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Exemplar Avulso: R$ 3,31 – Assinatura: R$ 39,70 24 Quilombola adventista A influência da fé numa comunidade de descendentes de escravos de SC 6 Defesa da verdade Teólogo fala sobre instituto que zela pela pureza da mensagem 14 Perfil de Jesus Como adicionar o perfil do maior Mestre de todos os tempos

Fé RA/ago13 · 28806 RA/ago13 Designer Editor Texto C.Qualidade Depto. Arte AdvReveistna ti.st Agosta o • 2013 . Não há contradição teológica na epístola de Tiago

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Adventista.Revista . Agosto • 2013

Não há contradição teológica na epístola de Tiago

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24 Quilombola adventista

A influência da fé numa comunidade de descendentes de escravos de SC

6 Defesa da verdade

Teólogo fala sobre instituto que zela pela pureza da mensagem

14 Perfil de Jesus

Como adicionar o perfil do maior Mestre de todos os tempos

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2 Revista Adventista I agosto • 2013

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Rubens Lessa é editor da

Revista Adventista.

rubens.lessa@ cpb.com.br

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editorial Rubens Lessa

não desistir

Os sonhos de Deus para cada

um de nós são elevados

e sublimes

atribui-se ao Barão de Itararé este pensamento: “Nunca de-sista de seu sonho. Se ele aca-bar numa padaria, procure

noutra.” Apesar de singelo e engraçado, esse pensamento nos ensina importante lição: o êxito nem sempre é alcançado por um só meio. Existem outras possibilidades.

e tristeza. Problemas de saúde, limitações físicas, perda de amigos e parentes, dificuldades financeiras – tudo isso pode nos levar a pensar que não vale a pena prosseguir. E o diabo sabe que, nesses momen-tos de angústia, nos tornamos vulneráveis. Por isso, ele procura potencializar suas tentações.

Jó enfrentou os efeitos dessa potencialização, mas não desistiu de confiar no Altíssimo. A certa altura de sua amarga experiência, subiu cada de-grau da escada da fé e afirmou: “Eu sei que o meu Redentor vive e por fim Se levantará sobre a Terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-Lo-ei por mim mesmo, os meus olhos O verão, e não outros” (Jó 19:25-27).

3. Demora. Doença prolongada, filho que não volta para a igreja e casamento que não se conso-lida são exemplos de situações que suscitam a clás-sica pergunta: “Quando isso vai acabar?” Por falta de uma resposta rápida, muitas pessoas sucumbem, se esquecendo de que a Palavra de Deus é a única fonte de conforto nesses momentos de ansiedade. Por exemplo:

“Eis que temos por felizes os que perseveram fir-mes. Tendes ouvido da paciência de Jó e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo” (Tg 5:11). “Para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Rm 8:18).

Ellen G. White nos dá oportuno conselho: “Há uma elevada norma que devemos atingir, caso quei-ramos ser filhos de Deus, nobres, puros, santos e in-contaminados. É necessário um processo de poda, se queremos alcançar essa norma. Como seria efe-tuada essa poda, se não houvesse dificuldades a en-frentar, obstáculos a transpor, coisa alguma a exigir paciência e capacidade de resistir?” (Testemunhos Seletos, v. 2, p. 113). “Ficamos facilmente desanima-dos e clamamos ansiosamente para que seja remo-vida de nós a provação, quando o que devemos fa-zer é pedir paciência para resistir e graça para ven-cer” (Ibid., v. 1, p. 108).

Cândido Mariano da Silva Rondon (1865-1958), grande desbravador e pacificador, costumava dizer: “Morrer se preciso for, matar nunca!” Que nosso lema seja: “Sofrer se preciso for; desistir nunca!”

Há sonhos que não se concretizam, porque os colocamos em lugares aos quais não temos acesso. Nesse caso, a escada da nossa capacidade é curta. Por outro lado, sonhamos com metas possíveis, mas às vezes não as alcançamos por falta de perseverança.

Como cristãos, precisamos evitar atitudes nega-tivas: ou seja, alimentar sonhos fantasiosos e desisi-tir de sonhos cuja realização esteja ao nosso alcance.

Há sonhos humanos – bons e ruins – e sonhos divinos, sempre adequados às nossas necessidades físicas, mentais e espirituais. Os sonhos de Deus para cada um de nós são elevados e sublimes, mas não fantasiosos. Por quê? Porque Aquele que os con-cebeu providenciou a escada que nos permite atin-gir a meta de cada um deles.

Por vezes, Satanás quer nos dar a impressão de que a escada é curta demais. Noutras ocasiões, ele agiganta os obstáculos diante de nossos olhos. Por exemplo:

1. Faquezas humanas. A escada das possibilida-des humanas não pode transpor o enorme abismo que há entre nós e o ideal cristão. Certa vez, Paulo confessou: “Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço” (Rm 7:18, 19).

Felizmente, o apóstolo deixou de olhar para a escada humana e se valeu da escada divina: “Tudo posso nAquele que me fortalece” (Fp 4:13). O fato de Paulo ter dependido inteiramente de Deus fez com que ele não desistisse. Perto do ocaso da vida, afirmou: “Combati o bom combate, completei a car-reira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará na-quele Dia; e não somente a mim, mas também a to-dos quantos amam a Sua vinda” (2Tm 4:7, 8).

2. Provações. Neste mundo sofremos muitas perdas, algumas das quais nos causam desânimo

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Fé em açãoA fé verdadeira se demonstra na prática de boas obras. Essa é a tônica da epístola de Tiago.

Érico T. Xavier

O perfil de JesusNesta matéria, o autor apresenta como indicação de amizade o perfil de Alguém muito especial.

Isaque Pereira Lobato

O poder do olharQuando aplicada ao contexto espiritual, é interessante a figura do panóptico.

Osman Santana Costa

efeito “multidão”Na multidão, muitos perdem a individualidade.

Fábio Pinheiro

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14

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seções 2 Editorial 3 O Leitor Opina / Cartas 4 Mensagem Pastoral 6 Entrevista 19 Boa Pergunta 20 Espaço Jovem 23 Notícias 42 Reflexões

Dê sua opinião: O que Deus espera dos jovens adventistas do sétimo dia?

A igreja adventista está fria, morna ou quente?

A liderança da igreja pode estar quente em nível de Associações, Uniões e Divisão. Mas os membros da igreja, em sua maioria, estão mor-nos ou frios. Não se interessam em atividades missionárias. A cada ano, é dif ícil escolher novos líderes de de-partamentos, pois muitos membros preferem a zona de conforto.

Ricardo Cavalcante Oliveira SantosSão Paulo, SP

A mornidão é uma característica da última igreja do Apocalipse (Lao-diceia). Apesar das campanhas rea-lizadas pela igreja, principalmente em nível de Divisão Sul-America-na, com a distribuição em massa de livros, DVDs e outros materiais, a impressão que fica é de que tudo é passageiro, momentâneo.

No editorial da RA de julho (“Zona de conforto”), o editor explana bem o assunto: “Todos os membros da igre-ja estão olhando para a linda manga que está lá em cima, mas não querem sair da zona de conforto.” E ele per-gunta: “Proporcionalmente, por que não avançamos tanto hoje, se temos 18 milhões de adventistas ao redor da Terra? A resposta é simples: o nú-mero de membros é expressivo, mas o de discípulos é acanhado.”

Portanto, precisamos empregar mais tempo na formação de discí-pulos de Cristo.

Alípio de Almeidapor e-mail

Você acha que a apresentação do documento “Estilo de Vida Adventista” está contribuindo para mudanças significativas em sua igreja?

Infelizmente, o documento distri-buído nas igrejas não surtiu muito efeito, pois a moda continua entran-do sutilmente no estilo de vida dos adventistas. O documento deveria ter sido mais claro quanto ao assunto.

De nada adianta termos igrejas lotadas, mas vazias de espiritualida-de e adoração. Acho que a verdade deve ser dita com clareza e ir dire-tamente ao ponto, com amor, mas também com autoridade – a auto-ridade da Palavra de Deus e do Es-pírito de Profecia.

Fábio Rocha da Silva ReisBorebi, SP

CaRtasArmas

Li o artigo “As armas do cristão” (RA-julho). Aconselho todo adventis-ta que está se preparando para o Céu a falar sobre esse assunto em nossas igrejas, pois devemos estar protegidos contra os ataques do inimigo.

Na matéria, o autor não cita um acessório muito importante, que se en-contra em 1 Pedro 5:5. Devemos nos cingir também “de humildade”, para não cairmos no pecado do orgulho.

Valdemir Reis Trindade Júniorpor e-mail

ConfortoParabéns pelo artigo “Zona de

conforto”, publicado na Revista Ad-ventista de julho. A igreja estava pre-cisando de material como esse.

José Carlos Moreirapor e-mail

No dia 19 de julho (uma sexta-fei-ra), ao me sentar no sofá, senti uma sensação bastante confortável, após um dia cansativo. Abri a Revista Ad-ventista e, ao ler o editorial (“Zona de conforto”), me senti motivado e disse: Sairei amanhã para fazer tra-balho voluntário e levarei em meu coração a mensagem que li.

Jorge NegociaCampos dos Goytacazes, RJ

Ainda bem que não!Na edição de julho, após as obser-

vações apresentadas pelo Dr. Ozeas C. Moura com relação ao artigo “Sa-tanás teve acesso ao Céu?” [da auto-ria de Ivan Schmidt (RA-junho)], a resposta do editor deixou a desejar, pois o único ponto de vista que deve ser publicado na Revista Adventista é o ponto de vista bíblico.

Quando li o artigo em questão, pensei: Será que tudo que aprendi da história de Jó nesses 30 anos de igre-ja, nas lições da Escola Sabatina e no Espírito de Profecia, estava errado? Claro que não! Ainda bem que não!

Magda Lessapor e-mail

ConsoloGostei muito do artigo “Consolo

em meio à dor”, publicado na edi-ção de agosto.

A. Salviano MachadoJuiz de Fora, MG

Escreva para: Revista Adventista “O Leitor Opina”: Caixa Postal 34 18270-970 – Tatuí, SP, ou [email protected]

As cartas publicadas não representam necessariamente o pensamento da Revista.

O Leitor Opina

nº 1263 agosto, 2013 ano 108

www.revistaadventista.com.br

Pu bli ca ção Men sal – ISSN 1981-1462

Órgão Ge ral da Igre ja Ad ven tis ta do Sé ti mo Dia no Bra sil. De di ca do à Pro cla ma ção da “Fé que uma vez foi

en tre gue aos san tos”.

“Aqui está a pa ciên cia dos san tos: Aqui es tão os que guar dam os man da men tos de Deus e a fé de Je sus.”

Apoc. 14:12.

E di torRu bens S. Les sa

E di to res As so cia dosPaulo Roberto Pinheiro, Marcos De Benedicto,

Sueli Oliveira, Francisco Lemos, Zinaldo Santos, Ivacy F. Oliveira, Michelson Borges, Diogo Cavalcanti,

Neila D. Oliveira, Guilherme Silva, André Oliveira Santos, Vanderlei Dorneles, Alceu Nunes, Márcio Nastrini,

Nerivan Silva, Wendel Lima, Adriana Teixeira, Vinícius Mendes e Eduardo Rueda.

Co la bo ra do resTed Wilson, Erton Köhler, Magdiel Pérez, Marlon Lopes,

Edson Rosa, Domingos José de Souza, Geovani Souto Queiroz, Gilmar Zahn, Helder Roger Cavalcante Silva,

Leonino Santiago, Marlinton Lopes, Maurício Lima e Moisés Moacir da Silva.

Projeto GráficoLevi Gruber

Imagem da Capa Pete Saloutos / Fotolia

CA SA PU BLI CA DO RA BRA SI LEI RAEdi to ra dos Adventistas do Sétimo Dia

Ro do via Es ta dual SP 127 – km 106Cai xa Pos tal 34; CEP 18270-970 – Ta tuí, São Paulo

Fone (15) 3205-8800 – Fax (15) 3205-8900

SERVIçO DE ATENDIMENTO AO CLIENTELIGuE GRáTIS: 0800 9790606

Segunda a quinta, das 8h às 20hSexta, das 7h30 às 15h45 / Domingo, das 8h30 às 14h.

Diretor-Ge ralJosé Carlos de Lima

Diretor FinanceiroEdson Erthal de Medeiros

Re da tor-Che feRu bens S. Les sa

Ge ren te de ProduçãoReisner Martins

Ge ren te de Ven dasJoão Vicente Pereyra

Chefe de Ex pe di çãoEduardo G. da Luz

Chefe de ArteMarcelo de Souza

As no tí cias para a re vis ta do mês se guin te de vem es tar na Re da ção até o dia 10. Não se de vol vem ori gi nais,

mes mo não pu bli ca dos.

E xem plar Avul so: R$ 3,31. Assinatura: R$ 39,70.

Nú me ros atra sa dos: Pre ço da úl ti ma edi ção. A Edi to ra só se res pon sa bi li za pe las as si na tu ras an ga ria das por

re pre sen tan tes do SELS – Ser vi ço Edu ca cio nal Lar e Saú de.

Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem prévia autorização escrita do autor e da Editora.

5478 / 28806Ti ra gem: 21.000

em setembro• Adoração verdadeira

• Como controlar o fogo da língua

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eRtOn KÖhLeR é presidente da

Igreja Adventista do Sétimo Dia

para a América do Sul.

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Mensagem Pastoral erton Köhler

apenas um torpedoO que alguém é

capaz de fazer para cumprir a

missãoÉ interessante observar como Deus

usa métodos inesperados e pes-soas consagradas para salvar vi-das. Faz poucos dias, conheci a his-

tória da irmã Benvinda Carvalho. Trata-se de uma daquelas histórias que emocio-nam, motivam e mostram o que alguém é capaz de fazer para cumprir a missão.

A Grande Esperança, pois nesse dia as igrejas adven-tistas da América do Sul estariam engajadas no pro-jeto de presentear cada lar com um livro. Deus real-mente estava agindo, pois, nesse dia, ela encontrou dois jovens na rua com livros nas mãos e logo per-guntou se eram adventistas. Quando eles responde-ram afirmativamente, ela não perdeu tempo e quis saber onde poderia encontrar uma igreja próxima de sua casa. Além de levá-la até a igreja, os jovens deram um número de telefone, caso ela aceitasse uma visita.

