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Fernando Cesar Sossai Éwerton de Oliveira Cercal Organizadores

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Fernando Cesar Sossai Éwerton de Oliveira Cercal

Organizadores

XXVSEMANADEHISTÓRIADAUNIVILLEOofíciodoprofissionaldeHistória:temasemergentes03a07dejunhode2019Realização:cursodelicenciaturaemHistóriadaUniville.Apoio:CentroAcadêmicoLivredeHistóriaEunaldoVerdi(CALHEVI);CentrodeEstudosInterdisciplinaresdePatrimônioCultural(CEIPAC);CentroMemorialdaUniville(CMU);Laboratório de História Oral da Univille (LHO); Programa de Pós-graduação emPatrimônioCulturaleSociedadedaUniville(PPGPCS).Comissãocientífica:professorDr.DiegoFinderMachado;professorDr.FernandoCesarSossai;professoraDra.IlanilCoelho;professoraMSc.LeticiaRibasDiefenthaelerBohn;professoraDra.RobertaBarrosMeira;professorMSc.WilsondeOliveiraNeto.Comissãoorganizadora-docentesdocursodeHistória:Dr.DiegoFinderMachado;Dr.FernandoCesar Sossai;Dra. IlanilCoelho;MSc. LeticiaRibasDiefenthaelerBohn;Dra.RobertaBarrosMeira;MSc.WilsondeOliveiraNeto.Comissãoorganizadora -discentesdoCursodeHistória:AnaGabrielaCardoso,BrunaCarolinadeSouza,BrunaMedina,ÉwertondeOliveiraCercal,FranciscoLinodeAvizNeto,João Pedro Gillet, Paulo Henrique Vernillo, RobertoMontes Filho, Thainá Takemoto,YohannaBisewskiTomaschitz.Assessoriatécnica:CatarinaKortmannOsik(AssessoriadeEventos-Univille).SitedoEvento:https://lhouniville18.wixsite.com/semanahistoria2019

OrganizaçãodoCaderno:FernandoCesarSossaieÉwertondeOliveiraCercal

ISBN978-85-8209-100-5

CatalogaçãonafontepelaBibliotecaUniversitáriadaUniville

ElaboradaporChristianedeViveirosCardozo–CRB14/778

Oconteúdodostextosdoravanteapresentadosédeinteiraresponsabilidadedeseus(as)autores(as).

S471a Semana de História Univille – O ofício do profissional de História:

temas emergentes (25. : 3-7 jun. : 2019 : Joinville, SC) Anais do XXV Semana de História – O ofício do profissional de

História: temas emergentes - Caderno de resumos / Organização: Fernando Cesar Sossai, Éwerton de Oliveira Cercal – Joinville, SC : Editora UNIVILLE, 2019.

n.p.

1. História – Meio Ambiente. 2. História – Instituições. 3. História – Religião. 4. História – Estudo e ensino. 5. História – Memorias. 6. Patrimônio cultural. I. Sossai, Fernando Cesar (org.). II. Cercal, Éwerton de Oliveira (org.).

CDD900.63

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO............................................................................................................04PROGRAMAÇÃOGERAL................................................................................................05APRESENTAÇÕESCULTURAIS.......................................................................................07RESUMOS......................................................................................................................11

APRESENTAÇÃO

AXXVSemanadeHistória,queserealizounaUniversidadedaRegiãodeJoinville

(Univille) entre os dias 03 a 07 de junho de 2019, teve como objetivo promover

discussõessobrea temática“OofíciodoprofissionaldeHistória: temasemergentes”.

Questõescontemporâneasquetêmdesafiadooshistoriadoresmobilizaramosdebates

históricos e historiográficos ao longo dos cinco dias do evento, nomeadamente, o

revisionismoenegacionismoemHistória,oataqueàsdiscussõesdegênero,asdisputas

pelamemória,avigilânciadapráticadocentedeHistórianaEducaçãoBásica.

Historicamente,aSemanadeHistóriadaUnivilleseconsolidoucomoumespaço

dediscussãoacadêmicaentreprofessores,estudanteseegressosdocursodeHistória,

assim comoentreprofissionais queatuamemmuseus, arquivos eoutros espaçosde

memóriadeJoinvilleeregião.Noanode2019,aprogramaçãodoeventocontemplou

três conferências, um minicurso, uma mesa-redonda com os egressos do curso de

Históriaecincomesasdecomunicaçãodeexperiênciasdepesquisa,ensinoeextensão

vinculadas a programas institucionais de iniciação científica, iniciação à docência e

iniciação à extensão universitária, assim como ao Programa de Pós-Graduação em

PatrimônioCulturaleSociedadedaUniville.

As experiências apresentadas, que constam neste Caderno de Resumos,

abrangeram alguns eixos temáticos: História ambiental, História agrária, patrimônio

cultural,Memória institucional,Históriadas religiões, EnsinodeHistóriaeHistóriada

memória.

É importanteregistrarosignificativocrescimentodonúmerodecomunicações

científicasinscritasnoevento,totalizando36trabalhosapresentados,emsuamaioria,

pordiscentesdocursodeHistóriaoudoPPGemPatrimônioCulturaleSociedadeda

Univille.

Ao chegar a sua vigésima quinta edição, a Semana de História da Univille,

novamente, abriu um importante espaço de interlocução entre estudantes ainda em

formaçãoeprofissionaisjáreconhecidosnocampodaHistória.

Este Caderno de Resumos é um registro da diversificação temática e das

interações interdisciplinares que têm perpassado os trabalhos de pesquisa, ensino e

extensãodesenvolvidosnoâmbitodocursodeHistóriadaUniville,cursoqueem2019

completou51anosdeatuaçãonacidadedeJoinvilleeregião.

Os(As)organizadores(as).

PROGRAMAÇÃOGERAL

03dejunhode2019(segunda-feira)AberturaoficialdoEvento|ApresentaçãoculturalPalestra:“OofíciodoprofissionaldeHistória:temasemergentes"ProfessorDr.DurvalMunizdeAlbuquerqueJunior(UFPB)Moderação:ProfessoraDra.IlanilCoelhoLocal:AnfiteatrodaBibliotecaCentral|Horário:19hàs22:30h04dejunhode2019(terça-feira)Palestra:EnsinodeHistóriaemtemposdifíceisouodifícilensinodeHistória?ProfessoraDra.CristianiBeretadaSilva(UDESC)Moderação:ProfessoraDra.RaquelAlvarengaSenaVeneraLocal:AnfiteatrodaBibliotecaCentral|Horário:19hàs22:30h05dejunhode2019(quarta-feira)ApresentaçãodecomunicaçõescientíficasLocal:salasA-201,A-202,A-205,A-226eAnfiteatro2|Horário:19hàs22:30h

Minicurso:“Ahistóriadaslutassociaispelodireitoàcidade:diálogoscomoMPL”Coordenação:JoãoPedroGilletLocal:salaA-209|Horário:19hàs22:30h06dejunhode2019(quinta-feira)ColóquiocomosegressosdocursodeHistóriadaUniville:“OofíciodoprofissionaldeHistória:relatosdeexperiência"Egressos(as):DilneyFerminoCunha(ArquivoHistóricodeJoinville);FernandaOzóriodaConceição(VoloFilmes&Fotografia);PedroRomãoMickucz(EscolaMunicipalJoãoCostaeProgramaResidênciaPedagógica)Moderação:ProfessorMSc.WilsondeOliveiraNetoLocal:AnfiteatrodaBibliotecaCentral|Horário:19hàs22:30h

07dejunhode2019(sexta-feira)Palestradeencerramento:“OofíciodoprofissionaldeHistória: fascismoseahistóriaAméricaLatina”ProfessorDr.WaldirRampinelli(UFSC)Moderação:ProfessorDr.FernandoCesarSossaiLocal:AnfiteatrodaBibliotecaCentral|Horário:19hàs22:30h

APRESENTAÇÕESCULTURAIS

Clio(GustavoNart-cursodeHistória/3ºano)Musa,venhoemtempospresentesPoisensejoportuadádivaprofusaAosmeusanseiosumtantocarentesÉsdignadobeloenigmaemonomásticaClio,umbreveidílio,"aquefazfamoso"ProclamadoradetantoversocharmosoÀmusaquecortejoportudoqueéraroAssumo,nãofoiminhaintençãoserclaroPoisdesejoestemergulhoprofundoDesvendarafédosacasosdestemundoAdemaisdoqueaospéstocamnorasoEntreabre-secomoamáquinadomundoEmeconsumo,deseussabereseternosComotodaconfusãoemmeuscadernosAlvoroçoseriasóoqueaapelidariaEsboçododoce-caosqueapeledariaEsucederia,emmeupescoço,asfixiaDecomotudesataonódagargantaComamesmaprosaquemeenforcariaPoisháverdadenoquenãoéverdadeNaproporçãoqueoinversoécoerenteAdversidadesentreopassadoepresentePerco-menavegandocomvelasàscegasComteucanto,guia-mepeloquesentesMilhõesdevozesàstuasfontesentregasComoumcarontenoslibertadosgrilhõesQueosalgozesderamporprofanoMasaohistoriadortomaporsoberano

ApostamosquenoslibertariadadorMasnãofoiistoquenosfeztrovadorÉporti,Clio,aquemtantodedicamosEpassamostantasnoitesafioPoisnãoésomenteumamulherNãoseriadignadequalquer"affair"DeixasteumfragmentodenostalgiaUmgritonosilêncioempoesiaParaacausaeefeitodosespectadoresTodavossaclasse,emmemóriaNostornamossujeitoseautoresEscreveremosnossaprópriahistória

Poesiadotempopresente(MarinaPassos-cursodeHistória/2ºano)Eupensodemaisepensandomeponhocontraaparededeondetiramostamanhaforçapraleroabstratonão-existente?Anossarelaçãocomamatériaéfrágiléumabuscaconscienteinacabada,einexterminávelqueexternalizaoeuemmimlatente.Ligamosasideiasaoslugaresfazendootempo,evidenteconversamossozinhos,conversamoscommortosemumaenigmáticarelaçãocomopresenteeporfim,mequestionointrigada:seopassadoéincapturáveleofuturo,inexistenteseopresenteéuminstantefindoquetempoquetemosemmente?

