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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: APLICAÇÃO DE DIFERENTES METODOLOGIAS NO ENSINO DA BOTÂNICA: REFLEXÕES A PARTIR DAS PERSPECTIVAS DO PROFESSOR E DO ALUNO
Autor Maria do Carmo Loss
Escola de Atuação Colégio Estadual Getúlio Vargas
Município da escola Fernandes Pinheiro
Núcleo Regional de Educação
Irati
Orientador Paulo Costa de Oliveira Filho
Instituição de Ensino Superior
UNICENTRO
Disciplina/Área Ciências
Produção Didático-pedagógica
Caderno Pedagógico
Relação Interdisciplinar Artes e Língua Portuguesa
Público Alvo Professores e alunos da 6ª série do Ensino Fundamental
Localização Colégio Estadual Getúlio Vargas- Ensino Fundamental e Médio
Rua Romano Bettega, 340
Apresentação O presente trabalho justifica-se por dar subsídios aos professores no ensino do conteúdo de Botânica, com sugestões que possam contribuir fazendo com que o aluno aprenda a interagir tornando-se agente do seu próprio aprendizado. Tem por objetivo contribuir no ensino da disciplina de Ciências, com a aplicação de novas metodologias que proporcionem múltiplas possibilidades de aprendizagem do conteúdo de Botânica. Ao utilizar diferentes metodologias, mostraremos que o processo de aprendizagem tornan-se mais significativo. Esse trabalho visa minimizar as dificuldades encontradas, possibilitando a alunos aprender a construir seu próprio conhecimento, enquanto que o professor poderá promover um aprendizado mais eficiente.
Palavras-chave Botânica, ensino de Ciências, metodologias, aprendizagem significativa.
APLICAÇÃO DE DIFERENTES METODOLOGIAS NO ENSINO DA
BOTÂNICA: REFLEXÕES A PARTIR DAS
PERSPECTIVAS DO PROFESSOR E DO ALUNO
Maria do Carmo Loss, 2011
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTENÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE IRATI
MARIA DO CARMO LOSS
APLICAÇÃO DE DIFERENTES METODOLOGIAS NO ENSINO DA BOTÂNICA: REFLEXÕES A PARTIR DAS PERSPECTIVAS DO
PROFESSOR E DO ALUNO
IRATI2011
MARIA DO CARMO LOSS
CADERNO PEDAGÓGICO DE CIÊNCIAS
APLICAÇÃO DE DIFERENTES METODOLOGIAS NO ENSINO DA BOTÂNICA: REFLEXÕES A PARTIR DAS PERSPECTIVAS DO
PROFESSOR E DO ALUNO
Produção Didático-Pedagógica em forma de Caderno Pedagógico, apresentada ao Orientador Prof. Dr. Paulo Costa de Oliveira Filho e ao Programa de Desenvolvimento Educacional/PDE 2010/2011, como requisito parcial à Implantação Didática na Escola.
IRATI2011
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, meus pais, meu marido, meu filho...
que sempre me incentivaram a seguir adiante e, também a todos que acreditam
que a educação ainda é o melhor caminho, dedicando-se sempre, acreditando na
busca de um mundo melhor...
Ao meu Orientador, Professor Paulo, pela sua ajuda, sua amizade e
seu carinho...
"Educar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais... Entendo assim a tarefa primeira do educador: dar aos alunos a razão para viver”.
RUBEM ALVES
Sumário
APRESENTAÇÃO..............................................................................................................08INTRODUÇÃO...................................................................................................................10FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................................11METODOLOGIAS..............................................................................................................20
UNIDADE IBOTÂNICA.........................................................................................................................27
UNIDADE IIAS PLANTAS E O HOMEM...............................................................................................28
UNIDADE IIIDESPERTAR PARA A BOTÂNICA...................................................................................30Sugestões de atividades........................................................................................................301. Aprendendo a gostar das plantas......................................................................................302. Boneco botânico...............................................................................................................333. Separação dos pigmentos.................................................................................................34
UNIDADE IVOS GRANDES GRUPOS VEGETAIS................................................................................36
UNIDADE VGIMNOSPERMAS..............................................................................................................38Sugestões de atividades........................................................................................................401. Pesquisa sobre a Araucária ou pinheiro-do-paraná ….....................................................402. Pesquisa de campo...........................................................................................................43
UNIDADE VIANGIOSPERMAS...............................................................................................................45OS DOIS GRANDES GRUPOS DE ANGIOSPERMAS....................................................46Sugestões de atividades........................................................................................................481. Observando algumas diferenças entre monocotiledôneas e dicotiledôneas.....................481.1 Observando uma semente:..............................................................................................481.2 Observando folhas:.........................................................................................................49
UNIDADE VIIAS PARTES DAS PLANTAS ….........................................................................................51A RAIZ.................................................................................................................................51Sugestões de atividades........................................................................................................531. Observando raízes............................................................................................................53O CAULE.............................................................................................................................54Sugestões de atividades........................................................................................................561. Condução de água pelos vegetais.....................................................................................562. As plantas transpiram?.....................................................................................................58A FOLHA.............................................................................................................................59
