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2014/2015 HIDROFÓLIO FEUP Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Supervisores: Professora Ana Reis Engenheiro João Duarte Monitor: Carlos Ribeiro Equipa: 1M2_02 201403099 - Francisca Pinto Barbosa Machado Aires 201405511 – Francisco Da Costa Marques 201403696 – Inês Sequeira Braga Montenegro 201403213 - João Miguel Gonçalves Pena 201404137 - João Paulo Ferreira de Sousa

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2014/2015

HIDROFÓLIO

FEUP

Mestrado Integrado em Engenharia

Mecânica

Supervisores: Professora Ana Reis

Engenheiro João Duarte

Monitor: Carlos Ribeiro

Equipa: 1M2_02

201403099 - Francisca Pinto Barbosa Machado Aires

201405511 – Francisco Da Costa Marques

201403696 – Inês Sequeira Braga Montenegro

201403213 - João Miguel Gonçalves Pena

201404137 - João Paulo Ferreira de Sousa

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Agradecimentos

Queremos aproveitar esta oportunidade para agradecer a

todos os que de alguma forma, contribuíram para a

realização deste trabalho, nomeadamente:

• À supervisora, Professora Ana Reis;

• Ao engenheiro João Duarte;

• Ao monitor Carlos Ribeiro;

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Resumo

Este relatório foi realizado no âmbito da unidade

curricular Projeto FEUP, na qual foi proposto selecionar

um tema relacionado com os transportes marítimos. Optou-

se por abordar os hidrofólios devido à sua característica

hidrodinâmica mas também por ser um meio de transporte

pouco conhecido e acerca do qual deveria ser interessante

reunir mais informação.

Em primeiro lugar, foi feita uma pesquisa geral sobre

os hidrofólios e, consoante a informação encontrada,

realizou-se um índice, de acordo com a seleção prévia dos

tópicos principais a abordar.

De seguida, deu-se início a uma pesquisa mais exaustiva

sobre os tópicos escolhidos através da consulta de sites,

livros e até de engenheiros mecânicos de forma a

conseguir-se aglomerar informação diversificada sobre o

contexto histórico dos hidrofólios, a maneira como

funcionam, os tipos de hidrofólios existentes, os

materiais que os constituem assim como os seus processos

de fabrico e também outras aplicações desta estrutura.

Por fim, concluiu-se o porquê deste tipo de barcos não

ser tão utilizado quanto seria de esperar, apesar do seu

potencial.

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Índice

1. Introdução ....................................................................................................................................... 5

2. História ............................................................................................................................................ 6

2.1. Primeiros Projetos .................................................................................................. 6

2.2. Barcos tripulados .................................................................................................... 7

3. Funcionamento ................................................................................................................................ 9

4. Tipos ................................................................................................................................................. 11

4.1. Surface Piercing (SP) ......................................................................................... 11

4.2. Fully Submerged (FS) ........................................................................................... 12

4.3. Surface Piercing vs. Fully Submerged ..................................................... 13

5. Materiais e Processos .......................................................................................................... 14

5.1. Hidrofólio traseiro .............................................................................................. 14

5.1.1. Requerimentos Gerais ............................................................................... 14

5.1.2. Design ................................................................................................................. 14

5.1.3. Construção ....................................................................................................... 15

5.2. Hidrofólio dianteiro ........................................................................................... 19

5.2.1. Requerimentos gerais ............................................................................... 19

5.2.2. Design ................................................................................................................. 19

5.2.3. Construção ....................................................................................................... 21

5.3. Considerações a ter com o casco ................................................................. 21

6. Aplicações ..................................................................................................................................... 23

6.1. Skyski/Sitdown foil .............................................................................................. 23

6.2. Sailing hydrofoil .................................................................................................. 23

6.3. Bike hydrofoil .......................................................................................................... 24

6.4. Military hydrofoil ................................................................................................ 24

7. Conclusão ....................................................................................................................................... 25

8. Bibliografia ................................................................................................................................ 27

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1. Introdução

Ao longo deste relatório iremos abordar o hidrofólio de

diferentes perspetivas, nomeadamente em termos

históricos, o seu funcionamento, os seus materiais

constituintes e respetivos processos de fabrico, os

diferentes tipos de hidrofólios existentes, assim como as

suas diversas aplicações e por fim um levantamento das

principais vantagens e desvantagens do mesmo.