Opassadofogedenósseperdenotempo-espaçonosapegamosaresquícios,mesmoquandoescassostransformandovestígiosemtrilhasepassosobservandoastransformaçõesmúltiplasqueirrompememcalhamaçoseeumedesfaçoerefaço.Meencontroemcadalinhaaancestralidademeatraisuaforçamedeterminahistóriaqueésubjetiva,meressubjetivamasquandoescrevo,torna-sevivainterdependente,ativa,poisoprópriotemponosdistancia.Mereencontro,porfim,naciêncianãodasobrevivênciamascontemplativa.Éverdadequenosdeliciamosnoencontrodecadadetalhemasnemsódedelíciaséfeitooofício:aacidezinsurge,comarealidadequandolemosdasviolênciaseentendemoscontinuidadesquandoolhamosaonossoredorealgumaspermanênciassãoinsanidadeseolhandoparafora,háquemnãocompreendealinearidadedosprocessos,dasestruturasquesufocamacriticidade.ÉvendidaumahistóriaquecontémAVerdadeemumBrasilparalelo,encontraramaneutralidade?Legitimamcomessediscursoloucosemcargosdeautoridaderasgamnossasteoriasométodo,acientificidadepoissabemqueanossavoz

éperigosa,crialiberdadeincomoda,empurradainérciaprovocatempestividade:Quandoumsujeitosereconhecehistóricoeseencontraemmeioàsociedaderevoluçõesacontecem.Tudoétransitoriedade.

RESUMOS

ACONSTRUÇÃODOMOVIMENTOPENTECOSTALNOBRASIL

DurvalBulhõesdeOliveiraFilho1

Resumo:OpentecostalismonoBrasilcadavezmaisganhaprotagonismonasociedade

brasileira,enocamporeligiosoemparticular,tememsualongahistória,intensaligação

aosdesdobramentosdopentecostalismonosEUA–quefoiummovimentoderenovação

dedentrodocristianismoqueenfatizavaespecialmenteaexperiênciadiretaepessoalde

DeusatravésdobatismonoEspíritoSanto,etornou-seumgrandemovimentoreligioso

no território nacional, a ponto de transpor as fronteiras intercontinentais, sendo

identificados em quase todos os países do Mundo, assim como no Brasil. O

pentecostalismo passou (e ainda está passando) por um processo de fragmentação,

causandoconflitosdoutrinárioseteológicosentreasdenominaçõesevangélicasoriunda

desse processo, que são denominadas como “ondas”, na 1ª Onda (pentecostalismo

clássico),2ªOnda(deutepentecostalimo),3ªOnda(neopentecostalismo)eaindauma4ª

Ondasemumconceitodefinido,essasondas,acabamsendoclassificadaserroneamente

comoumaúnicadenominaçãopelosleigos.

Palavras-chave:Religião;Pentecostalismo;Brasil.

1Acadêmicodo4º anodo cursodeHistória daUniversidadedaRegiãode Joinville. Contato:[email protected]

DESENVOLVIMENTOHISTÓRICODOPIANO:PIANOVERSUSFORTEPIANO

DiegoGuedes2

Resumo:Pode-seconsideraropianocomosendooinstrumentodeteclasmaisfamoso

entreosamantesdemúsica.Presentedesdeamúsicaparaconcertoatéamúsicapop,o

piano encanta seu público tanto pela aparência imponente quanto por seu timbre.

Porém,poucoédeconhecimentodopúblicosobreatrajetóriadedesenvolvimentodeste

instrumento que, com pouco mais de 300 anos de idade, passou por diversas

transformações e aspectos. É atribuída ao cembalaro (construtor de instrumentos de

teclas) Bartolomeo Cristofori (1655-1732) a criação de projeto e construção de um

instrumentodeteclasqueapresentavadinâmicasonoradeforte/fracocomautilização

demartelos,porvoltadoano1700:oArpicembaloouclavicembalocolpianoe forte,

segundooinventáriomanuscritodosinstrumentosmusicaisdoGrãoDuqueFerdinando

de’ Medici (1663-1713), que, no decorrer do século XVIII, passou por diversos

experimentoseinovaçõestécnicasnasmãosdeconstrutoresdecravos,encantadoscom

a possibilidade de construção de um instrumento com a mesma dinâmica sonora,

aprimorando a criação de Cristofori. Até o fim deste século o fortepiano (termo

atualmenteutilizadoparaidentificarpianoshistóricos)popularizou-seapontodeocupar

o lugar do cravo, até então o instrumento de teclas mais popular, e tornar-se o

instrumento favorito de W. A. Mozart, Joseph Haydn e todos os demais pianistas

subsequentesimortalizadosporsuasobras.Destarte,aseguinteapresentaçãopropõe,

de forma sucinta, expor a transformação idiomática composicional ligada ao

desenvolvimentodopiano,bemcomoopercursoaoatingiraconfiguraçãoestrutural

atualedequeformaacompreensãodestepercursopodeauxiliarainterpretaçãomusical

noinstrumentomoderno.

2 Pianista e fortepianista. Contato: [email protected]. Currículo lattes:http://lattes.cnpq.br/1383680834282420.

ENTREGRITOSEAGITAÇÃO:UMRELATODEEXPERIÊNCIADOPIBIDSOBREOENSINO

DEREVOLUÇÃOINDUSTRIALEMMEIOÀBALBÚRDIA

MoronideAlmeidaVidal3,FranciscoLinodeAvizNeto4,OsmarcyAndré5

Resumo: A Revolução Industrial é um período histórico que iniciou no século XVIII e

caracterizaintensastransformaçõespolíticas,econômicasesociais,oficializandoomodo

de produção capitalista, com imensas consequências à vida das trabalhadoras e dos

trabalhadores, que foram submetidos a ambientes insalubres, com baixos salários e

longasjornadasdetrabalho.EnquantoconteúdodidáticodeHistória,esteassuntoéde

grande relevância à atualidade, tendo em vista o fim doMinistério do Trabalho e a

tentativa de desmonte da previdência social que afetam gravemente a classe

trabalhadora.Porisso,foirealizadoporalunosdoProgramaInstitucionaldeBolsasde

IniciaçãoàDocência(PIBID),nosubprojetodeHistória,atuantesnaEscoladeEducação

Básica Professor Rudolfo Meyer, um plano de aula acerca da Revolução Industrial,

organizadoemduasaulas:umaexpositivaeoutradialogadapormeiodeumaatividade,

que estimulou a movimentação dos alunos pela encenação de modos de produção

industrialeartesanal.Estatentativadecaoscriativo,atravésdeumametodologiaativa,

possibilitouqueosalunosexperimentassemumaformacriativadeentraremcontato

com a História, não apenas por textos, mas também por experiências práticas que

despertamointeressedoalunoesuamelhorcompreensãodoassunto,fazendo-oster

contato com as categorias de Alienação do trabalho, Mais-valia e Fetichização da

Mercadoria,construídasporKarlMarx,emsaladeaula.

Palavras-chave:RevoluçãoIndustrial,PIBID,História,Educação,metodologiasativas.

3 Graduando de Licenciatura em História e bolsista do Programa Institucional de Bolsas deIniciaçãoàDocência.Contato:[email protected] Graduando de Licenciatura em História e bolsista do Programa Institucional de Bolsas deIniciaçãoàDocência.Contato:[email protected] Graduando de Licenciatura em História e bolsista do Programa Institucional de Bolsas deIniciaçãoàDocência.Contato:[email protected]

ESPAÇOSDANEGRURACOMOPATRIMÔNIOCULTURAL

DenísiaMartinsBorba6,JoãoCarlosFerreiraMeloJúnior7,GersonMachado8

Resumo: A despeito de a Constituição da República Federativa do Brasil referir-se a

“outrasformasdeacautelamentoeproteção”,otombamentoaindaseconfiguravacomo

instrumentojurídicoporexcelêncianoquetangeàspolíticasdepatrimônionoBrasil.E,

uma vez que se tratava de reconhecer também os marcos físicos e territoriais da

presençanegra–os“espaçosdanegrura”–emBeloHorizonte,otombamento,naquele

momento,pareciasuficienteeeficaz.Maisainda,otombamentodoTerreirosignificoua

consagração,pormeiodeummecanismoquesempreprivilegiouas raízeseuropeias,

brancasecristãs(otombamento),deespaçosreligiososdaresistênciaesobrevivência

dos povos negros na diáspora. No que se refere aos bens de natureza imaterial, ou

processual – dos quais, certamente, não é possível separar a dimensão material –

estabelecerlinhasdeaçãodeumapolíticapúblicaconsistenteéumatarefaaindamuito

complexa. Sua efetivação pode ser possível a partir das demandas de alguns grupos

sociais–entreosquaissedestacamosmovimentossociaisligadosàsculturasnegrase

afrodescendentes–quevêmreivindicando,especialmenteapartirdasúltimasdécadas

do século vinte, o devido reconhecimento de seus valores éticos e culturais na

conformaçãodanacionalidadebrasileira.Apartirdemeadosdadécadade1990,várias

solicitaçõesdasociedadecivilresultaramnaaberturadeprocessosdetombamentode

bensculturaisdenaturezaimaterial.Osprimeirospassosdaslinhasdeaçãodepolíticas

públicasparaessesbensforamcalcadosnotombamentoeemmecanismosjurídicosdele

decorrentes,taiscomoosincentivosfiscais.

6ProgramadePós-GraduaçãoemPatrimônioCulturaleSociedade,UniversidadedaRegiãodeJoinville.Joinville/SantaCatarina.Contato:[email protected]ós-GraduaçãoemPatrimônioCulturaleSociedade,UniversidadedaRegiãodeJoinville.Joinville/SC.8MuseuArqueológicodoSambaquideJoinville/SC.FundodeApoioàPesquisa/Univille.

