),

Malhotra (2006), Aranha e Zambaldi (2008), sendo utilizada a rotação dos fatores Varimax.

Segundo Hair et al. (1998) na maioria dos casos a rotação de fatores melhora a interpretação

das cargas fatoriais, reduzindo algumas das ambiguidades que frequentemente acompanham

soluções de fatores não-rotacionados iniciais.

Vale ressaltar que, para a análise fatorial, consideraram-se apenas, as variáveis

integrantes das três dimensões identificadas por Yoo e Donthu (2001), para mensurar o Valor

da Marca (Brand Equity), que são: a Lealdade (L), Qualidade Percebida (QP) e

Associações/Lembrança de marca (AL). Inicialmente, foi feita a estatística descritiva (média

e desvio padrão) para as 27 variáveis (Apêndice B – Tabela 1). Observa-se que as médias

gerais calculadas encontram-se com valores entre três e quatro, sendo classificada nesta

ordem por dimensões respectivamente, (QP 3,989; AL 3,755; e L 3,498). Destaca-se ainda

que na dimensão Lealdade a maior média obtida foi na variável (Gostar da marca 3,920), na

dimensão Qualidade Percebida a maior media foi (Rendimento do produto 4,3865) e na

Associação/Lembrança de marca (Identificação da durabilidade pela marca 4,0736).

Page 82: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

82

Em seguida foi gerada a matriz de correlação para as 27 variáveis (Apêndice B –

Tabela 2). A matriz das correlações mede a associação linear entre as variáveis através do

coeficiente de correlação de Pearson. Quanto maior a correlação maior a probabilidade de

compartilharem fatores em comum. Hair et al. (1999) mencionam que coeficientes de

correlação (r) entre 0,60 e 0,80 representam uma alta correlação e (r) de 0,80 a 1,0 significam

correlações muito altas. Valores negativos significam que a correlação é inversamente

proporcional. Observam-se altas correlações entre as variáveis da mesma dimensão (L2 x L3,

L2 x L4, L2 x L5, L3 x L4, L4 x L5, QP10 x QP11, QP10 x QP12, QP10 x QP14, QP10 x

QP15, QP11 x QP15, QP 13 x QP14, QP14 x QP15, QP15 x QP16, AL17 x AL18, AL18 x

AL24 e AL21 x AL22), sendo a maior correlação existente (0,747) entre as variáveis (AL21

= Preferencia por marca ecologicamente correta e AL22 = Preferencia por marca líder). Este

comportamento demostra a preferencia dos compradores na escolha de marcas que seja líder

e preocupada com a responsabilidade sócio ambiental. Inesperadamente encontraram-se altas

correlações entre variáveis pertencentes a dimensões diferentes (L1 x AL17, L2 x QP11, L2 x

AL21, L2 x AL22, L4 x AL21, L4 x AL22, L5 x AL21, L5 x AL22, L6 x QP10 e L8 x

QP11), sendo a maior correlação existente (0,676) entre variáveis (AL21 = Preferencia por

marca ecologicamente correta e L4 = Não troca por mais conhecida). Desta forma percebe-se

que há uma nova estratégia organizacional de compras, relacionando marca ecológica com

marca conhecida, até o momento não sendo percebida neste ambiente de restaurantes,

existindo outros fatores relevantes, como tempo de reposição, qualidade do produto.

Entretanto, o pesquisador entendeu que essa associação tem baixa relevância com a literatura

pesquisada e com a realidade do campo pesquisado, desta forma e como ficou comprovado as

associações entre as dimensões, o pesquisador atendendo a metodologia apresenta por Yoo e

Donthu (2001), justifica que o modelo apresentado na tabela quatro que deverá ser ajustado

para atender os sujeitos da pesquisa; desta forma mesmo com uma correlação baixa e não

negativa foi ajustado ao modelo teórico. O fator dois esta relacionada com (QP10, QP11,

QP12, PQ13, PQ14, PQ15 e PQ16). O fator um se relaciona com (L1, L2, L3, L4, L5, e L6).

E o fator três esta sequencialmente relacionado entre as variáveis (AL17, AL18, AL21, AL22

e AL27). Logo após foram realizados dois indicadores iniciais de validade de execução do

estudo: índice de Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) e o teste de esfericidade de Bartlett, com os

resultados dos testes para as 27 variáveis (Apêndice B – Tabela 3). O índice KMO assim

como a matriz Anti-imagem de correlação e covariância (Apêndice B – Tabela 4) mede a

adequação da amostra quanto à correlação entre as variáveis. Hair et al. (1998) recomendam

que o índice KMO deve estar entre 0,5 e 1; resultado plenamente atingido neste estudo com

Page 83: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

83

KMO de 0,633 (Apêndice B – Tabela 3). Além disso, também foi atingido resultado a

favorável a adequação da amostra por meio da matriz Anti-imagem de correlação e

covariância (Apêndice B – Tabela 4). A matriz Anti-imagem de Correlação é forma de

medida da adequação amostral de cada variável para uso da análise fatorial, onde valores

abaixo de (0,5) na diagonal levam a considerar a eliminação da variável (ARANHA e

ZAMBALDI, 2008). Observa-se que os valores encontrados estão acima do recomendado,

sendo a variável L6 = Gostar da marca, ter apresentado o maior valor (0,780), e a variável L3

= Fornecedor tradicional o menor valor (0,506). Desta forma, significa a não necessidade da

eliminação de qualquer variável por este critério.

O teste de esfericidade de Bartlett testa a probabilidade da matriz de correlações se é

uma matriz de identidade e, assim, indicar a inadequação da análise fatorial exploratória. O

nível de significância do teste de esfericidade de Bartlett é 0,000, permitindo rejeitar, com

segurança, a hipótese da matriz identidade para as correlações entre as variáveis. E em

seguida foi feita a AFE com as 27 variáveis usando a rotação ortogonal de fatores Varimax.

A matriz dos componentes após rotação objetiva extremar os valores dos coeficientes,

sendo o método de rotação utilizado o Varimax (rotação ortogonal). A rotação é chamada de

ortogonal se os eixos são mantidos em ângulo reto. O método de rotação mais utilizado é o

processo Varimax, que se trata de um método ortogonal de rotação que minimiza o número de

variáveis, com altas cargas sobre um fator, reforçando assim a interpretabilidade dos fatores.

A extração dos fatores foi realizada com o uso de rotação Varimax dos eixos fatoriais. É

observado que seis fatores extraídos explicam 77,675% da variabilidade dos dados (Apêndice

B – Tabela 5) o que é considerado satisfatório. Os resultados da extração dos fatores podem

ser verificados pelas cargas fatoriais (Apêndice B – Tabela 6) e pelas comunalidades

(Apêndice B – Tabela 7). Cabe ressaltar que não foi realizada nenhuma analise discursiva nas

cargas fatoriais das 27 variáveis, no entanto na analise das comunalidades das 27 variáveis

observou-se que as variáveis L7, L8, QP9, AL19, AL20, AL23, AL24, AL25 e AL26 devem

ser excluídas do estudo, pois todas apresentam valores inferiores a 0,60, (ARANHA e

ZAMBALDI, 2008).

Assim, foi feita a AFE com as 18 variáveis restantes e rotação Varimax, com os

resultados para o índice de KMO e o teste de esfericidade de Bartlett (valor-p < 0,0001),

como demostrado nas tabelas 2, 3 e 4. Os resultados indicam que a análise fatorial

exploratória pode ser utilizada neste estudo, uma vez que o índice de KMO esta acima de

0,50, ou seja, (0,77), de acordo com (ARANHA e ZAMBALDI, 2008).

Page 84: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

84

Tabela 2- Testes de KMO e Bartlett para as 18 variáveis.

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

Em seguida foi observado que três fatores explicam de forma satisfatória 57,986% da

variabilidade dos dados conforme pode ser visualizado na tabela 3.

Tabela 3: Explicação da variância total pelos 3 fatores para as 18 variáveis.

Fator Soma de quadrados rotacionados

Total % de Variância Acumulada %

1 4,105 21,606 21,606

2 3,933 20,701 42,308

3 2,979 15,678 57,986

4 2,060 10,841 68,827

5 1,486 7,819 76,646

Metodo de extração: Componentes principais

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

Na tabela 4 as cargas fatoriais (AFE) com as 18 variáveis se observa que os Fatores

1, 2 e 3 apresentam cargas fatoriais que se correlacionam com o agrupamento das variáveis

por serem positivas e estar relacionada com o modelo teórico. As variáveis L6, QP11, QP12,

QP13, QP15, QP16, AL21, AL22 e AL27, são as mais elevadas, mas não representam relação

com o modelo testado, desta forma o Autor optou em considerar apenas as cargas positivas,

conforme orienta Yoo e Donthu (2001). O Consumidor Organizacional tem critérios de

compras diferentes se comparado ao Consumidor Doméstico. Gostar de uma determinada

marca representa que o produto foi aceito e tem seus atributos. No entanto outros aspectos

intangíveis devem ser observados dando sentido e significado à marca por meio de associação

(KELLER, 2003). O significado de uma marca ficará registrado (uma copia gravada no

cérebro), ou seja, a embalagem, o rendimento a durabilidade transmite essas associações, bem

como sua aparência, cor e tamanho. Para Neto (2003) existem três elementos que identificam

a marca, e um deles é o Símbolo ou Logotipo que por sua vez esta ligada a preferencia por

uma marca ecologicamente correta, cujo sua configuração esta associada aos consumidores e

ao mercado que facilitam identificação da marca, mesmo sem assinatura do nome.

Surpreendente haver uma grande quantidade de métodos propostos para mensurar a

credibilidade de uma marca, cada qual tem seus próprios parâmetros de medição de qualidade

como prioridade. De certa forma a embalagem é um influenciador, ou seja, o comprador de

Medida Kaiser-Meyer-Olkin de Adequação de Amostra 0,77

Teste de

Esfericidade de Bartlett

Aproximação. Chi-Quadrado 2106,577

Grau de Liberdade 153

Nível de significância 0,000

Page 85: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

85

restaurantes deve ter acima de tudo um comportamento profissional. Não basta comprar, e

sim acondicionar os produtos. Desta forma sua aquisição influencia na tomada de decisão e

no gerenciamento pós-compra. Keller (2003) enfoca que a experiência empresarial tem vários

focos, tais como: “estilo e design, preço, confiança e durabilidade do produto”, e com base

nestes atributos a organização compradora pode estabelecer um nível de confiança e

maturidade no mercado. Ser influenciado não é apenas uma estratégia mercadológica do

fornecedor, e sim adequar as necessidades como tempo de reposição não deixando o cliente

esperar para adquiri-la, ou seja, esta atendo para atender e se relacionar faz parte do

relacionamento com o fornecedor. Já o Fator 2 está correlacionado com o agrupamento das

variáveis L2, L3, L4 e L5, que estão relacionadas com a lealdade dos consumidores

organizacionais demonstrando que mesmo na ausência de um determinado produto o cliente é

fiel ao mesmo e não o troca por outro. É notório que o nível mais alto de lealdade representa

um patamar muito difícil para ser atingido. Todavia, uma vez que o consumidor faz sua opção

de marca associada ao fornecedor tradicional gera confiança mutua fazendo com que o

consumidor não troque por uma mais conhecida mesmo na sua falta, ou seja, caso o

fornecedor venha ter problemas de entrega ou outro fator associado porem não voluntário

(exemplo os produtos de época/sazonal). Nesse momento, como a marca é um integrante da

sua rotina profissional, as possibilidades de “traição/troca” são ínfimas, quase inexistentes

(HUTT, 2010).

Tabela 4: Cargas fatoriais dos 3 fatores para 18 variáveis

Variáveis (Lealdade) Fator

1 2 3

L1=FIDELIDADE A MARCA .706

L2=OPÇÃO POR MARCA LIDER .818

L3=FORNECEDOR TRADICIONAL .833

L4=NÃO TROCA POR MAIS CONHECIDA .874

L5=NÃO TROCA MESMO NA FALTA .766

L6=GOSTAR DA MARCA .715

QP10=PROCURA EXPERIMENTAR NOVOS PRODUTOS

.687

QP11=CREDIBILIDADE ESTIMULA COMPRA .779

QP12=QUALIDADE COMO PRIORIDADE .677

QP13=PERCEPÇ]AO DA QUALIDADE PELO ROTULO .766

QP14=ACONDICIONAMENTO INFLUENCIA COMPRA

.753

QP15=EMBALAGEM INFLUENCIA COMPRA .708

QP16=DEGUSTAÇÃO INFLUENCIA COMPRA .756

AL17=ASSOCIAÇÃO DA MARCA AO PRODUTO .761

AL18=RECONHECIMENTO DA MARCA PELA CARACTERISTICA .768

AL21=PREFERENCIA POR MARCA ECOLOG. CORRETA .777

AL22=PREFERENCIA MARCA LIDER .601

AL27=COMPRA INFLUENCIADA POR PROMOÇÕES .776

Método de extração: Componentes principais com rotação varimax.