Para uma melhor compreensão deste trabalho, é de

salientar que o hidrofólio é uma superfície flutuante

usada em inúmeros transportes marítimos, sendo a sua

principal característica a projeção parcial da parte

inferior do barco para um nível superior ao da água,

graças ao ângulo de curvatura que a estrutura forma.

Consiste, essencialmente, numa estrutura instalada no

casco do barco com o intuito de elevá-lo, reduzindo assim

o atrito da água, resultando desta forma, num aumento

potencial da sua velocidade, e na substancial redução do

consumo de combustível.

Uma possível analogia de se fazer a esta capacidade de

projeção é a sustentabilidade que as asas de um avião

conferem ao mesmo, a única diferença é que como a água é

aproximadamente mil vezes mais densa que o ar, a

estrutura pode ser muito mais pequena e capaz de ser

aplicada a velocidades inferiores.

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2. História

2.1. Primeiros Projetos

Enrico Forlanini, um inventor italiano, começou a

trabalhar em hidrofólios em 1998, usando um sistema de

escadas para elevar o navio, obtendo assim patentes pela

sua invenção em diversos países como, por exemplo, a Grã-

Bretanha e os Estados Unidos da América.

Mais tarde, entre 1899 e 1901, um designer de navios

inglês, John Thornycroft, desenvolveu o sistema de

Forlanini. Assim, em 1909, este construiu o seu próprio

modelo, o Miranda II, um barco movido por um motor de 60

cavalos (45kW). Os hidrofólios de Thornycroft foram-se

desenvolvendo, sendo que o último barco desenvolvido já

atingia os 65km/h (Miranda IV).

Em Março de 1906, saía um artigo na revista Scientific

American sobre os princípios básicos do hidrofólio.

Alexander Graham Bell (conhecido mundialmente pelos seus

estudos e contributos na invenção dos telefones) após ler

este artigo, ganhou um especial interesse por este tipo

de navios e decidiu estudá-los, desenvolvendo então

vários protótipos mais idênticos aos hidrofólios atuais.

Juntamente com o engenheiro americano Casey Baldwin,

Bell começou a realizar experiências no verão de 1908.

Baldwin estudou pormenorizadamente o trabalho de

Forlanini e começou a testar alguns modelos baseados nos

seus designs. Entre 1910 e 1911, Bell realizou uma

digressão mundial, durante a qual se encontrou com

Forlanini em Itália testando o modelo de Bell e Baldwin

no lago Maggiore.

Quando ambos regressaram aos Estados Unidos,

experimentaram inúmeros modelos e designs dando assim

origem ao HD-4, que usava um motor Renault atingindo

velocidades de 87 km/h, tinha uma grande capacidade de

aceleração, apresentava estabilidade em mares mais

revoltos e uma excelente capacidade de mudar de direção.

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Mais tarde, em 1919, a marinha americana disponibilizou

dois motores com 350 cavalos para o HD-4 de Bell batendo

assim o recorde de velocidade em navios (114km/h), um

recorde que durou duas décadas a ser novamente

ultrapassado.

Nos dias que correm, pode-se observar uma réplica deste

modelo no museu Alexander Graham Bell National Historic

Site em Baddeck na Nova Escócia no Canadá.

