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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EDUCAÇÃO ESCOLAR: AS NOVAS TECNOLOGIAS COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA E OTIMIZADORA PARA APRENDIZAGEM DO CÉREBRO Aline Pires Bernardo Professora Orientadora: Dra. Marta Pires Relvas Rio de Janeiro 2018 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM DOCUMENTO …O presente estudo desta pesquisa – Educação Escolar: As novas tecnologias como ferramenta pedagógica e otimizadora para aprendizagem

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

EDUCAÇÃO ESCOLAR: AS NOVAS TECNOLOGIAS

COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA E OTIMIZADORA

PARA APRENDIZAGEM DO CÉREBRO

Aline Pires Bernardo

Professora Orientadora: Dra. Marta Pires Relvas

Rio de Janeiro

2018

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

EDUCAÇÃO ESCOLAR: AS NOVAS TECNOLOGIAS

COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA E OTIMIZADORA

PARA APRENDIZAGEM DO CÉREBRO

Aline Pires Bernardo

Monografia apresentada à AVM como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Neurociência

Pedagógica.

Professora Orientadora: Dra. Marta Pires Relvas

Rio de Janeiro

2018

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AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais por me apoiarem

continuamente em meus sonhos. Aos

professores maravilhosos que contribuíram com

todo o conhecimento durante esta

especialização. Aos meus amigos que sempre

estiveram ao meu lado ofertando palavras de

encorajamento e de companheirismo. Todos

serão lembrados com carinho nesta caminhada,

e certa que em outras que virão, pois o que seria

de nossa vida sem gratidão? Apenas faz sentido

se as metas alcançadas estiveram enlaçadas de

perseverança e dos que estão à nossa volta.

Page 4: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM DOCUMENTO …O presente estudo desta pesquisa – Educação Escolar: As novas tecnologias como ferramenta pedagógica e otimizadora para aprendizagem

DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia aos meus pais que

sempre estiveram ao meu lado me oferecendo o

que há de melhor, Amor. A Deus, por ser força

e o mediador para que eu faça sempre o melhor

no que chamamos de escolhas para vida,

profissão. Aos professores que estiveram

comigo durante esta especialização,

alimentando, inspirando meus sonhos e

compartilhando de seus conhecimentos.

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RESUMO

Este trabalho objetiva apresentar como as novas tecnologias de uso pedagógico no ambiente escolar otimizam a aprendizagem do cérebro. O uso destas

ferramentas digitais perpassa pela avaliação dos professores, que através das observações e análise, compreendem que a geração Z, é desejosa de estímulos que atendam suas demandas atencionais, O cérebro é uma máquina poderosa

e sua formação inicia-se na gestação, finalizando sua maturação após os processos de mielinização necessários para a formação da bainha de mielina.

Este processo se intensifica após o nascimento e podendo chegar até aos 30 anos de vida. Desta forma, os ambientes educacionais necessitam estar atentos as demandas atencionais que implicam principalmente nesta geração

Touchscreen. A pesquisa é do tipo bibliográfica e busca descrever a importância das funções cognitivas e conativas nos processos da aprendizagem. A

justificativa está pautada em compreender, quais são as dificuldades que as escolas enfrentam para utilizar as tecnologias de comunicação. O estudo é uma pesquisa qualitativa e, optou-se por aprofundar em caráter explicativo,

objetivando promover percepções reflexivas a partir do problema e torná-lo mais subjetivo. A pesquisa tem como direcionamento promover reflexões a partir das

Neurociências. Desta maneira levar em consideração que o cérebro necessita de otimizadores para aprendizagem o uso da Tecnologias de Informação e Comunicação favorecem o desenvolvimento de redes neuronais.

PALAVRAS-CHAVE: Tecnologia, Neurociencias, cérebro

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METODOLOGIA

O presente estudo desta pesquisa – Educação Escolar: As novas

tecnologias como ferramenta pedagógica e otimizadora para aprendizagem do

cérebro, surgiu diante de observações inerentes as dificuldades que as escolas

têm para integrar os saberes e integrar as novas tecnologias no ambiente da

aprendizagem. No entanto, a preocupação da escola é exercer sua função de

mediadora da aprendizagem e oportunizar a inserção dos seus alunos na

sociedade, mas com as transformações sociais e tecnológicas. A instituição

escola, quanto ambiente mediador de processos de aprendizagem, busca

empoderar-se de novas abordagens que possam potencializar o ensino. O

estudo foi fundamentado em pesquisas bibliográficas que fornecem base para a

importância da tecnologia de comunicação nos processos da aprendizagem. A

pesquisa traz reflexões sobre, quais são as dificuldades que as escolas

enfrentam para utilizar esta ferramenta e quais apontamentos são utilizados por

estudos neurocientíficos, que as Tecnologias de comunicação otimizam a

aprendizagem.

As pesquisas da neurociência, faz emergir a necessidade de outras

abordagens no ambiente escolar contemporâneo, uma vez que novas

perspectivas dos processos da aprendizagem, estimulam diferentes áreas

cognitivas e afetivas. Unir novas perspectivas de ensino diante de demandas

educacionais e modelos anacrônico que institucionalizou durante anos às

escolas, é de fato um grande desafio para a contemporaneidade. Entre os

desafios estão: organizar as relações com o saber e otimizá-lo através do uso

das novas tecnologias digitais.

O estudo é uma pesquisa qualitativa e, optou-se por aprofundar em

caráter explicativo, objetivando promover percepções reflexivas a partir do

problema e torná-lo mais subjetivo. A pesquisa tem como justificativa entender,

quais são as dificuldades que as escolas enfrentam para utilizar as tecnologias

de comunicação, uma vez que a função da escola é mediar a aprendizagem e

inserir os seus alunos na sociedade, lançando mãos em ferramentas que

possam ser otimizadoras da aprendizagem no cérebro.

Page 7: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM DOCUMENTO …O presente estudo desta pesquisa – Educação Escolar: As novas tecnologias como ferramenta pedagógica e otimizadora para aprendizagem

O mundo vive em uma atual revolução tecnológica, claramente vivenciada

pelas redes sociais e por outras mídias digitais. Concomitantemente a máquina

tornar-se extensão cerebral do homem. Esta ligação, propicia flexibilidade na

relação do conhecimento, permitindo independência à mediação da

aprendizagem, pois o aluno torna-se protagonista do seu conhecimento,

podendo acessar qualquer tipo de informação a partir do uso do seu próprio

celular. Entretanto, aliar a tecnologia ao ambiente de sala de aula tornou-se uma

tendência para as crianças e adolescentes e um grande desafio para escola, que

ainda exerce a concepção autoritária do trabalho praticado da revolução

industrial, no qual o aluno ainda é considerado um ser passivo.

A pesquisa deste trabalho está pautada na observação do trabalho

realizado em uma escola do Rio de Janeiro, que recebem alunos da Educação

Infantil ao Ensino Fundamental II. Contudo, a pesquisa foi filtrada para

compreender de maneira efetiva como as tecnologias são utilizadas como

ferramentas pedagógicas e de que maneira é realizado o planejamento da

inserção das tecnologias no ambiente escolar, favorecendo a participação dos

alunos no processo de aquisição do conhecimento. As etapas da pesquisa foram

analisadas e relatadas no estudo de caso de uma turma com idade igual à de 07

anos inseridos no 2º ano do Ensino Fundamental I, com alunos com dificuldade

em manter a atenção. Sendo esta faixa etária em desenvolvimento pré-

operatório e com necessidade de refinamento de habilidades para chegar na

fase das operações concretas, tendem a se dispersar com frequência por ainda

necessitar de apoiadores concretos e por estar em fase de transição, e

desenvolvimento de autonomia a escola optou em utilizar tecnologias digitais

para otimizar a aprendizagem dos alunos favorecendo o desenvolvimento das

redes neuronais.

A observação foi realizando durante os meses de agosto de 2017, na

turma do 2º ano do Fundamental I com o acompanhamento do Coordenador de

Informática da escola e da coordenação pedagógica. Foram realizados registros

em diário de campo com observação dos alunos participando das aulas e a

interação dos mesmos a partir do uso das tecnologias em sala de aula. Após

análise das observações, foram levantados alguns questionamentos tais como:

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Quadro comparativo: observações de campo

Fonte: elaboração própria

A pesquisa qualitativa possibilitará analisar como a escola pesquisada

utiliza as ferramentas tecnológicas como otimizadoras da aprendizagem em seu

ambiente pedagógico. A fundamentação teórica se deu por meio de pesquisas

bibliográficas, livros, artigos, sites como e outros instrumentos de informações

cientificas.

