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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto A Engenharia Mecânica nos transportes terrestres Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional Projeto FEUP 1º ano Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Armando Sousa e Manuel Firmino Teresa Duarte Equipa 1M5_4: Supervisores: Ana Reis e João Duarte Monitor: Mário Silva Estudantes & Autores: Ricardo A. Pinho [email protected] Rui C. Silva [email protected] Rui C. Coelho [email protected] Tiago C. Pinto [email protected] Tomás M. Carneiro [email protected] Verónica C. Cunha [email protected]

A Engenharia Mecânica nos transportes terrestresprojfeup/submit_14_15/uploads/relat_1M05... · falsificação, apesar da existência de vários relatos históricos escritos tempos

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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

A Engenharia Mecânica nos transportes

terrestres

Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional

Projeto FEUP 1º ano – Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica

Armando Sousa e Manuel Firmino Teresa Duarte

Equipa 1M5_4:

Supervisores: Ana Reis e João Duarte Monitor: Mário Silva

Estudantes & Autores:

Ricardo A. Pinho [email protected] Rui C. Silva [email protected]

Rui C. Coelho [email protected] Tiago C. Pinto [email protected]

Tomás M. Carneiro [email protected] Verónica C. Cunha [email protected]

Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional 1

Agradecimentos

Gostaríamos, desde já, de agradecer, de uma forma geral, a todos que

colaboraram neste projeto pelo seu apoio direto ou indireto na elaboração e sucesso

do mesmo.

Primeiramente, devemos um enorme obrigado ao nosso monitor Mário Silva,

pela sua dedicação e a sua disponibilidade. De igual forma presenteamos uma palavra

de agradecimento aos nossos supervisores, Ana Reis e João Duarte, por nos

oferecerem palavras sapientes de experiência.

Agradecemos, em especial, à Universidade do Porto, concretamente, à

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto por nos ter fornecido as

ferramentas e os equipamentos necessários para a concretização deste projeto.

Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional 2

Resumo

O presente relatório foi realizado no âmbito da unidade curricular “Projeto

FEUP” e tem como objetivo sensibilizar o público para as alternativas ecológicas ao

automóvel tradicional.

Como estudantes de engenharia mecânica não podemos simplesmente

esquecer o que nos rodeia, sobretudo, problemas sociais e/ou ambientais, e

concentrar-nos, exclusivamente, no mecanismo dos objetos. Sendo assim, optamos

por desenvolver o tema acima indicado, conciliando a mecânica dos meios terrestres e

o seu impacto ambiental.

Relativamente à estrutura do relatório em si, inicia-se com uma introdução

história, de seguida é realizada uma síntese, em função do funcionamento, impacto

ambiental e soluções existentes, dos meios de transporte mais comuns (e os quais

lidamos diariamente com mais frequência), nomeadamente o autocarro, a bicicleta, o

carro e o metro. Posteriormente apresenta-se uma análise comparativa, da nossa

autoria, na qual, baseados em diversos tópicos, avaliamos os meios de transporte

anteriormente referidos com o intuito de procurar a solução mais eficiente, numa

perspetiva ecológica.

Palavras-chave

Alternativas; Ambiente; Ecológico; Emissões; Impacto; Soluções; Transportes.

Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional 3

Índice

Introdução ................................................................................................................... 4

Contextualização Histórica ........................................................................................ 4

Autocarro ............................................................................................................... 4

Bicicleta ................................................................................................................. 5

Carro ..................................................................................................................... 6

Metro ..................................................................................................................... 6

Autocarros .................................................................................................................. 7

Funcionamento ......................................................................................................... 7

Impacto Ambiental..................................................................................................... 7

Soluções ................................................................................................................... 7

Bicicleta ....................................................................................................................... 9

Funcionamento ......................................................................................................... 9

Sistema de Corrente .............................................................................................. 9

Sistema de Correia de Borracha ............................................................................ 9

Sistema por veio de transmissão ......................................................................... 10

Impacto Ambiental................................................................................................... 10

Soluções ................................................................................................................. 10

Carro .......................................................................................................................... 12

Funcionamento ....................................................................................................... 12

Impacto Ambiental................................................................................................... 13

Soluções ................................................................................................................. 14

Metro .......................................................................................................................... 15

Funcionamento ....................................................................................................... 15

Impacto ambiental ................................................................................................... 16

Soluções ................................................................................................................. 16

Análise comparativa ................................................................................................. 17

Conclusão ................................................................................................................. 21

Referências bibliográficas ....................................................................................... 22

Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional 4

Introdução

No âmbito da unidade curricular de Projeto FEUP, do curso do Mestrado

Integrado em Engenharia Mecânica (MIEM), foi elaborado, pela equipa número 4, da

turma 1M05, o projeto: Alternativas ecológicas ao automóvel tradicional.