“Quando soube disso, tive a ideia de ligar para al-gum irmão de igreja em São Paulo e pedir que fosse visitá-la. Pedi a autorização dela para isso e, em abril de 2012, alguns irmãos foram à casa dela. Entre eles, estava o irmão João, homem de muita fé. Ela gostou bastante da visita, mas não demonstrou interesse pela igreja. No dia do seu aniversário, mandei de pre-sente para ela um exemplar do livro Conhecer Jesus é Tudo. Ela gostou muito e quis retribuir a gentileza enviando-me também alguma lembrança. Eu disse que não era necessário, mas se realmente quisesse me dar algum presente, que aceitasse estudar a Bíblia com os irmãos que a visitaram. Ela achou que ainda era muito cedo, mas que iria convidá-los para voltar no tempo certo. Nas férias de julho, ela foi ao Ceará a fim de rever seus familiares. Aproveitei a oportu-nidade para ir conhecê-la, pois o Ceará fica perto de Pernambuco. Muitos me chamaram de louca, mas avancei com meu plano e, finalmente, conheci não só a Geralda como também todos os familiares dela, que me receberam muito bem. Na despedida, ela me garantiu que, quando chegasse a São Paulo, iria pro-curar os irmãos e pedir estudos bíblicos.”

“No mês seguinte, ela me disse que havia tomado a decisão de estudar a Bíblia graças a um CD que seu pai lhe deu, que contém um hino que lhe to-cou o coração. A cada estudo ela fazia novas desco-bertas. Passou a frequentar a igreja adventista e, na maioria das vezes, a família a acompanhava. Passa-ram-se os meses e, em março de 2013, ela me con-tou que iria assistir a um batismo. Naquele dia, ela sentiu o chamado de Deus e decidiu também ser batizada. Quando recebi seu convite, decidi viajar de Pernambuco para São Paulo e assistir à cerimô-nia, que foi realizada no dia 31 de março de 2013. A igreja estava lotada. Os filhos dela e alguns parentes estiveram presentes. Geralda e eu ficamos muito fe-lizes. Foi uma grande festa na Terra e, com certeza, no Céu também!”

Benvinda é membro da igreja Central de Reden-ção, em Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Mãe de dois filhos, professora da classe dos adolescentes e também uma batalhadora. Ajuda no orçamento familiar vendendo picolés e pães caseiros que ela mesma prepara. Em meio a todas essas ocupações, ela foi ao extremo para não perder a oportunidade de salvar uma vida que milagrosamente Deus co-locou em seu caminho. Benvinda conta a história:

“Era sexta feira, 30 de dezembro de 2011, já nas horas do sábado, quando resolvi enviar alguns tor-pedos para amigos e parentes. O último foi para Ju-celânia, uma sobrinha que mora em São Paulo. Por já ser tarde da noite, fui orar para dormir e escu-tei o som do celular anunciando a chegada de uma nova mensagem. Terminada a oração, fui verificar e, para minha surpresa, estava escrito: ‘Moça, você mandou uma mensagem para o celular errado.’ Per-cebendo meu erro, respondi: ‘Obrigada pelo aviso. Tenha um feliz ano novo e que o Senhor a abençoe!’ Novamente a pessoa retornou: ‘Eu é que lhe digo obrigada por ser tão amável e gentil. Também lhe desejo um feliz ano novo.’ Quando essa mensagem chegou, senti que Deus estava agindo. Curiosa para saber quem estava do outro lado da linha, resolvi me identificar: ‘Oi, sou Benvinda... Se você quiser se identificar, fique à vontade’. Ela respondeu: ‘Sou Ge-ralda, divorciada...’ A partir daí, não a esqueci mais e constantemente lhe enviava torpedos com pala-vras de encorajamento e versos bíblicos. Descobri que ela cultivava o hábito de ler a Bíblia diariamente. Então, na primeira conversa por telefone que tive-mos, anotei seu endereço e dois dias depois lhe en-viei os livros A Grande Esperança e Tempo de Espe-rança, com um guia de estudos bíblicos e uma carta.

“Ao recebê-los, ela ficou muito feliz e agradecida, mas me disse que frequentava outra igreja com seus três filhos. Aproveitei para lhe dizer que esse material iria ajudá-la bastante na compreensão da Bíblia e que, no dia 24 de março de 2012, alguém poderia bater à sua porta para entregar a ela um exemplar do livro

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Programa Adventista de Capacitação em Comunicação – PAC.ComComunicação

A atualidade tornou o homem um ser impessoal, constantemente apressado e angustiado por obter informação. Nessa videoaula, o aluno vai aprender os princípios de elaboração de uma reportagem, independentemente da mídia utilizada. Vai acompanhar de perto o cotidiano do repórter e conferir as dicas de quem todo dia vive e conta novas histórias. Um episódio que ensina os princípios da apuração, entrevista e produção jornalística: imperdível para quem trabalha com notícias.

Aula nº 21 – Reportagem

Divulgue nosso site de Evangelismo: www.esperanca.com.brNotícias oficiais da Igreja Adventista do Sétimo Dia: www.adventistas.org

As notícias da Agência Adventista Sul-Americana (ASN) também estão disponíveis no:

Divulgação

Youtube, você pode assistir aos vídeos gravados semanalmente pelo endereço www.youtube.com/videosasn

Facebook, clique no botão curtir e veja as notícias on-line em sua página pessoal www.facebook.com/agenciaasn

Curta e compartilhe esperança na página oficial da IASD em:www.facebook/igrejaadventistadosetimodia.

Twitter, siga o perfil www.twitter.com/iasd

24 de agostoMinistério da Mulher

Amigo virtual ou pessoal? A presença nos meios virtuais é inevitável no século em que vivemos, especialmente quando se entende que as pessoas (isso inclui as crianças e os adolescentes) podem acessar conteúdo de qualquer tipo e em qualquer lugar com dispositivos móveis. A violência que pode ser praticada através desses meios se dá principalmente pela vulnerabilidade das vítimas e pela falta de orientação diante de situações perigosas. Alertemos nossas crianças e nossos adolescentes! www.adventistas.org/mulher

Quebrando o Silêncio

31 de agostoEducação Adventista

A Educação Adventista avança a passos largos no que há de melhor no sistema educacional. Mas uma coisa não mudou e nunca vai mudar: seus princípios e valores. Olhando para trás ou imaginando o futuro bem à frente, é possível entender que o elo entre o passado e o presente é sua tradição cristã, cujo fundamento atravessa gerações. Estamos educando gerações porque temos compromisso com seu futuro. www.adventistas.org/educacao

Dia da Educação Cristã

Setembro21 e 28 Batismo da Primavera – Ministério Jovem, Ministério Pessoal e Evangelismo

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A campanha Quebrando o Silêncio é desenvolvida durante todo o ano, mas uma das suas principais ações ocorre sempre no quarto sábado do mês de agosto.

Participe conosco!

www.quebrandoosilencio.org @quebrasilencio

Conforme os dados da primeira pesquisa Kids Online Brasil, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), cujo objetivo foi analisar o comportamento das crianças brasileiras na internet, cresce o número de acessos à internet por parte do público infanto-juvenil. Foram entrevistadas 1.580 crianças e adolescentes entre as idades de 9 e 11 anos. O índice de adesão às redes sociais é de 42%; na faixa dos 11 a 16 anos, a taxa sobe para 70%. Desse último grupo, 23% já fizeram novos contatos online e 25% chegaram a encontrar pessoalmente os amigos virtuais.

Preocupados com os perigos aparentemente ocultos deste novo mundo virtual, que se abre diante dos olhos de crianças, juvenis e adolescentes, o projeto Quebrando o Silêncio 2013 chama a atenção de pais e mães para a necessidade de auxiliar seu filho a conviver saudavelmente neste mundo virtual e traz orientações aos filhos sobre maneiras de usar com sabedoria a internet e as redes sociais.

Sonhamos com famílias estáveis, felizes, filhos seguros, realizados, voando alto em busca de um mundo melhor. Seria utopia desejar tudo de bom às pessoas que amamos?

Envolva-se em uma das ações planejadas por sua igreja!

Wiliane S. MarroniCoordenadora da campanha na América do Sul

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23Revista Adventista I agosto • 2013

Um jornal a serviço da igreja Editor: Wendel Lima

Agosto • [email protected]

31 Universitários dedicam duas semanas de serviço humanitário na Ilha do Bananal

34 Estudo mostra as vantagens do vegetaria-nismo e filme retrata a missão adventista

36 Fórum web discute o uso de games e linguagem narrativa na missão

29 Novo modelo de liderança promete revolucionar 250 igrejas de São Paulo

Comunidade de féDurante mais de 300 anos, cerca de 5 milhões de pessoas foram escravizadas no Bra-

sil. Parte delas conseguiu fugir e viver em comunidades de resistência, chamadas de quilombolas. No país, estima-se que exista cerca de 3 mil dessas vilas que abrigam des-cendentes de escravos. Mas uma comunidade, a 60 km de Florianópolis, chama a aten-ção de pesquisadores por várias razões.

Localizado na cidade de Porto Belo, SC, no bairro rural de Sertão do Valongo, vivem aproximadamente cem pessoas distribuídas em 28 casas. Lá, a maioria dos habitantes professa a fé adventista, o que torna a religião uma peculiaridade cultural mais forte do que a herança africana.

Acredita-se que o adventismo chegou ao Sertão do Valongo na década de 1930, por meio da literatura vendida por colportores. A influência da nova fé resultou em longe-vidade e na aquisição de hábitos alimentares mais saudáveis. Os membros deixaram costumes como a benzedura e o consumo de café e carne de porco, mas preservaram a tradição do cultivo de ervas medicinais.

A religião também fortaleceu os vínculos sociais e estimulou a leitura, a oratória e, sobretudo, a música. No templo de alvenaria – construção que se destaca na vila carac-terizada por construções de madeira – costumam se apresentar quatro grupos musicais e um quarteto. A música também é ouvida em boa parte das casas, onde as famílias passam quase que o dia todo fazendo suas tarefas sintonizadas na Rádio Novo Tempo.

Um fator que desperta interesse dos pesquisadores das áreas de genética e antropo-logia é o baixo índice de doenças genéticas numa comunidade marcada por alta con-

sanguinidade. Em Valongo, o casamento entre primos de primeiro grau é comum e muitos possuem o mes-mo sobrenome. A análise do DNA do grupo também comprovou a ancestralida-de africana dos valonguen-ses, o que reforça o interesse científico e cultural pela co-munidade e, por tabela, seu potencial de testemunho. – Wendel Lima. Págs. 24 e 25

Cura totalA partir desta edição, vamos publi-

car uma série de cinco reportagens na Revista Adventista sobre o trabalho so-cial realizado pelos hospitais adventis-tas brasileiros. Esse retrato é a versão impressa das reportagens exibidas pelo programa Revista Novo Tempo, em junho. Na primeira matéria, vamos conhecer o atendimento filantrópico oferecido pelo Hospital Adventista de São Paulo (Hasp).

A mais antiga das cinco unidades da rede hospitalar adventista do Brasil foi fundada em 1942, no centro da cidade. Fazer a diferença na metrópole que con-ta com os melhores hospitais do país é um desafio para o Hasp, que, no início de sua história, se destacou pelo trata-mento da poliomielite. Hoje, a entidade chama a atenção por levar atendimento odontológico gratuito para alunos de es-colas públicas. Págs. 26 e 27

MAIS NOTÍCIAS

www.adventistas.org www.novotempo.com/revista

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24 Revista Adventista I agosto • 2013

Deborah CalixtoColaboradora

Estrada de terra, plantações e montes. Aos poucos, aparecem as pequenas casas de madeira e o gado solto, compondo o cenário dessa pacata comunidade que se destaca por sua identidade cultu-ral e pela religião que professa. O Sertão do Valongo está localizado no município de Porto Belo, SC, e é a única comunidade quilombo-la adventista do Brasil.

Cerca de cem pessoas vivem ali, distribuídas em 28 casas. O tem-plo adventista fica logo no início do vilarejo, uma construção de al-venaria ao lado direito de quem entra na comunidade. Por causa de suas particularidades culturais e religiosas, o Sertão do Valongo já foi tema de documentário, livro e estudos acadêmicos, como tra-balho de conclusão de curso, dis-sertação de mestrado e grupo de pesquisa.

Saúde e senso de comuni-dade – Em seu artigo intitula-do “Referências culturais: práti-cas e representações sobre saúde

e doença de um grupo de afro-descendentes”, a antropóloga Ana Cristina Rodrigues mostra como a conversão à religião ad-ventista também influenciou o conhecimento sobre o significa-do de saúde e doença para os va-longuenses. Além disso, a ade-são ao estilo de vida adventista contribuiu para a longevidade do grupo.

Para a diretora do Departa-mento de Cultura de Porto Belo, Patrícia Estivallet, a forte influên-cia de uma religião numa comuni-dade como essa sempre será uma vantagem. Segundo ela, um dos benefícios é a construção de um forte vínculo social. “A comuni-dade tem características bem es-peciais, é bem tranquila e a união que eles têm com certeza se deve à religião”, assinala.

De fato, o adventismo repre-sentou uma mudança para a co-munidade. “Acredito que a Bíblia trouxe para eles alguns conceitos claros dos quais eles não abrem mão. Eles têm um princípio que buscam seguir”, observa o pas-tor Marenos Schmidt, professor

de psicologia e ensino religioso do Unasp, campus Hortolândia. Há 35 anos, Schmidt atuou como pastor em Santa Catarina, época em que liderou seis igrejas na re-gião de Itajaí, sendo uma delas a do Sertão do Valongo.

Cultos à luz de querosene –A energia elétrica chegou ao

local há apenas 24 anos. Por isso, Marenos se lembra do tempo em que as reuniões eram feitas à luz de querosene. O pastor costu-mava visitar a comunidade duas a três vezes por mês. E, em qual-quer dia que chegasse à vila, era possível convocar os fiéis e reali-zar um culto. Todos trabalhavam na própria comunidade. “Nós tra-balhávamos muito na roça. A gen-te saía de casa cedinho e voltava com as estrelas”, relata Hilda Fran-cisco, de 84 anos.

Marenos chegava ao Sertão do Valongo à tarde, fazia visitas e aos poucos os membros da co-munidade já ficavam sabendo que haveria culto. Outra maneira de avisar sobre as reuniões era atra-vés da luz do lampião. “Eles acen-

diam um lampião de gás na parte mais alta da igreja e aquilo iluminava a loca-lidade. Assim, todo mun-do sabia que haveria culto naquela noite”, lembra o ministro.

O acesso à comunida-de era bem difícil. Mare-nos andava de carro até 5 km de distância da vila e o restante do percurso fazia a pé. Regina Caeta-no, de 52 anos, lembra-se bem daquela época. “O pastor Marenos foi guer-reiro. Naquele tempo, o

carro não entrava aqui e ele vinha a pé. Arregaçava as calças e vinha de guarda-chuva”, conta. Após o culto, uns dez jovens o acompa-nhavam até o carro. Quando Ma-renos era pastor da comunidade, os cultos eram realizados em uma casinha, que depois serviu de residência para missionários. O templo atual foi construído há 14 anos.