Questionamentos

Área de interesse

Análise das

observações

Quais critérios os

professores utilizam

juntamente com a

coordenação pedagógica

e de informática para

planejar a utilização das

ferramentas de TIC na

escola?

Professores buscam inserir atividades como jogos que contribuam para os processos da alfabetização e raciocínio logico.

As tecnologias são facilitadoras do ensino e da aprendizagem.

Qual o interesse dos alunos no uso destas ferramentas?

Jogos com estímulos visuais e que estimulam a ativação do sistema de recompensas/pontuação

As tecnologias são ferramentas otimizadoras que permitem a passagem teórica possibilitando a construção de novos conceitos

Qual a contribuição que o uso das TIC traz para a aprendizagem destes alunos?

O uso das tecnologias auxiliam no desenvolvimento cognitivo

Tecnologias são capazes de favorecer o desenvolvimento cultural e social.

Como são realizadas as avaliações das TIC em sala de aula?

São ferramentas de complementação que auxiliam a interação discente e docentes.

São as tecnologias capazes de oferecer aos educandos interações afetivas e sociais

Como as TIC favorecem o interesse dos alunos do Ensino Fundamental I?

As tecnologias possibilitam interagir em múltiplos ambientes de forma natural. Geração touchscreen.

As tecnologias possibilitam aulas dinâmicas e são fontes de pesquisas.

Quais paradigmas são seguidos para o uso das TICs em sala de aula?

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 10

CAPÍTULO I 13

História das Tecnologias no Ambiente Educacional

CAPÍTULO II 21

Tecnologia e Sala de Aula – Desafios da Contemporaneidade

CAPÍTULO III 29

Neurociências e Tecnologia – Contribuições Potencializadoras para

Aprendizagem

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA 40

WEBGRAFIA 41

ÍNDICE 44

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INTRODUÇÃO

Este trabalho destina-se a aprofundar os conhecimentos relativos à

utilização das Tecnologias da Informação e comunicação e suas contribuições

no processo de ensino e aprendizagem aos alunos do Ensino Fundamental I e

como são inseridas as TIC no processo de ensino e aprendizagem. A

particularidade deste trabalho é apresentar a importancia da reflexão

democratica de educadores , elucidando as práticas pedagógicas no ambiente

de sala de aula.

Objetivando sistematizar a pesquisa, teremos como base as orientações

da Lei de Diretrizes e Base (1996) no artigo 32º paragrafo III, e no discurso final

as considerações sobre o uso das TIC em sala de aula sob reflexão democrática

que promova o protagonismo do aluno. Concomitantemente, serão apresentado

o desenvolvimento das Tecnologias de informação e comunicação ao longo da

história e seus processos de inserção nas escolas regulares. Corroborando com

todo o histórico das TICs, observamos que há escolas que utilizam destas

ferramentas em seus processos e práticas pedagógicas. Apresentaremos

embasamentos a partir da neurociencias, como é possível relizar práticas

desenvolvidas a partir da TICs mediadas em reflexões democráticas e suplantar

situações desfavorável ao uso destas ferramentas.

O problema desta pesquisa está pautado na maneira em que os

educadores e educandos utilizam as TICs nas escolas, para que utilizam e para

que servem os resultados desta estas práticas e como são avaliados o uso

destas ferramentas. Na tentiva de analisar os processos de ensino, foram

observados aspectos importantes nesta pesquisa, tais como as metodologia

ultrapassadas falta de planejamento com objetivos especificos e

direcionamento.

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Em suma, os educadores, precisam compreender que as TICs são

necessárias para o desenvolvimento de muitas funções ligadas as funções

cognitivas, porém atreladas as funções conativas.

Objetivando abranger o assunto, buscaremos promover uma visão

reflexiva sobre o uso das TICs em sala de aula, analisar o material utilizado,

refletir sobre como são avaliados para sua inserção em plano de aula e, analisar

de que forma esta reflexão favorece o desenvolvimento dos alunos, identificar

se os resultados destas percepções são usados para o enriquecimento das

práticas pedagógicas e se as mesmas contribuem para o desenvolvimento da

atenção e concentração de alunos.

A importância deste trabalho se reflete em compreendermos, que a escola

precisa utilizar das Tecnologias da Informação e Comunicação como aliada,

favorecendo novas leituras da geração de alunos, que precisam ser direcionados

para construção de novos saberes. Por isso é necessário um esforço cada vez

maior para que a inserção da TICs no ambiente escolar, ofereça possibilidades

de melhoria do trabalho dos professores e da aprendizagem dos alunos,

possibilitando a construção do conhecimento, utilizando dos avanços

tecnológicos de forma a contribuir para a melhor eficiência do processo

educacional.

Para nortear o tema da pesquisa escolhida, o estudo foi concebido através

de pesquisa bibliográfica, definindo o tema como problematização a partir das

referências. Foram realizadas leituras e reflexões, através de trechos citados os

transcritos nas bibliografias de Edgar Moran, Pierre Levy, Marta Relvas, Jussara

Hoffmann, Edmea Santos, Piaget, Maria Teresa Assunção Freitas, Vitor da

Fonseca entre outros teóricos que contribuíram na compreensão do tema

pesquisado.

O presente trabalho é uma pesquisa bibliográfica que tem em seu

interesse principal, promover a reflexão sobre o uso das TIC aplicadas em sala

de aula pelos professores como ferramentas pedagógicas de ensino aos alunos

com dificuldades em manter a atenção sustentada, para isto será realizada uma

investigação de como são inseridas as TIC no planejamento diário dos

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professores em uma escola. Os paradigmas aplicados em uma escola regular

em seu processo continuo para o desenvolvimento cognitivo dos alunos, serão

analisados com ênfase uma aprendizagem voltada para a emoção.

O trabalho inicia-se a partir do fio condutor, de como as escolas incluem

as TIC em seus planejamentos e ações, pois o não direcionamento assistido

desta ferramenta pode desfavorecer a aprendizagem. Considerando que alunos

do Ensino Fundamental I passam por uma transição devido ao desenvolvimento

cognitivo, apresentam dificuldade em manter a concentração nas aulas.

Corroborando com todo estudo realizado concentramos os achados nas

seguintes temáticas: Capitulo I – História das Tecnologias no Ambiente

Educacional; Capitulo II Tecnologia e Sala de aula- Desafios da

Contemporaneidade. Capitulo III – Neurociência e Tecnologia- Contribuição

Potencializadora para Aprendizagem. Metodologia de pesquisa; Conclusão;

bibliografias consultadas.

A pesquisa buscará apresentar a importância do uso das Tecnologias de

Informação e Comunicação como estratégias de ensino e aprendizagem para

alunos do Ensino Fundamental I, com dificuldade em manter o foco de atenção

sustentada durante as aulas. Toda a inquietação partiu do interesse de

desenvolver a atenção e concentração dos alunos através de ferramentas

pedagógicas favorável ao interesse e motivação atencional.

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CAPÍTULO I

HISTÓRIA DAS TECNOLOGIAS NO AMBIENTE

EDUCACIONAL

O homem em sua trajetória construiu uma vida a partir do

desenvolvimento das tecnologias e comunicação. Até chegar ao que muitos de

nós estamos vivenciando neste século, o homem, desde a Pré-história, vem

fazendo uso das tecnologias. Muitas ferramentas foram criadas em todas as

Épocas da existência humana. Para contemplar sua história o homem, utilizou

de registros mediante aos símbolos iconográficos nos quais mostrou como

viviam, caçavam, pescavam e como eram seus rituais e suas gerações.

Contudo a história conhecida desde o período Paleolítico (conhecido

como a Idade da Pedra Lascada) os homens pré-históricos se agrupavam em

hordas nômades, ou seja, mudavam constantemente de um lugar para outro em

busca de alimentos. Também fabricavam instrumentos de pedra lascada,

destinados à caça de animais e a coleta de frutos e raízes, pois não conheciam

a agricultura. No entanto, no período Neolítico (conhecido como a Idade da

Pedra Polida), o homem organizava-se em clãs e aldeias.

