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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO FERRAMENTA OTIMIZADORA E ROTEIRIZADORA DE CARGAS Marcos Paulo Rohr Lajeado, junho de 2013

FERRAMENTA OTIMIZADORA E ROTEIRIZADORA DE … · por exemplo, capacidades de carga, horários de atendimento, distância e tempos de deslocamento, é difícil determinar com exatidão

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES

CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

FERRAMENTA OTIMIZADORA E ROTEIRIZADORA DE CARGAS

Marcos Paulo Rohr

Lajeado, junho de 2013

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Marcos Paulo Rohr

FERRAMENTA OTIMIZADORA E ROTEIRIZADORA DE CARGAS

Monografia apresentado ao Centro de

Ciências Exatas e Tecnológicas do Centro

Universitário UNIVATES, como parte dos

requisitos para a obtenção do título de

Bacharel em Sistemas de Informação.

Orientador: Prof. Ms. Fabrício Pretto

Lajeado, junho de 2013

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Marcos Paulo Rohr

FERRAMENTA OTIMIZADORA E ROTEIRIZADORA DE CARGAS

A Banca examinadora abaixo aprova a Monografia apresentada na disciplina

Trabalho de Conclusão de Curso II, do Centro Universitário UNIVATES, como parte

da exigência para a obtenção do grau de Bacharel em Sistemas de Informação:

Prof. Ms. Fabrício Pretto - orientador

Centro Universitário UNIVATES

Lajeado, junho de 2013

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Dedico este trabalho inicialmente aos meus pais, irmã e namorada que sempre

deram apoio e motivação ao longo do desenvolvimento deste trabalho. Dedico

também aos amigos e colegas de trabalho.

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AGRADECIMENTOS

Aos professores pelo auxílio na realização deste trabalho em especial ao

professor orientador Fabrício Pretto pelo grande apoio.

Aos colegas de trabalho pelo apoio para o desenvolvimento deste trabalho de

conclusão, em especial ao Willian Prigol Lopes e ao Pablo Dall'oglio.

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RESUMO

O planejamento de rotas é um processo complicado e custoso, mas importante para

empresas que desejam atender seus clientes de forma satisfatória, com um custo

mínimo. Cada veículo responsável pelo transporte pode passar diversas vezes por

diversos pontos, seja para realizar entregas, coletas, vendas, dar suporte ou

qualquer outro tipo de produto ou serviço. Como são muitas as variáveis envolvidas

por exemplo, capacidades de carga, horários de atendimento, distância e tempos de

deslocamento, é difícil determinar com exatidão o veículo ideal para atender o ponto,

qual a sequência ideal de visitas, e finalmente quais as rotas a serem executadas.

Este trabalho apresenta uma proposta de desenvolvimento de uma ferramenta

roteirizadora, designada para o transporte rodoviário, visando a minimização de

custos, organização e automatização do processo de logística.

Palavras-chave: Logística, Roteirização, Custo Mínimo, Otimização, Transporte

Rodoviário, Mapa.

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ABSTRACT

Planning routes is a complicated and expensive process, but is important for

companies wishing to serve their customers in a satisfactory way, at minimum cost.

Each vehicle responsible for transporting can pass several times by various points,

either to perform deliveries, gathering, selling, supporting or any other kind of product

or service. As there are many variables involved such as, load capacity, service

hours, distance and travel times, it is difficult to determine precisely the ideal vehicle

to serve the point, what's the optimal sequence of visits, and finally which routes are

to be executed. This work presents a proposal to develop a router tool designated for

road transportation in order to minimize costs, organization and automation of the

logistics process.

Keywords: Logistics, Routing, Least Cost, Optimization, Transportation, Highway,

Map.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Esquema de distribuição ............................................................................ 27

Figura 2 – Esquema de entrada e saída de informações de um TMS ........................ 29

Figura 3 – Imagem da malha viária em um local da cidade de São Paulo, destacando

o nível de tráfego das rodovias ................................................................................... 34

Figura 4 – Criando uma nova rota, inserindo ponto de origem e destino com pontos

de visita ....................................................................................................................... 36

Figura 5 – Ilustração do trajeto a ser percorrido com a solução RTM ......................... 37

Figura 6 – Ilustrando os resultados obtidos após o cálculo da rota ............................. 37

Figura 7 – Imagem da interface do Roteador TrackRoad ........................................... 40

Figura 8 – Cadastro de clientes, vista diretamente em mapa pelo sistema RoadShow

Figura 9 – Esquema de triangulação utilizados pela tecnologia GPS ......................... 42

Figura 10 – Trecho de código retirada da ferramenta RotaRohr, baseado no

algoritmo de Haversine ............................................................................................... 48

Figura 11 – Ilustra o fluxo das informações no modelo MVC (Model, View, Controller)

Figura 12 – Ilustração de um Grafo ............................................................................. 49

Figura 13 – Grafo ilustrativo de cidades conectadas por estradas .............................. 53

Figura 14 – Esquematização do processo de entrega de ordens de carregamento

através de filas por veículo .......................................................................................... 66

Figura 15 – Diagrama de casos de uso do software roteirizador ................................ 72

Figura 16 – Ilustração da estruturação lógica da base de dados do sistema

roteirizador .................................................................................................................. 74

Figura 17 – Imagem da listagem do módulo cadastro de tipos de veículos, retirada

da ferramenta RotaRohr .............................................................................................. 77

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Figura 18 – Ilustração da tela de cadastro e edição de ordens de carregamento

RotaRohr ..................................................................................................................... 78

Figura 19 – Ilustração da tela de cadastro e edição de clientes RotaRohr ................. 81

Figura 20 – Ilustração da lógica de seleção de clientes nas proximidades do cliente

em potencial para uma futura união de pedidos .......................................................... 83

Figura 21 – Ilustração da estruturação dos objetos (Arrays de Objetos) ..................... 87

Figura 22 – Fluxograma de seleção de pedidos, resultando em uma rota .................. 89

Figura 23 – Fluxograma de alocação de rota selecionada na estrutura de rotas ........ 91

Figura 24 – Fluxograma detalhado do processo de alocação de pedidos em veículos

Figura 25 – Apresentação de uma rota pela aplicação RotaRohr ............................... 94

Figura 26 – Apresentação de pedidos não alocados no processo de geração de

entregas ...................................................................................................................... 95

Figura 27 - Apresentação de pedidos não alocados no processo de geração de

entregas ...................................................................................................................... 96

Figura 28 - Impressão de uma ordem de pedido ......................................................... 97

Figura 29 - Impressão de uma ordem de pedido ......................................................... 98

Figura 30 - Exemplo de uma rota com somente uma entrega .................................... 99

Figura 31 - Exemplo de uma rota com mais de uma entrega ..................................... 101

Figura 32 - Exemplo de uma rota com uma ou mais entregas, mas não atingem a

capacidade do veículo ................................................................................................ 102

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Comparativo das funcionalidades das ferramentas roteirizadoras ............ 44

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LISTA DE ABREVIATURAS

API - Application Programming Interfaces

CSS - Cascading Style Sheets

GPS - Global Position System

HTML - Hyper Text Markup Language

IP - Internet Protocol

MVC - Model, View, Controller

PHP - Hypertext Preprocessor

RFID - Sistemas de Identificação por Radiofrequência

RUM - Roteirizador Urbano Multiponto

RTM - Roteirizador Multiponto de Transportes

SQL - Structured Query Language

SGBD - Sistema de Gerenciamento de Bancos de Dados

TMS - Transportation Management System

TI - Tecnologia da Informação

UML - Unified Modeling Language

TSP - Traveling Salesman Problem

XML - eXtensible Markup Language

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 14

1.1 Objetivos .............................................................................................................. 15

1.2 Justificativa .......................................................................................................... 16

1.3 Organização deste Trabalho .............................................................................. 16

2 CONTEXTUALIZAÇÃO ........................................................................................... 18

2.1 História da Logística ........................................................................................... 18

2.2 Logística ............................................................................................................... 19

2.3 Logística e o Transporte ..................................................................................... 20

2.4 Logística e a Tecnologia da Informação ........................................................... 22

3 ROTEIRIZAÇÃO ...................................................................................................... 25

3.1 Transporte de mercadorias ................................................................................ 27

3.2 Softwares otimizadores de rotas ....................................................................... 29

4 ROTEIRIZADORES ................................................................................................. 32

4.1 BR Express .......................................................................................................... 33

4.2 MapLink ................................................................................................................ 34

4.3 TrackRoad ............................................................................................................ 38

4.4 RoadShow ............................................................................................................ 41

4.5 Comparativo entre as ferramentas .................................................................... 44

5 FERRAMENTAS DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO ........................................ 46

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5.1 Google Maps ........................................................................................................ 46

5.2 GPS ....................................................................................................................... 47

5.3 Algoritmo de Haversine ...................................................................................... 48

5.4 Cron ...................................................................................................................... 49

5.5 Linguagens de programação ............................................................................. 50

5.6 Metodologias ....................................................................................................... 52

5.7 Framework Core .................................................................................................. 53

5.8 Base de dados ..................................................................................................... 54

5.9 Programação linear ............................................................................................. 54

5.9.1 Modelos matemáticos ...................................................................................... 56

5.9.1.1 Na existência de restrições .......................................................................... 57

5.9.1.2 De naturezas variáveis .................................................................................. 57

5.9.1.3 Natureza das restrições e função objetivo .................................................. 58

5.9.1.4 Números de objetivos do modelo ................................................................ 58

5.9.1.5 Dinâmica dos dados de entrada .................................................................. 58

5.9.1.6 O processo de modelagem ........................................................................... 59

5.10 Grafos ................................................................................................................. 59

6 IMPLEMENTAÇÃO ROTAROHR ............................................................................ 62

6.1 Requisitos funcionais ......................................................................................... 63

6.1.1 Requisitos funcionais do sistema roteirizador .............................................. 64

6.2 Requisitos não funcionais .................................................................................. 70

6.2.1 Requisitos não funcionais do sistema roteirizador ...................................... 70

6.3 Modelagem ........................................................................................................... 71

6.3.1 Diagramas de casos de uso ............................................................................ 72

6.3.2 Modelos de entidade relacional ...................................................................... 73

6.4 Implementação .................................................................................................... 75

6.4.1 Funções ............................................................................................................. 76

6.4.2 Cadastros .......................................................................................................... 79

6.4.3 Processos ......................................................................................................... 85

6.4.4 Rotas geradas ................................................................................................... 98

7 ANÁLISE SOBRE A APLICAÇÂO ROTAROHR ................................................... 103

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8 TRABALHOS FUTUROS........................................................................................ 108

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 112

REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 114

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1 INTRODUÇÃO

A logística empresarial estuda formas de otimizar os fluxos de artefatos,

desde a obtenção de matéria-prima, até a entrega do produto acabado ao

comprador, diminuindo despesas, e aumentando a satisfação do cliente,

consequentemente aumentando os lucros para a própria empresa. Tudo isso é

possível através de planejamento, organização, controle do armazenamento e

movimentação dos produtos, fazendo uso de canais e modalidades internas ou

externas à empresa, respeitando medidas e prazos.

Realizar um planejamento eficiente do fluxo de produtos e recursos não é

uma tarefa simples, devido à complexidade a qual está envolvida, como roteirização,

construção de vias, alocação de frotas, operários, tudo isso ainda conciliado a

economia, segurança, horários e veículos disponíveis.

Com o advento da Tecnologia da Informação, trazendo agilidade, precisão e

comodidade, integrado à evolução em técnicas relacionadas à logística como a

movimentação de produtos no tempo (estoques) e espaço (transporte), houve o

surgimento de diversas ferramentas informatizadas com o propósito de auxiliar os

gestores a realizar uma eficiente gestão dos fluxos de seus produtos e recursos.

Entre estas ferramentas informatizadas surgiram os roteirizadores,

desenvolvidos com o objetivo de definir e otimizar os itinerários a serem percorridos

por veículos que atendem a um depósito ou um centro de distribuição, através de

um processo de programação de roteiros de entrega, realizando um cruzamento de

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15 informações como volume/peso de carga, capacidade dos veículos e locais de

entrega.

1.1 Objetivos

O presente trabalho tem como propósito, o desenvolvimento de um sistema

roteirizador informatizado, com o objetivo de auxiliar os gestores na organização e

otimização de itinerários, diminuindo custos e tempo.

Fazendo uso de diversas tecnologias informatizadas disponíveis como mapas

digitalizados, que possibilitam a obtenção de informações de posicionamento, e

grafos, tornam-se possível obter e organizar informações referentes a percursos

possíveis a serem utilizados para atender aos pedidos de clientes. Com estas

informações mapeadas, é possível gerar dados como distância e tempo para o

deslocamento entre um ponto a outro, que são extremamente importantes para

determinar itinerários otimizados.

Como qualquer roteirizador, gerar as informações de rotas visando o menor

custo é essencial, e com base nas informações disponíveis e colhidas através da

ferramenta Google Maps, torna-se possível computacionalmente aplicar algoritmos

de otimização, resultando em rotas otimizadas. Além disso, a ferramenta propõe a

junção de pedidos em um itinerário levando em consideração a capacidade do

veículo e a menor distância entre os pontos de entrega, como também o

balanceamento e organização de entregas de acordo com o perfil dos veículos,

respeitando capacidades e possibilidade de mais de um itinerário por veículo dentro

do período de entregas.

Em suma, essa ferramenta roteirizadora, nomeada de RotaRohr, traz o

propósito de gerar rotas que possibilitam atender a pedidos, dento do período

solicitado de forma otimizada, aproveitando ao máximo as capacidades e

disponibilidades dos veículos através da junção de pedidos. Também fica ao

encargo do roteirizador determinar rotas como o menor custo em deslocamento ou

tempo, supondo que exista somente um ponto de origem e vários pontos de destino.

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16 1.2 Justificativa

Atualmente várias empresas, inclusive a empresa utilizada como caso de uso

para o desenvolvimento da ferramenta RotaRohr, realizam a programação de

itinerários de forma manual, que muitas vezes, de acordo com o volume de

entregas, necessita horas de dedicação especial de um ou vários colaboradores,

além da dificuldade em organizar estas rotas sem haver um mapa como apoio.

Através desta ferramenta RotaRohr será possível diminuir o tempo destinado

a tarefas de programação de itinerários através de metodologias que serão

esclarecidas durante o desenvolvimento deste trabalho, como também auxiliar os

responsáveis pela programação, na elaboração de itinerários com apoio de mapas e

estimativas que acabam diminuindo o desgaste por parte dos responsáveis.

1.3 Organização deste Trabalho

A seguir serão explanados os métodos que serão utilizados para a realização

deste trabalho acadêmico.

Inicialmente é destacado todo o referencial teórico, necessário para que o

leitor possa ter todo o embasamento e entender quais são os fundamentos deste

trabalho. O segundo passo é descrever como será realizado o planejamento do

desenvolvimento da ferramenta, levantando requisitos, modelando e especificando

layouts, para então efetivamente iniciar o desenvolvimento da ferramenta RotaRohr.

Após o término do desenvolvimento da ferramenta são obtidos dados reais

juntamente com a empresa utilizada como caso de uso e realizar teste utilizando os

dados obtidos.

Em conseguinte, após o desenvolvimento da ferramenta, o carregamento de

dados e a realização de testes, a ferramenta será posta a utilização na empresa

caso de uso, para que sejam colhidas informações como, a real eficiência da

ferramenta, o que não está condizente com a realidade e o que pode vir a agregar a

ferramenta.

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17 Por final, após serem colhidas as informações referentes ao uso da

ferramenta RotaRohr são descritas as funcionalidades do sistema, como também

algoritmos utilizados, descrevendo assim o comportamento do sistema, como

também os resultados do uso da ferramenta, e trabalhos futuros que poderão

melhorar ainda mais a ferramenta.

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2 CONTEXTUALIZAÇÃO

Os objetivos deste capítulo são de esclarecer assuntos que envolvem a

logística, conduzindo para um foco computacional, abordando contextos como o que

é, como surgiu e de que maneira o transporte influência na logística, e quais os

benefícios gerados com a utilização da tecnologia da informação nesta área.

2.1 História da Logística

Em épocas remotas da história que se tem registro, as mercadorias com

maior necessidade não eram feitas nos lugares em que existia um maior consumo

das mesmas. Os povos mais antigos consumiam seus produtos em seus lugares de

origem ou os armazenava em lugares profundos para um consumo posterior. Em

consequência da não existência de sistemas desenvolvidos de transporte e

armazenamento, o translado de produtos de uma localidade a outra era uma

atividade demorada, custosa ou até mesmo impossível de ser realizada, devido ao

tempo de transporte ser maior que o tempo de validade para produtos perecíveis.

Dessa forma as pessoas se limitavam a consumir artigos que conseguiam fazer por

suas próprias forças em suas propriedades (BALLOU, 2004).

Segundo Gomes (2004) a logística é o processo de gerenciar

estrategicamente a aquisição, a movimentação e o armazenamento de materiais,

peças e produtos acabados, de modo a maximizar a lucratividade atendendo a

pedidos com baixos custos. Sua origem surgiu na área militar, os primeiros registros

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19 de estudo dessa atividade advêm da época dos gregos, quando grandes exércitos

deslocavam-se a grandes distâncias para conquistar terras e riquezas. Napoleão

Bonaparte aperfeiçoou e utilizou a técnica como estratégia de guerra, mas foi

lecionada pela primeira vez na segunda metade do século XIX em um país com o

objetivo de tornar-se uma grande potência: os Estados Unidos.

Desde então os empresários perceberam a importância de gerenciar a

obtenção, armazenamento e movimentação de materiais no processo de produção

de forma a diminuir os custos e maximizar os lucros ao formularem os conceitos de

qualidade com foco na cadeia produtiva, chamaram a atenção para alguns fatos

como o fornecedor dos insumos, a qualidade no processo produtivo e a entrega do

produto ao cliente (GOMES, 2004).

Durante o século XX houveram mudanças significativas na produção

industrial, entre elas as mais importantes estão as inovações tecnológicas e as

novas formas de produção. Inicialmente a produção em linhas de montagem em

grandes áreas industriais, em consequência o domínio completo pelas indústrias do

ciclo produtivo (BARAT, 2007).