Passado para ser esqueci-do – Não se sabe ao certo como os primeiros escravos foram pa-rar no Valongo. Alguns dizem que eles foram para lá, pois ha-viam sido comprados, outros di-zem que fugiram ou que teriam sido libertados. Certeza mesmo é que os membros mais velhos da comunidade carregam algumas memórias que o tempo não apaga.

O avô de Leopoldina Caetano, de 81 anos, foi escravo. Ela ouvia dos próprios escravos suas quei-xas. “Eles contavam pra gente que sofriam muito. Eram muito judia-dos e massacrados pelos senho-res”, lembra. O avô de Joel Faial, de 73 anos, falava sobre a escra-vatura, mas não deixava claro se tinha sido escravo.

Embora algumas lembran-ças ainda permaneçam na men-te dos valonguenses, muita coisa ficou esquecida. Quando não são

Semente em terra fértilSaiba como o adventismo influenciou uma comunidade de

descendentes de escravos no interior de Santa Catarina

Cultura

Pastor Marenos Schmidt: líder da comunidade no fim da década de 1970, época em que os cultos eram realizados à luz de querosene e carro não chegava à vila

Seja através da Rádio Novo Tempo ou dos grupos musicais, os hinos adventistas são ouvidos por toda a comunidade. A religião é o centro da vida comunitária

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questionados sobre o passado de seus familiares, eles nem tocam no assunto. Preferem não falar sobre isso. É como se quisessem resgatar apenas boas lembranças e esquecer as que geram tristeza.

Boas memórias – Nesse senti-do, a religião adventista trouxe es-perança para a comunidade. Sen-timento que é expresso no rosto de seus membros. “Quando eles contam coisas do passado, da es-cravidão, eles contam com cer-ta tristeza, com medo. E quando eles contam da memória adven-tista, falam com alegria, com jú-bilo”, enfatiza Marenos.

Os valonguenses se lembram de quase todos os pastores que passaram pela comunidade. Re-cordam suas falas, o estilo da per-sonalidade e a maneira como os ministros os trataram. São me-mórias saudáveis e gratificantes que fazem os olhos deles brilha-rem. Também guardam um ca-rinho especial por missionários que atuaram por algum tempo na

comunidade, como os casais Elza e Benedic-to Alves e Vanderlan-de e Vanderlei Ricken.

A chegada do ad-ventismo – Sobre a chegada do adventis-mo na comunidade,

a história mais conhecida é a do colportor que vendeu livros para Marinho Marcelino Caetano, pa-trono da vila. Hilda Francisco, sua filha, hoje com 84 anos, se lembra do rapaz, porém não recorda seu nome. Ela conta que ele ia a cava-lo, pois a estrada naquela época era muito ruim.

“Ele sempre chegava cantando hinos. Ele era muito bom, atendia muita gente, explicava pra gente muita coisa do adventismo. Já tra-vava meu pai como irmão Mário, irmão ‘Marinho’”, lembra. “Aí meu pai já começou a andar nas casas vizinhas, fazendo culto. Teve uma porção de gente que se converteu e foi batizada”, se alegra Hilda.

Foi nessa fase pioneira do ad-ventismo na comunidade que ou-tra história curiosa aconteceu. O pai de Joel Faial, Manoel Gregório Faial, foi o primeiro valonguense a assistir a um culto adventista. Cer-to dia ele foi levar milho para fa-zer fubá em uma vila vizinha na estrada que conduz para a cida-de de Brusque. Chegando lá, ele

escutou um pastor adventista pregando em uma casa. Manoel ouviu a mensagem e gostou muito.

Quando voltou para o Valongo, contou o que viu para seu irmão, que rezava o terço. Por não haver nenhuma igreja católica no Va-longo, no sábado seguinte o irmão de Manoel o acompanhou para escutar o culto também. Gostou do que viu e ouviu a ponto de di-zer para sua mulher que não tra-balharia mais aos sábados. Depois disso, ele comprou livros de um colportor e conheceu mais sobre a Igreja Adventista.

Fé levada a sério – A reli-gião é vivenciada pelos morado-res do Valongo com sinceridade e convicção. Dona Leopoldina, por exemplo, é tão ativa em seus serviços domésticos como em sua comunhão com Deus. “Posso ter uma viagem para fazer cedo, mas não saio de casa sem estudar a Bí-blia, a Meditação Diária e a Lição da Escola Sabatina”, enfatiza.

Ser adventista para ela é algo muito especial. Tanto que ter a igreja ali, perto de casa, é o que ela mais aprecia no Valongo. Nas-cida em lar adventista, Leo-poldina sempre participou das programações da igre-ja. Foi tesoureira por 31 anos e deixou a função porque os líderes da congregação acharam que ela já deveria estar cansada. Mas ela afir-ma que não estava e que po-deria ter continuado.

Leopoldina também gos-ta muito de cantar e, às ve-zes, fica até tarde cantando hinos com seu esposo, An-tônio Caetano. Enquan-to realiza seus afazeres domésticos, a idosa costu-ma cantar com convicção. “As pessoas devem pensar ‘Essa velha está louca’ can-tando desse jeito”, brinca.

Música e esperança – A mú-sica sempre fez parte da vida dos valonguenses. É difícil achar quem não arrisque soltar a voz por ali. Na igreja local, quatro conjuntos musicais e um quarteto enrique-cem o louvor e a adoração a Deus. Para Regina, que canta no grupo Caminhando com Cristo, o hino predileto é Bem Junto a Cristo.

Além de cantar, ela ouve mú-sicas quase o dia todo através da Rádio Novo Tempo. E não é só ela. Ao caminhar pela estrada de ter-ra e passar na frente das casas é fácil verificar que toda a comuni-dade está sintonizada na emissora adventista, o que torna o ambien-te ainda mais inspirador.

A comunidade quilombola do Sertão do Valongo tem sido um testemunho de como o evan-gelho e os princípios adventis-tas impactam a vida de um povo. Aqueles que estiveram tão pró-ximos da escravidão física vivem hoje a alegria da libertação plena oferecida por Jesus. Quando lhe perguntam o que significa ser ad-ventista, Hilda não hesita em dizer: “Significa que a gente está sempre esperando a vida eterna.”

Por causa de suas peculiaridades culturais e religiosas, a comunidade adventista do Sertão do Valongo já foi tema de documentário, livro e pesquisas acadêmicas. A única comunidade adventista quilombola tem cerca de cem habitantes

Local em que os cultos foram realizados antes da construção do atual templo de alvenaria, em 1994

Dona Leopoldina Caetano, de 81 anos, leva a religião a sério. Não sai um dia de casa sem antes ler a Bíblia. Ela atuou por 31 anos como tesoureira da igreja local

Hilda é filha de Marinho Marcelino Caetano, patrono da vila, que no passado recebeu um colportor e conheceu a mensagem adventista

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Franciele MotaColaboradora

A cidade que não dorme, dos grandes congestionamentos, ter-ra da garoa, a grande metrópole brasileira. São Paulo também é considerada o maior centro mé-dico do país. Lá estão concentra-dos os mais avançados recursos para diagnósticos e tratamentos na área da saúde.

É nesse cenário que está inserido o Hospital Adventista de São Pau-lo (Hasp), a mais antiga das cin-co unidades hospitalares mantida pela Igreja Adventista no Brasil. No Brasil, porque em outros sete paí-ses sul-americanos, a denominação tem mais nove instituições que in-tegram uma rede de 410 hospitais e clínicas ao redor do mundo.

A atenção da Igreja Adventista para a saúde, com ênfase na pre-venção, vem de longa data e é o bra-ço direito de sua missão. Em solo brasileiro, esse trabalho come-çou com o primeiro missionário enviado ao país, o pastor Huldrei-ch F. Graf, em 1895. Ele foi o pio-neiro no ensino dos princípios de saúde, tratamentos naturais e hi-droterapia. Em 1902, o ministério receberia outro reforço: o missio-nário Abel Landers Gregory, mé-dico e dentista norte-americano.

Casa de Saúde – Mas foi so-mente em 1939 que o trabalho

médico-missionário se estabeleceu de fato, sob a liderança do pastor Elmer H. Wilcox. Após uma campanha para arrecadação de fundos conduzida pelo pastor Germano Ritter, um negócio inesperado acabou revertendo o plano de construir um hospital nas imedia-ções do então Colégio Adventista Brasileiro (atual Unasp), na Zona Sul de São Paulo. Os lí-deres concluíram que

era melhor adquirir um palacete no bairro da Liberdade, centro da cida-de, em junho de 1941.

O edifício, avaliado em 600 contos de réis, foi vendido por um terço do preço quando os ex-pro-prietários souberam dos objetivos filantrópicos dos compradores. A instituição, que na época era cha-mada de Casa de Saúde Liberdade, foi inaugurada no dia 9 de março de 1942 e só recebeu o nome de Hospital Adventista de São Paulo em 1973, após a ampliação e cons-trução das instalações.

Poliomielite – Logo depois da compra da clínica, muitas famí-lias paulistas foram surpreendi-das com a ocorrência da polio-mielite, uma infecção altamente contagiosa que causa paralisia permanente e pode levar à morte.

“Nessa época, a Casa de Saúde Liberdade acabou se distinguindo no seio da sociedade paulista por desenvolver um tratamento para a poliomielite e para as sequelas da pólio”, destaca o diretor-clínico do Hasp, Dr. Dorival Duarte. “Era um método que tinha como base primária a hidroterapia. Então isso vem a ser uma parte impor-tante na história da instituição”, complementa o médico.

Outros avanços ocorreram no decorrer do tempo, entre eles a inauguração de um centro médico

moderno com consultórios para atendimento de mais de 30 especialidades. Apesar de ser um hospital geral, o Hasp tem se especializado em qua-tro áreas: medicina interna, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia, e pediatria.

O atendimento a esses ser-viços está sendo ampliado com a construção de um novo cen-tro médico no bairro do Capão Redondo, próximo ao Unasp, campus São Paulo, instituição que sedia vários cursos na área de saúde, inclusive o de Enfermagem. O novo prédio vai oferecer 19 consultórios, setor de pronto atendimento, cen-tro de diagnóstico e laboratório de análises clínicas.

Filantropia – Mas o hospital também desenvolve há dez anos um trabalho social junto à comu-nidade carente da Capital paulis-ta. Essa atividade conhecida como filantropia é basicamente uma ação social externa da empresa. De origem grega, a palavra signi-fica amor à humanidade.

“A gente entende que a filantro-pia é um trabalho que faz parte da Igreja. Quando Cristo veio à Ter-ra, Ele pregava, ensinava e cura-va. Eu não sei qual das áreas foi a mais importante para ele, mas sei que curar, na visão dEle, vai além do aspecto físico, tem a ver com o espiritual. E a filantropia nos faz cumprir essa missão como Cristo fazia”, explica Sérgio Fernandes dos Reis, diretor administrativo do Hasp e da rede de hospitais adventistas do Brasil.

Saúde bucal – Hoje, o hospital desenvolve algumas ações de filantropia como o atendimento gratuito através da policlínica do Unasp e um projeto de assistência odon-tológica realizado nas escolas municipais e estaduais da ci-dade. A ideia é oferecer orien-

tação sobre saúde bucal preventi-va ao longo do ano, beneficiando de 300 a 450 crianças por dia.

“Esse projeto consiste num atendimento coletivo no qual fa-zemos um trabalho de prevenção odontológica. Damos atenção es-pecial à cárie, cuja reincidência e prevalência no Brasil é muito grande”, relata o Dr. Eurípedes Lisboa, cirurgião-dentista.

Orientação – A escola estadual Dr. Hélio Motta, na Zona Sul, é uma das unidades beneficiadas pelo projeto. Lá, assim como em outros colégios, os alunos apre-sentam uma autorização assina-da pelos pais para participar da palestra e receber o tratamento.

Para a alegria da garotada, a equi-pe do Hasp leva com eles o boneco mascote do projeto, um dente ver-de. Logo depois de recepcionar as crianças, os profissionais dão as pri-meiras orientações com pequenas palestras e vídeos interativos. Kits

Casa de saúde e oraçãoReferência no tratamento de poliomielite na sua

fase inicial, hoje o Hospital Adventista de São Paulo procura fazer a diferença na periferia da Capital. Projeto de saúde bucal

nas escolas públicas é uma das iniciativas

Saúde

Aberto em 1942 como Casa de Saúde Liberdade, o Hasp logo se destacou com o desenvolvimento de um tratamento para poliomielite baseado na hidroterapia

Dr. Dorival Duarte: O objetivo de restaurar a condição física e espiritual dos pacientes norteia o trabalho de todos os servidores do Hasp

Sérgio Fernandes dos Reis, diretor da rede de hospitais adventistas do Brasil: cada unidade de saúde é uma extensão da Igreja Adventista

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Um pouco de históriaNos próximos quatro meses, vamos destacar

os principais projetos filantrópicos realizados pe-los cinco hospitais adventistas do Brasil. A série será apresentada conforme o ano de inaugura-ção das unidades, começando da mais antiga para a mais nova.

1942: Hospital Adventista de São Paulo (São Paulo, SP). Teve destaque na década de 1940 por usar a hidroterapia no tratamento de poliomieli-te. Na filantropia, tem dois projetos principais: a policlínica do Unasp e o atendimento odontoló-gico nas escolas públicas da Capital.

1942: Hospital Adventista Silvestre (Rio de Janeiro, RJ). Referência em transplantes de fíga-do, rins e córnea, o hospital realiza há dez anos um trabalho de combate à obesidade em comu-nidades carentes.

1953: Hospital Adventista de Belém (Belém, PA). É herdeiro do trabalho assistencial das lanchas Luzeiro idealizado pelo casal Leo e Jessie Halliwell e realizado com os ribeirinhos do Estado. Hoje, o hos-pital tem um programa social que acompanha o de-senvolvimento das crianças da periferia de Belém.

1959: Hospital Adventista do Pênfigo (Campo Grande, MS). Desde seu início, oferece tratamen-to gratuito para pacientes com o pênfigo (“fogo selvagem”), atendendo pessoas de todo o Brasil e de outros países. Entre os destaques está a cura de uma menina de sete anos que veio da Índia.

1976: Hospital Adventista de Manaus (Ma-naus, AM). Também herdeiro do ministério do casal Halliwell, em parceria com a ADRA Brasil e a Asvam, atende à população ribeirinha com a lan-cha Luzeiro 26.

para a escovação também são dis-tribuídos. Depois, todos os partici-pantes escovam os dentes imitando a técnica apresentada por um den-tista ao ilustrar em um manequim.

Tratamento – O segundo pro-cedimento da ação é a aplicação de flúor, elemento de proteção con-tra as cáries. Segundo a cirurgiã--dentista Natália Pietroniuk, ide-almente, esse procedimento deve ser repetido a cada seis meses. Na-tália também conta que as crianças atendidas pelo projeto são carentes de afeto e informações básicas de saúde. Segundo ela, as dúvidas mais frequentes dos alunos são sobre o número correto de escovações diá-rias e a quantidade de pasta de den-te a ser usada em cada aplicação.

