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FICHA PARA CATÁLOGO

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: SEQUÊNCIA DIDÁTICA: GÊNERO DISCURSIVO POEMA

Autor NEIVA DARIVA

Escola de Atuação CEEBJA

Município da escola Capanema

Núcleo Regional de Educação Francisco Beltrão

Orientador Profa. Drª Terezinha da Conceição Costa-Hübes

Instituição de Ensino Superior UNIOESTE – Cascavel

Disciplina/Área (entrada no PDE) Língua Portuguesa

Produção Didático-pedagógica Unidade Didática

Relação Interdisciplinar

(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)

Público Alvo

(indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)

Grupo de alunos do Ensino Fundamental e Médio

Localização

(identificar nome e endereço da escola de implementação)

CEEBJA Avenida Espírito Santo, 595 – Centro Capanema

Apresentação:

(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)

A Produção Didática envolve leitura, análise e produção escrita do gênero discursivo poema com alunos do CEEBJA. Neste sentido, preten-demos instigar a reflexão acerca da importância e da necessidade de ler como uma prática social e, assim, por meio dessa arte discursiva, buscar a cultura e o conhecimento. Portanto, nosso ob-jetivo reside em incentivar no Jovem e Adulto a prática da leitura, por meio de textos do gênero discursivo poema, de forma que estimule o gosto pela leitura, amplie seus conhecimentos de mundo e desenvolva sua sensibilidade. Para de-

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senvolver as reflexões teóricas, pautamo-nos, principalmente nas concepções de Koch (2006), Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), Marcuschi (2003), seguindo a adaptação proposta por Cos-ta-Hübes (2008). Para isso, adotaremos a meto-dologia da SD que consiste num conjunto de ati-vidades escolares, com a finalidade de auxiliar o aluno a ler, falar e escrever em diferentes situa-ções de comunicação. Assim, podemos dizer que o desenvolvimento dessa Produção Didática articula-se à concepção da Língua Portuguesa proposta nas Diretrizes Curriculares dos Jovens e Adultos e também, nas Diretrizes Curriculares da Rede Pública do Estado do Paraná. As ativi-dades serão centradas na construção e recons-trução de conhecimentos pelos sujeitos envolvi-dos na execução da Produção Didática.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) : leitura; gênero discursivo poema; sequência didática.

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PARANÁ

GOVERNO DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

NEIVA DARIVA

SEQUÊNCIA DIDÁTICA: GÊNERO DISCURSIVO POEMA

FRANCISCO BELTRÃO (PR) 2011

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PARANÁ

GOVERNO DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

NEIVA DARIVA

SEQUÊNCIA DIDÁTICA: GÊNERO DISCURSIVO POEMA

Produção Didático-Pedagógica – Unidade Didática – apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE – Campus de Cascavel – PR. Orientadadora: Profª Drª Terezinha da Conceição Costa-Hübes

FRANCISCO BELTRÃO (PR) 2011

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SUMÁRIO

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ............................................................................................. 4

2 TÍTULO: SEQUÊNCIA DIDÁTICA: GÊNERO DISCURSIVO POEMA ............................ 4

2.1 APRESENTAÇÃO DA UNIDADE TEMÁTICA ............................................................ 4

2.2 OS GÊNEROS DISCURSIVOS COMO OBJETO DE ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA: ALGUMAS REFLEXÕES ......................................................................... 5

2.3 SEQUÊNCIA DIDÁTICA (SD): UMA METODOLOGIA DE TRABALHO COM OS GÊNEROS .............................................................................................................................. 7

2.4 O NASCIMENTO DE UM POETA ............................................................................... 10

1 APRESENTAÇÃO DE UMA SITUAÇÃO E SELEÇÃO DO GÊNERO ............................ 13

2 RECONHECIMENTO DO GÊNERO TEXTUAL “POEMA” ............................................ 14

2.1 PESQUISA SOBRE O GÊNERO .................................................................................. 14

2.2 LEITURA DE TEXTOS DO GÊNERO POEMA .......................................................... 15

2.3 SELEÇÃO DE TEXTOS DO GÊNERO POEMA ......................................................... 17

TEXTO 01 - Ontem, eu Chorei... ..................................................................................... 17

TEXTO 02 - Canção do Menino ...................................................................................... 20

TEXTO 03 – Fragmentos: ................................................................................................ 22

TEXTO 04 - Brinquedos de Criança ................................................................................ 25

TEXTO 05 - Seu dotô me conhece? ................................................................................. 26

TEXTO 6 - Garota de Ipanema ........................................................................................ 28

TEXTO 07 - Soneto de Fidelidade ................................................................................... 30

TEXTO 08 – Canavial ...................................................................................................... 32

TEXTO 09 - O açúcar ...................................................................................................... 33

TEXTO 10 - Cidadezinha ................................................................................................. 35

3 PRODUÇÃO E REESCRITA DE TEXTOS ......................................................................... 37

4 DECLAMAÇÕES DE POESIAS .......................................................................................... 37

5 AVALIAÇÃO ......................................................................................................................... 38

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 39

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PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA: UNIDADE DIDÁTICA

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR: UNIOESTE

Professora Orientadora IES: Professora Drª Terezinha da Conceição Costa-Hübes

Professora PDE: NEIVA DARIVA

NRE: Francisco Beltrão – PR

Área/disciplina: Língua Portuguesa

Escola de Implementação: CEEBJA – Ensino Fundamental e Médio – Capanema-Pr.

2 TÍTULO: SEQUÊNCIA DIDÁTICA: GÊNERO DISCURSIVO POEMA

2.1 APRESENTAÇÃO DA UNIDADE TEMÁTICA

A proposta pedagógica a ser desenvolvida nesta unidade didática tem a

intenção apresentar uma proposta de estudo do gênero poema, direcionada a alunos

da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (doravante EJA), explorando as

experiências vivenciadas com a aprendizagem da leitura para desenvolver

habilidades que os ensinem a ler, entender, escrever e ingressar no mundo do

gênero discursivo poema.

Para as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Portuguesa

(DCE), a leitura é um ato dialógico, interlocutivo, “que envolve demandas sociais,

históricas, políticas, econômicas, pedagógicas e ideológicas de determinado

momento. Ao ler, o indivíduo busca as suas experiências, os seus conhecimentos

prévios, a sua formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as várias vozes que o

constitui” (PARANÁ, 2008, p. 56).

Nessa perspectiva, a leitura é o caminho para aprendermos a nos comunicar

melhor e desenvolvermos o nosso pensamento. Assim, resolveremos com mais

facilidade os problemas do cotidiano e nos transformaremos em cidadãos mais

conscientes e capazes de construirmos as nossas próprias opiniões. Conforme

Antunes, “a leitura é uma proposta bastante enriquecedora para acumular

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conhecimentos” (ANTUNES, 2009, p. 26).

A definição da temática dessa proposta para ser desenvolvida com alunos da

EJA se apóia no conhecimento que temos de que a metodologia com a leitura pode

contribuir mais significativamente para o desenvolvimento cognitivo dos alunos,

formando, assim, leitores. Nesse sentido, KOCH afirma “a leitura de um texto exige

muito mais que o simples conhecimento linguístico compartilhado pelos

interlocutores, participando, de forma ativa, da construção do sentido e da interação

pela linguagem” (KOCH, 2006, p. 7).

Nessas condições, esta Unidade Didática terá como ponto de partida a

pesquisa bibliográfica, por meio da qual buscaremos suporte teórico para melhor

compreendermos os aspectos já estudados sobre o ato de ler e aprender e também

sobre os gêneros discursivos. Assim, o presente trabalho busca refletir sobre a

necessidade, a importância e a dimensão cultural da leitura na vida das pessoas e

estão pautadas na teoria dos gêneros discursivos, tomados como instrumentos de

interação, unidades concretas de uso da língua, por meio dos quais se realiza a

aprendizagem. Em seguida, apresentaremos uma proposta de trabalho com o

gênero discursivo, direcionada a alunos do EJA – II Segmento, organizada conforme

a metodologia da sequência didática (SD de ora em diante), sobre a qual

discorremos melhor na sequência deste texto.