EXPERIÊNCIASEDUCACIONAISNOCENTROMEMORIALELABORATÓRIODEHISTÓRIA

ORALDAUNIVILLE:REFLEXÕESSOBREAPROMOÇÃODEUMAGINCANAPEDAGÓGICA

NOCURSODEHISTÓRIA

RobertoMontesFilho9,PauloHenriqueVernillo10,FernandoCesarSossai11

Resumo: Esta comunicação tem como objetivo socializar experiências pedagógicas

acumuladaspelaequipetécnicadoLaboratóriodeHistóriaOraldaUniville(LHO)eCentro

MemorialdaUniville(CMU)aodesenvolverumagincanacomosestudantesdo1°ano

dagraduaçãoemHistóriadaUniville,associadaàdisciplinadeIntroduçãoaoEstudode

História,ministradapelaprofessoraDra.RaquelAlvarengaSenaVenera(Univille).Emsua

terceiraediçãoconsecutiva,agincanatemcomoobjetivopromoveradifusãodoacervo

eoconhecimentodoconjuntodetrabalhosrealizadospelasequipesdoLHOeCMUjunto

aos alunos da graduação. Além disso, visa promover a reflexão acerca do papel do

historiadoratuanteemespaçosdememóriavoltadosàguarda,preservaçãoedifusãode

documentos de interesse histórico, oportunizando também, que seus participantes

conheçam alguns dos procedimentos técnicos fundamentais do trabalho com a

metodologiadeHistóriaOral.Emtermosprocedimentais,nagincana, inicialmente,os

participantesrealizamumavisitadetalhadaaoLHOeCMU.Emseguida,realiza-seum

conjunto de provas que procuram desenvolver competências necessárias ao

contemporâneoofíciodohistoriador,asaber:asimulaçãodeumaentrevistaoralesua

transcrição, o processamento técnico de documentos históricos (higienização,

identificação, correto acondicionamento etc.). Assim, gincana se constitui como um

momentodetrocadeconhecimentoseexperiências,sendorealizadadeformalúdicae

9 Graduando em História pela Universidade da Região de Joinville (Univille). Estagiário doLaboratóriodeHistóriaOraleCentroMemorialdaUniville.E-mail:[email protected] Graduando em História pela Universidade da Região de Joinville (Univille). Bolsista doLaboratóriodeHistóriaOraleCentroMemorialdaUniville.E-mail:[email protected] Professor do curso de História e do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille.Coordenador do Laboratório de História Oral e Centro Memorial da Univille. E-mail:[email protected]

colaborativaentreveteranosbolsistasecalourosrecém-chegadosaocursodeHistória

daUniville.

Palavras-chave:Educaçãoemespaçosdememória;fontesdeinteressehistórico;História

Oraleeducação.

PATRIMÔNIODAIMIGRAÇÃO?ACANDIDATURADEELLISISLAND(EUA)APATRIMÔNIOMUNDIALDAUNESCOFernandoCesarSossai12

Resumo:Ellis IslandéumapequenailhalocalizadanosuldeManhattan,NovaIorque,

EstadosUnidos.Comcercade12.000m2,aIlhafoiartificialmenteconstruída,assimcomo

seusgrandecomplexohospitalareoutros40edifíciosquecompunhamaantigaEstação

deImigraçãodeEllisIsland.Duranteoseuperíododeoperação(1892-1954),estima-se

que70%dos imigrantesquesecandidataramaentrarnosEUAforamprocessadosna

Estação Ellis Island (20 milhões de pessoas). Em 1990, o edifício de recepção e

hospedagemdeimigrantesfoiconvertidonoMuseudaImigraçãodeEllisIsland.Hoje,os

edifícios da Ilha fazem parte do complexo patrimonial denominado “Monumento

NacionaldaEstátuadaLiberdade”,umdosmaisvisitadosnosEUA.Devidoaoseuintenso

fluxo migratório, Ellis Island foi historicamente divulgada pelo Governo dos Estados

Unidoscomouma"notável ilustraçãodagrandemigraçãoatlântica", istoé,um ícone

excepcionaldahistóriadasmigraçõesinternacionais.Combasenessahistoricidade,em

abrilde2017,oDepartmentofHomelandsubmeteuàUNESCOacandidaturadeEllis

Island como patrimônio mundial por imaginar que o conjunto arquitetônico da Ilha

testemunhouumperíodoexcepcionaldahistóriaglobal,emespecialamovimentaçãode

milhõesdepessoasquedeixaramaEuropaparavivernaAméricadoNorte.Nomarcodo

projeto "Pelos bastidores da UNESCO: a construção do consenso em torno de bens

considerados patrimônio mundial-Fase II (1960-1980)", esta comunicação propõe

socializarosresultadosdeumestudodecasodesenvolvidosobreacandidaturadeEllis

IslandapatrimôniomundialdaUNESCOe,substancialmente,algumasanálisessobreos

argumentosapresentadospeloGovernodosEstadosUnidosparajustificaraimportância

12 Professor do curso de História e do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille.Coordenador do Laboratório de História Oral e Centro Memorial da Univille. Agência definanciamento:FundodeApoioàPesquisadaUniville.Contato:[email protected]

históricaexcepcionaldaIlhaenquantoíconequeespelhaointensofluxodemigrantes

paraaquelepaís.

Palavras-chave:patrimôniomundial;EllisIsland;UNESCO.

OSCADERNOSDOPOVOBRASILEIROEAQUESTÃOAGRÁRIAFRENTEÀMISÉRIADA

VIDACAMPONESANOPRÉ-1964

FranciscoLinodeAvizNeto13,RobertaBarrosMeira14

Resumo: A questão agrária nacional configura-se historicamente como um grande

problemasocial,políticoeeconômico.Aconcentraçãodeterraséumpilarfundamental

paraocapitalismodependentebrasileiro,reforçandoosmecanismosdasuperexploração

daforçadetrabalhonaszonasruraisdopaís.Apartirdestaproblemática,opresente

trabalho buscará compreender o contexto histórico do pré-1964, onde a revolução

brasileiraemergianosdebatessociaiseintelectuais,obtendoumaimportanteexpressão

na Coleção Cadernos do povo brasileiro, publicada entre 1962 e 1964, oriunda do

Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB) e editada pela Civilização Brasileira,

possuindo 28 volumes que circundamos temas histórico-social, político-econômico e

artístico-cultural.Sendoassim,pretendemosestudarsehouveumainfluênciapolítico-

pedagógicadeagitação,propagandaeconscientizaçãodeclasse,auxiliandoatensionar

asociedadebrasileira,dianteàmisériaeadegradaçãodavidacamponesanoBrasildo

pré-1964.Paratanto,utilizamosdoisvolumesdosCadernosintitulados:QuesãoasLigas

Camponesas?(1962),deFranciscoJulião,eOqueéreformaagrária?(1964),dePaulo

Schilling,Nessesentido,otrabalhoavançaparaaHistóriaEconômica,aHistóriasociale

da História Agrária para compreender de forma menos enrijecedora as políticas

econômicasdosgovernosbrasileirosdosanos1950a1964,asefervescênciaspopulares

quechocavam-secomocapitaldependentenacionaleascondiçõesdevidaetrabalho

naszonasruraisdopaíscomaconcentraçãodeterraealutacamponesapelareforma

agrária.

13GraduandodeLicenciaturaemHistória.Contato:[email protected] Professora do curso deHistória e do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade daUniville.Contato:[email protected]

GEIPAC–RELATODEEXPERIÊNCIASEPESQUISASINTERDISCIPLINARESSOBREO

PATRIMÔNIOCULTURAL

SandraPaschoalLeitedeCamargoGuedes15,CibelePivaFerrari16,DionedaRocha

Bandeira17,JoãoCarlosFerreiradeMeloJunior18

Resumo:Apresentepropostadecomunicaçãotemcomoobjetivoapresentarogrupode

pesquisas Estudos Interdisciplinares de Patrimônio Cultural (GEIPAC), refletindo a

respeito do ofício do profissional deHistória dentro das perspectivas relacionadas às

pesquisas desenvolvidas. O grupo surgiu em 2002 como grupo de pesquisa História

Regionaledesde2008trabalhacomestudosligadosaopatrimôniocultural.Osprojetos

atuaisestãosendodirecionadosemtrêsfrentes:1)Patrimônioculturalesuasrelações

comamemória,ahistóriaeamuseologia.Nessesentido, tambémsãodesenvolvidos

estudosdasrepresentaçõessociaiscomfocoeminventáriodebensculturais,museus,

espaços de memória e suas funções sociais. 2) Cultura material e patrimônio

arqueológico pré-colonial e histórico na perspectiva da etnicidade (sambaquianos,

ceramistase indígenas),dazooarqueologia,edaarqueologiadapaisagem.Bemcomo

gestãodopatrimônioarqueológico,desítioseacervosarqueológicosesuasrelaçõescom

museus.3)Relaçõesdeusoeapropriaçãoderecursosflorestaisnopatrimôniocultural

produzido no período colonial ou pré-colonial brasileiro, tais como edificações,

engenhos,maquinários,objetosdocotidiano,embarcaçõestradicionais,artereligiosa,

esculturas indígenas, artefatos arqueológicos e outros vestígios humanos de uso da

vegetação.Paraisso,adota-sepressupostosdaetnobiologiaparaaabordagemdacultura

15 Professora do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille. Contato:[email protected] Pesquisadora do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille. Contato:[email protected] Professora do curso deHistória e do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade daUniville.Contato:[email protected] Pesquisador do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille. Contato:[email protected]

materialqueabarcasaberesefazerestradicionais.Orelatodepesquisaseexperiências

desenvolvidasnoGEIPACpossibilitaquesejamfeitas reflexõesa respeitodoofíciodo

historiador dentro do campo do patrimônio cultural. A emergência dos temas

relacionados ao patrimônio cultural temmobilizado os profissionais da História, com

destaqueparaperspectivasinterdisciplinares.

ATRASOEPROGRESSODAAGRICULTURANAVISÃODEMONTECEDROERODOWICZ

LucasCortezdaSilvaTapajozdeArruda19,RobertaBarrosMeira20

Resumo:Ideiasdeatrasoeprogressoeofortalecimentodaagriculturacientífica:seus

impactosnoBrasilImperial,nasegundametadedoséculoXIX.Históriacomparadaentre

CamposdosGoytacazes(RJ)eaColôniaDonaFrancisca(atualJoinville,SantaCatarina).

Uma análise de autores que discutem a realidade agrária e amudança pormeio do

empregodetécnicasmaisaperfeiçoadas.TheodorRodowicz-Oswiecimsky,prussianode

nascimento,imigrouparaoBrasil,vindoaresidirnaColôniaDonaFrancisca,setemeses

apósasuacriação.ApósalgunsanosresidindonaregiãoRodowiczescreveu“AColônia

DonaFranciscanoSuldoBrasil”(1853)que,dentreoutrostemas,abordaasituaçãoda

agriculturanaregião,preconizandomelhoramentos.JoãoJoséCarneirodaSilva,oBarão

deMonte Cedro, famoso agricultor progressista da região de Campos deGoytacazes

escreveu“EstudosAgrícolas”(1872).EmseulivroMonteCedrodebatecomveemência

assuntosrelacionadosaagriculturabrasileira,defendendooqueentendiaporprogresso

pormeiodeumaagriculturacientífica.

19GraduandodeLicenciaturaemHistória.Contato:[email protected] Professora do curso deHistória e do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade daUniville.Contato:[email protected]

NARRATIVASNEGRAS:MEMÓRIAS,VIVÊNCIASEEXPERIÊNCIAS.