O sector dos transportes é parte integrante da maioria das atividades na

sociedade atual, exercendo um papel fundamental na qualidade de vida dos cidadãos,

possibilitando a mobilidade. A mobilidade é caracterizada por um conflito de intenções:

por um lado, é imprescindível um elevado grau de mobilidade individual como base

para alcançar a liberdade e bem-estar coletivo. Por outro, o aumento do tráfico,

resultante da mobilidade de transportes, causa uma grande variedade de problemas

ambientais e sociais que carecem de uma solução.

Perante uma cada vez maior sede de transportes é necessário estabelecer,

portanto, um balanco entre a mobilidade e o desenvolvimento sustentável. Uma vez

que, no meio urbano, os veículos a motor são a principal fonte de poluição sonora e

atmosférica. Os transportes, especificamente, os automóveis, emitem partículas

inaláveis (PM2,5 a PM10) agressivas para o sistema respiratório, em particular. Os

motores libertam outros poluentes nocivos para a saúde, como por exemplo, monóxido

de carbono, dióxido de azoto e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos.

Contextualização Histórica

O homem desde sempre teve a necessidade de se deslocar, pelos mais

diversos motivos. Inicialmente em busca de alimento, e exemplo disso, serão os

nómadas, posteriormente devido a motivos socioeconómicos. Nos primórdios da

existência humana a locomoção consistia na deslocação pedestre (quando o homem

se encontrava em terra) e na natação (essencialmente para atravessar rios).

Com as capacidades cognitivas do homem a evoluírem, paralelamente a

necessidade de se deslocar e de transportar cargas, surgem todos os tipos de

transportes que se conhecem hoje.

Autocarro

O surgimento do primeiro antecessor do autocarro atual data do século XVII,

sendo introduzido por Blaise Pascal, em Paris, o primeiro veículo do género, movido a

cavalos. Apesar de, inicialmente, bastante popular, o serviço de transportes manteve-

se em atividade somente 15 anos, voltando a emergir, novamente, no início do século

XIX, veículos do mesmo tipo. Este novo aparecimento decorreu inicialmente em

Bordeaux, popularizando-se mais tarde em Paris, Nova Iorque e Londres.

Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional 5

Em 1830, a mecânica do veículo sofre algumas diferenças, surgindo novos

modelos movimentados a vapor. Mais tarde, no ano de 1895, foram desenvolvidos os

primeiros autocarros com motores de combustão interna, cujo design foi evoluindo até

aos autocarros de hoje em dia.

Bicicleta

Quando da origem da bicicleta surgem sempre reivindicações sobre a invenção

desta, e é provável que os historiadores nunca serão capazes de identificar o

momento exato desta invenção.

Houve tempos onde alegavam que Leonardo Da Vinci recebia os créditos da

invenção da bicicleta com base num desenho encontrado no seu livro Codex

Atlanticus. Porém, tempos mais tarde, este esboço foi determinado ser uma

falsificação, apesar da existência de vários relatos históricos escritos tempos antes de

a bicicleta ser descoberta, Da Vinci continuou a ter os créditos desta invenção.

Fig. 1: Esboço da bicicleta idealizada por Da Vinci.

Existem invenções que se podem assemelhar à bicicleta que conhecemos

hoje. Como por exemplo a “Celerifere”, desenvolvida em 1790 por um conde francês

denominado de Mede de Sivrac. Esta era composta por uma viga e duas rodas nas

extremidades e não continha nenhum mecanismo de direção ou pedais.

Em 1818, Karl Von Drais da Alemanha desenvolveu a sua “Draisienne”. Esta

tinha direção mais os pedais ainda faltavam.

Em 1860, o francês Ernest Michaux e o seu irmão Pierre, adicionaram uma

manivela e pedais na roda dianteira da sua bicicleta “Velocípede”.

Nos anos seguintes, os ingleses foram os impulsionadores da tecnologia da

bicicleta, chegando assim à “Safety Bike”, em 1885, esta já se assemelha bastante às

bicicletas atuais, tanto na forma como em função. A bicicleta de segurança foi assim

denominada pois era segura e muito fácil de usar em comparação às bicicletas que a

precediam, tal como a “Penny-Farthing”.

Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional 6

Carro

A invenção da roda permitiu o surgimento de uma revolução nos meios de

transportes, onde os de veículos de tração animal eram os mais solicitados, pois

permitiam efetuar distâncias ainda maiores.

Os romanos criaram várias redes de estradas (embora tivesse sido o povo

egípcio o pioneiro desta organização) que tiveram um papel importantíssimo no

desenvolvimento dos transportes. Quando o império romano estava no seu auge, um

dos maiores objetivos consistia na conexão de todas as cidades conquistadas a

Roma.

Com o advento da revolução industrial, dá-se uma nova reviravolta nos meios

de transporte, graças ao surgimento do motor a vapor. São criados os primeiros

automóveis, embora não fossem um recurso muito seguro. Até que Rudolf Diesel

introduz o motor de combustão interna, mais propriamente o motor a diesel. Henry

Ford também desempenhou um grande papel no desenvolvimento dos transportes

rodoviários, não só a nível mecânico como também a nível logístico da produção dos

veículos. Em sentido lato, a era automóvel começou realmente no século XIX,

conduzindo à melhoria das estradas para que a circulação dos carros fosse em alguns

casos possível e/ou noutros mais confortável.

Metro

A primeira rede de metro, a Metropolitan Railway, em Londres, surgiu em 1863,

no entanto encerrou pouco depois devido ao fumo que emitia.

A ideia original passava por um comboio que transportasse os cidadãos dentro

da mesma cidade, fazendo a ligação centro-subúrbios, por exemplo. Claro que, cedo

se concluiu, que este tipo de trajetos, devido à geografia e as plantas das cidades já

existentes deveria ser efetuado, em parte ou apenas, subterraneamente. Perante este

problema, a solução encontrada foi a construção de túneis. Mais tarde, o

funcionamento do metro por eletricidade levou a expansão deste meio terrestre para o

resto do planeta (Japão, França, Estados Unidos, etc).

Em Portugal, a primeira rede de metro foi a rede metropolitana de Lisboa,

inaugurada em 1959, e, bem mais tarde, o metro do Porto, em 2001.

Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional 7

Autocarros

Funcionamento

Este veículo pode ser identificado como uma variação do automóvel, estando

capacitado para o transporte de um maior número de indivíduos.

No respeitante à mecânica interna do autocarro, esta é muito similar à do carro,

estando esta última especificada num dos próximos tópicos do presente relatório. Com

efeito, os motores de combustão são atualmente os mais utilizados nos autocarros

atuais. Para atender ao acréscimo de massa que está inerente a este veículo, os

motores referidos – comummente de quatro tempos – existem em dimensões muito

superiores aos dos veículos particulares, sendo esta a única diferença entre os dois

tipos de transporte.

Impacto Ambiental

Comparativamente aos veículos particulares, a mecânica interna dos

autocarros não representa grandes benefícios a nível da minimização das emissões

de gases e partículas tóxicas, por ser um sistema muito semelhante ao dos carros

No entanto, como os autocarros têm a característica de poderem servir como

meio de transporte para um maior número de indivíduos, a taxa de emissão de CO2,

óxidos de enxofre, entre outros, diminui com o aumento da adesão aos transportes

deste tipo.

De facto, cada viagem de autocarro equivale a uma média de 50 viagens de

carro, o que permite diminuir de forma bastante significativa a poluição atmosférica, a

poluição sonora e os engarrafamentos de trânsito nas cidades.

Soluções

A propósito, a faculdade onde nos encontramos inseridos têm dinamizado

projetos que favorecem a utilização dos transportes públicos, em particular o

autocarro.

Efetivamente, em 2012, a FEUP testou um novo modelo de autocarro, o Civita-

Bus, mais pequeno e mais leve do que os habituais veículos da STCP, com uma

carroçaria especial constituída por resina e reforçada com fibra de vidro. Estes

materiais permitem que a massa do autocarro seja cerca de 380 quilos inferior à dos

autocarros comuns, tendo sido realizados testes com vista a reduzir a quantidade de

combustível consumida e o índice de libertação de poluentes para a atmosfera. Foram

realizadas, com este autocarro, algumas viagens de teste entre o Hospital de São

João e o Instituto Superior de Engenharia do Porto, com lotação máxima para 36

pessoas, sem cobrança de bilhete.

Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional 8

O projeto contou com a coordenação da Câmara Municipal do Porto, com o

objetivo de auxiliar as cidades europeias a melhorar a qualidade ambiental nas suas

áreas urbanas1.

