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XIII Semana Nacional do Livro e da Biblioteca Projeto de Extensão promove capacitação a profissionais da Rede SUS Ano X • Dezembro 2012 Jornal da Unesp de Ilha Solteira Edição nº 21 Ao chegarmos ao final de mais um ano, é com grande satisfação que nós nos dirigimos à comunidade da Faculdade de Engenharia, Câmpus de Ilha Solteira, para informar que muito embora tenha sido um ano repleto de desafios para todos, a união e o compromisso com a Instituição fizeram com que a nossa Unidade conseguisse cumprir as metas determinadas através dos planejamentos setoriais e das metas acordadas por meio do Termo de Ajustamento de Conduta e do Termo Mesa de Entendimento. Essas ações nos deixaram imensamente orgulhosos e gratos. A Comunidade Unespiana imbuída com o espírito de construção, com ideais muito claros na busca da excelência, abrilhantou a Unidade com grandes conquistas. As avaliações externas mais uma vez tiveram a oportunidade de enxergar em Ilha Solteira um píncaro de trabalho e excelência. Também cabe destacar que neste ano várias obras foram colocadas à disposição da comunidade, podendo-se citar a melhoria de alguns ambientes de trabalho e a aquisição de bens, tais como: 1- Reforma da Seção de Conservação e Manutenção; 2- Ampliação do Laboratório de Engenharia Mecânica Bloco M-3; 3- Ampliação do Departamento de Biologia e Zootecnia; 4- Ampliação do Laboratório de Pedologia; 5- Início de construção do Departamento de Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos; 6- Construção do pátio para Trólebus e Oficina Mecânica do DEE; 7- Empenho da obra para construção do Centro de Convivência Infantil; 8- Aquisição de equipamentos para o Laboratório de Usinagem; 9- Aquisição de máquinas e equipamentos para a Fazenda de Ensino Pesquisa e Extensão; 10- Empenho da reforma da Seção Técnica de Saúde; 11- Empenho da reforma da Seção Técnica de Materiais; 12- Compra dos materiais para asfaltar os três Câmpus da Unidade, cujo serviço será realizado pela PMISA; 13- Troca e aquisições de veículos; 14- Climatização das salas de aulas da graduação. Todas essas conquistas se deveram ao empenho de todos, com ideias, projetos e muito trabalho. Docentes e alunos foram premiados em vários eventos científicos e os trabalhos de vários servidores foram reconhecidos externamente, motivo de muita satisfação e orgulho. A todos os votos de um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de realizações. Marco Eustáquio de Sá Rogério de Oliveira Rodrigues Feliz Natal e um Ano Novo repleto de realizações 7ª Edição da Feira de Ciências Curso de Física da FE/IS é primeiro do país na avaliação do MEC Curso de Contação de Estórias da UNATI promove ações solidárias 02 04 05 06 04

Feliz Natal e um Ano Novo repleto de realizações · 14- Climatização das salas de aulas da graduação. Todas essas conquistas se deveram ao empenho de todos, com ideias, projetos

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XIII SemanaNacional do Livroe da BibliotecaProjeto de Extensãopromove capacitaçãoa profissionais daRede SUS

Ano X • Dezembro 2012Jornal da Unesp de Ilha Solteira Edição nº 21

Ao chegarmos ao final de mais um ano, é com grande satisfação quenós nos dirigimos à comunidade da Faculdade de Engenharia, Câmpus deIlha Solteira, para informar que muito embora tenha sido um ano repletode desafios para todos, a união e o compromisso com a Instituição fizeramcom que a nossa Unidade conseguisse cumprir as metas determinadasatravés dos planejamentos setoriais e das metas acordadas por meio doTermo de Ajustamento de Conduta e do Termo Mesa de Entendimento.Essas ações nos deixaram imensamente orgulhosos e gratos.

A Comunidade Unespiana imbuída com o espírito de construção, comideais muito claros na busca da excelência, abrilhantou a Unidade comgrandes conquistas. As avaliações externas mais uma vez tiveram aoportunidade de enxergar em Ilha Solteira um píncaro de trabalho eexcelência.

Também cabe destacar que neste ano várias obras foram colocadas àdisposição da comunidade, podendo-se citar a melhoria de algunsambientes de trabalho e a aquisição de bens, tais como:

1- Reforma da Seção de Conservação e Manutenção;2- Ampliação do Laboratório de Engenharia Mecânica Bloco M-3;3- Ampliação do Departamento de Biologia e Zootecnia;4- Ampliação do Laboratório de Pedologia;5- Início de construção do Departamento de Fitossanidade, Engenharia

Rural e Solos;6- Construção do pátio para Trólebus e Oficina Mecânica do DEE;7- Empenho da obra para construção do Centro de Convivência Infantil;8- Aquisição de equipamentos para o Laboratório de Usinagem;9- Aquisição de máquinas e equipamentos para a Fazenda de Ensino

Pesquisa e Extensão;10- Empenho da reforma da Seção Técnica de Saúde;11- Empenho da reforma da Seção Técnica de Materiais;12- Compra dos materiais para asfaltar os três Câmpus da Unidade, cujo

serviço será realizado pela PMISA;13- Troca e aquisições de veículos;14- Climatização das salas de aulas da graduação.Todas essas conquistas se deveram ao empenho de todos, com ideias,

projetos e muito trabalho. Docentes e alunos foram premiados em várioseventos científicos e os trabalhos de vários servidores foram reconhecidosexternamente, motivo de muita satisfação e orgulho.A todos os votos de um Feliz Natal e um Ano Novo repleto derealizações.