COMUNIDADECAMINHOCURTO:TERRA,IDENTIDADEEVALORES

EstefanyCristinedeMouradosPassos21,VitóriaCarolineRochadeOliveira22

Resumo:OProjetodePesquisasurgiucomumrecortedoProjetodePesquisaeExtensão

Caminho Curto em 2018, Vitoria Caroline Rocha foi selecionada como bolsista para

desenvolver junto à Comunidade atividades relacionadas à temática racial com às

mulheresnegrasmoradorasdoCaminhoCurto.NopercursodoProjetodeExtensãoa

bolsistalevantouemrelatóriosaescutasobrequeumadasmoradorasdaComunidade

Zenilda, solicitou uma psicóloga mulher, pois ela estava sentindo-se entristecida e

percebia esse sentimento com relação as outras moradoras, para Grada Kilomba, a

mulher negra é o Outro do Outro, posição que a coloca num papel mais difícil de

reciprocidade.AcomunidadeBecodoCaminhoCurto,recebeucertificaçãofederalcomo

quilombola em portaria da Fundação Cultural Palmares (FCP), com a certidão, a

comunidade quilombola do distrito de Pirabeiraba tem sua origem reconhecida,

ampliando direitos e amparos legais no que se refere à defesa e valorização do

patrimônio cultural brasileiro e afro-brasileiro, além de abrir mais possibilidades de

acesso a políticas públicas. As matrizes culturais de cada grupo negro foram se

ressignificandoeamalgamandosuas linhasderesistências,assimforamnaatualidade

denominadascomunidadesnegrasrurais,famíliasnegrasdocampo,remanescentesde

quilombo,terradepretos.Partindodoentendimentodequemulheresnegrashabitam

umterritórioquilombola,abolsistaVitóriaindicouaPsicólogaMariaGabrielaNevesea

acadêmica Estefany Cristine de Moura para compor uma construção de combate à

desigualdade e promover uma mudança social, preocupadas com as opressões que

atingemasmulheresnegras,apsicóloganãopodecontinuarnoprojetoem2019,uma

lacunaficouabertapoisas tardesdedicadasparatratardasdoreseexperiênciasdas

21GraduandadeLicenciaturaemHistória.Contato:[email protected]:[email protected]

moradorasnãoocorreriamais.FoiapartirdessanecessidadequeaVitóriaeavoluntária

Estéfany projetaram as dinâmicas a serem desenvolvidas dentro da ação Leia para o

Caminho. Apresentando textos da escritora Maria Carolina de Jesus, seguidos de

momentos de escrita e compartilhamento de suas vivências cotidianas, narrativas e

experiências. Este Projeto tem o interesse em desenvolver um estudo de narrativas

negras femininase contribuirparaodebatepolíticoparaa certificaçãodeQuilombo.

SabercomodeuiníciodaComunidadedocumentarasnarrativasdasdiversasmulheres

quecompõemaComunidadeCaminhoCurto.

NASTRILHASDEFREDERICOCARLOSHOEHNEEMBUSCADAORQUIDIOLÂNDIA:A

FLORAEAFITOFISIONOMIADEJOINVILLE(1928)

NatháliaKons23,RobertaBarrosMeira24

Resumo:ObotânicomineiroFredericoCarlosHoehne(1882–1959)foiumdosprimeiros

cientistasbrasileirosarealizarsistematicamenteestudosabrangenteseperenessobrea

flora nativa, a biogeografia e a ecologia no Brasil. Embora sua figura e produções

científicas ainda sejam pouco estudadas, representam considerável relevância para a

BotânicaeaHistóriadaCiência.Nessesentido,aproduçãodeHoehneéabordadano

presentetrabalhoapartirda interdisciplinaridadeentreCiênciasBiológicaseHistória,

aplicandoametodologiadaHistóriaAmbiental,queabordaopapeldanaturezanavida

humana, sendo um esforço para tornar a Históriamais inclusiva em suas narrativas.

PretendemosrealizarestudosdosregistrosdeHoehneacercadafloraeafitofisionomia,

especialmente da família Orchidaceae, de Joinville/SC, no fim da década de 1920. O

problemalevantadoaquiécompreenderseoconhecimentodoterritórionacional,os

registros das expedições, as coletas de espécies e as construções de importantes

herbáriosforamparteintegrantedaintençãodobotânicoemajudarnaarticulaçãode

uma identidade brasileira. Também buscaremos investigar os discursos sobre a

conservaçãodanaturezaearelaçãohistóricaentreacidadeeadegradaçãodomeio

ambiente,àluzdasquestõesestruturaisdemobilidadeesaneamentobásicodacidade

catarinense. Enfim, buscamos pensar a história das transformações ambientais pelas

quaispassaramosespaçoslocaiseosimpactosdaspolíticasnacionaisdeproteçãoao

Patrimônionaturalea importânciaderesgatardopassado fatosantesesquecidosou

mesmoapagadosqueexpressamumanaturezaemriscoháquaseumséculo.

23GraduandadeBiologia.Contato:[email protected] Professora do curso deHistória e do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade daUniville.Contato:[email protected]

OISLAMEABARBÁRIE:AHISTÓRIACOMOFORÇAMOTRIZPARAASUPRESSÃO

DOANACRONISMOEDOREDUCIONISMO

CíceroDanielCardoso25,EulerRenatoWestphal26

Resumo:Apremissadequeomundoislâmicoéumdesertodebarbáriepareceangariar

toda a sorte de adeptos.Não é incomum, ademais, encontrar,mesmono âmbito da

historiografia,acorrelaçãodareligiãoislâmicaaoradicalismoveementeatestadopelas

organizações jihadistas espalhadaspelas áridas terrashabitadaspormuçulmanos. Tal

correlaçãoéencontradaprincipalmenteemumanovahistoriografiapolítica, laureada

porumafilosofiaconservadoraeregressista,centradaemumidealismotradicionalista.

A História, nesse sentido, parece servir como um mecanismo de legitimação desse

discurso,umdiscursoquesurpreendepelaradicalidadeepeloautoritarismovorazem

suaalteridade.Porconseguinte,sustenta-seaprerrogativadequeademocraciasejaa

soluçãodasquestõespolíticas,religiosaseterritoriaisnoOrientePróximo,ignorando-se

a total ausência de experiência secular e democrática desta civilização na história. A

insipientevisãodessacorrentehistoriográficasobreoOriente,substanciaumaviolência

implacávelaodesintegrarasociedadeislâmicadesuaestruturasocialtribal,imputando-

lheaculpadanãoadequaçãoàspremissasuniversalizantesdamodernidadeocidental.

Destaforma,excetuandoadiligênciadelançarrespostasaquestõestãoinquietantesdo

mundocontemporâneo,pretende-sesuscitarodebateentrehistoriadoresarespeitoda

suafunçãocomoagenteesclarecedordetaisreducionismoseanacronismoslatentesna

historiografia e, por conseguinte, no espaço público. Enfatiza-se a conveniência da

sobriedade intelectual diante das excitações ideológicas da contemporaneidade.

Portanto,namedidaemqueohistoriadorfazusodesuasatribuiçõesparacontextualizar

25GraduandodeLicenciaturaemHistória.Contato:cicero.daniel.cardoso@gmail.com26PesquisadornaUnivilleenaFriedrich-Schiller-UniversitätJena,professortitularnaUnivilleedaFaculdadeLuteranadeTeologia,SãoBentodoSul.Contato:[email protected]

o objeto, contribui peremptoriamente para um debate público mais lúcido e

consciencioso.

OPODERDA(DES)INFORMAÇÃONASREDESSOCIAIS:UMAEXPERIÊNCIAAPARTIRDA

VIVÊNCIAESCOLAR

JulioCesarVieira27

Resumo:Oprojeto“Opoderdainformaçãonasredessociais:opercursodamanipulação

emtemposdeFakeNews”seconstituiuapartirdaspropostasarticuladasparaaFeirade

Ciênciasdoanode2018daEscoladeEducaçãoBásicaPauloMedeiros, localizadano

bairroAdhemarGarcianomunicípiodeJoinville/SC.Nessecontexto,atentou-separaos

desafios presentes nos cenários educacionais e no exercício docente acerca de

possibilitarqueestudanteseprofessorespudessempensarcriticamenteaveiculaçãode

notícias em redes sociais de diferentes modalidades. Nesse processo, os estudantes

puderam investigar amanipulação da imagem e da informação como ferramenta de

controle presente em diferentes contextos do percurso histórico. Para tanto, foram

construídosgruposdeestudoaolongodoano,naqualestudanteseoprofessorpuderam

discutirepensaremestratégiasdeconscientizaçãoacercadosperigosdasfakenews.Os

gruposdeestudoculminaramnaproduçãodeumjogodetabuleiroapresentadonaFeira

deCiênciasdainstituiçãoescolar,naqualosvisitantespuderamvivenciarsituaçõesem

quelheseramatribuídosodesafiodeperceberquaisnotíciaseramcompatíveiscoma

realidade e quais haviam sido deturpadas para algum fim. Ao tempo em que foram

apresentadasestratégiasdechecagemecombateaessasnotíciasfalsas.

27 Aluno especial do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille. Contato:[email protected]

OSDIREITOSHUMANOSEMSALADEAULA:UMAREFLEXÃODEUMHISTORIADOR-

PROFESSORDOCURSOECOLÉGIOCONEXÃODEJARAGUÁDOSUL

BrunoRoqueYounes28

Resumo:Estetrabalhotemporobjetivorelataraexperiênciadeumhistoriador-professor

sobreumprojetodeDireitosHumanosimplantadonoCursoeColégioConexãocomo

tema:“DireitosHumanoseoolharparacomooutro”,desenvolvidocomaturmado2°

anodoEnsinoMédio.TrabalharOsDireitosHumanosemsaladeaulaéessencialnaatual

conjunturasocialemquevivemosnoséculoXXI.Atualmente,percebe-sequeoâmbito

escolartemsofridodesmontesdevaloreséticosemorais,onde,alunoseprofessores

acabamperdendoseusjuízosdevaloreseorespeitodeixadeexistirnestarelação.Com

a intenção de rever estes valores que acabaram sendo desconstruídos, foram feitas

diversasrodasdeconversas,paraqueospersonagensqueatuamnestecenáriopossam

entender que, dentro e fora da sala de aula existem parâmetros sociais como por

exemploosdireitos:direitodeopinião,liberdade,identidade,acessoàeducação,cultura

e saúde.Durante as rodasde conversas, foi feita a leitura dodocumentoDeclaração

Universal dos Direitos Humanos, criado há 70 anos, em 1948, pós-Segunda Guerra

Mundial,discutindoquaisseriamasformasdeinfraçõesdestedocumentoatualmente,

principalmente,analisandoarealidadedoBrasil,bemcomodeváriaspartesdomundo.