Por volta dos anos 1980 o processo de produção teve uma mudança radical

devido ao fenômeno chamado globalização, em decorrência da rápida evolução

tecnológica possibilitando trocas internacionais. Dessa forma surgiram novas

concepções para a logística como abastecimento e escoamento, reduzindo a

necessidade de grandes estoques (BARAT, 2007).

Atualmente, a logística encontra-se como um elemento diferenciador, entre os

elementos que influenciaram e continuam influenciando essa mudança de

percepção, destacam-se a globalização, a tecnologia da informação, a

responsabilidade social e a ecologia (GOMES, 2004).

2.2 Logística

De acordo com Gomes (2004), o aumento da eficiência, consequentemente o

aumento dos lucros por meio da redução de custos de distribuição, a redução de

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20 capital de giro através da redução dos estoques, como também os custos para

manter os estoques, são vantagens geradas com a implantação da logística.

Segundo Costa (2010) de modo geral a logística procura um equilíbrio em

outras atividades com o mesmo objetivo de aumentar os lucros e considera as

seguintes atividades:

a) Marketing: Procura a maior venda possível de produtos, para isso necessita

de uma oferta abundante e variada de produtos, e sua antecipada

disponibilização ao cliente;

b) Produção: Procura a eficiência em produtividade, através do menor custo

unitário produzindo em grande quantidade por tempos prolongados. Para

alcançar esse objetivo o processo de produção necessita a menor variedade

de produtos possível e menor interrupções por falta de matéria-prima ou

pedidos especiais;

c) Financeira: Procura a redução dos custos, redução das instalações, pessoal,

estoques.

A logística passou por uma grande evolução quando as organizações

perceberam essa atividade como um processo estratégico e menos operacional,

passando a dar um enfoque maior ao serviço ao cliente (BONZATO, 2005).

2.3 Logística e o Transporte

Com a crescente demanda de produtos devido as transformações no

processo produtivo, e da economia mundial que ultrapassou fronteiras regionais e

nacionais, torna-se mais presente a existência de redes de empresas fornecedoras,

com o objetivo de reduzir custos e ligar conjuntos de atividades para atender o

mercado (BARAT, 2007).

As mudanças na produção industrial e da logística interagiram com o

transporte. Dessa forma o escoamento de cargas concentraram-se cada vez mais

em rotas, que na sua grande maioria utilizam de forma combinada os diversos

modos de transporte, sendo eles aéreo, terrestre ou fluvial (SANTOS, 1996).

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Analisando cada modalidade de transporte no Brasil, cerca de 76,4% das

mercadorias geradas no país são escoadas por rodovias, enquanto que as ferrovias

apenas 14,2%, hidrovias 9,2% e a aviação 0,1%. O predomínio do transporte

rodoviário no Brasil se deve a diversos fatores, os principais são políticas que

favoreceram a construção de rodovias, a indústria automobilística e a

inacessibilidade em localidades por outros meios (DIAS, 2010).

Segundo Barat (2007) o transporte rodoviário tenderá a predominar pelos

anos futuros, independentemente de esforços por parte do governo em outras áreas

do transporte, e uma das explicações para essa situação é a preferência pela

indústria no transporte porta a porta, realizado por esta modalidade e ausente nas

outras. Além disso, as empresas cada vez mais estão trabalhando com estoques

reduzidos (just-in-time)1 , com um giro mais rápido.

A operação do transporte de passageiros quanto o de cargas está ligada a

gerência de tráfego das empresas. É neste setor que são definidos como e onde os

veículos vão operar, e os aspectos que auxiliam nessas definições são o

planejamento, a programação e controle destes serviços. Pode-se afirmar que a

realização do planejamento e a programação das operações são complicadas,

devido a complexidade que envolvem, roteirização, construção de linhas, alocação

de frotas e programação da tripulação. Tudo isso, conciliado a racionalização,

economia, segurança, tabelas de horários, veículos disponíveis entre outros

(VALENTE, PASSAGLIA, NOVAES, 1997).

De acordo com Dias (2010) o departamento de transporte e logística de uma

organização tem por função controlar três itens: custos, prazos e qualidade de

atendimento, os quais bem executados podem aumentar o mercado, sobre as

seguintes visões, conforme elencadas a seguir:

1 De acordo com Gaither e Frazier (2002), just-in-time é uma filosofia de fabricação que se baseia na diminuição planejada de todo o desperdício e na melhoria contínua da produtividade. Podemos destacar como elementos principais do just-in-time: a manutenção somente dos estoques necessários quando preciso; a melhoria da qualidade até atingir um nível zero de defeitos; a redução do lead time ao reduzir os tempos de preparação, comprimentos de fila e tamanhos de lote; a revisão incrementalmente das próprias operações; e a realização dessas atividades a um custo mínimo.

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a) Custos: As dificuldades de concorrência no mercado aumentam quando a

empresa possui um custo de transporte maior que a média praticada pelos

concorrentes;

b) Prazos: Para alguns produtos o prazo de entrega é um fator muito

importante, devido a sua vida curta, ao estender o prazo de entrega, os

mesmos podem acabam estragando perdendo o seu valor, resultando em

grandes prejuízos, um exemplo disso são os produtos perecíveis. Outro

problema que pode ocorrer por atraso de entrega é a perda de consumidores,

isso ocorre porque os consumidores em sua grande maioria não estão

dispostos a esperar, e quando isso acontece normalmente acabam adquirindo

produtos da concorrência;

c) Qualidade: Produtos mais sensíveis, desde o carregamento estão sujeitos a

avarias devido ao próprio manuseio, e se o empacotamento não for o correto

à modalidade de transporte, certamente o produto será avariado.

Para auxiliar no processo de melhoria dos quesitos citados anteriormente,

existem diversas técnicas e procedimentos, muitos deles informatizados capazes de

auxiliar na busca de melhores soluções para a operação de frotas. Esses recursos

associados a experiência e à prática dos profissionais da área, trazem alternativas

que contribuem para preservar a saúde e a competitividade das empresas

(VALENTE, PASSAGLIA, NOVAES, 1997).

2.4 Logística e a Tecnologia da Informação

Um dos grande aliados da logística é a tecnologia da informação, através de

softwares que armazenam, recuperam e aprimoram as informações, dessa forma os

gestores podem ganhar tempo e ter uma informação mais concisa e precisa,

auxiliando nas estratégias, planejamentos e tomadas de decisão (DALLEDONNE,

2008).

Segundo Bowersox (1992), o fator mais importante que impulsionou a

evolução da logística, foi o rápido crescimento na área da tecnologia da informação

e telecomunicações. A tecnologia proporcionou mudanças significativas no estilo de

vida das pessoas como consumidoras ou geradoras do processo de produção, dos

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23 métodos de comunicações, e a maneira como as informações são tratadas de

negócio para negócio.

Um exemplo disso são computadores ativados por comandos de voz,

tecnologias de codificação sem fio com informações referentes ao produto, chamado

de RFID - Sistemas de Identificação por Radiofrequência, a eliminação gradativa de

formulários para preenchimento de pedidos, a aquisição de produtos através de sites

pela Internet, são tecnologias que tornam cada vez mais curto o tempo de

preparação do pedido compreendido no ciclo do pedido do cliente (BALLOU, 2004).

Existem várias ferramentas que auxiliam os gestores na atividade de

minimizar custos perante a movimentação de produtos no tempo (estoques) e

espaço (transporte). Entre elas estão as ferramentas de roteirização, existindo uma

grande variedade, tal como a da empresa BR Express, ao qual no decorrer deste

documento será avaliada.

Esse conjunto de ferramentas aos quais inclui-se o roteirizador,

caracterizando um conjunto de soluções, oferecem a administração a movimentação

dos pedidos desde o estoque até o cliente, uma dessas soluções que auxiliam neste

propósito é o roteirizador, que segundo Lopes e Melo (2003), é uma ferramenta que

define itinerários a serem percorridos por veículos que atendam um depósito ou

centro de distribuição.

Pela visão de Rango (2002), a atividade de roteirização de cargas é um

processo de programação de carga em rotas ou roteiros de entrega, realizando o

cruzamento de informações como volume/peso de carga, capacidade dos veículos e

locais de entrega, com o objetivo de extrair o melhor resultado em vários quesitos

como ocupação dos caminhões e cumprimento dos prazos de entrega. Desta forma

o sistema pode ajudar de forma a distribuir as cargas a serem transportadas por

uma rota previamente estipulada, onde pode ser sugerido a melhor rota em função

da análise de informações sobre a carga a ser transportada, capacidades dos

veículos, informações de ruas, estradas e localidades.

Devido aos benefícios gerados pela tecnologia da informação, como

agilidade, precisão e comodidade, os empresários cada vez mais se sentem

pressionados por seus clientes e acionistas, no sentido de fazer com que essa área

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24 traga vantagens para a empresa, seja no aprimoramento do processo logístico, nos

ganhos no desempenho do processo produtivo ou nas melhorias da competitividade.

No trecho a seguir o autor deixa claro a nova concepção gerada pela tecnologia no

processo produtivo:

A evolução tecnológica criou o conceito de "tempo real para um produto", que seria definido como o tempo decorrido entre o projeto do produto (estar na prancheta) e o tempo de esse novo produto estar nas mãos do consumidor (GOMES, 2004).

Segundo Bonzato (2005), para uma empresa decidir utilizar a tecnologia da

informação como estratégia de logística, a mesma precisa contribuir para que os

objetivos corporativos de curto, médio e/ou longo prazo sejam atingidos.

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3 ROTEIRIZAÇÃO

De acordo com Lello Universal (2012) uma rota é uma direção, um trajeto, um

caminho a ser seguido de um ponto a outro, e com o auxílio de mapas, que

representam uma região em escala muito menor, é possível, obter informações

necessárias para traçar um itinerário, como localização atual, informações de vias,

localização dos destinatários, e em alguns casos medidas como tempo e distância,

se tornam úteis no momento de criar um rota.

Amplamente utilizado desde os primórdios, o mapa é um dos instrumentos de

auxílio à locomoção e comunicação, criado pelo homem como apoio ao seu próprio

sustento. Inicialmente os mapas mais pareciam croquis, mas com o passar do

tempo, e a evolução da tecnologia, mapas digitais foram surgindo, trazendo uma

série de benefícios, entre eles a facilidade de atualização, e através da inserção de

dados a possibilidade de traçar rotas através de cálculos, e como não trata-se de um

mapa físico e sim digital, é possível ter uma visualização bem mais ampla das

imagens (HASEGAWA et al., 2000).

Segundo Valente, Passaglia e Novaes (1997) a determinação de rotas é

considerada uma atividade de roteirização, que envolve distâncias, ordem e tempo

mínimo ou a junção deles. A determinação de itinerários consiste em problemas de

distribuição que podem ser classificados em três categorias, conforme elencados a

seguir:

a) Roteamento: Acontece quando a ordem ou o horário da realização das

tarefas não é prioridade;

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b) Sequenciamento: Existem restrições de ordem de atendimento das tarefas;

c) Roteamento e Sequenciamento: Ocorrem quando o problema de

sequenciamento leva em consideração também a escolha de rota.

Dentre estas classificações, Ballou (1993) apresenta um tipo de rota muito

comum que envolve múltiplas origens e destinos. Para resolver este problema é

necessário considerar as restrições de capacidade e de oferta dos remetentes e

necessidades de produtos dos destinatários, como também os custos que envolvem

cada caminho possível. Para resolver estes tipos de problema de roteirização é

frequentemente utilizado a programação linear2, assunto o qual será abordado na

seção de ferramentas de apoio ao desenvolvimento.

Outro problema comum encontrado pelos gerentes de frota é o

balanceamento de viagens. Um veículo completamente carregado parte da fábrica

para realizar uma entrega e voltar completamente vazio. Para melhor utilizar o

veículo é interessante transportar mercadorias de fornecedores da própria

companhia para a fábrica (VALENTE, PASSAGLIA, NOVAES, 1997).

Um dos problemas mais conhecidos e usados para exemplificar a eficiência

em rotas é o problema do Caixeiro Viajante, conhecido em inglês pela sigla TSP

(Traveling Salesman Problem), o qual consiste em percorrer um conjunto de cidades

e voltar a cidade inicial, passando uma única vez em cada cidade, de forma a

percorrer a distância mínima (COSTA et al., 2003).

Como trata-se de um problema combinatório, o grau de dificuldade em obter a

melhor rota cresce exponencialmente. Para ter uma ideia do grau de dificuldade

para resolver um problema de menor caminho que envolve 25 cidades, é necessário

20 (vinte) vezes a idade do universo, supondo que seja possível calcular 10.000 (dez

mil) caminhos por segundo (COSTA et al., 2003).

No processo de dimensionamento do sistema de distribuição e coleta, quando

aplicada em uma região grande, é aconselhável dar atenção ao nível de produção

2 De acordo com Ferreira (1976) a programação linear é uma ferramenta matemática que auxilia na obtenção da melhor solução para certos problemas. Neste contexto, o termo programação, significa que existe planejamento de atividades e o termo linear refere-se a linearidade nas equações do problema.

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27 dos veículos que atendem regiões distantes e próximas ao depósito, cada região

necessita de um tratamento diferenciado em questões de tempo demandado para

realizar a tarefa.

Levando em consideração esses parâmetros que influenciam na elaboração

da roteirização, Valente, Passaglia e Novaes (1997) definem o resultado obtido

como rota ou itinerário, o qual é representado pela Figura 1, e possui os seguintes

elementos:

a) Um caminho a ser seguido desde o depósito até a zona de entrega;

b) Vários percursos e paradas entre os pontos dentro da zona de entrega;

c) Paradas em determinados pontos para coleta ou entrega de produtos;

d) Retorno da zona de entrega para o depósito.

Figura 1 – Esquema de distribuição

Fonte: Adaptado de Valente, Passaglia, Novaes (1997).

Os principais problemas/variáveis que normalmente são considerados no

momento de criar uma rota otimizada estão descritos na próxima seção.

3.1 Transporte de mercadorias

Todo veículo de transporte é projetado para suportar um limite de peso,

quando este limite é ultrapassado ou a distribuição da carga é realizada de maneira

incorreta, o comportamento adequado do veículo é comprometido, trazendo

insegurança aos tripulantes e prejudicando o desempenho econômico do mesmo. O

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28 carregamento eficiente do veículo reflete diretamente no bom desempenho

econômico da empresa transportadora, caso a empresa operar com cargas abaixo

da capacidade dos veículos, o reflexo disso será a perda na rentabilidade, mas por

outro lado, caso os veículos circularem com uma carga acima da sua capacidade, ou

os mesmos forem impróprios para o tipo de mercadoria, os prejuízos não são vistos

somente na frota, como desgaste e aumento nos custos de manutenção, mas o

comprometimento da conservação das rodovias (VALENTE et al., 2002).

Além de considerar fatores inerentes ao transporte como a capacidade física

dos veículos, como peso e capacidade, também é necessário respeitar a jornada de

trabalho dos motoristas, preservando a saúde física e psíquica dos tripulantes e o

desempenho do próprio sistema de transporte (VALENTE et al., 2002).

Valente et al., (2002) destacam que um arranjo adequado de cargas em

veículos reflete em um bom desempenho econômico para a empresa, partindo desta

premissa, diversos fatores devem ser considerados, conforme elencados a seguir:

a) A carga e a carroceria adequada para o transporte;

b) Conhecer o produto a ser transportado;

c) Embalagens e materiais de embalagem;

d) Sistema de carregamento e descarregamento;

e) Relação entre o carregamento e a segurança do veículo;

f) Relação entre o carregamento e o roteamento do veículo.

No total, são seis fatores que compõe um arranjo adequado, enquanto para

os tipos de cargas, podemos classificar em 4 grupos:

a) Cargas homogêneas: Transporte de produtos que possuem o mesmo tipo de

embalagem, exemplo tambores. O critério para a organização deste tipo de

carga depende da embalagem;

b) Cargas paletizadas: Justifica-se o uso de paletes para transporte, quando o

peso do produto é expressivo, sendo que o pouco espaço ocupado pelo

palete não faz diferença, também há facilidade de carga e descarga;

c) Cargas heterogêneas: Carga com mais de um tipo de produto a ser

transportado;

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d) Cargas pesadas: Transporte de produtos com um volume de peso grande,

como máquinas, transformadores e produtos siderúrgicos. Nestes casos é

necessário ter um cuidado com a distribuição correta do peso sobre o veículo

e fixação da carga.

3.2 Softwares otimizadores de rotas

Os softwares que auxiliam no gerenciamento de transporte de carga, de modo

geral são chamados de TMS (Transportation Management System) e oferecem

como recursos monitoramento, controle, apoio à negociação, auditoria de frete,

planejamento e execução (MARQUES, 2002).

Segundo o mesmo autor existem soluções capazes de determinar rotas,

sequenciar paradas, estimar o tempo de cada parada, emitir documentos

necessários para o transporte. Estes mesmos softwares consideram uma série de

parâmetros e baseiam-se em algoritmos avançados, com o objetivo de minimizar o

custo total de operação.

De modo geral um software otimizador de rotas pode ser representado pela

Figura 2.

Figura 2 – Esquema de entrada e saída de informações de um TMS

Fonte: Adaptado de Marques (2002).

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No trecho a seguir, complementando a Figura 2 o autor Laundon (1999)

especifica o que é um software:

Software é um conjunto de componentes inter-relacionados, desenvolvidos para coletar, processar, armazenar e distribuir informações para facilitar a coordenação, o controle, a análise, a visualização e o processo decisório (LAUDON, JANE, 1999).

Laudon (1999) cita de modo geral, que qualquer software, qualquer que seja seu objetivo, precisa atender os seguintes atributos para ser considerado um software:

a) Entrada, processamento e saída são as três atividades de um sistema de

informação;

b) Finalidade de resolver uma variedade de problemas organizacionais;

c) Consiste em três entidades pessoas, organizações e tecnologia, que ajustam-

se mutuamente.

d) Treinamento, atitudes no emprego, ergonomia e interface com os usuários

são grandezas da entidade pessoas;

e) Hardware, software e tecnologias de armazenamento de dados são

dimensões da entidade tecnologia;

f) Hierarquia das organizações, especialidades funcionais, procedimentos

empresariais, cultura e grupos de interesses políticos são grandezas da

entidade organizações;

g) Conhecimento das dimensões de pessoas, organizações, além da TI;

h) O objetivo de um software é criar e distribuir conhecimento útil de maneira

planejada para resolver algum problema da organização;

i) Assegurar a sobrevivência no ambiente externo em constante mudança e

tratar os problemas das organizações, são motivos pelas quais as

organizações implantam sistemas de informações;

j) Os softwares podem ser vistos nos seguintes ângulos: servir áreas

específicas da organização, resolver variados problemas em diferentes

viáveis da organização, sistema para servir a organização em sua totalidade.