Em 1950 um casal inglês construiu o White Hawk tentando

bater o recorde de velocidade de navios. O recorde foi

praticamente batido e os engenheiros depararam-se com um

fenómeno que devido às elevadas velocidades comprometia a

estabilidade e o funcionamento do navio. [1]

2.2. Barcos tripulados

Hanns von Schertel, um engenheiro alemão, trabalhou com

hidrofólios antes e durante a Segunda Guerra Mundial

(1939-1945), mas, como a Alemanha não estava autorizada a

construir barcos rápidos no pós-guerra, Schelter dirigiu-

se para a Suíça onde formou a empresa Supramar. Em 1952,

esta empresa lançou o primeiro modelo de hidrofólios

comercial, o PT10 “Freccia d’Oro”, testado, igualmente,

no lago Maggiore. Este barco tinha uma lotação máxima de

32 passageiros e atingia velocidades de aproximadamente

65 km/h. Posteriormente, em 1968, Hussain Najadi, um

banqueiro nascido no Bahrain, comprou a Supramar e

expandiu as investigações e o desenvolvimento do

hidrofólio para o Japão, Singapura, Hong Kong, Grã-

Bretanha e Noruega. Várias instituições mundiais

concederam prémios e ajudaram no desenvolvimento dos

hidrofólios. Entre essas instituições estão o Pentágono,

a General Dynamics Corporation e a Hitachi.

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Entre 1952 e 1971, a Supramar desenvolveu inúmeros

tipos de hidrofólios, como o PT20, o PT50, o PT75, o

PT100 e o PT150, e, durante este período, também a União

Soviética realizou experiências neste tipo de navio

construindo inúmeros barcos de rio e alguns ferryboats.

Estes projetos desenvolveram-se sobretudo durante a

Guerra Fria e até meados dos anos 80. Assim, criaram o

Raketa, um dos tipos de hidrofólios mais utilizados no

mundo, o Meteor, e, mais tarde, o Voskhod. Um dos

engenheiros e designer mais conceituado desta altura foi

Rostislav Alexeyev, considerado por muito o pai do

hidrofólio moderno devido a seu trabalho e às suas

investigações.

Em 1961, um instituto americano de investigação, o SRI

International, publicou um estudo chamado “The Economic

Feasibility of Passenger Hydrofoil Craft in U.S. Domestic

and Foreign Commerce” (A viabilidade económica dos

Hidrofólios de Passageiros no comércio interno e externo

dos Estados Unidos) começando, assim, neste mesmo ano, a

utilização de hidrofólios comerciais nos EUA,

encomendados por Harry Gae Nye. [1]

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3. Funcionamento

A nível de funcionamento, os hidrofólios são muito

semelhantes às asas dos aviões, uma vez que ambos

produzem sustentação graças aos mesmos princípios. Porém,

uma vez que a densidade da água é aproximadamente mil

vezes superior à do ar, os hidrofólios podem ter

dimensões muito menores às das asas dos aviões para gerar

elevação suficiente para levantar um barco da água.

O hidrofólio deve as suas capacidades à sua forma

hidrodinâmica. Esta faz com que a água que se move por

cima do fólio se mova a maior velocidade do que a que

passa por baixo do mesmo. Assim, de acordo com a equação

de Bernoulli (equação 1), a parte superior terá menos

pressão relativamente à parte inferior, o que criará a

sustentação necessária. [2][3]

= velocidade do fluido ao longo do conduto

= aceleração da gravidade

= altura em relação a um referencial

= pressão ao longo do recipiente

= massa específica do fluido

Figura 1 - Perfil de pressão à volta de um hidrofólio [2]

Equação 1

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Para além disso, este fenómeno também pode ser

explicado pela 3ª Lei de Newton. Uma vez que as

partículas da água “saem” num ângulo descendente, pode-se

afirmar que existe uma força contrária e oposta, num

ângulo ascendente, que gera a elevação.

Figura 2 - Aplicação da Terceira Lei de Newton no hidrofólio [2]

No entanto, os hidrofólios só são capazes de criar

sustentação quando estão imersos. Quando estes saem da

água, como quando o barco atravessa uma onda, perdem o

seu efeito, e a embarcação “cai”. [4]

Figura 3- Perda de sustentação num hidrofólio que deixa de estar imerso [4]

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4. Tipos

4.1. Surface Piercing (SP)

Este tipo de hidrofólio foi projetado de forma a

expandir-se quando o barco começa a mover-se. Foi também

o modelo adotado nos primeiros barcos que se serviram

deste sistema para se deslocarem.

