Ficha

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Agrupamento Vertical Dr

Nome________________________________________________________________Data___/___/_____

II Leitura

Texto A

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30 Viviam em tempos em Peniche dois homens ricos e poderosos que se odiavam mortalmente. Sucedeu que o filho de um deles, Rodrigo, e a filha de outro, Leonor, se amavam com a mesma intensidade com que as suas famlias se detestavam.

Tal idlio repugnava igualmente aos pais dos dois e Rodrigo foi obrigado pelo seu a professar no mosteiro Jernimo da Berlenga.

Este mosteiro estava separado do Cabo Carvoeiro apenas por um pequeno estreito. Os monges habitaram-no durante um sculo mas os assaltos dos ingleses e dos corsrios argelinos obrigaram-nos a mudar-se para Vale-Bem-Feito, onde construram um novo edifcio.

Rodrigo acatou as ordens do pai e tomou os hbitos, com o corao destroado. O seu nico consolo era uma vaga esperana que o tempo suavizasse o dio que separava as duas famlias e tornasse possvel a sua unio com Leonor. Eis como, no entanto, depressa encontrou uma maneira de escapar sua priso e de tornar a separao menos cruel. Muitas noites, quando os outros frades j se haviam recolhido, Rodrigo abandonava silenciosamente o mosteiro e, acompanhado por um velho pescador, cruzava o estreito que separa a Berlenga do cabo Carvoeiro numa pequena embarcao.

Desembarcava ao sul da pennsula de Peniche, num pequeno porto que hoje se chama o carreiro de Joana. Ali, numa gruta escavada na rocha, esperava-o Leonor, que anunciava a sua presena acendendo uma luzinha assim que avistava o barquito.

Uma noite, ao aproximar-se do stio do costume, Rodrigo no viu a luz. Chamou por Leonor mas s lhe respondeu o eco da sua prpria voz. De repente, notou uma coisa que flutuava ao lado da embarcao: era a capa da amante. Sem refletir um segundo e antes que o seu acompanhante o pudesse evitar, atirou-se gua, afundando-se nas profundezas do mar.

Rodrigo tinha adivinhado a trgica sorte de Leonor.

Ela esperara-o na gruta, como em outras noites, mas havia sido surpreendida pela chegada do pai e dos irmos.

Ao ouvir as suas vozes, quis esconder-se e fugiu, saltando de rocha em rocha mas calculou mal um passo e caiu gua. O mar arrastou o seu corpo.

No dia seguinte foram encontrados os cadveres dos dois apaixonados. O dela jazia entre os penhascos que bordejam o lugar hoje chamado Os Passos de Dona Leonor e o dele num banco de rochas situado a leste dOs Remdios, conhecido hoje com o nome de O Stio de Dom Rodrigo.

Lendas da Europa, Texto Editores, 1991

Vocabulrio

Idlio (linha 4) amor simples e puro

professar (linha 4) ingressar; entrar;

tomou os hbitos( linha 9) tornou-se frade.

Escolhe, em cada item, a opo correta.

1. Rodrigo e Leonor eram filhos de duas famlias

a. ricas e poderosas, que se desentenderam. __

b. ricas, que se odiavam mutuamente. __

c. ricas e poderosas, que se frequentavam. __

2. Rodrigo e Leonor amavam-se com a mesma intensidade com que as suas famlias se detestavam.

A frase anterior significa que

a. o amor dos dois jovens era mais intenso do que o sentimento que opunha as duas famlias.__

b. os dois jovens amavam-se sem ligarem ao sentimento que opunha as duas famlias. __

c. a intensidade do amor dos dois jovens igualava a intensidade do dio entre as respetivas famlias. __

3. Rodrigo foi obrigado a ir para um mosteiro e aceitou a deciso

a. com a condio de, mais tarde, poder casar com Leonor. __

b. convencido de que, com o tempo, o problema se resolveria. __

c. pois sabia que iria encontrar-se s escondidas com Leonor. ___

4. Certa noite, Rodrigo viu a capa de Leonor a boiar sobre as guas e, de imediato,

a. se atirou gua, para tentar encontrar e salvar a amada. __

b. mergulhou no mar, apesar das tentativas do pescador para o impedir. __

c. se lanou gua, pois percebeu que a amada morrera. __

5. O que tinha acontecido foi que Leonor

a. cara gua quando procurava esconder-se do pai e dos irmos. __

b. cara gua porque se tinha assustado com as vozes do pai e dos irmos. __

c. mergulhara no mar para se esconder do pai e dos irmos, tendo sido arrastada. __