Sugestões de atividades........................................................................................................601. Entendendo a fotossíntese …...........................................................................................602. Observando, desenhando e classificando folhas..............................................................623. O uso de imagens no ensino da Botânica.........................................................................67A FLOR …...........................................................................................................................68Sugestões de atividades........................................................................................................701. Observando a estrutura reprodutiva da planta: a flor.......................................................70O FRUTO.............................................................................................................................74Sugestões de atividades........................................................................................................761. O escurecimento da maçã.................................................................................................762. Estudando os frutos..........................................................................................................77A SEMENTE........................................................................................................................78Sugestões de atividades........................................................................................................801. Germinação da semente....................................................................................................802. Como as sementes germinam?.........................................................................................803. Produção de textos no laboratório de informática............................................................824. Mandala decorativa utilizando sementes..........................................................................83
UNIDADE VIIIOUTRAS SUGESTÕES DE ATIVIDADES.......................................................................841. BINGO BOTÂNICO.......................................................................................................842. MAPA CONCEITUAL....................................................................................................883. CAÇA-PALAVRAS.........................................................................................................894. CRUZADINHA...............................................................................................................905. ANIMAÇÕES..................................................................................................................916. CONFECÇÃO DE SABONETES...................................................................................91REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................93
1. APRESENTAÇÃO
Ensinar Ciências nos dias de hoje é um desafio, pois constitui papel fundamental na
vida do aluno. O ensino de Ciências deve proporcionar ao estudante a oportunidade de elaborar um
conhecimento científico sobre determinado assunto, o qual muitas vezes, ele já interagiu em algum
momento de sua vida. As crianças demonstram um interesse muito grande em aprender Ciências
devido a sua curiosidade nata pelas coisas da natureza. Cabe, então, ao professor desenvolver a sua
prática pedagógica partindo daquele conhecimento que o aluno já construiu anteriormente. Assim,
as Ciências passam a ter significado para o aluno, ajudando-o na compreensão e na construção de
novos conhecimentos.
No entanto, para que o aluno não perca o interesse em aprender, o professor deve
apropriar-se de encaminhamentos metodológicos, alternativas que proporcionem ao aluno, o
entendimento dos conceitos de Ciências e a construção do seu próprio conhecimento, não
permitindo que o mesmo se desestimule durante as aulas.
A presente produção didático-pedagógica consiste em um Caderno Pedagógico, onde
seu principal objetivo é contribuir no ensino da disciplina de Ciências, aplicando diferentes
metodologias que proporcionem ao aluno múltiplas possibilidades de aprendizagem do conteúdo de
Botânica. Através de diferentes práticas, este trabalho propõe uma construção coletiva do
conhecimento, com alternativas metodológicas que venham a gerar a contextualização desse
conteúdo, considerado por professores e alunos, maçante, complexo e com conceitos difíceis de
memorizar.
Diante disso, utilizaremos diversos recursos que contribuirão para melhorar o ensino
da Botânica na 6ª série (7º ano), bem como facilitar a ação pedagógica do professor, motivando o
aluno a participar ativamente na busca de novos conhecimentos para a construção de uma
aprendizagem significativa. Serão utilizados também pré-testes e pós-testes com o intuito de
verificar as perspectivas de professores e alunos acerca do assunto.
Como diz BIZZO (2009, p. 79), “atividades diferentes induzem os alunos a
desenvolverem habilidades diferentes”.
Diante disso, esse trabalho propõe a contextualização do ensino de Ciências de uma
maneira mais dinâmica, interessante e eficiente, especificamente no ensino da Botânica,
privilegiando uma maior interação entre professores e alunos.
8
Então caro professor, convido você, a participar lendo esse material com atenção, e
que, após a sua leitura, tenho a certeza de que o mesmo irá contribuir, de alguma forma, para a
otimização do ensino de Ciências elevando os índices de aprendizagem. Um abraço e uma boa
leitura!
Maria do Carmo Loss
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2. INTRODUÇÃO
Pensava-se antigamente, que o ensino de Ciências era “fácil”, pois bastava que os
alunos memorizassem conceitos e decorassem conteúdos. Hoje, sabemos que esse ensino espera de
nós, professores, muito além disso. O ensino de Ciências, deve proporcionar ao aluno, a
oportunidade de desenvolver habilidades como a observação, a investigação, despertando nele a
busca pelo desconhecido. Dessa maneira, o educando pode realizar seus próprios julgamentos, tirar
suas próprias conclusões, enfim, tomar decisões acerca de determinado assunto, construindo assim,
o conhecimento de maneira plausível. Então, estamos sendo desafiados a todo o momento, pois o
modelo de educação que temos hoje retrata um aluno preparado apenas para ouvir e não interagir.
Por essa razão, faze-se necessário uma mudança na forma de ver, abordar e avaliar
os conteúdos em sala da aula. Para isso, entende-se ser imprescindível uma mudança de postura por
parte de nós, educadores. As informações são repassadas de modo que resultam em déficit de
aprendizagem devido aos conhecimentos serem, na verdade, apenas memorizados
momentaneamente, ao invés de serem retidos pelo aluno. O aluno hoje, está em contato com um
mundo diversificado de informações e a escola, deve acompanhar essa evolução.