A estrutura do hidrofólio está posicionada com um

comprimento que permite que o casco se eleve ao nível da

água assim que seja atingida uma determinada velocidade.

Á medida que a velocidade vai aumentando, a força de

impulsão, gerada pela corrente sobre a parte submersa do

hidrofólio, também aumenta, forçando o barco a subir e,

consequentemente, diminuindo a porção do hidrofólio que

fica imersa.

Para uma dada velocidade, o barco elevar-se-á até a

força de impulsão igualar o seu peso. [5]

Figura 4 – Barco com hidrofólio do tipo surface piercing [6]

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4.2. Fully Submerged (FS)

Como próprio nome indica, este tipo de hidrofólio foi

feito para ficar sempre completamente submerso.

Ao contrário do modelo anterior, esta estrutura não é

suficiente para a elevação total do barco, ou seja, não é

auto estabilizante. É necessário um sistema que

possibilite a variação do ângulo de ataque efetivo do

hidrofólio para alterar a força de impulsão, consoante as

condições de velocidade, peso e marítimas.

A principal característica destes hidrofólios é a sua

capacidade para projetar o barco de forma a reduzir

substancialmente o efeito das ondas sobre o mesmo. Isto

permite que um hidrofólio de relativamente pequena

dimensão consiga navegar, em condições normais, a uma

velocidade elevada, sem grande perturbação,

possibilitando assim, por exemplo, o uso eficaz de

equipamento militar. [5]

Figura 5- Barco com hidrofólio do tipo fully submerged [7]

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4.3. Surface Piercing vs. Fully Submerged

SP (A)

Formato em “V”

Configuração mais

estável;

Design mais simples;

Auto estabilizante;

Mais eficiente e

económico a grandes

velocidades, em

barcos pequenos;

Mais suscetível ao

efeito das ondas,

proporcionando

viagens mais

agitadas.

FS (B)

Formato em “T”

Não é passivamente

estável, ou seja,

necessita de um

sistema de controlo

independente

(semelhante ao dos

hovercrafts);

Maior projeção do

casco a menor

velocidade;

Ausência de contacto

com as ondas à

superfície,

proporcionando uma

viagem mais suave

num mar agitado. [9]

Figura 6 - Representação dos dois tipos de hidrofólios [8]

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5. Materiais e Processos

5.1. Hidrofólio traseiro

5.1.1. Requerimentos Gerais

O hidrofólio traseiro é responsável por produzir

oitenta por cento da elevação visto que não é responsável

por nada do controlo da estabilidade e se encontra numa

posição fixa, facilitando, então, a esta parte do

hidrofólio, o suporte de oitenta por cento do peso. [10]

5.1.2. Design

No caso apresentado, foi escolhida a configuração em

“T”(fully submerged)por várias razões:

• A configuração em “V” (surface piercing) implica um

maior arrasto e irá produzir ventilação. A ventilação

acontece quando o ar é sugado para baixo, abaixo da

superfície da água, o que resulta num maior arrasto do

barco na água.

• O formato do hidrofólio em “T” necessita de menos

materiais específicos para o seu processo de fabrico.

Pode ser feito através de uma peça de espuma, madeira ou

outro material interno.

• O fólio em “T” produz uma elevação maior em função do

coeficiente de arrasto, dentro de uma determinada faixa

de velocidade, como é possível verificar na figura 7 [10]

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5.1.3. Construção

5.1.3.1. Estrutura Interna de Alumínio

O primeiro passo na avaliação do tamanho dos fólios é

relacionar muitas das variáveis com a tensão de tracção

máxima destes. Para que isso seja conseguido, as

coordenadas do fólio são colocadas num documento “Excel”

e, em seguida, através de um processo de aproximação

trapezoidal e outro de integração, o momento de inércia é

encontrado. O momento de inércia para o fólio é baseado

em paredes de fibra de vidro de 1/8 de polegada de

espessura e sem estrutura interna de suporte. Após serem

escolhidos o tamanho e a forma do fólio, são feitos os

cálculos manuais relacionados com a força.