Marco Eustáquio de SáRogério de Oliveira Rodrigues

Feliz Natal e um Ano Novorepleto de realizações

7ª Edição da Feirade CiênciasCurso de Física daFE/IS é primeiro dopaís na avaliaçãodo MEC

Curso de Contaçãode Estórias daUNATI promoveações solidárias02 04 05 0604

Jornal da Unesp de Ilha Solteira | Ano X | nº 21 | Dezembro 201202

Nos dias 18 e 19 de outubro de2012, foi realizada a 7ª Feira de Ci-ências do Curso de Biologia noCâmpus de Ilha Solteira. Esse even-to ocorreu como parte das ativida-des referentes à Semana Nacionalde Ciência e Tecnologia, promovidapelo Ministério de Ciência e Tecno-logia (MCT), bem como parte inte-grante da Disciplina de EducaçãoAmbiental na Escola e o Projeto Bi-ologia muito além da Ilha (PROEX-UNESP). Acompanhando a temáticaproposta pelo MCT (Sustentabilida-de, Economia Verde e Erradicaçãoda Pobreza), a feira deste ano tevecomo tema “Questões da Rio + 20”,e apresentou projetos com as temá-ticas: Resíduos sólidos (composta-gem, aproveitamento integral dosalimentos e reciclagem), Conserva-ção de Recursos Naturais (biodiver-sidade, água e aquecimento global)e experimentos de Bioengenharia(energias renováveis).

Mais do que promover a apren-dizagem dos conteúdos o objetivodo ensino de ciências é possibilitaruma mudança de posição do alunoem relação ao conhecimento cientí-fico, mudança esta, para uma pos-tura de conhecer mais ativa. Além

disso, a educação em ciência e tec-nologia na Educação Básica pressu-põe a contextualização e ainterdisciplinaridade. Acredita-seque, dentro deste contexto, as feirasde ciências poderiam ter uma con-tribuição efetiva também na forma-ção docente, considerando que sãoeventos realizados nas escolas ouna comunidade, com a intenção deoportunizar um diálogo com os vi-sitantes constituindo-se em umaoportunidade de discussão dos co-nhecimentos, das metodologias depesquisa e da criatividade.

Do ponto de vista metodológico,as feiras de ciências são utilizadaspara repetição de experiências rea-lizadas em sala de aula, montagemde exposição com fins demonstrati-vos, como estímulo para aprofun-dar os estudos e busca de novosconhecimentos; oportunidade deproximidade com a comunidade ci-entífica; espaço para a iniciação ci-entífica; desenvolvimento doespírito criativo; discussão de pro-blemas sociais e integração escola-sociedade. Além disso, em que pe-sem as críticas ao reducionismocom que muitas vezes são tratadasas feiras de ciências, elas represen-

tam uma excelente oportunidadepara os alunos deixarem de ocuparuma posição passiva no processode aprendizagem e de serem esti-mulados a realizar pesquisas quefundamentem os projetos que irãodesenvolver e tornar público quan-do da realização do evento.

Este ano a feira recebeu 392 visi-tantes (assinantes do Livro de Assi-naturas) sendo representantes decinco escolas (E.E. Lea Silva Mora-es, E.E. Arno Hausser, Colégio An-glo, E.E. Urubupungá e ColégioEuclides da Cunha,) e desta forma,contribuiu para a popularização daciência em nossa comunidade.

Foi gerado um livreto com 12 pá-ginas, cada uma abordando um as-sunto da Feira que foi distribuídoaos visitantes. Nessa etapa o eventocontou com a colaboração da Seçãode Atividades Auxiliares (Gráfica)para a montagem dos exemplares eda Seção de Conservação e Manu-tenção na montagem dos estandese colocação da faixa de divulgação.Contou também com o auxílio daDiretoria da Unidade – 2012, da Se-ção Técnica de Apoio ao Ensino,Pesquisa e Extensão.

Para a comunidade que visitou a

feira foi uma oportunidade de apri-moramento do conhecimento cien-tífico, troca de informações e ideiase contato com a comunidade uni-versitária.

Dessa forma, a realização de umevento como este, possibilita a con-cretização de Pesquisa, Ensino eExtensão, o tripé de sustentação doambiente universitário.

Colaboraram também com esteevento o professor coordenador doProjeto Usina Ecoelétrica – PROEX,Prof. Dr. Dionízio Paschoareli Juni-or – DEE e o Centro de Conservaçãoda Fauna Silvestre de Ilha Solteira –CESP com o empréstimo de materi-al de seu acervo.

Dessa forma, agradeço a todos osalunos envolvidos, especialmenteos alunos da Disciplina de Educa-ção Ambiental na Escola – 2012 -que auxiliaram na montagem dosestandes e participaram ativamen-te do evento e também a todos ossetores desta Unidade Universitáriaque tornaram o evento, mais umavez, possível de ser realizado.