Como dizem as DCE’s (2008) , “o educando, nos dias atuais, tem mais acesso à
informações sobre o conhecimento, no entanto, constantemente reconstrói suas representações a
partir do conhecimento cotidiano”. O professor, então, tem um papel importante nesse processo,
devendo aliar o seu conhecimento ao mundo tecnológico de hoje, valorizando o conhecimento
prévio do aluno, estimulando-o a participar, a investigar, isso parece ser uma boa estratégia para
melhorar a qualidade da aprendizagem.
Diante dessa realidade sobre o ensino de Ciências, o presente trabalho, vem para
tentar minimizar as fragilidades encontradas pelo professor no processo ensino-aprendizagem,
possibilitando ao aluno aproveitar a sua curiosidade na busca de novas informações para construir
seu próprio conhecimento.
A presente produção vem tratar de um conteúdo de Ciências muito interessante, mas
que poucos alunos e professores têm apreço: a Botânica. A abordagem desse conteúdo, ainda deixa
muito a desejar em nossas escolas. Com a presença de novas tecnologias e o excesso de
informações, é possível intervir no cotidiano do aluno de forma mais contundente. Há diversos
meios, diversas metodologias que podem ser aderidas pelo professor para melhorar a sua prática.
Precisamos achar meios, estratégias, alternativas para fazer com que nossos alunos apreendam os
conceitos construindo seus conhecimentos de forma significativa.
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Destacaremos aqui que, as diferentes metodologias utilizadas nas aulas, podem
oportunizar e incentivar o aluno para uma melhor compreensão de conteúdos e conceitos de
Ciências, visto que, o ensino da Botânica, considerado complexo por muitos, é essencial para o
aluno compreender a interação dos seres vivos com a natureza. Conhecendo a diversidade existente
nesse meio é imprescindível que o professor alie à sua prática diversas metodologias com o intuito
de fazer com que o aluno retenha mais facilmente o conhecimento. Não basta apenas o livro
didático. Ele é um meio importante, mas não deve ser considerado o único. Há muitas formas de
abordar esse conteúdo de maneira mais satisfatória.
O grande desafio para o professor é definir quais metodologias, quais materiais
devem ser adequados e de que forma podem ser utilizados. Também é importante saber adaptar
esses materiais à turma, devido à grande diversidade dentro da sala de aula.
Como diz BIZZO (2009, página 84):
“Cabe ao professor selecionar o melhor material disponível diante da sua própria realidade. Sua utilização deve ser feita de maneira que possa constituir um apoio efetivo, oferecendo informações corretas, apresentadas de forma adequada à realidade de seus alunos. Isso não significa que o professor deva abdicar de suas funções, outorgando ao livro decisões que são suas. [...] Pode realizar retificações ou propor uma abordagem diferente. Em vez de realizar leituras e cópias, pode propor experimentos ou projetos de investigação e utilizar o livro como uma fonte de consulta naquela unidade específica.”
Sendo assim, propomos aqui, uma reflexão sobre o ensino de Ciências em nossas
escolas, auxiliando professores, mostrando a todos que é possível ensinar seus alunos adotando
atividades pedagógicas que venham relacionar conceitos à realidade do aluno, para que os mesmos
adquiram uma visão mais crítica em relação ao mundo atual. Acreditamos que novas abordagens
possam despertar mais o interesse do aluno ao conteúdo de Botânica, dada a importância que as
plantas têm para a sobrevivência da vida do planeta.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A disciplina de Ciências constitui papel fundamental na vida do nosso aluno,
abordando conteúdos sobre a vida, a natureza, o meio ambiente, o homem, os seres vivos,
fenômenos naturais e as relações existentes entre todos esses saberes. No entanto, muitos alunos não
gostam ou acham difícil aprender. Talvez porque muitos professores abordem os conteúdos de
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maneira muito abstrata dificultando a aprendizagem levando em conta que a disciplina apresenta
inúmeros nomes científicos e termos complicados para memorizar.
BIZZO (2009) escreve que “ciências é difícil quando os alunos não entendem
determinadas afirmações, mesmo que estas apareçam impressas em livros didáticos”, pelo fato de
que essas afirmações constituem um resumo de várias explicações que não poderiam ser
apresentadas de forma isolada, desarticulada, pois não teriam sentido sozinhas.
Em nossas escolas, o ensino hoje é evidenciado na aprendizagem de conceitos
fazendo com que o aluno perca o interesse diante de conteúdos que não têm nada a ver com o seu
cotidiano, com suas aspirações. O professor deve acompanhar as descobertas científicas e
tecnológicas, tornando-se isso um embate para superar suas limitações metodológicas e conceituais,
visto que ele está exposto a todo tipo de desafio. A escola, no mundo de hoje, compete diariamente
com fortes concorrentes como: o computador, a internet, a televisão, celular, e outros atrativos que
seduzem os alunos. Então, temos que proporcionar aulas mais interessantes, mais atraentes que
resultem numa aprendizagem mais satisfatória.
A escola sempre foi muito criticada por evidenciar a preocupação com a definição
de conceitos, pela baixa qualidade do ensino, pela sua ineficácia na visão da sociedade, e pelo fato
de que o ensino é fragmentado e de aplicação limitada.
O ensino de Ciências deve proporcionar ao estudante a oportunidade de elaborar um
conhecimento científico sobre determinado assunto, o qual muitas vezes ele já interagiu em algum
momento de sua vida. As crianças demonstram um interesse muito grande em aprender devido a sua
curiosidade nata pelas coisas da natureza, pelo ambiente em que vive. Cabe, então, ao professor
desenvolver a sua prática pedagógica partindo daquele conhecimento que o aluno já construiu
anteriormente. Assim, as Ciências passam a ter significado para o aluno, ajudando-o na
compreensão e na construção de novos conhecimentos.