2.2 OS GÊNEROS DISCURSIVOS COMO OBJETO DE ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA: ALGUMAS REFLEXÕES

A proposta de trabalho com os gêneros foi introduzida no Brasil com a

publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Neste documento, é

colocado que os PCN visam propor uma educação comprometida com a cidadania.

Trata-se de uma cidadania que tem como ponto de partida a realização do cidadão

como portador de direitos e deveres. Baseado neste enfoque, queremos buscar

novos métodos de ensino, a fim de proporcionar, por meio dos gêneros discursivos,

o conhecimento, a cidadania e a interação com o mundo, onde Jovem, Adulto e

Idoso possa realizar-se como cidadão capaz de romper barreiras e ser um homem

comprometido com a sociedade. Assim, essa prática educativa cidadã, será

realizada e organizada de acordo com o gênero do discurso poema.

Depois, com a elaboração das DCE, essa proposta é retomada e reforçada,

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uma vez que nesse documento os gêneros são vistos como “formas comunicativas

que não são adquiridas em manuais, mas sim nos processos interativos”

(MACHADO, 2005, p. 157). È uma prática social que deve orientar a ação

pedagógica com a língua. E, nesse sentido, para falar, ler, escrever e interpretar

sempre utiliza algum gênero do discurso. Há uma grande diversidade de gêneros

discursivos oral ou escrito, formal ou informal, que são referências importantes para

os alunos obterem conhecimentos, cultura e aprendizagem.

Mas, entendendo melhor a que está posto nos documentos, é importante

também recorrermos à base teórica para ouvir o que os pesquisadores têm a dizer

sobre isso.

Segundo Bakhtin, alguns gêneros são adaptados, transformados, renovados,

multiplicados ou até mesmo criados a partir da necessidade que o homem tem de se

comunicar com o outro, tendo em vista que “todos os diversos campos da atividade

humana estão ligados ao uso da linguagem” (BAKHTIN, 1992, p. 261).

Temos como exemplos os gêneros do discurso eletrônico. Uma necessidade

dos tempos modernos (e-mail, chat, blog, videoconferência interativa, MSN, fórum

de discussão) e, tantos outros, que são criados e transformados pela cultura

tecnológica, na qual estamos inseridos.

Os gêneros variam assim como a língua, a qual é viva, e não estanque. As

ações comunicativas mediante a língua não acontecem com elementos linguísticos

isolados, elas se dão, conforme Bakhtin (1992), como discurso.

Para Marcuschi (2003), gênero é

[...] toda manifestação verbal se dá sempre por meio de textos realizados em algum gênero. Portanto, gêneros textuais são os textos encontrados em nossa vida diária, são formas culturais e cognitivas de ação social. São atividades discursivas orais ou escritas necessárias e importantes para a interlocução humana [...]. (MARCUSCHI, 2003, p. 19),

Bakhtin (1992) afirma ainda que, “quanto melhor dominarmos os gêneros

tanto mais livremente os empregamos, tanto mais plena e nitidamente descobrimos

neles a nossa individualidade (onde isso é possível e necessário) (...)” (BAKHTIN,

1992, p. 285).

Os gêneros são práticas sociais e quanto maior for esta ligação do aluno com

o discurso, melhores condições de inserção à sociedade e ao poder de crítica,

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fundamental para que seja cidadão participativo e apto a exercer a cidadania.

Há uma enorme pluralidade de gêneros discursivos, por meio dos quais nos

são garantidas as informações, os conhecimentos, enfim, a socialização. Nessa

concepção, os gêneros discursivos são importantes instrumentos sociais, que

podem ser usados na escola como mecanismos para melhorar o ensino da

linguagem oral, escrita, formal e informal, de uma maneira mais prática e eficaz.

Os gêneros são unidades concretas nas quais se deve sustentar o ensino.

São pontos de referência para o aluno, operando como “entidades intermediárias

que permitem estabilizar os elementos formais e rituais das práticas”.

Torna-se, assim, fácil operar com os gêneros que asseguram um quadro de

estratégias para a análise e a produção textual. Os gêneros são tidos, pois, como as

unidades concretas nas quais se deve dar o ensino (DOLZ & SCHNEUWLY, 1998, p.

66).

Para isso é importante adotar uma metodologia que tem os gêneros como

referência.

2.3 SEQUÊNCIA DIDÁTICA (SD): UMA METODOLOGIA DE TRABALHO COM OS GÊNEROS

Um procedimento possível para o trabalho com os gêneros em atividades

com a linguagem é a SD, pois ela tem como propósito proporcionar ao aluno um

procedimento de realizar todas as tarefas e etapas para a produção de um gênero,

organizada em forma de atividades escolares. Essa metodologia de trabalho foi

elaborada por um grupo de pesquisadores suíços, Dolz, Noverraz e Schneuwly

(2004), os quais a definem como “um conjunto de atividades escolares organizadas,

de maneira sistemática em torno de um gênero oral ou escrito” que visam ao

aperfeiçoamento das práticas de escrita e de produção oral e estão principalmente

centradas na aquisição de procedimentos e de práticas de determinados gêneros

selecionados para atenderem a fins específicos de trabalho com a linguagem.

Portanto, as SD servem para dar acesso aos alunos à prática de novas

linguagens ou dificilmente absorvidas pela aprendizagem. “As SD visam ao

aperfeiçoamento das práticas de escrita e de produção oral e estão, principalmente,

centradas na aquisição de procedimentos e de práticas” (DOLZ, NOVERRAZ E

SCHNEUWLY, 2004, p. 97).

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Assim, conforme os autores, uma SD tem, precisamente, “a finalidade de

ajudar o aluno a dominar melhor um gênero de texto, permitindo-lhe, assim, escrever

ou falar de uma maneira mais adequada numa dada situação de comunicação”

(DOLZ, NOVERRAZ E SCHNEUWLY, 2004, p. 97).

O trabalho com o gênero discursivo, conforme a metodologia da SD parte de

uma produção inicial de leitura, análise, escrita ou linguagem, quando “o aluno

estaria atendendo uma situação real de comunicação, em dada esfera social,

revelando as representações que têm do gênero em questão” (DOLZ, NOVERRAZ e

SCHNEUWLY, 2004, p. 95-128). A primeira produção é o marco inicial para a

preparação de diversos módulos, que darão conta dos possíveis problemas que nela

aparecerão, na intenção de fornecer, aos alunos, os instrumentos necessários para

produzirem um bom texto do gênero escolhido, ou seja, que contemple todas as

suas marcas linguísticas e características. A SD terá como atividade conclusiva, uma

produção final que oportunizará ao aluno colocar em prática a aprendizagem que

aconteceu em cada módulo, sendo possível, a partir de então, uma avaliação de

todo o processo.

Na proposição da produção didática, seguiremos a adaptação metodológica

dos autores, propostas por Costa-Hübes (AMOP, 2007), na qual, a SD se orienta a

partir da seguinte forma de organização.

A estrutura de base de uma sequência didática pode ser representada pelo

seguinte esquema:

Apresentação PRODUÇÃO Módulo Módulo Módulo PRODUÇÃO

da situação INICIAL 1 2 n FINAL

1 APRESENTAÇÃO DE UMA SITUAÇÃO (finalidade da produção)

2 SELEÇÃO DO GÊNERO TEXTUAL (o que dizer, para quem dizer, como

dizer, local de circulação, quando dizer).