Profª Drª Carolina Buso Dornfeld

7ª Edição da Feira de Ciências do Curso de Biologia

E X P E D I E N T EJornal da UNESP Ilha SolteiraÓrgão Informativo da Faculdade de Engenharia – UNESP Campus de Ilha SolteiraReitor afastado: Prof. Dr. Herman Jacobus Cornelis VoorwaldVice-reitor no exercício da Reitoria: Prof. Dr. Julio Cezar DuriganDiretor do Campus de Ilha Solteira: Prof. Dr. Marco Eustáquio de SáVice-diretor do Campus de Ilha Solteira: Prof. Dr. Rogério de Oliveira RodriguesSupervisor da SAEPE: Rosemeire Cantão ParisEdição e Revisão: Paulo Eduardo HomemDiagramação e Arte Final: Elias de Carvalho SilveiraTiragem: 1000 exemplarese-mail: [email protected]: www.feis.unesp.br/servicos/jornal-virtual/index.php

AS MATÉRIAS ASSINADAS SÃO DE RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DOS AUTORES

Jornal da Unesp de Ilha Solteira | Ano X | nº 21 | Dezembro 2012 03Adubação nitrogenada em pastagens e desempenho de ovinos

Pesquisa desenvolvidana Faculdade de Engenha-ria de Ilha Solteira – FE/IS-UNESP no Setor de Ovino-cultura, através do projetofoi conduzido pelos discen-tes do curso de ZootecniaRamon Cellin Rochetti, Pau-lo Marcos Camilo de Olivei-ra e Rafael Eduardo

Lourenço Pinê e o docenteRafael Silvio BonilhaPinheiro, objetivou conhecera produção de matéria secada forragem e o desempe-nho de borregas em sistemade pastejo rotacionado deColonião (Panicummaximuncv.) com diferentes níveis deadubação nitrogenada.

Quanto à produção dematéria seca, as áreas (pi-quetes) que não foram adu-badas com nitro- gêniotiveram uma produção me-nor de matéria seca1.128,45 kg/ha do que asque foram adubadas 75 e150 Kg/ha, 1.623,99 kg/ha e1.543,19 kg/ha respectiva-mente. Observou tambémque a lotação animal foimenor nessas áreas nãoadu- badas, 4 animais emmédia em relação às aduba-das, 9 animais em média nospiquetes de 75N/ha e 12 nos

piquetes de 150N/ha.Em relação ao desempe-

nho das borregas, conformefoi aumentando a lotaçãoanimal o ganho de peso foiprejudicado em relação àsáreas que ocorreu o super-pastejo, por isso há a neces-sidade de realizar o manejoadequado da pastagem,além de determinar a lota-ção animal adequada naárea para que não ocorra adegradação da pas- tagem eque não prejudique o ganhode peso dos animais.

Resultados principais da pesquisaMaterial e métodos

Croqui da área utilizada no experimento

Fotos da área do experimentoO estudo apontou que a adubação nitrogenada é

importante, pois proporcionou maior produção de matériaseca/ha quando utilizada 75 ou 150N/ha. Porém énecessário utilizar lotação animal adequada na área dapastagem para que não ocorra o superpastejo e nãoprejudique a rebrota da pastagem e prejudique o ganho depeso dos animais.

Prof. Dr. Rafael Silvio Bonilha PinheiroDiscente Rafael Eduardo Lourenço Pinê

Pesquisa sobre conhecimento de posse responsável em Ilha SolteiraInfelizmente, muitas pessoas ainda infringem

a Lei Federal de Crimes Ambientais 9.605/98 e oDecreto de Lei n° 24.645 e abandonam seusanimais nas ruas, causando grandes problemasde saúde pública. Percebendo a necessidade deconscientizar a população, está crescendo o usode pesquisas e trabalhos que incentivem o usodo conceito de Posse Responsável e deBem–Estar Animal.

Com o objetivo de saber se a população deIlha Solteira tem o conhecimento sobre osignificado dos conceitos citados anteriormente,um grupo de alunos do Curso de Zootecnia daFaculdade de Engenharia da UNESP sob aorientação da Professora Vanessa Ortunhoentrevistou 100 pessoas e o resultadoencontrado foi que somente 43% dosentrevistados alegaram vacinar anualmenteseus cães contra Raiva e 7% responderam quenunca vacinaram seus cães contra esta doença.

Quando os proprietários foram indagados

sobre a vacinação contra parvovirose, cinomose,leptospirose, coronariovirose, conhecida comoV8, V10, V11; 31% informaram que somentevacinaram seus cães quando eles eram filhotes e7% nunca vacinaram seus cães.

Quanto à utilização de vermífugos: 12%dos entrevistados nunca ofereceram estemedicamento aos seus animais, 8% somentequando eram filhotes, 67% dão 1 vez ao ano esomente 13%, a cada 4 meses.

Entre os entrevistados 20% nunca saemde casa com seus animais e 38% deixam seusanimais caminharem sozinhos pelas ruas.Somente 40% dos proprietários responderamque recolhem as fezes que seus animais fazemnas ruas.

Com este questionário concluiu-se que sãonecessários investimentos em políticas públicasque conscientizem a população sobre adoçãodas práticas sugeridas na Posse Responsável eBem Estar Animal, quanto à vacinação,

vermifugação, recolhimento das fezes nas ruas,alimentação e passeios diários. Também énecessário conscientizar as pessoas que oabandono de animais nas ruas é um crime, paraque assim possa diminuir o risco de transmissãode zoonoses, entre os cães errantes e os sereshumanos.