Porfim,dividiu-seaturmaemequipeseestestiveramqueproduzircartazescomcada

tema do documento, buscando conscientizar a escola sobre Os Direitos Humanos,

construindodessaformaumaescolacommaisdemocraciaedireitos.

28Contato:[email protected]

PATRIMÔNIOLGBT:EMPREENDIMENTOSMEMORIAISEAREIVINDICAÇÃODEDIREITOS

DenisFernandoRadun29

Resumo: Em 21 dezembro de 2018, a portaria n.º 103, do Ministério da Cultura,

reconheceuainscriçãonoRegistroNacionaldoBrasildoProgramaMemóriadoMundo

daUnesco,dosacervosdocumentaisconsistentesnos“processosdereconhecimentoda

união estável homoafetiva pelo Supremo Tribunal Federal e a garantia dos direitos

fundamentais aos homossexuais, apresentados pelo Supremo Tribunal Federal”. Em

fevereirode2019,oSTFiniciouojulgamentodoMandadodeInjunçãon.º26(impetrado

pela Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) em

conjuntocomaAçãoDiretadeInconstitucionalidadeporOmissãon.º4733(apresentada

peloPartidoPopular Socialista), ambos comoobjetivode ver apráticade LGBTfobia

criminalizada, enquadrando-se esta violência à conduta de racismo. Um precedente

evocadofoioHabeasCorpusn.º82.424-2/RS,de2003,conhecidocomocasoEllwanger,

emqueoSTFreconheceuoenquadramentodocrimederacismoàpráticadeveiculação

de livrosantissemitasenegacionistasdoholocaustodapopulaçãodeorigem judaica,

ocorrido durante a SegundaGuerraMundial, com a criação do conceito de “racismo

social”.Oobjetivodacomunicaçãoésocializar inquietaçõesquemotivamaescritado

projetodetese:“Apatrimonializaçãodahomoafetividadeedosdireitosfundamentaisda

populaçãoLGBT:eufemismoseempreendimentosmemoriaisepatrimoniaisnocontexto

de criminalização da conduta de LGBTfobia”, a ser desenvolvido junto ao curso de

Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade da

UniversidadedaRegiãodeJoinville(Univille).

29PesquisadorCAPES.Contato:[email protected]

TEMPOSDEDEMOCRACIA:OMOVIMENTOESTUDANTILNAFURJ(1985-1987)

EvelyndeJesusJeronimo30,AnaGabrielaCardoso31,BiancaBeatrizLourençoMelatto32,LarissaGraper33

Resumo: Este projeto de pesquisa busca compreender a organização e atuação do

movimentoestudantilnoprocessoderedemocratizaçãodaFURJ,entreosanosde1985

e1987,seguindoreivindicaçõesdosestudantes,principalmente,sobreeleiçõesdiretas

para diretor da fundação, usando como fontes primárias clipagens. O problema da

pesquisa e seu desenvolvimento se orientam no debate sobre o período de

redemocratizaçãoeosentimentopelademocracianoBrasilaofinaldoregimemilitare

como isso pode ter sido fator influenciador, de certa maneira, para o movimento

estudantilnaFURJduranteoperíodorecortado.Afimdearticularmelhorconhecimentos

sobre processos de aberturas políticas em outros estados e as que ocorreram na

fundação,algunsautoreseautorasserãocitadosnodecorrerdotrabalho,porexemplo

RuizeMartins(2015),DalRieFerraro(2014)GisleneEdwiges(2011).

30GraduandadeLicenciaturaemHistória.Contato:[email protected]ória.Contato:[email protected]ória.Contato:[email protected]ória.Contato:[email protected]

RACISMO,POLÍTICAEESTRUTURAS:DISCUSSÕESEMERGENTESNOENTORNODO

IMPERIALISMOATRAVÉSDEUMRELATODEEXPERIÊNCIASDOPIBID

MarinadosPassosSouza34

Resumo:OrecortehistóricomarcadopeloImperialismouneaexpansãodocapitalismo

monopolistaàconquistapolíticaemilitardeterritóriosnaÁsiaenaÁfrica.Esseperíodo

éessencialparaacompreensãodetemasemergentesnaatualidade-comooracismo

estrutural, políticas neoliberais e a glamourização do Sonho Americano - que têm se

naturalizado, dificultandoa realizaçãodas expectativasdeumaeducação libertadora,

alimentadasduranteagraduação.Assim,atravésdoProgramaInstitucionaldeIniciação

à Docência (PIBID), no subprojeto de História e atuando na Escola de Ensino Básico

Giovani Pasqualini Faraco, foi planejada uma sequência de aulas que pudesse

desenvolveroassuntopropostocomumviéscríticoeatual.Apartirdasaulas,buscou-

se contextualizar as justificativas econômicas, políticas e ideológicas do Imperialismo,

seguindoumaexposiçãodosmovimentosderesistênciadasáreasinvadidas,comênfase

nosmovimentosempreendidospelospovosafricanos.Ostemasforamdiscutidosemsala

de aula através de recursos visuais, construindo o interesse da classe. Ao final da

aplicaçãodasaulas,osalunosforamavaliadosdeduasmaneiras:umtrabalhoescritoa

ser feito em casa, com questões discursivas relacionando os textos suplementares

(poema,imagens)comoconteúdo;eumjogodeperguntaserespostasdisputadoem

equipes, fomentando a discussão interna entre os alunos acerca da importância da

HistóriaAfricana,nãomaisdominadaporeuropeus.

Palavras-chave:Imperialismo,PIBID,Educação,Racismo,África,Resistência.

34Graduandade Licenciatura emHistória e bolsistas doProgramadeBolsas Institucionais deIniciaçãoàDocência(PIBID).Contato:[email protected]

OPROCESSODEDIGITALIZAÇÃODEGRAVURASDOACERVODOCENTROMEMORIALDA

UNIVILLE:DESAFIOSEEXPERIÊNCIAS

ÉwertondeOliveiraCercal35;AntônioNevesViana36;FernandoCesarSossai37;AlenaRizi

MarmoJahn38

Resumo: A proposta da comunicação é compartilhar os desafios e experiências

acumuladasnoprocessodedigitalizaçãodegravuras integrantesdoacervodoCentro

MemorialdaUniville(CMU).Duranteasatividadesrealizadasnoanode2018,noâmbito

doprojetoMuseuVirtualdaUniville(MUVIUNI),ocorreuoprocessodedigitalizaçãodas

gravurasdoacervodoCentroMemorialdaUniville,asquaisfaziampartedeumprojeto

iniciadoem2000comaintençãodeconstituirumacervodegravurasnocursodeArtes

Visuais.Oobjetivodadigitalização era, inicialmente, coma criaçãodaplataformado

Museu Virtual da Univille, criar um ambiente virtual de exposição dasmesmas. Para

realizar esse procedimento, utilizamos um scanner de resolução 4K, da Digiscanner,

modeloS1500A2,eosoftwareHSPSv5.1.Osresultadosobtidosforamdiversos,com

algumas gravuras apresentando perda de qualidade em relação à saturação, nitidez,

brilho e contraste. Ao final, foram realizadasoitenta e duasdigitalizaçõesde cento e

cinquenta e duas gravuras, atualmente armazenados na conta do Google Drive do

Laboratório de História Oral (LHO) e no disco rígido de um dos computadores desse

mesmoLaboratório.

Palavras-chave:Digitalização;gravura;CentroMemorialdaUniville.

35GraduandoemHistóriapelaUniversidadedaRegiãodeJoinville(Univille).BolsistadoCentroMemorialeLaboratóriodeHistóriaOraldaUniville.Contato:[email protected] Graduando em Design pela Universidade da Região de Joinville (Univille). Contato:[email protected] Professor do curso de História e do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille.Coordenador do Centro Memorial e Laboratório de História Oral da Univille. E-mail:fernandosossai@gmail.com38ProfessoradoscursosdeArtesVisuaiseDesigndaUniville.E-mail:[email protected]

NEMGREGANEMPORTUGUESA:AJUREMAÉAFRICANAEINDÍGENA

EvelyndeJesusJeronimo39,RobertaBarrosMeira40

Resumo:LuísdaCâmaraCascudonasceunodia30dedezembrode1898,noRioGrande

do Norte (Natal), teve uma vasta vida acadêmica dedicada aos estudos das culturas

popularesbrasileirasnasregiõesNorteeNordeste.Opresentetrabalhovisaanalisaruma

dassuasobras,olivroMeleagro,publicadoem1951.Especificamente,busca-setrazer

para o primeiro plano os depoimentos e as pesquisas sobre os usos da Jurema no

catimbó. Nesse sentido, a história ambiental e a história das religiões se torna lócus

privilegiado para pensar o papel do entrelaçamento das culturas indígenas, afro-

brasileiraseossaberesmédico-religiososnoBrasil.

39GraduandadeLicenciaturaemHistória.Contato:[email protected] Professora do curso deHistória e do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade daUniville.Contato:[email protected]

QUANDOAPRIMEIRAIMPRESSÃOÉAQUEFICA:UMRELATODEEXPERIÊNCIADOPIBID

DEAULASMINISTRADASSOBREOISLÃ

ÉwertondeOliveiraCercal41,FelipeRodriguesdaSilva42,LeticiaRibas

DiefenthaelerBohn43

Resumo: Em atividades realizadas no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à

Docência (PIBID), foram ministradas aulas sobre o mundo muçulmano na Escola

MunicipalDr. JoséAntônioNavarro Lins. Estasaulas tinhamporobjetivoexplicitaros

aspectos do Islã (focando nas expansões do mundo árabe dos séculos VII à XIV do

calendáriocristão)buscandoabrirreflexões,ofereceroutrospontosdevista,entender

outraculturaetc.,paraosalunosdo7ºano(turmasAeB,períodomatutino),oqualos

mesmosrelacionavamcomterrorismo,machismoeguerra(segundodinâmicarealizada

peloprofessoresupervisorFelipe).Emumprimeiromomento,foitrabalhadooquese

sabia do mundo muçulmano pelos alunos, com a apresentação subsequente de

elementosdestemundoquepermeiamnossasociedadeeousodecomparaçõescomo

mundoocidental.Emseguida,foramtrabalhadosasexpansõesmilitares,areligiãoeseus

principais aspectos, culturadomundomuçulmano,mulheresno Islãe terrorismo.Ao

final, foioferecidaapossibilidadeaosalunosderealizaramumtrabalho livre(suporte

diversificado) sobre um tema que envolva omundo islâmico, a exemplo de uma das

equipesquepretendefazerumvídeodecunhojornalísticosobreaculturamulçumana.