3 RECONHECIMENTO DO GÊNERO SELECIONADO (por meio do gênero

discursivo poema)

a) Pesquisa sobre o gênero.

b) Leitura de textos do gênero, explorando e estabelecendo relações entre:

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- sua função social

- seu conteúdo temático

- sua estrutura composicional (características, tipologia predominante).

- seu estilo (análise linguística).

c) Seleção de um Texto do Gênero para um estudo mais específico como

- função social

- conteúdo temático

- estrutura composicional

- estilo (análise linguística)

4 PRODUÇÃO DE TEXTO do gênero, tendo em vista a necessidade

apresentada na situação inicial.

5 REESCRITA DO TEXTO produzido com a finalidade de aproximar o

máximo possível dos modelos que circulam socialmente.

6 CIRCULAÇÃO DO GÊNERO tem como parâmetro os interlocutores

definidos socialmente (AMOP, 2007, p. 18).

Conforme o exposto na adaptação, foi incluído um módulo de reconhecimento

do gênero, antes da produção inicial, a fim de garantir ao aluno um conhecimento

maior do gênero em estudo.

Portanto, as SD têm por meta melhorar as práticas de ensino da leitura e da

produção escrita, fundamental para o aprendizado mais eficiente e de qualidade.

É nesse sentido, que a leitura e a escrita se tornam imprescindível, pois insere

o ser humano a um conhecimento maior de aprendizagem, cultura de mundo e

entendimento da palavra. Tudo isso faz com que o aluno reflita e mude sua visão de

pensar, ser e agir.

Assim, adotar os gêneros como objeto de ensino e as Sequências Didáticas como encaminhamento metodológico de trabalho com os gêneros, é uma forma de criar condições para que os alunos sejam confrontados com diferentes práticas de linguagem historicamente construídas, oportunizando a sua reconstrução e a sua apropriação (COSTA-HÜBES e BAUMGÄRTNER, 2007, p. 17).

Por isso, é interessante e fundamental trabalhar o gênero discursivo poema,

pois a interação do aluno com a poesia estimula a criatividade e assim, surgirão

textos próprios e criativos.

A implementação da intervenção pedagógica realizar-se-á no decorrer de

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agosto a dezembro de 2011, numa turma de Ensino Fundamental e Ensino Médio,

no período noturno, no CEEBJA de Capanema, onde somos lotada e efetiva com 20

horas aula, na disciplina de Língua Portuguesa. Abordaremos o gênero discursivo

poema para cativar o aluno a ler, interpretar e escrever poesias, pois são textos que

emocionam, mexe com os sentimentos das pessoas e, assim, fica fácil trabalhar

para obter resultados mais eficazes e garantidos.

2.4 O NASCIMENTO DE UM POETA

“Se as coisas são

inatingíveis... ora ! Não é motivo para não querê-las...

Que tristes os caminhos se não fora...

A mágica presença das estrelas “.

(Mário Quintana)

Sem nenhuma palavra, apenas a leitura implícita de um olhar, fez-me

escrever uma letra, uma sílaba, uma palavra, um texto poético. E assim, o poema

ficou bailando no ar, até se delinear em versos, após descobrirmos o verdadeiro

sentido de o aluno ter abandonado a aula de leitura.

Percebemos, então, naquele olhar, uma fisionomia real de sentimentos que

expressavam o seu ser atribulado, preferindo ao recolhimento da cela prisional a

assistir as aulas de Português.

Foi nesse exato momento que escrevemos o primeiro poema, depois de

muitos outros que vieram borboletear a arte de escrever poesias. E assim, os versos

nos acompanharam como uma necessidade, um encantamento, um sonho, uma

realidade.

E, nessas condições, a nossa pesquisa de trabalho foi tomando forma e dali

para frente, o gênero discursivo poema foi criando espaço na nossa vida e, assim,

descobrir, entre os alunos, talentos artísticos escondidos na obscuridade da alma.

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E, desse episódio, resultou o interesse por um trabalho com leitura,

interpretação e produção de textos poéticos, o qual está sendo organizador agora

por meio da SD, com o objetivo de ler e construir poesias que representam nossos

sentimentos e emoções.

Sendo assim, cabe dizer que o poema é uma arte literária de escrever versos.

È o mais antigo texto que já existiu na história da humanidade. Os textos eram

escritos em versos, rimas, ritmos, repetições e figuras de linguagem e não era difícil

memorizar para depois recitar em praças públicas. Por tudo isso, a importância e a

necessidade de se trabalhar versos, estrofes e poemas para que o aluno sinta a

poesia existente dentro dele e, a partir desse momento, passe a ler e escrever

poemas com emoção e sensibilidade.

Não queremos ler poemas pelo simples fato de ler e, que, o texto seja apenas

pretexto para atividades pedagógicas, mas, pretendemos matizar a alma do aluno de

poesias e que estas transbordem em seu olhar, em seu sorriso, em seu coração, em

sua vida para sempre.

E que os textos poéticos sejam elementos-chave de expressividade e

comunicação em sua vida. È importante distinguirmos que o poema é uma obra em

verso, arte de escrever textos poéticos. Já a poesia é a arte de escrever em versos,

mas colocando todo o encanto, a graça, o atrativo. Aquilo que desperta o sentimento

do belo, do imaginário, da fantasia ou comovente nas pessoas ou coisas.

Segundo Silva, “O poema é um gênero textual estruturado em versos, que

pode ou não ter rimas. Cada linha do poema corresponde a um verso. Ao conjunto

de versos damos o nome de estrofe. Os poemas podem apresentar uma ou mais

estrofes.” (SILVA, 2009, p. 31)

Já a poesia é o belo, a sensibilidade, a essência, a musicalidade, a revelação

dos sentimentos e emoções que as pessoas sentem e colocam no poema. È

também, uma forma de expressividade e de comunicação.

A intenção de textos desse gênero pode ser variada: emocionar o leitor,

chamar a atenção para o belo, apresentar o encanto, a indignação, a fé, a esperança

do poeta frente às situações da vida.

As palavras ou expressões do poema podem ter vários significados, sendo

necessária a interpretação do que querem expressar.

Ao produzir um poema, o autor pode assumir a voz de um adulto, de uma

criança, de um objeto, de um animal, de um profissional, entre outros. Para fazer

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isso, ele precisa imaginar como é o ser representado, o que ele diria, sentiria, como

agiria. O “eu” presente nos versos revela-se ao leitor, conforme as intenções do

autor.

A voz que fala em um poema damos o nome de eu-poético.

È importante não confundir o autor do poema com o eu poético. O autor é

aquele que escreve o texto e o eu poético corresponde à voz que fala no poema.

Neste sentido, a abordagem do gênero poema como entretenimento e cultura,

pretende investigar nos alunos da EJA, a reflexão acerca dos benefícios da leitura

como prática enriquecedora.

Com o desenvolvimento dessa pesquisa de trabalho com o gênero discursivo

poema, esperamos demonstrar o significado e abrangência do aprendizado como

uma nova concepção de vida. Depois de ler, analisar e entender as características

do gênero poema, indicaremos livros com textos poéticos para o aluno ler, copiar e

fazer sua coletânea e, assim, formar ideias mais consistentes do que é poema.

“Para compreender a poesia

precisamos ser capazes de envergar a alma da criança,

como se fosse uma capa mágica, e

admitir a superioridade da sabedoria infantil

sobre a do adulto”.

Johan Huizinga

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA COM O GÊNERO POEMA

1 APRESENTAÇÃO DE UMA SITUAÇÃO E SELEÇÃO DO GÊNERO

Professor(a):

Ao iniciar o trabalho com o gênero textual “Poema”, os alunos devem

encontrar a sala de aula repleta de textos poéticos nas paredes, carteiras, varal

literário, saguão da escola e uma cesta recheada de textos em cima da mesa e,

também muitos livros de poemas para pesquisas. Na lousa, escreva um poema e

deixe-o ali. Neste instante, para motivá-los à leitura, análise a produção de textos

poéticos, questione-os se conhecem algum poema ou se gostam de ler ou ainda se

alguém já escreveu poemas.