Observando estes resultados, pretende-se nopróximo ano desenvolver um Projeto deExtensão na Universidade que tenha comoobjetivo realizar campanhas de esclarecimentoem praças e escolas públicas sobre aimportância de adotar as práticas de Bem EstarAnimal e de Posse Responsável e esclarecendoainda a população sobre os riscos para a saúdepública quando se abandona animais nas ruas.

Profª Drª Vanessa Veronese OrtunhoDiscentes: Gabriela de Souza Peres Carvalho,

Gabriela Costa Baldassi, Natalia Marques Teixeira

Jornal da Unesp de Ilha Solteira | Ano X | nº 21 | Dezembro 2012

Entre os dias 16 e 21 de setembro, a BibliotecaF. E. participou do "Seminário Nacional de Bibli-otecas Universitárias" - SNBU 2012. Este evento,desde 1978, promove o encontro de profissionaisque atuam em bibliotecas universitárias brasilei-ras, sendo considerado o maior e mais importan-te evento na área da ciência da informação nocampo acadêmico.

O tema do SNBU 2012 foi A BIBLIOTECA UNI-VERSITÁRIA COMO LABORATÓRIO NA SOCIEDA-DE DE INFORMAÇÃO, que objetivou refletirsobre a biblioteca universitária como laboratóriode ensino, voltado para o desenvolvimento decompetências informacionais e de pesquisa.

Dentre as sessões temáticas apresentadas du-rante o evento, incluiu a sessão "Recuperação,disseminação e uso da informação", onde a Bibli-

oteca do Câmpus de Ilha Solteira expôs seu tra-balho intitulado BIBLIOTECA 2.0: UM RELATODA IMPLEMENTAÇÃO DE FERRAMENTAS 2.0 NABIBLIOTECA DA UNESP DE ILHA SOLTEIRA, cu-jos autores são: Raiane da Silva Santos, SandraMaria Clemente de Souza e João Josué Barbosa.

A participação da Biblioteca da FE/IS foi pro-movida e estimulada pela Coordenadoria Geralde Bibliotecas - CGB e pela Diretoria da Faculda-de de Engenharia de Ilha Solteira.

A Biblioteca da Unidade teve a imensa satis-fação em participar de um evento tão grandiosona área, enriquecendo seus conhecimentos e aqualidade de seus serviços, e agradece a todosque colaboraram para que isso fosse possível.

Raine da Silva Santos

04Participação da Biblioteca da Unidade no Seminário Nacional deBibliotecas Universitárias - SNBU 2012

Apresentação da Biblioteca FE/IS no SNBU 2012

XIII Semana Nacional do Livro e da Biblioteca

O mês de outubro éconhecido nas bibliotecaspelas atividades culturais epopulares que acontecemdevido a comemoração daSemana Nacional do Livroe da Biblioteca. Esta sema-na foi instituída por meiodo Decreto nº. 84.631, de 9de abril de 1980. 

Entre os dias 22 e 26 deoutubro, foi comemorado

na Biblioteca do Câmpus deIlha Solteira a "XIII SEMA-NA NACIONAL DO LIVRO EDA BIBLIOTECA". Dentre asdiversas atividades ocorri-das durante a semana, des-tacamos: a hora do conto,com apresentações orais delivros, palestra sobre nor-mas da ABNT para traba-lhos acadêmicos,divulgação das bases de da-

dos disponíveis para a co-munidade unespiana,campanha solidária, subs-tituindo suspensão por ali-mentos não perecíveis,apresentações musicaiscom o Grupo Roda Viva,sorteios de brindes, expo-sição com novas aquisiçõese exposição de quadros.

Raine da Silva Santos

Hora do conto para as crianças do CCI - Catatau

Palestra sobre normas da ABNT - João Josué Barbosa

Há sete anos o Curso deContação de Estórias daUNATI - UNESP - Ilha Soltei-ra vem desenvolvendo par-cerias com instituiçõesassistenciais. Um dos traba-lhos mais significativos é oApoio a Pastoral da Criança,criada pela CNBB, de natu-reza ecumênica que atua emnosso município desde 2005.Neste ano as alunas confec-cionaran bonecos de materi-ais recicláveis que serãodoados neste mês de dezem-bro às crianças assistidas.

Como vem acontecendotodos os anos, nesse mês dedezembro as alunas do cur-so farão a tradicional visitaao Lar dos Idosos Paulo deTarso em Selviria. Neste anoo Curso contou com o apoioda Campanha Solidária pro-movida pelo Serviço Técnicode Biblioteca e Documenta-

ção, que arrecadou alimen-tos não perecivéis com osalunos do Campus durante aSemana Nacional do Livro eda Biblioteca.

A Solidariedade é ele-mento estimulado nos tra-balhos do Curso de Contaçãode Estórias na UNATI poisfomenta o relacionamentosocial, superando assim apura prestação de serviços.O estímulo ao gesto solidáriogrupal trabalha a autonomiado aluno da UNATI, discu-tindo os problemas sócio-econômicos, sociais e políti-cos que estão presentes narealidade cotidiana promo-vendo a realização de açõesque buscam a minimizaçãodas diferenças sociais.Cleusa Trasse de Oliveira Barbosa

Professora VoluntáriaUNATI/FE/ISz

Curso de Contação de Estórias daUNATI promove ações solidárias

alunas da UNATI em atividade

Jornal da Unesp de Ilha Solteira | Ano X | nº 21 | Dezembro 2012 05

O Projeto de Extensão Educação em Saúdeno Trabalho promoveu duas ações de rele-vância para a capacitação dos profisisonaisda Rede SUS no segundo semestre de 2012.