Nesse período, desenvolveram a agricultura, domesticaram os animais e

os instrumentos eram fabricados com a pedra polida. Com o passar do tempo,

os homens foram evoluindo socialmente e suas ferramentas foram

aperfeiçoadas. As pessoas, em seus grupos sociais, foram criando culturas

especificas e diferenciadas que foram constituindo-se em conhecimentos,

maneiras peculiares e técnicas particulares de fazer as coisas, consolidaram as

culturas e os costumes, hábitos sociais que foram sendo transmitidos por

gerações (ALTOÉ, 2005 apud KENSKI, 2003).

Perpassando pela história do homem, verificamos que as tecnologias

estão presentes em todos os lugares e, em todas as atividades. Portanto,

compreende-se que para executar qualquer atividade em nossa vida diária,

necessitamos de produtos e equipamentos, que são resultados de estudos.

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Corroborando com o conjunto de conhecimentos e princípios científicos que se

aplica ao planejamento, construção e utilização de um equipamento em um

determinado tipo de atividade nós chamamos de tecnologia. No entanto, para

que os instrumentos possam ser construídos, o homem necessita se aprofundar

em pesquisas e planejar. Diante destas “interfaces o homem cria as tecnologias".

De acordo com a história, na década de 1940, após Segunda Guerra

Mundial surge nos Estados Unidos a era da tecnologia, objetivando formar

especialistas militares e, para alcançar tal objetivo, foram desenvolvidos cursos

com o auxílio de ferramentas audiovisuais. Como matéria no currículo escolar, a

tecnologia educacional surgiu nos estudos de educação Audiovisual da

Universidade de Indiana, em 1946. O uso dos meios audiovisuais com um intuito

formativo constituiu o primeiro campo especifico da tecnologia. Nessa mesma

Época, iniciou-se uma segunda vertente de desenvolvimento, com trabalhos

fundamentados no condicionamento operante (SKINNE, 1974 apud. GOMIDE,

2003).

Em meio a tantas mudanças e vertentes, o homem através da tecnologia

passou a criar de maneira intencional, ou seja, com causa e efeito, equipamentos

que mudaram o mundo, tais como:

A Luz Elétrica - inventada em 1879, que possibilitou que a indústria

se desenvolvesse e revolucionou o estilo de vida das pessoas. A

invenção da lâmpada incandescente pelo americano Thomas

Edison, permitiu capturar a energia elétrica e recriar um céu

terrestre.

A Fotografia - O pintor e físico francês Louis Daguerre, em 1831,

descobriu que a imagem pode ser capturada e reproduzida por

meio de uma câmara escura. Em sua homenagem, durante os

primeiros anos, a máquina fotográfica era conhecida como

daguerreótipo.

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O Filme - Em 1895, foi possível seu surgimento devido ao avanço

proporcionado pela fotografia.

O Cinema - Joseph Plateau, em 1832, descobriu o princípio da

recomposição do movimento a partir de uma série de imagens

fixas. Ele inventou o processo inverso, o meio de decompor o

movimento. Como a fotografia era conhecida publicamente, os

inventos resultantes desse processo usavam apenas desenhos.

Em 1895 foi realizada a primeira sessão de cinema, e pela primeira

vez na história foi trazida ao público.

O Telefone - O escocês Alexandre Graham Bell, em 1876, foi

quem realizou a primeira ligação entre dois aparelhos. "Doutor

Watson, preciso do senhor aqui imediatamente". Essa foi a

primeira frase pronunciada ao telefone para um de seus

assistentes e se deu por meio de fios elétricos.

A televisão - foi inaugurada em 1936 pela BBC Inglaterra, e

produzida em massa após 1945. No entanto, J.L. Baird, utilizando

um sistema bastante rudimentar de TV, conseguiu em 1923, na

Inglaterra, transmitir uma silhueta em movimento, com muita

imperfeição.

O Computador- A primeira tentativa para construir um computador

ocorreu em 1951, resultando em uma máquina denominada

UNIVAC 1. Em 1946, o exército americano patrocinou o

desenvolvimento do ENIAC (Calculadora e Integrador Numérico

Eletrônico), o qual pesava 30 toneladas, possuía 70.000

resistores, 18.000 válvulas a vácuo e foi construído sobre

estruturas metálicas com 2,75 metros de altura. Quando acionado,

o consumo de energia fez com que as luzes da Cidade de Filadélfia

piscassem. A introdução do que conhecemos por computador foi

concretizada pela IBM em 1981, com o Computador Pessoal (PC)

(CASTELLS, 2000).

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O Satélite- Sputnik satélite russo foi o primeiro satélite lançado no

espaço, em 1957. Criado para a pesquisa espacial, seu uso foi

ampliado para estudos meteorológicos a partir dos anos 60, e o

Testar, primeiro satélite de comunicação, foi lançado em 1962,

pelos Estados Unidos. Graças aos satélites j· podemos acessar a

Internet por meio de computadores sem fio.

A Internet- Foi criada em 1969 para fins militares, um pedido do

Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América a uma

equipe de pesquisa de universidades americanas para que

projetasse um sistema de comunicação invulnerável a um eventual

ataque nuclear (CASTELLS, 2000). Esse sistema de comunicação

foi comercializado na segunda metade da década de 1990. A

internet foi privatizada e se tornou tecnologia comercial.

No Brasil o uso das tecnologias avançou em meados de 1939 com o

Instituto Rádio-Monitor que apresentava o ensino a distância. O Instituto

Universal Brasileiro, em 1941, realizou as primeiras experiências educativas com

o rádio. Entre essas experiências destaca-se a criação do Movimento de

Educação de Base (MEB), que visava alfabetizar e apoiar a educação de jovens

e adultos por meio das "escolas radiofônicas", principalmente na região norte e

nordeste do Brasil. Outro projeto importante transmitido pelo rádio MEC foi o

projeto Minerva. De 1967 a 1974 foi desenvolvido, em caráter experimental, o

Sistema Avançado de Comunicações Interdisciplinares (Projeto Saci) com a

finalidade de usar o satélite doméstico, utilizando o rádio e a televisão como

meios de transmissões com fins educacionais. Essas atividades eram

subdivididas em dois projetos: direcionados para as três primeiras séries do

ensino fundamental e outro para o treinamento de professores. Contudo, o

projeto foi encerrado em 1976.

Perpassando pelos registros segundo Saraiva, 1996:

Os históricos indicam que, no Brasil, a primeira estação de televisão foi a TV tupi, inaugurada em 1950 na cidade de são Paulo. Importantes experiências educativas iniciaram-se em

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1969 por meio da televisão cultura, que passou a transmitir o curso madureza ginasial. O grande desafio do curso foi provar que era possível transmitir, pela televisão uma aula agradável e eficiente. Nesta época, o sistema de televisão educativa (TVE) do Maranhão passou a desenvolver atividades educativas de 5ª a 8ª séries. Contudo, a fundação teleducação do Ceará (funtelc), mais conhecida como televisão educativa (TVE) do Ceará, começou em 1974 a desenvolver ensino regular de 5ª 8ª séries. Outro projeto importante o Telecurso 2° grau, implementado pela Fundação Roberto Marinho (FRM) em parceria com a fundação Padre Anchieta (mantenedora da TV Cultura de São Paulo) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). A experiência indicou que houve sucesso na realização das atividades e em 1981 foi criado o Telecurso 1° grau, com apoio do MEC e da Universidade de Brasília (UnB). No ano de 1994, a série televisiva ganhou uma revisão metodológica, sendo a dramaturgia adaptada à educação. Esse novo formato de telecurso foi criado em 1995. (Fonte:http://www.pucrs.br/famat/viali/doutorado/ptic/textos/dhnt.pdf).

Logo, em 1973 foi criado pelo homem o celular, trazendo uma grande

oportunidade de comunicação a partir do telefone móvel. Diante desta inovação,

o aparelho foi se modernizando a cada ano, surgindo novos aplicativos,

oportunidades e interesses, tudo poderia estar ao alcance de nossas mãos em

um único aparelho. Entre eles internet, redes sociais, câmeras, jogos. O

interesse a partir das TIC, tomaram uma proporção muito grande entre crianças,

jovens e adultos. O imediatismo de informação, tudo ao alcance em poucos

segundos, trouxe conhecimento, mas a falta de interesse entre estudantes em

sala de aula é notável.