Fale sobre seu projeto de leitura e mostre a importância e necessidade de se

ler para aprender. Fale da diferença entre poema e poesia e em seguida leia o

poema da lousa com ênfase, entonação, vibração e a pontuação necessária. E

antes de começar a leitura de outros poemas, deixe os alunos passearem pela sala,

apenas para um trabalho de reconhecimento de textos do gênero que nela se

encontram espalhados para, então, facilitar a aproximação e a convivência com o

texto poético. Oriente para que escolham um poema e leiam, comentem com seu

colega e copiem em seu caderno. Peça também se eles têm em casa poemas para

trazer para a escola e ler para os colegas.

Ao efetuarem a leitura do poema escolhido, motive-os para que façam em voz

alta e com bastante expressividade. Provoque o interesse pela leitura, destacando e

preparando para a análise interpretativa. Faça várias dinâmicas com os poemas

como: leitura oral e silenciosa, individual e coletiva, por fila, em grupo,

dramatizações. Coloque várias poesias no chão em círculo e peça para cada aluno

se posicionar perante um poema, aquele que ele mais gostou. Peça para o aluno ler

a poesia que mais se identificou e questione-o pelo qual motivo escolheu aquele

texto, faça perguntas sobre o tema, peça para falar a respeito do assunto escolhido

e quais os motivos que o levaram a escolher aquele poema.

Depois de ler muito e entrar em contato com o gênero discursivo poema, o

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aluno irá produzir seus próprios textos poéticos e, assim, realizar uma coletânea

própria. A apresentação será na escola, na comunidade, na família, na Rádio Local e

no Jornal da Cidade, em forma textos escritos.

2 RECONHECIMENTO DO GÊNERO TEXTUAL “POEMA”

2.1 PESQUISA SOBRE O GÊNERO

Professor(a):

Ao começar esse trabalho pedagógico com o poema, é importante que o

aluno já conheça a diferença entre poema e poesia. E se, não souber ainda,

oriente-o para que pesquise nos dicionários que se encontram na sala de aula e faça

comentários e também, questionamentos.

E segundo o Caderno Pedagógico 01, (AMOP. 2007, p. 90), temos o poema como:

Poema: é a arte de escrever em versos.

Poesia: forma de expressão literária que revela o belo, a inspiração, fantasia.

Verso: são as linhas de um poema, cada linha é um verso.

Estrofe: cada amontoado de versos forma uma estrofe.

Ritmo: é a musicalidade existente no poema, a repetição de sons.

Rima: repetição de sons iguais no final dos versos.

Tudo isso forma um poema.

(AMOP, 2007, p. 90)

Traga de casa, da biblioteca, da internet poemas para a sala de aula e leia

para os alunos e eles para os colegas.

Aproveite, professor(a), o texto poético escrito na lousa, para mostrar ao aluno

a estrutura do poema, mostrando a diferença entre um poema e uma prosa e a

existência de poesia nesse texto. Incentive-o a falar de suas emoções, sentimentos,

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sua vida.

Agora, professor (a) retome o que é poema e faça-o escrever no caderno.

Professor(a):

Aproveite, também, para explicar o formato do soneto.

O soneto é formado de quatorze versos: dois quartetos e dois tercetos.

E que a poesia existente no poema é o belo, a fantasia, a imaginação, a

beleza interior, a grandeza de espírito, o sonho e a emoção existente em cada ser

humano. A poesia está sempre presente naquele que escreve e, também, naquele

que lê, porque é a inspiração, o encantamento, o êxtase, a sublimidade do ser.

Temos que entender, reconhecer, revelar que a poesia existe mesmo e muito

importante em nossas vidas. E que, na prosa, também existe poesia.

2.2 LEITURA DE TEXTOS DO GÊNERO POEMA

Professor(a),

Agora, é o momento da leitura. Primeiramente, provoque o aluno à

curiosidade, dando alguma informação, pistas interessantes, despertando e

aguçando o aluno a ter vontade e paixão pela leitura de poesias. Leia novamente o

poema da lousa ou qualquer outro que estiver à disposição na sala com entonação,

ritmo, ênfase e animação. Tudo isso para incentivar o aluno a gostar de ler e

possivelmente, escrever e recitar poemas e, quem sabe, ser um poeta. E para criar

um clima de alegria e participação, sugerimos que o professor (a) coloque um fundo

musical, pois é uma forma de despertar o gosto, a sensibilidade e a participação nas

aulas de poesias.

A partir desse momento, o aluno poderá escolher poemas e com incentivo do

professor, ler para a classe, ler no saguão da escola, ler na frente dos outros colegas

da escola, ler para os colegas no ônibus e, também, ler na igreja e na sua

comunidade.

Como sugestão, indicamos a leitura de alguns poemas:

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TÍTULO DE POEMA AUTOR

O Constante Diálogo Carlos Drummond de Andrade

Filho, Você e o Tempo. Luiz Alberto Meyer

O Bicho Manuel Bandeira

Maria, Maria Milton Nascimento-Fernando Brant

O Anjo de Pernas Tortas Vinícius de Moraes

Aos Moços Cora Coralina

Poema de Sete Faces Carlos Drummond de Andrade

Essa Negra Fulô Jorge de Lima

Só depois desses vários momentos prazerosos de leitura, parta para a análise

e a interpretação da temática dos poemas com questionamentos, comentários,

pareceres dos alunos, compreensão além das linhas. Conversar com o autor e

retirar a essência da cada poesia analisada e colocar em plenário. Todavia, antes

dessa leitura interpretativa, não esqueça de trabalhar com o contexto de produção

do texto selecionado, destacando o autor, a data e o local de publicação, o suporte

do poema e o veículo de circulação. Não esqueça também de explorar os possíveis

interlocutores dos textos.

Peça para os alunos realizarem uma entrevista com as pessoas que

trabalham na escola, veja se gostam de poemas e se já escreveram alguns. Anote

as poesias e coloque- as no mural, no dia da exposição das poesias. Exemplo:

1 Qual o seu nome completo, por favor?

2 Você gosta de ler poesias?

3 Cite alguns poemas que você conhece.

4 Você já escreveu poemas? (No caso de ter escrito, leve para ler para a

comunidade escolar ou colocar no mural).

5 Poema é uma composição poética, escrita em versos. Poesia é algo bonito,

tocante, que vem da alma, traz encanto, magia, sonhos, fantasias. Agora, escreva

um poema e coloque toda a poesia existente dentro de você. Peça para entregar.

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2.3 SELEÇÃO DE TEXTOS DO GÊNERO POEMA

Após a leitura e análise de poemas (quanto ao contexto de produção e o

formato do gênero), escolha um para que seja analisado dentro do que foi ensinado

até o momento e peça para escrevê-lo no caderno, onde, posteriormente será feito

análise por escrito. A proposta metodológica de leitura, análise e produção de textos

poéticos, organizados por meio de um (SD) com o gênero textual “Poema”, têm a

finalidade de estimular o aluno da EJA a ler sempre mais, como uma proposta de

integração social.

Após a leitura e releitura do poema é importante que o aluno responda as

questões por escrito no caderno e depois leia para a classe as respostas. Seria

interessante chamar a atenção para o enredo, discutir e comparar; dramatizar o

texto poético; ler e reler o texto com os alunos pedindo que anotem no caderno

possíveis observações, dúvidas e curiosidades, colocar no grande grupo os

comentários e soluções para o eu-poético.

Como sugestões de atividades de leitura, a partir de um texto do gênero,

destacamos algumas que seguem.