A primeira atividade foi realizada em 24de agosto pela equipe do Projeto de Extensão“Saúde da Família e o Papel da Escola” doCampus de Assis, coordenado pela Profª.Drª.Edislaine Barreiros de Souza, voltada aosagentes comunitários de saúde do ProgramaSaúde da Família(PSF) do município. O objeti-vo foi instruir os agentes para o conheci-mento dos nutrientes dos alimentos para otratamento de doenças e promoção a saúde.

A segunda ação realizou-se no dia 18 deoutubro pela Profª. Drª. Maria Luiza GavaSchimidt, docente colaboradora da Coorde-nadoria de Saúde e Segurança do Trabalha-dor e Sustentabilidade Ambiental daReitoria. A atividade direcionada a todos osprofissionais da Rede de Saúde de Ilha Sol-

teira buscou desenvolver os conceitos enuances práticas das ações de promoção emsaúde voltadas a população através da valo-rização do papel e da função do trabalhadorde saúde.

Todos os anos o Projeto de Extensão Edu-cação em Saúde no Trabalho desenvolve ati-vidades que fomentam a capacidade técnicae teórica dos profisisonais de saúde do mu-nicipio e da região, visando oferecer subsídi-os para a melhoria dos serviços prestados àcomunidade através do Sistema Único deSaúde - SUS. A formação de profissionaisqualificados para a formulação, implemen-tação e avaliação das políticas públicas éuma diretriz de suma importância da Exten-são Universitária, trabalhada através dessesespaços educativos junto aos profissionais.

Prof. Dr. Rogério de Oliveira RodriguesCoordenador Projeto

Planetário: o universo a qualquer horaO Grupo de Amadores de Astronomia de

Ilha Solteira “Prof. Mário Schenberg” – (GA-AIS) vem trazendo e divulgando a Astrono-mia de diversas maneiras, seja por cursosou pelo uso do observatório astronômico,para professores, estudantes dos diferentesníveis de ensino, como para a população demaneira geral. Porém, sempre sentiu a ne-cessidade de poder ampliar mais o serviçode extensão, uma das principais metas dauniversidade, prestado aos diversos ramosda sociedade. Desta forma, unindo forçasentre docentes (Prof. Cláudio L. Carvalho,Prof. Hermes A. de Aquino e Prof. Mário S.Haga), funcionários (Mário, Levi e Gilberto) ealunos do curso de Licenciatura em Física, doDepartamento de Física e Química desta uni-dade; conseguiram, com recursos próprios ediversos, construir e colocar em operação,em tempo recorde, o primeiro planetário di-gital de pequeno porte da região, projeto econstrução totalmente desenvolvido peloGAAIS. Sua inauguração aconteceu durante aX Semana da Física, tendo como tema - A Fí-sica do Macro ao Microscópico, que ocorreu

na primeira quinzena de setembro de 2012, eque contou com uma apresentação especialpara o Diretor da FE/IS, Chefe do DFQ entreoutras pessoas, como pode ser visto na foto-grafia da foto ao lado.

Com esse novo recurso poderemos fazer,apresentações do céu noturno com uma in-finidade de estrelas, mostrar as principaisconstelações com suas figuras mitológicas ezodiacais (Fig. 2), galáxias, aglomerados es-telares, aprender a reconhecer o céu notur-no, como os astros se movimentam, aposição dos planetas ao longo do ano, pre-ver eclipses solares e lunares, enfim o cos-mo estará a disposição dos nossos olhos eestudos, a qualquer hora do dia, com nu-vens ou chuvas. Nosso planetário permitepreparar cursos especiais para atender tur-mas de 18 pessoas num ambiente totalmen-te climatizado e com qualidade de ensino,pois contribuem com o GAAIS, pessoas commais de 20 anos de trabalho com escolas eastronomia.

Prof. Dr. Claudio Luiz Carvalho

Registro fotográfico da inauguração do PLANETÁRIO

Fotografias da projeção de algumas constelações com suas respecti-vas figuras mitológicas e zodiacais (escorpião ao centro) e o planetaSaturno com alguns de seus satélites naturais.

Projeto de Extensão Educação em Saúde no Trabalho promove capacitaçãopara os profissionais da Rede SUS

1ª Olimpíada Agência Unesp de InovaçãoA Agência UNESP de Inovação,

juntamente com a Petrobrás eUniversia, criaram a 1ª OlimpíadaAgência UNESP de Inovação com oenfoque “Energias Renováveis:produtos e processos, meio ambi-ente, serviços sociais e desenvolvi-mento sustentável”, que teve seuencerramento no dia 06 de no-vembro de 2012 no Hotel FonteColina Verde – São Pedro. Durantea abertura do XXIV Congresso deIniciação Científica, destacou-sena premiação o câmpus de Ilha

Solteira, que obteve a 1ª colocaçãona categoria “Meio Ambiente &Desenvolvimento Sustentável”, deautoria do aluno de EngenhariaElétrica Marcus Felipe Calori Jor-getto, sob orientação do ProfessorDr. Jean Marcos de Souza Ribeiro,através do desenvolvimento deuma estrutura de captação eólicaem um sistema de micro geraçãopara uma distribuição residencial,como uma nova técnica de apro-veitamento de energia.