Nos estudantes que apresentam casos mais sérios, os profissionais fazem uma restauração provisória.

Um procedimento simples e indo-lor para evitar que o problema se agrave e prejudique outros dentes. Quando isso acontece, os pais são avisados para que possam buscar um tratamento específico.

Abordagem completa – Se-gundo o Dr. Eurípedes, os respon-sáveis devem se preocupar inclusi-ve com a saúde dos dentes de leite das crianças. “Esses dentes pro-visórios, em primeiro lugar, nos auxiliam na digestão, já que nos-sa digestão começa pela boca. Se-gundo, essa dentição de leite esti-mula o crescimento craniofacial da criança. Quando alguém per-de muito cedo esses dentes, poderá vir a ter problemas de nutrição e na arcada dentária”, alerta o dentista.

“Ele cuidou da minha boca e ti-rou a sujeirinha dela. E eu gostei

muito dele, porque ele deixou meus dentes saudáveis”, agradeceu a estu-dante Suelen Maria de Freitas Silva, de 7 anos. Ela e outras centenas de alunos transmitem num belo sor-riso o carinho e a gratidão pelo tra-balho desses profissionais.

“Nossa maior preocupação é resolver o problema. O projeto, que já vem há algum tempo fa-zendo o trabalho educativo, ago-ra tem uma nova proposta, que é oferecer o atendimento conclusi-vo, ou seja, fazer uma adequação do meio bucal dessas crianças, re-movendo o foco carioso de cada dente”, acrescenta o dentista.

Benefício de mão dupla – “Esse trabalho é importantíssimo. É uma coisa fora do normal por-que as crianças necessitam. Você sabe que fora daqui há dificuldade para elas terem todo esse atendi-mento”, reconhece Antônia Apa-recida Rodrigues, diretora da es-cola. Sabendo dessa necessidade, o setor de filantropia do Hasp tra-balha diariamente para ampliar o atendimento gratuito e beneficiar mais crianças com o projeto.

Mas, como ocorre em toda ação em favor do próximo, o be-nefício é de mão dupla. Seja nas dependências do hospital ou nos projetos externos junto à comu-nidade, os profissionais também se sentem abençoados.

“Além de evangelizar e tratar bem o próximo, essa missão traz pontos muito positivos para os profissionais que servem. É isso que nos torna pessoas cada vez melhores”, avalia Andréia de Car-valho, coordenadora do setor de filantropia do Hasp.

Extensão da Igreja – “A mis-são implícita na ação de cada pro-fissional no hospital é restaurar a saúde física e espiritual, seguindo o modelo de Jesus. Isso cada ser-vidor do hospital, de forma cons-ciente ou inconsciente, procura exercer quando se relaciona com os pacientes da instituição”, resu-me o Dr. Dorival, o espírito com que a equipe trabalha no hospital.

Para a Igreja Adventista, cada hospital é uma extensão da deno-minação, por isso, precisa compar-tilhar com ela a mesma missão: a cura integral. “Nosso objetivo pri-mário é cuidar de pessoas e da vida delas com carinho, porque é isso o que elas buscam em nossos hospi-tais. Mas, diariamente, Deus tem nos ajudado a cumprir Sua missão, oferecendo a elas algo a mais”, con-clui Sérgio Fernandes.

Para saber +www.hasp.org.br www.memoriaadventista.org.brwww.novotempo.com/revista

Dra. Natália Pietroniuk usa manequim para explicar técnica de escovação. Projeto prevê orientação e tratamento de restauração em dentes com cárie. Ao lado, Dr. Eurípedes Lisboa atende a aluna Suelen Maria de Freitas, de 7 anos

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Confi ra nossos últimos lançamentos!

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Confi ra nossos

livraria“Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, Seu eterno poder e Sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas” (Romanos 1:20).

Durante séculos, a cultura ocidental esteve fortemente conectada à cosmovisão cristã. Por essa razão, a resposta para qualquer pergunta estava enraizada na crença em Deus, como Criador e Mantenedor de tudo, e na Bíblia, uma revelação divina, digna de toda confiança. Muitos dos fundadores da ciência moderna, inclusive Copérnico, Galileu, Kepler, Pascal, Boyle, Newton e Halley, acreditavam nesses conceitos centrais.

Nos últimos 200 anos, nossa cultura, particularmente a comunidade científica, tem se afastado da cosmovisão cristã e assumido uma postura que descarta qualquer intervenção sobrenatural na origem, funcionamento e manutenção do mundo. Como resultado, duas visões filosóficas opostas polarizam o debate.

Nesse contexto, Mistérios da Criação é uma obra atual. O livro vinte perguntas sobre fé e ciência com as quais os cristãos se deparam com frequência. Os organizadores reuniram um grupo internacional de experientes cientistas, pesquisadores e pensadores que oferecem importantes reflexões e esclarecimentos a respeito dos mistérios que cercam a criação. Todos eles compartilham de algumas convicções básicas: o registro bíblico é um componente essencial da doutrina cristã, fé e ciência podem andar juntas e nossa compreensão da realidade é progressiva.

L. JAMES GIBSON é PhD em biologia pela Universidade de Loma Linda. Em

1984, tornou-se pesquisador do Geoscience Research Institute, assumindo a direção

da instituição de pesquisa em 1994. Seus principais interesses incluem biologia

histórica e a relação entre a criação e a ciência. Ele escreveu uma grande quantidade

de artigos e capítulos para várias publicações. Também participou em muitos

seminários sobre fé e ciência ao redor do mundo. É o editor da revista Origins.

HUMBERTO M. RASI completou o PhD em literatura e história hispânica na

Universidade de Stanford e estudos pós-doutorais na Universidade Johns Hopkins.

Ele serviu como professor e reitor de pós-graduação na Universidade Andrews e

como diretor mundial do Departamento de Educação da Igreja Adventista do Sétimo

Dia. É o diretor do Institute for Christian Teaching e lançou a revista Diálogo

Universitário. Embora aposentado, ele continua a apresentar palestras e coordenar

projetos relacionados ao ensino superior. Ciê

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A experiência que revolucionou a vida de um cientista ateu

O que acontece quando um brilhante cientista

ateu descobre que a ciência não tem todas as

respostas para os dilemas da vida? O que acontece

quando alguém famoso, bem‑sucedido e rico perce‑

be que há situações para as quais fama, sucesso e di‑

nheiro não oferecem solução?

Essa é a realidade do físico Carlos Biagioni. Enquan‑

to seu casamento afunda e a carreira decola, uma tra‑

gédia familiar faz com que ele inicie uma jornada que

mudará completamente sua visão de mundo, ofere‑

cendo‑lhe uma chance de curar feridas do passado e

a possibilidade de olhar para o futuro com esperança.

Acompanhe esse cientista numa aventura cheia de

drama, amor e descobertas que poderão mudar tam‑

bém a sua vida.

Denis Cruz é graduado em Direito e trabalha na Promotoria

de Justiça de Mundo Novo, MS. É autor de Além da Magia,

O Livro Amargo e vários livros paradidáticos.

Michelson Borges é jornalista e mestre em teologia. Trabalha como

editor na Casa Publicadora Brasileira e é autor dos livros A História

da Vida, Por Que Creio e Nos Bastidores da Mídia, entre outros.

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Denis Cruz é

graduado em Direito

pela Universidade

do Paraná (Unipar) e

trabalha na Promotoria de Justiça de

Mundo Novo, MS. Escritor talentoso,

é autor de Além da Magia, O Livro

Amargo e alguns livros paradidáticos,

publicados pela Casa Publicadora

Brasileira. Denis é casado com a

professora Elisa e tem dois filhos:

Lívia e Kalel. Twitter: @deniscruz

Michelson Borges é

formado em Jornalismo

pela Universidade

Federal de Santa

Catarina (UFSC), mestre em Teologia

pelo Centro Universitário Adventista

de São Paulo (Unasp) e trabalha

como editor na Casa Publicadora

Brasileira. Também é autor dos livros

A História da Vida, Por Que Creio,

Nos Bastidores da Mídia e da série

Grandes Impérios e Civilizações,

composta de seis volumes. Michelson

tem apresentado palestras sobre

ciência e religião em várias partes do

Brasil. É casado com Débora Tatiane e

pai de três filhos: Giovanna, Marcella

e Mikhael. Twitter: @criacionismo

Carlos Biagioni acreditava ter

respostas para as questões mais

relevantes do Universo, mas, como

no mito de Dédalo e Ícaro, ele

estava voando com asas de cera;

e essas asas estavam derretendo.

Apenas uma ousada jornada

em busca de novas respostas para

velhos dilemas poderia lhe mostrar

que é possível voar de verdade,

curar velhas feridas e resgatar

sonhos esquecidos há muito tempo.

Emocione‑se e vibre com a

história desse cientista ateu que

ousou questionar sua própria

“verdade de laboratório”, até se

deparar com a descoberta que

revolucionaria sua vida.

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Troy Fitzgerald compartilha sua convicção de que podemos conhecer a vontade de Deus e viver com alegria. Ele desafi a cada um de nós a viver cada dia como Abraão, a caminho da Terra Prometida, viajando apenas pela fé. Um ótimo conselho para cristãos de qualquer idade.

Troy Fitzgerald reside em College Place, nos Estados Unidos, com sua esposa e dois fi lhos. Ele é o pastor de jovens na Igreja da Universidade de Walla Walla. Também dirige o Leadout Ministries e apresenta palestras ao redor do mundo. Troy é formado em teologia, tem mestrado em educação e doutorado em liderança.

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Como falar de Jesus de maneira efiCaz

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e todos os livros de Alejandro Bullón, este é o que provavelmente exercerá maior impacto na sua vida como seguidor de Cristo.

Por que você e eu somos chamados a partilhar nossa fé? A resposta é simples: nosso crescimento espiritual e até nosso destino eterno dependem disso. Não se trata de encher uma igreja com novos membros. Não se trata de crescimento institucional ou de atingir metas. Compartilhamos o evangelho a fim de glorificar a Deus e preparar a igreja para encontrar-se com Jesus quando Ele retornar. Fazemos isso ao testemunhar de Jesus.

A Alegria de Testemunhar recupera o antigo método bíblico do crescimento espiritual, a fim de que cada cristão o aplique em sua vida como parte da igreja de Deus.

Alejandro Bullón é um evangelista conhecido ao redor do mundo. Nasceu no Peru, mas mora no Brasil. Sua paixão é o evangelismo, além da comunicação através do rádio, da televisão e da internet. Milhares de pessoas assistem às suas apresentações e milhões já se beneficiaram do seu ministério. Seus livros são publicados em várias línguas.

Herbert Douglass

Predições dramáticas de Ellen White sobre eventos mundiais

surpreendentes

Profecias

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Eles viveram alguns dos mais belos e impressionantes milagres da Bíblia: aquela que não podia ter � lhos tornou-se mãe, exércitos

imbatíveis foram derrotados, o impossível aconteceu. Em meio a grandes milagres, Deus transformou vidas: o medo foi substituído pela fé, a preocupação deu lugar à alegria, o que semeava ódio passou a semear esperança.

Ao mergulhar na vida desses homens e mulheres transformados por milagres, você sentirá na pele os mesmos dilemas e as mesmas alegrias que eles sentiram. E sabe o que mais vai acontecer? Sua fé será fortalecida, o sonho pequeno dará lugar ao sonho de Deus, e você encontrará força para enfrentar o impossível.

Neste livro, você descobrirá os princípios divinos para que os milagres aconteçam e conhecerá a atitude que Deus espera encontrar na vida das pessoas vitoriosas. No passado, homens e mulheres de fé experi-mentaram o poder do milagre. Viva o que eles viveram. Deixe Deus transformar sua vida.

Roberto Ferrari Júnior é doutor em Informática e professor na Universidade Federal de São Carlos, SP.

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Por que você e eu somos chamados a partilhar nossa fé? Não se trata de encher uma igreja com novos membros. A resposta é simples: nosso crescimento espiritual e até nosso destino eterno dependem disso.

Esta é uma história verídica em que os personagens decidiram con� ar em Deus em meio às di � culdades e acreditar que Sua vontade seria cumprida a despeito do que acontecesse.

O autor reuniu uma impressio-nante seleção de mensagens que eram ridicularizadas na época, mas que se mostraram verdadeiras no transcorrer da história. Este livro vai reavivar sua fé no dom de profecia.

Ao mergulhar na vida dessas pessoas transformadas por milagres, você sentirá na pele os mesmos dilemas e alegrias que eles sentiram. E você encontrará força para enfrentar o impossível.

Durante séculos, o ocidente se � rmou na crença em Deus, como Criador e Mantenedor de tudo, e na Bíblia. Assim como muitos fundadores da ciência moderna, nós ainda temos motivos para crer assim.

Neste livro, dividido em três partes, você encontrará princí-pios valiosos para descobrir a vontade de Deus e como vivê-la no dia a dia.

Neste livro esclarecedor, o autor aborda alguns dos maiores dilemas humanos, com uma mistura fascinante de fé e lógica, e oferece respostas que vão mudar sua maneira de viver.

Este livro mostra como o processo de fundação dos Estados Unidos provê impor-tantes dados para iluminar a interpretação adventista de Apocalipse 13. Além disso, esclarece o atual panorama sociopolítico da nação e as perspectivas futuras.

Leis dominicais, boicotes econômicos, decretos de morte, perseguição religiosa... Isso poderia realmente acon-tecer? Neste livro, você verá o quadro mais amplo de como chegamos onde estamos e � -cará convencido das profecias registrados em Apocalipse 13.

O que acontece quando um brilhante cientista ateu descobre que a ciência não tem todas as respostas para os dilemas da vida? Essa é a realidade do físico Carlos Biagioni, principal personagem dessa história.

A ALEGRIA DE TESTEMUNHAR

LIBERDADE A QUALQUER PREÇO

PROFECIAS SURPREENDENTES

O PODER DO MILAGRE

MISTÉRIOS DA CRIAÇÃO

GUIA PRÁTICO PARA DESCOBRIRA VONTADE DE DEUS

VIDA SEM LIMITES

O ÚLTIMO IMPÉRIO APOCALIPSE 13

A DESCOBERTA

ALEJANDRO BULLÓN

ANN VITOROVICH HERBERT E. DOUGLASSROBERTO FERRARI

L. JAMES GIBSON E HUMBERTO M. RASI

TROY FITZGERALD

CLIFFORD GOLDSTEIN

VANDERLEI DORNELES MARVIN MOORE

MICHELSON BORGES E DENIS CRUZ

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29Revista Adventista I agosto • 2013

Thiago CampossanoColaborador

Uma parceria inédita entre a Igreja Adventista e a empresa de consultoria Franklin Covey pro-mete mudar radicalmente a di-nâmica das 250 congregações das Zonas Leste e Norte de São Pau-lo. As Quatro Disciplinas da Exe-cução (4DX) estão promovendo uma nova postura diante da meta crucialmente importante da igre-ja de fazer novos discípulos.