ATIVIDADES DE LEITURA

Leia com atenção o texto poético “Ontem, eu chorei”, focalizando os reais

motivos de a autora ter escrito. Analise e discuta com o colega cada palavra, cada

intenção e, ainda, o que a autora quis demonstrar nas entrelinhas da cada verso.

TEXTO 01 - Ontem, eu Chorei...

ONTEM, EU CHOREI...

Ontem, chorei... Ao me deparar com alguém Que buscava na incerteza

A certeza de nada encontrar E assim pude ler

Naquele olhar A sua alma

Que pedia socorro Um olhar de ódio pela humanidade

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Um olhar de ódio pela vida Um olhar de ódio por ele mesmo

Um olhar de ódio por mim Um olhar frio, distante, fugaz

Que ficou registrado Na minha memória

E minha alma se desnorteou Se a vida lhe foi cruel

È porque sua “alma é pequena” E nessa incerteza estava ali

Para buscar um sentido para a vida Todavia, nada encontrou E do nada desapareceu

Para se encontrar novamente Na escuridão da sua alma

E por isso, eu chorei...

Autora: Neiva Dariva – Professora PDE - Ano 2006. Poema escrito como registro vivenciado pela professora e um aluno da penitenciária, que preferiu

voltar para a cela a assistir as aulas de Português.

Professor(a):

Depois de ler, analisar, escrever e declamar poemas, sugerimos que sejam

encaminhadas algumas atividades que irão auxiliar no reconhecimento do gênero

discursivo poema quanto ao seu contexto de produção, sua função social, suas

características, enfim, suas marcas linguísticas.

Antes de iniciar qualquer atividade de interpretação oral e escrita dos textos

poéticos, utilize-se desta metodologia abaixo:

a) Quem escreveu o texto?

b) Onde?

c) Quando?

d) Como?

e) Por quê?

f) Qual o assunto explorado?

g) Quem são os leitores desse gênero?

h) Qual a função social do gênero?

i) Para que interlocutores são escritos?

Esses questionamentos é uma forma de garantir a exploração do gênero,

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antes de se explorar o texto.

ATIVIDADES COM OS ALUNOS

1. Quem era este aluno? Por que ele reagiu desta forma? Tente descobrir.

2. Por que a autora do poema chora?

3. O que significa “alma pequena” explique.

4. Por que o aluno da penitenciária preferiu voltar para a cela? Comente...

5. Vocês já ouviram falar em “solário da prisão”?

Onde? Quando?

O que significa?

6. A expressão um olhar de ódio pela humanidade, utilizada no poema, é

uma maneira de comunicação mais apropriada para ser usada em

a) ( ) textos poéticos b) ( ) documentos comerciais

c) ( ) reuniões sociais d) ( ) telegrama

7. Relate por escrito no seu caderno e leia para os colegas o que significa

“escuridão da sua alma”.

8. Retire do poema o verso que mais lhe chamou atenção e explique por que

ele foi selecionado.

9. Se você tivesse que mandar alguns versos do poema “Ontem, eu chorei”

para quem mandaria? E quais você enviaria? Escreva-os em seu caderno e leia

para os colegas. Por que, selecionou esses versos?

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Professor(a):

Faça uma visita à penitenciária de sua cidade e mostre aos alunos como é um

solário de prisão e qual a sua utilidade. Ao voltar, instigue os comentários dos

alunos.

TEXTO 02 - Canção do Menino

CANÇÃO DO MENINO

Pra falar a verdade

nunca tive um pijama. Pra quê?

Se nunca tive cama?

Verdade verdadeira, nunca tive um brinquedo?

Apenas tive medo.

Mas hoje há tanto frio, tanta umidade,

que invento um cobertor de sol poente,

e um pijama de sonho em cama quente.

È bom brincar de gente.

(In. Dinorah, Maria. Panela no fogo, barriga vazia. Porto Alegre, L& PM. sd. p. 15). (Retirado do Caderno Pedagógico 01- Cascavel: Assoeste, 2007).

1. Sobre que assunto aborda o poema? Você conhece alguém que tenha

vivido numa situação parecida com a descrita no poema? Comente....

2. O poema “Canção do Menino “está dividido em .............versos e ...........

estrofes.

3. Descreva o menino... Como você o imaginou fisicamente e

psicologicamente?

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Metáfora é o emprego de uma palavra com sentido de outra, com relação de semelhança entre elas. Ex: Maria é uma estrela.

4. Encontre as metáforas nas alternativas abaixo. Explique o que você

entendeu com essas metáforas.

a) nunca tive um brinquedo b) cobertor de sol poente

c) hoje, faz tanto frio! d) pijama de sonhos

5. Quem escreveu este poema? Pesquise sobre a vida poética dessa autora e

copie em seu caderno uma das mais recentes poesias escrita por ela.

6. Argumente...

Por que, hoje, tantas crianças vivem na rua sem família, sem educação, sem

condições de viverem como gente? Argumente...

7. A autora, Maria Dinorah Luz do Prado, quis chamar atenção no texto para

mostrar

a) a realidade feliz das crianças

b) o desajuste social da autora

c) que o menino do poema tem brinquedos

d) os problemas de como vivem certas crianças no país e no mundo

Agora, ilustre o poema com um desenho bem sugestivo.

8. O que você sugere para resolver o problema e as angústias do menino do

texto poético?

9. É correto afirmar que o menino da poesia

a) vivia numa casa majestosa.

b) tinha frio, mas possuía um cobertor.

c) possuía muitos brinquedos, mas não tinha medo.

d) a pobreza e a miséria tornavam-o infeliz.

Argumente cada frase com o colega e coloque seu questionamento para a

classe.

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10. Você acha que este menino tem uma história? Quem é ele? Quais seus

sonhos? Como vive?

Professor(a):

O poema é um texto poético formado de versos, onde o sentimento e a

emoção emolduram o poema. Cabe, portanto, trabalhar o gênero discursivo poesia

nas mais variadas formas. Incentive o aluno a gostar de ler, construir textos em

versos e em prosa com palavras próprias, dar nova forma, tornar diferente do que

era, mudar, alterar e reconstruir, passando do texto em versos para o texto em prosa

e vice-versa.

10. Agora, transforme o texto abaixo em versos, formando um poema.

Criança pobre, de pé no chão. Suja, rasgada, despenteada. Desmazelada.

Criada à toa, de roldão. Cria de casebre, enxerto de galpão (Cora Coralina).

Professor(a):

Faça um debate crítico sobre o tema do texto, anote na lousa os comentários.

Discuta. Faça também uma pesquisa sobre a autora para conhecer o verdadeiro

sentido do poema e, depois escrever pequenos e significativos textos poéticos.

TEXTO 03 – Fragmentos:

a) Caçador de Mim b) Autobiografia de um aluno da EJA

Por tanto amor [...] Eu adorava correr, subir nos pés de

Por tanta emoção coqueiros e nas árvores, como as grandes laran-.

A vida me fez assim jeiras, além das paisagens que meus olhos com-

Doce ou atroz seguiam ver [...].

Manso ou feroz (Aluno da EJA)

Eu caçador de mim

(Milton Nascimento)

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c) A Hora da Estrela

[...] Disfarçava os panos com grossa camada de pó e, se ficava meio caiada,

era melhor que o pardacento. Ela toda era um pouco encardida, pois raramente

se lavava. [...]

(Clarice Lispector)

(Livro- EJA - Educação de Jovens e Adultos-Ensino Fundamental. São Paulo, IBEP, 2009, p. 43)

ATIVIDADES PARA O ALUNO

1. Qual dos textos é poema? Destaque-o, escrevendo em seu caderno.

2. No primeiro texto existem rimas, circule-as e forme uma frase envolvendo-

as.

3. O texto “Autobiografia de um aluno da EJA” é

a) narrativo b) opinativo

c) descritivo d) instrucional

Explique a estrutura de cada tipo de texto.