41GraduandodocursodeLicenciaturaemHistóriadaUniville,bolsistadoProgramaInstitucionalde Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) na EscolaMunicipal Dr. José AntônioNavarro Lins.Contato:[email protected] Doutorando em Patrimônio Cultural e Sociedade pela Univille e supervisor do ProgramaInstitucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) na Escola Municipal Dr. José AntônioNavarroLins.Contato:[email protected]ônioCulturaleSociedadepelaUnivilleesupervisoradosubprojetoHistóriadoProgramaInstitucionaldeBolsasdeIniciaçãoàDocência(PIBID).Contato:[email protected]

PAISAGEMEHISTÓRIAORAL-EXPERIÊNCIASDEMIGRANTESRIZICULTORESNOBAIRRO

VILANOVA(JOINVILLE,SC)

AlannaFernandesDuarte44

Resumo: Esta comunicação busca apresentar parte dos resultados da pesquisa de

dissertaçãodemestradoemPatrimônioCultural(UNIVILLE),querealizouentrevistascom

rizicultoresdobairroVilaNova,analisandosuasexperiênciaserelaçõescomo“migrantes

rizicultoresnapaisagemdacidadedeJoinville.AspesquisassobreariziculturanoBrasil

sãogeralmenteanalisadassobaspectoseconômicosouagrônomos,maspoucotemsido

abordadosobresuasrelaçõescomaHistória,CulturaePaisagem.Essetrabalhoparteda

premissa de que as paisagens culturais podem ser analisadas como metodologia

interdisciplinardeestudosdoslugaresedainteraçãohumananomeioambiente.Assim

como na História e no campo de estudos do Patrimônio Cultural, a metodologia da

HistóriaOralpossibilitaainteraçãodopesquisadorcomossujeitosesuasexperiênciasna

paisagem. Nesse viés, a comunicação aborda a busca pelo entrecruzamento dessas

metodologiasparaumestudointerdisciplinarsobreasexperiênciasderizicultorescom

aspaisagensdecultivodoarroz,situadasnobairroVilaNova,regiãooestedacidadede

Joinville.

Palavras-chave:Arroz;HistóriaOral,PaisagemCultural.

44LicenciadaeBacharelemHistória.MestradoemPatrimônioCulturaleSociedade(UNIVILLE).Contato:[email protected]

ASLÁPIDESEOSESCANDINAVOS:OCEMITÉRIODOIMIGRANTEDEJOINVILLECOMO

LOCALDEMEMÓRIA

RebekaHildaRodrigues45,DionedaRochaBandeira46

Resumo:OCemitériodoImigrantedeJoinvilletevesuasatividadesencerradasem1913.

Por 62 anos foram sepultados imigrantes protestantes e seus descendentes mais

próximos, além de escravos de origem africana. Mas, é possível localizar os

sepultamentos e analisar as lápides dos imigrantes escandinavos, que vieram para

Joinville entre 1851 e 1881, no Cemitério do Imigrante de Joinville? Tomando essa

questãocomobase–evistoquepoucosefalasobreasrepresentaçõessociaisdesses

imigrantesmenosaindanaculturamaterial–,oprojeto“Aslápideseosescandinavos:o

CemitériodoImigrantedeJoinvillecomoumlocaldememória”temporobjetivoestudar

apresençadeescandinavosnacidadeapartirdelápidesnoCemitériodoImigrantede

Joinville,sinalizando-ocomoumlocaldememóriadaimigraçãoescandinavanoBrasile

contribuindo com o reavivamento de grupos imigratórios minoritários da segunda

metadedoséc.XIX.Ométodoqueseutilizaéumarevisãobibliográficaeanálisesdo

bancodedadosdapesquisa“CemitériodoImigrante:pesquisa,interdisciplinaridadee

preservação”, coordenada por Arselle de Andrade Fontoura, e do levantamento de

sepultamentosproduzidoporDilneyCunha.Atéopresentemomento,nota-secoma

pesquisaqueaquantidadede imigrantesescandinavosentre1851e1881nãocondiz

com o número de sepultamentos no Cemitério do Imigrante de Joinville nos anos

conseguintes.

45GraduandadeLicenciaturaemHistória.Contato:bekahoezil13@gmail46 Professora do curso deHistória e do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade daUniville.Contato:[email protected]

ENTRESOCIEDADES:ASOCIEDADEBENEFICENTEKÊNIACLUBE

IanPogan47,RhuanCarlosFernandes48

Resumo:ASociedadeBeneficenteKêniaClube,surgiuemJoinville,nadécadade1950,

frutodaorganizaçãodepartedapopulaçãoafro-brasileiradacidade,quecarentedeum

espaço que fornecesse auxílio e entretenimento, o criaram. O clube assim, passou a

figurar como o principal espaço de representatividade política, social e cultural da

população afro-brasileira da cidade, já que muitos casos havia segregação em

determinados clubes e sociedades. Além de sua importância para a população afro-

brasileira joinvilense, o clube ganhou significativa visibilidade durantes as décadas de

1970,80e90porsuaintensaparticipaçãonocarnaval,daqualtevegrandehegemonia.

AorganizaçãodaSociedadeBeneficentegarantiuumstatusdesignificativoimpacto,em

umacidadeemassociedades,ligaseclubestiveramimportantedestaquenaconstituição

sociocultural.

Palavras-chave:SociedadeKêniaClube;populaçãoafro-brasileira;Joinville.

47Acadêmicodo4ºAnodeHistóriapelaUniversidadedaRegiãodeJoinville-UNIVILLE-E-mailparacontato:[email protected]êmicodo4ºAnodeHistóriapelaUniversidadedaRegiãodeJoinville-UNIVILLE-E-mailparacontato:[email protected]

COLEÇÃODEFOTOGRAFIASDOCENTROMEMORIALDAUNIVILLE:DESAFIOSDE

GESTÃOEFORMASDEPROCESSAMENTOTÉCNICO

BrunaCarolinadeSouza49,FernandoCesarSossai50

Resumo: Esta comunicação visa socializar os trabalhos realizados comas coleções de

fotografiasintegrantesdoAcervodoCentroMemorialdaUniville(CMU).OCMUrecebe

earquivafotosdediferentesinstânciasdaUniversidade,apóssubmetê-lasaumprocesso

detratamentotécnicoque incluiváriasetapas:doaçãoda foto, triagem,higienização,

identificação,classificação,acondicionamentoe incorporaçãoaoAcervo.Acondicionar

taisfontesdeformaadequadaédeextremaimportânciaparasalvaguardarfragmentos

de memórias visuais da Universidade, bem como imagens de sua relação com a

comunidadeexterna, alémdeoportunizar a criaçãode fontes parapesquisadoresde

diferentescamposdeconhecimento.Em2018,foramincorporadasaoacervodoCMU

mais de 3.000 fotografias, em 80 pastas físicas. Tal processo foi extremamente

desafiador,poisnemtodasasfotografiaspossuíamidentificação.Tivemos,portanto,que

recorrer a professores e funcionários da Univille para identificar os eventos e os

participantesemdeterminadasimagens.Porfim,salientamosquecontinuasendouma

dificuldadeoenormevolumedefotosqueaindanãoforamprocessadasnoAcervodo

CMU.

Palavras-chave:GestãodeAcervo;Fotografia;CentroMemorialdaUniville.

49Graduanda em Licenciatura emHistória pelaUniversidade da Região de Joinville -Univille.BolsistadoLaboratóriodeHistóriaOraldaUniville.E-mail:[email protected] Professor do curso de História e do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille.Coordenador do Centro Memorial e Laboratório de História Oral da Univille. E-mail:[email protected]

RETÓRICASDEPATRIMONIALIZAÇÃONOCONGRESSONACIONALDOBRASIL:DESAFIOS

TEÓRICOSEMETODOLÓGICOSEMPESQUISASHISTÓRICASCOMDOCUMENTOS

LEGISLATIVOS

DiegoFinderMachado51

Resumo:Apresentecomunicaçãovisaapresentarosprimeirosdelineamentosteóricose

metodológicos de uma pesquisa de pós-doutorado em desenvolvimento junto ao

Programa de Pós-Graduação emPatrimônio Cultural e Sociedade daUniversidade da

Região de Joinville (PPGPCS/Univille). Essa pesquisa, intitulada “Um outro mapa do

passadonacional:retóricasdepatrimonializaçãonoCongressoNacionaldoBrasil(1947-

2017)”, tem como objetivos: 1) Conhecer, para além da atuação do Instituto do

PatrimônioHistóricoeArtísticoNacional(Iphan),omapapatrimonialdoBrasiltraçado

peloLegislativoFederal;2)Problematizarasretóricasdepatrimonializaçãoemergentes

dejogosdepoderedesaberprotagonizadosporpolíticoseintelectuaisquepuseramem

disputaideiasdeNaçãoedePatrimônioNacional;e3)Construirumapropostateórico-

metodológica englobando a temática “Patrimonialidade e Patrimonialização:

paralelismoseconfluências”.AoinvestigaratospolíticosdoCongressoNacionaldoBrasil

comfinsdepatrimonializarbensculturais,atosformalizadosemprojetosdelei,busca-

sediscutirosusoseconcepçõesdopatrimônionotempopresente.Projetosde leise

mostramricasfontesdepesquisaquepermitemproblematizarecompreenderjogosde

poder nas lutas pela implementação de direitos e deveres. Em sua tramitação, tais

projetosdeixamvestígiosdeintenções,disputaseconflitosque,comopassardotempo,

acabaram esquecidos. Ao tratar de patrimônio, alguns projetos rivalizaram, em certa

medida, comaautoridadedo Iphanemdeclararoque,noBrasil,poderiaounãoser

consideradopatrimônionacional.ParaalémdeummapaoficialdopassadodaNação,há

umaoutracartografiaesboçadapordeputadosesenadores.

51ProfessordocursodeHistóriaedoPPGemPatrimônioCulturaleSociedadedaUniville.BolsistaPNPD/CAPES.E-mail:[email protected]

AUNESCOEAINVENÇÃODOPATRIMÔNIOMUNDIAL:UMESTUDOSOBREA

FABRICAÇÃODOCONCEITODEVALORUNIVERSALEXCEPCIONAL

GabrielLimadeCastro52,FernandoCesarSossai53

Resumo:Apresentecomunicaçãosecaracterizacomoumasocializaçãodosresultados

do projeto de iniciação científica intitulado “A UNESCO e a invenção do Patrimônio

Mundial:umestudosobreafabricaçãodoconceitodeValorUniversalExcepcional”,em

andamentodesdefevereirode2019eligadoaoprojetodepesquisa“Pelosbastidoresda

UNESCO: a construção de consenso em torno de bens considerados patrimônios

mundiais–FaseII(1960-1980)”,financiadopeloFundodeApoioàPesquisadaUniville.