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

Page 86: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

86

Por fim, o Fator 3 (tabela 4) está correlacionado com as variáveis L1, QP10, QP14,

AL17 e AL18. O que demonstra que para este grupo de indivíduos pesquisados ser fiel a uma

determinada marca representa que a marca foi aceita de forma satisfatória e que os demais

produtos associados a ela (marca) podem ser experimentado. Isto é, a marca representa uma

forte associação aos produtos consumidos no ambiente de restaurantes pelas suas

características. Segundo Tavares (1998) esta associação representa que a quantidade de

informações é resumida, porém relevante. Isso porque, as associações abstratas tendem a ser

duráveis e acessíveis à memória do individuo, sendo o acondicionamento do produto uma

prova. Neste ambiente, o comprador organizacional relaciona o acondicionamento com a

higiene e segurança alimentar, tornando-se atributos relevantes, porem não visível no ato da

decisão de compra (como o preço, por exemplo).

Baseado nesses resultados pode-se considerar a análise fatorial exploratória como

técnica viável a ser utilizada neste estudo.

4.3 ANÁLISE FATORIAL CONFIRMATÓRIA POR DIMENSÃO

Segundo Aranha e Zambaldi (2008), a análise fatorial confirmatória (AFC) procura

verificar se os dados observados se comportam de acordo com uma expectativa teórica.

Análise confirmatória é utilizada para identificar a relação entre as dimensões e as suas

variáveis de mensuração, quando o pesquisador tem algum conhecimento sobre a estrutura

entre as variáveis.

Nesta dissertação utilizou-se da análise fatorial confirmatória para as dimensões do

modelo de Yoo e Donthu (2001), sendo usada a AFC convergente de acordo com o conceito

sugerido por (ARANHA e ZAMBALDI, 2008).

Vale ressaltar que, para a análise fatorial confirmatória, consideraram-se apenas, as

variáveis integrantes das três dimensões identificadas por Yoo e Donthu (2001) para

mensurar o Valor da Marca (Brand Equity), que são: a Lealdade(L), Qualidade Percebida

(QP) e Associações/Lembrança de Marca (AL).

A análise confirmatória dos elementos da tabela 5 reúnem dados estatísticos que

descrevem as variáveis pelas dimensões Lealdade (L), Qualidade Percebida (QP) e

Associação/Lembrança de Marca (AL). Observa-se que as melhores médias foram

encontradas para as dimensões: Qualidade Percebida (3,985), Associação/Lembrança e Marca

Page 87: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

87

(3,876) e Lealdade de Marcas (3,447). Na dimensão Qualidade Percebida a melhor média da

variável foi (QP10 - procuro experimentar novos produtos) de 4,3865.

Na dimensão Associação/Lembrança de marca foi (AL27 - compra influenciada por

promoções) com media de 4,1045. Na dimensão Lealdade foi (L6 – gostar da marca) com

media de 3,9202. Convergindo assim com a pesquisa de (KIM e KIM, 2004).

De forma geral, as dimensões „Qualidade Percebida e Associação/Lembrança de

Marca‟ apresentaram médias próximo a 4, e que na escala utilizada no estudo os resultados

levam para um nível de satisfação de concordo totalmente. Porem a dimensão Lealdade

apresentou a menor media (3,447) mostrando que o nível de satisfação encontra-se entre (nem

concordo totalmente/nem discordo totalmente), indo em direção a concordo totalmente.

Em relação ao desvio-padrão a tabela 5 mostra que houve uma baixa dispersão em

torno dos valores encontrados da média de cada variável, destacando as variáveis que

apresentaram as melhores médias (QP10- procuro experimentar novos produtos: 0,69678) e

(AL27 - compra influenciada por promoções: 0,81357). Convergindo com os resultados

alcançados nas pesquisas dos autores, (KIM e KIM, 2004; SAMARA e MORSH, 2005;

NETO e LUCE, 2006; ROCHA, 2008; REIS, 2010; RUÃO, 2010).

Tabela 5 - Estatística Descritiva das Variáveis por Dimensões.

Variáveis QP = Qualidade Percebida Média Desvio-Padrão N

QP10=PROCURO EXPERIMENTAR NOVOS PRODUTOS 4,3865 0,69678 163

QP13=PERCEPÇÃO DA QUALIDADE PELO ROTULO 4,2209 1,14409 163

QP11=CREDIBILIDADE ESTIMULA COMPRA 4,1227 0,88731 163

QP16=DEGUSTAÇÃO INFLUENCIA COMPRA 4,0368 1,01768 163

QP15=EMBALAGEM INFLUENCIA COMPRA 3,9939 1,15201 163

QP12=QUALIDADE COMO PRIORIDADE 3,6810 1,11502 163

QP14=ACONDICIONAMENTO INFLUENCIA COMPRA 3,4540 1,36175 163

MEDIA GERAL 3,985 - 7

Variáveis AL = Associação/Lembrança de Marca Média Desvio-Padrão N

AL27=COMPRA INFLUENCIADA POR PROMOÇOES 4,1043 0,81357 163

AL17=ASSOCIAÇÃO DA MARCA AO PRODUTO 4,0123 0,96857 163

AL21=PREFERENCIA POR MARCA ECOLOG. CORRETA 3,9387 1,05229 163

AL18=RECONHEÇO A MARCA PELAS CARACTERISTICAS 3,8160 1,06713 163

AL22=PREFERENCIA POR MARCA LIDER 3,5092 1,06207 163

MEDIA GERAL 3,876 - 5

Variáveis L = Lealdade Média Desvio-Padrão N

L6=GOSTAR DA MARCA 3,9202 1,31460 163

L2=MARCA LIDER 3,5460 1,21311 163

L4=NÃO TROCA POR MAIS CONHECIDA 3,4785 1,20870 163

L3=FORNECEDOR TRADICIONAL 3,4601 1,17718 163

L1=FIDELIDADE A MARCA 3,2025 1,34788 163

L5=NAO TROCA MESMO NA FALTA 3,0736 1,40791 163

MEDIA GERAL 3,447 - 6

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

Page 88: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

88

Entretanto, prevalece uma forte interação com o produto e o que é adquirido pelo

profissional de compras, em relação ao valor de marca e, entre os fornecedores. Desta forma,

as decisões de compras passam a ser simultâneas, envolvendo o comprador para aquisição de

novos produtos e consequentemente influenciado por promoções. Entretanto, o comprador

pode gostar e ser influenciado por uma marca preferida, mas observa-se que ele não decide

apenas por gostar da marca, conforme os resultados da variável „não troca mesmo na falta‟,

ou seja, o profissional é influenciado por outros atributos inerente ao cargo que ocupa, e este

comportamento passa a ter variáveis que reflete a reputação de credibilidade que por sua vez

elevará a gestão estratégica da empresa compradora, mantendo um equilíbrio baseado no

consumidor. Este envolvimento já é esperado para o ambiente empresarial, ou seja, a gestão

estratégica vai além do valor econômico para a empresa, gerando um valor intangível para o

Comprador Organizacional, (NETO, 2003; KIM e KIM, 2004).

4.3.1 Dimensão Lealdade (L)

Feita inicialmente a AFC convergente para a dimensão Lealdade sendo observado as

correlações entre as variáveis que compõem a dimensão Lealdade apresentado na tabela 6,

onde as maiores correlações estão entre as variáveis (L4= não troca por mais conhecida) e

(L5= não troca mesmo na falta) de (0,752) e entre as variáveis (L2= marca líder) e (L5= não

troca mesmo na falta) de (0,721). Já as menores correlações estão entre as variáveis (L1=

fidelidade à marca) e (L6= gostar da marca) e entre as variáveis (L3= fornecedor tradicional)

e (L6= gostar da marca). Os resultados corroboram com o esperado para esse tipo de

Comprador Organizacional, em que a escolha de não trocar mesmo na falta, está diretamente

relacionada com não troca com mais conhecida, bem como que a marca líder esta diretamente

relacionada com não trocar mesmo na falta. Entretanto, ser fiel a marca não esta diretamente

relacionada com gostar da marca, assim como o fornecedor tradicional com gostar da marca.

Percebe-se que este comportamento é inerente ao perfil do comprador profissional, de acordo

com os autores (SAMARA e MORSCH, 2005; HUTT, 2010).

Page 89: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

89

Tabela 6: Correlações entre as variáveis da dimensão Lealdade.

DIMENSÃO LEALDADE

L1

=F

IDE

LID

AD

E A

MA

RC

A

L2

=M

AR

CA

LID

ER

L3

=F

OR

NE

CE

DO

R

TR

AD

ICIO

NA

L

L4

=N

ÃO

TR

OC

A

MA

IS C

ON

HE

CID

A

L5

=N

AO

TR

OC

A

ME

SM

O N

A F

AL

TA

L6

=G

OS

TA

R D

A

MA

RC

A

L1=FIDELIDADE A MARCA 1,000 0,374 0,233 0,149 0,392 0,180

L2=MARCA LIDER 0,374 1,000 0,636 0,680 0,721 0,531

L3=FORNECEDOR TRADICIONAL 0,233 0,636 1,000 0,651 0,527 0,152

L4=NÃO TROCA POR MAIS CONHECIDA 0,149 0,680 0,651 1,000 0,752 0,393

L5=NAO TROCA MESMO NA FALTA 0,392 0,721 0,527 0,752 1,000 0,527

L6=GOSTAR DA MARCA 0,180 0,531 0,152 0,393 0,527 1,000

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

Em seguida foi ajustado o modelo Unifatorial para as variáveis da dimensão Lealdade

que permaneceram na AFE com as 18 variáveis. Observou-se que 55,426% da variabilidade

das seis variáveis são explicadas pelo fator, ou seja, a maior parte da variância é explicada

pelo fator comum conforme pode ser observado na tabela 7.

Tabela 7: Explicação da variância para a dimensão Lealdade com as 6 variáveis.

Fator Total % de Variância Acumulada %

1 3,326 55,426 55,426

Metodo de extração: Componentes principais.

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

Com relação às comunalidades é observado na tabela 8 que todas são moderadas ou

altas, exceto para a variável (L1= fidelidade à marca), que tem comunalidade baixa (0,202).

Tabela 8: Comunalidades para o modelo unifatorial ajustado para a dimensão Lealdade com

as 6 variáveis. Dimensão Lealdade (L) Inicial Extraídas

L1=FIDELIDADE A MARCA 1,00 0,202

L2=MARCA LIDER 1,00 0,803

L3=FORNECEDOR TRADICIONAL 1,00 0,542

L4=NÃO TROCA POR MAIS CONHECIDA 1,00 0,721

L5=NÇAO TROCA MESMO NA FALTA 1,00 0,796

L6=GOSTAR DA MARCA 1,00 0,367

Metodo de extração: Componentes principais.

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

Verifica-se na tabela 9 que as cargas fatoriais das variáveis são moderadas ou altas,

indicando que o fator está correlacionado com as variáveis, sendo apenas correlacionado de

forma moderada com a variável (L1= fidelidade à marca) de (0,449).

Page 90: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

90

Tabela 9: Cargas fatoriais para o modelo unifatorial ajustado para a dimensão Lealdade com

as 6 variáveis. Dimensão Lealdade (L) Carga Fatorial

L1=FIDELIDADE A MARCA 0,449

L2=MARCA LIDER 0,896

L3=FORNECEDOR TRADICIONAL 0,736

L4=NÃO TROCA POR MAIS CONHECIDA 0,849

L5=NÇAO TROCA MESMO NA FALTA 0,892

L6=GOSTAR DA MARCA 0,606

Metodo de extração: Componentes principais.

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

Portanto, percebe-se (tabela 9) uma convergência na dimensão Lealdade e a variável

fidelidade a marca, com as condições apresentadas no trabalho de Aaker, (1996) e também

com as apresentadas no exposto por Yoo e Donthu, (2001) segundo os autores, para que o

consumidor seja fiel e leal, a organização não deve minimizar esforços para alcançar esses

resultados, estabelecendo e fortalecendo a fidelidade do consumidor com a marca, e que este

consumidor perceba; estabelecendo assim um vinculo ligando ao cérebro do individuo, ou

seja, que todo o seu esforço deve ser direcionado para a lealdade.

A Matriz Anti-imagem de Correlação e Covariância para as 6 variáveis da dimensão

Lealdade apresentada na tabela 10, mostra que os valores encontrados estão acima do

recomendado (0,5), sendo apresentando o maior valor (0,860), e a variável L2 = Opção por

Marca líder o menor valor (0,697), não tendo necessidade de eliminação de variáveis nesta

dimensão.

Tabela 10: Matrizes Anti-imagem de Covariância e Correlação das 6 variáveis da dimensão

Lealdade.