Os líderes da sede adminis-trativa da denominação para a região acreditam que é preciso intensificar as ações adventistas na comunidade, além de buscar o desenvolvimento constante dos membros e a expansão do reino de Deus na Terra. É nesse contex-to que as 4DX foram escolhidas como ferramentas para a missão.

Novos resultados, novos métodos – “Nós entendemos que não dá para esperar novos re-sultados fazendo as mesmas coi-sas. Nosso desejo é que aconteça uma revolução espiritual em cada igreja, por isso aceitamos o desa-fio de adotar novos métodos no trabalho missional”, explica o pas-tor Erlo Braun, líder dos adventis-tas da região.

A necessidade de realizar mu-danças estratégicas e inovadoras foi aconselhada pela pioneira da Igreja Adventista, Ellen G. Whi-te, já em 1895. Ela escreveu: “En-quanto trabalhais e planejais, novos métodos se vos apresenta-rão à mente a todo momento e, pelo uso, as faculdades de vosso

intelecto aumentarão” (Review and Herald, 11 de junho de 1895).

Cláudia Ferman é professora adventista e já participou de um dos encontros de imersão aca-dêmica nas 4DX proporciona-dos pela sede administrativa. Ela diz que já acreditava no potencial desse tipo de ferramenta e come-mora a iniciativa da denomina-ção: “Eu sempre acreditei que a Igreja deveria adotar os princípios administrativos para acolher mais discípulos e isso está se tornando realidade agora!”

Processo – O processo acadê-mico é simples e intenso. Pasto-res, funcionários, anciãos, líderes de ministérios e membros partici-pam de encontros de certificação no módulo. Eles ouvem, anotam, assistem a filmes, discutem e prati-cam. Até julho, mais de 20 encon-tros foram realizados e 200 horas dedicadas ao estudo das discipli-nas que precisam ser desenvolvi-das. Cerca de 3 mil pessoas estão envolvidas nesse processo.

Os encontros de certificação foram oferecidos às 250 igrejas da região e os participantes se encon-tram em pleno desenvolvimento prático. Dalton Mendes é aposen-tado e revela que irá aplicar as téc-nicas “no trabalho, na rotina e na igreja, porque são muito boas”.

Resultados – Entretanto, a rea-lidade estrutural da Igreja Adven-tista pode ser um desafio para a implementação desse processo, visto que as 4DX necessitam de uma definição clara de equipes e

muitos membros lideram mais de um departamento na igreja local.

Na opinião do pastor Erlo Braun, a solução será usar a estrutura da Escola Sabatina, tendo em vista que esse ministério é o que me-lhor pode receber a metodologia proposta pelo programa.

“Imagine a igreja se reunindo por equipes, na hora da Escola Sa-batina para falar daquilo que cada membro fez para ajudar a equipe a chegar à meta? Vejo a mão de Deus se movendo e as coisas se encaixan-do perfeitamente para o cumpri-mento da missão”, conclui o líder.

Até o fim do ano, o processo de implementação das 4DX prevê acompanhamento da metodologia, encontros de motiva-ção e celebração, en-trega de certificados oficiais, entre outras ações. É o teste de novos métodos que podem promover o crescimento das pessoas e aproxima-ção delas de Cristo.

“As quatro dis-ciplinas só funcio-nam juntas e mudar o comportamen-to para aplicá-las é muito difícil. Mas

nós devemos sofrer de uma das duas dores: a dor da disciplina ou a do arrependimento”, enfa-tiza Bill Moraes, consultor da Franklin Covey.

Novos métodosQuatro disciplinas inovadoras são

implementadas em 250 igrejas de São Paulo e prometem uma revolução espiritual

liderança

Encontro de certificação para mais de 500 anciãos

Pastor José Coelho (à esq.), que lidera uma equipe de sete ministros, confere com Marcos Júnior a produção do placar

Novos hábitosPara você entender melhor quais mudanças estão ocorrendo nessas igre-

jas paulistas, leia uma breve explicação sobre as quatro disciplinas pro-postas pela ferramenta 4DX.

Disciplina 1 – Foque no crucialmente importanteNada é mais relevante para uma equipe do que a meta crucialmente im-

portante (MCI). Em qualquer área da Igreja Adventista, fazer novos discí-pulos é a MCI que deve ser mensurada e ter um prazo de validade para ser alcançada. “A aplicação dessa disciplina nos fez entender que nossa MCI é fazer 2.800 novos discípulos até o fim do ano. Qualquer coisa além des-te foco é considerada o redemoinho diário da Igreja, mas nunca mais im-portante que a meta”, afirma o pastor Erlo Braun.

Disciplina 2 – Atue sobre as medidas de direçãoSão as ações que levam ao alcance da MCI. Não basta saber a meta, é

preciso medir os novos comportamentos que serão adotados para cum-pri-la. Nesse caso se aplica um controle semanal de estudos bíblicos, por exemplo.

Disciplina 3 – Mantenha um placar envolventeO próximo passo é criar um placar que mostre se a equipe está perto

ou longe do alvo. Ele deve ser simples, visível e informar claramente se a equipe está perdendo ou ganhando o “jogo”. “Nosso placar é virtual e bem-humorado, mas mostra claramente nossa meta de fazer novos dis-cípulos”, revela o pastor José Coelho, líder de uma equipe com sete pas-tores distritais.

Disciplina 4 – Crie uma cadência de responsabilidadePara conquistar engajamento e comprometimento é preciso realizar

uma reunião semanal sobre a MCI, na qual cada membro da equipe pres-ta contas sobre o que fez na última semana para ajudar a equipe a avan-çar no placar. “Falando sinceramente, acho que estávamos um pouco perdidos no trabalho da igreja, mas agora nos encontramos. É o que es-tava faltando para nos engajarmos”, desabafa Iracema Junqueira, profes-sora de Língua Portuguesa.

Anciãos do distrito pastoral de Freguesia do Ó em reunião semanal para avaliar as metas do grupo

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Da redaçãoEm Porto Alegre, 250 adoles-

centes de 13 a 16 anos do leste do Rio Grande do Sul se reuni-ram para refletir sobre o impacto das redes sociais no cotidiano de-les e como podem usar essa nova tecnologia na evangelização. Boa parte dos líderes da sede adminis-trativa da Igreja Adventista na re-gião dedicou tempo para orientar os jovens sobre o testemunho vir-tual e presencial.

A moçada acompanhou pales-tras sobre questões éticas como na-moro, uso de joias e alimentação saudável, além de seminários so-bre como formar pequeno grupos e duplas missionárias. A ênfase do evento esteve na orientação sobre os riscos das redes sociais e no es-tímulo ao uso evangelístico delas.

10ª edição – Nos dias 30 de maio a 2 de junho, 750 adolescen-tes da região central do Estado de São Paulo celebraram a 10ª edição do congresso que se tornou tradi-cional em todo o país.

Reunidos no Centro Educati-vo Adventista de Analândia, SP,

eles ouviram testemu-nhos de impacto, como os dos médicos Daniela Kanno e Luiz Fernando Sella, que deixaram uma carreira promissora para servir no trabalho mé-dico-missionário; e do ex-modelo Luca Mendes, que abandonou o mundo da moda para abraçar a

fé adventista. Com um bom clima, os ado-

lescentes puderam aproveitar a piscina, tirolesa, futebol, além de

uma divertida gincana. Foram orientados sobre sexualidade pela Dra. Carla Storch e aprenderam sobre a Bíblia com os jornalistas Leandro Quadros e Tito Rocha, do programa Na Mira da Ver-dade. Cerca de 200 acampantes ainda participaram dos cultos da madrugada, em volta de um lago.

BA e SE – No dia 16 de junho, uma convenção reuniu 600 líde-res do Ministério do Adolescente da Bahia e Sergipe, na Faculdade Adventista da Bahia, em Cachoei-ra, BA. O evento tratou do desa-fio de liderar cristãos adolescen-tes na era da hiperconectividade.

Nas palestras foram apresenta-dos projetos com os quais essa fai-xa etária pode se envolver, como a Missão Calebe; e tópicos como a necessidade de uma liderança sin-cera e coerente para esse público. A líder regional e a sul-america-na do ministério também marca-ram presença, Rosecler Queiroz e Graciela Hein, respectivamente. – Com reportagem de Bianca Lorini, Jeane Barboza, Jéssica Guidolin e Heron Santana.

Conectados com elesIgreja tenta dialogar com adolescentes e

líderes do ministério em eventos no RS, SP e BA

Comportamento

Porto Alegre: Evento enfatizou perigos e possibilidades das redes sociais

Filhos de pastorEntre os adolescentes adventistas, talvez exista um grupo que conside-

re essa fase ainda mais complicada: os filhos de pastor. Foi por isso que um encontro inédito com os filhos dos ministros que atuam no noroeste do Brasil reuniu 103 pessoas, no início de julho, no Instituto Adventista Agro Industrial, per-to de Manaus. Du-rante quatro dias, eles ouviram so-bre como lidar com a pressão de ser exemplo. Questões como perda de iden-tidade foram as mais enfatizadas. Os ado-lescentes também receberam uma car-ta escrita pelos pais. Analândia, SP: 750 adolescentes da região central de São Paulo

participaram da 10ª edição do Adolecamp

Culto em FMNa Igreja do Estreito, em Florianó-

polis, SC, quem tem deficiência auditi-va parcial pode acompanhar os cultos com mais qualidade. Líderes do mi-nistério da terceira idade adquiriram um transmissor FM. Com um fone de ouvido conectado a aparelhos como iPods ou celulares, Dona Jurema Cha-gas, de 75 anos, pode agora ser benefi-ciada. O uso dessa tecnologia também deve atender às recepcionistas e aos diáconos, que costumam atuar fora da igreja ou no hall de entrada do templo.

Nova sedeNo dia 11 de maio, foi lançada a pedra fundamental da nova sede adminis-

trativa para os Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, em Itaipava, região serra-na do Rio. O prédio da atual sede, em Niterói, RJ, já está pequeno e não tem como ser am-pliado. Hoje, o escritó-rio responde por 174 mil adventistas e 2.200 congregações. A inau-guração está prevista para o fim de 2014.

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Monique dos AnjosColaboradora

Alunos e professores da Facul-dade Adventista da Bahia reali-zaram trabalhos assistenciais na comunidade indígena de Macaú-ba, na Ilha do Bananal, TO – a maior ilha fluvial do planeta, que fica a 2 mil km do campus da ins-tituição, em Cachoeira, BA.

O projeto foi realizado nos dias 17 de junho a 2 de julho. A equi-pe formada por 19 voluntários e liderada pelo pastor Kenyo Mari-nho, capelão da faculdade e líder do Serviço Voluntário Adventista do campus, beneficiou cerca de cem pessoas. A ação visa a atender algu-mas necessidades da etnia inã nas áreas de saúde e educação, teste-munhando assim do cristianismo.

Saúde – Os alunos de enferma-

gem prestaram atendimento aos índios no posto de saúde da al-deia. Os principais tratamentos foram relacionados a micoses, in-fecções intestinais, verminoses e inflamações do trato respiratório.

“Usamos os recursos que exis-tiam no posto. Distribuímos muito soro caseiro, além de dar orienta-ções pontuais. Eles precisam de um acompanhamento mais intenso. Se isso existisse, o número de pes-soas com gripe seria bem menor, por exemplo”, afirmou Newton Ri-cardo, aluno do 8º período de En-fermagem. Além do atendimento clínico, os voluntários reformaram o teto do posto de saúde.

Educação – Enquanto isso, os alunos de Pedagogia lideraram atividades lúdicas e educativas, além de um levantamento para

saber o número de crianças que frequentavam a escola e são alfa-betizadas. “Para isso, contamos com a colaboração do professor da aldeia. Também desenvolvemos trabalhos que chamaram a aten-ção e despertaram a confiança das crianças em nós. Realizamos brin-cadeiras e cantamos com elas. Foi um trabalho lindo de sociabiliza-

ção”, relatou Maíza Trabu-co, estudante do 8º período de Pedagogia. Os voluntários também fizeram reparos na estrutura da escola.

Portas abertas – O de-sejo de cuidar do próximo, transmitido pelos volun-tários, abriu as portas para que os índios conhecessem o Deus cristão, com o qual, talvez, nunca tiveram con-tato. Sem precisar falar, ini-cialmente, em religião, os estudantes mostraram res-

peito pela cultura local. Os rituais religiosos e o tipo de alimentação dos índios, tudo foi tratado com naturalidade pelos voluntários. O resultado foi o respeito dos nati-vos e, principalmente, do cacique.

“Foi uma experiência ines-quecível! Aqueles momentos provocaram uma mudança na compreensão do outro, da cultu-ra e da aceitação das diferenças. Uma das cenas mais marcantes foi ver os voluntários chorando na despedida e o cacique vindo con-versar comigo. Ele me pediu que o filho dele fosse batizado em nos-sa igreja”, revelou o pastor Kenyo. A primeira expedição dos alunos da faculdade à Ilha do Bananal foi em 2011. E a deste ano, promete não ser a última. – Com reporta-gem de Andressa de Lima e Jeane Barboza.

Férias na ilhaNão foi descanso para os voluntários

da Faculdade Adventista da Bahia, que dedicaram duas semanas de serviço humanitário aos índios inã do TO

Voluntariado

Alunos de Pedagogia desenvolveram atividades lúdicas e educativas, além de fazerem reparos na escola local

A equipe de enfermagem prestou atendimento e ajudou a reformar o teto do posto de saúde da aldeia de Macaúba

Missionários da saúdeO projeto Salva-Vidas Amazônia, liderado pela ONG Asvam, formou sua

primeira turma com nove missionários, em junho, na sede do ministério de apoio em Manaus. Durante o curso, os voluntários aprenderam a organi-zar feiras de saúde, aulas de culinária vegetariana e ministrar estudos bíbli-cos. A ideia é que eles auxiliem os pastores distritais nas regiões de mais difícil aces-so, como a cidade de Belém do Solimões, uma aldeia com 5 mil índios, em que não há presença adventista. Para participar, aces-se: www.salvavidas- amazonia.org.