4. Descubra pelo qual motivo a autora escreveu o texto poema? Explique com

suas palavras.

5. Autobiografia quer dizer

a) recordações da infância b) a história do narrador

c) vida do aluno da EJA d) vida de uma pessoa escrita por ela mesma.

Agora, faça a sua autobiografia.

6. Para quem o aluno da EJA escreveu este texto? Que sentimentos ele

demonstrou?

7. Retorne aos textos e com a ajuda do dicionário, encontre o significado das

palavras abaixo. Agora, forme uma frase englobando as três palavras.

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a) pardacento b) atroz c) emoção

8. O verbo “fez” no verso 03 do texto Caçador de Mim indica um fato...

Agora, explique cada ação, cada fato do

a) presente b) futuro

c) passado d) pretérito

9. Com qual dos textos você mais se identificou? Por quê? 10. O que é um fragmento e por que os autores usaram reticências. Professor(a): Atividades de memória Selecione palavras dos poemas em cartolinas ou qualquer outro papel, mostre

para o aluno durante alguns minutos e peça para memorizar rapidamente, em

seguida escrever no caderno o que lembra. Cada aluno vai computadorizar quantas

palavras lembrou, pode ser em ordem ou não. Fazer várias vezes estas atividades.

Coloque também em cartazes quadrados com cores diferentes para que ele

memorize em ordem. Cole em cartolinas figuras com animais e veja quantos ele é

capaz de lembrar e escrever no caderno. Diversifique.

10. Atividades com os alunos oral e escrita.

a) Memorize em ordem alfabética estas palavras do cartaz: aluno, barbante,

cadeia, dado, encardido, fábula, gatilho, homem, igreja, jardinagem, leiteiro, marmita.

b) Escreva no caderno as cores em ordem, conforme o cartaz.

c) Cada aluno representa um animal escolhido por ele. O professor escreve

na lousa em desordem. O professor diz: - Neste zoológico há muitos animais, mas

eu não quero o hipopótamo, o aluno que representa o hipopótamo diz: - hipopótamo

não girafa. A girafa tem que ficar bem atenta, rápida e dar continuidade e se

esquecer, gaguejar e se atrapalhar cai fora: - girafa não elefante, até ficar o campeão

de memorização.

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TEXTO 04 - Brinquedos de Criança

BRINQUEDOS DE CRIANÇA

Recordo ainda... E nada mais me importa... Aqueles dias de uma luz tão mansa

Que me deixavam, sempre, na lembrança Algum brinquedo novo à minha porta

Mas veio um vento de Desesperança

Soprando cinzas pela noite morta! E eu pendurei na galharia torta

Todos os meus brinquedos de criança...

Estrada afora após segui... Mas, aí, Embora idade e senso eu aparente, Não vos iluda o velho que aqui vai:

Eu quero meus brinquedos novamente! Sou um pobre menino... acreditai...

Que envelheceu, um dia, de repente...

(Mário Quintana. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1966).

ATIVIDADES PARA O ALUNO

Professor(a):

Pergunte aos seus alunos se lembram o que é SONETO.

Soneto é uma espécie de poema, formado de 14 versos fixos.

O soneto pede quatro estrofes, duas estrofes com quatro versos cada

(quarteto) e duas estrofes com três versos cada (terceto)

De origem italiana Sonetto que quer dizer: pequena canção.

Copiar no caderno.

Pesquisar um soneto. 1. Na sua leitura e entendimento do texto. O que o autor recorda?

2. O poema “Brinquedos de Crianças” é

a) um verso b) uma estrofe

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c) um conto d) um soneto

Explique cada um deles.

3. O soneto é formado de

a) 14 versos, formado de dois quartetos e dois tercetos

b) quatro versos, constituindo dois quartetos e dois tercetos

c) formado de quatro versos e quatro estrofes

d) 14 versos, dois quartetos e dois tercetos, formando uma prosa.

4. Como as crianças brincavam antigamente? Cite todos os brinquedos do

passado e compare-os com os brinquedos do presente.

5. Pedir para um aluno ler o poema pausadamente, enquanto os outros

fecham os olhos e sintam atentamente o que o texto poético lhes diz. Comentar...

6. Qual o brinquedo que você recorda e que o deixou mais feliz?

7. Para o autor, o que significa “Eu quero meus brinquedos novamente”

8. Para você, quem são os leitores deste estilo de texto?

9. Retire do poema a estrofe que mais significou para você e escreva em seu

caderno.

10. Quem é o eu - lírico que fala da infância, no poema? E que sentimentos

deixa transparecer quando fala no poema? Agora, fale um pouco de sua infância.

TEXTO 05 - Seu dotô me conhece? Você já teve a oportunidade de conhecer uma pessoa que mora na roça? Já

observou como ela fala? Então, leia o texto e verá.

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SEU DOTÔ ME CONHECE?

Seu dotô, só me parece Que o sinhô não me conhece,

Nunca sôbe que sou eu, Nunca viu minha paioça, Minha muié, minha roça

E os fio que Deus me deu.

Se não sabe, escuite agora, Que vô contá minha história,

Tenha bondade de uvi: Eu sou da crasse matuta,

Da crasse que não desfruta Das riqueza do Brasi.

(Patativa do Assaré) (Governo do Paraná - Ensino Fundamental-Fase II – Caderno 2 – Curitiba, 2003, p. 5).

ATIVIDADES PARA O ALUNO

1. O texto foi escrito em que linguagem? Copie as palavras em seu caderno.

a) padrão b) caipira c) gíria d) sertaneja

2. Como você já percebeu as duas formas de falar no texto, então passe a

primeira estrofe para a linguagem padrão.

3. Retire do texto falas que representam o modo de se comunicar do homem

do campo e escreva-as corretamente em seu caderno.

4. O personagem do texto fala de algumas riquezas, quais seriam elas?

5. Qual é o assunto do poema?

6. Na sua opinião, o que o dotô representa para o homem do campo?

Professor(a)

Converse com seus alunos e pergunte o que a poesia simboliza na vida de

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cada um deles. Registre no quadro cada resposta. Depois peça que eles leiam e

façam um pequeno poema com as palavras e frases ditas pelos colegas. Ler para a

classe. Trocar os pequenos poemas com o colega e copiar em seus cadernos. Esse

poema pode ser encenado na classe, pois é um texto interessante e fácil de

trabalhar. Após, a leitura do texto e os exercícios orais, faça perguntas para ver se

entenderam. Enfatizar que estamos trabalhando com o que faz parte do

conhecimento e da cultura de cada um.

7. Reescreva as palavras de acordo com a norma padrão

a) mendingo ........................................... b) mortandela ...................................

c) estrovar .............................................. d) devalde ........................................

e) resbalar ..............................................

8. Ao escrever o poema o que o autor quis retratar?

9. “Das riquezas do Brasil”, comente o que você entendeu da frase e coloque-

a na forma padrão.

10. Descreva o personagem do texto. Fale da pessoa do campo, seus

costumes sua vida, suas angústias.

TEXTO 6 - Garota de Ipanema

GAROTA DE IPANEMA

Olha que a coisa mais linda Mais cheia de graça

È ela, a menina Que vem q e que passa

Num doce balanço A caminho do mar...

Moça do corpo dourado Do sol de Ipanema O seu balançado

È mais que um poema È a coisa mais linda

Ah, porque estou sozinho

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Ah, porque tudo é tão triste Ah, a beleza que não é só minha

Que também passa sozinha...

Ah, se ela soubesse Que quando ela passa

O mundo sorrindo Se enche de graça

E fica mais lindo

(Vinícius de Moraes e Tom Jobim)

(Governo do Paraná – Ensino Fundamental – Fase II – Caderno 2 – Curitiba, 2003, p. 26) ATIVIDADES DO ALUNO Linguagem conotativa ( figurada ) e Denotativa (real )

Linguagem Denotativa: É a linguagem verdadeira, real, informativa que não

traz emoção ao interlocutor. Ex: ... a caminho do mar.