Anti-imagem Matrizes

VÁRIAVEIS (Lealdade) L1 L2 L3 L4 L5 L6

An

ti-i

mag

em

Co

var

iân

cia

L1=FIDELIDADE À MARCA ,506 -,175 -,049 ,049 ,113 -,099

L2= OPÇÃO POR MARCA LÍDER -,175 ,326 -,180 -,072 ,027 ,042

L3=FORNECEDOR TRADICIONAL -,049 -,180 ,302 -,039 -,045 -,080

L4=NÃO TROCA POR MAIS CONHECIDA ,049 -,072 -,039 ,494 -,150 -,053

L5=NÃO TROCA MESMO NA FALTA ,113 ,027 -,045 -,150 ,347 -,198

L6=GOSTAR DA MARCA -,099 ,042 -,080 -,053 -,198 ,358

An

ti-i

mag

em

Co

rrel

ação

L1=FIDELIDADE À MARCA ,702a -,430 -,125 ,098 ,269 -,233

L2= OPÇÃO POR MARCA LÍDER -,430 ,697a -,575 -,180 ,079 ,124

L3=FORNECEDOR TRADICIONAL -,125 -,575 ,793a -,101 -,137 -,244

L4=NÃO TROCA POR MAIS CONHECIDA ,098 -,180 -,101 ,860a -,362 -,127

L5=NÃO TROCA MESMO NA FALTA ,269 ,079 -,137 -,362 ,687a -,562

L6=GOSTAR DA MARCA -,233 ,124 -,244 -,127 -,562 ,756a

Dados: Medida de adequação de amostra (MSA = ª)

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

Page 91: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

91

De uma forma geral, há evidencias de que o modelo unifatorial explica de forma

satisfatória a variabilidade das seis questões da dimensão Lealdade.

4.3.2 Dimensão Qualidade Percebida (QP)

Ajustou-se o modelo unifatorial para as sete variáveis que compõem a dimensão

Qualidade Percebida e as correlações entre as mesmas podem ser observadas na tabela 11. As

maiores correlações são entre as variáveis (QP11= credibilidade estimula compra) e (QP12=

qualidade como prioridade) de (0,732) e entre as variáveis (QP11=credibilidade estimula

compra) e (QP15=embalagem influencia compra) de (0,677). Já as menores correlações estão

entre as variáveis (QP10=procuro experimentar novos produtos) e (QP13=percepção da

qualidade pelo rotulo) de (0,303) e entre as variáveis (QP12=qualidade como prioridade) e

(QP16=degustação influencia compra) de (0,310).

Os resultados demonstrados estão de acordo com o esperado para esse tipo de

Comprador Organizacional, em que a escolha de credibilidade estimula compra está

diretamente relacionada com qualidade como prioridade, bem como que credibilidade

influencia compra esta diretamente relacionada com embalagem influencia compra. No

entanto, procurar experimentar novos produtos não esta diretamente relacionada com

percepção da qualidade pelo rotulo, assim como qualidade como prioridade com degustação

influencia compra. Percebe-se que este comportamento é inerente ao perfil do Comprador

Organizacional, (SAMARA e MORSCH, 2005).

Tabela 11: Correlações entre as variáveis da dimensão Qualidade Percebida.

Qualidade Percebida (QP)

QP

10

=P

RO

CU

RO

EX

PR

EM

.

NO

VO

S P

RO

D.

QP

11

=C

RE

DIB

ILID

AD

E

ES

TIM

UL

A C

OM

PR

A

QP

12

=Q

UA

LID

AD

E C

OM

O

PR

IOR

IDA

DE

QP

13

=P

EC

EP

. Q

UA

LID

AD

E

PE

LO

RO

TU

LO

QP

14

=A

CO

ND

ICIO

NA

ME

NT

O

INF

LU

EN

CIA

CO

MP

RA

Q

P1

5=

EM

BA

LA

GE

M

INF

LU

EN

CIA

CO

MP

RA

QP

16

=D

EG

US

TA

ÇÃ

O I

NF

LU

EN

CIA

CO

MP

RA

QP10=PROCURO EXPREM. NOVOS PROD. 1,000 0,482 0,430 0,303 0,399 0,526 0,424

QP11=CREDIBILIDADE ESTIMULA COMPRA 0,482 1,000 0,732 0,672 0,424 0,677 0,494

QP12=QUALIDADE COMO PRIORIDADE 0,430 0,732 1,000 0,588 0,437 0,609 0,310

QP13=PECEP. QUALIDADE PELO ROTULO 0,303 0,672 0,588 1,000 0,145 0,549 0,433

QP14=ACONDICIONAMENTO INFLUENCIA COMPRA 0,399 0,424 0,437 0,145 1,000 0,545 0,384

QP15=EMBALAGEM INFLUENCIA COMPRA 0,526 0,677 0,609 0,549 0,545 1,000 0,669

QP16=DEGUSTAÇÃO INFLUENCIA COMPRA 0,424 0,494 0,310 0,433 0,384 0,669 1,000

Fonte: Pesquisa de campo, 2011.

Page 92: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

92

O modelo unifatorial foi em seguida ajustado para as variáveis da dimensão Qualidade

Percebida que permaneceram na AFE com as 18 variáveis.

Observou-se que 50,844% da variabilidade das sete variáveis são explicadas pelo

fator, ou seja, a maior parte da variância é explicada por um único fator comum conforme

pode ser observado na tabela 12. Conforme orienta os autores, (ARANHA e ZAMBALDI,

2008).

Tabela 12: Explicação da variância para todas as variáveis da dimensão Qualidade Percebida

com as 7 variáveis. Fator Total % de Variância Acumulada %

1 3,559 50,844 50,844

2 1,205 17,208 68,052

3 ,826 11,793 79,845

4 ,536 7,655 87,501

5 ,451 6,440 93,940

6 ,247 3,524 97,464

7 ,177 2,536 100,000

Método de extração: Componentes principais.

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

As comunalidades na tabela 13 demonstram que as cargas fatoriais e as comunalidades

do modelo unifatorial ajustado a dimensão Qualidade Percebida. As cargas fatoriais são

intermediárias ou altas e não se optou pela retirada de nenhuma variável.

Tabela 13: Comunalidades para o modelo unifatorial ajustado a dimensão Qualidade

Percebida com as 7 variáveis. Dimensão Qualidade Percebida (QP) Inicial Extraída

QP10=PROCURO EXPREM. NOVOS PROD. 1,00 0,442

QP11=CREDIBILIDADE ESTIMULA COMPRA 1,00 0,753

QP12=QUALIDADE COMO PRIORIDADE 1,00 0,629

QP13=PECEP. QUALIDADE PELO ROTULO 1,00 0,510

QP14=ACONDICIONAMENTO INFLUENCIA COMPRA 1,00 0,379

QP15=EMBALAGEM INFLUENCIA COMPRA 1,00 0,772

QP16=DEGUSTAÇÃO INFLUENCIA COMPRA 1,00 0,492

Método de extração: Componentes principais.

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

Em relação às cargas fatoriais das variáveis na dimensão Qualidade Percebida, elas

são moderadas ou altas conforme pode ser observado na tabela 14, indicando que o fator está

correlacionado com as variáveis.

Page 93: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

93

Tabela 14: Cargas fatoriais para o modelo unifatorial ajustado a dimensão Qualidade

Percebida com as 7 variáveis. Dimensão Qualidade Percebida (QP) Carga Fatorial

QP10=PROCURO EXPREM. NOVOS PROD. 0,665

QP11=CREDIBILIDADE ESTIMULA COMPRA 0,868

QP12=QUALIDADE COMO PRIORIDADE 0,793

QP13=PECEP. QUALIDADE PELO ROTULO 0,714

QP14=ACONDICIONAMENTO INFLUENCIA COMPRA 0,615

QP15=EMBALAGEM INFLUENCIA COMPRA 0,879

QP16=DEGUSTAÇÃO INFLUENCIA COMPRA 0,702

Método de extração: Componentes principais.

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

A tabela 15 mostra as Matrizes Anti-imagem de Correlação e Covariância para as 7

variáveis da dimensão Qualidade Percebida. Verifica-se que os valores encontrados estão

acima do recomendado (0,5), sendo a variável QP10 = Procuro experimentar novos produtos,

apresentando o maior valor (0,850), e a variável QP16 = Degustação influencia compra, com

o menor valor (0,614), não tendo necessidade de eliminação de variáveis nesta dimensão.

Tabela 15: Matrizes Anti-imagem de Covariância e Correlação das 7 variáveis da dimensão

Qualidade Percebida.

Anti-imagem Matrizes

VÁRIAVEIS (Qualidade Percebida) QP10 QP11 QP12 QP13 QP14 QP15 QP16

An

ti-i

ma

gem

Co

va

riâ

nci

a QP10=PROCURO EXPREM. NOVOS PROD. ,518 -,146 -,014 -,005 -,152 -,009 ,049

QP11=CREDIBILIDADE ESTIMULA COMPRA -,146 ,288 -,144 -,058 ,098 -,097 -,148

QP12=QUALIDADE COMO PRIORIDADE -,014 -,144 ,304 -,182 -,054 -,047 ,131

QP13=PERCEPÇÃO DA QUALIDADE PELO ROTULO -,005 -,058 -,182 ,508 -,051 ,126 -,033

QP14=ACONDICIONAMENTO INFLUENCIA COMPRA -,152 ,098 -,054 -,051 ,532 -,242 -,052

QP15=EMBALAGEM INFLUENCIA COMPRA -,009 -,097 -,047 ,126 -,242 ,446 -,116

QP16=DEGUSTAÇÃO INFLUENCIA COMPRA ,049 -,148 ,131 -,033 -,052 -,116 ,759

An

ti-i

ma

gem

Co

rrel

açã

o

QP10=PROCURO EXPREM. NOVOS PROD. ,850a -,378 -,035 -,009 -,289 -,018 ,077

QP11=CREDIBILIDADE ESTIMULA COMPRA -,378 ,736a -,485 -,151 ,252 -,271 -,317

QP12=QUALIDADE COMO PRIORIDADE -,035 -,485 ,749a -,463 -,134 -,129 ,272

QP13=PERCEPÇÃO DA QUALIDADE PELO ROTULO -,009 -,151 -,463 ,756a -,099 ,266 -,053

QP14=ACONDICIONAMENTO INFLUENCIA COMPRA -,289 ,252 -,134 -,099 ,700a -,497 -,082

QP15=EMBALAGEM INFLUENCIA COMPRA -,018 -,271 -,129 ,266 -,497 ,737a -,199

QP16=DEGUSTAÇÃO INFLUENCIA COMPRA ,077 -,317 ,272 -,053 -,082 -,199 ,614a

Dados: Medida de adequação de amostra (MSA = ª)

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

Page 94: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

94

De uma forma geral, há evidencias de que o modelo unifatorial explica de forma

satisfatória a variabilidade das sete variáveis da dimensão Qualidade Percebida. Conforme

Yoo e Donthu, (2001) é valida a experimentação de novas marcas e produtos, desta forma o

consumidor poderá fazer experiências e consequentemente criar novos vínculos. Entretanto,

este comportamento é mais acentuado nos consumidores domésticos, afirma Hutt (2010), e

que os Compradores profissionais são mais sensíveis a qualidade. Ainda destaca que atributos

como credibilidade estimulam as compras profissionalizadas. Convergindo nas ideias dos

autores, podemos destacar o exposto por Gummesson, (2010) que o relacionamento entre

profissionais elevam a confiança, e que esta gera longevidade nas negociações, se tornando

uma estratégia profissional. Hutt, (2010) destaca que a gestão de marketing em mercados

profissionais contribui para a formação da preferencia.

4.3.3 Dimensão Associação/Lembrança de Marca (AL)

Ajustou-se o modelo unifatorial para as cinco variáveis que compõem a dimensão

Associação/Lembrança de Marca e as correlações entre as mesmas podem ser observadas na

tabela 16. As maiores correlações são entre as variáveis (AL17= associação da marca ao

produto) e (AL18= reconheço a marca pelas características) de (0,617) e entre as variáveis

(AL21= preferencia por marca ecologicamente correta) e (AL22= preferencia por marca

líder) de (0,603). Já a menor correlação está entre as variáveis (AL17= associação da marca

ao produto) e (AL27= compra influenciada por promoções) de (0,053).

Os resultados demonstrados estão de acordo com o esperado para esse tipo de

Comprador Organizacional, em que a associação da marca ao produto está diretamente

relacionada ao reconhecimento das marcas pelas características, bem como que preferencia

por marca ecologicamente correta esta diretamente relacionada com preferencia por marca

líder. No entanto, associação da marca ao produto não esta diretamente relacionada com a

compra influenciada por promoções. Observa-se que o sujeito pesquisado prefere à marca que

reflita aspectos intangíveis, valorizando a organização e consequentemente atraindo novos

fornecedores, sendo assim uma estratégia organizacional que estabeleça uma relação entre a

marca e o produto, (YOO e DONTHU, 2001; SAMARA e MORSCH, 2005; NETO e LUCE,

2006; HUTT, 2010).

Page 95: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

95

Tabela 16: Correlações entre as variáveis da dimensão Associação/Lembrança de Marca.

ASSOCIAÇÃO/LEMBRANÇA DE MARCA

AL

17

= A

SS

OC

IAÇ

ÃO

DA

MA

RC

A A

O P

RO

DU

TO

AL

18

= R

EC

ON

HE

ÇO

A M

AR

CA

PE

LA

S C

AR

AC

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RIS

TIC

AS

A

L21

= P

RE

FE

RE

NC

IA P

OR

MA

RC

A E

CO

LO

G.