EditalConvocação da 8ª Assembleia Geral

Ordinária da Associação Brasil Central da Igreja Adventista do Sétimo Dia

Em cumprimento à decisão da comis-são diretiva da Associação Brasil Central da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em reunião realizada no dia 18 de junho de 2013, fica convocada pelo presente edital a 8ª Assembleia Geral Ordinária da Asso-ciação Brasil Central da Igreja Adventista do Sétimo Dia, inscrita no CNPJ/MF sob no 07121135/00040-07, para ser realizada nos dias 26 e 27 de outubro de 2013, ten-do início às 9 horas do dia 26, nas depen-dências do Hotel San Marino, localizado à Rua Cinco, no 1.090, Setor Oeste, Goiâ-

pessoas do staff da “Associação”, repre-sentantes das instituições da “Associa-ção”, União e da Divisão localizadas na jurisdição da “Associação”, propostas pela comissão diretiva da Associação e acei-tas pela assembleia, não podendo o nú-mero dessas exceder a dez por cento dos delegados regulares. A assembleia será instalada com o quórum de pelo menos cinquenta e um por cento dos delegados regulares, que deverão estar presentes na abertura e instalação da assembleia. Não havendo o quórum na primeira chamada, será feita nova verificação uma hora de-pois, e a assembleia será instalada com quórum de trinta por cento dos delega-dos regulares presentes. A assembleia se reunirá com a finalidade de: (1) receber as novas igrejas organizadas durante o qua-driênio anterior; (2) apreciar e aprovar os relatórios do presidente, do secretário, do

nia, GO, com a finalidade de tratar das ma-térias de sua competência enumeradas no artigo II, inciso I, do Regimento Inter-no. Nos termos do artigo III, incisos I e II, cada igreja será representada na assem-bleia por delegados regulares, na base de: (1) um delegado regular por igreja orga-nizada; (2) e um adicional para cada 500 membros ou fração maior que a metade, proporcionalmente ao número de mem-bros existentes em 31 de dezembro de 2012. Os delegados gerais serão: (1) os membros da comissão diretiva da Asso-ciação Brasil Central; (2) os membros da comissão diretiva da Associação Geral, Divisão e União presentes, não poden-do exceder a dez por cento dos delega-dos regulares; (3) os ministros licenciados e ordenados, assim como os obreiros e colportores com credencial missionária em atividade na “Associação”; (4) outras

tesoureiro, dos secretários dos departa-mentos e serviços e dos administrado-res das instituições da Associação Brasil Central; (3) eleger, para um mandato de quatro anos os administradores da Asso-ciação, os secretários dos departamen-tos e serviços, os membros da comissão diretiva da Associação Brasil Central; (4) aprovar alterações ou modificações no Ato Constitutivo e no Regimento Interno, observadas as diretrizes fixadas no mode-lo aprovado pela Divisão; (5) elaborar pla-nos para o melhor desenvolvimento da Obra em harmonia com os regulamen-tos e as deliberações da União e Divisão; e (6) aprovar e deliberar sobre outros as-suntos propostos pela comissão diretiva.

Goiânia, GO, 18 de junho de 2013. Walmir Arantes da Rosa, presidenteJuracy Santiago Castelo, secretário

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Da redação

No sul do Rio de Janeiro, pela terceira vez foi realizado um batis-mo especial no primeiro sábado de junho como resultado do evan-gelismo direto das mulheres. No dia 1º de junho, os templos esta-vam mais ornamentados e as igre-jas mais felizes com o batismo de 139 pessoas.

“Foi importante ver o quanto as mulheres se envolveram nesta se-mana de colheita. Foram 40 pro-gramas de evangelismo realizados e coordenados por elas. Algumas lideraram pela primeira vez uma série de pregações”, destacou Jea-nete Souza, líder do Ministério da Mulher no sul do Estado.

No Acre e norte de Rondô-nia, a mesma data foi marcada pela celebração dos resulta-dos do envolvimento das mulheres nas frentes missio-nárias da Igreja Adventista. Um dos projetos que mereceu destaque foi o realizado com dependentes químicos pelas voluntárias da Igreja Central de Porto Velho.

Bondade prática – Em Bento Gonçalves, RS, o gru-po de mais de 500 esposas de pastores da região Sul do Bra-sil, reunido para um congres-so quinquenal, deixaram as palestras do evento para ser-vir à comunidade. No dia 15 de junho, elas doaram lu-vas, cachecóis, meias, bem como alimentos para idosos e crianças.

Mas a maior doação foi de calor humano. “O que acontece, muitas vezes, é que a gente faz doações, porém não se doa. Precisamos mudar esse paradigma”, ressaltou Denise Lopes, coordenadora do evento e conselheira das espo-sas de pastor que servem na re-gião Sul.

Para tanto, elas visitaram o Lar do Ancião e distribuíram abraços e beijos para os idosos. A entre-ga de alimentos e agasalhos tam-bém veio em boa hora para os 60 velhinhos que tiveram seu abri-go recentemente assaltado. Ou-tra missão das participantes do congresso foi visitar hospitais e maternidades da região. Elas

entregaram flores para os pacientes e seus familiares.

Reavivamento e reforma – Nos dias 21 a 23 de junho, o en-contro de esposas de pastor da região sul do Rio de Janeiro estimu-lou as 52 participantes à renovação espiritual. O encontro, realizado em Cotia, SP, teve forte ênfase no cuidado com a saúde. Palestras sobre nutrição, exercícios físicos e leituras e dis-cussões em grupo marcaram o evento. Seminários sobre sexuali-dade e comunicação no casamen-to completaram a programação.

Encontro com Deus – De-baixo de árvores, às margens do rio, sentada sobre tapetes ou em redes, o cenário era perfeito para que centenas de mulheres de Ro-raima e Amazonas esquecessem as preocupações de casa e do tra-balho para fortalecer a comunhão com Deus. Em junho, os encon-tros, em Boa Vista, RR, Manaus e Maués, AM, reuniram 700 líderes e esposas de pastores e anciãos. Diariamente, elas dedicaram tem-po para a leitura do livre-to A Presença de Deus em Minha Vida. Em peque-nos grupos, as congres-sistas também discuti-ram sobre a leitura e como aplicar seus prin-cípios na vida pessoal e na igreja local.

Líderes distritais – No primeiro fim de sema-na de julho, 300 líderes distritais do Ministério da Mulher e do Minis-tério Infantil da Região Centro-Oeste receberam uma injeção de ânimo

para o trabalho com a participa-ção em um encontro de capacita-ção no Instituto Adventista Brasil Central, em Abadiânia, GO. Re-conhecimento merecido para elas que representam 58% dos mem-bros na região.

Elas assistiram à palestras e compartilharam experiências nas áreas de liderança e orientação de crianças e adolescentes. Uma das palestrantes foi a missionária Nil-da Aquino, que há 17 anos se de-dica ao trabalho voluntário nas igrejas e em comunidades caren-tes. – Com reportagem de Fabiana Lopes, Leonardo Leite Torres, Day-se Bezerra, Márcio Tonetti, Liana Feitosa e Bianca Lorini e Anita Leite.

Toque femininoNo RJ, mulheres levam 139 pessoas

ao batismo. E no RS, esposas de pastor visitam orfanatos e asilos

miSSão

Sábado missionário do Ministério da Mulher foi marcado por 139 batismos no sul do Rio de Janeiro. Quarenta séries de pregação foram dirigidas pelas voluntárias. Algumas estrearam como evangelistas

Trezentas líderes do Ministério da Mulher e do Ministério Infantil da Região Centro-Oeste participaram de um treinamento no Iabc

No Acre e no norte de Rondônia, o início de junho foi dedicado a celebrar o esforço missionário das mulheres

Quinhentas esposas de pastores da Região Sul visitaram orfanatos e hospitais durante congresso quinquenal, em Bento Gonçalves, RS. Foram entregues alimentos, roupas e flores

Para alcançar as classes mais nobres de Cuia-bá, MT, o auditório da sede administrativa da Igreja Adventista serviu de ponto de encontro para médicos, advogados e empresários ou-virem orientações de Roberto Conrad Filho. Conrad, que já foi orador do programa A Voz da Profecia, tem se dedicado à evangelização de pessoas mais abastadas no Rio de Janeiro. Para o orador, o caminho é identificar as neces-sidades e supri-las, para depois falar de religião.

rápida

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Da redação

Os vegetarianos vivem mais do que os que comem carne. Eles também são menos acometidos por diabetes e problemas cardía-cos e renais. E não é mero discurso dos que se abstêm de carne, mas é resultado de pesquisa científica. O estudo com mais de 70 mil ad-ventistas dos Estados Unidos foi publicado em junho no jornal da Associação Médica Americana (jama.jamanetwork.com).

Os pesquisadores acompanha-ram por seis anos os índices de saúde de grupos variados, dos que praticavam o vegetarianismo es-trito até os que comiam sem res-trições. Resultado: o primeiro teve 12% menos mortes do que o se-gundo no período estudado.

Ainda não se sabe por que os homens tiveram mais benefícios do que as mulheres com a dieta à base de vegetais. O certo mesmo é que os adventistas do sul da Ca-lifórnia estão entre as populações mais longevas do mundo e isso tem a ver com o estilo de vida sau-dável deles. Os centenários da ci-dade de Loma Linda, por exemplo, já foram tema de capa da revista National Geographic e do livro The Blue Zones, de Dan Buettner.

Começar pelo positivo – Questionado sobre os resulta-dos da pesquisa, o pastor Marcos Bomfim, líder do Ministério da

Saúde da Igreja Adventista para a América do Sul, comentou: “É bom relembrar que a Igreja pas-sou a divulgar essas orientações sobre alimentação muito tempo antes de qualquer comprovação científica que as apoiasse. Isso reforça nossa confiança no dom profético de Ellen G. White.”

O líder acrescenta que o dis-curso adventista sobre estilo de vida visa a muito mais que lon-gevidade, mas desenvolvimento da espiritualidade. Bomfim ainda aconselha a quem deseja mudar seus hábitos, a começar pelo acrés-cimo de uma boa atitude e não na abstenção imediata de um mau há-bito. Um exemplo seria passar a to-mar mais água antes de deixar os refrigerantes ou utilizar o pão inte-gral antes de abandonar o branco.

Documentário – A importân-cia da mensagem de saúde para a Igreja Adventista já tinha cha-mado a atenção do cineasta inde-pendente Martin Doblmeier, em 2010, quando ele lançou o do-cumentário Os Adventistas.

Agora, em 2013, o filme ganhou continuidade numa nova produ-ção: Os Adventistas 2, no qual ele retrata um pouco do trabalho mé-dico-missionário da Igreja ao re-dor do mundo. O primeiro filme de Doblmeier apresenta a hipóte-se de que a rápida integração de cuidados com saúde e teologia é algo exclusivo da denominação.

Prevenção e desenvol-vimento – O filme desta-ca o compromisso da Igreja Adventista com a saúde sus-tentável, de longo prazo, atra-vés de sua ênfase na medici-na preventiva e criação de escolas médicas em países em desenvol-vimento, como o recém-aprova-do curso para a formação de mé-dicos no Peru.

O documentário também retra-ta a atuação adventista no comba-te à AIDS no Malawi, o trabalho assistencial da denominação na República Dominicana e a respos-ta humanitária imediata da Igreja Adventista ao catastrófico terre-moto no Haiti.

Lanchas – Doblmeier mostra ainda o trabalho pioneiro do casal Leo e Jessie Halliwell a bordo das lanchas Luzeiro. “Ouvimos vez após vez de como pessoas ouvi-ram a história dos Halliwell e fo-ram movidas. Isso mostra como a vida e obra deles tinha propósito e significado”, comenta o cineasta.

Uma parcela das vendas dos DVDs irá para apoiar o trabalho de algumas das organizações em destaque no filme. Os Adventis-tas 2 é o mais recente de mais de 25 filmes de Doblmeier sobre re-ligião, fé e espiritualidade.

Nutrição e combate ao fumo – No Brasil, não são pou-cas as ações da Igreja Adventista que chamam a atenção da socie-dade para a mensa-gem de saúde. No Colégio Adventista Centenário, em Curi-tiba, por exemplo, as aulas de Ciências fo-ram destinadas, em junho, ao estudo da nutrição humana.

Os alunos apren-deram a identificar os nutrientes dos ali-mentos e a equilibrar esses valores na die-ta deles. Uma grande pirâmide alimentar

foi montada no pátio do colégio. O projeto foi encerrado com um mutirão da saúde comunitário e com a distribuição de alimentos doados pelos estudantes.

No centro de Porto Alegre, também em junho, alunos do Colégio Adventista do Partenon deram aos transeuntes do Largo Glênio Perez a oportunidade de trocar maços de cigarro por uma fruta. A ação foi acompanhada pela Turma do Nosso Amigui-nho com panfletos educativos sobre saúde e paz, além de DVDs missionários.

Corrida – Outra iniciativa esco-lar foi a realização da 6ª edição da Corrida Vida e Saúde, no comple-xo esportivo do Unasp, campus Hortolândia, SP. No dia 2 de ju-nho, o evento reuniu 150 partici-pantes que aceitaram o desafio de correr 6 km ou caminhar 4 km. As crianças também puderam par-ticipar em trajetos menores. O projeto tem o apoio do curso de Educação Física da instituição e pretende integrar o Unasp à po-pulação local. – Com reportagem de Elizabeth Lechleitner, Felipe Lemos, Márcia Ebinger, Andre-son Sousa, Charlise Alves e Bian-ca Lorini.

Vantagem adventistaEstudo científico mostra as vantagens do estilo de vida saudável e ações

por todo o Brasil tornam essa mensagem relevante para a sociedade

Saúde

Na Amazônia, o cineasta Martin Doblmeier dirige as filmagens do seu novo documentário sobre os adventistas. Produção mostra o impacto do trabalho médico-missionário ao redor do mundo

Complexo esportivo do Unasp, campus Hortolândia, serviu de ponto de integração com a comunidade e promoção da saúde. Cerca de 150 pessoas participaram da corrida

Porto Alegre: Alunos ofereceram frutas em troca de maços de cigarro

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Leonardo Leite e Dina Karla Miranda

ColaboradoresDois encontros recentes no

noroeste do Brasil marcaram a implantação do Ministério Ad-ventista dos Surdos (MAS) em Porto Velho, RO, e em Rio Branco, AC. Em ambas as capitais, pasto-res, intérpretes e corais de Libras se reuniram para discutir como

fazer o ministério avançar. Como re-sultado dessa mobi-lização, nove pessoas já foram batizadas.

Avanço no no-roeste – Na oca-sião foi oficializa-da uma diretoria para o Ministério dos Surdos em Rio Branco e formadas escolas permanen-

tes de capacitação de intérpretes e de pastores. Um dos instruto-res do encontro foi o estudante de Teologia Douglas Domingos, aluno da Faculdade Adventista da Amazônia.

Douglas, que será o primeiro pastor adventista surdo do Bra-sil, disse estar ansioso para aju-dar nesse ministério que tem o desafio de alcançar 15 milhões de

brasileiros com deficiência auditi-va. O plano da Igreja Adventista é que cada surdo adventista se com-prometa a discipular outro surdo. No Acre e no norte de Rondônia, o líder desse ministério é o pastor Abdoval Cavalcanti.