O fólio que se encontra na parte de trás é aquele que

produz a maioria da elevação necessária, e um fólio

frontal mais pequeno mantém a profundidade e proporciona

o controlo da estabilidade. Após o centro de gravidade da

embarcação ser encontrado, é determinada a localização

dos fólios frontal e traseiro, com base, também, em

muitas outras variáveis.

___ hidrofólio em “T”, Vel. Ótima=15 nós

. . . . hidrofólio em “V”, formato reto

- - - hidrofólio em “V”, formato trapezoidal

_ . _ hidrofólio em formato de escada

Figura 7 - Elevação/Arrasto em função da velocidade (V) em nós, de várias configurações de hidrofólios [10]

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Utiliza-se espuma e um esqueleto de alumínio para o

núcleo interior e uma camada de fibra de vidro e epoxy (é

um plástico termofixo que se endurece quando se mistura

com um agente catalisador ou "endurecedor") para o

invólucro exterior. O esqueleto de alumínio aumenta a

resistência estrutural adicional para o núcleo do fólio.

Se o fólio traseiro não for construído no anglo exato

de ataque para o qual é projetado, pode não providenciar

uma sustentação adequada ou pode produzir resistência

suficiente, que irá incapacitar a embarcação de atingir

as velocidades pretendidas. As faixas do fólio traseiro

são cortadas com um buraco quadrado que encaixa em torno

de um tubo de alumínio, são uniformemente espaçadas ao

longo da viga quadrada e, depois, soldados a esta.

Em seguida, o suporte é apertado, na posição correta,

sobre a viga de alumínio entre as duas faixas centrais e

todos os componentes são soldados em conjunto. Depois de

tudo estar soldado, é feita uma limpeza ao alumínio, com

acetona, de modo a que a espuma possa aderir a este

material, num processo posterior. [10]

5.1.3.2. Moldação dos fólios

Os espaços entre as faixas na barra posterior

necessitam de ser preenchidos com espuma, cortada na

forma exatamente igual à das faixas, com o fim de dar à

camada de fibra de vidro uma superfície que possibilite

ligações e que mantenha a forma global do fólio.

Figura 8 - Estrutura interna de alumínio do hidrofólio traseiro [10]

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A espuma é cortada através de um cortador de fio quente

de “design” personalizado, conforme o que se pretende

fazer. [10]

Figura 9 – Cortador de fio quente [11]

5.1.3.3. Fibra de Vidro

Por fim, é utilizada a fibra de vidro, que é um

material complicado de se trabalhar, por um grande número

de razões. Em primeiro lugar, o adesivo que liga as

fibras, neste caso epoxy, é uma mistura de duas partes

que necessita de ser feita numa proporção de exatamente

3:1 de epoxy e endurecedor. Além disso, o epoxy é um

químico muito prejudicial e é necessário usar sempre uma

proteção adequada. Em terceiro lugar, as fibras são

tecidas numa malha muito solta que pode ser facilmente

danificada. Por último, para que o resultado obtido seja

uma camada lisa, depois de colocado, o epoxy deve ser

deixado em repouso durante pelo menos 8 horas, em posição

vertical.

O processo no qual se emprega a fibra de vidro nos

fólios traseiros, que é também utilizado nos fólios

frontais, implica várias fases, entre as quais:

1. Cortar a malha da fibra de vidro do tamanho correto e

colocar em cima do fólio para verificar se encaixa;

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Projeto FEUP 18

2. Retirar a malha, colocar adesivo na espuma e na malha

separadamente, aguardar 60 segundos e, em seguida, manter

a malha sobre a espuma certificando-se de que toda a

malha está nivelada com a espuma;

3. Misturar epoxy e endurecedor numa proporção de 3:1 e

colocar sobre uma superfície horizontal de fibra de

vidro;