De acordo com Junior (2001), um sistema de roteirização precisa ter como

premissas para estabelecer o roteiro com a solução próxima da ótima, devemos

considerar:

a) Malha viária previamente definida;

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b) Ponto de coletas e entregas (nós);

c) Veículos que farão o transporte;

d) Restrições para malha, veículos e nós;

e) Demanda de entrega e ou coleta que deve ser atendida pelos veículos,

respeitando as restrições.

O mesmo autor ainda destaca como vantagens oferecidas em decorrência do

uso de roteirizadores as seguintes:

a) Eficiência e pontualidade nas entregas e coletas;

b) Melhor aproveitamento de motoristas e veículos;

c) Tempo menor de viajem devido ao planejamento das rotas;

d) Redução de custos;

e) Planejamento eficiente levando em consideração as variáveis como por

exemplo: horários de entrega, tempo de descarga e carga, velocidade média

para deslocamento, perfil da frota disponível, etc.;

f) O sistema oferece flexibilidade, oferecendo ao operador, o tempo, a

quilometragem e o custo de cada rota, permitindo optar pela que mais lhe

traga vantagem;

g) Simulação e previsões, permitindo maior controle da distribuição.

Rango (2002) cita como benefícios gerados pelos softwares de roteirização:

a) A redução de custos;

b) Aumento da ocupação dos veículos;

c) Sincronismo na sequência de produtos, desde a separação de pedidos até o

carregamento dos mesmos.

Valente, Passaglia e Novaes (1997) destacam que os softwares de

roteirização, oferecem a vantagem na diminuição dos custos no que se diz a

respeito a coleta e entrega de cargas, como: horários a cumprir e duração da

jornada dos motoristas. Além disso, comenta que o software de otimização das

funções precisa simular corretamente a realidade da empresa para atingir os

resultados necessários.

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4 ROTEIRIZADORES

Até este momento foram abordadas questões referentes ao que é a logística,

ao transporte considerado atividade fundamental ao mesmo, porque as

organizações utilizam a logística como estratégia para otimizar lucros e de que

forma a TI (Tecnologia da Informação) auxilia para que este processo seja

executado com maior exatidão e rapidez.

Neste capítulo serão analisadas algumas ferramentas presentes no mercado

que disponibilizam a solução de otimizar o transporte através de rotas eficientes,

muitas delas não possuem o propósito somente de roteirizar, mas sim uma parte ou

módulo com o objetivo de gerenciar grande parte do processo de logística nas

organizações, desde a aquisição da matéria-prima dos produtos, até a entrega do

pedido ao cliente.

Foram avaliados dois grupos de requisitos em cada ferramenta, os requisitos

funcionais que segundo Sommerville (2000), são definições de funções que o

software deve atender, como o sistema deve reagir as entradas específicas e como

deve comportar em determinadas situações. O outro grupo a ser avaliado são os

requisitos não funcionais que segundo o mesmo autor são requisitos que expressam

qualidade e restrições sobre os serviços ou as funções oferecidas pelo usuário.

Uma atenção maior será dada aos requisitos funcionais dos sistemas, às

funções e as maneiras como os mesmos tratam os problemas de roteirização.

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33 4.1 BR Express

A primeira solução a ser relatada está disponível em (www.brexpress.com.br),

é a ferramenta BR inCity & BR onRoad criada pela empresa BR Express, que

segundo a mesma são ferramentas com o propósito de criar rotas partindo dos

pedidos e veículos disponíveis, simulando como os pedidos devem ser distribuídos

na frota, e a rota de cada veículo, com o objetivo de reduzir custos para a empresa

que faz uso da ferramenta. Particularmente esta empresa possui duas soluções para

atender este propósito, a BR inCity, que trabalha a nível urbano, é fornecido com a

malha viária das regiões a serem atendidas, enquanto o BR onRoad, para

roteirizações rodoviárias é fornecido com a malha viária completa do Brasil.

A BR inCity & BR onRoad possuem como principais funcionalidades:

a) Determinar a melhor sequência de entregas, que pode ser ponto-a-ponto ou

multiponto;

b) Separar carga, determinar qual o veículo deve realizar qual entrega;

c) Considera restrições de capacidade, tempo e urgência;

d) Respeitar horários de atendimento a clientes;

e) Possui geocodificação, possui os pontos de entrega mapeados;

f) Monta rotas ideais com base em menos distância, menor tempo, ou menor

custo total;

g) Monta rotas respeitando mãos de direção;

h) Registra as informações de clientes, entregas e rotas em base de dados;

i) Possui malha viária, com possibilidade de visualização dos mesmos através

de mapas vetoriais;

j) O sistema mostra que produtos devem ser retirados do armazém, como eles

devem ser separados, e a ordem ideal de carregamento nos veículos.

A mesma ferramenta possui como requisitos não funcionais:

a) A possibilidade de rodar em plataformas como Windows, Linux e Macintosh;

b) A arquitetura Cliente-Servidor, podendo ser instalado centralizadamente com

acesso Web;

c) Interface multiusuário.

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Em síntese esta solução traz além das funcionalidades básicas de um

roteirizador definida por Junior (2001), como malha viária previamente definida,

ponto de coletas e entregas, veículos que farão o transporte, restrições para malha,

veículos e nós, demanda de entrega e ou coleta que deve ser atendida pelos

veículos, respeitando as restrições. Outras soluções que fazem desta uma

ferramenta peculiar, que oferecem além do básico outras informações importantes

como relatórios que oferecem aos gestores uma visão mais detalhada quanto as

entregas de pedidos. Também determina a entrega de cada veículo, e de que forma

os pedidos devem ser carregados. A malha viária é fornecida e atualizada

constantemente pela própria empresa.

4.2 MapLink

Outra ferramenta que propõem traçar rotas é a MapLink, disponível em

(www.maplink.com.br), a mesma traz um diferencial pouco visto em ferramentas

roteirizadoras, a possibilidade de visualizar em tempo real o nível de tráfego nas

rodovias. A Figura 3, obtida do próprio site do fabricante, demostra esta

funcionalidade:

Figura 3 – Imagem da malha viária em um local da cidade de São Paulo, destacando

o nível de tráfego das rodovias

Fonte: Retirado do site www.maplink.com.br.

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Existem algumas variações de roteirizadores oferecidas pela empresa, a mais

simples oferece a possibilidade de contratar um web services com o propósito de

traçar um caminho por vez, sem integração com frota de veículos nem necessidade

de entrega de pedidos. Uma simples rota é traçada de um ponto inicial a outro

ponto, com a possibilidade de adicionar até 35 paradas. Nesta solução é possível

traçar a rota mais curta, a mais rápida ou o diferencial desta ferramenta, uma rota

que contorna o trânsito elevado ou seja, desviar o alto fluxo de veículos em uma

rodovia tornando o transito pesado no sentido de um volume, dificultando o

escoamento normal dos veículos sobre a rodovia.

Também são oferecidas outras duas soluções com o propósito empresarial, a

primeira delas é chamada de RUM – Roteirizador Urbano Multiponto, o qual possui o

foco principalmente na diminuição de custos e tempo com rotas de entrega, suas

principais funcionalidades são:

a) Traçar rota mais curta ou mais econômica, com até no máximo 35 paradas;

b) Cadastro de veículos, com possibilidade bem variada como carro, moto,

caminhão, além disso oferece a possibilidade de cadastrar a média de

combustível gasto por cada veículo, apresentado no final de cada rota o valor

gasto em combustível pelo veículo;

c) Ao cadastrar o veículo também podemos informar o número de eixos do

mesmo, dessa forma é possível calcular o valor a ser gasto com pedágios;

d) Também é possível registrar todas as rotas e endereços de visita;

e) Abrange as principais cidades do país;

f) Traça rotas somente dentro de um estado.

O RUM tem um foco bem definido em diminuir custos com rotas, abrangendo

várias questões que envolvem custo de transporte como gasto com combustível e

pedágios, cadastro de frotas, endereços de visita e registro de rotas realizados. Não

oferece nenhuma integração com pedidos, nem o que será carregado e como a

carga será organizada.

Quanto os requisitos não funcionais:

a) Ferramenta on-line funciona através do navegador web, o que torna a

ferramenta independente de plataforma;

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b) Utiliza abstratamente mapas para informar ao usuário o trajeto a ser seguido

e as paradas a serem realizadas.

A outra solução disponível pela mesma empresa é a RTM – Roteirizador

Multiponto de Transportes o qual é semelhante ao RUM, com as mesmas

funcionalidades e propósito de diminuir custos com rotas mais eficientes, de menor

caminho ou menor tempo, cálculo de custo com combustível e pedágio, cadastro de

veículos, pontos visitados e histórico de rotas. O que o torna diferente é a

possibilidade de obter informações mais detalhadas de cada trecho que está sendo

percorrido como cidade, local e postos de combustível. Quanto a área de

abrangência, o seu foco não são apenas localidades mas também rotas que cruzam

rodovias entre estados.

De forma análoga ao RUM, o RTM ao criar um trajeto é necessário informar

um ponto de origem e um ponto de destino, com a possibilidade de adicionar a este

trajeto até 35 pontos de visita, conforme ilustração da Figura 4.

Figura 4 – Criando uma nova rota, inserindo ponto de origem e destino com pontos

de visita

Fonte: Retirado do software RTM.

Após o cadastro dos pontos, a próxima etapa de acordo com a ilustração da

Figura 5, é informar ao usuário da ferramenta o trajeto a ser percorrido, através de

um mapa destacando as rodovias utilizadas, informando o ponto de origem, destino

e paradas entre o trajeto. Também traz informações relevantes de estado das pistas,

nomes das mesmas, estados e cidades a serem trafegadas.

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37 Figura 5 – Ilustração do trajeto a ser percorrido com a solução RTM

Fonte: Retirado do software RTM.

Também são apresentados aos usuários informações relevantes referentes a

rota escolhida, como gastos com combustível e pedágios, tempo de percurso e

distância percorrida, conforme ilustração da Figura 6.

Figura 6 – Ilustrando os resultados obtidos após o cálculo da rota

Fonte: Retirado do software RTM.

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Essas soluções oferecidas pela empresa MapLink trazem além a solução de

traçar rotas de menor caminho ou tempo, o diferencial de evitar trânsito, o que em

grandes centros torna-se útil, devido ao grande tempo perdido em engarrafamentos.

Através de rotas que acabam desviando vias com um fluxo pesado de veículos, por

vezes congestionada, é possível evitar a perda de tempo com rotas mais rápidas,

mas por vezes mais longas que acabam trazendo um gasto maior de combustível.

Outro ponto interessante destas ferramentas em específico a solução empresarial é

o cálculo de gastos, que envolvem combustível e pedágios.

4.3 TrackRoad

Como conseguinte temos uma ferramenta de roteamento internacional,

conhecida como TrackRoad (www.trackroad.com), ela propõe oferecer a melhor rota

entre um ponto de partida e chegada, com inúmeras paradas intermediárias, com

base em fatores como caminho mais rápido, velocidade média do veículo,

capacidade de carga, peso, número máximo de paradas, com o foco na minimização

de tempo. Não só realiza a melhor rota para um veículo como também para uma

frota, selecionado entre a frota os melhores veículos para realizar determinado

roteiro.

Esta ferramenta possui em seu cadastro de veículos a possibilidade de

informar o número máximo de horas de utilização para transporte por veículo a cada

dia, o número máximo de pontos a serem visitados por roteiro. Levando em

consideração estes parâmetros é possível chegar a um resultado mais próximo do

real. Além de informar número máximo de horas trabalhadas por dia e pontos a

serem visitados por rota, também é possível informar o tempo gasto em cada

parada.

Tendo em mãos estes parâmetros, o TrackRoad irá formar rotas para a frota

disponível com tempos aproximados, para que seja possível atender todos os

pontos em tempo hábil, sem que seja necessário sobrecarga de trabalho de um

veículo e ociosidade em outro.

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Não menos necessário, existe um cadastro de paradas, que é muito

semelhante a uma cadastro de pedidos, nele é possível informar, endereço,

necessidade em toneladas, caixa ou volume, e caso seja preciso que esta entrega

seja efetuada por um veículo em específico, podemos vincular o mesmo ao pedido.

Outra informação importante disponível neste cadastro é a hora em que a entrega

deve ser efetuada, e o tempo gasto na parada, estas informações são importantes

para transportadoras que trabalham com prazo de entrega em nível de horário.

Com as informações de paradas e veículos cadastrados, é possível gerar as

rotas de entrega levando em consideração os seguintes parâmetros:

a) Minimizar Tempo: Cria a ordem de entrega com o menor tempo

necessário para realizar a mesma;

b) Mesma Ordem: Respeita a ordem de entrega pelos horários;

c) Seleção de Prioridade de Otimização: Possui as seguintes opções de

seleção:

c.1) Paradas: Número de paradas para as rotas;

c.2) Distância: A menor diferença entre distancia percorrida comparando

as rotas;

c.3) Horas: O tempo mais parecido comparando as rotas;

c.4) Região Única: Roteiro em uma região em específico;

c.5) Região Múltiplas: Roteiro que ultrapassa os limites das regiões;

c.6) Automático: O próprio programa se encarrega de escolher a

configuração mais adequada.

A Figura 7 demonstra claramente a interface do programa, na parte esquerda,

superior, é possível cadastrar os veículos com os dados descritos anteriormente, já

abaixo a esquerda são cadastradas as paradas, as quais também foram explicados

anteriormente. Ao centro da tela encontra-se um mapa, e sobre ele, em destaque, a

rota ou caminho indicado pelo software como o melhor caminho, indicando também

o ponto de partida, chegada e paradas, e sobre o alto da tela estão disponíveis as

preferências para interagir com a rota gerada.

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40 Figura 7 – Imagem da interface do Roteador TrackRoad

Fonte: Retirado do software TrackRoad.

Após as rotas serem geradas, as mesmas são vinculadas a um caminhão.

Selecionando o caminhão é possível visualizar no mapa bem ao centro, o ponto de

partida, chegada e as paradas a serem realizadas. À direita estão as paradas

vinculadas a rota selecionada.

Na borda superior da interface do software existem abas, a aba Get Directions

traz informações mais detalhadas do ponto de partida, chegada e paradas, como

endereço e tempo estimado entre um intervalo de parada e parada. A próxima aba

chamada Grid View traz informações mais detalhadas do trajeto a ser realizado pelo

motorista como, estradas, localidades, em que momento o motorista deve fazer uma

conversão a esquerda ou direita, em suma informações necessárias para o

motorista que está conduzindo o veículo, sua funcionalidade é muito parecida com a

de um GPS. E a última aba Pending Route somente destaca o caminho a ser

percorrido no mapa.

Além destas funcionalidades também é possível importar através de um

arquivo de extensão .csv ou .xls informação de cadastro de paradas ou veículos.

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41 Caso o usuário tenha as informações em planilha o cadastro torna-se muito mais

prático e rápido.

Entre outra funcionalidade que não enquadra-se como funcional, destaca-se a

intuitividade de uso do sistema, apesar de ser totalmente em inglês sem opção em

outras línguas, uma pessoa que possui um conhecimento mínimo de inglês

consegue trabalhar na ferramenta e compreender o que o mesmo traz de resultado.

A ferramenta é independente de plataforma, acessível através de um

navegador web, necessita somente de um dispositivo, que tenha possua um sistema

operacional com um navegador web instalado, conectado à Internet.

Umas das peculiaridades que devem ser destacadas desta ferramenta é que

a mesma não comporta mais de uma rota por veículo, caso esse requisito seja

necessário, neste caso outra rota precisará ser gerada em um processo a parte no

sistema.

Desta forma conclui-se que esta ferramenta engloba várias situações que

formam um cenário do transporte, como tempo, tanto de entrega como de demora

de deslocamento, peso e volume tanto de pedidos como a capacidade máxima de

cada veículo. Mas o que a destaca das outras ferramentas é a possibilidade de

priorização de otimização, caso o usuário precise otimizar tempo, o software se

ajusta para que de acordo com as paradas especificadas os veículos façam as

entregas em menor tempo, como também para paradas, distância entre outros, ou

seja, o software se adequa as necessidades do cliente.

4.4 RoadShow

Outro produto disponível comercialmente é o RoadShow, desenvolvido pela

empresa RoadShow Internacional Inc. (www.routing.hospedagememsites.ws/

roadshow), atuando no mercado desde 1985 com sede em Maclean, Virginia nos

Estados Unidos e distribuída no Brasil pela empresa Routing System desde 1993. A

ferramenta tem o propósito de determinar a melhor rota de distribuição,

possibilitando ao cliente escolher a origem, destino e o tipo de rota, trazendo os

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42 benefícios de agilizar o atendimento, orientar o motorista durante a rota e diminuir os

custos com o transporte.

O RoadShow tem como propósito otimizar a carga do caminhão levando em

consideração o peso e volume dos pedidos, obedecendo regras como horário de

entrega do ponto de entrega e tempo de trabalho do ponto de entrega, jornada de

trabalho da equipe de da equipe de entrega como também limites de peso e volume

dos caminhões.

Figura 8 – Cadastro de clientes, vista diretamente em mapa pelo sistema RoadShow

Fonte: Retirado do software RoadShow.

Diferentemente das ferramentas TrackRoad e MapLink, o RoadShow por ser

uma ferramenta antiga, criada antes mesmo do conceito de manipulação das

informações utilizando um navegador web, o mesmo não oferece interface web,

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43 somente computadores de mesa, o que obriga o usuário utilizar uma plataforma de

sistema operacional específica para qual foi projetado.

Como premissas o software precisa ser informado dos pontos de entrega e

horário dos mesmos, cadastro dos veículos, com suas capacidades de transporte,

como também pedidos a serem entregues a cada ponto de entrega. Utiliza mapas

como forma de representar as rotas com níveis regionais, de ruas e avenidas.

No cadastro de clientes, além de informar as informações mínimas como

Nome, RG, CPF, são solicitadas informações como horários de abertura,

fechamento, horários de inconveniência, tempo de espera, tempo de conferência do

pedido tempo de recebimento do valor da entrega, capacidade de peso e volume

comportada pelo cliente. Na Figura 8, os clientes cadastrados são representados por

pontos sobre o mapa.