Treinamento no Rio – Em Petrópolis, RJ, o internato adven-tista local serviu de ponto de en-

contro, no dia 11 de maio, para cem pessoas interessadas em aprender a evangelizar em Libras. Três pessoas foram batizadas du-rante o encontro – Mateus Del-mar e Terezinha e Marcos Gomes – os primeiros frutos dos 10 mil surdos cariocas que o ministério pretende alcançar.

Paulo Pedro da Silva é um exemplo de missionário que usa a Libras. Ele perdeu a audição na adolescência, por causa da me-ningite, história parecida com a de sua esposa Raimunda, que deixou de escutar aos sete anos. Ambos, após o casamento, se de-dicam ao evangelismo para defi-cientes auditivos.

Ministério em expansãoIgreja capacita voluntários que desejam evangelizar em Libras.

Eventos no RJ, RO e AC foram marcados por batismos de surdos

inCluSão SoCial

Federação dos EmpreendedoresAdventistas do Brasil

Federação dos EmpreendedoresAdventistas do Brasil

Federação dos EmpreendedoresAdventistas do Brasil

faculdade adventistada BaHia - iaene

Nove pessoas foram batizadas nos encontros que marcaram a oficialização do Ministério Adventista dos Surdos em Rondônia e no Acre

Petrópolis, RJ: Cem voluntários receberam treinamento e testemunharam o batismo de três surdos

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Felipe LemosColaborador

O desafio de se valer de cen-tenas de mecanismos e platafor-mas tecnológicas para divulgação dos ensinos da Bíblia movimen-tou quase 180 profissionais e estu-diosos de comunicação durante o GAIN 2013 (Global Adventist In-ternet Networking).

Entre esses, está Adriana Vaz, que mora em Goianésia, GO, mas que posta mensagens extraídas do Livro Sagrado e conversa com os internautas sobre religião por meio de sete perfis diferentes no Facebook. O alcance de seu tra-balho, medido pela própria rede social, chega a mais de 20 mi-lhões de pessoas. Sim, de sua casa, Adriana movimenta essa gigan-tesca rede de diálogo a respeito dos ensinamentos de Cristo.

O GAIN, com ênfase na co-municação digital, levantou dis-cussões, apontou caminhos e promoveu projetos interessantes entre os dias 28 e 30 de junho, na sede da Rede Novo Tempo de Co-municação, em Jacareí, SP. O for-mato sul-americano foi inspirado no GAIN mundial que, em 2013,

ocorreu em Dubai e, no próximo ano, será realizado na Índia.

Discussões multidiscipli-nares – Em suma, os participan-tes de vários países, sobretudo da América do Sul, falaram de qua-se tudo: storytelling, convergência, transmedia, segunda tela, gami-fication, produção de webséries, podcasting e estratégias em geral de marketing digital.

Todas as discussões foram motivadas em torno do tema “Construindo nossa imagem”. O coordenador geral do GAIN sul-americano, Rogério Ferraz, explica que a ideia foi reunir pas-tores, profissionais de jornalismo, de publicidade, marketing, web, design e relações-públicas para debater como melhorar a ima-gem adventista no mundo digital com as ferramentas disponíveis.

Do Advir à NT – O diretor de web da Rede Novo Tempo de Comunicação, Carlos Magalhães, descreveu um breve panorama do crescimento da evangelização di-gital adventista no Brasil.

Ele lembrou que um dos primeiros movimentos nessa área começou com a criação do site Advir (www.advir.com.br), em 1999, uma ideia de jovens que queriam “revolucionar” a maneira de pregar o evan-gelho no mundo virtual. As humildes estatísticas do início deram lugar a núme-ros incríveis como a marca de mais de 900 mil pessoas alcançadas pelas redes so-ciais e blogs mantidos pela Novo Tempo.

Game – E as novas tecno-logias já ganham espaço

na Igreja Adventista. O pastor Samuel Neves, que atende a con-gregação de Wimbledon, em Lon-dres, apresentou um projeto evan-gelístico chamado Heroes. A ideia une uma série de mensagens du-rante sete sábados sobre heróis bí-blicos a um esforço na direção do discipulado, para que os membros convidem amigos para ir à igreja.

Os visitantes são animados a fazer parte da Academia dos He-róis, uma classe bíblica em que a temática de heróis dá uma leveza à mensagem e atrai muitos, inclusi-ve jovens. A primeira edição, rea-lizada nos dias 6 de abril a 18 de maio, levou 135 visitantes à con-gregação. Grupo que passou a ser acompanhado por amigos adven-tistas na capital da Inglaterra.

E o plus disso tudo é um apli-cativo de game (inicialmente de-senvolvido para o sistema IOS dos produtos da Apple) chamado He-roes. No aplicativo, o usuário tem até 60 segundos para responder a cada pergunta. Obviamente, to-das as questões são formuladas tendo como base al-guns personagens de destaque na Bíblia.

Contar histórias – A doutora e especia-lista internacional em marketing digital, Mar-tha Gabriel, provocou a todos com a ideia de fortalecer o uso do conceito de storytelling (arte de contar histórias em uma sequência). Na sua palestra, Martha ressaltou que as pessoas querem ouvir, ver e ler histórias interessantes, empolgantes e emocio-nantes que as façam se engajar em causas.

A especialista ressaltou que um dos desafios de grandes or-ganizações, como a Igreja Adven-tista, é trabalhar em convergência (mesmo tipo de conteúdo em di-ferentes plataformas) e sob a pers-pectiva da transmedia (conteúdos adaptados para diferentes plata-formas que dialogam entre si).

Falar e ouvir – Saber falar com os públicos parece ser um dos se-gredos do trabalho desenvolvido por Adriana, que participou do GAIN. Ela criou, em 2011, o perfil do Facebook chamado Bíblia En-sina (www.facebook.com/biblia-ensina) e outros seis perfis com o objetivo de reunir pessoas dis-postas a estudar mais o Livro Sa-grado do cristianismo.

No início, o perfil tinha mais de três mil amigos e hoje o alcan-ce chega a milhões de pessoas. “Uso palavras sinceras nos textos e escrevo do jeito que falo. Não é um perfil técnico e nem institu-cional, mas pessoal. Nós coloca-mos mensagens em áudio e vídeo,

A nova tradução do evangelhoFórum web reflete

sobre uso dos games e da linguagem narrativa para

alcançar a sociedade hiperconectada

ComuniCação

Concebido pela sede mundial, o GAIN sul-americano reuniu 180 pessoas no auditório da Rede Novo Tempo

Pastor da Igreja de Wimbledon, em Londres, Samuel Neves desenvolveu uma série de pregações e um game baseado nas histórias de heróis bíblicos

Novo site da Conexão 2.0Na nova página virtual (conexao20.com.br),

você encontra as três últimas edições da revista (em breve os números antigos vão estar dispo-níveis) e conteúdos extras na seção C+, vídeos, podcasts e tirinhas de ministérios parceiros. Uma das principais atrações do site são as colunas as-sinadas por profissionais que vão explorar temas como sustentabilidade, comportamento, ciência, espiritualidade e voluntariado.

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meditações escritas e outros con-teúdos que as pessoas gostam. E, claro, respondo a todas que posso, ou seja, estabeleço um relaciona-mento com elas”, comenta Adriana.

Semear sistematicamente – Outro exemplo que Adriana cita é o da regularidade desse re-lacionamento virtual com as pes-soas. A cada 40 minutos uma nova mensagem é colocada em um dos perfis que ela administra. A rede possui, inclusive, uma versão em espanhol (chamada Sabiduría Bí-blica), pois Adriana aprendeu o idioma quando viveu nos Esta-dos Unidos e na Colômbia.

A missionária virtual conside-ra que seu trabalho é exatamente como uma ação de semeadura, ou seja, a semente está sendo lançada.

“Os resultados não sei quais serão, mas certamen-te muita gente tomará de-cisões ao lado de Cristo”, comentou.

Inovar e ousar – Na avaliação do pastor Edson Rosa, diretor sul-americano de comunicação da Igreja Adventista, o evento mos-tra a importância de uma comunicação integrada e que une meios convencio-nais às novas tecnologias para pregação do evange-lho. “Estamos felizes com o resultado expressivo des-sa integração e com a con-solidação do GAIN em sua segunda edição sul-ameri-cana”, opinou o líder.

O pastor Marlon Lopes, diretor financeiro sul-america-no da Igreja Adventista, frisou que Deus tem planos específicos para a comunicação e estimulou os presentes a continuar criando, desenvolvendo e realizando pro-jetos ousados.

Líderes de comunicação – O evento de profissionais de web foi precedido por um encontro de líderes e assessores de comunica-ção de toda a América do Sul. En-tre as novidades apresentadas na reunião, está a nova edição da re-vista Esperança Viva, portfólio das ações da Igreja Adventista em to-das as suas áreas de atuação.

Com mais de cem páginas im-pressas em papel de alta qualida-de, a revista tem o objetivo de ser o cartão de visitas da denomina-

ção para autoridades públicas, personalida-des e profissionais da imprensa. Para ver a versão em português, acesse o link: www.adventistas.org/pt/co-municacao/projeto/re-vista-esperanca-viva/.

Novo Portal Ad-ventista – No en-contro, os comuni-cadores discutiram como usar melhor o potencial do novo Por-tal Adventista (www.adventistas.org), lan-çado em maio. Essa é uma ferramenta que promete facilitar e

muito o acesso dos membros aos materiais dos ministérios e às no-tícias sobre a denominação. Com-pletamente redesenhado, o site foi concebido para que o usuário en-contre tudo sobre os adventistas em um só endereço.

O gerente do projeto, Rogério Ferraz, explica que 3.400 pes-soas foram entrevistadas numa pesquisa prévia para identificar a que demanda o portal preci-sava atender. “Compreendemos a necessidade de integração de mídias (TV, rádio, texto) e, tam-bém, com as redes sociais e tra-balhamos com a ideia de serviços práticos como busca de igrejas”, resume Ferraz.

MBA em comunicação – Outra novidade que mexeu com os participantes e que pode inte-ressar a um público mais amplo é a abertura de um curso MBA em Comunicação Corporati-va oferecido pelo Unasp, campus Engenheiro Coelho, a partir de

janeiro de 2014. A pós-graduação contará com grandes nomes do mercado no seu corpo docente e contemplará um módulo interna-cional nos Estados Unidos. – Com reportagem de Márcia Ebinger.

Doutora e consultora em marketing digital, Martha Gabriel: As pessoas querem ter acesso a histórias interessantes que as façam se engajar em causas

Pastor Edson Rosa apresenta a segunda edição da revista Esperança Viva, portfólio de ações da denominação

Educadores do Unasp lançaram o MBA em Comunicação Corporativa. Curso vai reunir professores de ponta do mercado e foco nas necessidades da Igreja Adventista

Chat sobre os protestos Diante das mobilizações populares surpreendentes do mês de junho, a

Rede Novo Tempo de Comunicação promoveu no dia 28 de junho, à noi-te, um videochat sobre o papel dos cristãos em relação aos protestos. Jor-nalistas e líderes da denominação par-ticiparam do pro-grama. A iniciativa antecedeu a convo-cação da emissora para que os adven-tistas intercedes-sem pelo futuro político do Brasil, no dia 29. Para ver ou rever o progra-ma, acesse: aovivo.adventistas.org.

Novo portal foi concebido para agregar em um só endereço todas as informações e materiais sobre a Igreja Adventista

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Da redação

Disponibilizar treinamento de forma lúdica com intenção de transmitir a arte da pregação do evangelho às crianças foi o objeti-vo principal do congresso realiza-do no dia 8 de junho, no Instituto Adventista de Manaus. O evento reuniu 700 congressistas entre 5 e 12 anos para tratar de tópicos como a formação de duplas mis-sionárias mirins, pequenos gru-pos infantis e técnicas de oratória.

A garotada aprendeu com a professora Cátia Marcon como realizar o projeto “Carteiros Missionários” e observou com atenção a pregação do pequeno Felipe Moura, de apenas 5 anos, e as orientações da líder de um pe-queno grupo, Stephane Peres, de 10 anos.

No dia 19 de maio, em Boa Vis-ta, RR, e 26, em Manaus, mais um grupo de mil crianças participou de evento semelhante. Eles acom-panharam seminários temáticos, atividades espirituais e lúdicas, além de encenações da história do rei Davi. Para os organizado-

res, investir hoje na capacitação das crianças é transformá-las nos evangelistas do futuro. No encer-ramento, para a alegria da crian-çada, houve apresentação da Turma do Nosso Amiguinho.

Nosso Amiguinho e Tia Ce-céu – Em Recife, no dia 6 de julho, os bonecos da turminha da revis-ta infantil também marcaram pre-sença, com a Tia Cecéu, no lança-mento da chamada “jornadinha”. A apostila é uma adaptação para crianças de até 12 anos do tradi-cional guia de estudos devocionais do Seminário de Enriquecimento Espiritual.

No teatro Guararapes, os pe-quenos ouviram muita músi-ca, assistiram a peças temáticas e cantaram com os convidados especiais. A proposta da “jorna-dinha” é que durante 30 dias as crianças estudem a Bíblia com o acompanhamento dos pais.

Aventureiros – Somente na região metropolitana de Recife existem 35 clubes de aventurei-ros, nos quais participam mais

de 700 crianças. Essa tur-ma toda aproveitou o dia 25 de maio para celebrar o Dia dos Aventureiros. Cerimô-nias de investiduras e batis-mos marcaram a data.

Na Igreja Central de Re-cife, 15 crianças foram ad-mitidas no Clube Pequenos Luminares através da ceri-mônia que lhes conferiu o lenço da agremiação. In-vestiduras semelhantes fo-ram realizadas nas Igrejas de Boa Viagem e dos Tor-

rões, ambas, na Capital. Na Igre-ja de Jardim Primavera, na cidade de Camaragibe, dois aventureiros foram batizados.

AL e SC – Em Alagoas, o Dia do Aventureiro foi comemorado por agremiações de todo o Estado. No sábado, dia 25 de maio, as crian-ças foram envolvidas em várias atividades da igreja a fim de mos-trar para a congregação a que se propõe o Clube de Aventureiros. No domingo, a criançada teve ati-vidades ao ar livre.

Em Florianópolis, SC, a Igreja Central recebeu 200 aventureiros e líderes no dia 25 de maio. A pro-gramação teve a participa-ção de nove agremiações e foi traduzida para Libras. Na Igreja Central de Brus-que, a data foi celebrada no dia 1º de junho e com uma reflexão que contras-tou Jesus com os super-heróis da mídia. Houve batismo e a apresentação

de um coral com 70 vozes. – Com reportagem de Patrick Rocha, Rebbeca Ricarte, Daniel Gon-çalves, Cíntia Moura, Rosângela França e Dayse Bezerra.