4. Deixar repousar durante oito horas;

5. Após as oito horas, coloca-se o fólio ao contrário e

repetem-se os passos dois, três, quatro e cinco para o

lado contrário;

6. Esperar pelo menos 24 horas para que o repouso seja

suficiente e, em seguida, retirar o excesso de fibra de

vidro ao longo de todas as bordas;

7. Assim que a primeira camada estiver terminada, repetem-se

os passos três, quatro, cinco, seis e sete, aplicando

epoxy a todas as camadas;

8. Em seguida, misture uma camada de epoxy com “fairing

compound”, fazendo uma mistura semelhante ao “drywall

compound”. Esta mistura é aplicada a todos os locais do

lado superior do fólio que não são suaves. Em seguida,

espera-se novamente 8 horas, para repetir o processo na

parte inferior do fólio;

9. Repetir os passos três, quatro, cinco e seis para aplicar

a camada final de epoxy, após a suavidade pretendida ser

adquirida;

10. Eliminar os excessos de epoxy e obter o acabamento

final. [10]

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5.1.3.4. Construção final dos fólios traseiros

A última tarefa a ser realizada é pintar os fólios, a

qual tem três propósitos. Primeiramente, mostra quaisquer

defeitos ou buracos que necessitem de preenchimento e que

não são revelados pela fibra de vidro transparente. Em

segundo lugar, cobre as cores originais dos materiais e

confere-lhes uma maior proteção, ainda que não seja muito

elevada. Por último, devido a uma maior suavidade da

superfície dada pela camada de tinta, os efeitos de

atrito da mesma superfície são menores durante o “voo”.

[10]

5.2. Hidrofólio dianteiro

5.2.1. Requerimentos gerais

A finalidade dos hidrofólios dianteiros é proporcionar

controlo e estabilidade, bem como alguma elevação. À

medida que a sustentação vai sendo criada, a embarcação

sobe acima da superfície da água e "voa", pois está

apoiada em apenas dois hidrofólios. Isto reduz o arrasto

do barco na água e consequentemente, o atrito, podendo,

deste modo, a velocidade ser aumentada. Os hidrofólios da

frente são responsáveis pela produção de vinte por cento

da elevação porque são menores do que o hidrofólio

traseiro. Os suportes dos fólios atuam como lemes para

dar à embarcação uma manobrabilidade adequada. [10]

5.2.2. Design

Por razões de consistência e facilidade de construção,

o mesmo perfil dos hidrofólios traseiros é utilizado nos

frontais. Isto permite que os fólios dianteiros possam

ser dimensionados da mesma forma que a geometria dos

fólios de trás foi determinada.

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Com base na análise do barco, define-se a melhor

abordagem para a estabilidade lateral. No caso

exemplificado, ao longo desta parte do relatório

referente à construção, a hipótese utilizada são os

hidrofólios frontais duplos. O uso de um ângulo diedro

nos fólios em “T” é adequado para manter a estabilidade.

Figura 10 - Estrutura interna de alumínio do hidrofólio dianteiro [12]

Os “braços” da frente trabalham de forma independente

para controlar a agitação da água, e trabalham juntos

para controlar a altitude da embarcação. Neste caso, o

sistema foi concebido para atingir o equilíbrio de voo,

um pé acima da superfície da água. De seguida, é

calculado o ângulo de ataque adequado, de acordo com os

cálculos feitos relativamente à elevação e ao peso do

barco em causa. Desta forma, os fólios frontais são

responsáveis por vinte por cento da força de sustentação

necessária para o voo e automaticamente trazer a

embarcação até à altura desejada. O hidrofólio traseiro é

concebido para se ajustar automaticamente à altura da

frente.

Os hidrofólios frontais conseguem girar para a esquerda

e para a direita, resultando num movimento de viragem,

devido aos suportes em forma de leme que possuem.