Neste trabalho é discutida a

utilização da geração eólica sus-tentável para consumidores resi-denciais, abordando uma geraçãoautônoma que seja economica-mente viável e utilizando uma ge-ração horizontal capaz deaproveitar ventos de múltiplas di-reções e intensidade. O projetomostrou-se capaz de ser imple-mentado em residências, tornan-do-as sustentáveis com estruturasrobustas e de baixa manutenção.Prof. Dr. Jean Marcos de Souza RibeiroAluno Marcus Felipe Calori Jorgetto recebendo o prêmio

Jornal da Unesp de Ilha Solteira | Ano X | nº 21 | Dezembro 201206

Apoio educacional do Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre ensinode Ciências e Inclusão EscolarCom o apoio do núcleo de ensino, fomento da

Pró-reitoria de Graduação da UNESP e em parce-ria com a Diretoria de Ensino de Andradina, oCâmpus de Ilha Solteira esta desenvolvendo umprojeto de extensão que visa dar suporte ao ensi-no de ciências para alunos com deficiência visu-al. Com o título: “Apoio Educacional doLaboratório de Estudos e Pesquisas sobre Ensinode Ciências e Inclusão Escolar no processo de en-sino/aprendizagem dos alunos com deficiênciavisual, matriculados nas escolas públicas da Dire-toria de Ensino da região de Andradina”, o proje-to objetiva: (a) trabalhar em parceria com odocente a busca de alternativas educacionais pa-ra o aluno com deficiência visual, (b) imprimirem Braille e de forma ampliada conteúdos paraos alunos com deficiência visual, (c) disponibili-zar materiais de ensino para os docentes que tra-balhem com os discentes mencionados e (d)apoiar o desenvolvimento social e educacional doaluno cego e com baixa visão por meio da estru-tura fornecida pelo LEPENCINE.

Tal projeto representa continuidade e comple-mento do trabalho que o Professor Eder Pires deCamargo, do Departamento de Física e Químicada FEIS, desenvolve desde antes de fazer parte docorpo docente da UNESP de Ilha Solteira. O pro-fessor Eder tem dois livros já lançados sobre a te-mática enfocada, e este ano, pela editora daUNESP, lançará seu terceiro livro, relacionado aossaberes docentes para uma prática inclusiva defísica. A urgência social e educacional que a te-mática da inclusão de alunos cegos e com baixavisão exige, é o fundamento e a motivação para arealização de tal projeto. Como deficiente visual epesquisador na área do ensino de física para alu-nos cegos e com baixa visão, o professor acumu-lou experiência suficiente para trabalhar com

docentes e seus discentes com deficiência visual.O desenvolvimento do projeto aqui relatado

tem apoio de outro projeto, já finalizado, e quepossibilitou a estruturação do LEPENCINE. Esteúltimo, com financiamento do CNPQ, possibilitoua aquisição de impressora Braille, Linha Braille,softwares ledores de texto como o Jaws e o Virtu-al vision, programa OCR de reconhecimento detexto, entre outros. Tais equipamentos possuemcusto elevado para aquisição pessoal. Para se teruma idéia, uma impressora Braille custa em tor-no de R$ 20.000,00 valor impagável para a maio-ria da população brasileira.

Com os docentes, o objetivo é dar subsídiosteóricos e práticos para a resolução de problemaseducacionais que surgem no cotidiano escolar.Para tanto, o projeto núcleo de ensino forneceuverba para a aquisição de material de consumoque possibilita a construção de materiais, equipa-mentos e maquetes que tornam acessíveis aosalunos com deficiência visual fenômenos e mode-los de fenômenos científicos.

Com os discentes, o objetivo é trabalhar orien-tação e mobilidade, uso do computador com le-dor de texto, soroban (equipamento de realizaçãode cálculos matemáticos), além de imprimir emBraille e em forma ampliada conteúdos escolares.Nas palavras do professor Eder: “também digita-lizamos material inicialmente em papel, tornan-do os mesmos acessíveis por meio docomputador. Vimos trabalhando regularmentecom três alunos cegos, sendo dois de Pereira Bar-reto e um de Ilha Solteira. É possível que você játenha os visto caminhar com uma bengala pelocampus. Eles estão tendo aula de orientação emobilidade. Contamos com o apoio da professoraInez Vasconcelos, da escola Lucia Maria, profes-sora que é deficiente visual e muito contribui

com as atividades junto aos discentes cegos. Tam-bém contamos com a colaboração de um bolsista,Victor Marcelo Cavalcante, aluno do curso de Li-cenciatura em Física, que é responsável por im-primir em Braille os materiais que chegam até oLEPENCINE e digitalizar os textos inicialmenteem papel”.

No dia 24 de agosto de 2012 foi realizado naUNESP de Ilha Solteira o “I Encontro Educacio-nal na Perspectiva Inclusiva (I ENEPI): Ações eReflexões Pedagógicas para alunos comDeficiência Visual”.

Segundo afirmou o professor Eder, com o re-ferido: “divulgamos aos docentes das diretoriasde ensino de Andradina e Jales que a UNESP deIlha solteira contem laboratório e materiais quepodem lhes auxiliar no ensino de alunos comdeficiência visual e abordamos junto à comuni-dade de docentes e discentes de licenciatura daUNESP, conteúdos sobre o tema da deficiênciavisual. Contamos no evento com três docentesda UNESP de Presidente Prudente que comparti-lharam seus conhecimentos e pesquisas acercado tema aqui discutido.”