CO

RR

ET

A

A

L22

= P

RE

FE

RE

NC

IA P

OR

MA

RC

A L

IDE

R

AL

27

= C

OM

PR

A

INF

LU

EN

CIA

DA

PO

R

PR

OM

OE

S

AL17=ASSOCIAÇÃO DA MARCA AO PRODUTO 1,000 0,617 0,340 0,318 0,053

AL18=RECONHEÇO A MARCA PELAS CARACTERISTICAS 0,617 1,000 0,314 0,279 0,236

AL21=PREFERENCIA POR MARCA ECOLOG. CORRETA 0,340 0,314 1,000 0,603 0,361

AL22=PREFERENCIA POR MARCA LIDER 0,318 0,279 0,603 1,000 0,288

AL27=COMPRA INFLUENCIADA POR PROMOÇOES 0,053 0,236 0,361 0,288 1,000

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

O modelo unifatorial foi em seguida ajustado para as variáveis da dimensão

Associação/Lembrança de Marca que permaneceram na AFE com as 18 variáveis.

Observou-se que 53,88% da variabilidade das cinco variáveis são explicadas pelo

fator, ou seja, a maior parte da variância é explicada por dois fatores comuns conforme pode

ser observado na tabela 17.

Tabela 17: Explicação da variância pelo fator extraído da dimensão Associação/Lembrança

da Marca com as 5 variáveis. Fator Total % de Variância Acumulada %

1 2,694 53,883 53,883

2 ,796 15,920 69,804

3 ,694 13,879 83,682

4 ,491 9,819 93,501

5 ,325 6,499 100,000

Metodo de extração: Componentes principais.

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

A Tabela 18 mostra as comunalidades do modelo unifatorial ajustado à dimensão

Associação/Lembrança de Marca. Observa-se que todas as comunalidades são moderadas ou

altas.

Page 96: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

96

Tabela 18: Comunalidades para o modelo unifatorial ajustado para a dimensão

Associação/Lembrança da Marca com as 5 variáveis. Dimensão Associação/Lembrança de marca (AL) Inicial Extraída

AL17=ASSOCIAÇÃO DA MARCA AO PRODUTO 1,00 0,837

AL18=RECONHEÇO A MARCA PELAS CARACTERISTICAS 1,00 0,743

AL21=PREFERENCIA POR MARCA ECOLOG. CORRETA 1,00 0,709

AL22=PREFERENCIA POR MARCA LIDER 1,00 0,641

AL27=COMPRA INFLUENCIADA POR PROMOÇOES 1,00 0,570

Metodo de extração: Componentes principais.

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

Em relação às cargas fatoriais, verifica-se na tabela 19 que todas as variáveis da

dimensão Associação/Lembrança de Marca têm correlações moderadas ou fortes com o fator

extraído, bem como com as comunalidades que são consideradas moderadas.

Tabela 19: Cargas fatoriais e comunalidades para o modelo unifatorial ajustado para a

dimensão Associação/Lembrança da Marca com as 5 variáveis. Dimensão Associação/Lembrança de marca (AL) Carga Fatorial

AL17=ASSOCIAÇÃO DA MARCA AO PRODUTO 0,693

AL18=RECONHEÇO A MARCA PELAS CARACTERISTICAS 0,714

AL21=PREFERENCIA POR MARCA ECOLOG. CORRETA 0,779

AL22=PREFERENCIA POR MARCA LIDER 0,740

AL27=COMPRA INFLUENCIADA POR PROMOÇOES 0,501

Metodo de extração: Componentes principais.

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

A tabela 20 mostra as matrizes Anti-imagem de Correlação e Covariância para as 5

variáveis da dimensão Associação/Lembrança de marca. Observa-se que os valores

encontrados estão acima do recomendado (0,5), sendo a variável AL27 = Compra

influenciada por promoções, apresentando o maior valor (0,884), e a variável AL17 =

Associação da marca ao produto, com o menor valor (0,722), não tendo necessidade de

eliminação de variáveis nesta dimensão.

De uma forma geral, há evidencias de que o modelo unifatorial é adequado para

explicar a variabilidade das questões da dimensão Associação/Lembrança de Marca, pois o

modelo explica de forma satisfatória a variabilidade das variáveis, sendo explicado por

53,88%, conforme demonstrado na tabela 17, conforme justificado por Aranha e Zambaldi,

(2008).

Page 97: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

97

Tabela 20: Matrizes Anti-imagem de Covariância e Correlação das 5 variáveis da dimensão

Associação/Lembrança de marca. Matrizes Anti-imagem

VÁRIAVEIS AL17 AL18 AL21 AL22 AL27

An

ti-i

ma

gem

Co

va

riâ

nci

a

AL17=ASSOCIAÇÃO DA MARCA AO PRODUTO ,536 ,030 -,184 -,255 -,068

AL18=RECONHECIMENTO MARCA PELA CARACTERISTICAS ,030 ,650 -,239 -,152 -,032

AL21=PREFERENCIA POR MARCA ECOLOG. CORRETOS -,184 -,239 ,540 -,025 -,121

AL22=PREFERENCIA MARCA LIDER -,255 -,152 -,025 ,573 -,046

AL27=COMPRA INFLUENCIADA POR PROMOÇÕES -,068 -,032 -,121 -,046 ,846

An

ti-i

ma

gem

Co

rrel

açã

o

AL17=ASSOCIAÇÃO DA MARCA AO PRODUTO ,722a ,050 -,343 -,461 -,100

AL18=RECONHEC. MARCA PELA CARACTERISTICA ,050 ,750a -,404 -,249 -,042

AL21=PREFERENCIA POR MARCA ECOLOG. CORRETOS -,343 -,404 ,747a -,045 -,179

AL22=PREFERENCIA MARCA LIDER -,461 -,249 -,045 ,751a -,066

AL27=COMPRA INFLUENCIADA POR PROMOÇÕES -,100 -,042 -,179 -,066 ,884a

Dados: Medida de adequação de amostra (MSA = ª)

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

Desta forma, a Associação/Lembrança de Marca, destacada por Yoo e Donthu (2001),

sugere que essa associação deve ser progressiva na mente do consumidor, sendo um

antecedente para formar a preferencia, e que o consequente desta ação levará a associação e

lembrança de marca adquirida pelo consumidor, conforme demostrado a relação da <atriz

Anti-imagem na tabela 20.

Page 98: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

98

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste item serão apresentadas conclusões, síntese dos resultados da escala MBE, as

contribuições, as limitações da pesquisa, bem como as recomendações para estudos futuros.

Foi possível adequar as variáveis dentro das dimensões do modelo MBE, atingindo

assim os resultados atendendo tanto aos objetivos geral e específico proposto na dissertação.

O proposito inicial foi de realizar um estudo exploratório no varejo de alimentos, no

segmento de Restaurantes, compreendendo assim a percepção do sujeito pesquisado

(Comprador Organizacional) em relação aos fatores determinantes do valor da Marca.

Cabe ressaltar que no contexto brasileiro, autores validaram a escala original MBE

dentro das mesmas condições da escala original, sendo esta escala traduzida da língua inglesa

para o português por profissionais (tradutores); incentivando que outros pesquisadores

replicassem a escala MBE em outros ambientes. Portanto, o modelo foi testado com

adequações para o ambiente organizacional, tendo como respondentes os profissionais de

compras e sujeitos da pesquisa.

O perfil sociodemográfico dos sujeitos pesquisados é predominante do gênero

masculino, com idade até trinta anos, e nível de escolaridade Ensino Superior/Pós-Graduação.

O processo de decisão de compras da organização é decidido por profissionais que

levam em conta a compra por necessidade e, são estimulados a comprar pela qualidade dos

produtos, bem como por tempo de reposição.

Os participantes da pesquisa decidem suas compras, baseado nas dimensões e

variáveis mais relevantes por ordem de significância na dimensão: Qualidade Percebida, e na

variável: Procuro experimentar novos produtos;

Dimensão Associação/Lembrança de Marca – Variável Compra Influenciada por

Promoções;

Dimensão Lealdade – Variável Gostar da marca.

Os resultados em parte colaboram com os estudos realizados por Yoo e Donthu,

(2001) e posteriormente pelos autores, Neto, (2003); e Kim e Kim, (2004), que estabelece

uma relação do valor de marca para os indivíduos, e para as empresas. O ambiente

empresarial em especial o de restaurante é um local de regras que exige do profissional de

compras uma característica mutua e profissional. Desta forma, o profissional criará uma

padronização com foco nas compras, na rotina diária, na maneira de agir, nas boas praticas de

manipulação e, acima de tudo com o foco na segurança alimentar, ou seja, pode comprar a

Page 99: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

99

melhor marca e o melhor produto, mas não pode descuidar dos processos internos, (KIM e

KIM, 2004).

Em relação a Analise Fatorial (AF), os resultados alcançados nas dimensões estudadas

da escala MBE atende os requisitos na aplicação da adequação da escala para este segmento

(Restaurante). A dimensão Lealdade é explicada por um fator das seis variáveis. Qualidade

Percebida por um fator das sete variáveis e Associação/Lembrança de Marca por dois fatores

das cinco variáveis. Baseado nesses resultados pode-se considerar que a Análise Fatorial

Exploratória (AFE) e Analise Fatorial Confirmatória (AFC), foram técnicas viáveis para

serem utilizadas neste estudo e em estudos futuros.

Observou-se que as médias encontradas nas dimensões descritas anteriormente, a

maioria dos Compradores Organizacionais tende a convergir para uma credibilidade (na

escala de concordo totalmente) quando decide adquirir algo para a organização. O fato de

procurar experimentar novos produtos e novas marcas, mostrou-se ser flexível nos sujeitos

investigados.

Observando isoladamente as variáveis que obtiveram as menores médias (Tabela 4),

respectivamente (Não troca mesmo na falta; Preferencia por marca líder e Acondicionamento

influencia na compra), para os sujeitos pesquisados, os dados pode ser interpretados

estabelecendo uma concepção de segurança, economia e rotina, ou seja, este profissional

pesquisado tem a missão de comprar atendendo as exigências legais (segurança alimentar),

tanto na compra, quanto no armazenamento, manipulação e na revenda de seus produtos

finais. No entanto, percebe-se que a marca líder estando há mais tempo no mercado, sua

liderança torna-se uma consequência, influenciando na qualidade do produto, que por sua vez

é percebida como rotina na aquisição dos produtos para a organização. De acordo com Yoo e

Donthu (2001) em algumas ocasiões a marca não pode ser trocada por outra, fato demostrado

pela menor media apresentada na dimensão Lealdade (Tabela 4), levando o sujeito

pesquisado a não ser influenciado pela troca da marca. Esse profissional pode ser

influenciado por marca ecologicamente correta, logo ele passa a ser leal.

Esses profissionais pesquisados são estimulados de maneiras diferentes, pela

qualidade dos produtos e tempo de reposição (Tabela 1), estabelecendo assim critérios de

seleção para o que é comprado, seguindo assim as diretrizes de cada organização. Entretanto,

ele é influenciado pelos resultados da organização, mantendo um equilíbrio profissional na

relação de consumo da organização, observados (Tabela 4) através das maiores médias

atingidas nas variáveis QP10 (procuro experimentar novos produtos), AL27 (compra

influenciada por promoções) e L6 (gostar da marca).

Page 100: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

100

As limitações do estudo se dão pela escolha da amostra não probabilística, não sendo

assim possível generalizar as conclusões aqui apresentadas para os sujeitos pesquisados.

Essas limitações já eram esperadas, pela dinâmica do grupo estudado (profissionais de

compras), e quanto ao ambiente organizacional (Restaurante), pela dinâmica do segmento. Na

amostra estudada constataram-se empresas franqueadas, em que seguem as diretrizes do

franqueador, cabendo aos futuros pesquisadores decidir na seleção das empresas a serem

investigadas. Com relação às compras centralizadas “pela matriz”, aparentemente não será

possível obter respostas individuais por loja.

Por fim, como sugestão para pesquisas futuras, a escala MBE deverá ser observada

com profundidade e ampliada no contexto brasileiro, a saber:

Aplicação de uma amostra probabilística no segmento de Restaurantes;

Replicar o método da escala MBE nos fornecedores de alimentos primários,

em especial os da agricultura familiar.

Realizar um estudo comparativo entre as variáveis que influenciam no

Comportamento do Comprador Organizacional na Indústria e na extremidade

(o consumidor final - cliente que realiza suas refeições em restaurante);

Ampliar as discussões do posicionamento do Comprador Organizacional em

relação às dimensões: Associação/lembrança da marca, Qualidade percebida e

Lealdade da marca;

Realizar pesquisa com amostra estratificada, identificando os compradores:

Diretor, Gerente, Responsável pelo almoxarifado, e o Chefe de cozinha, com a

finalidade de comprar a percepção das respostas individuais dentro da mesma

escala.

A necessidade de que estudos sejam replicados passa a ser importante tanto para a

academia quanto para a sociedade empresarial, que espera inovações frequentes por parte das

empresas, e no ponto de vista mercadológico possibilitando o surgimento e a criação de novas

Marcas. Desta forma, espera-se que a escala MBE não venha ser um limitador para que

outros pesquisadores possam dar continuidade a experimentos desta escala, de forma

ampliada, levando em consideração a diversidade cultural que existem nas diversas regiões

brasileiras.

Page 101: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

101

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Page 106: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

106

ANEXO A – ESCALA ORIGINAL MBE

Product category purchase experience Have you ever bought any brand of product category X?

Yes………………..� No………..………..�

Brand purchase experience Have you ever bought brand X?

Yes………………..� No………..………..�

Purchase and ownership Do you currently use/own any brand of product category X?