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O sistema do fólio frontal será feita de forma

semelhante ao hidrofólio traseiro, no entanto, a

estrutura interior de alumínio será um pouco menor devido

ao menor tamanho. [10]

5.2.3. Construção

As duas estruturas de alumínio para os “braços” e

suportes dianteiros são construídas primeiramente. Um

tubo de alumínio é medido e cortado ao comprimento

adequado. A espessura, comprimento e o ângulo no qual se

dobra o tubo de alumínio dependem do tamanho pretendido

para o hidrofólio. As estruturas de alumínio para os

suportes e para os fólios são inicialmente cortados a

laser, e soldados nos locais apropriados. Depois disso,

as duas peças são soldadas juntas.

Seguidamente, a espuma é

cortada, utilizando o

método de fio quente

descrito anteriormente.

Estas peças são coladas no

lugar, nos espaços vazios

da estrutura de alumínio,

com uma camada de fibra de

vidro e várias camadas de

epoxy na parte superior.

5.3. Considerações a ter com o casco

O desenvolvimento de uma forma de casco satisfatória

para a aplicação de hidrofólios representa um desafio

significativo para o designer. O casco deve ter um bom

desempenho em modo hullborne (condições de operação de

uma embarcação com hidrofólios, nas quais o peso da

embarcação é suportada pelo deslocamento do seu

casco)[14] mas também durante a descolagem e durante a

operação foilborne (movimento de um barco com hidrofólios

na água, em que o casco se encontra acima da superfície

da água)[15], onde os impactos com ondas estão

envolvidos. Além disso, a configuração do casco de um

Figura 11- Estrutura completa (alumínio, espuma e fibra de vidro) do hidrofólio dianteiro [13]

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Projeto FEUP 22

navio com hidrofólios tem de satisfazer todos os

requisitos para a resistência e para a estabilidade, como

qualquer outro navio.

Os cascos de navios que possuem hidrofólios são

geralmente construídos com ligas de alumínio de alta

qualidade, sendo típicas 5000 séries de liga soldável.

Estruturalmente, o casco deve ter força para resistir ao

impacto das ondas em alta velocidade, assim como

distribuir a carga concentrada nos pontos de fixação dos

suportes. Embora os cascos com hidrofólios possam parecer

bastante convencionais, os ajustes necessários são mais

complexos do que para um monocasco, devido aos muitos

modos de operação existentes do navio.

Outra consideração importante no design deste tipo de

cascos é a exigência de boas capacidades de navegação num

mar agitado. Este tipo de embarcações existe para operar

sem restrições em mar alto por isso, estes devem ser

capazes de sobreviver a mares de tempestade na condição

hullborne. Além disso, em determinadas ocasiões, pode ser

de esperar que o navio passe a maior parte da sua vida

útil operacional no modo hullborne. Assim, é essencial

que seja dada especial atenção às características do

casco relativas à sua capacidade de navegação em qualquer

que sejam as condições marítimas. [16]

Figura 12- Casco de alumínio [17]

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6. Aplicações

6.1. Skyski/Sitdown foil

O Skyski e o Sitdown foil são dois desportos aquáticos

semelhantes ao wakeboard ou ski aquático adaptados à

realidade do hidrofólio.

O conceito é o mesmo, elevar o utilizador ao nível da

água estando este a ser puxado por uma embarcação, mais

uma vez, reduzindo o atrito e, consequentemente, aumentar

a velocidade.

6.2. Sailing hydrofoil O Sailing Hydrofoil é o clássico barco à vela, com um

hidrofólio associado ao seu casco. Este conceito acaba

por ser o de maior adesão graças à famosa competição

“America’s Cup” onde este tipo de embarcações compete

atingindo velocidades duas vezes superiores à velocidade

do vento.

Figura 9- Sitdown foil [18] Figura 30 – Skyski [19]

Figura 11- Sailing hydrofoil [20]

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6.3. Bike hydrofoil

O Bike Hydrofoil é outra ideia que foi associada a esta

estrutura, desta vez, uma bicicleta capaz de andar sobre

a água que, através da força gerada pelos pedais, faz

girar uma hélice instalada, iniciando o movimento e

elevando a bicicleta ao nível da água.