Como ressalta KRASILCHIK (2005, p. 29):
“Admite-se que todo aluno já possui um acervo de conhecimento e que muitas palavras diferentes são usadas para identificar e interpretar esse acervo: ideias, crenças, significados, concepções, estruturas qualificadas como erradas, alternativas, pessoais, intuitivas, ingênuas, espontâneas, infantis. Essas expressões, com frequência, pressupõem que os alunos já trazem para a sala de aula ideias próprias, mas inadequadas, que influem fundamentalmente e criam dificuldades não só no aprendizado do conteúdo, mas também no de habilidades como a de observação, tão essencial em biologia”.
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O primeiro passo para a construção do conhecimento é o professor conhecer o aluno,
pois sabemos que a aprendizagem inicia-se bem antes do mesmo chegar à escola. Como destaca
GASPARIN (2002, p. 16):
“O interesse do professor por aquilo que os alunos já conhecem é uma ocupação prévia sobre o tema que será desenvolvido. É um cuidado preliminar que visa saber quais as ‘pré-ocupações’ que estão nas mentes e nos sentimentos dos escolares. Isso possibilita ao professor desenvolver um trabalho pedagógico mais adequado, a fim de que os educandos, nas fases posteriores do processo, apropriem-se de um conhecimento significativo para suas vidas”.
Em geral, o aluno não consegue assimilar os conteúdos, porque provavelmente ele já
possui um conceito formado em sua mente, o que dá origem a uma certa resistência na aquisição de
novos conceitos. Em outras palavras, GASPAR (2005), fala que: “para a compreensão de
determinado conceito científico não basta o aluno possuir a estrutura lógica mental necessária.
Frequentemente ele vai recorrer a concepções alternativas, à ideias prévias ou pré-concepções para
resolver o conflito cognitivo, mas de forma contextualmente incorreta”.
Então, para o aluno entender corretamente as ciências, ele deve libertar-se dos
conceitos do senso comum. Para que isso ocorra, é necessária a intervenção do professor com
atividades que venham a substituir essas concepções errôneas que o aluno traz em conhecimento
científico. Não basta o professor trabalhar apenas com aulas expositivas e com a utilização do livro
didático. Esse tipo de aula apenas informa o aluno do conteúdo a ser aprendido, pois é exposto de
maneira superficial. No entanto, a aula expositiva não deve ser descartada, pois é de grande valia,
“quando bem trabalhada”.
Segundo comenta KRASILCHIK (2005), “a passividade dos alunos representa uma
das grandes desvantagens das aulas expositivas, pois gera uma série de inconvenientes: a retenção
de informações é pequena, porque há decréscimo de atenção dos ouvintes durante a aula”. Mas,
uma “boa” aula expositiva, pode ser uma experiência instigante e pode proporcionar ao aluno o
aprendizado, caso contrário, torna-se cansativa e nada contribui com o crescimento do aluno.
Assim, no ensino de ciências a atividade docente não deve estar apenas ligada à apresentação de
conteúdos listados na proposta pedagógica curricular. O ensinar e o aprender devem caminhar
juntos.
Porém o professor deve respeitar a individualidade de cada um com
responsabilidade, criando situações que venham a auxiliar a aprendizagem, que deve ocorrer de
maneira consciente, pois o mesmo é autoridade responsável pelo ensino e deverá instigar o aluno a
aprender.
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Para NARDI (2010): “Aprender é uma atividade individual que exige que o próprio
aprendiz passe a refletir sobre os componentes do processo, adaptando-os sempre à novas
realidades”, e quando isso acontece a aprendizagem produz resultados surpreendentes tanto para o
aluno como para o professor, mostrando que as estratégias de ensino são ferramentas básicas para o
aprendizado.
Ainda segundo NARDI (2010), “a ciência pronta e acabada, percebida por nós nas
escolas, torna-se uma barreira a qualquer construção do conhecimento e contribui para uma atitude
ingênua frente à ciência.” Se o aluno aprender dessa forma concluirá que o conhecimento será
apenas memorizado e não construído, elaborado. O aluno deve perceber-se como o sujeito do
processo educativo e, portanto, essa visão de fragmentação deve ser abolida pelos professores nas
escolas, tornando a aprendizagem mais interessante, motivadora e acessível aos alunos.
Fica claro, então, a importância da participação ativa do aluno no desenvolvimento
de atividades que proporcionem uma aprendizagem expressiva.
Levando em conta o ensino de Ciências nos dias de hoje, encontramos vários
problemas que dificultam o processo educativo, problemas estes que são citados constantemente
nas salas de professores das escolas, como por exemplo, deficiências na graduação dos professores
de Ciências, livros didáticos que não contextualizam o conteúdo com a realidade em que o aluno
vive, dificuldades em desenvolver atividades práticas que despertem a curiosidade do aluno,
vinculação de conteúdos ao cotidiano dos alunos, carência de laboratórios equipados para aulas
práticas, superlotação nas salas de aula, estrutura física das escolas defasada, carga horária de
trabalho excessiva, falta de interação professor/aluno, alunos indisciplinados, entre outras, que são
entraves para que o ensino de Ciências seja realmente de boa qualidade. Sabemos que possibilitar a
construção de situações para que o aluno tenha um bom desenvolvimento cognitivo é tarefa árdua
para os professores de Ciências, porém não é impossível. Elaborar estratégias metodológicas que
contribuam para uma aprendizagem significativa é um desafio que deve ser enfrentado pelos
professores.