TEXTO B

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30 Viver no campo era simultaneamente pacfico, encantador e um tudo-nada solitrio de mais. Os Holandeses da Pensilvnia eram corteses mas cautelosos com os forasteiros. E ns ramos forasteiros, sem margem para dvidas. Depois das multides e filas do sul da Florida, devia estar a dar graas a Deus pela solido. Em vez disso, pelo menos nos primeiros meses, dei por mim a ruminar sombriamente na nossa deciso de vir morar para um stio onde to poucas pessoas pareciam querer viver.

Marley, por seu lado, no partilhava destas apreenses. Exceo feita ao estrondear da espingarda de Digger a disparar, o novo estilo de vida campesino assentava-lhe na perfeio. Para um co com mais energia do que juzo, que poderia de haver de melhor? Corria pelo relvado, atirava-se contra os arbustos, chapinhava no riacho. A sua grande misso era conseguir apanhar um dos inmeros coelhos que consideravam a minha horta o seu bar de saladas privativo. Localizava um coelho a roer as alfaces e largava a correr pela encosta abaixo numa perseguio emocionante, orelhas a drapejar atrs dele, patas a retumbar no cho, os seus latidos a ecoarem pelo monte. Era to furtivo como uma banda filarmnica e nunca se aproximava mais de trs metros da sua presa sem que esta desaparecesse na segurana do bosque. Fiel ao seu esprito otimista, conservava a eterna esperana de que o sucesso o aguardava ao virar da esquina. Dava um salto para trs, cauda a abanar, nem um pouco desanimado, para recomear tudo cinco minutos depois. ()

Chegou o outono e com ele um novo jogo endiabrado: o ataque pilha de folhas.() Enquanto eu juntava as folhas amarelas e cor de laranja em montculos gigantes, Marley ficava sentado a olhar pacientemente, dando tempo ao tempo, espera do momento certo para atacar. S depois de eu acumular um monte enorme de folhas que ele se aproximava, furtivamente, rente ao cho. () Assim que eu me encostava ao ancinho para admirar a minha obra, ele investia, arremetendo pelo relvado numa srie de saltos decididos, lanando-se em voo, nos ltimos metros, para aterrar estrondosamente sobre a pilha, onde desatava a rosnar, a rebolar-se, a espernear, a esgadanhar e a morder e, por razes que me escapam, a perseguir ferozmente a sua prpria cauda, parando apenas quando as folhas se encontravam totalmente espalhadas pelo cho. Depois sentava-se no meio do produto do seu labor, com os restos das folhas agarrados ao pelo, e lanava-me um olhar satisfeito, como se a sua contribuio fosse uma parte indispensvel do processo de limpeza das folhas.

John Grogan, Marley e eu (com supresses)

1. Faz corresponder as palavras da coluna da esquerda aos respetivos sinnimos da coluna da direita, de acordo com o sentido do texto:

2. Assinala, para cada um dos itens seguintes, a opo correta, rodeando a letra que apresenta a hiptese certa:

2.1. Quanto ao espao, a ao localiza-se

a. no campo, na Holanda.

b. no campo, na Pensilvnia.

c. no Sul da Florida.

2.2. Quanto ao tempo, a estao do ano destacada no texto

a. a primavera.

b. o vero.

c. o outono.

2.3. De acordo com o narrador, Marley era um co

a. enrgico, endiabrado e otimista.

b. calmo, meigo e brincalho.

c. solitrio, ajuizado e paciente.

2.4. Quando o narrador afirma que Marley, por seu lado, no partilhava destas apreenses. (l.7), pretende referir que

a. Marley estava solidrio com o dono.

b. o co no estava preocupado.

c. Marley revelava partilhar os sentimentos do dono.

2.5. Este excerto textual sobretudo

a. descritivo.

b. narrativo.

c. dialogal.