Além de cadastro de clientes existe também um cadastro trivial de produtos,

com informações básicas como pesos e volumes relativos.

Não menos importante os veículos que farão o transporte também são

cadastrados ao sistema como as informações de capacidade, jornada de trabalho,

custo por quilômetro e custo da hora extra.

No momento de gerar as rotas são levados em consideração tempo em rota,

capacidade de volume do caminhão, capacidade de peso do caminhão, tempo de

serviço do ponto de venda, tempo de jornada de trabalho do veículo.

O sistema RoadShow, apesar de ser uma ferramenta construída a vários

anos, ainda permanece em atividade, sendo comercializada e atendendo as

necessidades. Quanto as funcionalidades, a ferramenta oferece uma variedade de

possibilidades de parâmetros úteis ou de informações a serem considerados no

momento de realizar a rota que melhor simula a realidade, como o cadastro de

horário de funcionamento dos clientes, horários inadequados para o cliente, tempo

de espera e descarregamento, volume e peso comportado pelo cliente, horários de

transporte de cada caminhão e valor de despesa por quilômetro de cada veículo.

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4.5 Comparativo entre as ferramentas

Após uma análise individual de cada ferramenta, destacando o propósito, as

principais funcionalidades que envolvem a roteirização, a maneira que cada solução

obtém as informações e as utiliza para gerar rotas eficientes, uma comparação foi

realizada e apresentada na Tabela 1, a qual traz as funcionalidades que cada

ferramenta comporta, e de forma agrupada realizar uma análise mais direta e

simplificada.

Tabela 1 – Comparativo das funcionalidades das ferramentas roteirizadoras

Análise das Funcionalidades

Funcionalidade BR Express

MapLink TrackRoad RoadShow

Diferentes tipos de veículos X X X X

Coleta de entregas X X

Janelas de tempo: horário pré-determinado por um cliente para o recebimento de mercadorias

X X X

Tempos de carga e descarga X X X

Velocidades variáveis X

Limite de peso e volume X X X X

Múltiplos compartimentos por veículo X X

Duração máxima do roteiro X X X

Horários de início e término de viagem X X X

Restrição de tamanho de veículo e equipamentos para um cliente

X X X

Mais de um roteiro por veículo (quando veículo retorna cedo à base)

Informações da situação das rodovias X

Multiplataforma X X X

Sistema Web X X

Módulo de um sistema de gestão X

Fonte: Elaborado pelo Autor (2013).

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Através desta tabela é possível verificar que todas as ferramentas

disponibilizam o recurso de gerar rotas levando em consideração uma frota

homogênea, como também um limite de peso e volume para os veículos que farão o

transporte.

Já as ferramentas BR Express, TrackRoad e Road Show comportam quase

que igualmente a maioria das funcionalidades de coleta de entregas, janelas de

tempo, horários de entregas entre outras, as quais são levadas em consideração no

momento de gerar as rotas com eficiência.

Outra funcionalidade interessante e que torna a ferramenta MapLink diferente

das demais é o monitoramento do fluxo de veículos na malha viária, essa opção

torna-se interessante para empresas que trabalham em grandes centros e que

precisam ganhar tempo no transporte. A mesma possibilita gerar rotas desviando

fluxos pesados de veículos, trazendo a vantagem de diminuir o tempo sem visar

custos.

Por fim é importante salientar a independência quanto as plataformas de

sistemas operacionais Linux, Windows e Mac Os, as quais somente as ferramentas

MapLink e TrackRoad apresentaram estes requisitos por serem ferramentas Web, já

a ferramenta BR Express, está disponível nas principais distribuições de sistemas

operacionais como Linux, Windows e Max OS, por ser desenvolvido na linguagem

de programação Java. A ferramenta RoadShow pode ser considerada como a

ferramenta menos compatível, pois está disponível somente para uma família de

sistema operacional proprietário.

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5 FERRAMENTAS DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO

Como apoio ao desenvolvimento da solução proposta, o uso de ferramentas

com diversas finalidades é essencial, as quais de maneira reunida possibilitam

modelar e organizar as informações de acordo com a necessidade dos usuários,

auxiliando na tomada de decisão.

5.1 Google Maps

Em fevereiro de 2005 a empresa Google lançou a ferramenta Google Maps,

desde então vem tornando-se um dos sistemas integrados de gestão mais utilizados

no mundo, permitindo que seus usuários marquem locais importantes, compartilhem

vídeos, fotos com outros usuários da mesma ferramenta (NETO, 2009).

Além de disponibilizar informações de locais, vídeos, fotos compartilhadas por

outros usuários, a ferramenta Google Maps, traz outras funcionalidades como

pesquisas de locais, rotas entre um ponto de origem e destino, como também

imagens panorâmicas de locais. Muitas destas informações são organizadas em

forma de marcadores sobre mapas, mapas estes que podem sofrer variações de

acordo com a necessidade do usuário como, mapas geradas através de fotografias

de satélites, transito, altitude, entre outras (GOOGLE, 2013).

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Devido a não ser de código aberto, desvantagens como inserção e

tratamentos de dados ambientais fazem desenvolvedores abandonar a utilização da

mesma em seus sistemas. Para suprir esta necessidade a Google disponibilizou

gratuitamente uma API (Interface de Programação de Aplicativos), tornando possível

que qualquer utilizador de informações geográficas possa incluir em seus sistemas

web mapas baseados no próprio Google Maps (NETO, 2009).

5.2 GPS

O GPS (Global Position System),faz uso de tecnologias de satélites para

informar com precisão onde estão posicionados não só veículos, mas qualquer meio

que utiliza essa ferramenta, O sistema de posicionamento global foi colocado em

órbita pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, utilizando 24 satélites que

orbitam em uma altitude de 18.000 km acima da Terra, fornecendo posição espacial

e temporal para veículos e navios (FOROUZAN, 2004).

De acordo com Forouan (2004), a triangulação faz do GPS uma ferramenta

tão útil, ou seja, encontrando a distância relativa a três pontos fixos, é possível

descobrir o ponto exato da localização de um ponto D. Por exemplo, se este ponto D

estiver a 10 km de um ponto A qualquer, 12 km do ponto B e 15 km do ponto C,

criando um círculo centrado nos ponto A, B e C, estes três círculos interceptam-se

num único ponto: sendo possível encontrar o local em o ponto D está posicionado. A

Figura 9 ilustra o conceito.

Os satélites presentes no sistema GPS tiveram suas órbitas planejadas de

maneira que em qualquer tempo, quatro satélites são visíveis de qualquer ponto da

Terra. O receptor GPS possui um conjunto de dados que informa a posição atual do

satélite e envia um sinal aos quatro satélites visíveis por ele, e mede quanto tempo o

sinal leva para retornar. Desse modo o aparelho receptor determina sua posição

sobre a Terra (FOROUZAN, 2004).

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Figura 9 – Esquema de triangulação utilizados pela tecnologia GPS

Fonte: Adaptado de Forouzan (2004).

5.3 Algoritmo de Haversine

O algoritmo de Haversine, em poucas palavras, representa um cálculo que

retorna em metros a distância entre dois pontos no globo terrestre, fazendo uso das

coordenadas latitude e longitude para identificar os pontos. Este cálculo é feito sobre

a base de uma terra esférica (ignorando efeitos elipsoidais), ou seja, a menor

distância ao longo da superfície da Terra ignorando quaisquer colinas, morros,

elevações ou montanhas (VANESS, 2013).

O seguir o algoritmo representado, aonde φ é latitude, λ é longitude, R é o

raio da Terra (raio médio = 6,371 km):

a = sin²(∆φ/2) + cos(φ1).cos(φ2).sin²(∆λ/2)

c = 2.atan2(√a, √(1−a))

d = R.c

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49 Figura 10 – Trecho de código retirada da ferramenta RotaRohr, baseado no

algoritmo de Haversine

Fonte: Retirada da ferramenta RotaRohr, adaptado do algoritmo de Haversine.

A Figura 10, demonstra em um trecho de código, como o cálculo Haversine

pode ser resolvido, recebendo como parâmetros a latitude e longitude de dois

pontos, e retornando em metros a distância entre os dois pontos.

5.4 Cron

De acordo com Neves (2009), a cron é uma aplicação, utilizada para agendar

a execução de tarefas administrativas, presente no Sistema Operacional Linux.

Cada usuário pode criar sua relação de tarefas, esta relação pode ser acessada

através do diretório /var/spool/cron/Login_do_Usuário.

A cron oferece inúmeras facilidades para agendar tarefas repetitivas, as quais

podem ser executadas a qualquer dia, hora, em um determinado momento, tarefas

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50 como execução de programas (normalmente scripts em Shell), que podem vir a ser

por exemplo, cópias de segurança, pesquisas e eliminação de links quebrados

(NEVES,2009).

Seguindo o conceito de cron, definido por Neves (2009), a mesma é

organizada em forma de tabela, sendo que cada linha representa a execução de um

programa. Dentre estas linhas existem seis colunas as quais representa variáveis

que determinam quando e qual programa que será executado, conforme

especificações a seguir:

• Primeiro Campo: Minuto, pode variar de 0 até 59;

• Segundo Campo: Hora, pode variar de 0 até 24;

• Terceiro Campo: Dia do mês, pode variar de 1 até 31;

• Quarto Campo: Mês, pode variar de 1 até 12;

• Quinto Campo: Dia da semana, pode variar de 0 até 6;

• Sexto Campo: Diretório do programa a ser executado como

“/var/www/html/Roteirizador/AtualizaDistancias.php”.

5.5 Linguagens de programação

Uma linguagem de programação consiste em um conjunto de representações

ou regras utilizadas para criar programas e por meios delas estabelecer uma

comunicação com o computador, de modo que o mesmo compreenda e execute o

que for determinado. A linguagem que será utilizada para implementar a ferramenta

roteirizadora é a linguagem PHP, que significa Hypertext Preprocessor, uma

linguagem de script de código aberto, utilizada para o desenvolvimento de

aplicações web. Além do PHP serão utilizadas outras tecnologias como HTML,

JavaScript, CSS para desenvolver a solução roteirizador, as quais serão melhor

detalhadas ao decorrer deste capítulo (BEHAR, 2004).

Segundo Behar (2004), a linguagem PHP possui como vantagens:

simplicidade, velocidade, segurança, facilidade de configuração e estabilidade,

utilizando seu próprio sistema de administração, possuindo um método sofisticado

para trabalhar com variáveis.

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A linguagem de programação chamada de PHP é considerada como uma das

mais versáteis e poderosas ferramentas de desenvolvimento, reduzindo a

quantidade de conhecimento necessário, diminuindo a complexidade do processo de

produção de páginas dinâmicas (BRUNO, ESTROZI, NETO, 2010).

A linguagem PHP pode ter seu código embutido à linguagem que define as

páginas web, conhecida como HTML (Hyper Text Markup Language), ou seja

Linguagem de Marcação de Hipertexto. A linguagem HTML basicamente consiste

em marcações ou etiquetas, que envolvem o texto ou elementos da página e define

de que forma as mesmas serão apresentadas (W3C, 2002).

De acordo com a W3C (2002), a linguagem HTML foi criada com o objetivo de

divulgar conteúdos, mas nunca pensou-se que chegaria a ser uma ferramenta de

caráter multimídia. Com o passar dos anos foram agregadas e aprimoradas funções

para corrigir deficiências. Algumas das deficiências tiveram que ser corrigidas com a

introdução de outras tecnologias como JavaScript e CSS.

A linguagem JavaScript segundo a W3C (2002), é a linguagem mais popular

do mundo, uma linguagem de programação para Web, disponível para servidores,

desktops, laptops, e dispositivos móveis. O JavaScript é uma linguagem de

programaçã, que poder ser inserida na marcação HTML e executada pelo

navegador. Trata-se de trechos de código chamados scripts, executados do lado do

cliente, suportados e processados pelo navegador, resultando em dinamismo e

interatividade para as páginas Web (W3C, 2002).

Já o CSS (Cascading Style Sheets) é um mecanismo criado para adicionar

estilo como por exemplo fontes, cores e espaçamentos para as páginas Web

adicionando estilos de forma organizada e de fácil manutenção, ou seja, definem

como exibir os elementos HTML. Esses estilos podem ser inseridos diretamente ao

código HTML, ou de forma mais organizada e desejável, podem ser adicionados em

arquivos externos e importados nos arquivos HTML, com o objetivo de diminuir o

trabalho no momento de aplicar ou ajustar os efeitos em cada elemento,

centralizando os parâmetros de efeitos em um só arquivo para cada elemento

HTML, ao invés de aplicar em cada elemento em específico caso fosse embutido ao

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52 HTML, é possível obter vantagens em organização, padronização e tempo (W3C,

2002).

5.6 Metodologias

Através da linguagem PHP, será aplicado o paradigma de Programação

Orientada a Objetos, o qual faz uso de classes e objetos, ou seja, uma forma mais

próxima de organizar e expressar através da programação os elementos. A

modelagem dos dados e operações sobre os dados em um programa de

computador permite o processamento de forma coesa, rápida e menos suscetível a

erros (SANTOS, 2003).

A metodologia orientada a objetos, possui a característica de ser codificado

facilmente quando comparada com outras metodologias de programação. Esta

metodologia propicia a facilidade do desenvolvedor criar componentes reutilizáveis,

para isto, a orientação a objetos disponibiliza conceitos como classes, objetos,

interfaces, atributos e métodos (SANTOS, 2003).

O conceito definido por Booch (2007) para Programação Orientada a Objetos

é um método de implementação no qual, programas são organizados como coleções

cooperativas de objetos, cada um representando uma instância de alguma classe, e

estas classes são todos membros de uma hierarquia de classes unidas via

relacionamentos de herança.

A arquitetura da ferramenta também utilizará a distribuição das classes pelo

modelo MVC (Model, View, Controller), cuja a ideia é separar o desenvolvimento de

uma aplicação nestas três camadas. Dessa forma é possível organizar o trabalho,

isolando a responsabilidade do arquiteto de banco de dados, do responsável pelo

layout, assim como o profissional que for responsável por programar as regras de

negócios terá classes isoladas para trabalhar. Desta forma nenhum desenvolvedor

precisará envolver-se nas classes do outro (MINETTO, 2007).

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53 Figura 11 – Ilustra o fluxo das informações no modelo MVC (Model, View, Controller)

Fonte: Adaptado de Minetto (2007).

O diagrama apresentado na Figura 11 demonstra uma estrutura dividida em

Model, View, Controller. A camada View é utilizada para formalizar uma

apresentação direta com o usuário que pode ser chamada de layout, a Model

formaliza uma conexão direta com o Banco de Dados e a Controller controla o fluxo

das mensagens entre as camadas View e Model (MINETTO, 2007).

5.7 Framework Core

O Framework Core é uma ferramenta criada pela Adianti Solutions, que

aumenta a produtividade no desenvolvimento de novas aplicações. É composto de

uma série de classes que aceleram tarefas cotidianas relacionadas à persistência,

lógica de negócios e interfaces de apresentação. É uma ferramenta moderna

desenvolvida na linguagem PHP, observando as melhores práticas da engenharia

de software como a utilização de orientação a objetos, a modularidade, separação

de aspectos (abstração) e a reutilização, sempre utilizando de padrões

estabelecidos (design patterns) (DALL'OGLIO, 2012).

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54 5.8 Base de dados

Outro tipo de ferramenta extremamente útil em desenvolvimento de

programas, são os bancos de dados, que possuem o propósito de organizar e

armazenar as informações em arquivos que podem ser recuperados posteriormente.

Para o desenvolvimento da ferramenta roteirizadora, será utilizado o banco de dados

relacional chamado de PostgreSQL.

De acordo com a documentação do PostgreSQL a ferramenta foi criada pelo

departamento de Ciência da Computação da Universidade da Califórnia em

Berkeley, com o objetivo de ser um sistema gerenciador de banco de dados, ou seja,

um sistema computadorizado responsável por manter registros de arquivos, fazendo

com que o usuário da informação manipule-as (DATE, 2000).

O SGBD (Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados) PostgreSQL faz

uso da metodologia objeto-relacional. Um banco de dados objeto-relacional em sua

estrutura básica é uma coleção de tabelas, todas com nomes únicos, que compõem

a base de dados, podendo estar relacionada a uma ou mais tabelas. Conceitos

como integridade referencial de dados, que garantem que um dado referenciado em

uma tabela esteja presente na tabela que está sendo referenciada, e chaves

primárias, estão presentes e garantem que um conjunto de informações possa ser

representado de maneira consistente, independente da forma de acesso

(BOSCARIOLI, 2006).

5.9 Programação linear

A programação linear é considerada uma técnica para solucionar problemas

de alocação de recursos. Problemas desse tipo dizem respeito à atribuição e

distribuição de recursos entre as diversas tarefas ou atividades. Normalmente os

recursos disponíveis não são suficientes para que todas as atividades sejam

executadas no nível mais elevado que se possa desejar. Assim, o que procura-se,

nesses casos, é encontrar a melhor distribuição possível dos recursos, entre as

diversas tarefas ou atividades, de forma a atingir um valor ótimo do objetivo

estabelecido (ANDRADE, 2000).

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Assim, para Andrade (2000), esse tipo de problema é caracterizado pelos

seguintes fatos:

a) Existência de um objetivo que pode ser explicitado em termos das variáveis

de decisão do problema;

b) Existência de restrições à aplicação dos recursos, tanto com relação às

quantidades disponíveis quanto à relação à forma de emprego;

c) Outra característica desse tipo de problema é que ele pode ser representado

por um modelo de otimização, onde todas as relações matemáticas são

lineares.

Pesquisas efetuadas em empresas que utilizam a Programação Linear com o

objetivo de encontrar lucro máximo e custo mínimo, apresentaram uma redução de

custos que enquadra-se na faixa entre 1% e 5%, o que para grandes empresas pode

significar muito dinheiro. Para atingir esta economia, diversas empresas têm

aceitado investir uma pequena fração deste valor na contratação de profissionais

qualificados e na compra de computadores poderosos (PRADO, 1999).