A prática pedagógica deve oportunizar aos alunos, entender os mecanismos dos
fenômenos que estão estudando, criar um ambiente intelectualmente ativo que os envolvam,
abordar conteúdos não apenas de forma verbal, analisar onde e como tal conhecimento exposto em
sala de aula contribuirá para a sociedade.
Afirma KRASILCHIK (2005, p. 36):
“A tarefa dos docentes está muito relacionada a investigar como e por que o aluno aprende, deixando de limitar-se a uma apresentação de conteúdos, temas e atividades listadas em proposta curricular e expostas discursivamente em livros de texto.[...] O
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professor como autoridade responsável pelo ensino, dá aos alunos tarefas prioritariamente individuais, caracterizadas pela transmissão verbal de informações, pela consulta de publicações originais e, principalmente, de livros didáticos”.
A autora ainda declara que o “professor tem como responsabilidade criar situações
que auxiliem a aprendizagem, a qual transcorre de forma autônoma, respeitando-se as
características individuais e os estilos próprios de cada um.”
Verifica-se, também, a maneira como os conteúdos são expostos em sala de aula o
que contribui para uma formação deficiente, sendo que não há interação entre professor e aluno.
Muitas vezes, os conceitos são apenas apresentados de forma expositiva, seguidos de exercícios em
que o aluno copia o que foi apresentado no texto ou no livro didático, dando a impressão de apenas
ocupá-los no período escolar. Vemos, muitas vezes, que não há a preocupação com a relevância do
conteúdo que se ensina. Utilizam-se apenas exercícios de memorização e que são realizados de
forma mecânica.
Na afirmação de DELIZOICOV e ANGOTTI (2007, p. 153), “a aprendizagem só se
constrói em uma interação entre o sujeito e o meio circundante” e ainda afirmam:
“Tornar a aprendizagem dos conhecimentos científicos em sala da aula num desafio prazeroso é conseguir que seja significativa para todos, tanto para o professor quanto para o conjunto dos alunos que compõem a turma. É transformá-la em um projeto coletivo, em que a aventura da busca do novo, do desconhecido, de sua potencialidade, de seus riscos e limites seja a oportunidade para o exercício e o aprendizado das relações sociais e dos valores.”
Dessa forma, acreditamos que a sala de aula passa a ser um espaço de construção
coletiva onde os desafios que se apresentam constantemente poderão ser enfrentados e as
dificuldades superadas. Acentua-se porém, a necessidade de momentos de aproximação entre o
meio didático e o aluno. Mas, então, como fazer para que haja aprendizagem significativa na
disciplina de Ciências?
Como citam as DCE’s do Estado do Paraná, (2008, p. 62) “ a aprendizagem
significativa no ensino de Ciências implica no entendimento de que o estudante aprende conteúdos
científicos escolares quando lhes atribui significados”. O contrário também pode acontecer, o aluno
pode aprender conteúdos sem atribuir-lhes significados, porém será de forma repetitiva, através da
memorização. Já a construção de significados torna o aprendizado eficiente, sendo então, o
elemento principal do processo de ensino-aprendizagem. Ainda de acordo com as DCE’s:
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“Assim, a construção de significados pelo estudante é o resultado de uma complexa rede de interações composta por no mínimo três elementos: o estudante, os conteúdos científicos escolares e o professor de Ciências como mediador do processo de ensino-aprendizagem. O estudante é o responsável final pela aprendizagem ao atribuir sentido e significado aos conteúdos científicos escolares. O professor é quem determina as estratégias que possibilitam maior ou menor grau de generalização e especificidade dos significados construídos.” (2008, pg. 63).
O processo de ensino/aprendizagem implica em tornar os alunos cidadãos
comprometidos, participativos e críticos apresentando uma constante construção do ser humano. E,
para que isto venha realmente a acontecer o ensino de Ciências influi diretamente em conceitos que
envolvem qualidade de vida, imprescindível nos dias de hoje. Discute-se muito, ainda, a
necessidade de se mudar as estratégias de ensino que rompam com a fragmentação do ensino de
Ciências e também a incorporação de novas metodologias que venham a contribuir no processo de
formação do cidadão e de suas atitudes, que lhes permita a utilização dos conhecimentos que
apreendem na escola, na sua vida diária. Porém BIZZO (2009), comenta que: “é muito comum que
os professores procurem inovar sua prática de forma gradual, introduzindo alguns elementos
inéditos e conservando alguns dos tradicionais”.
No entanto, a escola não acompanha a evolução dos tempos atuais e necessita, ainda,
de melhorias em vários aspectos. Percebemos vários fatores responsáveis por esta realidade, como
ressalta DELIZOICOV, (2007), “a maioria dos professores da área de Ciências Naturais ainda
permanece seguindo livros didáticos, insistindo na memorização de informações isoladas,
acreditando na importância dos conteúdos tradicionalmente explorados e na exposição como forma
principal de ensino”. E para complementar ele ainda diz: “a formação dos professores de Ciências
também parece não se ter dado conta ainda da mudança ocorrida no perfil dos alunos das escolas,
principalmente do ensino fundamental”.