Fig. 2: Fotografia da equipa do autocarro ecológico e dos professores e colaboradores do projeto.

Por outro lado, entrou recentemente em fase experimental o projeto que

disponibiliza cobertura Wi-Fi nos autocarros da Sociedade de Transportes Coletivos do

Porto (STCP). Este projeto – parte integrante do Future Cities –, foi dinamizado

exclusivamente em Portugal, sendo o resultado de uma parceria constituída por

diversas instituições, entre as quais a Porto Digital, Veniam’Works, NOS, e as

Universidades de Aveiro e do Porto. Esta iniciativa transformou a STCP na primeira

sociedade de transportes públicos a nível europeu a fornecer aos seus utentes o

serviço de internet a bordo. Para além da ampliação da extensão de Wi-Fi na zona

urbana do Porto, a atividade pretende impulsionar a recolha de grandes quantidades

de dados científicos que, no âmbito do projeto Future Cities, serão utilizados para criar

conhecimento em torno da internet do futuro2. Espera-se que este projeto inovador

atraia um maior número de utilizadores para as linhas de autocarro da STCP.

1 http://informacao.canalsuperior.pt/noticia/13092

2 http://www.stcp.pt/pt/noticias/stcp-oferece-wifi-gratuito-nos-seus-autocarros/

Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional 9

Bicicleta

Ecológica, versátil, silenciosa, a bicicleta faz parte das soluções mais viáveis de

combater os transportes diariamente usados nas grandes cidades.

A promoção do uso de bicicletas passou a ser um objetivo primordial para

atingir uma redução substancial dos poluentes ambientais e também uma forma de

promover o bem-estar físico de modo a garantir um futuro sustentável e saudável para

as gerações futuras.

Funcionamento

Sistema de Corrente

As bicicletas apresentam sistemas de transmissão visivelmente simples.

Acionado por força motora, o movimento das bicicletas dá-se por intermédia das

transmissões de corrente. Esta usa o movimento dos pedais que faz girar as coroas

dentadas e assim a força é transmitida para a roda traseira. Aqui é feita a

desmultiplicação de forças através de um pinhão constituído por um determinado

número de rodas dentadas de tamanhos diferentes. Cada roda dentada equivale a

uma velocidade. Quanto menor o número de dentes maior será a velocidade.

Fig. 3: Transmissão por corrente.

Sistema de Correia de Borracha

Um sistema pouco utilizado nas bicicletas é o da correia de borracha. Tem a

particularidade de não necessitar de lubrificação, logo não causa sujidade. A grande

desvantagem é o facto de ter apenas uma velocidade, não podendo a correia mudar

entre as rodas dentadas de modo a fazer a desmultiplicação. Por outro lado, estas

Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional 10

correias são muito mais baratas comparativamente às correntes metálicas, bem como

muito mais leves (70 g contra 300g das correntes metálicas). O seu funcionamento é

mais suave e duram sensivelmente o dobro das correntes normais.

Sistema por veio de transmissão

Sistema relativamente recente e revolucionário denominado de direct drive.

Este funciona por intermédio de um veio de transmissão. È um sistema semelhante ao

dos automóveis onde utiliza um veio que vai ser acionado por dois conjuntos de

engrenagens helicoidais cónicas de forma a transferir a energia da rotação dos pedais

para a roda traseira.

Este sistema permite dar às bicicletas uma aparência moderna e elegante mas

acima de tudo, não existe a necessidade de afinações e problemas da corrente

metálica saltar da roda dentada.

Os veios de transmissão permitem o uso de um sistema de engrenagens

interno (sistema Shimano Nexus).

Mais uma vez, este sistema de engrenagens é semelhante ao utilizado nas

caixas de velocidades dos automóveis.

Impacto Ambiental

Para além da redução dos poluentes emitidos, o uso da bicicleta também

contribui para a redução dos ruídos nas cidades (poluição sonora) e permite uma

paisagem mais apelativa com menor número de carros. A bicicleta é, sem dúvida, o

meios de transporte mais eco-friendly pois a emissão de gases é nula.

Soluções

Insegurança, imagem pessoal, aceitação social são exemplos de entraves

psicológicos que dificultam a aceitação da bicicleta como meio de transporte, por parte

da sociedade.

Em muitos países, a bicicleta é considerada um meio de transporte, como é o

caso da Holanda, onde de acordo com European Comission Future of Transport

Report cerca de 32% consideram a bicicleta como o seu meio de transporte principal,

contra apenas 2% em Portugal.