Conforme Lachtermacher (2002) quando os gerentes sentem-se pressionados

em tomar uma decisão na qual deve ser levado em consideração uma série de

alternativas conflitantes e concorrentes, duas opções básicas se apresentam:

a) Usar a sua intuição gerencial;

b) Simular diversos cenários do problema de maneira a estudar mais

profundamente o mesmo.

Recentemente a primeira opção, constituía-se na única alternativa viável,

visto que não existiam nem dados e/ou informações sobre os problemas, muito

menos poder computacional para resolvê-los. Com o surgimento dos

microcomputadores e o aprimoramento da tecnologia de banco de dados, a segunda

opção passou a ser inviável e cada vez mais empresas e tomadores de decisão

começaram a optar pela segunda forma de tomada de decisão, isto é, através da

elaboração de modelos para auxiliar este processo (LACHTERMACHER, 2002).

A Modelagem Matemática por sua vez é o processo que envolve a obtenção

de um modelo e para elaborar um modelo, é necessário além de conhecimento

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56 matemático, ter uma intuição significativa, criatividade, saber discernir que conteúdo

matemático melhor adapta-se ao problema e também ter senso lúdico para jogar

com as variáveis envolvidas (LACHTERMACHER, 2002).

5.9.1 Modelos matemáticos

Conforme Biembengut (1999) na ciência, a noção de modelo é fundamental,

em especial a Matemática, devido a sua arquitetura, permite a elaboração de

modelos matemáticos, possibilitando uma melhor compreensão, simulação e

previsão do fenômeno estudado.

Segundo Lachtermacher (2002) existem diversas vantagens que podem ser

citadas quando o decisor utiliza um processo de modelagem para a tomada de

decisão:

a) Forçar os decisores a tornarem claros seus objetivos. Os modelos forçam a

identificação e o armazenamento das diferentes decisões;

b) Forçam a identificação e o armazenamento dos relacionamentos entre as

decisões;

c) Forçam a identificação das variáveis, e em que termos elas serão

quantificáveis;

d) Forçam o reconhecimento de limitações;

e) Permitem a comunicação de suas ideias facilitando o trabalho em grupo.

De modo geral os modelos podem ser utilizados como ferramentas

consistentes para a avaliação e a divulgação de diferentes políticas empresariais.

Segundo Morreti (2010) um modelo matemático que vise maximizar ou

maximizar um problema pode ser formalizado da seguinte forma:

Maximizar / Minimizar f(x)

sujeito a:

g(x)≥a

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h(x)≤b

s(x)=c

i<x<u

Para Morreti (2010) a função f(x), pode ser linear ou não, que será otimizada

de forma a maximizar ou minimizar os resultados respeitando restrições que devem

ser levados em consideração, tais como condições de igualdade e maioridade. As

classificações para os modelos são descritas a seguir.

5.9.1.1 Na existência de restrições

a) Otimização Irrestrita: Não existem condições a serem levadas em

consideração no momento de otimizar uma função. Um exemplo desta

otimização e a necessidade de se deslocar de sua casa até o trabalho,

perante várias possibilidades escolher o menor caminho;

b) Otimização Restrita: Existem condições que necessariamente devem ser

levados em consideração no momento de otimizar uma função. Seguindo o

exemplo anterior, seria a mesma situação do menor caminho entre vários com

evitando passar por uma área considerada perigosa.

5.9.1.2 De naturezas variáveis

a) Modelos Discretos: A área a ser levantada para análise tem um número

discreto de alternativas. Um exemplo disso e o tempo que pode ser discreto

ou contínuo, dependendo da situação a que ele é empregado. Para situações

discretas podemos exemplificar com cálculos para determinar o aumento de

população de um certa espécie, o qual se dá a passos discretos devido o

aumento da mesma se propagar em épocas especiais do ano;

b) Modelos Contínuos: A área atingida é constante, ou seja, não existem

restrições de integralidade sobre as restrições de decisão. Seguindo o

exemplo de tempo anterior mencionado, podemos utilizar para modelos

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contínuos, casos de cálculos de juros simples ou compostos, o tempo sempre

é um inteiro positivo, como dias, meses ou anos.

5.9.1.3 Natureza das restrições e função objetivo

Segundo Morreti (2010) as naturezas das restrições e função objetivos podem

ser categorizadas em:

a) Otimização Não-Linear: Quando uma função objetiva ou uma restrição da

mesma não for linear, ou seja, que não tenha um único sentido, o modelo

adequado é não-linear e a resolução computacional é complexa. Caso haja,

informações como função (convexa/côncava, diferenciável ou não), então a

eficiência pode aumentar, de outra forma pode ser muito custoso resolver

modelos não-lineares;

b) Otimização Linear: Caso a função objetivo ou as restrições das mesmas

forem lineares, o método de resolução torna-se mais eficiente e para resolver

estes tipos de problemas existem vários métodos.

5.9.1.4 Números de objetivos do modelo

Segundo Morreti (2010) o número de objetivos do modelo podem ser

categorizadas em:

a) Otimização Escalar: somente uma função objetivo a ser otimizada;

b) Otimização Multi-Objetivo: este método é utilizado quando existe mais de

um objetivo a ser otimizado, os quais podem ser conflitantes ou não-

comensuráveis. Para tais problemas existem técnicas de escalonamento, que

tornam os objetivos em um só, resultando um único problema escalar.

5.9.1.5 Dinâmica dos dados de entrada

Segundo Morreti (2010) a dinâmica dos dados de entrada podem ser categorizadas

em:

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a) Modelos Estatísticos: Utilizado para se ter uma visão superficial do sistema

modelado. Exemplo que pode ser citado para este caso é a de um gerente

que precisa saber quantas caixas precisa comprar para acomodar seus

produtos. Para este caso uma noção de quanto será produzido já é o

bastante, sem precisar realizar um plano de produção gerando muito tempo

para resolver o plano;

b) Modelos Dinâmicos: Quando se necessita de dados mais precisos. Como o

exemplo citado acima, seria necessário realizar um plano de produção, aonde

o tempo irá guiar todo o conjunto de condições do problema.

5.9.1.6 O processo de modelagem

Para realizar a modelagem de um problema, de ante mão é preciso observar

o sistema real e coletar dados de forma correta, como também o objetivo a ser

otimizado e de que maneira as restrições interagem com o objetivo. Com a função

objetivo definida, pode-se descrever o modelo matemático a ser validado, através de

cenários, que em seguida pode ser implementada e usada como ferramenta de

tomada de decisão (MORETTI A, 2010).

5.10 Grafos

Segundo Scheinerman (2003) um grafo literalmente pode ser visto como um

método utilizado para representar uma ideia ou um conceito de um relacionamento

entre duas grandezas, através de uma ilustração. Grafos podem tornar-se útil para

representar problemas que podem ocorrer no dia-a-dia, e uma forma de modelar e

formular problemas relacionados a grafos é através da modelagem matemática, que

descrevem os problemas simplificada, tornando compreensível mais facilmente.

A seguir o autor, de forma matemática descreve o que é um grafo:

Um grafo é um par G = (V,E), onde V é um conjunto finito e E é um conjunto

de subconjuntos de dois elementos de V (SCHEINERMAN, 2003).

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O seguinte exemplo ilustra de forma mais clara a definição de um grafo

segundo Scheinerman (2003):

G = ({1,2,3,4,5,6,7},{{1,2},{1,3},{2,3},{3,4},{5,6}}).

V = conjunto finito {1,2,3,4,5,6,7}, são os vértices do grafo.

E = conjunto que contém cinco subconjuntos de dois elementos de V

{1,2},{1,3},{2,3},{3,4} e {5,6}, portanto G = (V,E) é um grafo, também são chamadas

de arestas do grafo.

Esses grafos podem ser representados e compreendidos de maneira mais

fácil através de ilustração, aonde os vértices podem ser representados por pontos

(elementos de V), cada aresta é representada por uma curva ou traçado, exemplo

de E = {u, v}, traçamos a aresta e em curva unindo os vértices ou pontos que

representam u e v. A Figura 12 representa o grafo exemplificado.

Atualmente existem diversos grafos cada uma com um objetivo específico,

mas o que mais se aproxima da solução de caminho mais curto é o algoritmo de

Dijkstra, o qual de acordo com Carvalho (2002) é um dos algoritmos que torna

possível calcular o caminho de custo mínimo entre vértices de um grafo.

Figura 12 – Ilustração de um Grafo

Fonte: Adaptado de Scheinerman (2003).

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Conforme descrito anteriormente um grafo é determinado por G = (V,E) aonde

V são os vértices e E são as arestas, mas o diferencial deste grafo é que as arestas

possuem pesos o que torna ele um grafo ponderado. Isso que dizer que existe um

custo para percorrer o arco, de um vértice a outro. A Figura 13 representa um

conjunto de cidades ligadas por estradas e distâncias através de um grafo

(CARVALHO, 2002).

Figura 13 – Grafo ilustrativo de cidades conectadas por estradas

Fonte: Adaptado de Carvalho (2002).

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6 IMPLEMENTAÇÃO ROTAROHR

Com a proposta de resolver dificuldades enfrentadas por diversas empresas,

que utilizam o meio de transporte viário para escoar suas mercadorias, com

destaque uma empresa que possui algumas de suas filias no Vale do Taquari, que

não possui o propósito fim o serviço de transporte, mas utiliza a logística como meio,

foi desenvolvido um sistema informatizado chamado RotaRohr. O objetivo principal

da ferramenta de organizar de forma otimizada cargas fracionadas, diminuindo

custos e tempo, através de união de entregas visando a menor distância entre os

pontos de entregas, capacidade dos veículos, como também rotas com a menor

distância e tempo de deslocamento.

O sistema RotaRohr parte do princípio que existe uma frota de veículos, a

qual será encarregada de escoar as entregas e pedidos a serem entregues, além de

possuir dados relevantes ao local de entrega que serão levados em consideração

para realizar o cálculo de melhor junção de pedidos, criando uma rota, supondo que

exista somente um ponto de origem e vários pontos de destino, e veículos que

sejam projetados adequadamente para transportar os tipos de produtos.

Para realizar o cálculo de melhor união de pedidos, o sistema utiliza a

estrutura de grafo, sendo que os pontos de entregas são representados por vértices

e o tempo de deslocamento e quilometragem entre um vértice a outro serão

consideradas como pesos das arestas, as quais serão levados em consideração

para a análise da melhor união de pedidos.

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Portanto para carregar o grafo com informações de pontos de entregas é

utilizada a API da Google Maps, a qual disponibiliza através da rede mundial de

computadores (Internet) a informação do melhor trajeto viário entre dois pontos,

como também a quilometragem total e tempo de deslocamento.

Com o mapeamento das informações de arestas e vértices alimentando as

informações necessárias pelo grafo, será possível a junção de pedidos em uma

entrega levando em consideração a capacidade do veículo e a menor distância entre

os pontos de entrega, otimizando o tempo, fazendo o melhor aproveitamento da

capacidade do veículo e diminuindo gastos para realizar a entrega.

As entregas também são alocadas de acordo com a disponibilidade da frota

em número e capacidade. Ou seja, respeitando a capacidade de cada veículo, como

também o número de veículos disponíveis, sendo que existe a possibilidade de mais

de uma alocação de entrega para um veículo dentro de um período, respeitando o

máximo em quilômetros ou minutos que o veículo pode estar em serviço em um

período.

Também é necessário realizar o balanceamento das entregas de forma que

todos ou pelo menos a maioria esteja em atividade, e que consigam realizar todas

as entregas dentro do período estabelecido. Este balanceamento consiste em

organizar as cargas de forma que determinados veículos não tenham um acumulo

de viagens, e outros não tenham viagens ou poucos, realizando um equilíbrio de

entregas e evitando a ociosidade ou ineficiência nas entregas.

Com o propósito de organizar as entregas após a geração e finalização das

rotas, filas de entregas por veículo serão criadas, assim todo o itinerário do período

para o veículo será definido, respeitando somente o critério de urgência da rota

organizada desde a mais urgente até a menos urgente.

6.1 Requisitos funcionais

A seguir serão apresentados os requisitos funcionais, os quais descrevem

funções ou procedimentos que deverão ser implementadas na ferramenta RotaRohr.

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64 6.1.1 Requisitos funcionais do sistema roteirizador

Os requisitos funcionais do sistema RotaRohr estão divididos nas seguintes

categorias:

a) Cadastros:

RF01 – Cadastro de Tipos de Veículos

Cadastro de informações referentes a um tipo de veículo, como:

Capacidade.

Descrição.

Quilometragem máxima rodada em um dia.

Tempo máxima rodada em um dia.

Possibilitar consulta, inserção, alteração e exclusão dos registros.

Prioridade Complexidade Status Versão Autor

Alta Baixa Aprovado 1.0 Marcos

RF02 – Cadastro de Veículos

No momento de cadastrar os veículos, também será necessário informar, quais os

produtos que o mesmo pode carregar.

Cadastro de informações referentes a um determinado veículo da frota:

Placa.

Eixos.

Tipo de veículo.

Possibilitar consulta, inserção, alteração e exclusão dos registros.

Prioridade Complexidade Status Versão Autor

Alta Baixa Aprovado 1.0 Marcos

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RF03 – Cadastro de Cliente

No momento em que o cliente é gravado na base de dados, uma rotina de

população de dados geográficos será disparada, alimentando o grafo presente no

sistema com dados como estimativa de quilometragem, e tempo necessário para o

deslocamento do veículo do ponto de origem que neste caso é o próprio cliente,

representado por um vértice, a outros vértices já cadastrados representados por

clientes nas redondezas, ou seja, vizinhos clientes em potencial para uma futura

junção de pedidos, a aresta entre clientes recebe os pesos de quilometragem e

tempo, de um ponto a outro.

Cadastro de informações referentes a clientes como:

Nome.

Data de nascimento.

Sexo.

CPF.

RG.

Endereço.

Latitude.

Longitude.

Possibilitar consulta, inserção, alteração e exclusão dos registros.

Prioridade Complexidade Status Versão Autor

Alta Baixa Aprovado 1.0 Marcos

RF04 – Cadastro de Produtos

Cadastro de informações referentes aos produtos, como:

Descrição.

Possibilitar consulta, inserção, alteração e exclusão dos registros.

Prioridade Complexidade Status Versão Autor

Alta Baixa Aprovado 1.0 Marcos

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RF05 – Registro de Pedidos

Cadastro das informações referentes aos pedidos:

Cliente.

Produto.

Quantidade.

Data de Entrega.

Nível de Urgência.

Possibilitar consulta, inserção, alteração e exclusão dos registros.

Prioridade Complexidade Status Versão Autor

Alta Baixa Aprovado 1.0 Marcos

RF06 – Filas de Ordens de Carregamento

Serão criadas filas, aonde cada veículo terá sua própria fila, e nelas serão alocadas

as rotas definidas na etapa de geração de itinerários no dia selecionado. Estas filas

serão controladas pela própria aplicação, sendo que a ordem em que as rotas

serão alocadas dependerá do nível de urgência de cada carga, partindo da mais

urgente até a que possui menos urgência.

Figura 14 – Esquematização do processo de entrega de ordens de carregamento através

de filas por veículo

Fonte: Elaborado pelo próprio autor (2013).

Prioridade Complexidade Status Versão Autor

Média Média Aprovado 1.0 Marcos

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RF07 – Impressão das Ordens de Carregamento

No momento em que o transportador estiver a espera de uma ordem de

carregamento, o itinerário que estiver no início da fila do veículo, é impresso pelo

administrador e entregue ao motorista.

Nesta ordem de carregamento devem constar informações referente ao veículo, e

da carga como, clientes que serão atendidos, quais os produtos que serão

carregados para cada cliente, quantidade e endereço do cliente.

Prioridade Complexidade Status Versão Autor

Média Baixa Aprovado 1.0 Marcos

RF08 –Rotina de obtenção de dados viários

Com o intuito de atualizar ou até mesmo popular informações que ainda

encontram-se inexistentes devido ao processo de cadastro de clientes, o qual

somente popular na estrutura de grafo, arestas do ponto de origem, representado

pelo próprio cliente até o destino, representado pelo cliente em potencial para uma

futura junção de pedidos. O processo de retorno não é realizado, uma vez que

estas informações são obtidas com base na malha viária, e a mesma pode possuir

vias de somente um sentido.

Prioridade Complexidade Status Versão Autor

Média Alta Aprovado 1.0 Marcos

RF09 – Gerar Ordens de Carregamento

Este, pode ser dito como o coração do sistema, também o processo mais complexo

e custoso. É nele que serão realizados diversos cálculos, bom base nas

informações colhidas anteriormente, como distância e tempo, as quais serão

registradas em formato de grafo.

O processo de junção de pedidos, leva em consideração as seguintes restrições:

a) Junção de Pedidos: Partindo da premissa que não existirão pedidos maiores

que a capacidade do maior veículo, devido a um controle implementado na

aplicação, o sistema deve seguir as seguintes especificações no momento da

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junção das entregas;

b) Quando o pedido por si só não satisfazer a capacidade do veículo, unir duas ou

mais entregas levando em consideração a menor distância entre os pontos de

entrega e a capacidade do veículo, fazendo a busca na estrutura de grafo.

Inicialmente um pedido aleatório é selecionado, e os vértices de todos os clientes

que fazer ligação a esta aresta são organizados em ordem de distância, partindo da

menor para a maior, verificando se os clientes representados por estes vértices

possui pedidos.

Caso houverem clientes com pedidos na seleção das arestas, o primeiro cliente

com pedido, será o mais próximo, e o mesmo será alocado a carga, verificando é

claro se o veículo possuir capacidade para alocar a soma dos dois pedidos. Caso a

soma dos dois pedidos não atingir a capacidade da carga, um segundo cliente com

pedidos será selecionado, na estrutura de seleção de arestas, alocado a carga

respeitando sempre a capacidade do veículo, e assim sucessivamente até atingir a

capacidade do veículo ou ao final da seleção.