TendoporbaseaatuaçãodaUNESCOnoprocessodeinvençãodanoçãodePatrimônio

Mundial,oreferidoprojetodeiniciaçãocientíficatemcomoobjetivocompreendercomo

eemquetermossedeuoprocessodeinvençãodanoçãodeValorUniversalExcepcional

(VUE) expressada na Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e

Natural,de1972.Segundopesquisadoresdotema,comoTitchen(1996),Cleere(1996),

Labadi(2013)eJokhileto(2008),anoçãodeVUEéessencialparasepensaraConvenção

de1972,porseroquejustificariaapresençadosbensnaListadoPatrimônioMundial.

Porfim,salientamosqueestapesquisasecaracterizacomodecaráterdocumentalesuas

fontessãofrutodecoletasempreendidasemsitesdaUNESCO,maisespecificamenteo

doWorldHeritage Centre (https://whc.unesco.org/), da BibliotecaDigital daUNESCO

(https://unesdoc.unesco.org/) e de uma coleta realizada in loco na sede do UNESCO

Archives,emParis,emjulhode2018,umaaçãoreferenteàprimeirafasedoprojetoPCM.

Palavras-chave:PatrimônioMundial;UNESCO;ValorUniversalExcepcional.

52GraduandoemHistóriapelaUniversidadedaRegiãodeJoinville(Univille).Bolsistadoprojetodepesquisa“PelosbastidoresdaUNESCO...Contato:[email protected] Professor do curso de História e do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille.CoordenadordoprojetodepesquisaPCM-II.E-mail:[email protected]

PATRIMÔNIOMUNDIAL,TURISMOECONHECIMENTOTRADICIONAL:OCASODEULURU

KATA-TJUTANATIONALPARK

ValériaFernandaSerpaSteinke54,IlanilCoelho55

Resumo:OestudodecasosobreoUluruKata-TjutaNationalParkéumaramificação

proveniente de resultados de pesquisa ainda em andamento de uma dissertação de

mestradocujatemáticaprincipalgiraemtornodasrelaçõesenvolvendopatrimônio–

principalmente omundial, e turismo, no âmbito da construção da Convenção para a

ProteçãodoPatrimônioMundial,CulturaleNaturaldaUNESCO,de1972.Adescoberta

desteestudodecasosedeuatravésdaleituradedocumentosinstitucionaiscolhidosna

sededaUNESCOemmeadosde2018,equeperfazemumadasprincipaisfontesdetal

dissertação acima mencionada. O Uluru Kata-Tjuta National Park é um Patrimônio

MundialreconhecidopelaUNESCOem1987,enelehabitam,desdemuitotempoantes

da nomeação do ParqueNacional como PatrimônioMundial, os aborígenes, que são

consideradososdonostradicionaisdetalespaço.Ademais,oParquerecebeanualmente,

em média, 250 mil visitantes, trazendo à tona a relação entre Patrimônio Mundial,

turismoe comunidades tradicionais, a qual nem sempreé vista combonsolhospela

comunidadelocal.Omaioratritoexistenteentreaborígeneseturistasgiraemtornodo

Uluru,umarochamaciçacommaisde300metrosdealturaqueéconsideradasagrada

paraacomunidadetradicionalquehabitanassuasredondezas,masqueéalvodaprática

deescaladaporpartedosturistas,atoqueévistocomoprofanopelosaborígenes.Neste

contexto,tambémdiscutir-se-ãoosmeandrosenvolvendoosvaloressocioculturaisde

umpatrimônio,ecomoestespodemounãoseralteradosemfunçãodoturismo.

54 Mestrando do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille. Contato:[email protected] Professora do curso deHistória e do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade daUniville.Contato:[email protected]

MEMÓRIA,TEMPOELUGAR:AHISTÓRIAORALCOMOMETODOLOGIAPARAOESTUDO

DAINDICAÇÃOGEOGRÁFICADA“BANANAMAISDOCEDOBRASIL”

GiselideLorena56,PatríciadeOliveiraAreas57,FelipeBorboremaCunhaLima58

Resumo: Este trabalho visa abordar reflexões sobre ametodologia a ser utilizada na

pesquisaintitulada“DenominaçãodeOrigemeseusefeitosnavalorizaçãodoPatrimônio

Cultural da Cidade: o caso das bananas de Corupá-SC”, cujo objetivo principal é:

compreenderos impactosdoprocessoparaa concessãodaDenominaçãodeOrigem

“Bananas da Região de Corupá” e as potencialidades e desafios para a proteção e a

valorizaçãodopatrimônio cultural da bananicultura nomunicípio deCorupá-SC. Para

atingiresteobjetivoseráutilizadaametodologiadahistóriaoral,comoformadecoletar

dados,apartirdarealizaçãodeentrevistascomroteirossemiestruturados,quepermitam

verificar como o processo de Indicação Geográfica impactou na cidade corupaense,

principalmentenoqueserefereaosaspectossocioculturais.Paratanto,asistematização

dosdadosseráfeitapormeiodamatrizdenecessidadesesatisfaçõeshumanas,deMax-

Neef e a interpretação dosmesmos será realizada a partir da análise interpretativa,

propostaporGeertz.Nestetrabalho,discute-sea importânciada interdisciplinaridade

comoferramentaaohistoriador,queapartirdoseuofício,encontraemoutrasciências,

formasdeinterpretarosfenômenoshistóricosdeseutempo.Trata-sedeumapesquisa

voltadaparaahistóriadotempopresente,quebuscaentrelaçarasmemóriasdepessoas

comuns,quejuntasmodificamcotidianamenteoseulugar.

Palavras-chave:históriaoral;Corupá;IndicaçãoGeográfica.

56 Pesquisadora do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille. Contato:[email protected]ônioCulturaleSociedadedaUniville.58PesquisadordoPPGemPatrimônioCulturaleSociedadedaUniville.

MOEDADEPAPEL:OCASODOSVALESDOSCOMERCIANTESDACOLÔNIADONA

FRANCISCA

NicolasMarcos59,SandraPaschoalLeitedeCamargoGuedes60

Resumo:Estetrabalhoéumrecortedeumapesquisaemandamento,cujoobjetivoé

compreender o acervo de cédulas e moedas do Museu Nacional de Imigração e

ColonizaçãodeJoinville/SC,emespecialvalesinéditos,provenientesdoséculoXIX.Para

tanto, buscamos para esta comunicação apresentar o processo que culminou com a

produçãoecirculaçãodestesvalesnaColôniaDonaFrancisca.Ametodologiadetrabalho

consistiu na análise das cédulas emoedas através da sua localização, identificação e

descrição,bemcomonacontextualizaçãodestascomahistóriadacidade,apartirda

mobilizaçãodedocumentospertencentesaoArquivoHistóricode Joinville.A faltade

ofertademoedametálicanonúcleodaColôniapromoveuanecessidadedaemissãode

vales por influentes comerciantes da cidade. Esta condição, além de estabelecer um

regimemonetário paralelo, também revelou jogos de poder existentes na sociedade

joinvilensedefinaisdoséculoXIX.

Palavras-chave:Numismática;Acervo;Museu.

59 Graduado em História pela Universidade da Região de Joinville (Univille). Atualmente,mestrando pelo Programa de Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade pela mesmauniversidade.BolsistaCapes.(E-mail:[email protected]).60DoutoraemHistóriaepós-doutoraemMuseologia.ProfessoraOrientadora.UniversidadedaRegiãodeJoinville(Univille).(E-mail:[email protected]).

UNESCO,ICOMOSEIUCN:ALGUNSDIÁLOGOSPOSSÍVEISACERCADACONSTRUÇÃODA

NOÇÃODEPATRIMÔNIOMUNDIAL

MoronideAlmeidaVidal61,ArselledeAndradedaFontoura62

Resumo:NotranscursodosséculosXXeXXI,aOrganizaçãodasNaçõesUnidasparaa

Educação,aCiênciaeaCultura–UNESCOdestaca-sepelosseusesforçosnapreservação

ediscussãopatrimonialanívelmundial.Entretanto,porvezes,suatrajetóriatranspassa

asaçõesdeoutrasorganizações,comooCentroInternacionaldeMonumentoseSítios-

ICOMOSeaUniãoInternacionalparaConservaçãodaNatureza-IUCN.Estacomunicação

busca enunciar alguns desdobramentos das discussões empreendidas pela IUCN e o

ICOMOSnaconstruçãodanoçãodepatrimôniomundialenapatrimonializaçãodebens

pela UNESCO. Para o desenvolvimento desta pesquisa, foram feitos levantamentos

bibliográficosededocumentosdisponíveisnossitesoficiaisdasorganizaçõesenvolvidas,

bemcomoaanálisedadocumentaçãodoArquivodaUNESCO,emParis.Estetrabalhoé

fruto de estudos da pesquisa “UNESCO: historicidade e emergência da noção de

patrimôniomundial”,financiadapelabolsadeIniciaçãoCientíficadoartigo170/UNIEDU,

atreladaaoprojeto“PelosbastidoresdaUNESCO:aconstruçãodeconsensoemtorno

de bens considerados patrimônios mundiais – Fase II” (1960-1980), e às discussões

realizadaspeloGrupodePesquisaCidade,CulturaeDiferençadaUniville(GPCCD).

Palavras-chave:UNESCO,PatrimônioMundial,ICOMOS,IUCN.

61 Graduando de Licenciatura em História da Universidade da Região de Joinville – Univille.Contato:[email protected]óriapelaUniversidadeFederaldeSantaCatarina-UFSC,eprofessoradaUnivilleehistoriadoradoArquivoHistóricodeJoinville.Contato:[email protected]

SAMBAQUIS:UMPATRIMÔNIOSOBAMEAÇA,SITUAÇÃODEBALNEÁRIOBARRADO

SUL-SC

AndréLuisMoreira63,DionedaRochaBandeira64

Resumo:BalneárioBarradoSulsitua-senolitoralnortedeSantaCatarinaeapresenta16

sítios arqueológicos do tipo sambaqui, que constituem o patrimônio cultural do

município.Oobjetivodopresentetrabalhoéproblematizarasituaçãodestessítiosea

preservaçãodestepatrimônioconsiderandoaimportânciaquetemparaaconstituição

dasociedadeatualumavezquesãoherançadeixadaporgruposhumanosqueviveram

noterritóriobrasileirodurante7milanoseconstituem,oudeveriamconstituir,partedas

memóriadassociedadesatuaisquevivemnosmesmosterritóriosocupadosnoperíodo

pré-colonial. A pertinência dessa discussão se faz pelo fato de que a conservação do

patrimônioarqueológicoédesumaimportâncianaconstituiçãodeumsujeitohistórico

conscienteeéobrigaçãodoestadoedasociedade,umavezqueégarantidaporlei.No

caso estudado, o desconhecimento da importância do patrimônio por parte da

populaçãooupelanegligênciadoestadogerouadestruiçãocompletados16sambaquis

que foram encontrados na região, essa destruição ocorreu pela indústria de cal, por

reflorestamentos,oupelaconstruçãodeestradasnosanosde1950a1980.Hoje,com

essetrabalho,queremosrefletirsobreaconservaçãodopatrimônioesobreasameaças

queelesofre.Pormeiodevisitasaossítioseimagensdoslocaisondeselocalizavamos

sambaquisedosmateriaisencontradospodemoscontextualizarsuasituaçãoatual.