Para atrair os lusitanos a escolher a bicicleta como meio de transporte diário

vai ser necessária a implementação de regras, sinais, sistemas de circulação, uma

Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional 11

maior disponibilidade de estacionamento de modo a permitir a difusão entre bicicletas

e carros num só sistema segura e viável.

Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional 12

Carro

O automóvel ligeiro continua a ser o principal meio de transporte pessoal.

Utilizado em todo o mundo, é o preferido pelas suas características de comodidade,

independência e flexibilidade, sendo também o ideal para o transporte de pequenas

cargas. Atualmente são produzidos, por ano, mais de 60 milhões de automóveis em

todo o mundo, um número que tem vindo a crescer, especialmente com o

desenvolvimento de novas potências como a China. No entanto, será que é a

alternativa mais ecológica de transporte?

Funcionamento

O principal motivo pelo sucesso do automóvel está na sua unidade motriz, o

motor de combustão. Mesmo com mais de 100 anos, o princípio de funcionamento

continua a ser o mesmo. Contudo, o motor atual é muito mais desenvolvido, com os

objetivos de aumentar a eficiência e reduzir os consumos e as emissões.

O motor tem diversos componentes, todos essenciais para o seu correto

funcionamento. A combustão ocorre numa região conhecida como cilindro, devido à

sua forma. Dentro desta câmara de combustão, existe um pistão que se move

verticalmente, tanto de forma ascendente como de forma descendente. O componente

que funciona como eixo do motor chama-se cambota. Os pistões estão ligados à

cambota por meio das vielas. Para além destes, existem válvulas que controlam a

entrada da mistura de ar e combustível e a saída dos gases de escape, o que permite

o fecho da camara de combustão de modo a maximizar a eficiência. Para além disto,

com exceção dos motores diesel, ainda existe uma vela por cilindro, que provoca uma

pequena faísca, o suficiente para iniciar a explosão da mistura.

O motor cria movimento rotacional a partir da conversão do movimento linear

dos pistões. Este fenómeno acontece na interação entre a cambota e a viela. Quando

o pistão desce, a viela descreve uma trajetória circular em torno da cambota, fazendo-

a rodar. Desta forma é possível criar rotação a partir do movimento ordenado de um

pistão para cima e para baixo.

Embora existam mais ciclos, o mais habitual é o motor a quatro tempos. Neste

ciclo em particular existem quatro etapas, que correspondem a 2 rotações da cambota.

A primeira é a fase de admissão, onde as válvulas de admissão abrem e permitem a

entrada da mistura de ar e combustível dentro do cilindro, no qual há uma descida do

pistão para forçar a mistura para dentro do cilindro. Depois desta fase, as válvulas

fecham, fechando o cilindro do exterior. Na segunda etapa há a compressão da

mistura na camara devido à subida do pistão. Isto permite um aumento da eficiência

do motor. Na terceira fase temos a explosão, na qual há a ignição da mistura

comprimida pela parte da faísca gerada pela vela. Neste ponto, os motores diesel são

uma exceção, uma vez que a ignição é acionada pela compressão da mistura graças a

uma maior taxa de compressão. Com a explosão da mistura, há uma expansão dos

gases no cilindro. Logo, uma força é aplicada no pistão, empurrando-o para baixo.

Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional 13

Esta força é a responsável pelo movimento do motor. Após esta expansão, o cilindro

contém apenas gases resultantes da combustão, que são expelidos na quarta e última

fase, onde as válvulas de escape são abertas e o pistão move-se para cima, de modo

a expulsar estes gases. Depois disto, o ciclo volta à fase inicial e todo este

procedimento é repetido.

De modo a permitir motores mais eficazes e equilibrados, é utilizado mais que

um cilindro por motor, nos carros mais comuns é frequente encontrar motores com 4

cilindros. Com mais cilindros é possível obter uma potência mais suave e contínua,

para além de que contribuem para a redução de desequilíbrios.

Impacto Ambiental

Sendo o meio de transporte mais utilizado, é importante analisar a pegada

ecológica do automóvel. Devemos também realçar a relação entre os ocupantes do

automóvel e as emissões, levando a uma relação emissão por pessoa essencial à

comparação com os outros meios de transporte.