As palestras, mesas redondas e oficinas podemser assistidas no site: www.fc.unesp.br/encine.“Para o próximo ano, estamos criando parce-

ria com a professora da sala de recursos para de-ficientes visuais, Claudia Ribeiro da Escola JBC deAndradina, apoiando a mesma nas ações educa-cionais necessárias. Reconhecemos a importânciae complexidade do trabalho e pretendemos real-mente proporcionar condições de aprendizagemaos alunos com deficiência visual para vê-los atu-antes nos espaços sociais como o da UNESP”, con-cluiu o professor Eder.

Prof. Dr. Eder Pires de Camargo

O MEC (Ministério da Educação) divulgou,dia 6 de dezembro, os conceitos do IGC (ÍndiceGeral de Cursos) referentes a 2011 de 2.136 ins-tituições de ensino superior. Também foramdivulgados os resultados dos CPC (ConceitosPreliminares de Curso) de 4.403 instituições.

De acordo com os dados, das 2.136 institui-ções avaliadas no País, apenas 27 atingiram anota 5. Segundo a avaliação do MEC, a nota 2 éinsatisfatória e a 1, sofrível. Já a menção 3 é sa-tisfatória, e a 4 (boa) e 5 (excelente) estão nogrupo de excelência, ficando dispensadas deinspeção do MEC e liberadas para abrir vagas.

A Unesp obteve nota 4. Na avaliação especí-fica realizada na área de Exatas, como enge-nharias, e Licenciaturas, alguns cursos se

destacaram, como Física (primeiro e terceirolugar para as unidades de Ilha Solteira e Gua-ratinguetá, respectivamente); Matemática (se-gundo, terceiro, quarto e nono lugares, paraIlha Solteira, Rio Claro, Guaratinguetá e São Jo-sé do Rio Preto); Engenharia Mecânica (terceirolugar para Ilha Solteira); Engenharia Elétrica(quarto lugar para Ilha Solteira); Letras (nonolugar para São José do Rio Preto); e Pedagogia(16º lugar para Marília).

Enquanto o IGC é um indicador que avaliaas Instituições de Ensino Superior e é resultadoda média ponderada dos CPC da graduação edo conceito da Capes aplicado aos programasde pós-graduação, o CPC avalia o rendimentodos alunos, infraestrutura e corpo docente.

Na nota do CPC, o desempenho dos estudan-tes conta 55% do total, enquanto a infraestru-tura representa 15% da nota e o corpo docente,30%. Na nota dos docentes, a quantidade demestres pesa 15% do total, já dedicação inte-gral e doutores representam 7,5% da nota.

Mais informações sobre o IGC e o CPC em:http://portal.inep.gov.br/visualizar/-/asset_pu-blisher/6AhJ/ content/avaliacao-de-cursos-aponta-melhora-nos-indicadores-da-educacao-superior?redirect=http%3a %2f%2fpor-tal.inep.gov.br%2f

Assessoria de Comunicação e Imprensa

Unesp Ilha Solteira atinge grupo de excelência em avaliação do MECCurso de Física de Ilha Solteira é o primeiro do país

Jornal da Unesp de Ilha Solteira | Ano X | nº 21 | Dezembro 2012 07

Quando perguntado sobre sua composiçãopreferida, ouvi uma curiosa declaração docantor e compositor brasileiro OswaldoMontenegro: “Para mim todas as músicas quefiz são iguais, mas há algumas mais iguaisque as outras”.

Estranha e contraditória resposta. Talvezela nos pareça estranha justamente porquenão sabemos lidar com contradições. Adespeito dessa dificuldade, eu entendo quehá contradições e contradições. Posso chegarao nível de parafra- sear o cantor dizendo:“Todas as contradições são iguais, mas háalgumas mais iguais que as outras”.

Por esse motivo, quero compartilhar comvocê, querido leitor, duas dessas contradiçõesque ocorreram comigo e que são inaceitáveis.Além de falar de contradições, quero tocar nodelicado tema da igualdade e da diferença.Para isso, trago um pensamento da grandeeducadora brasileira, professora MariaTereza Egler Mantoan: “há diferenças e háigualdades, e nem tudo deve ser igual nemtudo deve ser diferente, [...] é preciso quetenhamos o direito de ser diferente quando aigualdade nos descaracteriza e o direito deser iguais quando a diferença nosinferioriza”

Mas onde é que eu quero chegar com istotudo? Peço para que você leia um pouco maispara me entender. Antes, quero dizer quedetesto me fazer de vítima. Não sou vítima denada. O fato de ser deficiente visual, e poristo enfrentar determinadas situações deforma diferente de quem enxerga não me dao direito de me sentir vítima de nada. Pelocontrário. Tenho orgulho de ser cego. Supereimuitas barreiras e deixei de superar outrastantas. Hoje, sou docente da Unesp de IlhaSolteira, Doutor em Educação pela Unicamp,Pós-doutor e licenciado em física pela Unespde Bauru. Escrevi três livros e uma série deartigos científicos publicados nas maisrenomadas revistas nacionais einternacionais da área do ensino. Quer dizer,eu sou uma pessoa comum e comdiscernimento e condições intelectuais paratomar decisões e assumir suasconsequências.