Linguagem Conotativa: É a linguagem carregada de emoção, sentimento,

sons. Não real. Ex:...num doce balanço.

1. No poema “ Garota de Ipanema “ predomina a linguagem

a) conotativa b) denotativa

Agora, explique o que é conotação e denotação e escreva em seu caderno.

2. Destaque do texto poético três expressões com linguagem conotativa.

Agora, forme frases.

3. Você já ouviu falar da praia de Ipanema? Ela fica em que estado do Brasil?

a) São Paulo b) Santa Catarina c) Rio de Janeiro d) Paraná

4. Interlocutor do texto é uma pessoa a quem o escritor se dirige.

Quem seria o interlocutor do poema?

5. Na terceira estrofe, que motivos deixam o “eu poético triste”?

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6. O texto “A Garota de Ipanema” é um poema que se caracteriza por ser

formado de .......................versos e ................. estrofes. O que é poema? Explique

com suas palavras.

7. Professor(a)

Coloque a música “Garota de Ipanema” e peça para os alunos fecharem os

olhos. Logo após, questione o que sentiram e o que imaginaram que o autor quis

falar ao escrever a música. Comentários.

8. “É ela, a menina” O pronome ela se refere a quem?

9. Pesquisa: Quem são os autores Vinícius de Moraes e Tom Jobim?

10. Por que o poeta se sentia triste se a beleza da garota era tão bela?

TEXTO 07 - Soneto de Fidelidade

– SONETO DE FIDELIDADE

De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo ema face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo ema cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor ( que tive ): Que não seja imortal posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure. (Vinícius de Moraes)

(Vinícius de Moraes- Livro de Sonetos. Rio de Janeiro, José Olímpio, 1978, p. 142).

ATIVIDADES DO ALUNO

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1. O que o poeta quis transmitir no poema? 2. De que maneira o autor do texto quer viver seu amor? 3. “Mas que seja infinito enquanto dure”. O que Vinícius de Moraes quis dizer? 4. Em qual estrofe o autor poético demonstra seu amor? Destaque-a e copie

em seu caderno.

5. Leia a segunda estrofe novamente: A ideia do autor é...por quê?

a) viver intensamente o amor até a morte

b) mostrar para o mundo o seu amor

c) quer viver o seu amor a cada momento

d) o poeta se sente frustrado com o amor

6. Qual a sua opinião... Um amor pode durar para sempre? Justifique sua

resposta.

7. As pessoas, hoje, ainda acreditam no amor? Comente...

8. Escreva em seu caderno a estrofe que mais lhe emocionou , selecione em

seu caderno e explique o porquê..

9. O poema foi escrito em dois..................e dois ....................., formando um

..................................

Acróstico: segundo dicionário escolar, 2009, p. 11. Acróstico é uma

modalidade de composição poética, na qual o conjunto das letras iniciais , mediais

ou finais de cada verso forma nome de pessoas ou coisas. Explicar e acompanhar o

aluno na formação do acróstico.

10. Agora, forme um acróstico com a palavra SONETO.

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32

S

O

N

E

T

O

TEXTO 08 – Canavial

CANAVIAL

Cinza.

Branco. São as moles espadas de zinco

do canavial.

Pardo. Cinza.

São as rodas dos carros cansados do canavial.

Preto. Pardo.

São as perninhas finas de crianças no canavial.

Cinza.

Branco. São as canas, as canas cortadas

no canavial.

Pardo. Preto.

È o caminho que vamos pisando no canavial.

Preto. Cinza.

È a poeira do vento fugindo do canavial.

Pardo. Pardo.

São os moldes de açúcar já pronto no canavial.

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Branco. Branco.

È a risada festiva das crianças no canavial.

( Cecília Meireles) (Cecília Meireles. Obra poética, Rio de Janeiro, Companhia José Aguilar Editora, 1972, pp. 649-650).

TEXTO 09 - O açúcar

O AÇÚCAR

O branco açúcar que adoçará meu café nesta manhã de Ipanema não foi produzido por mim

nem surgiu dentro do açucareiro por milagre. Vejo-o puro

e afável ao paladar como beijo de moça, água

na pele, flor que se dissolve na boca. Mas este açúcar

não foi feito por mim.

Este açúcar veio da mercearia da esquina e tampouco fez o Oliveira,

dono da mercearia. Este açúcar veio

de uma usina de açúcar em Pernambuco ou no estado do Rio

e tampouco o fez o dono da usina.

Este açúcar era cana e veio dos canaviais extensos

que não nascem por acaso no regaço do vale.

Em lugares distantes, onde não há hospital

nem escola, homens que não sabem ler e morrem de fome

aos 27 anos plantaram e colheram a cana

que viraria açúcar.

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Em usinas escuras, homens de vida amarga

e dura produziram este açúcar

branco e puro com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.

(Ferreira Gullar)

(Ferreira Gullar, Toda poesia, 2. ed. Rio de Janeiro, E. Civilização Brasileira, pp.227-228).

ATIVIDADES DO ALUNO

1. Qual é o tema abordado nos dois textos?

2. O produto da cana é o assunto do texto .......................................................

3. “homens de vida amarga” (texto 2) O autor ferreira Gullar usou uma

expressão. Por quê?

a) conotativa b) denotativa

4. Pesquise no dicionário as seguintes palavras e elabore um pequeno texto,

formando um parágrafo.

tampouco regaço amarga

5. Trabalho em grupo : A sala irá se reunir em grupos para a discussão das

expressões citadas abaixo. Comentários e discussões.

a) São as moles espadas de zinco do canavial

b) as perninhas finas das crianças

c) são as rodas dos carros cansados

Professor(a): Pesquisa: Incentive o aluno a pesquisar sobre os poetas Ferreira Gullar e

Cecília Meireles: alguns poemas, um pouco da biografia e, também, que eles façam

um paralelo caracterizando o estilo da poesia de cada autor.

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6. Por que os homens do texto 2 morrem aos 27 anos?

7. Examine atentamente o poema de Ferreira Gullar e compare a relação

existente entre os dois textos poéticos.

8. Elabore uma lista de ocupações que exige muito trabalho, segundo os

textos e, compare-os com as atividades realizadas hoje.

9. Como o poeta apresenta as pessoas que plantavam e colhiam a cana para

o nosso açúcar ( texto 2 )

10. Jogral

Dividir a sala em dois grupos: Um grupo representará o texto Canavial e o

outro grupo o texto Açúcar.

TEXTO 10 - Cidadezinha

CIDADEZINHA

A cidadezinha cheia de graça Pequenina que até causa dó...

Com seus burricos a pastar na praça... Sua igrejinha de uma torre só...

Nuvens que vem nuvens e asas,

Não param nunca, nem um só segundo... E fica a torre, sobre as velhas casas,

Fica cismando como é vasto o mundo!

Eu que de longe venho perdido, Sem pouso fixo (a triste sina),

Ah, quem me dera lá ter nascido!

Lá toda a vida poder morar! Cidadezinha... Tão pequenina Que toda cabe num só olhar!

(Mário Quintana )

(Caderno 3 – Ensino Fundamental – Fase II, 2004, p. 18 ). CEEBJA

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ATIVIDADES DO ALUNO

1. Escreva o poema no caderno. Agora, enumere todas as linhas e divida em

estrofes. No dicionário pesquise as palavras

Cismar, sina, vasto, graça, fixo.