Antes de nada, é importante realçar que o motor de combustão interna é

relativamente pouco eficiente. Nos motores mais eficientes, apenas 35% da energia do

combustível é aproveitada pelo motor para produção de potência. Na prática, parte

dessa potência é perdida na transmissão às rodas, o que faz com que apenas perto de

20% do combustível seja efetivamente utilizado para movimentar o veículo. Estas

perdas devem-se principalmente à libertação de energia sob a forma de calor nos

motores e à resistência ao movimento do carro por parte do sistema de transmissão e

do arrasto aerodinâmico.

Por outro lado, motores elétricos são muito mais eficientes, com cerca de 90%

de eficiência. Tal valor indica que um motor elétrico necessita de aproximadamente

apenas um terço da energia para produzir a mesma potência de um motor de

combustão. Isto representa uma enorme vantagem no que toca à pegada ecológica e

à emissão de CO2.

Analisando de um ponto de vista da ocupação do automóvel, é possível

concluir que tem havido uma tendência ao longo dos últimos anos para a redução do

número de passageiros por veículo, ou seja, os carros têm andado cada vez mais

vazios. Isto está diretamente associado à relação entre o número de veículos e o de

habitantes. Em Portugal, existem por volta de 570 veículos para cada 1000 habitantes,

ou seja, pouco mais de um carro por cada 2 pessoas. E não é apenas no nosso país,

dados recentes escoceses mostram que, em média, cada carro tem 1.57 ocupantes.

O próximo fator a considerar são as emissões de CO2 destes veículos. Nos

últimos anos os valores das emissões de CO2 têm vindo a diminuir graças ao aumento

da eficiência dos motores. Para além disso, são definidos todos os anos novos alvos

para as emissões. Para o ano de 2015, espera-se que, em média, as emissões de

CO2 rondem 130g/km. Já para o ano de 2021 aponta-se para as 95g/km. O

Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional 14

incumprimento destes alvos resulta no pagamento de taxas extra pela parte dos

fabricantes por cada g/km excedido relativamente ao alvo.

Com estes fatores em mente, é possível estimar a pegada ecológica por

passageiro que utiliza o automóvel. Sabendo que os carros para 2015 terão, em

média, emissões na ordem das 130g/km e que cada veículo transporta em média 1.57

passageiros, obtemos:

É possível assim afirmar que este é o valor efetivo da pegada ambiental do

automóvel ligeiro.

Soluções

Nesta época, a preocupação ambiental é cada vez maior. Como tal, os

automóveis têm evoluído no sentido de diminuir os consumos e reduzir o seu impacto

ambiental. Vários aspetos têm vindo a ser desenvolvidos nestes últimos anos de modo

a aumentar a eficiência do automóvel, desde o trabalho aerodinâmico à melhoria dos

sistemas de transmissão.

O automóvel hoje em dia é desenhado cada vez com uma maior preocupação

em reduzir o arrasto e maximizar a economia de combustível. Para tal, o uso de

hatchbacks tornou-se cada vez mais frequente e as formas tornaram-se cada vez mais

arredondadas e mais detalhadas. Estas melhorias são capazes de reduzir o consumo

de combustível, especialmente a altas velocidades, onde os efeitos são muito mais

significativos.

Além disso, têm vindo a surgir alternativas para a poupança não só ecológica

mas também financeira

Mas, como é óbvio, uma simples forma de cortar nas emissões é praticar uma

condução económica. De forma geral, evitar acelerações violentas, manter uma

velocidade constante e procurar circular sempre com a mudança mais elevada são

princípios que por si só são capazes de reduzir o impacto ambiental do automóvel.

Para além disto, também ajudam a preservar a condição do veículo, minimizando

custos em manutenções que, indiretamente, reduzem a pegada ambiental do

automóvel. O bom estado do carro assegura o seu bom funcionamento e,

consequentemente, uma melhoria no desempenho e na eficiência.

Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional 15

Metro

O metropolitano, ou, como é comumente referido, metro, é um sistema que

opera de forma semelhante aos comboios de passageiros. Os metros são

normalmente subterrâneos e apresentam um único sentido, apesar da imensa

variedade de linhas.

Neste momento, o metro já alcançou um estatuto de extrema importância nas

grandes metrópoles. É impensável imaginar cidades como Londres ou Nova Iorque

sem metro, tanto que este transporte é considerado imagem de marca.

Funcionamento

Durante a revolução industrial, e mesmo após, os metros utilizados eram a

vapor. Com o desenvolvimento dos transportes, estes se tornaram insustentáveis e

foram otimizados, tornando-se no modelo e conceito de metro atual.