6.4. Military hydrofoil

O Military Hydrofoil pode ser facilmente definido como

uma embarcação militar que ressalva os princípios do

hidrofólio. Um exemplo de uma destas embarcações é o

Pegasus-class hydrofoil, um barco usado pela marinha

Norte-Americana destacando-se pela sua velocidade.

Figura 13- Military hydrofoil [22]

Figura 12- Bike hydrofoil [21]

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7. Conclusão

Os hidrofólios tiveram o seu pico de popularidade nos

anos 60 e 70. Desde então tem ocorrido um grande declínio

na sua popularidade e na sua aplicação para lazer,

serviços militares e também para o transporte de

passageiros comerciais. Existem várias razões para que

isto ocorra. Efetivamente, os hidrofólios conferem ao

barco algumas características de extrema utilidade em

situação de navegação, nomeadamente, permitirem que

velocidades superiores sejam atingidas com um esforço

consideravelmente menor que o necessário à maioria das

embarcações de altas velocidades, possibilitarem um

aumento da capacidade de transporte de carga com uma

menor perda de velocidade, proporcionarem uma maior

visibilidade frontal ao piloto ao baixar a proa da

embarcação. A adoção dos hidrofólios também origina uma

redução no consumo de combustível e, de uma forma geral,

proporciona um maior conforto a bordo devido às

acelerações verticais, consideravelmente menores em

relação aos outros barcos, em condições marítimas calmas

a moderadas.

No entanto, há outras características nos hidrofólios

quer a nível económico, quer a nível ambiental, assim

como estrutural, que muitas vezes acabam por tornar este

sistema numa opção menos viável.

Por exemplo, o elevado custo da sua construção; as

limitações práticas sobre o tamanho do barco, causadas

pela necessidade dos hidrofólios de produzirem uma força

ascendente suficiente para o elevarem, acabando por

torná-lo mais caro, considerando as suas dimensões, em

relação a outros navios de deslocamento convencionais.

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Ecologicamente não são muito aconselháveis, por causa

das suas arestas afiadas, próprias da estrutura dos

hidrofólios, que se mantêm submersas durante o

deslocamento e podem tornar-se letais para a vida animal

marítima.

A nível estrutural, são tecnicamente complexos e

consequentemente requerem uma manutenção contínua, outro

inconveniente dos hidrofólios é o facto de serem

sensíveis ao impacto, esta característica torna-os uma

escolha pouco confortável e até insegura em mar agitado,

devido à emersão à tona da água e ao choque do casco nas

ondas. Caso o hidrofólio atinja qualquer obstáculo, pode

soltar-se e cair, o que geralmente constitui um grande

perigo. No entanto, existem hidrofólios operacionais em

Hong Kong, onde as águas são bastante agitadas, que não

têm sido problemáticos. [1][23][24]

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8. Bibliografia

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[16] Internation Hydrofoil Society. 31 de Agosto de 2000. http://www.foils.org/basfeas.htm (acedido em

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Hidrofólios

Projeto FEUP 28

[17] s.d. http://www.aluminium-boats.com/images/new/photo_home4.jpg.

[18] s.d http://www.hydrofoil.org/images/Foilsurfing2.jpg.

[19] s.d http://www.nextfoils.com/wp-

content/uploads/2013/06/c_TonyKlarich.com_Water_Skiing_Hydrofoil_MMROLL_Creative_Commo

ns_Free_2HR.jpg.

[20] s.d http://i.telegraph.co.uk/multimedia/archive/02683/americas-cup-boat-_2683326b.jpg.

[21] s.d http://i.ytimg.com/vi/yLboyOqi6R8/hqdefault.jpg.

[22] s.d http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/20/PHM-1.jpg.

[23] Wikipedia. 3 de Junho de 2013. http://en.wikipedia.org/?title=Talk:Hydrofoil (acedido em Outubro de

2014).

[24] MarineWiki. 22 de Novembro de 2007. http://marinewiki.org/index.php/Hydrofoil (acedido em Outubro

de 2014).