A percepção do uso de Tecnologias de informação e comunicação nas

escolas, partiram da premissa de aulas interativas e significativas, pois à escola

de hoje, recebem alunos diferentes de anos atrás. No espaço da escola

contemporânea, há crianças e jovens antenados no meio informatizado e que

são desejosos de velocidade nas informações. Aulas cansativas não prendem

mais a atenção dos mesmos. Neste caso a modalidade de aulas informatizadas,

fundamentam o papel da escola em desenvolver cidadãos promissores e críticos

na sociedade.

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De acordo com o movimento e a prática da sociedade contemporânea, é

inegável que a educação e a escola não se movam em suas práticas, pois a

sociedade está permeada pelas tecnologias, sendo esta uma responsabilidade

social, com perspectiva voltada para o futuro. Desta maneira, pensar sobre a

relação tecnologia, educação é imperativo para a sociedade (Edgar Moron,

2002).

Considerando-se, então que as transformações oriundas do ser humano

ao ambiente de sua convivência, modifica a si mesmo, pois possibilita a

construção e conhecimento sobre eles, o homem em sua busca por experiência,

resignifica seus conhecimentos já construídos refletindo sobre eles através dos

processos criativos e tecnológicos. Neste sentindo a tecnologia torna-se uma

ferramenta sofisticada, capaz de abranger os paradigmas educacionais, pois a

própria palavra “tecnologia” é um termo muito abrangente que envolvem diversos

aspectos como: técnica moderna e sofisticada utilizadas para um determinado

conhecimento.

Para Nunes (2009, p.32.apud Armaud, 2005), as novas tecnologias

trazem consigo um novo desafio para educação, pois implicam na discussão de

um novo pensar para as condutas tão conhecidas da prática educativa.

Compreende-se que tais desafios e seus argumentos são necessários para

praticar nos ambientes educacionais, sendo estes mais notáveis na escola,

objetivando favorecer o desempenho qualitativo dos processos educacionais,

não como mero recurso da atualidade, porém como método aplicado de ensino.

Contudo, para tal método ser aplicado é necessária sua elaboração de acordo

com o projeto-pedagógico da escola, que possibilitará apontar carências ao

sistema educativo, organizando ou revertendo situações não produtivas ao

desempenho acadêmico.

Entretanto, estando a metodologia de ensino inteiramente ligada ao

método é importante compreender quem exerce o papel de sua aplicação, ou

seja, o professor. A entrada da tecnologia no ambiente educacional é mediada

por eles. Em contrapartida, inserir métodos e tecnologias, exigem que o

professor conheça bem as TIC, para que usem de forma adequada como

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instrumentos de incremento ao ensino, como maneira de melhorar o processo

ensino e aprendizagem por meio de nova formas de comunicar, conceber novas

formas de conhecimento, tais como leitura, escrita e raciocínio lógico.

Analisando o papel dos professores na utilização e incrementação

pedagógica através das ferramentas digitais, há um questionamento pertinente

que ampara a entrada das TIC nos ambientes educacionais: Como ensinar e

como aprender no mundo digital? Segundo Costa (2014) a informática educativa

é uma realidade e deve ser inserida no contexto escolar. Visando o

aperfeiçoamento, atualização e a qualificação das práticas pedagógicas o

desenvolvimento cognitivo precisa de motivadores diante as oportunidades de

experiências. Sendo assim, precisamos investigar novas abordagens, métodos,

estratégias ou ferramentas que sejam propagadores de interesse pedagógico.

A educação mudou com a velocidade de informações e a inserção da

tecnologia. Percebemos que o processo da aprendizagem ultrapassa teorias,

pois envolve o desejo, criatividade e ação. O espaço educativo precisa estar

aberto para novas possibilidades que venham a somatizar e que atendam os

educandos. Ao compreender que a linguagem audiovisual como a linguagem da

sociedade nesse milênio é constatando, que jovens em idade escolar

apresentam uma relação intima com os vídeos games, televisores,

computadores e celulares, entendem-se as preocupações da sociedade quanto

ao mentor do fracasso escolar e apontam alguns elementos para sua superação.

A integração de novas ferramentas tecnológicas na escola, requer habilidades

de docentes, conforme salienta Líbâneo (2006):

O novo professor precisaria, no mínimo, de uma cultura geral mais ampliada, capacidade de aprender a aprender, competências para saber agir na sala de aula, habilidades comunicativas, domínios da linguagem informacional, saber usar meios de comunicação e articular as aulas com as mídias e multimídias. (NUNES, 2009, p. 36 apud LIBÂNEO, 2006).

Como se nota, o professor deixa de ser o informador que impõe conteúdos

e passa a ser um orientador da aprendizagem. Nesse sentido é enfático afirmar

que é imprescindível a capacitação ao professor do século XXI, sendo

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emergente a toda inovação e qualificação, com preparo para dialogar com outras

realidades. A educação contemporânea não tem como negar, que a internet é

hoje o principal entretenimento de crianças e adolescentes, superando mídias

como televisão, passando a exercer papel em destaque nas relações sociais.

Muitos jovens, preferem, muitas vezes ficarem na Internet a ir para escola,

acreditando aprenderam muito mais neste espaço do que em sala de aula.

Cada ano que se passa, torna-se mais necessário a construção de novas

abordagens educacionais, que favoreçam o engajamento continuo do interesse

dos jovens pela escola. Neste sentido, pensar em não utilizar da tecnologia no

ambiente escolar, seria desperdiçar ferramentas de otimização para dinamizar

os processos escolares. A educação já passou por diversas transformações e

muitos desafios continuam. No entanto, os professores foram promovidos pela

nova geração de discentes, como “ participante do processo”, não como o

transmissor do conhecimento, utilizando suas ferramentas, poucos

interessantes, tais como quadro, caneta e livros. A nova geração exige novos

apetrechos, incluindo os eletrônicos, compreendendo assim, que o ensino

necessita tornar-se significativo. De acordo com Relvas (2017, apud VALENTE,

1993), o ensino precisa ser o gatilho do desenvolvimento.

Que o professor precisa deixar de ser o repassador do conhecimento- o computador pode fazer isso e o faz tão eficiente quanto ao professor- e passar a ser o criador de ambientes de aprendizagem e o facilitador do processo de desenvolvimento intelectual do aluno.

A escola por sua vez exerce o papel de promover eventos que colaborem

com o prazer, provocando desafios e oferecendo oportunidades, por vias de

colaboração, cooperação, menos excludentes. Perpassando por este cenário,

que sofre inúmeras modificações, unir cognição, emoção e afeto através de

estratégias que atraiam o interesse dos alunos é possibilitar que professores

assumam seu verdadeiro papel de mediador nos processos da aprendizagem.

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CAPÍTULO II

TECNOLOGIA E SALA DE AULA – DESAFIOS DA

CONTEMPORANEIDADE

A escola de hoje é identificada como monótono e repetitiva associada ao

perfil de um aluno que permanece demasiado tempo inerte, olhando o quadro,

ouvindo récitas, copiando e prestando contas (SANTOS, 2012). Por longos anos,

tem sido a prática do falar-ditar do professor e da professora. Na maioria das

salas de aula presenciais e também on-line, prevalece o modelo comunicacional

centrado na récita do mestre, responsável pela detenção do conhecimento .

Corroborando com as práticas da educação on-line, os sites e os ambientes

virtuais de aprendizagem continuam rígidos, centrados na transmissão de dados

desprovidos de interatividade, de criação coletiva, de aprendizagem construída.

Contudo, o uso das TICs em sala de aula, deve partir do princípio de aulas bem

planejadas objetivando aulas interativas. A organização das estratégias e o

funcionamento da sala de aula permitem redefinir a atuação dos professores e

alunos como agentes do processo de comunicação e de aprendizagem. A

reflexão da prática docente prática dispositiva concreta para a formação

continuada de professores é de grande importância.

A reflexão das práticas, devem estar voltadas para aprendizagem, porém

a partir do interesse dos alunos. Para isto, faz-se necessário o planejamento do

uso da TICs nas aulas. A utilização destas ferramentas, devem ser direcionadas,

pois, tendem favorecer a dispersão dos alunos, uma vez não direcionada. No

entanto, diante de tantas mudanças provenientes do crescente desenvolvimento

tecnológico, faz-se necessário na educação, construir novas concepções

pedagógicas a partir do planejamento oriundo do interesse dos alunos.

A era atual das tecnologias da informação e comunicação estabelece uma nova forma de pensar sobre o mundo que vem substituindo princípios, valores, processos, produtos e instrumentos que mediam a ação do homem com o meio. (Carvalho, apud, Pierre Lévy, 1996).