Yes………………..� No………..………..�

MBE Scale – Multidimensional Brand Equity Brand Loyalty

I consider myself to be loyal to X. strongly disagree 1 – 2 – 3 – 4 – 5 strongly agree

X would be my first choice. strongly disagree 1 – 2 – 3 – 4 – 5 strongly agree

I will not buy other brands if X is available at the store. strongly disagree 1 – 2 – 3 – 4 – 5 strongly agree

Perceived quality X is of high quality. *

strongly disagree 1 – 2 – 3 – 4 – 5 strongly agree The likely quality of X is extremely high.

strongly disagree 1 – 2 – 3 – 4 – 5 strongly agree The likelihood that X would be functional is very high.

strongly disagree 1 – 2 – 3 – 4 – 5 strongly agree The likelihood that X is reliable is very high. *

strongly disagree 1 – 2 – 3 – 4 – 5 strongly agree X must be of very good quality. *

strongly disagree 1 – 2 – 3 – 4 – 5 strongly agree X appears to be of very poor quality. (r) *

strongly disagree 1 – 2 – 3 – 4 – 5 strongly agree Brand awareness/associations

I know what X looks like. * strongly disagree 1 – 2 – 3 – 4 – 5 strongly agree

I can recognize X among other competing brands. strongly disagree 1 – 2 – 3 – 4 – 5 strongly agree

I am aware of X. strongly disagree 1 – 2 – 3 – 4 – 5 strongly agree

Some characteristics of X come to my mind quickly. strongly disagree 1 – 2 – 3 – 4 – 5 strongly agree

I can quickly recall the symbol or logo of X. strongly disagree 1 – 2 – 3 – 4 – 5 strongly agree

I have difficulty in imagining X in my mind. (reversed scoring)

Page 107: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

107

strongly disagree 1 – 2 – 3 – 4 – 5 strongly agree

OBE Scale – Overall Brand Equity It makes sense to buy X instead of any other brand, even if they are the same.

strongly disagree 1 – 2 – 3 – 4 – 5 strongly agree Even if another brand has the same features as X, I would prefer to buy X.

strongly disagree 1 – 2 – 3 – 4 – 5 strongly agree If there is another brand as good as X, I prefer to buy X.

strongly disagree 1 – 2 – 3 – 4 – 5 strongly agree If another brand is not different from X in any way, it seems smarter to

purchase X. strongly disagree 1 – 2 – 3 – 4 – 5 strongly agree

* ‘d items were deleted from the 15-iten to the 10-iten model.

Page 108: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

108

APÊNDICE – A - PESQUISA VALOR DE MARCA

AUTORIZAÇÃO DA PESQUISA

PESQUISA: Analisar fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

Compradores Organizacionais de Restaurantes na cidade do Natal-RN.

PESQUISADOR: Rozébio Alves da Silva

ORIENTADORA: Dra. Tereza de Souza

CO-ORIENTADOR: Dr. Alípio Ramos Veiga Neto

Agradeço antecipadamente a sua contribuição para a realização desta pesquisa, respondendo o

questionário marcando uma única opção, “Discordo Totalmente” e “Concordo Totalmente”

em uma escala de 1 a 5 pontos respectivamente. Qualquer dúvida poderá entrar em contato

[email protected] ou (84) 9123-6615.

Benefícios: Pretende-se com esta avaliação obter clareza quanto ao valor da marca nas

decisões de compras em restaurantes.

Confidencialidade: Todas as informações coletadas neste estudo são estritamente

confidenciais. Os resultados obtidos não condicionam a identificação dos respondentes.

a) Você é convidado a participar dessa pesquisa, tendo como objetivo avaliar os fatores

determinantes do valor de marca na percepção dos compradores organizacionais de

Restaurantes.

b) Você tem a liberdade de recusar a participar e pode ainda se recusar a continuar

participando em qualquer fase da pesquisa, sem prejuízo para você.

Eu, ________________________________autorizo e manifesto interesse em participar

da pesquisa.

Local e data: Natal, ______/_____/2011

_______________________________________

Assinatura do participante da pesquisa (Opcional)

PESQUISA - PARTE I

CARACTERIZAÇÃO DOS RESPONDENTES – Q1 a Q5

Marque apenas uma opção, a que tiver maior representatividade.

Q1-Genero Masculino

( ) Feminino

( )

Q2-Idade 18 a 30

( ) 31 a 50

( ) 51 a 60

( ) Mais de 61

( )

Q3-Escolaridade Fundamental

( ) Médio

( ) Técnico

( ) Superior

( )

Pós-graduado

( )

Q4-Melhor dia de compra Diário

( ) Necessidade

( ) Semanal

( ) Quinzenal

( ) Mensal

( )

Q5-Éstimulado a comprar Qualidade dos

produtos ( )

Condição de compra

( )

Tempo de reposição

( )

Padronização do Fornecedor

( )

Forma de pagamento

( )

Page 109: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

109

DADOS DA PESQUISA – PARTE II – Q1 a Q27

Escala 1 a 5 pontos

Disco

rdo

T

ota

lme

nte

Co

nco

rdo

T

ota

lme

nte

Q1-Sou fiel a uma determinada marca; 1 2 3 4 5

Q2-Determinada marca líder é minha primeira opção; 1 2 3 4 5

Q3-Só adquiro outra marca se aquela que eu gosto estiver faltando no fornecedor tradicional;

1 2 3 4 5

Q4-Não troco uma marca preferida por outra mais conhecida; 1 2 3 4 5

Q5-Não adquiro outra marca se a preferida estiver faltando; 1 2 3 4 5

Q6-A marca de que eu gosto é sempre minha primeira opção; 1 2 3 4 5

Q7-O tempo de reposição interfere na decisão de compra; 1 2 3 4 5

Q8-O relacionamento com o fornecedor (condição de pagamento) interfere na decisão de compra da marca preferida;

1 2 3 4 5

Q9-O rendimento do produto é importante na realização das minhas atividades;

1 2 3 4 5

Q10-Procuro sempre experimentar novos produtos; 1 2 3 4 5

Q11-Credibilidade à marca estimula a compra de outros produtos da mesma linha;

1 2 3 4 5

Q12-Qualidade é prioridade na hora da compra; 1 2 3 4 5

Q13-Percebo a qualidade de determinadas marcas, pelas informações do rótulo;

1 2 3 4 5

Q14-O acondicionamento (aspecto) do produto influencia na compra; 1 2 3 4 5

Q15-A embalagem influencia na compra dos produtos habituais; 1 2 3 4 5

Q-16Degustação (amostra grátis) influencia na decisão de compra; 1 2 3 4 5

Q17-Sempre associo a marca ao produto; 1 2 3 4 5

Q18-Reconheço as características e logo relaciono a uma determinada marca;

1 2 3 4 5

Q19-Compra similar se o preferido não estiver disponível; 1 2 3 4 5

Q20-Prefiro apenas marcas que têm responsabilidade social; 1 2 3 4 5

Q21-Prefiro produtos ecologicamente corretos; 1 2 3 4 5

Q22-Sempre dou preferencia por produtos de marca líder; 1 2 3 4 5

Q23-Durabilidade é uma característica que identifico facilmente mesmo sem ter usado determinada marca;

1 2 3 4 5

Q24-Consigo associar um produto de qualidade a uma determinada marca, mesmo sem lembrar o nome do produto;

1 2 3 4 5

Q25-Adquiro uma marca pela facilidade de localizá-la; 1 2 3 4 5

Q26- Prefiro produtos de marca própria (marca do fornecedor); 1 2 3 4 5

Q27-Sou influenciado por promoções no momento da compra; 1 2 3 4 5

Page 110: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

110

APÊNDICE – B

Tabela 1: Estatística descritiva (média e desvio padrão) para as 27 variáveis.

Variáveis Média Desvio

Padrão N

L1=FIDELIDADE À MARCA 3,2025 1,34788 163

L2= OPÇÃO POR MARCA LÍDER 3,5460 1,21311 163

L3=FORNECEDOR TRADICIONAL 3,4601 1,17718 163

L4=NÃO TROCA POR MAIS CONHECIDA 3,4785 1,20870 163

L5=NÃO TROCA MESMO NA FALTA 3,0736 1,40791 163

L6=GOSTAR DA MARCA 3,9202 1,31460 163

L7=TEMPO DE REPOSIÇÃO 3,4601 1,06716 163

L8=RELACIONAMENTO COM O FORNECEDOR 3,8466 1,05165 163

MEDIA GERAL 3,498 - 8

QP9=RENDIMENTO DO PRDOUTO 4,3865 0,69678 163

QP10=PROCURA EXPERIMENTAR NOVOS PRODUTOS 4,1227 0,88731 163

QP11=CREDIBILIDADE ESTIMULA A COMPRA 3,6810 1,11502 163

QP12=QUALIDADE COMO PRIORIDADE 4,2209 1,14409 163

QP13=PERCEPÇÃO DA QUALIDADE PELO RÓTULO 3,4540 1,36175 163

QP14=ACONDICIIONAMENTO INFLUENCIA COMPRA 4,0184 1,05100 163

QP15=EMBALAGEM INFLUENCIA COMPRA 3,9939 1,15201 163

QP16=DEGUSTAÇÃO INFLEUNCIA COMPRA 4,0368 1,01768 163

MEDIA GERAL 3,989 - 8

AL17=ASSOCIAÇÃO DA MARCA AO PRODUTO 3,8160 1,15598 163

AL18=RECONHECIMENTO DA MARCA PELAS CARACTERISTICAS 3,6135 1,23391 163

AL19=COMPRA SIMILAR SE PREFERIDO NÃO DISPONÍVEL 3,8344 0,79554 163

AL20=PREFERÊNCIA POR MARCA COM RESP. SOCIAL 3,9387 0,97938 163

AL21=PREFERÊNCIA POR MARCA ECOLOG. CORRETA 3,8405 1,14356 163

AL22=PREFERÊNCIA POR MARCA LÍDER 3,2699 1,08333 163

AL23=IDENTIFICAÇÃO DA DURABILIDADE PELA MARCA 4,0736 0,79782 163

AL24=ASSOCIAÇÃO DA QUALIDADE À MARCA 3,7301 1,01264 163

AL25=FACILIDADE DE LOCALIZAÇÃO DA MARCA 3,6871 0,86439 163

AL26=PREFERÊNCIA POR MARCA PRÓPRIA 3,5706 0,99362 163

AL27=COMPRA INFLUENCIADA POR PROMOÇÕES 3,9264 0,96583 163

MEDIA GERAL 3,755 - 11

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

Page 111: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

111

Tabela 2: Matriz de Correlação para 27 variáveis

CORRELAÇÃO

ENTRE AS

VARIAVEIS L

1=

FID

EL

IDA

DE

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A

4L

2=

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L1=FIDELIDADE À

MARCA

1,00

0 ,374 ,233 ,149 ,392 ,180 ,415 ,370 ,311 ,382 ,433 ,083 ,498 ,398 ,446 ,211 ,642 ,541 ,221 ,122 ,261 ,444 ,187 ,257 ,399 ,535 ,177

L2= OPÇÃO POR

MARCA LÍDER ,374

1,00

0 ,636 ,680 ,721 ,531 ,406 ,550 ,231 ,373 ,654 ,322 ,271 ,404 ,426 ,049 ,099 ,117 ,325 ,454 ,610 ,653 ,322 ,276 ,299 ,360 ,240

L3=FORNECEDOR

TRADICIONAL ,233 ,636 1,000 ,651 ,527 ,152 ,322 ,446 ,023 -,007 ,263 ,107 -,035 -,002 ,020

-

,153 ,122

-

,072 ,352 ,266 ,399 ,507

-

,063 ,126 ,349 ,276

-

,051

L4=NÃO TROCA POR

MAIS CONHECIDA ,149 ,680 ,651 1,000 ,752 ,393 ,307 ,485 ,116 ,198 ,352 ,289 ,118 ,115 ,206 ,066 ,010

-

,136 ,121 ,562 ,676 ,622 ,002 ,010 ,505 ,445 ,284

L5=NÃO TROCA

MESMO NA FALTA ,392 ,721 ,527 ,752 1,000 ,527 ,409 ,558 ,134 ,452 ,585 ,438 ,285 ,395 ,495 ,274 ,160 ,194 ,072 ,523 ,640 ,626 ,253 ,118 ,567 ,636 ,403

L6=GOSTAR DA

MARCA ,180 ,531 ,152 ,393 ,527 1,000 ,378 ,442 ,236 ,643 ,593 ,508 ,124 ,421 ,468 ,524 ,043 ,034 ,147 ,236 ,575 ,496 ,388 ,132 ,168 ,456 ,447

L7=TEMPO DE

REPOSIÇÃO ,415 ,406 ,322 ,307 ,409 ,378 1,000 ,305 -,041 ,299 ,389 ,336 ,017 ,141 ,223 ,251 ,054 ,094 ,396

-

,020 ,152 ,404 ,272 ,304 ,170 ,479 ,339

L8=RELACIONAMENT

O COM O

FORNECEDOR ,370 ,550 ,446 ,485 ,558 ,442 ,305 1,000 ,351 ,490 ,606 ,521 ,381 ,349 ,570 ,461 ,363 ,159 ,154 ,153 ,503 ,530 ,220

-

,167 ,510 ,480 ,238

QP9=RENDIMENTO DO

PRDOUTO ,311 ,231 ,023 ,116 ,134 ,236 -,041 ,351 1,000 ,482 ,430 ,303 ,399 ,445 ,526 ,424 ,372 ,397 ,150 ,306 ,364 ,098 ,581 ,166 ,120 ,313 ,244

QP10=PROCURA

EXPER. NOVOS

PRODUTOS ,382 ,373 -,007 ,198 ,452 ,643 ,299 ,490 ,482 1,000 ,732 ,672 ,424 ,686 ,677 ,494 ,347 ,416 ,230 ,250 ,524 ,441 ,406 ,181 ,348 ,550 ,522

QP11=CREDIBILIDADE

ESTIMULA A COMPRA ,433 ,654 ,263 ,352 ,585 ,593 ,389 ,606 ,430 ,732 1,000 ,588 ,437 ,558 ,609 ,310 ,246 ,448 ,274 ,299 ,570 ,552 ,526 ,295 ,254 ,494 ,460

QP12=QUALIDADE

COMO PRIORIDADE ,083 ,322 ,107 ,289 ,438 ,508 ,336 ,521 ,303 ,672 ,588 1,000 ,145 ,412 ,549 ,433 ,031 ,105 ,007 ,238 ,546 ,310 ,320

-

,097 ,151 ,426 ,445

QP13=PERCEPÇÃO DA

QUALID. PELO

RÓTULO ,498 ,271 -,035 ,118 ,285 ,124 ,017 ,381 ,399 ,424 ,437 ,145 1,000 ,632 ,545 ,384 ,653 ,634 ,190 ,507 ,265 ,431 ,424 ,174 ,530 ,419 ,331

QP14=ACONDIC.