2. Por que o poema Cidadezinha é um soneto? Diferencie...

3. O tipo do discurso predominante no texto poema é: narrativo, descritivo ou

dissertativo? Explique a diferença de cada um.

a) narrativo

b) descritivo

c) dissertativo

4. Copie a frase que não estã de acordo com o tema do poema e explique,

por quê?

a) sentimento de afeto pela cidadezinha

b) amor pela cidadezinha

c) descrição de uma cidadezinha indeterminada

d) descrição de uma cidadezinha qualquer

5. Retire do poema três frases que comprovem que o texto é descritivo.

6. A cidadezinha é tão calma que até causa dó.

O que no texto, interrompe o sossego da cidadezinha?

7. Escreva, em sua opinião, o modo de vida das pessoas da sua cidade.

8. Escolha uma pessoa muito importante na sua vida e escreva como ela é.

9. Faça ao lado de cada estrofe um breve resumo.

10. Agora, em poucas palavras descreva a cidade onde você mora.

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3 PRODUÇÃO E REESCRITA DE TEXTOS

Professor(a):

Oficina de textos

Depois de todo esse trabalho realizado com a leitura, apresentações para a

classe, pesquisa, declamações, análise e interpretação textual do gênero poema,

incentivar o aluno a produzir seus próprios poemas, colocando em cada verso toda

sua sensibilidade, imaginação e emoção existente no seu eu-poético.

Pedir para retirar dos textos lidos e analisados palavras que lhe sugere

encantamento, emoção, sentimento, solidão, angústia, saudades e elaborar um

poema ou ainda, debater um assunto e questionar os alunos. O professor colocará

as respostas na lousa e, assim, terão subsídios para elaborar textos poéticos. Esses

poemas serão lidos para a classe e o professor poderá corrigir os textos,

aperfeiçoando-os e os alunos reescreverem em seus cadernos.

Os poemas serão colocados no varal literário da sala e todos terão

oportunidade de ler e copiar. Após, este trabalho, construir um painel com poemas

pesquisados nos livros da biblioteca, internet e livros que a professora levar de casa

e mais os que eles trouxerem de casa e colocá-los no saguão da escola.

Aqui, professor(a), forme uma oficina de construção de textos poéticos. O

aluno vai ler pesquisar, dramatizar, elaborar seus próprios poemas e, ainda

reescrever para aperfeiçoá-los e, assim, formar uma coletânea de poesias.

4 DECLAMAÇÕES DE POESIAS

Professor(a):

Incentive os alunos a recitarem poemas durante as oficinas e prepará-los

para uma apresentação na escola, com a participação de toda a comunidade

escolar. Poderão simplesmente ler com entonação, ritmo e preparação, como

também, decorar as poesias para serem declamadas.

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Após esse trabalho, levaremos os alunos para a Rádio Comunitária, onde os

poemas serão lidos ou recitados para toda a sociedade. Serão lidas ou declamadas

também na viagem de ônibus de casa para a escola. E ainda, um recital de poemas

num passeio que faremos ao Parque de Exposições da cidade. E o recital realizado

na escola será formado de jurados, perante toda a comunidade escolar, com o

objetivo de prepará-los, sobretudo, para enfrentar os acontecimentos, festividades

na comunidade, eventos e outras manifestações sociais e culturais do município.

Depois de todas estas atividades, os alunos já estarão aptos para procederem

à construção da coletânea de textos poéticos. Os trabalhos serão digitados e

organizados em um livro apostila, feito na escola mesmo, registrando todos os

poemas elaborados desde o início do projeto de leitura e produção de poemas.

Esperamos que algumas poesias sejam premiadas e colocadas no site da

escola, onde todos os amantes de textos poéticos tenham a oportunidade de

acessar, degustar e se deliciar com o fantástico mundo da poesia e, também,

estimular a leitura, e a construção de poesias em outras pessoas.

5 AVALIAÇÃO

È importante que a avaliação em Língua Portuguesa seja um processo

contínuo, diagnóstico, dialético e que priorize a qualidade e não a quantidade do

ensino aprendizagem. Segundo as DCE de Jovens e Adultos e Idosos (2005, p. 43)

“A avaliação é um meio e não um fim em si mesmo”.

De acordo com Luckesi (2000, p. 43) a avaliação da aprendizagem é um

recurso pedagógico útil e necessário para auxiliar cada educador e cada educando

na busca e na construção de si mesmo e do seu melhor modo de ser na vida.

Nesse sentido, a avaliação é um instrumento pedagógico para enriquecer o

ensino-aprendizagem, avaliando o aluno na sua totalidade, seus conhecimentos,

participação ativa, valorizando assim, os caminhos de aprendizagem e formação dos

alunos.

Nesta perspectiva, o poema será avaliado de acordo com o que propomos.

Assim, na produção oral, o aluno será avaliado através de participação nos

diálogos, relatos, discussões, entrevistas, trocas de experiências, trocas informais de

idéias, leituras orais, pontos de vista, argumentações, clareza na exposição das

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ideias, fluência na fala e em muitas outras atividades orais.

Já na Leitura, é importante que o aluno saiba localizar as informações

explícitas e implícitas, que compreenda o significado das palavras desconhecidas a

partir do contexto, que saiba, ainda, fazer inferências corretas, reconheça o gênero e

o suporte textual. Que saiba argumentar com propriedade as ideias principais do

texto poético. È importante também, que saiba se colocar no texto, adentrar e

descobrir algo além do que está escrito nas linhas. E ainda, contextualizar

colocando, além de seus conhecimentos, os conhecimentos de mundo.

Na escrita, pretendemos olhar o texto poético do aluno como uma fase de

processo de aprendizagem e não como um resultado final. O texto escrito será

avaliado nos aspectos discursivo-textuais verificando a linguagem, a coesão e a

coerência no tema, além da organização das ideias, correção dos textos tantas

vezes for necessário e que o aluno refaça até chegar ao resultado esperado.

E na Análise Linguística, a prática pedagógica será reflexiva e

contextualizada, possibilitando assim, um aperfeiçoamento linguístico para a vida.

REFERÊNCIAS

AMOP. Sequência Didática: uma proposta para o ensino de língua portuguesa nas séries iniciais. [Organizadora: Terezinha Costa-Hübes] Cascavel: Assoeste. 2007. ANTUNES Irandé. Língua, texto e ensino: outra escola possível. São Paulo: ISBN. 2009. AZEVEDO, Dirce Guedes de. Palavra: verso e reverso, São Paulo, FTD, 1990. BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. De Michel Lahud e Yara Frateschi.9. ed. São Paulo: Hucitec, 1999. BERTOLDI, Neto. Atos e Fatos da Língua Portuguesa. São Paulo: FTD, 1986. EJA-Educação de Jovens e Adultos 6º ao 9º Ano do Ensino Fundamental. São Paulo: IBEP, 2009. HUIZINGA, J. HOMO ludens: o jogo como elemento da cultura; tradução de João Paulo Monteiro. São Paulo: Perspectiva/Editora da USP, 1971. KOCH, Ingedore Villaça. Ler e Compreender: os sentidos dos textos. São Paulo: Contexto, 2006.

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LUCKESI, Cipriano Carlos. O que é mesmo avaliar a aprendizagem? Pátio Revista Pedagógica, Porto Alegre, 2000. MACHADO, Irene. Gêneros Discursivos. In. BRAIT, Beth (org.) Bakhtin: conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2005. MARCUSCHI, Luiz, Antônio. Gêneros Textuais: definição e funcionalidade. São Paulo: Cortez, 2003. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação – Diretrizes da Rede Pública de Educação do Paraná – Língua Portuguesa. Curitiba, SEED. 2008. PARANÁ. Departamento de Educação de Jovens e Adultos. Língua Portuguesa - Ensino Fundamental – Fase II – Caderno 2 – Curitiba, SEED, 2003, p. 05. SCHNEUWLY, Bernard. & Dolz, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e organização Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas, São Paulo: Mercado de Letras, 2004.