Podemos concluir então, que as formas de ensinar Ciências ainda são ultrapassadas,
inadequadas, incoerentes havendo, portanto, um baixo rendimento na questão de aquisição e
apreensão de conceitos da disciplina. Talvez, o que dizemos aqui esteja um pouco exagerado, mas
ainda há muitas situações em que observamos atrasos no processo educacional, principalmente no
que diz respeito aos avanços tecnológicos.
Cabe comentar aqui sobre essa nova era digital que está surgindo e que não terá
volta. O computador está incorporado na nossa vida diária em todos os aspectos: em casa, nas lojas,
nos bancos, nas farmácias, nos supermercados, enfim, na escola. A educação se modifica e o
professor que está em sala de aula não pode ficar inerte ao uso da informática, devendo aproveitar
esse novo arsenal de tecnologias utilizando-as em suas aulas. Talvez, para alguns professores seja
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um desafio a utilização do computador, o que gera uma certa frustração em dominar a máquina e o
mesmo acaba resignando-se a usar apenas giz e quadro-negro. Para o aluno o computador não é
mais um objeto estranho, faz parte da sua vida como um todo.
DELIZOICOV e ANGOTTI (2007, p.68) afirmam que: “essa relação entre ciência e
tecnologia, aliada à forte presença da tecnologia no cotidiano das pessoas, já não pode ser ignorada
no ensino de Ciências, e sua ausência aí é inadmissível”.
Cabe então ao professor, atualizar-se para o uso dessa nova ferramenta que veio para
ficar. Com essa nova tecnologia ele poderá melhorar suas aulas, articular conteúdos, fortalecer a
relação professor/aluno. Isso deve acontecer não somente no ensino de ciências, mas em todas as
disciplinas. CARVALHO (2004), ressalta que: “o que apontamos nessa ‘era da informação’ é para
o novo papel do professor, que detém um novo meio de comunicação. Com a posse dessa nova
tecnologia, seu saber se amplia.”
A mesma autora ainda comenta:
“Se hoje o desenvolvimento científico e tecnológico avança muito rapidamente, a responsabilidade de cada professor, seja que disciplina for, é muito maior.[..] No seu processo de atualização, o acesso à Internet se faz importante, já que as informações são trocadas em grandes velocidades entre todos. Ao se comunicar com outros professores e pesquisadores, o professor se põe a par de todas as mudanças que acontecem no mundo em que vivemos, tendo a possibilidade de acompanhar tudo” (CARVALHO, 2004, p.139).
O professor precisa atualizar-se e não pode preocupar-se apenas com a transmissão
de conteúdos. Isso é importante, mas as novas propostas pedagógicas que estão surgindo podem
ajudá-lo favorecendo sua prática docente. Se por um lado, o professor deve evitar sua exclusão
digital, por outro deve estar alerta aos conteúdos que estão se modificando diariamente. Com
certeza, com esse novo cenário, o ensino de ciências torna-se mais interessante, já que ciências é
uma disciplina repleta de conteúdos e imagens que seduzem os alunos.
Sendo assim, o ensino de Ciências deve propiciar ao estudante a oportunidade de
aquisição de conhecimentos que irá orientá-lo na sociedade, nas mais diversas formas, além de
possibilitar uma formação científica básica, capacitando o educando a compreender como funciona
o seu mundo, onde poderá tomar suas próprias decisões, tomar posições e intervir na própria
realidade. Dessa forma estaremos garantindo ao educando o exercício da cidadania.
Conforme DELIZOIVOV e ANGOTTI (2007): “as transformações das práticas
docentes só se efetivarão se o professor ampliar sua consciência sobre a própria prática, a de sala de
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aula e a da escola como um todo, o que pressupõe os conhecimentos teóricos e críticos sobre a
realidade”.
As mudanças por parte dos professores, tornam-se necessárias que os mesmos
saibam construir atividades inovadoras, que levem os alunos a desenvolver plenamente o
conhecimento científico evoluindo para o aprendizado de conceitos, considerados, em Ciências,
difíceis de aprender.
Conforme diz CARVALHO (2004), “nenhuma mudança educativa formal tem
possibilidades de sucesso, se não conseguir assegurar a participação ativa do professor, ou seja, se,
de sua parte, não houver vontade deliberada de aceitação e aplicação dessas novas propostas de
ensino”.
Continuando ainda diz:
“É preciso também que os professores saibam construir atividades inovadoras que levem os alunos a evoluírem, em seus conceitos, habilidades e atitudes, mas é preciso também que eles saibam dirigir os trabalhos dos alunos para que estes realmente alcancem os objetivos propostos, [...] os professores precisam dar oportunidade aos estudantes, [...] para que eles adquiram segurança e envolvimento com as práticas científicas”(CARVALHO, 2004, p. 09).