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De acordo com esta necessidade, e a pretensão de contribuir, para que

através da apropriação das tecnologias os professores e alunos tenham a

capacidade de discernir como e quando utilizá-la, o uso das TICs, tornar-se um

grande desafio, pois a inclusão destas ferramentas perpassa por um período

de construção adaptativo conceituado como democrático. Em consonância com

a prática pedagógica a democracia para utilização das tecnologias, precisam

acontecer de maneira crítica com o intuito de compreender, propor e desenvolver

as estratégias de construção, objetivando possibilitar um serviço de uma

educação preocupada com a mudança na sociedade, pretendendo a

democratização dos saberes e das mídias.

A utilização das TICs em sala de aula, torna-se um grande desafio, porém

abre um grande e oportuno “túnel do saber”, pois o objetivo principal da prática

pedagógica deve ser a ampliação do saber dos educandos, utilizando-se de

todos os meios tecnológicos de informação e comunicação. Muitos são os

recursos tecnológicos que podem facilitar o processo de ensino e aprendizagem.

Entre os recursos que podem ser utilizados em sala de aula está o celular, o

principal produto das TICs, que ganha destaque e importância neste quesito

entre crianças e jovens.

Com diversos aplicativos e rico em recursos audiovisuais, possibilita o

ligamento de imagens, sons, textos e diversos softwares educativos de apoio

aos conteúdos curriculares que podem estimular os alunos para a

aprendizagem. Entre o celular, temos ainda o computador que desperta no

professor o anseio de maturação em suas aulas. Através de aulas planejadas o

uso do computador, possibilita o cruzamento de informações e a aprendizagem

significativa, manipulada pelo desejo de ensinar pelo despertar da atenção e

concentração desenvolvida pelos recursos audiovisuais que o computador

possibilita.

Contudo, ao utilizar tais ferramentas em sala de aula, é necessária uma

longa discussão entre educadores e educandos. De um lado o educador que

deseja maturar suas aulas, a partir de ferramentas poderosas para desenvolver

a tenção e concentração dos educandos e alcançar uma de troca generalizada

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de saberes. Em contrapartida, temos educandos, que ao longo da história que

sucedeu os paradigmas da educação, foram imolas de professores detentore s

do saber, mediados por aulas cansativas e repetitivas, apresentam-se dispostos

e propensos de interesse por projetos e atividades que utilizem recursos

tecnológicos.

O ato de gostar equivale ao ato de querer conhecer, ou seja, temos mais

chance de explorar a aprendizagem do aluno quando são propostas atividades

que têm significado para ele, sendo o para quê? E o porquê? Por conseguinte,

para que se tenham condições de formar uma visão crítica fundamentada sobre

o uso das tecnologias, é preciso pesquisar sobre o que elas têm a oferecer à

educação.

A escola com que sonhamos é aquela que assegura a todos a formação

cultural e científica para a vida pessoal, profissional e cidadã. O mundo está

globalizado pelos meios de comunicação (televisão, Internet, jornais, revistas,

músicas). Entre duas vertentes está à escola e a sala de aula, que necessitam

dialogar com esse mundo cibercultural. Perceber o potencial da comunicação

contemporânea não significa repeti-lo, mas estabelecer um elo com a percepção

do aluno, para que através da apropriação das tecnologias tenham a capacidade

de discernir como e quando utilizá-la. Concomitantemente, o direito para uma

aprendizagem significativa mediada pelo uso das Tecnologias de Informação e

Comunicação está descrita na Lei de Diretrizes e Bases. (1996), favorecendo

uma inquietação para o uso das ferramentas da tecnologia para o

desenvolvimento da aprendizagem:

Seção III - Do Ensino Fundamental

Art. 32º. O ensino fundamental, com duração mínima de oito

anos, obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:

I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

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III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores. (BRASIL,1996)

Entre as leis pertinentes de uma educação voltada para os valores e

aprendizagem de fato significativa, está a Constituição Federal (1988), que

apresenta os direitos e deveres de cidadão, tais como: a educação, a moradia,

o trabalho, o lazer, a saúde, entre outros é um direito social. Ou seja, não é um

favor do Estado para as pessoas, pelo contrário, como é entendida como um

direito, a educação pode e deve ser exigida dos órgãos competentes quando

esse direito for violado ou desrespeitado.

O Artigo 205 da Constituição Federal afirma:

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1988)

A sala de aula contemporânea abre as cortinas, para o público exigente e

que busca experiências, interações sociais e aprendizado que façam sentido as

suas vivencias. Costa (20014, apud. Perrenoud 2000), aponta de forma enfática

que “escola não pode ignorar o que se passa no mundo”. Há séculos que as

escolas atuam quase da mesma maneira, poucas foram as mudanças. Muitas

ainda trabalham sobe sistemas tradicionais em crendices, que o aprendizado

acontece através habilidades de decorar informações. Para tal mudanças muitos

professores ainda tímidos, começam a se preocupar com a necessidade das

transformações, buscando sua capacitação com o intuito de desenvolver a

melhor forma de ensinar sintonizada com as mudanças da contemporaneidade.

Porém, os desafios trazem consigo os medos, pois a internet apresenta

performances de linguagem assustadoras e poderosas. A internet como rede de

computadores, a todo instante compartilha em frações de segundas informações

sobre notícias, jogos, leituras, músicas, negócios, etc. Entre todas as

concepções há os espaços virtuais denominados de fontes de informações,

entre estes espaços há o que chamamos de: Word Web Wide (www). Esta

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ferramenta de domínio para informações é uma mídia muito potente e faz parte

da rede. Nesta página, encontramos ou incluímos em frações de segundos de

velocidade, sons, imagens, animações, texto e vídeos.

Contudo, a internet também oferece seus perigos. Por ter tanta facilidade

de acesso de qualquer lugar do planeta, muitas destas informações podem

oferecer riscos. O educador, precisa ter um olhar atento, para que as TIC não

saturem a proposta pedagógica. As ferramentas tecnológicas e seu uso

pedagógico, exige do educador capacitação que alcance os conhecimentos

básicos dos currículos da educação formal. De um lado temos alunos que

utilizam a linguagem digital a todo momento, de forma diversificada, ora escutam

música, encaminham mensagens instantâneas e do outro lado, professores que

utilizam de artifícios poucos prazerosos, oferecendo conteúdos retirados do

quadro, gastando-se energia e tempo para compila-los.

Segundo dados de uma pesquisa realizada no Brasil 2010, pelo

Ibope/NetRating os brasileiros são os ganhadores em tempo gasto de

navegação pela Web. (COSTA,2014, p. 34). Neste sentindo, a escola precisa

ser enfática em seus propósitos educacionais, para que alcancem seus

objetivos. O modismo é outro perigo que ronda a educação, dentre alguns há o

que chamamos de Internetês. Um tipo de linguagem dinâmica, com variações de

gírias e vícios de linguagem. O Internetês é uma forma de linguagem utilizada

nos Chats e mensagens instantâneas pelos jovens com a justificativa de ser mais

curta e rápida com menos caracteres, consumindo menos tempo do usuário. O

perigo é o uso excessivo desta linguagem.

Há duas vertentes, uma poderá trazer facilidade nas redes sociais que

utilizam de uma determinada quantidade de caracteres aceitos, e o uso abusivo

desta liberdade da internet. As crianças em idade escolar, precisam vivenciar e

experimentar através dos canais sensoriais, como sua língua é aplicada em seu

país. Os sentidos da visão e audição são os mais utilizados neste processo.

Quando os modelos estão invertidos, pode ocorrer prejuízos na linguagem

porque ficam falando e escrevendo pelos maneirismos do Internetês. Em

contrapartida, os desafios com o uso de novas modalidades não podem ser

vistos como inimigas dos professores. Partindo então para a conscientização dos

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alunos, quanto ao ambiente adequado para utilização do Internetês. Promover

projetos que favoreçam o acesso linguístico dos alunos, como utilizar e para que

utilizar, das gírias e maneirismos, precisam estar explícitos nos objetivos

específicos do planejamento diário.

Diante a tantos desafios, oferecer possibilidades com uso das TICS em

sala de aula é desafiador, porém instigante. Muitas práticas podem ser

incorporadas com o uso da internet, possibilitando a aprendizagem de maneira

significativa. Abaixo algumas sugestões pertinentes e de uso no ambiente

educacional.