Atualmente, todos os metropolitanos, os seus equipamentos e as suas

estações funcionam a eletricidade. A eletricidade é fornecida através da terceira linha

presente nas linhas de caminho-de-ferro dos metros. Esta linha, normalmente, situa-se

ou fora das linhas de metro ou entre as duas linhas e consiste num objeto pertencente

ao metro que ao entrar em contacto com a linha, transporta a energia que está

presente na linha e fornece-a ao motor elétrico do veículo.

Fig. 4: Esquema ilustrativo do funcionamento da terceira linha.

Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional 16

Além da locomoção e de todo o processo elétrico que esta linha produz, é

importante a mesma para o sistema de ventilação do metro que é, igualmente gerado

pela eletricidade fornecida pela linha. Este sistema é extremamente importante pois

falamos de um veículo normalmente, e supostamente, subterrâneo (apesar da

existência de várias linhas aéreas) que precisa de um sistema de ventilação eficaz.

Impacto ambiental

O metropolitano apresenta várias características que o tornam um meio de

transporte bastante vantajoso no que ao desenvolvimento sustentável diz respeito,

devido, nomeadamente, à sua capacidade – em média transporta 15000 a 36000

pessoas por hora, por linha; à sua durabilidade – há túneis com cerca de 100 anos; e,

por fim, o facto de emitir baixas emissões de CO2 (especificamente: 0,03 kg/km). Por

outro lado, a sua construção, incluindo linhas, túneis e o próprio veículo em si são de

elevado custo, tornando-se por vezes um entrave para algumas cidades.

Soluções

A manutenção de um metro é uma importante tarefa, visto que existem linhas e

metros que são utilizadas 24 horas por dia, todos os dias do ano, permitindo deste

modo a aumentar a segurança do veículo. Todos os elementos do metro são expostos

às mais diversas condições o que contribui para o desgaste natural. De igual modo,

para os metros automatizados é necessária uma verificação regular para certificar que

nenhum erro suceda.

Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional 17

Análise de dados

Tabela comparativa dos meios de transporte em estudo

Autocarro Bicicleta Carro Metro

Conforto + - ++ +

Distância/Custo + ++ - +

Investimento inicial + ++ + -

Duração viagem

Grandes distâncias

+ - ++ ++

Pequenas distâncias

+ ++ + -

Estacionamento ++ + - ++

Impacto ambiental + ++ - +

Impacto na saúde - ++ - -

Manutenção - ++ + -

Flexibilidade de horários e itinerários

+ ++ ++ -

Segurança + - ++ +

Legenda:

++ Compensa claramente

+ É uma hipótese

- Aspeto negativo

Através da análise da tabela acima indicada podemos concluir que cada meio

tem os seus aspetos positivos e negativos, e com a mesma é possível compreender

qual o meio (ou combinação deles) que se adaptar melhor a cada conjuntura.

Por exemplo, se o destino for a FEUP, teremos de valorar para cada situação

qual o meio de transporte a ter mais em conta. A solução ideal seria recorrer a

transportes públicos ou à bicicleta por forma de seguir uma perspetiva mais ambiental,

em detrimento do transporte particular. Deste modo, as emissões de gases poluentes

seriam menores, pois o número de motores em funcionamento por pessoa seria

menor. Com menos veículos individuais, a rede de estradas seria menos solicitada o

que iria proporcionar menores congestionamentos nas grandes cidades, neste caso o

Porto. O metro é uma opção viável tendo em conta a relativa proximidade à FEUP. No

entanto este trás desvantagens a nível da flexibilidade de horários e itinerários. Sendo

Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional 18

que o autocarro se torna um meio mais viável neste aspeto. O veículo individual só

deve prevalecer perante os outros meios em casos em que a distância o justifique,

para que a perda de tempo em viagens seja menor, o que traria um maior conforto

(que é possivelmente o ponto mais forte deste meio de transporte) ao utilizador.

Um novo conceito tem surgido e com grande impacto nos meios de transportes

individuais: o car sharing. Tal como o nome indica, esta nova perspetiva visa a partilha

de um carro, por parte do condutor, que iria com lugares desocupados no seu veículo,

com indivíduos desconhecidos por intermédio de uma plataforma online. É algo que

pode conferir uma alternativa não propriamente do carro em si mas sim ao modo como

este é usado, pois assim as emissões de gases poluentes por pessoa diminuiria, tal

como o número de carros na estrada. Este conceito tem levantado algumas questões

legais devido ao facto de o proprietário do veículo cobrar a viagem aos restantes

passageiros.