De um modo geral a ideia de conhecimento está ligada a de significado. Por esse
motivo torna-se complexo o processo de abstração, ou seja, dar sentido àquilo que o aluno não
considera como real. Nas DCE’s (2008), está explícito que: “o professor de Ciências, responsável
pela mediação entre o conhecimento científico escolar representado por conceitos e modelos e as
concepções alternativas dos estudantes, deve lançar mão de encaminhamentos metodológicos que
utilizem recursos diversos, planejados com antecedência, para assegurar a interatividade no
processo ensino-aprendizagem e a construção de conceitos de forma significativa pelos estudantes”.
Na construção do conhecimento, as abstrações são necessárias para que o aluno passe
do conhecimento prévio para o saber científico. Essa tarefa não é fácil para o professor. Segundo
GASPARIN (2002, p. 07):
“O processo pedagógico deve possibilitar aos educandos, através do processo de abstração, a compreensão da essência dos conteúdos a serem estudados, a fim de que sejam estabelecidas as ligações internas específicas desses conteúdos com a realidade global, com a totalidade da prática social e histórica. Este é o caminho por meio do qual os educandos passam do conhecimento empírico ao conhecimento teórico-científico, desvelando os elementos essenciais da prática imediata do conteúdo e situando-o no contexto da totalidade social”
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Diante das dificuldades apresentadas pelo professor de Ciências em ensinar certos
conteúdos, como o de Botânica na 6ª série (7º ano) do ensino fundamental, propõe-se neste trabalho
alternativas para facilitar o ensino-aprendizagem de modo que as aulas sejam enriquecidas,
utilizando-se sugestões de algumas estratégias e/ou metodologias objetivando uma maior
compreensão de conceitos botânicos pelo aluno de forma a suprir as dificuldades encontradas
durante o processo. O ensino de Botânica, de um modo geral, é considerado como muito teórico,
maçante e desestimulante pelo professor, porque dá ênfase à repetição e memorização. Também é
muito amplo e diversificado, no qual, a grande maioria dos estudantes do ensino fundamental,
apresentam dificuldades.
Apesar de estar presente na realidade dos alunos, o ensino da Botânica ainda tem
como metodologia, aulas baseadas na verbalização de conteúdos bem como a leitura e
acompanhamento do livro didático o que causa um grande déficit de aprendizagem do conteúdo.
O que se propõe, então, é buscar abordar os saberes de tal forma que o aluno
compreenda os conceitos mais facilmente. Está mais do que na hora de nós, professores,
prepararmos o aluno no sentido do mesmo adquirir uma visão crítica em relação ao que está vendo,
fazendo com que ele forme suas opiniões e compreenda as Ciências de forma mais significativa. As
novas metodologias de educação devem proporcionar essa relação entre o que o educando vivencia
no seu cotidiano com o conteúdo ensinado dentro da sala de aula, com o objetivo de haver a
“abstração” no processo ensino/aprendizagem.
Dentro do conteúdo de Botânica, o professor pode explorar várias práticas que
poderão despertar o interesse dos alunos, estimular a investigação, desenvolver habilidades,
relacionar teoria/prática de maneira simples e eficiente.
O objetivo principal dessa pesquisa é contribuir no ensino da disciplina de Ciências,
aplicando diferentes metodologias que proporcionem múltiplas possibilidades de aprendizagem do
conteúdo de Botânica. Dessa forma, o presente trabalho vem auxiliar professores e alunos através
de práticas com o conteúdo de Botânica da 6ª série (7º ano), dados vários aspectos importantes das
plantas para o homem, bem como melhorar o nível de conhecimento dos alunos, sensibilizando-os
para o aprendizado do assunto que está presente no seu dia-a-dia.
Essas são algumas reflexões acerca do assunto e que, abre espaço para mais estudos,
pois ainda temos muito que aprender sobre as metodologias utilizadas no ensino da Botânica bem
como no ensino de Ciências.
19
4. METODOLOGIAS
Uma boa aula de Ciências não está resumida apenas na transmissão de conteúdos, é
preciso mostrar aos alunos que, para se chegar à apropriação de conceitos, necessita-se da utilização
de caminhos que levem ao conhecimento. O sonho de todo professor de ciências é tornar os alunos
observadores hábeis. Sabemos que através da observação o aluno desenvolve várias habilidades
básicas como, seguir instruções, classificar, medir, registrar dados, formular hipóteses, concluir,
para entender melhor o mundo que o cerca.
Um dos caminhos é planejar bem as aulas, as atividades, os trabalhos que devem
estar em consonância com a filosofia e o Projeto Político Pedagógico da escola. Para que isso
realmente aconteça é preciso que o professor organize o momento da aprendizagem com estratégias
e/ou metodologias que venham a criar condições para que o aluno perceba os fenômenos presentes
na sua vida. Também não adianta planejar algo mirabolante e que não tenha condições de se
cumprir. Deve-se manter os “pés no chão” planejando atividades possíveis de serem realizadas. Os
instrumentos e metodologias utilizados para se atingir a aprendizagem são válidos desde que haja
coerência. Diante disso, o que vêm a ser as metodologias?
Segundo TEIXEIRA (s/a): “metodologia significa, etimologicamente, o estudo dos
caminhos, dos instrumentos usados para se fazer pesquisa científica, os quais respondem como
fazê-la de forma eficiente”. Em outras palavras são instrumentos ou caminhos que podemos
utilizar para desenvolver o nosso trabalho. A metodologia é um dos elementos essenciais de uma
aula. A escolha da metodologia a ser utilizada deve estar intimamente ligada ao planejamento da
aula. É muito importante ter a sala organizada, onde a experiência pode propiciar o crescimento de
todos. Essa organização contribui para um ambiente satisfatório para a aprendizagem, promove
situações produtivas para o ensino e favorece a integração.