Quadro informativo: Ferramentas e finalidades.

FERRAMENTAS FINALIDADE

Correio eletrônico Forma de tirar dúvidas

Chat Interação de alunos e professores,

professores e alunos, alunos e alunos,

professores e professores.

Fórum Correio eletrônico, é um espaço de

compartilhamento de dúvidas e

sugestões.

Área de Download Com conteúdo visando à autoinstrução

e aos subsídios.

Webquest, Wikis, Blog Instrumentos de comunicação e

interatividade.

Redes Sociais Favorecem a interação e podem ser

poderosas ferramentas.

Podcast Importante ferramenta que pode

dinamizar o ensino e estimular os alunos.

Fonte: COSTA, 2014. p, 86

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E importante salientar que os professores do século XXI, devem ser

seletivos em suas ferramentas tecnológicas, mas preferencialmente, possuir:

projetor multimídia, computador portátil, caixas de som ou subwoffers. Tais

ferramentas potencializam o que chamamos de “Kits necessários para aula

dinâmica e didática. ” Contudo, não necessariamente precisamos de todo o

aparato para oferecermos aulas de qualidade, mas o uso da tecnologia é um

potencializador de associação dos canais sensoriais da visão e audição.

No entanto utilizar receitas prontas não será produtivo, porém o trabalho

desenvolvido precisa ser significativo com efeito da sua utilização. O uso da TICs

pelos professores em suas práticas pedagógicas é incorporado em inúmeras

possibilidades, dentre estas o uso dos celulares, câmeras digitais e

computadores, abrilhantam os percussores de interesse dos alunos,

dinamizando e facilitando a construção do conhecimento. Outra questão

importante e necessária, é a utilização do próprio espaço destinado à

aprendizagem em sala de aula. Segundo Paulo Freire (COSTA, apud 2014, p.

90) a melhor aula que pode ser dada pelos professores é aquela que os alunos

cansam, mas não dormem. Continuando a reflexão de Freire (2001), o ensino

precisa ser envolvido pela curiosidade:

O aprendizado do ensinante ao ensinar não se dá necessariamente através da retificação que o aprendiz lhe faça de erros cometidos. O aprendizado do ensinante ao ensinar se verifica à medida em que o ensinante, humilde, aberto, se ache permanentemente disponível a repensar o pensado, rever-se em suas posições; em que procura envolver-se com a curiosidade dos alunos e dos diferentes caminhos e veredas, que ela os faz percorrer. Alguns desses caminhos e algumas dessas veredas, que a curiosidade às vezes quase virgem dos alunos percorre, estão grávidas de sugestões, de perguntas que não foram percebidas antes pelo ensinante. Mas agora, ao ensinar, não como um burocrata da mente, mas reconstruindo os caminhos de sua curiosidade – razão por que seu corpo consciente, sensível, emocionado, se abre às adivinhações dos alunos, à sua ingenuidade e à sua criatividade – o ensinante que assim atua tem, no seu ensinar, um momento rico de seu aprender. O ensinante aprende primeiro a ensinar mas aprende a ensinar ao ensinar algo que é reaprendido por estar sendo ensinado.

Disponível: http://www.scielo.br/pdf/ea/v15n42/v15n42a13.pdf

A curiosidade no ambiente escolar é possível, quando a proposta da

escola é promover o ensino humilde que corrobora, que quem ensina, precisa

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aprender. O prazer do aprender, advém das propostas e desafios oferecidos em

sala de aula. Aproveitar o próprio espaço físico da sala para inserir as TICs

provoca o interesse aos desafios sem o deslocamento dos alunos. As mudanças

do ambiente provocam disfunções de pensamento, que as aulas são apenas

diferentes quando se dirigem para outros espaços, favorecendo a perda dos

vínculos do ambiente destinado a aprendizagem. Oferecer aulas expositivas com

o uso de projetores, trazendo o que há de riqueza em unir imagens e teoria,

provoca interesses nas anotações dos pontos importantes, associar o conteúdo

através dos sentidos da visão e da audição, possibilitando acessar a memória

mnemônica.

O celular é outra ferramenta de interesse, porém as mais desafiadoras no

ambiente educacional, por facilitar o acesso as redes sociais, pode oferecer

riscos de distrações. No entanto, planejar o seu uso promove senso de

responsabilidade aos educandos e potencializa áreas de linguagem e

comunicação. Seus fins pedagógicos apresentam diversas funcionalidades, em

vista este instrumento ser uma realidade presente na vida de muitos educandos.

O uso dos celulares na sala de aula pode ser utilizado pelos educadores em

projetos e concursos de vídeos, exposição de fotografias e pesquisas botânicas,

capacitando os educandos através dos registros diários, analisar e avaliar seus

registros de forma rápida e favorável ao acesso da tecnologia.

Deve-se considerar que muitos são os desafios contemporâneos,

possibilitando o pensar na busca da melhor “formula mágica de ensinar diante

as diversidades educacionais. ” Porém, observar e analisar o público que temos

nos ambientes educacionais, avaliando suas culturas, áreas de interesses e

intervindo levando em consideração suas especificidades para promover

desenvolvimento é de fato, ter um compromisso com a educação.

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CAPÍTULO III

NEUROCIÊNCIA E TECNOLOGIA – CONTRIBUIÇÕES

POTENCIALIZADORAS PARA APRENDIZAGEM

O cérebro é a parte mais desenvolvida do encéfalo. Seu aspecto é

semelhante ao miolo de uma noz e sua massa de tecido apresenta cor cinza-

rósea, com divisões especificas em suas características, apresentando duas

substancias: branca (região central) e cinzenta (córtex cerebral). Seu peso é

aproximado de 1,3 kg, apenas 2% do corpo humano. Contudo, 25% do sangue

que é bombeado pelo coração é recebido pelo cérebro. O cérebro é a máquina

mais poderosa que existe, portanto, a mais estudada pelo homem. Contudo o

cérebro não requer treinamento especial ou equipamento para apresentar sua

potencialidade.

Segundo Relvas (2017) a construção do cérebro inicia-se ainda na

gestação, logo durante o primeiro mês o sistema nervoso começa a desenvolver-

se no embrião, através de grupos de células que por sinais químicos levam

informações. A placa neural que percorre a extensão do feto para o

desenvolvimento das extremidades, forma o tubo neural, mais tarde com a

gestação mais madura, transformará no cérebro e na medula espinhal. O estágio

final da maturação do sistema nervoso, dará ao sexto mês de gestação, quando

o processo de mielinização estiver em desenvolvimento para a formação da

bainha de mielina. Este processo se intensifica após o nascimento e podendo

chegar até aos 30 anos de vida.

Após o nascimento o cérebro infantil apresenta uma exuberância e

excessiva de sinapses provocadas pelos estímulos externos. A produção

sináptica continua até o início da adolescência, quando então começa a reduzir

por eventos regressivos. Porém, os estudos da Neurociências contribuem com

a compressão do cérebro e como acontecem os processos da aprendizagem. A

neuroplasticidade é definida pela neurociência como a capacidade do cérebro

se organizar através dos padrões sinápticos, provocando novas capacidades

intelectuais, crescimento do organismo e modificabilidade de comportamento.

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Os estímulos externos provocados, quando recebidos e potencializados na

infância, permitem conexões neurais. Muitos são os estímulos e ferramentas,

mas o lúdico é o campeão, pois o brincar não traz ideia de obrigatoriedade,

sendo, portanto, fundamental para o desenvolvimento infantil.

A apropriação das competências do desenvolvimento humano,

expressa sugestão de neuroplasticidade, de cunho transformador entre corpo,

motricidade cérebro e mente. Os seres humanos não nascem imaturos e com

imperícias múltiplas, por isto precisam de vinculação emocional e afetiva, assim

como proteção social ao longo de sua vida. (FONSECA, 2018, p. 66).

Corroborando com os estudos da neurociência, para potencializar habilidades

que provoquem novas redes neuronais é necessário compreender de maneira

sistêmica o desenvolvimento humano, assim como os processos se espelham

nas mudanças, correlacionando os sentidos entre corpo, motricidade cérebro e

mente.