Evangelistas do amanhãTreinamentos ensinam a garotada a pregar

e a organizar duplas missionárias e PGs

treinamento

Setecentos congressistas entre 5 e 12 anos ouviram Felipe Moura pregar. Ele tem apenas 5 anos

Mil crianças de Boa Vista, RR, e Manaus, AM, foram orientadas sobre como pregar e formar duplas missionárias

Recife: Crianças receberam uma versão adaptada da apostila do Seminário de Enriquecimento Espiritual. O lançamento teve a participação da Turma do Nosso Amiguinho e da Tia Cecéu

Igreja Central de Florianópolis, SC, recebeu 200 aventureiros no dia 25 de maio. Programa tratou sobre a importância da obediência à lei de Deus

Minicentros Ellen G. WhitePela primeira vez, 23 diretores dos chamados minicentros Ellen G. Whi-

te das regiões Sul e Sudeste se reuniram na sede nacional da entidade, no Unasp, campus Engenheiro Coelho. No dia 19 de maio, eles compar-tilharam experiências de como os centros de estudos de suas igrejas e instituições estão popularizando a leitura dos livros da co-fundadora da denominação. Espaços como esses continuam a atrair a atenção dos mem-bros para a história da igreja e de seus pioneiros, como é o caso do mini-centro da Igreja de São Pedro III, em Vitória, ES. Inaugurado no dia 13 de julho, ele é o primeiro da região norte do Estado. Para organizar um mini-centro em sua igreja, acesse: www.centrowhite.org.br.

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Gente

Bodas de Ouro (50 anos)De Edegardo Max Wuttke e Eu-

nice Lourenço Wuttke, na Igreja do Parque Araribá, em São Paulo, SP. Edegardo é bisneto do pioneiro Guilherme Belz.

De Inorate Marques e Zeres

Marques Martins, em Vitória, ES, pelo pastor Nelson de Olivei-ra Duarte.

Bodas de Diamante (60 anos)

De José da Silva e Regina Alves Leite, pelo pastor Dênis Versiane, na Igreja de Vila Netinho, em Jaú, SP. A celebração contou com a presença dos filhos, genros, noras, netos e bisnetos do casal.

Bodas de Safira (65 anos)

De Nevil e Noemi Gorski, em En-genheiro Coelho, SP, com a presen-ça de familiares e amigos.

Jornal seleciona aluna do Unasp em concurso

Isadora Stentzler, aluna do curso de Jornalismo do Unasp, ficou en-tre os seis finalistas para concorrer ao prêmio Tetra Pak de Jornalismo Ambiental do jornal O Estado de S.

Paulo, considerado um dos mais importantes do país. O desafio era escrever uma reportagem sobre sustentabilidade, após um curso oferecido pelo jornal. Isadora con-correu com 180 participantes.

Os finalistas participarão de um programa de visitas a florestas certi-ficadas pelo FSC (Forest Stewardship Council), no Paraná, e suas repor-tagens serão publicadas na edi-ção online do diário. O vencedor do concurso será escolhido neste mês e ganhará uma viagem para a Suécia, país conhecido como “Rei-no Verde”.

Vereadores homenageiam adventistas por ações sociais

Em Sapucaia do Sul, RS, a Igreja Adventista foi homenageada pela Câmara dos Vereadores por serviços prestados à comunidade. O tributo foi recebido por Adilson Barros, pas-tor líder das igrejas do município. Os projetos desenvolvidos pelos adventistas incluem a Missão Cale-be, o Mutirão de Natal, a campanha Quebrando o Silêncio e o programa de evangelismo Viva Melhor, que oferece, entre outros, o curso Como Deixar de Fumar em Cinco Dias. A ci-dade conta também com o trabalho realizado pelo Clube de Desbrava-dores e o grupo Recomeço, que re-aliza serenatas na casa das mães da comunidade e nas praças. Ao rece-ber a homenagem, o pastor Adilson entregou ao vereador e inspetor de polícia Marquinhos uma Bíblia e um DVD A Última Esperança.

Sites recebem Prêmio Comunicando Jesus

Na sede da Rede Novo Tempo, em Jacareí, SP, foi realizado o Encontro

Sul-Americano de Comunicação, organizado pelo departamento de Comunicação da Divisão Sul-Ame-ricana. Durante o encontro, foi feita a entrega do prêmio Comunicando Jesus – edição 2012. A premiação reconhece o trabalho realizado nos melhores sites adventistas da inter-net. Os vencedores, escolhidos pe-los internautas, foram:

Categoria Blog – o jornalista Da-niel Gonçalves.

Categoria Evangelismo – com mais de um milhão e meio de visu-alizações, o blog Bíblia Ensina, de Adriana Vaz.

Categoria Igreja e Revelação – o site IASD Esperança, de Joatan Barros.

Categoria Ministério Jovem – o site Estilo JA, de Alexandre Pereira, com 21 mil seguidores.

Categoria Portal – o site Cada Dia.Categoria Aplicativo – o estudo

bíblico O Caminho, do pastor Die-go Barreto.

O Grupo Adventista de Desenvolve-dores da Web (GADW), que promove o prêmio, tem como objetivo princi-pal estimular a integração daqueles que desenvolvem ou estão interes-sados em desenvolver sites relacio-nados à Igreja Adventista. O pastor Edson Rosa, diretor de Comunicação para a América do Sul, informa que, “a partir deste ano, o prêmio será am-pliado. Ele não terá foco apenas na web, mas também premiará ações relevantes na área de comunicação”.

Para concorrer ao prêmio na edi-ção 2013, basta acessar o www.gadw.com.br e fazer a inscrição do seu material.

Reportagem: Douglas Pessoa, Tiago Cremones, Márcia Ebinger e Eduardo Rueda.

Vida e Saúde Proteínas

– Os vegetais que fornecem proteínas superiores às proteínas de produtos animais

Hemofilia – Conheça o distúrbio que impede a coagulação do sangue.

Anorexia – Como os pais podem ajudar os filhos a prevenir esse transtorno alimentar

nosso amiguinho

Página da Luísa – Ensinamos a fazer um porta-chave bem criativo, aproveitando as velhas caixas de VHS da sua casa.

História – Descubra como os aborígines australianos conheceram a Bíblia e quanto essa leitura modificou a vida deles.

Quadrinhos – Quem é você? Nessa história, a Turma descobre a verdadeira origem do homem.

nosso amiguinho

JúniorDeixe a preguiça de

lado e mexa-se! Essa é a proposta da edição deste mês. Deus criou nosso corpo para nos movimentarmos. Por isso, não fique parado.

revistas de agosto

Atendimento gratuitoNo dia 17 de junho, foi inaugurada a nova ala de dermato-

logia do Hospital Adventista do Pênfigo (HAP), em Campo Grande, MS. A nova área conta com 25 leitos, dois consul-tórios, recepção, uma sala para procedimentos cirúrgicos dermatológicos e outra para curativos, além de saunas e banheiras para fins terapêuticos. O HAP, que ficou conhe-cido nacionalmente pelo tratamento pioneiro do pênfigo, dedica essa ala para o atendimento gratuito da população. Líderes da denominação e familiares dos pioneiros do hos-pital estiveram na cerimônia.

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41Revista Adventista I agosto • 2013

Adalgisa Burigatto – Aos 45 anos, em Garça, SP, de melanoma. Era adventista desde a in-fância. Na igreja, atuava

como pianista e diretora do minis-tério da música. Deixa esposo e de-mais familiares.

Alendina Siebert Buss – Aos 71 anos, em São Domingos do Norte, ES, de infarto. Era membro da Igreja de Bela Vista,

onde ocupava o cargo de diaconi-sa. Deixa quatro filhos e cinco netos.

Antônio de Freitas – Aos 94 anos, em São Vi-cente, SP, de infarto. Atuou como colportor e foi funcionário da CPB,

em Santo André, SP. Serviu à obra por 46 anos. Deixa filhos, netos e bisnetos.

Ehut Löschner – Aos 87 anos, em Flo-rianópolis, SC, de falência múltipla de órgãos. Era membro da Igreja de Pal-mas, em Governador Celso Ramos, SC. Era filho de pioneiros em Gaspar Alto, Brusque, SC. Deixa esposa, quatro fi-lhos, dez netos e quatro bisnetos.

Eliseu Mendes de Oli-veira – Aos 57 anos, de acidente automobilísti-co. Era membro da Igreja Central de Manaus. Dei-

xa esposa e um filho.

Elton Santos de Olivei-ra – Aos 48 anos, em Ca-choeira, BA, de acidente automobilístico. Traba-lhou na Associação Para-

naense, no Centro Adventista de Trei-namento e Recreação de Santa Cata-rina (CATRE) e na Clínica Adventista de Curitiba. Atuou também como te-

soureiro do IAP e na Missão Nordes-te. Atualmente, exercia a função de administrador financeiro do IAENE. Deixa esposa e três filhos.

Florentino Floriano da Silva – Aos 55 anos, em Iporanga, SP. Frequenta-va a Igreja de Pinheiros, em Apiaí, SP. Deixa familiares.

Francisca Rodrigues Matias – Aos 85 anos, em Presidente Dutra, MA, de falência múlti-pla dos órgãos. Era ad-

ventista havia 36 anos. Frequenta-va a Igreja do Bairro de Fátima. Dei-xa oito filhos, 39 netos, 63 bisnetos e quatro trinetos.

Gerson Vieira da Hora – Aos 84 anos, de cho-que séptico. Por 15 anos, trabalhou como colpor-tor no Estado do Espíri-

to Santo, onde fundou sete igrejas. Aproximadamente 100 pessoas fo-ram batizadas pela influência de seu trabalho. Deixa esposa, cinco filhas, 11 netos e nove bisnetos.

Hilda Marcondes Ribas – Aos 71 anos, de AVC, em Mafra, SC. Era adven-tista havia 42 anos. Fre-quentava a Igreja Central

de Rio Negro, PR, onde atuava como diaconisa e na ação social. Foi tam-bém cozinheira do Clube de Desbra-vadores por 26 anos. Deixa cinco fi-lhos, nove netos e um bisneto.

Jacinto Antônio dos Santos – Aos 81 anos, em Rubim, MG. Atuou como diácono por mui-tos anos e gostava de

distribuir folhetos. Deixa filhos, ne-tos e bisnetos.

Joel Veríssimo de Al-meida – Aos 65 anos, em Rubim MG, de mor-te súbita. Atuou como ancião, diácono, diretor

de Desbravadores e professor da Escola Sabatina. Deixa dois filhos e seis netos.

José Turcílio – Aos 91 anos, em Artur Nogueira, SP, de Alzheimer. Era ad-ventista havia 66 anos. Trabalhou por seis anos

como colportor e 22 anos como as-sistente de colportagem na antiga Associação Paulista. Foi o pioneiro na formação de equipes especializa-das no trabalho com as revistas Vida e Saúde, O Atalaia, Mocidade e Nos-so Amiguinho. Gostava de dar estu-dos bíblicos, e como resultado de seu trabalho, muitas pessoas foram ba-tizadas. Deixa esposa, duas filhas e dois netos.

Maria José Freire – Aos 64 anos, em Planalmi-ra, GO, de câncer. Por 20 anos, trabalhou na obra. Em seus últimos anos de

vida, atuou como diretora da ação social da igreja. Deixa duas filhas e três netos.

Marilusa von Rosen-thal Gomes – Aos 45 anos, em Parobé, RS, de morte natural. Era ad-ventista havia 25 anos.

Frequentava a Igreja Central da ci-dade. Atuava como professora de in-glês e, sempre que possível, falava de Cristo a seus alunos e colegas. Deixa esposo e filho.

Nair Knöner de Souza – Aos 71 anos, em Chape-có, SC, de falência múl-tipla dos órgãos. Era ad-ventista desde a infân-

cia. Frequentava a Igreja de Palmi-tal. Atuou como líder de jovens, dia-conisa e professora das classes infan-

tis. Deixa esposo, seis filhos, 12 netos e um bisneto.

Olívia de Almeida Ga-briel – Aos 83 anos, em Cascavel, PR, de pneu-monia. Era adventis-ta havia 55 anos. Atuou

como diaconisa e na ação social. Dei-xa filhos, netos e bisnetos.

Paulo Lopes Galvão Filho – Aos 68 anos, em Cerquilho, SP, de cân-cer. Frequentava a Igreja Central da cidade. Deixa esposa, filhos e netos.

Reinoldo Lenz – Aos 76 anos, em Rio das Antas, SC, de infarto. Era filho de pioneiros adventistas na região. Dei-xa dez filhos, 23 netos e três bisnetos.

Terezinha de Jesus Lima Costa – Aos 82 anos, em Belém, PA. Era membro da Igreja do Marco, onde atuou por

muitos anos na assistência social. Deixa cinco filhos, netos e bisnetos.

Timóteo Mendes de Oli-veira – Aos 94 anos, em Hortolândia. Atuou como professor na rede adven-tista por 20 anos. Por 60

anos, foi ancião de igreja. Deixa dez fi-lhos, 32 netos, 15 bisnetos e um trineto.

Vitor Lacerda – Aos 91 anos, em Campos Ge-rais, MG, de leucemia. Era adventista havia 56 anos. Convertidos por

meio do trabalho da lancha missio-nária da represa de Furnas, por mui-to tempo Vitor e sua esposa foram os únicos adventistas da cidade. Deixa esposa e demais familiares.

Walter Alves Ferreira – Aos 82 anos, em São Paulo, SP. Frequentava a Igreja de Rio Pequeno. Deixa esposa, duas filhas

e sete netos.

A Câmara Municipal de Tatuí, SP, cidade na qual a Casa Publica-dora Brasileira está sediada, fez uma menção de aplauso e congratulações pelos 150 anos de organização da Igreja Adventista. A homenagem foi feita no dia 11 de junho, por ini-ciativa do vereador Alexandre de Jesus Bossolan. Os serviços da deno-minação nas áreas de saúde, educa-ção e filantropia foram mencionados na cerimônia em que compareceram os pastores adventistas que atuam na cidade.

rápida

F a l e C i m e n t o S“Bem-aventurados os que desde agora morrem no Senhor” Ap 14:13

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Cura da almaTransformar nossas instituições nas grandes cida-

des em centros de influência. Esse conselho profé-tico já centenário parece ganhar agora novo fôlego no Brasil. O projeto Lugar de Paz, desenvolvido pela capelania do Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro, aponta nessa direção. A ideia é usar a ca-pela do hospital como um espaço para quem bus-ca acolhimento e reflexão. Cultos diários e sabáticos oferecem música cristã contemporânea e mensa-gens cristocêntricas para pacientes, funcionários e fornecedores. O objetivo é, em breve, realizar pales-tras médicas no sábado à tarde e caminhadas pela trilha ecológica do hospital. Para saber mais, aces-se: www.lugardepaznohas.com.br.

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