Agora, quero contar dois fatos queaconteceram comigo, um no ano de 2009 eoutro nessa última eleição para prefeito evereador ocorrida no dia 7 de outubro de2012.

No ano de 2009, após uma caminhada napista de atletismo da cidade de Ilha Solteira,cidade que resido há seis anos, voltava paracasa, quando de repente, não mais que derepente, despenquei num buraco cavado pela

prefeitura na calçada para concertar oencanamento da rua. Eu tive a sorte de terleves arranhões e a roupa toda rasgada. Masnada além disso. Para que você tenha idéiada "fundura" do buraco, quando fiquei em péem seu interior, minha testa nivelava com acalçada, ou seja, o buraco tinha um metro eoitenta centímetros de profundidade. Tomeia decisão de ficar quieto e não levar oassunto para a justiça. Eu poderia ficar comdeficiência física como decorrência daqueleacidente.

Ainda sobre este tema, ouvi uma vez umacuriosa fala de uma pessoa que estivera nosEstados Unidos. Estava surpreendida com aquantidade de cegos e cadeirantes queandavam pela rua. Disse-me então: “Comonos Estados Unidos tem cegos e cadeirantes,no Brasil não tem isto tudo!”

Então respondi a ela: “Tem sim, é que noBrasil essas pessoas raramente saem de suascasas por medo e protecionismo dos pais. NoBrasil, o que temos aos montes nas ruas ecalçadas são buracos e não cegos ecadeirantes. É somente uma questão deprioridade.”

No dia 7 de outubro de 2012 ocorreu algocomigo que é inaceitável. Para que vocêentenda, tente-se colocar na situação de umapessoa cega. Antes, vamos recordar como éque se vota na urna eletrônica. Você chega àzona eleitoral, entrega seus documentos aomesário que libera a urna para que vocêrealize o voto. Nesse momento, aparece natela da urna a categoria do voto, vereador ouprefeito. Você, ciente de que voto vai realizar,digita os números, aparece então a foto e onúmero do candidato, e se tudo estivercorreto, você pressiona a tecla confirma.Depois, você da sequencia votando no outrocandidato. Para o cego não é assim, pois, elenão vê nem a categoria do voto nem a foto eo nome do candidato.

Para corrigir essa falta de acessibilidade,recentemente as urnas eletrônicas vierammunidas de um dispositivo com voz. Assim, odeficiente visual, para votar, leva seu fone deouvido, coloca na saída de áudio da urna, e aurna fala a categoria do voto, bem como, onome e partido do candidato. Depois, comcerteza de que as informações estão corretas,o deficiente visual pressiona a teclaconfirma. Lembre-se que todas as teclas vemcom descrição em Braille.

Minha indignação é a seguinte: Quando fuivotar, levei meu fone de ouvido. Os mesáriosautorizaram o voto, mas quando pressioneias teclas, o som não saiu. Comuniquei isso aeles, que tentaram apertar daqui e dali, mas

nada do som sair. Decidi então que realizariao voto sem o som mesmo, já que sabia aposição das teclas na urna e os números demeus candidatos de cabeça. Ai é que vem oproblema. Eu cometi um erro ao votar.Confundi-me com a ordem dos candidatos.Pensei que o primeiro voto deveria ser paraprefeito e o segundo para vereador. Assim,digitei dois números e confirmei. Duranteeste processo, disse em voz auta: “já voteipara prefeito”. Então, com voz de espanto,Eles me disseram que o primeiro votodeveria ser para vereador. Ocorre que eu jáhavia votado e de forma errada.

De quem é a culpa? Se eu enxergasse,veria na tela antes do voto a mensagem:“para vereador”, e não cometeria o erro.Como sou cego, o som do dispositivo falanteda urna é quem deveria me dar estainformação. Os mesários poderiam meavisar? A culpa foi deles? Foi da urna quenão funcionou? A culpa deve ter sido minhamesmo. Pessoas como eu não tem o direito deerrar. Na situação que descrevi, A tecla“corrige” não tem funcionalidade alguma.

Pessoas como eu tem que andar com tudoguardado na cabeça, não podemos dar aoluxo de nos esquecermos de nada, não háindicações acessíveis, não há calçadasacessíveis, ruas acessíveis, livros acessíveis,panfletos acessíveis, escolas acessíveis, urnasacessíveis etc. Será que vamos chegar aoponto de concluirmos que o erro é o daexistência da cegueira?

Como escrito no pensamento daprofessora Mantoan, há igualdades ediferenças. Neste caso não é a igualdade quedeve balizar o direito pleno que tenho devotar. Eu precisava de um tratamentodiferente. A diretriz da igualdade me fezvotar de forma equivocada.

Isto é tão sério que nunca tive certeza demeus votos desde quando a votação passou aser eletrônica, afinal, eu nunca vi a foto domeu candidato na tela, e este dispositivo daurna falante é recente. Diferentemente docaso do buraco, dessa vez vou procurardenunciar este erro. Senti-me lesado comocidadão brasileiro.

Infelizmente, a vida vem me ensinandoque no Brasil todos são iguais, mas algunssão mais iguais que os outros.

Prof. Dr. Eder Pires de Camargo

De quem é a culpa?

Jornal da Unesp de Ilha Solteira | Ano X | nº 21 | Dezembro 201208