Estudo da utilização dos meios de transporte [Europa vs Portugal]

Paris (2008) Amesterdão (2008)

Hamburgo (2008) Budapeste (2011)

Fig. 5: Distribuição percentual da utilização dos meios de transporte em grandes cidades europeias.3

3 http://www.epomm.eu/tems/index.phtml

Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional 19

Fig. 6: Meios de transporte utilizado nos movimentos pendulares em Portugal [entre 2001 e 2011]4

Meio utilizado (%)

Região Carro Transporte

público Bicicleta Caminhada

Paris 17 33 3 47

Amesterdão 38 20 22 20

Hamburgo 42 18 12 28

Budapeste 20 47 1 32

Portugal (2011) 45.69 24.91 3.22 25.10

Recorrendo à observação da tabela acima conclui-se que Portugal é a região

que mais depende do carro, entre as regiões analisadas, e das que menos utiliza a

bicicleta e a caminhada como meios de transporte. Paris, em França, é a região que

mais se desloca a pé e utiliza com regularidade os transportes públicos. É de se notar

que ambos os factos se devem à grande densidade populacional e à excelente rede

de transportes públicos, em especial o metro. Amesterdão, na Holanda, é a cidade que

mais utiliza a bicicleta como meio de transporte devido às suas zonas planas, que

facilita a locomoção neste meio e, de igual forma incentiva à caminhada. Apresenta,

4http://www.imtt.pt/sites/IMTT/Portugues/Noticias/Documents/2012/Censos2011_Mobilidad

e_Transportes_Pags31-37.pdf

Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional 20

também, uma utilização dos meios de transportes quase homogénea. Hamburgo, na

Alemanha, utiliza maioritariamente o carro como meio, porém, não há nenhum outro

meio que seja quase inutilizado. Budapeste, na Hungria, utiliza maioritariamente os

meios de transporte públicos, em detrimento, quase completo, da bicicleta.

Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional 21

Conclusão

Após toda a ampla pesquisa e o desenvolvimento do presente relatório

concluímos que, de facto, não é possível selecionar um transporte que cumpra todos

os requisitos que o homem do século XXI procura – rápido, confortável e,

principalmente, ecológico.

Atualmente torna-se inevitável considerar o balanço entre o desenvolvimento e

a sustentabilidade, pois tudo indica que os custos sociais e ambientais que

suportaremos no futuro serão elevados. O setor dos transportes é a base de toda a

economia, o que tem gerado efeitos adversos tanto no ambiente como na saúde

humana. Deve-se por isso, conceder maior atenção à interação dos transportes com o

meio e, consequentemente, a sua integração nas políticas de transportes e de todo um

conjunto de medidas, não só de carácter político como a nível pessoal, capazes de

inverter este processo de crescente dependência do automóvel.

O desenvolvimento científico dos transportes tem contribuído, em grande

escala, para o melhoramento e salva guarda do ambiente. No entanto, destacamos a

multi-mobilidade como a melhor alternativa para um futuro mais “verde”.

O processo de repensar o comportamento humano da mobilidade permite

discutir não só um melhoramento técnico dos transportes motorizados, como também

promover a privação dos transportes e iniciar a mudança para transportes mais

ecológicos.

Medidas administrativas e técnicas sozinhas não serão suficientes para reduzir

efetivamente a emissão de gases poluentes. É necessário interiorizar um

comportamento mais amigo do ambiente, por exemplo, aquando da escolha do

transporte, na compra de um veículo e/ou no modo de utilizar diferentes transportes

numa viagem.

Apesar destas sugestões e dos melhoramentos das performances dos

transportes, o número de passageiros em carro privado continuará a aumentar. As

limitações individuais demasiado altas e as condições das infra estruturas tornam

muito difícil para os indivíduos em mobilidade simplesmente mudar do seu carro

privado para um meio de transporte mais ecológico.

Assim, tendo em conta o panorama geral, há a necessidade de serem criadas

ações que integrem considerações ambientais e considerações de sustentabilidade

para melhor definir as políticas dos transportes. Para o mesmo efeito, apresentámos

quatro soluções, já disponíveis e de relativo fácil acesso (autocarro, bicicleta, carro e

metro) que poderão, quando devidamente utilizadas e combinadas, diminuir a pegada

ambiental do homem. Por conseguinte, basta o Homem querer mudar.

Alternativas Ecológicas ao Automóvel Tradicional 22

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