Caso a seleção chegou ao final e o veículo não atingiu sua capacidade, para estes

casos um veículo que estiver disponível, com capacidade menor é alocada.

c) Realizar a união de entregas da ordem dos veículos de maior porte, para os

menores;

d) Balanceamento de Ordens de Carregamento: Como existirão filas individuais

por veículo, as quais serão alocadas ordens de carregamento, se faz necessário

balancear as ordens em cada fila para que as mesmas não fiquem ociosas por um

período muito alto, e no pior caso, não seja possível atender aos pedidos no

período útil de um dia. Para ter este controle serão informados ao sistema um

tempo médio de carga, tempo médio de descarga, que quando somadas a

estimativa de tempo de deslocamento obtido através do grafo, é possível obter uma

estimativa de tempo para realizar as entregas. Também é possível obter as

estimativas de quilometragem, somando os pesos das arestas que serão

contemplados pela rota. Assim sendo é possível realizar um controle através de

alocação de cargas a cada fila de veículos, respeitando o máximo de tempo ou

quilometragem permitida, informado no cadastro de tipos de veículos

e) Alocar as Ordens para Cada Fila: Após serem calculadas as melhores rotas, e

alocadas aos veículos, serão formadas as filas para cada veículo e organizadas

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conforme a urgência de cada itinerário, do mais urgente até o menos urgente.

Prioridade Complexidade Status Versão Autor

Alta Alta Aprovado 1.0 Marcos

RF10 – Cadastrar Rota Manual

Possibilitar ao administrar criar rotas, selecionado veículos, pedidos e informando

urgência, e data de entrega, controlando é claro que a soma dos pedidos não

ultrapasse a capacidade do veículo. Este processo é claro que deve ser realizado

antes do fechamento de rotas do dia selecionado para a entrega.

Prioridade Complexidade Status Versão Autor

Baixa Média Aprovado 1.0 Marcos

RF11 – Administração das Ordens

Ao gerar as ordens de carregamento, a programação é fechada e a partir deste

momento não se torna possível alterá-las, passam ao estágio de carregamento das

mesmas. No momento em que uma rota ou ordem de carregamento é impresso, a

rota recebe uma data de carregamento, data esta do dia efetivamente que a carga

foi para carregamento, e seu status que antes era aguardando passa a ser em

andamento, e quando uma próxima rota é impressa a ordem passa a ter o status de

concluída.

A mudança de status, como informações sobre as cargas são disponibilizadas em

um painel ao qual possibilitar ao administrador visualizar as ordens de

carregamento.

Prioridade Complexidade Status Versão Autor

Alta Alta Aprovado 1.0 Marcos

RF12 – Visualizar Rotas em Mapa

Possibilitar o administrar visualizar em mapa o trajeto e os pontos de entrega a

serem realizados pela rota selecionada.

Prioridade Complexidade Status Versão Autor

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Baixa Média Aprovado 1.0 Marcos

6.2 Requisitos não funcionais

Da mesma forma que os requisitos foram organizados nos requisitos

funcionais, os não funcionais serão separados em software roteirizador e aplicativo

móvel.

6.2.1 Requisitos não funcionais do sistema roteirizador

Os requisitos não funcionais do sistema roteirizador estão divididos nas

seguintes categorias:

a) Linguagem e Banco de Dados

RNF01 – Linguagem

Linguagem de programação PHP.

Prioridade Complexidade Status Versão Autor

Média Média Aprovado 1.0 Marcos

RNF02 – Banco de Dados

PostgreSQL.

Prioridade Complexidade Status Versão Autor

Média Média Aprovado 1.0 Marcos

RNF04 – POO Programação Orientada a Objetos

Programação Orientada a Objetos.

Prioridade Complexidade Status Versão Autor

Média Média Aprovado 1.0 Marcos

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b) Usabilidade

RNF05 – Interface

Para o desenvolvimento desta ferramenta usaremos PHP embutido ao HTML,

dessa forma podemos utilizar a ferramenta através de um navegador, o que se

denomina como Web.

Prioridade Complexidade Status Versão Autor

Média Média Aprovado 1.0 Marcos

RNF06 – Intuitividade

O sistema deve ter uma boa usabilidade, com funções que sejam intuitivas.

Prioridade Complexidade Status Versão Autor

Média Média Aprovado 1.0 Marcos

c) Desempenho

RNF07 – Tempo de Resposta

O sistema não deve demorar a responder em suas requisições, exceto o

processo de gerar as ordens de carregamento, o qual por sua natureza e

complexidade exige um poder alto de processamento, mas esse tempo deve estar

dentro do esperado.

Prioridade Complexidade Status Versão Autor

Média Média Aprovado 1.0 Marcos

6.3 Modelagem

A seguir, fazendo uso do padrão UML (Unified Modeling Language), serão

modelados os diagrama de casos de uso e modelo de entidade relacional, será

detalhado a forma como a ferramenta RotaRohr será projetada.

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72 6.3.1 Diagramas de casos de uso

Com o propósito de trazer uma visão mais simplificada das funcionalidades do

ponto de vista do usuário, na Figura 15 temos um diagrama de casos de uso, que

descrevem como os atores interagem com a ferramenta RotaRohr, como também os

processos que a este software foram atribuídos.

Figura 15 – Diagrama de casos de uso do software roteirizador

Fonte: Elaborado pelo próprio autor (2013).

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73 6.3.2 Modelos de entidade relacional

Como forma de especificar a estrutura lógica das bases de dados, o diagrama

entidade relacional proporciona representar um modelo baseado na percepção do

mundo real, sendo que um conjunto de objetos são representados por entidades as

quais relacionam-se. Em uma analogia, pode-se conceituar entidade como uma

grande planilha, sendo que os campos são as colunas desta planilha, cada campo é

definido por um tipo de dado, podendo ser uma informação numérica, textual ou

lógica, por exemplo.

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74 Figura 16 – Ilustração da estruturação lógica da base de dados do sistema

roteirizador

Fonte: Elaborado pelo próprio autor (2013).

Na Figura 16 está representado a estruturação lógica do sistema RotaRohr, o

qual contempla as tabelas de vértices e arestas para que seja possível criar um

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75 grafo, como também cadastros básicos de veículos, usuários, permissões, produtos,

clientes e pedidos.

6.4 Implementação

A seguir, serão detalhados os métodos utilizados para a construção da

ferramenta RotaRohr, abordando assuntos como a usabilidade do sistema através

de demonstrações de telas, entradas e saídas oferecidas pelos processos, como

também lógicas e algoritmos utilizados para que seja possível desempenhar a

função de elaborar itinerários.

O sistema RotaRohr foi projetado para ser utilizado através de navegadores

de Internet, o que define ele como uma aplicação web, devido a utilização desta

estrutura, torna-se necessário a utilização de linguagens de programação

interpretadas por estes navegadores. No entanto para esta aplicação foram

utilizadas as linguagens HTML, CSS, JavaScript, interpretadas pela grande maioria

dos navegadores, tornado as informações facilmente compreensíveis pelo usuário.

Mas como linguagem de programação principal, que definem as políticas e

transformam dados brutos em informações de tomada de decisão, foi utilizada a

linguagem PHP.

Entretanto para tornar a implementação da ferramenta mais ágil, através de

funções genéricas já abstraídas, utilizou-se o framework Core, juntamente com a

linguagem de programação PHP e metodologia orientada a objetos, a qual o

framework designa-se.

Como a maioria das aplicações que manipulam informações existentes hoje,

um (SGBD) Sistema Gerenciador de Banco de Dados é essencial para controlar e

armazenar de forma eficiente as informações. E para o desenvolvimento da

ferramenta RotaRohr, foi adotado o SGBD nomeado de PostgreSQL.

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76 6.4.1 Funções

Nesta seção serão apresentadas as funções disponíveis pela aplicação

RotaRohr categorizadas em cadastros e processos, fazendo o uso de imagens

retiradas da própria ferramenta, facilitando a compreensão da essência e objetivo

dos processos.

Em suma, a organização dos cadastros e processos, na sua grande maioria é

organizada em quatro funções principais, existentes principalmente nos cadastros e

sofrendo variações nos processos. Essas operações, oferecem listagens com

possibilidade de filtros, inserção, edição, exclusão, já são pré-definidas pelo próprio

framework Core.

O framework Core, também pré-define um menu de acesso a todas as

funções existentes atribuídas ao aplicativo como pode ser visto na Figura 17, este

menu de controle, presente sempre a esquerda, oferece acesso rápido e

categorizado, possibilitando partir de qualquer parte do sistema que o usuário se

encontre, e chegar em qualquer outro local, com pouca interveção.

A Figura 17 ilustra a tela de abertura da função de cadastro de tipos de

veículos disponíveis na aplicação RotaRohr. O padrão de usabilidade é seguida em

todas as outras telas de cadastro, onde o primeiro acesso disponibiliza ao usuário

realizar uma busca de registros, através da utilização de filtros que satisfazem aos

mesmos. Estes dados são organizados em forma de lista, logo abaixo dos campos

de filtro.

Ainda nesta é possível realizar um cadastro de um novo registro, através do

botão Cadastrar. No momento que esta função é acionada, o usuário é

redirecionado para uma tela de cadastro, que pode ser vista através da Figura 17.

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77 Figura 17 – Imagem da listagem do módulo cadastro de tipos de veículos, retirada

da ferramenta RotaRohr

Fonte: Retirada da ferramenta RotaRohr.

A Figura 18 ilustra a tela de um novo registro de tipo de veículo, nela estão

disponíveis campos a serem preenchidos com informações que relacionam-se ao

assunto, cada campo possui uma finalidade, finalidade esta com título a esquerda do

responsável por identificar ao usuário a que refere-se, como também um asterisco

em vermelho, identificando a obrigatoriedade da informação.

Após todos os campos obrigatórios serem preenchidos e também os

condicionais, conforme a necessidade do usuário, o formulário pode ser submetido

ao sistema e inserido na base de dados.

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78 Figura 18 – Ilustração da tela de cadastro e edição de ordens de carregamento

RotaRohr

Fonte: Retirada da ferramenta RotaRohr.

Retornando a Figura 17, outra função disponível nesta tela inicial ao cadastro

de tipos de veículos é a possibilidade de editar um registro. Aplicando ou não filtros

e localizando o registro necessário a edição, é possível realizar a edição do registro,

clicando sobre a imagem representada por papel com um lápis, neste momento o

usuário é redirecionado para a mesma tela de cadastro, representado pela Figura

17, mas com uma diferença, devido a ser uma operação de edição ou seja o registro

já existe, as informações contidas nele, são atribuídas a cada campo, para que o

usuário possa manipular, de forma a realizar os ajustes necessários. Ao término dos

ajustes, para que as informações sejam registradas, o usuário deverá submeter o

formulário através do botão Salvar.

Por final, a última função e não menos importante, é a função de exclusão de

um registro, a mesma pode ser acionada através de um clique sobre a imagem

representada por uma lixeira, que pode ser vista na Figura 17. Ao selecionar o link

de exclusão, uma mensagem de confirmação de exclusão é apresentada, para que

o usuário tenha total certeza do que esteja fazendo, e não apague o registro por

engano.

Os procedimentos mencionados acima, são seguidos em todos os cadastros,

cadastros estes que serão melhor detalhados no capítulo seguinte, podendo sofrer

pequenas variações, conforme a política de cada objeto de cadastro. Já na seção de

Processo, um padrão semelhante é considerado, como listagem de registros, filtros,

exclusão e inserção. A principal diferença entre os menus processo e cadastro, é

que no cadastro, a função principal é obter informações através da postagem de

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79 formulários, já no menu processos, a função principal é obter as informações

cadastradas, aplicar algoritmos e gerar informações relevantes sobre a análise

destes dados.

6.4.2 Cadastros

Nesta seção serão detalhados todos os cadastros referentes a aplicação

RotaRohr, mencionados estes como requisitos do sistema na fase de análise da

ferramenta.

Assim sendo, também serão detalhados as informações pertinentes a cada

cadastro presente no sistema, e no que elas implicam:

a) Cadastro de Veículos: Neste cadastro, serão inseridas informações

referentes a frota, de acordo com os campos definidos na etapa de análise

pelo requisito funcional número 2 (página 64), este cadastro será necessário

para obter as informações de quantidade física existente de veículos, a que

tipo pertencem, como também produtos que podem ser atribuídos a eles;

b) Cadastro de Produtos: Neste cadastro, serão informados de forma bem

simples, conforme requisito funcional número 4 (página 65), os produtos que

serão transportados;

c) Cadastro de Tipos de Veículos: Este cadastro categoriza os veículos, dessa

forma é possível atribuir capacidade, quilometragem e tempo máximo que

cada veículo pode permanecer em atividade, ou seja, são limitadores de

capacidade, tempo e quilometragem que cada tipo de veículo possui. Estes

cadastros seguem os campos definidos na etapa de análise, conforme

requisito funcional número 1 (página 64);

d) Cadastro de Configurações: Neste cadastro, são registradas configurações

utilizadas pelo próprio sistema, principalmente por rotinas, que precisam de

informações que podem sofrer variações, informações estas que possibilitam

ao administrador alterar quando necessário alterando o comportamento do

sistema;

Para tanto, no aplicativo RotaRohr, foram definidos as configurações a seguir:

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IND_RAIO_DISTANCIA: Configuração que recebe um número multiplicador,

destinado a aumentar ou diminuir a amplitude do raio de abrangência dos clientes no

momento de cadastrar um cliente e definir as arestas e os vértices.

LAT_LOG_INICIAL: Configuração que possui a latitude e a longitude inicial,

para definir o ponto de partida, de onde o veículo irá partir e retornar.

TAM_KM_RAIO_MAX: Configuração que determina o tamanho máximo do

raio de abrangência, em quilômetros através de estradas.

TAM_KM_RAIO_MIN: Configuração que determina o tamanho mínimo do

raio de abrangência, em quilômetros através de estradas.

TEMPO_CARREGAMENTO: Configuração que define o tempo médio em

minutos que um veículo gasta para ser carregado.

TEMPO_DESCARGA: Configuração que define o tempo médio em minutos

que um veículo leva para realizar uma descarga em um cliente.

TOLERANCIA: Peso em quilos que pode variar para mais, somando a

capacidade de um veículo. Ou seja a soma das entregas atribuídas a um veículo

não pode ultrapassar a capacidade dele, mais a tolerância.

e) Cadastro de Clientes: O cadastro de clientes, além de cadastrar informações

pertinentes aos clientes como: CPF, RG e endereço, também disponibiliza ao

usuário, identificar através de um mapa a localização do cliente, facilitando

assim a visualização e a obtenção das coordenadas latitude e longitude, este

cadastro pode ser visto na Figura 19;

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81 Figura 19 – Ilustração da tela de cadastro e edição de clientes RotaRohr

Fonte: Retirada da ferramenta RotaRohr.

No momento de submeter o formulário, tendo posse das informações de

latitude e longitude do cliente, através do mapa gerado a partir da API do Google

Maps, é possível realizar uma seleção de clientes próximos, clientes estes que serão

armazenados em forma de grafo para serem utilizados pra uma futura junção de

entregas.

Ao submeter o formulário de clientes, gravando um novo cliente, também é

criado um novo vértice. Para tanto um vértice sem arestas, numa estrutura de grafos

traz poucos ganhos, para este trabalho, é um dado irrelevante. Esta aresta precisa

conter pesos como quilometragem e tempo, que neste trabalho são obtidos através

da API do Google Maps, passando para a mesma, a latitude e longitude do cliente

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82 que está sendo cadastrado, e latitude e longitude do cliente em potencial. Desta

forma é possível obter as informações de tempo e quilometragem através de vias

terrestres cadastradas na API do Google e popular a aresta entre os dois clientes.

Pelo fato da base de clientes aumentar constantemente, cresce de maneira

desproporcional o número de requisições à API do Google Maps, conforme a base

de clientes cresce, foi atribuído uma função que seleciona somente clientes em

potencial sem realizar requisições externas à ferramenta. Esta função da mesma

forma recebe os dados de entrada de latitude e longitude de dois clientes, e retorna

a quilometragem e linha reta da distância entre os pontos. Através desta função é

possível diminuir significativamente o número de requisições à API do Google Maps

com o objetivo de obter os pesos de quilometragem e tempo de clientes potenciais.

Clientes estes que estão dentro da área de abrangência e são considerados pelo

algoritmo de alocação de pedidos.

Utilizando a algoritmo de Haversine, é feita uma seleção de clientes que

estejam nas redondezas do cliente que está sendo cadastrado. Para realizar esta

seleção é definido um raio de abrangência, raio este que pode sofrer variações, e é

definido pela distância do cliente até o ponto de partida, multiplicado pelo valor

atribuído a configuração IND_RAIO_DISTANCIA. Desta forma o raio pode aumentar

ou diminuir, conforme a necessidade da empresa, mas também são definidos

tamanhos máximo e mínimo em quilômetros para o raio de abrangência, pelas

configurações TAM_KM_RAIO_MAX e TAM_KM_RAIO_MIN. Está lógica pode ser

vista através da Figura 20.

Ao ter em mãos os clientes que estejam dentro do raio de abrangência,

utilizando o algoritmo de Haversine, a qual retorna a distância entre dois pontos, é

realizado o registro destes dados na base, populando o grafo com as informações

das arestas com os pesos e o novo vértice.

Para popular as arestas dos clientes, em uma relação de todos para todos,

registrando assim distâncias e tempos através das vias terrestres cadastradas na

API da Google Maps, foi criada uma rotina que realiza a seleção de todos os clientes

presentes na base de dados, e cadastra as arestas faltantes, utilizando a mesma

lógica de seleção de clientes no momento de cadastrar um cliente, realizando o

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83 cadastro de arestas nos dois sentidos, de ida e volta entre dois vértices. Esta rotina

é configurada para ser acionada automaticamente através da Cron existente no

sistema operacional Linux.

Figura 20 – Ilustração da lógica de seleção de clientes nas proximidades do cliente

em potencial para uma futura união de pedidos.

Fonte: Criada pelo do próprio autor, com auxílio da ferramenta Google Maps.

f) Cadastro de Pedidos: De posse das informações referentes aos produtos e

clientes, está disponível no aplicativo, o cadastro de pedidos, o qual

possibilita ao administrador da ferramenta registrar uma encomenda de um

produto, informando qual é o cliente que está realizando o pedido, qual o

produto que deseja adquirir, a quantidade considerando um teto máximo que

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é a capacidade do maior veículo, dia da entrega e urgência, conforme

definido no capítulo da análise;

g) Cadastro de Entregas: Em conseguinte, depois de cadastrados os pedidos

com seus respectivos dias de entregas, clientes, quantidades e urgências,

existem duas maneiras de realizar a união de entregas ou seja, itinerários,

através de cadastros manuais, ou através do processo de geração de

entregas. No cadastro de entregas, a união de pedidos é realizada

manualmente, de acordo com a vontade do administrador, e a geração de

entregas é feita de forma automática, sugerindo itinerários, o qual será melhor

detalhado nas próximas seções;

O cadastro de entregas, possibilita ao administrador unir entregas com o

objetivo de criar uma entrega, informando o veículo que realizará a entrega, data da

entrega, urgência e pedidos que serão alocados à entrega. Pedidos estes que

somente estão disponíveis para alocação quando ainda não foram atribuídos a uma

rota.