INFLUENC. COMPRA ,398 ,404 -,002 ,115 ,395 ,421 ,141 ,349 ,445 ,686 ,558 ,412 ,632 1,000 ,744 ,548 ,440 ,639 ,343 ,307 ,347 ,212 ,506 ,196 ,265 ,421 ,567

QP15=EMBALAGEM

INFLUENC. COMPRA ,446 ,426 ,020 ,206 ,495 ,468 ,223 ,570 ,526 ,677 ,609 ,549 ,545 ,744 1,000 ,669 ,458 ,511 ,100 ,219 ,412 ,293 ,518

-

,012 ,227 ,596 ,588

Continuação.

Page 112: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

112

QP16=DEGUSTAÇÃO

INFLEUNC. COMPRA ,211 ,049

-

,153 ,066 ,274 ,524 ,251 ,461 ,424 ,494 ,310 ,433 ,384 ,548 ,669 1,000 ,352 ,301 ,091 ,070 ,196 ,131 ,521 -,062 ,217 ,553 ,524

AL17=ASSOC. DA MARCA

PRODUTO ,642 ,099 ,122 ,010 ,160 ,043 ,054 ,363 ,372 ,347 ,246 ,031 ,653 ,440 ,458 ,352 1,000 ,724 ,202 ,252 ,122 ,257 ,102 ,047 ,597 ,549 ,043

AL18=RECONHECIMENTO

DA MARCA PELAS

CARACTERIS. ,541 ,117

-

,072

-

,136 ,194 ,034 ,094 ,159 ,397 ,416 ,448 ,105 ,634 ,639 ,511 ,301 ,724 1,000 ,312 ,251 ,131 ,148 ,349 ,326 ,349 ,418 ,287

AL19=COMPRA SIMILAR

SE PREFERIDO NÃO

DISPONÍVEL ,221 ,325 ,352 ,121 ,072 ,147 ,396 ,154 ,150 ,230 ,274 ,007 ,190 ,343 ,100 ,091 ,202 ,312 1,000 ,090 ,195 ,396 ,311 ,618 ,184 ,206 ,338

AL20=PREFERÊNCIA POR

MARCA COM RESP.

SOCIAL ,122 ,454 ,266 ,562 ,523 ,236

-

,020 ,153 ,306 ,250 ,299 ,238 ,507 ,307 ,219 ,070 ,252 ,251 ,090 1,000 ,586 ,528 ,298 ,288 ,561 ,353 ,230

AL21=PREFERÊNCIA POR

MARCA ECOLOG.

CORRETA ,261 ,610 ,399 ,676 ,640 ,575 ,152 ,503 ,364 ,524 ,570 ,546 ,265 ,347 ,412 ,196 ,122 ,131 ,195 ,586 1,000 ,747 ,162 ,107 ,380 ,542 ,459

AL22=PREFERÊNCIA POR

MARCA LÍDER ,444 ,653 ,507 ,622 ,626 ,496 ,404 ,530 ,098 ,441 ,552 ,310 ,431 ,212 ,293 ,131 ,257 ,148 ,396 ,528 ,747 1,000 ,184 ,314 ,592 ,590 ,355

AL23=IDENTIFICAÇÃO

DA DURABILIDADE PELA

MARCA ,187 ,322

-

,063 ,002 ,253 ,388 ,272 ,220 ,581 ,406 ,526 ,320 ,424 ,506 ,518 ,521 ,102 ,349 ,311 ,298 ,162 ,184 1,000 ,529 ,043 ,243 ,456

AL24=ASSOCIAÇÃO DA

QUALIDADE À MARCA ,257 ,276 ,126 ,010 ,118 ,132 ,304

-

,167 ,166 ,181 ,295

-

,097 ,174 ,196

-

,012 -,062 ,047 ,326 ,618 ,288 ,107 ,314 ,529 1,000 ,114 ,062 ,270

AL25=FACILIDADE DE

LOCALIZAÇÃO DA

MARCA ,399 ,299 ,349 ,505 ,567 ,168 ,170 ,510 ,120 ,348 ,254 ,151 ,530 ,265 ,227 ,217 ,597 ,349 ,184 ,561 ,380 ,592 ,043 ,114 1,000 ,547 ,164

AL26=PREFERÊNCIA POR

MARCA PRÓPRIA ,535 ,360 ,276 ,445 ,636 ,456 ,479 ,480 ,313 ,550 ,494 ,426 ,419 ,421 ,596 ,553 ,549 ,418 ,206 ,353 ,542 ,590 ,243 ,062 ,547 1,000 ,520

AL27=COMPRA

INFLUENCIADA POR

PROMOÇÕES ,177 ,240

-

,051 ,284 ,403 ,447 ,339 ,238 ,244 ,522 ,460 ,445 ,331 ,567 ,588 ,524 ,043 ,287 ,338 ,230 ,459 ,355 ,456 ,270 ,164 ,520 1,000

a Determinante = 2,423E-15

Dados: Medida de adequação de amostra (MSA = ª)

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

Inverse of Correlation Matrix

Tabela 3 - Testes de KMO e Bartlett para as 27 variáveis.

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

Medida Kaiser-Meyer-Olkin de Adequação de Amostra 0,633

Teste de

Esfericidade de Bartlett

Aproximação. Chi-Quadrado 5120,969

Grau de Liberdade 351

Nível de significância 0,000

Page 113: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

113

Tabela 4: Matrizes Anti-imagem de Covariância e Correlação para 27 variáveis.

L1

=F

IDE

LID

AD

E À

M

AR

CA

L2

= O

ÃO

PO

R M

AR

CA

LÍD

ER

L3

=F

OR

NE

CE

DO

R T

RA

DIC

ION

AL

L4

=N

ÃO

TR

OC

A P

OR

MA

IS

CO

NH

EC

IDA

L5

=N

ÃO

TR

OC

A M

ES

MO

NA

FA

LT

A

L6

=G

OS

TA

R D

A M

AR

CA

L7

=T

EM

PO

DE

RE

PO

SIÇ

ÃO

L8

=R

EL

AC

ION

AM

EN

TO

CO

M O

FO

RN

EC

ED

OR

QP

9=

RE

ND

IME

NT

O D

O P

RD

OU

TO

QP

10

=P

RO

CU

RA

EX

PE

RIM

EN

TA

R

NO

VO

S P

RO

DU

TO

S

QP

11

=C

RE

DIB

ILID

AD

E E

ST

IMU

LA

A C

OM

PR

A

QP

12

=Q

UA

LID

AD

E C

OM

O

PR

IOR

IDA

DE

QP

13

=P

ER

CE

ÃO

DA

QU

AL

IDA

DE

PE

LO

TU

LO

QP

14

=A

CO

ND

ICII

ON

AM

EN

TO

INF

LU

EN

CIA

CO

MP

RA

QP

15

=E

MB

AL

AG

EM

IN

FL

UE

NC

IA

CO

MP

RA

QP

16

=D

EG

US

TA

ÇÃ

O I

NF

LE

UN

CIA

CO

MP

RA

AL

17=

AS

SO

CIA

ÇÃ

O D

A M

AR

CA

AO

PR

OD

UT

O

AL

18=

RE

CO

NH

EC

IME

NT

O D

A

MA

RC

A P

EL

AS

CA

RA

CT

ER

IST

ICA

S

AL

19=

CO

MP

RA

SIM

ILA

R S

E

PR

EF

ER

IDO

O D

ISP

ON

ÍVE

L

AL

20=

PR

EF

ER

ÊN

CIA

PO

R M

AR

CA

CO

M R

ES

P. S

OC

IAL

AL

21=

PR

EF

ER

ÊN

CIA

PO

R M

AR

CA

EC

OL

OG

. C

OR

RE

TA

AL

22=

PR

EF

ER

ÊN

CIA

PO

R M

AR

CA

LÍD

ER

AL

23=

IDE

NT

IFIC

ÃO

DA

DU

RA

BIL

IDA

DE

PE

LA

MA

RC

A

AL

24=

AS

SO

CIA

ÇÃ

O D

A

QU

AL

IDA

DE

À M

AR

CA

AL

25=

FA

CIL

IDA

DE

DE

LO

CA

LIZ

ÃO

DA

MA

RC

A

AL

26=

PR

EF

ER

ÊN

CIA

PO

R M

AR

CA

PR

ÓP

RIA

AL

27=

CO

MP

RA

IN

FL

UE

NC

IAD

A

PO

R P

RO

MO

ÇÕ

ES

An

ti-i

mage C

ova

ria

nce

L1=FIDELIDADE À

MARCA

,13

3

,02

1

,04

5

,02

7

-

,045

,02

4

-

,088

,00

8

-

,060

,03

5

-

,021

-

,002

,01

4

-

,041

,00

4

,01

9

-

,046

,04

4

,05

9

,04

6

,00

7

-

,034

,03

9

-

,053

,01

6

,03

9

-

,008

L2= OPÇÃO POR MARCA LÍDER

,021

,074

,016

-

,013

-

,021

-

,027

-

,034

-

,018

-

,023

,026

-

,017

,006

,018

-

,035

-

,019

,046

-

,012

,025

,004

-

,012

,015

-

,020

,011

-

,025

,019

,014

,030

L3=FORNECEDOR TRADICIONAL

,045

,016

,146

-

,01

4

-

,04

6

,021

-

,01

6

-

,02

3

-

,04

5

,037

-

,01

1

-

,04

0

,050

-

,04

0

,026

,032

-

,04

3

,038

-

,01

3

,003

,034

-

,03

6

,022

-

,02

5

,035

,020

-

,00

4

L4=NÃO TROCA POR MAIS CONHECIDA

,027

-

,01

3

-

,01

4

,098

-

,02

1

,006

-

,05

0

,021

-

,03

3

,020

-

,03

1

,016

-

,00

3

-

,00

1

-

,01

2

-

,01

9

-

,00

3

,039

-

,00

7

-

,01

5

-

,01

2

,000

,041

,004

-

,02

5

,021

-

,02

8

L5=NÃO TROCA

MESMO NA FALTA

-,04

5

-,02

1

-,04

6

-,02

1

,05

4

-,01

0

,02

7

-,00

1

,04

0

-,01

9

,00

9

,01

8

-,01

2

,01

8

-,01

7

-,01

1

,03

4

-,03

3

,01

0

-,00

8

-,01

7

,02

2

-,02

4

,01

1

-,02

8

-,04

0

,02

1

L6=GOSTAR DA

MARCA

,02

4

-,02

7

,02

1

,00

6

-,01

0

,15

4

-,02

5

,00

9

,01

4

-,02

5

-,01

8

,04

4

,03

8

-,00

7

,03

2

-,06

4

-,02

8

,02

4

,03

5

-,00

2

-,01

9

-,01

1

-,01

5

,01

3

,01

8

,03

3

-,02

1

L7=TEMPO DE

REPOSIÇÃO

-

,088

-

,034

-

,016

-

,050

,02

7

-

,025

,17

2

-

,018

,04

8

-

,031

,03

8

-

,054

-

,006

,03

4

,02

4

-

,008

,02

9

-

,053

-

,050

-

,009

,02

7

,01

4

-

,037

,01

9

,00

9

-

,061

-

,010

L8=RELACIONAMEN

TO COM O

FORNECEDOR

,00

8

-

,01

8

-

,02

3

,02

1

-

,00

1

,00

9

-

,01

8

,07

8

-

,01

6

,01

4

-

,04

1

-

,02

0

-

,02

1

,01

2

-

,02

9

-

,04

3

,00

3

,02

1

-

,02

2

,04

6

-

,01

9

,00

4

,01

7

,02

2

-

,04

6

,03

0

,01

9

QP9=RENDIMENTO DO PRDOUTO

-

,06

0

-

,02

3

-

,04

5

-

,03

3

,040

,014

,048

-

,01

6

,086

-

,04

9

,028

,041

-

,02

1

,037

,002

-

,01

6

,021

-

,03

8

-

,01

8

-

,02

0

-

,03

6

,038

-

,05

9

,028

-

,00

1

-

,03

5

,016

Continua.