63 Graduando de Licenciatura em História da Universidade da Região de Joinville – Univille.Contato:[email protected] Professora do curso deHistória e do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade daUniville.Contato:[email protected]

ESTAÇÃODAMEMÓRIA:HISTÓRIASDEVIDAEPROCESSODEPATRIMONIALIZAÇÃO

ViniciusJoséMira65,FernandoCesarSossai66,DiegoFinderMachado67

Resumo: Esta comunicação tem por objetivo socializar resultados parciais de uma

pesquisadeiniciaçãocientíficaquebuscacompreenderhistoricamentecomosedeuos

processosdepatrimonializaçãodaantigaEstaçãoFerroviáriadeJoinville(atualsededa

EstaçãodaMemória).Pretende-seanalisarcomoindivíduosegrupos,cujasvivênciasde

algum modo conectam-se à história da referida Estação, envolveram-se e foram

envolvidosnessesprocessosassimcomoperceberseseusvínculosafetivoscomobem

contribuíramefetivamentepara legitimá-loenquantopatrimôniocultural.O resultado

parcialaserapresentadodizrespeitoàsprincipaisconclusõesdoestudoeinterpretação

da historiografia de Joinville e dos processos de tombamento da antiga Estação

FerroviáriadeJoinvilleemâmbitoestadualefederal.Aanálisesepautanasdiscussões

teóricasdaantropólogaLaurajaneSmithedasociólogaNathalieHeinich.Estapesquisa

estávinculadaaoprojeto“PelosbastidoresdaUNESCO:aconstruçãodeconsensoem

tornodebensconsideradospatrimôniosmundiais-FaseII(1960-1980),financiadopelo

FundodeApoioàPesquisadaUnivilleecoordenadopeloprofessorDr.FernandoCesar

Sossai, bem como está articulada aos estudos e pesquisas empreendidos pelo grupo

“Cidade,CulturaeDiferençadaUniville(GPCCD)”.

Palavras-chave:PatrimônioCultural;PatrimônioFerroviário;HistóriadeJoinville.

65 Graduando em História pela Universidade da Região de Joinville (Univille). Contato:[email protected] Professor do curso de História e do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille.Coordenadordoprojetodepesquisa“Pelosbastidores...”.E-mail:[email protected]óriaedoPPGemPatrimônioCulturaleSociedadedaUniville.BolsistaPNPD/CAPES.E-mail:[email protected]

BRASILEMCONCERTO

SemithaHeloisaMatosCevallos68

Resumo: Quando se fala em música de concerto, imediatamente vem à mente

compositoreseobraseuropeias,emsetratandodaqualidadedeumaorquestra,oque

alegitimasãoobrassinfônicasdeorigempredominantementegermânica.Contudo,no

Brasil existe imensa produção musical, um grande acervo de música de concerto,

compositoresatuanteseobrasdepesouniversal.Porqueentão,ocorpodeobrasdo

país não faz parte do cânone de obras ouvidas nacional e internacionalmente?

PrimeiramenteoBrasilnecessitaexistirparasimesmo,lentamenteissovemocorrendo.

Exemplodissosãodoisprojetos,umjáfinalizadoeoutroemandamento.Oprimeirofoi

ahistóricagravaçãodetodasassinfoniasdeHeitorVilla-Lobos,porpartedaOrquestra

Sinfônica de São Paulo, trabalho musicológico que levou sete anos, considerando a

correçãoepublicaçãodaspartituraseposteriorgravaçãodasmesmas.Ouseja,umdos

maiorescompositoresdasAméricas,nãotinha,atéesteano,relevantepartedesuaobra

àdisposiçãoparaconhecimento.Osegundo,éumaparceriadoDepartamentoCultural

doMinistériodasRelaçõesExteriorescomaOrquestraFilarmônicadeGoiás,aOrquestra

SinfônicadoEstadodeSãoPaulo,aOrquestraFilarmônicadeMinasGerais,aAcademia

Brasileira de Música e a gravadora Naxos. O projeto visa apresentar ao público

internacionalalongatradiçãodemúsicadeconcertonoBrasil,queseestendedoséculo

XIXaosnossosdias.Até2023,serãogravadoscercade30CDs,com100obrassinfônicas.

AtravésdestesprojetosoBrasil vai se inserindoe tendovoznoexigenteuniversoda

68Contato:[email protected]

músicaclássicainternacional.Aproduçãomusicaldopaísécertamenteumtesouroaser

descoberto.

OCAIPIRANASPÁGINASDEURUPÊS(1914),DEMONTEIROLOBATO:CONTRIBUIÇÕES

DALITERATURAPARAAHISTÓRIADASCOMUNIDADESTRADICIONAIS

ArlindoFerrettiJunior69,EulerRenatoWestphal70,RobertaBarrosMeira71

Resumo:MonteiroLobatoéumconhecidoescritorbrasileiro,cujaimportânciaefama

consolidaram-seemsuaproduçãoinfantil,principalmentecomostítulosquetemcomo

panodefundooSítiodoPicaPauAmarelo.Noentanto,antesdeescreverasaventuras

da boneca Emília, Lobato já era um crítico e publicista com bastante penetração na

imprensa e nos círculos intelectuais nacionais. Foi escrevendo Velha Praga (1914) e

Urupês(1914),queoautorconstruiuaimagemdoJecaTatu,olegítimorepresentante

docaipira,quetranscendeointeriordoterritórioeincorpora-senaprópriaidentidade

nacionalbrasileira.Estetrabalhotemcomoobjetivoanalisaralgumasdascaracterísticas

atribuídasporLobatoaocaboclo,revelandoapotencialidadedousodaliteraturacomo

ferramentade sustentaçãodahistóriadas comunidades tradicionais.A concepçãodo

mundo rural apresentadano textodeLobatoabrebrechasparaumadiscussãoainda

pouco estudada sobre a história da construção do Patrimônio Cultural nacional e o

silenciamentodossaberesdosoracondenadosoravalorizadoscaipiras.

Palavras-chave:PatrimônioCultural,ComunidadesTradicionais,MonteiroLobato, Jeca

Tatu.

69 Mestrando do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille. Contato:jnferretti@gmail.com70PesquisadornaUnivilleenaFriedrich-Schiller-UniversitätJena,professortitularnaUnivilleedaFaculdadeLuteranadeTeologia,SãoBentodoSul.Contato:[email protected] Professora do curso deHistória e do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade daUniville.Contato:[email protected]

VIVÊNCIASEMEMÓRIAS:RELATOSDEEXPERIÊNCIASOBREAPRODUÇÃODOCURTA-

METRAGEMDOS31ANOSDOCALHEV

AnaGabrielaCardoso72;ThaináTakemoto73

Resumo: A presente proposta de comunicação se configura como um relato de

experiênciaacercadaproduçãodeumvídeodocumentáriosobreos31anosdoCentro

Acadêmico Livre de História Eunaldo Verdi (CALHEV), produzido e realizado pelas

discentesdocursodeHistóriaAnaGabrielaCardoso,EvelyndeJesusJerônimoeThainá

Takemotoquefizerampartedagestão2018-2019doCALHEV.Acriaçãodovídeosurgiu

da necessidade da representação do movimento estudantil dentro do processo de

celebração dos 50 anos do curso deHistória daUniville. Além disso, formou-se uma

parceriacomoLaboratóriodeHistóriaOraleCentroMemorialdaUniville,comoobjetivo

decriarumacoleçãoacercadomovimentoestudantilparapossíveisusosnofuturocomo

fonteoralparapesquisas.Dessaparceriacolheram-semuitosfrutos,duranteaprodução

dovídeoforamutilizadosrecursoseletrônicos(comocâmerasegravadores),consultaao

acervodoCMUparaapesquisadeantigosmembrosquepassarampeloCALHEVeouso

doespaçoparaagravaçãodosvídeos.Comacomissãoorganizadoraformada,inúmeras

reuniões e deliberações foram tomadas, como a criação de roteiros para o curta-

metragem e as entrevistas que o compõem. O curta-metragem foi exibido no dia

07/12/2018 no anfiteatro da biblioteca da Univille e contou com a presença de

acadêmicos, professores, egressos e pessoas que, no passado, integraram o Centro

AcadêmicodocursodeHistória.

72 Graduanda em História pela Universidade da Região de Joinville (Univille). Bolsista doLaboratório de História Oral da Univille e Centro Memorial da Univille. Contato:[email protected] 73 Graduanda em História pela Universidade da Região de Joinville (Univille). Bolsista doLaboratório de História Oral da Univille e Centro Memorial da Univille. Contato:[email protected]

“ZUMBITINHAESCRAVOS”:OREVISIONISMODELEANDRONARLOCH

RafaelJoséNogueira74

Resumo:Apresentecomunicaçãooraltemporobjetivoanalisarocapitulo“Zumbitinha

Escravos”,doconhecidolivro“GuiaPoliticamenteIncorretodaHistóriadoBrasil”,escrito

pelojornalistaLeandroNarlochqueacabouseconstituindonaprincipalreferêncianos

últimosanosemumsupostorevisionismodaHistóriadoBrasil.Emespecial,sobreos

estudos da figura de Zumbimuitos outros pesquisadores ditos revisionistas usam na

maioria dos casos o capitulo emquestão como referência central para reafirmar sua

concordância com as afirmações de Leandro Narloch. O trabalho vai no sentido de

analisar as poucas referências que o autor usa bem como a falta de documentação

primáriaparaassuasafirmações.Aapresentaçãoserádivididaemtrêspartes.Aprimeira

serásobreasconjecturasdeNarlochaolongodotexto.Osegundopontovaiseraanálise

daspouquíssimasreferênciasqueeleusapara tentardaralgumasustentaçãoassuas

teses.Porfim,teremosaavaliaçãodofazerhistoriográficoouatentativaporpartede

LeandroNarloch.

74Contato:[email protected]