No momento de submeter o formulário, as seguintes validações são

realizadas, para assegurar a consistência do sistema:

g.1) Verificar a soma dos pedidos não ultrapassa a capacidade do veículo

selecionado mais a tolerância;

g.2) Verificar os produtos de cada pedido satisfazem a permissão de

carregamento de produtos deste veículo;

g.3) Os dias referentes aos pedidos selecionados devem ser o mesmo dia

selecionado para a entrega da rota;

g.4) Caso não existir uma geração para o dia selecionado, é criado o registro

de uma geração, informando assim que existem rotas vinculadas a este dia

de geração.

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85 6.4.3 Processos

No menu de processos, disponível no sistema RotaRohr, encontram-se

processos que utilizam as informações disponíveis nos processos de cadastros para

transformar em informações coerentes ao objetivo da ferramenta. Neste menu

encontram-se os processos de Gerar Entregas e Filas de Entregas, sendo que a

primeira, o grande foco do trabalho é a programação de itinerários de forma

automatizada, e a segunda, tem o propósito de organizar o carregamento das

entregas já finalizadas, de forma que seja possível acompanhar e organizar as

entregas.

Os processos serão melhor detalhados a seguir:

a) Gerar Entregas: O processo de gerar entregas, é considerado o processo

mais complexo do sistema, pois é através dele que de forma quase

automática a geração de itinerários é realizada, tendo como parâmetros de

entrada, os pedidos a serem atendidos em um determinado dia e como saída,

as rotas que atendam aos pedidos de forma otimizada, visando a redução de

custo e tempo;

Ao acessar o processo de geração de entregas, inicialmente estão

disponíveis as opções de filtro por geração, que são levados em consideração na

listagem de registros, exclusão e cadastro de uma nova geração.

A função de filtro, segue a mesma lógica das telas de cadastro, já a função de

exclusão quando acionada, dispara várias verificações que garantem a integridade

da base de dados. A seguir seguem as verificações:

a.1) Verifica se a geração já está finalizada, caso estiver, não é mais possível

excluir a geração, pressupondo que o carregamento já está em andamento;

a.2) Caso a geração não estiver finalizada, ou seja, está em processo de

programação das viagens, as rotas atribuídas a estas gerações são

excluídas, como também a geração, finalizando o processo;

Outra função disponível é o cadastro de uma nova geração, a ferramenta

solicita via formulário as informações de dia de geração e se o usuário quer uma

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86 geração simulada ou efetiva. Na opção de simulação, o administrador poderá gerar

uma programação de rotas do dia selecionado, sem efetivar a mesma, possibilitando

ao administrador realizar cadastros de entregas manuais para pedidos que o

administrador julgue que não forma alocados adequadamente pela ferramenta.

A seguir será melhor detalhada a sequência de passos e a lógica atribuída ao

software para realizar a programação de itinerários:

b) Verificação de gerações passadas: Considerando que somente poderá

haver uma geração no período de um dia, para o melhor gerenciamento das

rotas, através do agrupamento de rotas por dia, é verificada pela ferramenta

no momento em que esta operação é acionada, a existência de outra

geração, caso haja, o processo é abortado, caso contrário o processo segue

com seu para a próxima etapa;

c) Seleção de pedidos e veículos: De acordo com o dia selecionado pelo

administrador para a geração, o sistema seleciona todos os pedidos que

estejam com data de entrega para o mesmo dia selecionado, em ordem

decrescente da quantidade solicitada. Também é selecionada toda a frota de

veículos, esta seleção da mesma forma que os pedidos, obedece a ordem

decrescente de capacidade. Através destes ordenamentos nas duas

seleções, é possível alocar de forma mais rápida, os maiores pedidos nos

maiores veículos, melhorando o desempenho do algoritmo. Tanto os veículos

e os pedidos são alocados em uma estrutura de dados que armazena uma

sequência de objetos, todos do mesmo tipo, em posições consecutivas,

conhecidas computacionalmente como arrays3, visando a facilidade na

manipulação dos objetos;

Na Figura 21 são ilustradas as estruturas de cada objeto necessário para o

algoritmo de união de pedidos, sendo que a estrutura de rotas, a qual é apresentada

de forma vazia é a estrutura resultante do processo de alocação de pedidos, é nessa

a estrutura que será alocada o resultado do processo, ou seja, as rotas.

3 O conceito de array que é uma estrutura de dados que permite guardar uma sequência de valores (números, caracteres, ou objetos quaisquer) de uma forma única e organizada (KON, GOLDMAN, SILVA, 2004).

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87 Figura 21 – Ilustração da estruturação dos objetos (Arrays de Objetos)

Fonte: Fluxograma elaborado pelo autor (2013).

Inicialmente uma entrega qualquer é selecionada nas estruturas de array

destinado aos pedidos, para então realizar uma busca na estrutura de grafo, em

ordem de menor peso nas arestas, ou seja, menor distância em quilômetros. Devido

a estrutura de clientes selecionados no grafo estar estruturada em forma de array, e

organizada do cliente com menor distância para o maior, proporciona uma alocação

mais otimizada, dando prioridade aos clientes que estão mais perto do cliente inicial,

resultando em distância menores de deslocamento. Também é selecionado o

primeiro veículo da estrutura de veículos, para que o pedido em questão seja

alocado a ele.

d) Alocação dos pedidos ao veículo: Em princípio é verificado se o próprio

pedido já não satisfaz a alocação, ou seja, se a quantidade solicitada pelo

cliente, já não esgota a capacidade de alocação do veículo selecionado

somado a tolerância, identificado pela configuração TOLERANCIA. Caso

positivo, a entrega é alocada ao veículo e o algoritmo parte para o próximo

pedido e veículo;

Caso o pedido por si só não satisfaça a capacidade do veículo, o algoritmo

então parte para a procura de um outro pedido, para que somados os pedidos

possam aproximar-se a capacidade máxima do veículo.

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88 De posse de todos clientes que estão conectados pela estrutura de clientes

do grafo, ao cliente atribuído pelo pedido em questão, ordenados, partindo do cliente

com menor quilometragem ao de maior, e atribuídos a uma estrutura de array, são

realizadas várias verificações antes de realizar a alocação:

d.1) É verificado se o cliente em potencial, possui pedido alocado no dia

selecionado para a geração, ou seja, se está atribuído a estrutura de pedidos.

Caso o cliente em potencial não possuir pedido na estrutura de pedidos,

passa para o próximo cliente em potencial. Caso contrário, ou seja, o cliente

em potencial possui pedido no dia da geração, é obtido o pedido deste cliente

na estrutura de pedidos, e tanto o pedido atual e o pedido selecionado pelo

cliente em potencial são somados;

d.2) No momento de alocar um pedido a um cliente, também é verificado se o

tipo de produto, referenciado pelo pedido pode ser carregado pelo veículo,

comparando o produto do pedido com os produtos que o veículo está

habilitado a carregar;

d.3) A soma das quantidades dos dois pedidos são comparados e precisam

obedecer a premissa de que não podem ultrapassar a capacidade do veículo,

somado a tolerância. Caso ultrapasse a capacidade do veículo somado a

tolerância, o último pedido alocado é removido e o pedido é alocado somente

com o pedido de origem. Caso ainda estiverem dentro do teto máximo de

alocação, e ainda houverem clientes em potencial para a junção, realiza

novamente uma nova busca, partindo do último cliente em potencial alocado,

realizando as mesmas verificações;

A alocação só termina quando uma das restrições são atingidas:

d.4) A capacidade máxima do veículo, somada a tolerância, são atingidas

pela soma das quantidades dos pedidos;

d.5) A estrutura de clientes em potencial já não possui mais clientes para a

alocação;

Todo o processo de seleção e alocação de pedidos em veículos, visando a

geração de rotas está descrito através de fluxograma na Figura 22.

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89 Figura 22 – Fluxograma de seleção de pedidos, resultando em uma rota

Fonte: Elaborado pelo autor (2013).

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e) Retirada dos pedidos: Quando uma rota é formada, os pedidos unidos são

retirados da estrutura de pedidos, para que não sejam novamente utilizados

para outras rotas em formação, e são alocados em uma estrutura de rotas,

definindo quais são os pedidos e o veículo que recebeu o itinerário recém

formado. O veículo selecionado é retirado da estrutura de veículos, e

adicionado na estrutura de controle de veículos o total de tempo e

quilometragem estimada para a realização da rota, estrutura esta que controla

até quando o veículo pode continuar recebendo itinerários. Para tanto, toda

vez que uma rota é construída, são obtidos o tempo e a quilometragem total

da rota, e somadas ao tempo e quilometragem das outras viagens já alocadas

ao veículo em questão. Este somatório de tempo e quilometragem atribuídas

ao veículo na estrutura de array de controle de veículos, e servem para que

não sejam alocadas mais cargas a veículo selecionado, quando o mesmo já

estiver com um dos dois quesitos ultrapassados, ou seja, com a

quilometragem ou tempo maior que o definido no cadastro de tipos de

veículos;

Todo este processo de controle de seleção de veículos, o qual realiza o

balanceamento de cargas para a frota está descrita na Figura 23, através de um

fluxograma.

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91 Figura 23 – Fluxograma de alocação de rota selecionada na estrutura de rotas

Fonte: Elaborado pelo autor (2013).

Desta forma, toda vez que um veículo é escolhido para realizar uma entrega,

antes mesmo de ser selecionada a próximo pedido para a união, o mesmo passa

por uma verificação analisando o tempo e quilometragem limite, caso estes máximos

já estejam esgotados, o próximo veículo é selecionado, e a mesma validação é

realizada.

A obtenção de quilometragem e tempo destinados para a realização de cada

entrega acontece do seguinte modo:

e.1) Quilometragem: São somados os pesos em quilômetros das arestas,

partindo do primeiro ao próximo cliente da rota, até chegar ao último cliente a

ser atendido, em conseguinte somando a quilometragem do ponto de partida

ao primeiro cliente, como também, do último cliente ao ponto de partida;

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e.2) Tempo: São somados os pesos em tempos das arestas, partindo do

primeiro cliente ao próximo cliente da rota, até atingir o último a ser atendido,

em conseguinte é somado o tempo da aresta do ponto de partida ao primeiro

cliente, como também, do último cliente ao ponto de partida. Mas para realizar

a entrega dos pedidos, também é preciso considerar outros fatores como

carga e descarga, para isso, foram criadas as configurações de

TEMPO_CARREGAMENTO e TEMPO_DESCARGA, que são tempos médios

de carregamento e descarregamento, que também precisam ser levadas em

consideração na soma do tempo estimado para realizar a entrega. De posse

das configurações de tempo médio de carga e descarga, e a soma até aqui

realizada dos tempos das arestas, a soma da configuração de tempo médio

de carga é somada a soma das arestas, como também é somado o resultado

da multiplicação dos pedidos pelo tempo médio de descarga, definido pela

configuração TEMPO_DESCARGA.

Seguindo todas as premissas para a alocação adequada de pedidos em

veículos de forma otimizada, descrevendo assim os passos ou mesmo o algoritmo

desenvolvido, foi criado o fluxograma da Figura 24, descreve o processo de

alocação de pedidos em veículos de forma mais abrangente:

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93 Figura 24 – Fluxograma detalhado do processo de alocação de pedidos em veículos

Fonte: Elaborado pelo autor (2013).

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94 Com as alocações realizadas, as novas rotas são apresentadas aos usuários,

em forma de tabela, onde cada item, ou conjunto de linhas da tabela é representada

por um itinerário, e no interior deste conjunto de linhas, um subgrupo de linhas, que

representam os pedidos alocadas a entrega.

Nesta mesma estrutura, são apresentadas estimativas de tempo e

quilometragem destinadas a realização da rota, como também um mapa que sugere

uma rota através de malha viária cadastrada no Google Maps, e visualizar em mapa

a localização de cada cliente da rota, conforme apresentado na Figura 25.

Figura 25 – Apresentação de uma rota pela aplicação RotaRohr

Fonte: Retirada da ferramenta RotaRohr.

O sistema RotaRohr, em sua resposta a formação de rotas, também informa

caso existam os pedidos que não puderam ser alocados, por motivos com:

a) Todos os veículos já esgotaram todo o seu tempo ou quilometragem;

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b) Não existem veículos suficientes com permissão de carregamento dos

produtos.

A Figura 26 demonstra como os pedidos não alocados são apresentados pela

ferramenta.

Figura 26 – Apresentação de pedidos não alocados no processo de geração de

entregas

Fonte: Retirada da ferramenta RotaRohr.

Também é informado ao usuário, na resposta do processo de gerar entregas,

um resumo de todas as viagens, conforme pode ser visto na Figura 27, informado o

total de entregas alocadas para cada veículo, total de pedidos que serão atendidos

pelo veículo, como também o total de minutos e quilometragem destinadas a

realização das entregas.

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Figura 27 - Apresentação de pedidos não alocados no processo de geração de

entregas

Fonte: Retirada da ferramenta RotaRohr.

Na Figura 26 podem ser observados quantos itinerários foram criados,

quantos pedidos serão atendidos, a soma de todos os minutos e quilômetros de

todos os veículos alocados.

Todos estes resultados são realizados e apresentados tanto na simulação ou

efetivação do processo de geração de entregas. Como descrito anteriormente o

processo de simulação somente informa como os pedidos serão alocados, já no

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97 processo efetivo, também é informado como os itinerários serão alocados, mas

também é realizado a gravação dos registros de rotas e a finalização da geração,

para que as entregas possam ser atendidas pelo próximo processo denominado

Filas de Entregas.

f) Filas de Entregas: Neste processo estão todas as gerações de entregas já

finalizadas e que possuem entregas a serem feitas. Nesta opção de menu,

são utilizados os resultados já concretizados pelo processo de Gerar

Entregas, por este motivo a ação de exclusão não está disponível. Já as

ações de filtros e listas de registros estão disponíveis de forma idêntica aos

módulos de cadastros.

O grande diferencial desta tela é a impressão das ordens de carregamento, e

o acompanhamento do andamento das rotas em um determinado período de

geração. Conforme pode ser visto na Figura 28, a ordem de carregamento traz as

informações referentes ao veículo e aos pedidos a ele alocados, informações estas

necessárias para realizar o carregamento do veículo selecionado para realizar a

entrega.

Figura 28 - Impressão de uma ordem de pedido

Fonte: Retirada da ferramenta RotaRohr.

Por último, está disponível na ferramenta RotaRohr uma tela de

acompanhamento do andamento das cargas de uma determinada geração de rotas,

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98 que pode ser acessado através do módulo de Filas de Carregamento, selecionando

botão representado por uma fila, sobre a geração desejada.

Figura 29 - Impressão de uma ordem de pedido

Fonte: Retirada da ferramenta RotaRohr.

Na Figura 29, é possível visualizar o estado de cada carga, acompanhando o

status atribuído a cada uma. Estes status podem variar entre Aguardando, Em

Andamento e Entregues.

Também é possível expandir as entregas atribuídas a cada carga, clicando

sobre o botão Pedidos, visualizando clientes, produtos, quantidades e urgências de

cada pedido.

6.4.4 Rotas geradas

Com o objetivo de testar a proposta da ferramenta RotaRohr, foram obtidas

com a empresa do caso de uso, a programação de um dia de pedidos, como

também a frota de veículos, dados de clientes e dados referentes aos produtos, os

quais, por solicitação da empresa, foram preservados.

Uma vez estes dados obtidos e lançados na ferramenta, os testes e as

análises sobre as rotas geradas tornam-se mais confiáveis, por serem dados reais,

gerados pela ferramenta e possíveis de serem analisados pelos administradores de

rotas ou pelos motoristas, os quais trabalham diariamente nesta atividade ou são

diretamente atingidos.

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99 Através destes dados, vários tipos de rotas foram sugeridas pela ferramenta

seguindo o algoritmo apresentado na seção Processos, muitas delas e as mais

importantes serão detalhadas a seguir:

a) Rota com somente uma entrega: Este tipo de rota é a mais simples de

identificar, um exemplo de uma rota com somente uma entrega é apresentada

na Figura 30. Para este tipo de entrega são feitas poucas verificações,

somente é selecionado o pedido, selecionado o veículo que comporte este

pedido em quantidade e produto, em conseguinte são verificados outros

pedidos que ainda podem ser alocados à rota, caso não houverem, o pedido

é finalizado somente com um local de entrega.

Figura 30 - Exemplo de uma rota com somente uma entrega

Fonte: Retirada da ferramenta RotaRohr.

b) Rota com mais de uma entrega: Estes tipos de rotas são mais complexas

de serem formuladas, um exemplo de uma rota com mais de uma entrega

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pode ser observado na Figura 31. Inicialmente esta rota passa pelas mesmas

verificações que a rota de somente uma entrega, mas o diferencial é a

alocação de mais pedidos, seguindo o algoritmo apresentado na seção de

Processos (página 93). Inicialmente é selecionado um pedido na estrutura de

pedidos, o qual não satisfaz inteiramente a capacidade do veículo. No

momento que esta circunstância é detectada o algoritmo realiza uma consulta

na estrutura de grafos e retorna uma estrutura de clientes do grafo ordem

crescente de distância.

Com a estrutura de clientes do grafo formada, ou seja, clientes em potencial

para a formulação da rota, o algoritmo busca o primeiro cliente e verifica na estrutura

de pedidos, caso não esteja, o algoritmo busca o seguinte. Quando um cliente é

encontrado nas duas estruturas, em conseguinte é realizada a soma dos pedidos até

o momento selecionados, e verifica, caso o resultado está abaixo da capacidade do

veículo somado a tolerância, e caso esteja, o(s) pedido(s) pode ser transportado

pelo veículo.

Caso a soma dos pedidos já alocados esteja abaixo da capacidade do veículo

somado a tolerância, um novo pedido é selecionado através da estrutura de clientes

em potencial, partindo do ponto de onde a consulta anterior na estrutura de clientes

do grafo havia parado.