Page 114: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

114

QP10=PROCURA

EXPERIMENTAR NOVOS PRODUTOS

,03

5

,02

6

,03

7

,02

0

-

,019

-

,025

-

,031

,01

4

-

,049

,05

5

-

,037

-

,041

,01

5

-

,034

-

,020

,01

7

-

,012

,03

6

,00

6

,01

8

,01

6

-

,021

,04

0

-

,033

-

,013

,01

5

,01

2

QP11=CREDIBILIDADE

ESTIMULA A COMPRA

-

,021

-

,017

-

,011

-

,031

,00

9

-

,018

,03

8

-

,041

,02

8

-

,037

,08

3

-

,009

-

,013

,01

7

,02

9

,02

7

,00

8

-

,053

,01

2

-

,002

,00

5

,00

6

-

,038

,00

5

,03

0

-

,027

-

,019

QP12=QUALIDADE COMO PRIORIDADE

-

,00

2

,006

-

,04

0

,016

,018

,044

-

,05

4

-

,02

0

,041

-

,04

1

-

,00

9

,176

,009

,009

-

,01

0

-

,01

6

,008

-

,00

1

,020

-

,04

7

-

,04

4

,020

-

,03

1

,037

,001

-

,00

1

,002

QP13=PERCEPÇÃO DA

QUALIDADE PELO

RÓTULO

,014

,018

,050

-

,00

3

-

,01

2

,038

-

,00

6

-

,02

1

-

,02

1

,015

-

,01

3

,009

,088

-

,04

0

,019

,010

-

,02

7

,012

,035

-

,03

5

,033

-

,03

8

-

,00

3

,010

,022

,023

-

,03

0

QP14=ACONDICIIONAME

NTO INFLUENCIA

COMPRA

-

,04

1

-

,03

5

-

,04

0

-

,00

1

,01

8

-

,00

7

,03

4

,01

2

,03

7

-

,03

4

,01

7

,00

9

-

,04

0

,05

4

-

,00

7

-

,02

9

,02

1

-

,03

1

-

,04

4

-

,00

4

-

,02

3

,03

2

-

,01

9

,03

1

-

,01

3

-

,01

0

-

,00

7

QP15=EMBALAGEM

INFLUENCIA COMPRA

,00

4

-,01

9

,02

6

-,01

2

-,01

7

,03

2

,02

4

-,02

9

,00

2

-,02

0

,02

9

-,01

0

,01

9

-,00

7

,08

5

-,00

3

-,02

5

-,01

4

,02

8

-,00

4

,01

6

-,01

2

-,02

3

,01

9

,04

3

,00

2

-,06

4

QP16=DEGUSTAÇÃO

INFLEUNCIA COMPRA

,01

9

,04

6

,03

2

-

,019

-

,011

-

,064

-

,008

-

,043

-

,016

,01

7

,02

7

-

,016

,01

0

-

,029

-

,003

,11

3

-

,011

,00

3

,01

0

,00

1

,02

2

-

,012

-

,017

-

,014

,02

2

-

,027

-

,004

AL17=ASSOCIAÇÃO DA

MARCA AO PRODUTO

-

,046

-

,012

-

,043

-

,003

,03

4

-

,028

,02

9

,00

3

,02

1

-

,012

,00

8

,00

8

-

,027

,02

1

-

,025

-

,011

,04

5

-

,034

-

,021

-

,009

-

,009

,02

1

-

,003

,01

0

-

,029

-

,039

,03

6

AL18=RECONHECIMENTO

DA MARCA PELAS CARACTERISTICAS

,04

4

,02

5

,03

8

,03

9

-

,033

,02

4

-

,053

,02

1

-

,038

,03

6

-

,053

-

,001

,01

2

-

,031

-

,014

,00

3

-

,034

,08

9

-

,003

,00

9

-

,003

-

,012

,03

4

-

,032

-

,004

,03

1

,00

0

AL19=COMPRA SIMILAR

SE PREFERIDO NÃO

DISPONÍVEL

,059

,004

-

,01

3

-

,00

7

,010

,035

-

,05

0

-

,02

2

-

,01

8

,006

,012

,020

,035

-

,04

4

,028

,010

-

,02

1

-

,00

3

,177

,027

,007

-

,03

0

-

,00

1

-

,06

2

,015

,008

-

,03

7

AL20=PREFERÊNCIA POR

MARCA COM RESP.

SOCIAL

,046

-

,01

2

,003

-

,01

5

-

,00

8

-

,00

2

-

,00

9

,046

-

,02

0

,018

-

,00

2

-

,04

7

-

,03

5

-

,00

4

-

,00

4

,001

-

,00

9

,009

,027

,123

-

,02

3

-

,00

2

-

,00

1

-

,03

0

-

,02

9

,010

,025

AL21=PREFERÊNCIA POR MARCA ECOLOG.

CORRETA

,00

7

,01

5

,03

4

-,01

2

-,01

7

-,01

9

,02

7

-,01

9

-,03

6

,01

6

,00

5

-,04

4

,03

3

-,02

3

,01

6

,02

2

-,00

9

-,00

3

,00

7

-,02

3

,06

2

-,03

3

,02

2

-,00

7

,02

6

,00

1

-,02

8

AL22=PREFERÊNCIA POR

MARCA LÍDER

-,03

4

-,02

0

-,03

6

,00

0

,02

2

-,01

1

,01

4

,00

4

,03

8

-,02

1

,00

6

,02

0

-,03

8

,03

2

-,01

2

-,01

2

,02

1

-,01

2

-,03

0

-,00

2

-,03

3

,03

7

-,01

6

,00

8

-,02

0

-,02

5

,01

5

Continua.

Page 115: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

115

AL23=IDENTIFICA

ÇÃO DA DURABILIDADE

PELA MARCA

,039

,011

,022

,041

-

,02

4

-

,01

5

-

,03

7

,017

-

,05

9

,040

-

,03

8

-

,03

1

-

,00

3

-

,01

9

-

,02

3

-

,01

7

-

,00

3

,034

-

,00

1

-

,00

1

,022

-

,01

6

,082

-

,05

3

-

,00

9

,021

,004

AL24=ASSOCIAÇÃO DA QUALIDADE

À MARCA

-,05

3

-,02

5

-,02

5

,00

4

,01

1

,01

3

,01

9

,02

2

,02

8

-,03

3

,00

5

,03

7

,01

0

,03

1

,01

9

-,01

4

,01

0

-,03

2

-,06

2

-,03

0

-,00

7

,00

8

-,05

3

,14

6

-,01

0

,01

7

-,03

7

AL25=FACILIDADE

DE LOCALIZAÇÃO DA MARCA

,01

6

,01

9

,03

5

-

,025

-

,028

,01

8

,00

9

-

,046

-

,001

-

,013

,03

0

,00

1

,02

2

-

,013

,04

3

,02

2

-

,029

-

,004

,01

5

-

,029

,02

6

-

,020

-

,009

-

,010

,07

0

,00

7

-

,031

AL26=PREFERÊNCI

A POR MARCA PRÓPRIA

,03

9

,01

4

,02

0

,02

1

-

,040

,03

3

-

,061

,03

0

-

,035

,01

5

-

,027

-

,001

,02

3

-

,010

,00

2

-

,027

-

,039

,03

1

,00

8

,01

0

,00

1

-

,025

,02

1

,01

7

,00

7

,10

5

-

,041

AL27=COMPRA

INFLUENCIADA

POR PROMOÇÕES

-

,00

8

,030

-

,00

4

-

,02

8

,021

-

,02

1

-

,01

0

,019

,016

,012

-

,01

9

,002

-

,03

0

-

,00

7

-

,06

4

-

,00

4

,036

,000

-

,03

7

,025

-

,02

8

,015

,004

-

,03

7

-

,03

1

-

,04

1

,180

An

ti-i

mage C

orre

lati

on

L1=FIDELIDADE À MARCA

,522(a)

,215

,320

,240

-

,53

1

,166

-

,58

5

,081

-

,56

4

,410

-

,20

1

-

,01

1

,129

-

,48

3

,034

,156

-

,59

0

,408

,386

,363

,079

-

,48

4

,372

-

,37

9

,164

,326

-

,05

1

L2= OPÇÃO POR MARCA LÍDER

,215

,716(a)

,152

-,14

9

-,33

8

-,25

7

-,30

0

-,24

2

-,29

3

,407

-,22

1

,049

,223

-,55

8

-,24

5

,502

-,20

4

,302

,039

-,12

3

,220

-,39

1

,139

-,24

2

,268

,158

,259

L3=FORNECEDOR

TRADICIONAL

,32

0

,15

2

,50

6(a)

-,11

5

-,52

2

,13

8

-,10

3

-,21

6

-,39

7

,41

3

-,10

3

-,25

0

,44

2

-,44

8

,23

7

,25

1

-,52

7

,33

4

-,08

0

,02

4

,35

6

-,48

8

,20

1

-,17

5

,34

5

,16

4

-,02

3

L4=NÃO TROCA POR MAIS

CONHECIDA

,24

0

-,14

9

-,11

5

,74

3(a)

-,29

5

,04

9

-,38

2

,24

3

-,36

4

,27

7

-,34

2

,12

1

-,03

7

-,01

5

-,13

6

-,18

1

-,04

9

,41

6

-,05

1

-,13

5

-,15

4

,00

5

,45

7

,03

3

-,30

0

,21

0

-,21

2

L5=NÃO TROCA

MESMO NA FALTA

-

,531

-

,338

-

,522

-

,295

,63

2(a)

-

,113

,28

4

-

,008

,59

1

-

,357

,12

9

,19

0

-

,173

,32

7

-

,249

-

,144

,67

8

-

,483

,10

4

-

,104

-

,296

,49

4

-

,360

,12

2

-

,452

-

,530

,21

3

L6=GOSTAR DA

MARCA

,16

6

-

,257

,13

8

,04

9

-

,113

,78

0(a)

-

,153

,08

6

,11

9

-

,273

-

,155

,27

0

,32

3

-

,074

,28

1

-

,486

-

,333

,20

7

,20

9

-

,017

-

,197

-

,148

-

,137

,08

9

,16

9

,25

6

-

,128

L7=TEMPO DE REPOSIÇÃO

-

,58

5

-

,30

0

-

,10

3

-

,38

2

,284

-

,15

3

,519(a)

-

,15

9

,392

-

,32

0

,322

-

,31

1

-

,05

2

,357

,195

-

,05

9

,329

-

,42

9

-

,28

3

-

,06

4

,261

,180

-

,31

3

,123

,079

-

,45

3

-

,05

9

L8=RELACIONAM

ENTO COM O

FORNECEDOR

,081

-

,24

2

-

,21

6

,243

-

,00

8

,086

-

,15

9

,693(a)

-

,19

7

,217

-

,51

0

-

,17

3

-

,25

5

,192

-

,36

1

-

,46

3

,048

,259

-

,18

4

,476

-

,28

0

,081

,209

,209

-

,62

7

,337

,158

Continua.