O desenvolvimento cognitivo das crianças e suas competências

adaptativas são consolidadas e incorporalizadas em interação mútua, integradas

em propriedades neurofuncionais do sistema sensorial e sistema motor. A

neurociência como a ciência que estuda o sistema nervoso e suas ligações com

toda a fisiologia do organismo, incluindo a relação entre cérebro e

comportamento. O controle neural das funções vegetativas, digestão, circulação,

respiração, homeostase, temperatura das funções sensoriais e motoras, da

locomoção, reprodução, alimentação e ingestão de água, os mecanismos da

atenção e memória, aprendizagem, emoção, linguagem e comunicação

(VENTURA, 2010), traz em seus estudos e pesquisas, modificabilidade no

repertório educacional, abrangente e especifico ao ambiente da sala de aula. A

prática bem planejada e representativa das funções das áreas cerebrais cheias

de informações multifacetadas, dispõem de significado para o professor, que

busca respostas de como atingir o objetivo de suas aulas, assim como alcançar

o seu objeto de desejo “ a aprendizagem de seus alunos. ”

Os alunos que chegam a escola, estão desejosos de compreender qual

função deste ambiente educacional fechado ainda para inovações. Suas

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vivencias e experiências externas estão ligadas ao imediatismo das informações,

pelo uso acessível da internet Informações rápidas e prazerosas, pois o acesso

rápido possibilita a produção de neurotransmissores como a dopamina no

cérebro, dando a sensação de motivação, atenção, aprendizado e recompensa.

A educação contemporânea dialoga com os referencias teóricos com

base nos estudos da origem da linguagem, desenvolvimento cognitivo e déficits

no processo da aprendizagem. O ponto importante para a reflexão está

organizado na linha do tempo: cérebro primitivo, geração Y (1980 e 1995) e

geração Z (2000). A geração Z apresenta, segundo Relvas (2017), déficits

operacionais de memória de curto prazo. O uso excessivo das ferramentas

digitais, enfraquecem aspectos neuropsicomotores, necessários para o

desenvolvimento do pensamento e da memória de longo prazo.

A aprendizagem acontece pelas experiências sensoriais, permeadas

pelas janelas da audição, visão e tato. A medida que os neurônios são

estimulados respondem ao potencial da ação. A escola de ambiente provedor de

estimulo para aprendizagem cognitiva e conativa, precisa utilizar as portas

sensoriais de processo para informações de habilidade auditiva e de cinestesia.

O uso demasiado apenas da visão, atrofia outras habilidades que precisam ser

fortalecidas, principalmente para o desenvolvimento do pensar. A geração

apresenta menor tolerância as frustações, dificuldade para separar fantasia da

realidade, muitas vezes estes déficits são potencializados por jogos eletrônicos

que usam o sistema de recompensas através da pontuação por quantidades de

tiros que são disparados, não apresentando limites e habilidades metacognitivas.

Evidências cientificas demonstram que a existência de fatores genéticos

está previamente programada individualmente em cada cérebro. Para Relvas

(2017), a eficácia maturacional está relacionada a atenção dada ao estímulos

oferecidos, não em excessiva quantidade, mas na qualidade que será oferecido.

Importante salientar que a contribuição da neurociência no estudo dos processos

evolutivos do desenvolvimento cognitivo, motor, psicológico e social dialogam

com a percepção de Kandel (2013), que afirma que o “sistema nervoso é

responsável pela construção da mente humana e do comportamento humano. ”

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Ambos perpassam pelo crescimento e desenvolvimento humano. (RELVAS,

2017, apud. KANDEL, 2013).

Com base nas contribuições das neurociências, compreender que

nenhuma área do cérebro assumirá sozinha um comportamento humano

voluntário ou superior, porque ambas necessitam desempenhar funções

psíquicas que estão fundamentadas em uma interação dinâmica e sistêmica de

comunicação entre as áreas, reconhecer a neurobiologia através das regiões do

córtex cerebral e sua funcionalidade, oportuniza o desenvolvimento de

competências e habilidades.

O educador que está na sala de aula ao planejar suas aulas, poderá

beneficiar-se da neurociência de maneira distinta, estimulando através dos

conteúdos as áreas responsáveis pela aprendizagem. O córtex cerebral é

constituído por células neuroglias e de neurônios, protegido por uma camada de

tecido fino e de estrutura laminar divido por áreas denominadas de lobos

cerebrais com funções distintas: O lobo frontal por exemplo está localizado na

área frontal da testa, responsável pelo planejamento das ações, movimentos e

pensamentos abstratos. O lobo occipital localizado na área da nuca é

especializado no processamento e na percepção visual. O lobo parietal

encontra-se região superior central da cabeça está inteiramente envolvido na

recepção e processamento das informações sensoriais do corpo, e o lobo

temporal está localizado na região lateral, sob as orelhas responsável pela

memória, audição, processamento e percepção de informações sonoras,

capacidade de entender a linguagem e ao processamento visual de ordem

superior.

Compreender as áreas necessárias e importantes da aprendizagem,

aproxima os professores do “objeto de desejo, ” anteriormente mencionado,

porém ainda não conquistado. Para que seja otimizada as áreas, é necessária

ativação das áreas da emoção. O sistema límbico localizado na região

subcortical do cérebro e envolvida na relação do presente e passado (imediato

de curto e longo prazo), integra as estruturas importantes para a memória e a

aprendizagem, como a amígdala, o hipocampo, o córtex cingulado e os corpos

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mamilares. A emoção prepara o organismo para reações psíquicas a

determinadas circunstâncias que procedam os sentimentos, divididos em dois

tipos de procedimentos adaptativos: os facilitadores que estão marcados pelas

predileções, tendências, propensões e os inibidores marcados por bloqueios,

resistências, desmotivações e sofrimento.

Os processos conativos são impactantes nas funções cognitivas e

dominante das funções executivas, favorável em todo processo da

aprendizagem. Em contrapartida o sistema límbico em situação vulnerável pode

criar barreiras as habilidades conativas, favorecendo a desmotivação, a

desorganização, a perda da atenção, criatividade, e conquistas de objetivos.

Com a fragilidade das funções conativas, as funções cognitivas e executivas,

perdem a coerência, a sinergia e a consequência é a desfocagem atencional,

um desinvestimento emocional (FONSECA, 2014).

Pela relevância, tais funções conativas assumem por natureza um papel

crucial na aprendizagem, atribuindo a função integradora e transcendente que é

a aprendizagem. A transição operante da aprendizagem de um estágio imaturo

para um estágio final e fluente, seja aprender a ler, escrever, andar de bicicleta

reveste-se de desempenho que envolvem sentimentos de competências e

prazer. O cérebro humano dispõe de substratos neurológicos que são

responsáveis pela gratificação ou recompensa, decorrente do êxito. Nós

humanos somos a espécie que mais depende da aprendizagem, pois nascemos

para aprender a aprender, no entanto este processo apenas acontece se a

conação estiver disponível.

Segundo Cunha (1986, apud Costa, 2016), que a origem do aprender é

igual apropriar-se, segurar, prender, compreender. Contudo, nem sempre o

aprender anda junto com o ensinar. Em muitas situações, muito se ensina, e

pouco se aprende. O ensino é a aprendizagem são uma via de mão dupla, com

necessidades de ressignificação, pois constitui-se uma alteração biológica de na

comunicação dos neurônios. As redes que se formam, levam informações

apreendidas que podem ser evocadas e retomada com facilidade e rapidez.

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Compreendendo que o processo ensino e aprendizagem está interligado

a emoção, a oferta de estímulos que são oferecidas aos alunos (as), precisam

estar relacionados a esta informação. Os recursos oferecidos como estratégias

precisam oferecer interesses para aprendizagem. Neste sentido, as TICs, são

ferramentas de interesses de crianças e jovens. Correlacionar a aprendizagem

por vias sensórias e de extrema importância, porém, as TICs oferecem a

otimização do processo, pelo canal visual, auditivo. A religação do saber

apresenta complexidade de manter áreas atencionais, desta maneira os

estímulos ambientais são preciosos no processo de desenvolvimento cognitivo.