Neste instante são realizadas as mesmas verificações realizadas

anteriormente, até chegar o momento em que o algoritmo tenha um resultado da

soma das quantidades dos pedidos selecionados, maior que a capacidade do

veículo somado a tolerância, ou a estrutura de clientes do grafo chega ao seu fim.

Neste momento o algoritmo concretiza o fechamento da rota com os pedidos

selecionado ignorando o último pedido, quando e devido a soma de todos os

pedidos selecionados estar acima da capacidade. Para satisfazer o requisito de não

ultrapassar a capacidade do veículo somado a tolerância, é removido o último

pedido selecionado, desta forma é garantido que os pedidos selecionados restantes

estão abaixo da capacidade somado a tolerância.

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101 Figura 31 - Exemplo de uma rota com mais de uma entrega

Fonte: Retirada da ferramenta RotaRohr.

c) Rota com uma ou mais entregas, mas não atingem a capacidade do

veículo: Este tipo de rota seguem a mesma lógica da rota com mais de uma

entrega, mas o diferencial está na estrutura de clientes em potencial, o qual

atinge o seu final e a rota é finalizada sem mais pedidos para serem

alocados.

A seguir é exemplificada uma rota com uma ou mais entregas, mas que não

atingem a capacidade do veículo pela Figura 32.

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102 Figura 32 - Exemplo de uma rota com uma ou mais entregas, mas não atingem a

capacidade do veículo

Fonte: Retirada da ferramenta RotaRohr.

De forma descritiva, como também fazendo uso de exemplos e imagens, foi

descrita como a ferramenta organiza as informações em processos e gera rotas

otimizadas, partindo da fase de análise definindo a estrutura e funções que a

ferramenta disponibiliza, chegando aos procedimentos de uso, fluxos de

informações e algoritmos.

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7 ANÁLISE SOBRE A APLICAÇÃO ROTAROHR

Tendo em mãos os resultados das rotas sugeridas pela ferramenta RotaRohr,

fazendo o uso de dados obtidos de um período da empresa caso de uso, foram

realizadas análises em conjunto com o administrador de transporte e um motorista

responsável por realizar os itinerários, ambos colaboradores da empresa que

forneceu os dados para realizar a análise.

Com o objetivo de quantificar o quanto a ferramenta torna-se eficiente na sua

proposta, foram obtidos com a empresa utilizada como caso de uso, dados para

popular a base da ferramenta RotaRohr. Foram extraídas informações de um

período de entregas, como clientes, frota de veículos, produtos e pedidos. Dados

estes importantes para que a ferramenta seja testada sobre uma base de dados

real, e que facilita a posteriormente análise, aproximando-se da realidade, sem a

utilização de dados hipotéticos.

Os testes e a análise foram realizadas juntamente com o responsável pela

formulação de rotas, e um motorista da empresa responsável por realizar os

itinerários, o qual é atingido diretamente. Sendo que o administrador auxiliou nos

testes e análises mais direcionados a ferramenta como um todo, desde cadastros

até saídas do sistema como rotas. Já o motorista teve seu foco mais direcionado

para as rotas sugeridas pelo aplicativo, verificando a viabilidade de cada uma delas.

Com os dados inseridos na base, e a ferramenta em seu processo de

implementação finalizada, foram realizados avaliações sobre a ferramenta, como:

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a) Coerência nos dados: A ferramenta apresentou de forma coesa as

informações de saídas, sem omitira apresentação de nenhum pedido, nem

mesmo os que não foram alocados, como também dados referentes aos

veículos, produtos e clientes. Segundo análise realizada pelo motorista as

estimativas de tempo e quilometragem são muito perto das reais;

b) Usabilidade: A ferramenta oferece intuitividade. Quando questionado ao

administrador sobre a evidência das funções disponibilizadas no sistema, o

mesmo descreveu a aplicação como fácil de utilizar, mas com processos que

precisam mais atenção ou até um treinamento para sua correta

operacionalização. Um dos motivos que tornam a aplicação intuitiva é o

padrão adotado de funcionalidades na grande maioria dos processos, sendo

que os mais complexos são, Cadastro de Entregas e Gerar Entregas devido à

complexidade dos processos;

c) Tempo de resposta: Quando questionado ao administrador sobre o tempo

de resposta apresentado pela ferramenta, o mesmo respondeu que a

ferramenta apresenta um tempo de processamento adequado, sendo que

dois processos que chamaram a atenção devido a demora, foram os

processos de Cadastro de Clientes e Gerar Entregas.

Essa demora pode ser explicada devido às requisições realizadas pela

ferramenta, para um ambiente externo utilizando o Google Maps, com o objetivo de

popular as arestas para o novo vértice que está sendo criado. Já o processo de

Gerar Entregas necessita um grau elevado de processamento devido ao seu

algoritmo de resolução ser complexo.

d) Funções: Quando apresentadas as funções ao administrador, foram

questionadas quanto a necessidade de cada uma delas para a empresa. Nos

processos de cadastro, todas foram apontadas como necessárias, mas o

processo que recebeu destaque pelo administrado foi a rotina responsável

por gerar entregas, o qual oferece sugestões otimizadas de rotas, este

processo apresentou segundo o administrador, rotas muito perto das

trabalhadas pela empresa. Destacou também a forma de resolução de

itinerários;

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105 Em contra partida, destacou que para a sua empresa, a geração de itinerários

com alocação imediata aos veículos, não seria aplicável, devido aos imprevistos que

podem ocorrer ao decorrer das entregas. Como também os mapas que não

possuem toda a malha viária cadastrada, mapas estes obtidos através do Google

Maps, e que não possuem todos os caminhos mapeados, principalmente estradas

com pouco tráfego de cidades com pouca população, condições estas que atingem

a grande maioria de seus clientes. Estes mapas incompletos acabam implicando em

sugestões de rotas muitas vezes distantes das aplicáveis.

Por fim, quando questionado ao administrador referente à aplicabilidade de

ferramenta na empresa, o mesmo afirmou que a ferramenta atenderia às

necessidades, mas precisariam ser realizados ajustes para atender plenamente as

demandas e a política da empresa.

Com o objetivo de qualificar as rotas sugeridas sobre os dados fornecidos

pela empresa, juntamente com o administrador e um motorista da própria empresa,

foram realizadas análises que classificaram os itinerários sugeridos pela aplicação.

Essas análises forma realizadas sobre um total de 75 rotas sugeridas, partindo de

116 pedidos classificando os itinerários em Boas, Médias, Ruins e Incompletas,

sendo que as Boas e Médias são praticáveis na realidade, as Ruins e as

Incompletas precisam passar por análises. A seguir são detalhadas cada item

utilizado para classificar as viagens:

d.1.1) Completas: Rotas com somente uma entrega e quantidade próxima ao

limite do veículo;

d.1.2) Boas: Rotas otimizadas, pouca perda em deslocamento entre clientes

e a soma das quantidades dos pedidos está muito próximo ao limite do

veículo;

d.1.3) Médias: Rotas com perda em deslocamento entre clientes e a soma

das quantidades dos pedidos está pouco abaixo do limite do veículo;

d.1.4) Ruins: Rotas com muitas perdas, grande distância entre clientes e a

soma das quantidades dos pedidos esta abaixo da capacidade do veículo, as

quais precisam de uma ajuste manual;

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d.1.5) Incompletas: Rotas que não são realizáveis, precisam da adição de

mais entregas consequentemente precisam de um ajuste manual;

Dessa forma sobre a análise do administrador, sendo que o mesmo somente

considerou quesitos como distância entre pedidos e capacidade alocada os veículos,

foram obtidos os seguintes resultados:

d.2.1) Completas: 49% formam rotas completas com somente uma entrega e

veículo com sua capacidade total, ou muito perto, utilizado;

d.2.2) Boas: 36% das rotas são consideradas otimizadas;

d.2.3) Médias: 2%, foram classificadas como viagens médias;

d.2.4) Ruins: 2%, foram classificadas como impraticáveis;

d.2.5) Incompletas: 11%, foram classificadas como viagens que precisam

passar por uma análise pelo administrador.

Ao realizar a mesma análise com o motorista, o mesmo mostrou-se bem mais

crítico, analisou não só as distâncias entre pedidos, mas também condições de

estradas, como picos que precisam ser vencidos, condições planas, estradas de nãp

pavimentadas, asfaltadas e condições de acesso aos clientes. Variantes que não

são levadas em consideração pela ferramenta e que acabaram tornando os

resultados menos satisfatórios. A seguir é detalhado cada item utilizado para

classificar as viagens na visão do motorista:

d.3.1) Completas: Rotas com somente uma entrega e quantidade próxima ao

limite do veículo;

d.3.2) Boas: Rotas otimizadas, pouca perda em deslocamento entre clientes

e a soma das quantidades dos pedidos está muito próximo ao limite do

veículo, além disso, clientes com acesso facilitado, estradas em boas

condições;

d.3.3) Médias: Rotas com perda em deslocamento entre clientes e a soma

das quantidades dos pedidos está pouco abaixo do limite do veículo, como

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também, estradas e acessos aos clientes em condições não favoráveis ao

transporte adequado e picos a serem vencidos;

d.3.4) Ruins: Rotas com muitas perdas, grande distância entre clientes e a

soma das quantidades dos pedidos está abaixo da capacidade do veículo,

além disso, estradas e acessos aos clientes em condições ruins ao transporte

adequado, picos a serem vencidos. Estas rotas necessitam de ajuste

manuais, devido a não oferecer vantagens na sua realização;

d.3.5) Incompletas: Rotas que não são realizáveis, precisam da adição de

mais entregas consequentemente precisam de um ajuste manual;

A seguir a análise realizada pelo motorista:

d.4.1) Completas: 49% formam rotas completas com somente uma entrega e

veículo com sua capacidade total, ou muito perto, utilizado;

d.4.2) Boas: 20% das rotas são consideradas otimizadas;

d.4.3) Médias: 10%, foram classificadas como viagens médias;

d.4.4) Ruins: 10%, foram classificadas como impraticáveis;

d.4.5) Incompletas: 11%, foram classificadas como viagens que precisam

passar por uma análise pelo administrador.

Sobre estas análises, conclui-se que a ferramenta conseguiu atender boa

parte das demandas de alocação de pedidos em veículos de forma eficiente, sobre

uma base real de dados, tendo em vista que a primeira análise foi realizada sobre

critérios especificados envolvidos neste trabalho para a alocação, o qual apresentou-

se mais eficiente. Já a segunda análise mostrou-se menos eficiente, devido aos

critérios utilizados para a análise pelo motorista, os quais não foram inteiramente

contemplados na ferramenta RotaRohr.

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8 TRABALHOS FUTUROS

Durante o desenvolvimento do presente trabalho, a área de logística aplicada

ao transporte mostrou-se de grande riqueza, e inúmeras ideias sobre possíveis

recursos foram surgindo. Devido ao tempo restrito para execução do presente

trabalho, procurou-se manter o foco naqueles recursos que demonstravam ser

essenciais para a otimização e roteirização das cargas com foco na empresa caso

de uso. A partir disto, pretende-se dar continuidade ao presente trabalho,

implementando recursos que foram vislumbrados no sentido de melhorar a

qualidade da aplicação, provendo novas funcionalidades ou mesmo melhorando as

já existentes.

A seguir, serão explanadas de forma breve, dificuldades enfrentadas e no

que elas implicam, como também melhorias que poderão ser agregadas a

ferramenta:

a) Rotas Imprecisas: Devido a API do Google Maps estar em processo de

obtenção de dados de diversos tipos, e uma delas são as vias terrestres,

muitas delas ainda não existem nos registros por eles adquiridos,

principalmente estradas que são de fluxo muito baixa e longe de grandes

centros, o que para a empresa, muitas vezes são o principal ou até mesmo

único acesso aos seus clientes. Devido a esta escassez de informações de

rodovias em áreas interioranas a ferramenta deixa de oferecer resultados

otimizados;

b) Dificuldade na obtenção das informações de distância a tempo: Segundo

a GOOGLE (2013), mantenedora da API do Google Maps, o número máximo

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de requisições de informações sobre o melhor trajeto sugerido pela ferramenta

de um ponto a outro, são de 2500 por dia e por IP (Internet Protocol) para

utilização de forma gratuita. Devido a este limite estabelecido pela API, a medida

que a base de dados de clientes vai crescendo, como também variantes como

raio e localização dos clientes, este limite é logo atingido fazendo com que a

ferramenta acabem finalizando os dados com a falta de arestas;

Este limite pode ser percebido de antemão quando a rotina de atualização do

grafo é acionada, esta rotina a qual por detalhada nos capítulos anteriores, possui

como objetivo a atualização das medidas de tempo e quilometragem das arestas, de

todos vértices para todos, gerando uma carga grande de processamento e

requisições.

Estas requisições pode crescer exponencialmente, ou seja, caso existirem 10

clientes, no máximo poderão ter 100 requisições, se tivermos 50 clientes poderão ter

2500 requisições. Mas com o intuito de auxiliar na rapidez, e filtrar somente clientes

potenciais para a união de pedidos foi atribuída o algoritmo Haversine, o que diminui

consideravelmente as requisições.

Mas na empresa, caso de uso, a qual possui uma gama aproximada de 3000

clientes, o limite seria facilmente atingido, fazendo com que ferramenta fique

ineficiente. Para estas necessidades existe uma conta paga oferecida pela própria

Google, chamada de Google Premier, destinada principalmente para empresas, e

nela estas requisições são ilimitadas.

c) Peso nas arestas representando condição de estradas: Através da

aplicação de pesos nas arestas que definem as condições das estradas entre

clientes, e aplicando algoritmos de minimização de custos, é possível

alcançar caminhos mais otimizados, visando identificar a menor distância para

satisfazer a rota, outros critérios como conservação das estradas, subidas

íngreme, vias pavimentadas ou não, critérios estes que acabam afetando no

trajeto da rota;

d) Informações em tempo real: Com a utilização de aparelhos de localização

geográfica instalados nos veículos, chamados de GPS (Sistema de

Posicionamento Global), é possível obter informações instantânea do

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andamento da carga, como, em que local o veículo se encontra, tempo

estimado de chegada da carga, a informação do status da carga com uma

maior precisão. O mais interessante deste sistema de gerenciamento, é a

obtenção da informação da posição do veículo de forma instantânea, o que

pode servir não só para a aplicação em questão, mas também para outras

situações como, roubo do veículo, informações de velocidade, ou caso o

motorista esteja desviando da rota estipulada para fins próprios;

e) Histórico de rotas utilizando a captura de coordenadas: Fazendo o uso de

uma ferramenta de coleta de informações do posicionamento global em um

intervalo pequeno de segundos, no momento em que está sendo realizado a

entrega de um pedido, é possível mapear estradas e obter informações como

distância e tempo, ao haver deslocamento de um ponto a outro. Com essas

informações colhidas é possível realizar futuras medições e cálculos de rotas

levando em conta, distância e tempo, como também informar ao transportador

quais foram as rotas utilizadas para realizar a entrega do pedido;

Esta ferramenta pode ser construída sobre sistemas operacionais

embarcadas como Android, iOS em celulares que possuem o dispositivo GPS,

popularmente conhecidos como smartphones. Através das coletadas feitas neste

dispositivo é possível obter as rotas mais utilizadas através de um histórico, e até

mesmo construir um mapa viário próprio, e realizar as análises através deste mapa

sem depender exclusivamente das informações do Google Maps.

f) Entregas com dia e hora de entrega: Atribuir também à ferramenta

restrições como intervalos de horas em que o pedido poderá ser entregue,

satisfazendo também necessidades de outras empresas que queriam atender

não só de forma otimizada, mas também queiram dar mais comodidade aos

seus clientes, estipulando assim horários de entrega que podem ser

estabelecidos pelos próprios clientes ou mesmo pela própria empresa.

Acima foram citadas percepções e dificuldades que foram surgindo ao longo

do desenvolvimento da ferramenta, e como o passar da pesquisa, a visão da

aplicação foi mudando e aumentando o raio de abrangência do que poderia ser

desenvolvido. Desta forma também foram mencionados melhorias que serão

agregadas à aplicação, de modo a atender de forma mais geral as diversas

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empresas que utilizam o transporte viário terrestre para realizar a logística de seus

produtos.

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9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A logística em sua essência envolve operações relacionadas ao planejamento

e gerenciamento de produção como, movimentação de materiais, armazenamento,

expedição, transporte e sistemas de comunicação, os quais realizados de forma

sincronizada oferecem uma oportunidade de criar um diferencial competitivo, e

agregar valor aos serviços oferecidos aos clientes.

Com o objetivo de auxiliar os gestores no processo de planejamento e

gerenciamento do processo de expedição, foi criada uma ferramenta informatizada

nomeada RotaRohr, específica para este fim, popularmente conhecida como

roteirizador, no qual é possível determinar os pedidos a serem atendidos por

determinado veículo, a melhores sequências de visitas quando o itinerário possui

mais de um ponto de entrega, todo isso sobre uma zona de distribuição, ou seja

otimizar a entrega de produtos, consequentemente trazendo vantagens

competitivas, maiores lucros a organização e satisfazendo clientes.

Com o término do desenvolvimento da ferramenta RotaRohr, foram obtidos

dados como clientes, pedidos, produtos e frota de veículos com uma empresa que

faz uso do transporte viário para atender seus clientes, a qual possui filiais situadas

no Vale do Taquari. Através destes dados foi possível realizar um estudo sobre

dados reais, analisando as rotas sugeridas pela ferramenta, como também a

proposta da ferramenta juntamente com o apoio do responsável pelas cargas, como

também um motorista desta empresa.

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Sobre os resultados apresentados no capítulo de análise (página 103) foi

possível constatar que a ferramenta traz resultados otimizados de rotas, como

também, benefícios como diminuição de tempo, tanto para a programação das

viagens como também para realizar as viagens, diminuição de custos como

combustível, pneus e desgaste do veículo devido a diminuição de quilômetros

rodados para atendes aos pedidos.

Mas também existem restrições que fazem com que a ferramenta não sugira

as rotas mais otimizadas, como a falta de mapeamento de estradas realizada

através da ferramenta Google Maps. Como também podem ser realizadas melhorias

à ferramenta como, histórico de viagens, pesos nas arestas e horário de entrega aos

clientes, melhorias estas que trazem a ferramenta a possibilidade de atender mais

situações, como também rotas mais otimizadas.

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