Page 116: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

116

QP9=RENDIMENTO

DO PRDOUTO

-

,564

-

,293

-

,397

-

,364

,59

1

,11

9

,39

2

-

,197

,60

3(a)

-

,713

,33

2

,33

4

-

,242

,54

9

,02

8

-

,157

,33

7

-

,431

-

,146

-

,192

-

,496

,66

3

-

,704

,25

2

-

,007

-

,371

,13

1

QP10=PROCURA

EXPERIMENTAR NOVOS PRODUTOS

,41

0

,40

7

,41

3

,27

7

-

,357

-

,273

-

,320

,21

7

-

,713

,60

0(a)

-

,546

-

,421

,21

2

-

,619

-

,289

,22

2

-

,235

,51

7

,06

4

,22

3

,27

8

-

,472

,60

1

-

,368

-

,211

,19

1

,12

3

QP11=CREDIBILIDAD

E ESTIMULA A

COMPRA

-

,20

1

-

,22

1

-

,10

3

-

,34

2

,129

-

,15

5

,322

-

,51

0

,332

-

,54

6

,729(a)

-

,07

5

-

,15

2

,256

,352

,276

,134

-

,61

8

,102

-

,01

8

,064

,114

-

,46

3

,048

,396

-

,29

1

-

,15

3

QP12=QUALIDADE COMO PRIORIDADE

-

,01

1

,049

-

,25

0

,121

,190

,270

-

,31

1

-

,17

3

,334

-

,42

1

-

,07

5

,761(a)

,075

,092

-

,08

5

-

,11

3

,087

-

,00

7

,111

-

,32

0

-

,42

4

,248

-

,25

7

,230

,011

-

,00

7

,011

QP13=PERCEPÇÃO

DA QUALIDADE

PELO RÓTULO

,12

9

,22

3

,44

2

-

,03

7

-

,17

3

,32

3

-

,05

2

-

,25

5

-

,24

2

,21

2

-

,15

2

,07

5

,65

0(a)

-

,58

5

,21

6

,10

0

-

,42

6

,13

2

,28

2

-

,33

5

,44

6

-

,65

9

-

,03

8

,09

1

,27

5

,24

1

-

,24

1

QP14=ACONDICIIONAMENTO

INFLUENCIA

COMPRA

-

,483

-

,558

-

,448

-

,015

,32

7

-

,074

,35

7

,19

2

,54

9

-

,619

,25

6

,09

2

-

,585

,57

1(a)

-

,101

-

,369

,42

1

-

,448

-

,456

-

,047

-

,394

,72

0

-

,282

,34

5

-

,220

-

,135

-

,068

QP15=EMBALAGEM INFLUENCIA

COMPRA

,034

-,24

5

,237

-,13

6

-,24

9

,281

,195

-,36

1

,028

-,28

9

,352

-,08

5

,216

-,10

1

,767(a)

-,03

0

-,40

5

-,15

8

,228

-,04

3

,227

-,20

9

-,28

1

,173

,565

,024

-,51

7

QP16=DEGUSTAÇÃO INFLEUNCIA

COMPRA

,15

6

,50

2

,25

1

-,18

1

-,14

4

-,48

6

-,05

9

-,46

3

-,15

7

,22

2

,27

6

-,11

3

,10

0

-,36

9

-,03

0

,70

6(a)

-,14

8

,03

3

,07

0

,00

8

,26

5

-,18

9

-,17

3

-,10

9

,24

4

-,25

1

-,02

7

AL17=ASSOCIAÇÃO DA MARCA AO

PRODUTO

-,59

0

-,20

4

-,52

7

-,04

9

,67

8

-,33

3

,32

9

,04

8

,33

7

-,23

5

,13

4

,08

7

-,42

6

,42

1

-,40

5

-,14

8

,58

2(a)

-,54

2

-,23

6

-,12

3

-,16

3

,50

8

-,04

9

,11

8

-,51

9

-,56

3

,39

5

AL18=RECONHECIM

ENTO DA MARCA PELAS

CARACTERISTICAS

,408

,302

,334

,416

-

,48

3

,207

-

,42

9

,259

-

,43

1

,517

-

,61

8

-

,00

7

,132

-

,44

8

-

,15

8

,033

-

,54

2

,547(a)

-

,02

2

,087

-

,04

5

-

,21

5

,404

-

,27

8

-

,05

3

,323

,003

AL19=COMPRA SIMILAR SE

PREFERIDO NÃO

DISPONÍVEL

,38

6

,03

9

-

,080

-

,051

,10

4

,20

9

-

,283

-

,184

-

,146

,06

4

,10

2

,11

1

,28

2

-

,456

,22

8

,07

0

-

,236

-

,022

,61

2(a)

,18

3

,07

1

-

,370

-

,005

-

,386

,13

5

,05

6

-

,205

AL20=PREFERÊNCIA POR MARCA COM

RESP. SOCIAL

,36

3

-,12

3

,02

4

-,13

5

-,10

4

-,01

7

-,06

4

,47

6

-,19

2

,22

3

-,01

8

-,32

0

-,33

5

-,04

7

-,04

3

,00

8

-,12

3

,08

7

,18

3

,75

2(a)

-,25

7

-,03

6

-,01

1

-,22

4

-,31

1

,09

1

,16

9

AL21=PREFERÊNCIA

POR MARCA

ECOLOG. CORRETA

,07

9

,22

0

,35

6

-

,15

4

-

,29

6

-

,19

7

,26

1

-

,28

0

-

,49

6

,27

8

,06

4

-

,42

4

,44

6

-

,39

4

,22

7

,26

5

-

,16

3

-

,04

5

,07

1

-

,25

7

,68

7(a)

-

,68

1

,30

3

-

,07

4

,40

1

,01

0

-

,26

9

Continua.

Page 117: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

117

AL22=PREFERÊNCI

A POR MARCA LÍDER

-

,484

-

,391

-

,488

,00

5

,49

4

-

,148

,18

0

,08

1

,66

3

-

,472

,11

4

,24

8

-

,659

,72

0

-

,209

-

,189

,50

8

-

,215

-

,370

-

,036

-

,681

,56

9(a)

-

,286

,11

2

-

,390

-

,391

,18

0

AL23=IDENTIFICA

ÇÃO DA DURABILIDADE

PELA MARCA

,372

,139

,201

,457

-

,36

0

-

,13

7

-

,31

3

,209

-

,70

4

,601

-

,46

3

-

,25

7

-

,03

8

-

,28

2

-

,28

1

-

,17

3

-

,04

9

,404

-

,00

5

-

,01

1

,303

-

,28

6

,550(a)

-

,48

6

-

,12

3

,222

,029

AL24=ASSOCIAÇÃ

O DA QUALIDADE À MARCA

-

,379

-

,242

-

,175

,03

3

,12

2

,08

9

,12

3

,20

9

,25

2

-

,368

,04

8

,23

0

,09

1

,34

5

,17

3

-

,109

,11

8

-

,278

-

,386

-

,224

-

,074

,11

2

-

,486

,53

9(a)

-

,095

,13

3

-

,229

AL25=FACILIDADE

DE LOCALIZAÇÃO DA MARCA

,16

4

,26

8

,34

5

-

,300

-

,452

,16

9

,07

9

-

,627

-

,007

-

,211

,39

6

,01

1

,27

5

-

,220

,56

5

,24

4

-

,519

-

,053

,13

5

-

,311

,40

1

-

,390

-

,123

-

,095

,59

5(a)

,07

9

-

,273

AL26=PREFERÊNCI

A POR MARCA

PRÓPRIA

,326

,158

,164

,210

-

,53

0

,256

-

,45

3

,337

-

,37

1

,191

-

,29

1

-

,00

7

,241

-

,13

5

,024

-

,25

1

-

,56

3

,323

,056

,091

,010

-

,39

1

,222

,133

,079

,733(a)

-

,29

4

AL27=COMPRA

INFLUENCIADA

POR PROMOÇÕES

-

,05

1

,259

-

,02

3

-

,21

2

,213

-

,12

8

-

,05

9

,158

,131

,123

-

,15

3

,011

-

,24

1

-

,06

8

-

,51

7

-

,02

7

,395

,003

-

,20

5

,169

-

,26

9

,180

,029

-

,22

9

-

,27

3

-

,29

4

,763(a)

Dados: Medida de adequação de amostra (MSA = ª)

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

Page 118: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

118

Tabela 5: Explicação da variância total para as 27 variáveis.

Fator

Soma de quadrados rotacionados

Total % de

Variância Acumulada % Total

% de

Variância Acumulada %

1 10,265 38,019 38,019 10,265 38,019 38,019

2 3,463 12,826 50,845 3,463 12,826 50,845

3 2,472 9,155 60,000 2,472 9,155 60,000

4 2,107 7,802 67,803 2,107 7,802 67,803

5 1,534 5,682 73,485 1,534 5,682 73,485

6 1,131 4,190 77,675 1,131 4,190 77,675

7 ,862 3,194 80,868

8 ,773 2,865 83,733

9 ,724 2,683 86,416

10 ,645 2,390 88,806

11 ,577 2,137 90,943

12 ,503 1,862 92,805

13 ,354 1,310 94,115

14 ,331 1,224 95,340

15 ,245 ,909 96,248

16 ,206 ,761 97,010

17 ,172 ,636 97,646

18 ,156 ,576 98,222

19 ,101 ,373 98,596

20 ,090 ,333 98,929

21 ,073 ,272 99,201

22 ,061 ,225 99,426

23 ,051 ,188 99,613

24 ,045 ,167 99,781

25 ,030 ,111 99,892

26 ,019 ,072 99,964

27 ,010 ,036 100,000

Dados: Método de extração da componente principal.

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

Page 119: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

119

Tabela 6: Cargas fatoriais dos 3 fatores para 27 variáveis

VARIÁVEL Fator

1 2 3

L1=FIDELIDADE À MARCA ,254 ,183 ,671

L2= OPÇÃO POR MARCA LÍDER ,789 ,235 ,145

L3=FORNECEDOR TRADICIONAL ,778 -,233 ,105

L4=NÃO TROCA POR MAIS CONHECIDA ,893 ,040 -,024

L5=NÃO TROCA MESMO NA FALTA ,792 ,321 ,153

L6=GOSTAR DA MARCA ,474 ,649 -,131

L7=TEMPO DE REPOSIÇÃO ,439 ,261 ,050

L8=RELACIONAMENTO COM O FORNECEDOR ,552 ,433 ,174

QP9=RENDIMENTO DO PRDOUTO ,002 ,541 ,351

QP10=PROCURA EXPERIMENTAR NOVOS PRODUTOS ,262 ,770 ,240

QP11=CREDIBILIDADE ESTIMULA A COMPRA ,468 ,633 ,243

QP12=QUALIDADE COMO PRIORIDADE ,347 ,712 -,174

QP13=PERCEPÇÃO DA QUALIDADE PELO RÓTULO ,085 ,342 ,758

QP14=ACONDICIIONAMENTO INFLUENCIA COMPRA ,071 ,696 ,468

QP15=EMBALAGEM INFLUENCIA COMPRA ,156 ,805 ,321

QP16=DEGUSTAÇÃO INFLEUNCIA COMPRA -,035 ,774 ,160

AL17=ASSOCIAÇÃO DA MARCA AO PRODUTO ,015 ,141 ,858

AL18=RECONHECIMENTO DA MARCA PELAS CARACTERISTICAS -,125 ,335 ,812

AL19=COMPRA SIMILAR SE PREFERIDO NÃO DISPONÍVEL ,243 ,081 ,391

AL20=PREFERÊNCIA POR MARCA COM RESP. SOCIAL ,516 ,084 ,372

AL21=PREFERÊNCIA POR MARCA ECOLOG. CORRETA ,732 ,375 ,073

AL22=PREFERÊNCIA POR MARCA LÍDER ,804 ,145 ,310

AL23=IDENTIFICAÇÃO DA DURABILIDADE PELA MARCA ,007 ,645 ,246

AL24=ASSOCIAÇÃO DA QUALIDADE À MARCA ,139 ,035 ,390

AL25=FACILIDADE DE LOCALIZAÇÃO DA MARCA ,522 -,008 ,588

AL26=PREFERÊNCIA POR MARCA PRÓPRIA ,474 ,460 ,405

AL27=COMPRA INFLUENCIADA POR PROMOÇÕES ,214 ,676 ,093

Dados: Método de extração da componente principal com rotação varimax.

Fonte: Dados da pesquisa (2011).

Page 120: fatores determinantes do valor de marca na percepção dos

120

Tabela 7: Comunalidades dos 3 fatores para 27 variáveis

Dimensão/Variáveis Comunalidades

Inicial Extração

L1=FIDELIDADE À MARCA 1,000 .693

L2= OPÇÃO POR MARCA LÍDER 1,000 .673

L3=FORNECEDOR TRADICIONAL 1,000 .699

L4=NÃO TROCA POR MAIS CONHECIDA 1,000 .808

L5=NÃO TROCA MESMO NA FALTA 1,000 .768

L6=GOSTAR DA MARCA 1,000 .647

L7=TEMPO DE REPOSIÇÃO 1,000 .250

L8=RELACIONAMENTO COM O FORNECEDOR 1,000 .428

QP9=RENDIMENTO DO PRDOUTO 1,000 .432

QP10=PROCURA EXPERIMENTAR NOVOS PRODUTOS 1,000 .716

QP11=CREDIBILIDADE ESTIMULA A COMPRA 1,000 .666

QP12=QUALIDADE COMO PRIORIDADE 1,000 .632

QP13=PERCEPÇÃO DA QUALIDADE PELO RÓTULO 1,000 .613

QP14=ACONDICIIONAMENTO INFLUENCIA COMPRA 1,000 .696

QP15=EMBALAGEM INFLUENCIA COMPRA 1,000 .788

QP16=DEGUSTAÇÃO INFLEUNCIA COMPRA 1,000 .659

AL17=ASSOCIAÇÃO DA MARCA AO PRODUTO 1,000 .764

AL18=RECONHECIMENTO DA MARCA PELAS CARACTERISTICAS 1,000 .659

AL19=COMPRA SIMILAR SE PREFERIDO NÃO DISPONÍVEL 1,000 .498

AL20=PREFERÊNCIA POR MARCA COM RESP. SOCIAL 1,000 .391

AL21=PREFERÊNCIA POR MARCA ECOLOG. CORRETA 1,000 .636

AL22=PREFERÊNCIA POR MARCA LÍDER 1,000 .660

AL23=IDENTIFICAÇÃO DA DURABILIDADE PELA MARCA 1,000 .573

AL24=ASSOCIAÇÃO DA QUALIDADE À MARCA 1,000 .463

AL25=FACILIDADE DE LOCALIZAÇÃO DA MARCA 1,000 .445

AL26=PREFERÊNCIA POR MARCA PRÓPRIA 1,000 .525

AL27=COMPRA INFLUENCIADA POR PROMOÇÕES 1,000 .720

Dados: Método de extração da componente principal.

Fonte: Dados da pesquisa (2011).