De acordo com Mercado (2002):

O objetivo de introduzir novas tecnologias na escola é para fazer coisas novas e pedagogicamente importantes que não se pode realizar de outras maneiras. O aprendiz, utilizando metodologias adequadas, poderá utilizar estas tecnologias na integração de matérias estanques. A escola passa a ser um lugar mais interessante que prepararia o aluno para seu futuro. A aprendizagem centra-se nas diferenças individuais e na capacitação do aluno para torná-lo um usuário independente da informação, capaz de usar vários tipos de fontes de informação e meios de comunicação eletrônica. (MERCADO, 2002, apud. COSTA, 2014. p, 77)

Corroborando que as TICs oferecem novas formas de aprender e ensinar,

quando bem aplicadas, tornam o ensino escolar mais atrativo. Provoca

questionamentos que promovem pesquisas. De acordo com as escolhas do uso

das TICs em sala de aula necessário que o educador tenha criatividade e seja

seletivo no seu uso, isto porque existem dois fins fundamentais: fins pedagógicos

e fins sociais. O pedagógico que proporciona aos professores a transmissão e

construção do conhecimento. Já o social a finalidade é repassar aos alunos

conteúdos tecnológicos. Portanto, para o uso das TICs em sala de aula, é de

fato importante que os professores tenham estas duas finalidades incutidas na

prática pedagógica. (COSTA, 2014.apud. TARJA, 2001).

O papel da escola em especial é incorporar nos professores a curiosidade

e o senso de pesquisa para utilização da TICs de modo acrescentar informações

que otimizem os processos de aprendizagem com diversos tipos de ferramentas.

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No entanto, o cuidado e seletividade ao uso em excesso, está na preocupação

em não correr riscos de ser ter a segregação social dos alfabetizados e

analfabetos digitais. É papel da escola inserir seus alunos no mundo globalizado

e tecnológico, porém não os privando das realidades em que eles próprios estão

imersos e habituados. Os recursos tecnológicos contribuem de maneira positiva

e satisfatória, para a aprendizagem dos alunos e auxiliam os professores.

Na educação seu uso está em destaque por possibilitar autonomia nos

educandos. Em função da gama de ferramentas que os Softwares disponíveis

apresentam, os alunos ficam mais motivados, tornam-se mais criativos, a

curiosidade é aguçada e habilidades de empatia são estimuladas e

desenvolvidas entre eles, pois se ajudam, dialogam entre si. Alunos com

dificuldades manter-se em concentrado, tornar-se mais concentrado por

favorecer sua socialização. O uso desenvolve desejo e formas de comunicação,

motivando aprender novas línguas. É uma fonte de pesquisa escolar que

contribui para o desenvolvimento das habilidades de comunicação e de estrutura

lógica do pensamento.

Neste sentido a neurociência contribui no embasamento do uso adequado

das TICs no ambiente de sala de aula. O uso favorece nos receptores de

atenção, como a visão e audição. A visão é o maior canal da aprendizagem,

sendo, portanto, muito utilizado nos processos da manutenção da atenção.

Contudo, a atenção depende de outras variáveis como motivação e organização.

Segundo Fonseca (2016), a atenção compreende um organização interna

(proprioceptiva, tátil- quinestésica) e externa ( exteroceptiva, visual e auditiva) de

estímulos, organização essa indispensável à aprendizagem; caso contrário, as

mensagens sensoriais são recebidas, mas não integradas.

De acordo com as variáveis de manutenção da atenção e sua presença

no processo da aprendizagem, é necessário renovar e inovar os materiais

didáticos e a apresentação de estímulos. A atenção é controlada pelo tronco

cerebral, mais exatamente pela substancia reticulada, que tem a função de

regular a entrada e a seleção integrada dos estímulos, bem como o estado tônico

de controle. Quando a atenção seletiva está empobrecida, o sujeito fica inquieto,

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ruidoso, turbulento, excitado e distraído, apresentando muitas vezes

comportamentos impulsivos, podendo tornar-se agressivas, insatisfeitas,

frustradas e emocionalmente instáveis. Utilizar e manipular ferramentas digitais

em sala de aula, proporciona a manutenção da atenção, por compreender que a

visão possibilita a percepção da informação, que associadas pelas informações

perceptivos auditivas, apuram e resinificam as informações apresentadas. A

criança em fase de aprendizagem, necessita receber informações que

possibilitem o refinamento das percepções, mas que não lhe causem confusões ,

promovendo conclusões erradas e que se tornem embaraçosas para si ou para

outras.

Em contrapartida, a escola precisa estar em constante manutenção do

uso seletivo das suas ferramentas didáticas, para que os problemas perceptivos

sensórios não se arrastem ao logo dos anos escolares. É nítido nas carteiras

escolares observarmos alunos conscientes dos seus problemas,

desencorajados e sem desejo pela escola. Proporcionar didáticas diferenciadas

e humanas, implica em levar em consideração os estudos da neurociência e sua

contribuição no desenvolvimento de planos didáticos que ativem áreas

especificas no cérebro. Efetivamente a neurociência une e integra com

intencionalidade e reciprocidade afetiva a valorização da emoção nos processos

da aprendizagem.

O perfil do sujeito aprendente precisa ser instável emocionalmente, ele

precisa ser encorajado, valorizado, para que não seja posto em perigo por

inúmeras disfunções cognitivas, que apresentem falta de empatia,

despreocupação, ressentimento, desconfianças, inconformidade, egocentrismo

e inabilidade afetiva. Em suma deixar de oferecer abordagens ou estratégias

que potencializem áreas especificas as necessidades inerentes aos educandos,

é provocar socialização inadequada com comportamento desviante, disfunções

cognitivas que podem pôr em risco o seu ajustamento escolar e social.

As TICs agem como instrumentos de passagem de informações teóricas

descontextualizando para a prática. Proporciona um olhar diferente do mundo,

permitem o desenvolvimento do aluno nas diversas áreas, fazendo-se

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necessária nas instituições de ensino, porém, é relevante afirmar que jamais será

substituível aos professores, pois para haver aprendizagem são necessárias as

interações afetivas e sociais, consolidadas pela emoção.

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CONCLUSÃO

Neste artigo, foram analisados os desafios do uso das Tecnologias de

Informação e Comunicação nos ambientes educacionais. No entanto, em uma

perspectiva neurocientifica, atrelada a neurociência em sala de aula o uso da

TICs são necessárias por compreender que os alunos do século XXI, são

dotados de habilidades e interesses diferenciados. O uso de equipamentos e

ferramentas digitais, são favoráveis nos receptores de atenção, como a visão e

audição. A visão é o maior canal da aprendizagem, portanto, muito uti lizado nos

processos da manutenção da atenção. Em outras variáveis como motivação e

organização a visão e audição (canais sensoriais), necessitam de uma

organização interna e externa de estímulos, caso contrário, as mensagens

sensoriais são recebidas, porém não integradas.

A renovação e inovação dos materiais didáticos e a apresentação e a

disposição de maneira organizada em sala de aula estimulam as áreas

atencionais do córtex cerebral e do lobo frontal. A atenção sustentada faz parte

do processo da aprendizagem, portanto é controlada pelo tronco cerebral,

substância reticulada, que tem a função de regular a entrada e a seleção

integrada dos estímulos, bem como o estado tônico de controle. Quando a

atenção seletiva está prejudicada, há disfunções no sujeito que fica

emocionalmente instável, trazendo muitos prejuízos pedagógicos.

A escola contemporânea percebe que precisa resinificar suas práticas,

pois o mundo está globalizado pelos meios de comunicação e seu público não é

mais o mesmo, a geração Touchscreen domina os bancos escolares, são

exigentes e o que é oferecido como modulador de atenção não traz significado.

A pesquisa apresentou que o uso das TICs no ambiente de sala de aula é de

fato otimizadores para aprendizagem do cérebro. No entanto, jamais serão

substitutas dos mediadores da aprendizagem, professores que precisam integrar

o vínculo afetivo e a emoção em todo processo cognitivo e social da

aprendizagem, bem como relacionar as funções conativas, cognitivas e

executivas. O problema desta pesquisa não será esgotado, por

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compreendermos que a escola com que sonhamos é aquela que assegura a

todos a formação cultural e científica para a vida pessoal, profissional e cidadã

de seus alunos, assim como sua relação com este público é de oferecer-lhes

protagonismo com base em emoção e afeto para o ensino humano e de

continuidade dos valores que capacitarão uma sociedade para a construção de

novas abordagens com novos olhares para aprendizagem.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 09

INTRODUÇÃO 10

CAPÍTULO I 13

História das Tecnologias no Ambiente Educacional

CAPÍTULO II 21

Tecnologia e Sala de Aula – Desafios da Contemporaneidade

CAPÍTULO III 29

Neurociências e Tecnologia – Contribuições Potencializadoras para

Aprendizagem

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA 40

WEBGRAFIA 41

ÍNDICE 44