3. (Agora responde com frases completas) Centra a tua ateno no narrador da ao.

3.1. Classifica-o quanto presena, justificando a tua resposta com uma passagem do texto.

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________4. Consideras benfica a presena de um animal domstico no meio familiar? Justifica o teu ponto de vista. __________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

III Conhecimento explcito da lngua

1. Faz corresponder aos sete elementos da coluna A sete elementos da coluna B de modo a obteres afirmaes verdadeiras. Todas as palavras da coluna A se encontram no texto B.

1. A palavra era (l. 1), pertence classe dosa. verbos.

2. A palavra Os (l.2) pertence classe dosb. preposies.

3. A palavra forasteiros (l. 3) pertence classe dosc. nomes.

4. A palavra de (l. 5) pertence classe dasd. adjetivos.

5. A palavra emocionante (l. 13), pertence classe dose. determinantes.

2. L a seguinte lista de palavras retiradas do texto B:

*campo, pacfico, encantador, forasteiros, horta, cho, ltimos, metros, esprito, perseguir*Agrupa-as de acordo com a posio da slaba tnica:agudasGravesesdrxulas

3. Ordena alfabeticamente as palavras que se seguem:Marley, matreiro, malandro, nadar, ndoa, nulidade, moeda, muletas, Florida, Pensilvnia.

4. Transforma os nomes presentes no quadro que se segue em verbos e adjetivos, conforme o exemplo:nomesverbosadjetivos

admiradoradmiraradmirado

ameaa

observador

emoo

consolo

5. Imagina que a frase que se segue foi dita pelo narrador do texto B ao seu co, Marley, h bastante tempo. Coloca-a no discurso indireto, procedendo s transformaes necessrias:O homem disse ao seu co:

Hoje vais ao veterinrio porque estou preocupado contigo.________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________IV Escrita

Redige um texto , entre 130 e 170 palavras, em que relates as tuas frias. Seguindo as diferentes etapas apresentadas.

1 Planificao do texto.

Introduo

anuncio o assunto do meu texto (local e data das frias)

DesenvolvimentoPreparao (marcao de hteis, meios de transporte)

Viagem (meio de transporte, partida, durao, paragens, acompanhantes)

As frias (descrio do local, visitas a monumentos, praias, novos amigos, peripcias)

Regresso

ConclusoDigo como foram as minhas frias: boas, ms, desinteressantes, inesquecveis, etc.

2 Textualizao:

Redige o texto numa folha.

3 Reviso Rev o teu texto e verifica se:

Cumpres a planificao; organizas a informao com pargrafos; utilizas corretamente os sinais de pontuao ponto (final) e vrgula; usas vocabulrio adequado e diversificado; utilizas os verbos no pretrito perfeito; tens ateno a repeties desnecessrias: usas sinnimos ou pronomes para no repetir a mesma palavra; tens cuidado com a ortografia e caligrafia.

Bom trabalho!CORREO:

IIITexto A

1.

1-b

2-c

3-b

4-c

5-a

Texto B

2.

2.1. b

2.2. c2.3. a

2.4. b2.5. a3.1. O narrador participante ou presente: dei por mim a ruminar sombriamente na nossa deciso de vir morar para um stio onde to poucas pessoas pareciam querer viver.4. Resposta livre.

III

1.

1-a

2-e

3-c

4-b5-d

2.

Agudas- encantador, cho, perseguir

Graves- campo, forasteiros, horta, Metros

Esdrxulas- pacfico, ltimos, esprito

3. Florida, malandro, Marley, matreiro, moeda, muletas, nadar, ndoa, nulidade, Pensilvnia.

4.

nomesverbosadjetivos

admiradoradmiraradmirado

ameaaameaarameaador

observadorobservarobservado/ observador

emooemocionar (-se)emocionado

consoloconsolar (-se)consolado

5. O homem disse ao co que naquele dia ia ao veterinrio porque estava preocupado consigo (com ele).

Resposta livre.

1.apreenses (l. 7)

2. drapejar (l. 13)

3. furtivo (l. 14)

4. montculos (l. 21)

5. esgadanhar (l. 27)

a. preocupaes _____

b. montinhos _____

c. despercebido _____

d. arranhar _____

e. esvoaar _____

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