Sabemos que os instrumentos e metodologias diversificados, às vezes, são rejeitados
por alguns professores que alegam a grande quantidade de alunos por turma, falta de tempo para
organizar, falta de estrutura na escola e, acabam por adotar apenas quadro-negro, giz e livro didático
como meios de ensino. Paremos para pensar que esses métodos são obsoletos, ultrapassados e que,
o uso deles apenas, atrasa o crescimento do aluno na aquisição do conhecimento. Nós, profissionais
da educação precisamos abraçar a causa vivenciando a prática pedagógica de maneira mais coerente
com a realidade. No entanto, existem muitos profissionais competentes que envolvem seus alunos
sendo protagonistas do ensinar e aprender.
20
O professor pode utilizar em suas aulas diversas estratégias e diferentes
metodologias, onde o aluno provavelmente irá tornar-se mais interessado e participativo. De acordo
com GERALDO (2009, p. 141.):
“É muito importante aprender a função mediadora do professor na sala de aula, [...] usando sim as diversas técnicas de ensino e todos os processos educacionais que favoreçam a aprendizagem do aluno, mas sem cair no tecnicismo, em que os meios são valorizados em detrimento dos fins educacionais. Porque é fundamental o professor estar preparado para instrumentalizar os alunos com o conhecimento científico historicamente acumulado, contextualizado nas questões sociais, econômicas, políticas e culturais de nossa sociedade e de nosso tempo”.
As diferentes metodologias são flexíveis e possibilitam o ensino-aprendizagem
através de instrumentos e procedimentos que visam atingir e sistematizar o conhecimento.
Sendo assim, a seguir abordaremos algumas metodologias que poderão ser
trabalhadas de forma a mostrar que o ensino da Botânica pode ser estimulante, interativo,
interessante, lúdico, sem, no entanto, perder a cientificidade.
a) AULAS PRÁTICAS E EXPERIMENTAIS: são excelentes para facilitar a aprendizagem de
botânica e de outros temas da disciplina de ciências, pois desperta a atenção e o interesse do aluno,
aumenta a participação nas atividades, melhora a compreensão de conceitos básicos, além de
desenvolver habilidades. Conforme diz CARVALHO (2004), “os professores precisam dar
oportunidade aos estudantes de exporem suas ideias sobre os fenômenos estudados, num ambiente
encorajador, para que eles adquiram segurança e envolvimento com as práticas científicas”.
Com o uso do laboratório, o aluno entra em contato direto com os materiais,
podendo manipulá-los, senti-los, enfim, observá-los, aumentando o estímulo, o raciocínio e a
imaginação. Convém destacar que as aulas práticas estimulam o aluno a questionar mais o professor
e a buscar o conhecimento. O envolvimento do aluno nessas atividades depende muito da forma
como o professor as propõe.
Como diz BIZZO (2009), “as aulas de Ciências podem ser desenvolvidas com
atividades experimentais mas sem a sofisticação de laboratórios equipados, os quais poucas escolas
de fato possuem”.
A experiência prática é fundamental no ensino de Ciências, mas conduzir essas
atividades nem sempre é fácil. Como diz KRASILCHIK (2005), “tão prejudicial como não dar
aulas práticas é fazê-lo de forma desorganizada”, onde os alunos ficam desorientados, perdem o
interesse e o entusiasmo. Por isso, é importante o professor utilizar bem o espaço do laboratório,
21
organizar e planejar suas aulas com antecedência para que o resultado final possa ser satisfatório,
tanto para professores como para alunos.
b) DISCUSSÕES OU DEBATES: essa modalidade tem por objetivo fazer com que o estudante
participe verbalmente através do diálogo. Os conceitos de um determinado assunto são melhores
compreendidos tornando a aula mais agradável, interessante e desafiadora aumentando a interação
professor/aluno. O aluno tem a oportunidade de expressar suas ideias, expor seus pontos de vista
enquanto o professor media, ouvindo a todos sem forçar respostas. CARVALHO (2004, p. 32) diz:
“O professor deve conhecer bem o assunto para propor questões que levem o aluno a pensar, deve ter uma atitude ativa e aberta, estar sempre atento às respostas dos alunos, valorizando as respostas certas, questionando as erradas, sem excluir do processo o aluno que errou, e sem achar que a sua resposta é a melhor, nem a única”.
Esses instrumentos são importantes para a construção de explicações em relação a
um determinado tema, tornando as aulas mais agradáveis e consistentes.
DEMONSTRAÇÕES: pode ser um ponto de partida para a utilização de outras metodologias. É
utilizada quando o professor dispõe de pouco tempo ou não dispõe de material suficiente para toda a
classe. Para que esse tipo de estratégia tenha um bom resultado é preciso que o material utilizado
pelo professor seja simples e de fácil visualização. As demonstrações também podem ser feitas
pelos alunos, desde que o professor organize bem a atividade. Isso contribui para que o aluno goste
de participar e, por consequência, aumenta seu interesse no assunto abordado.
d) SAÍDAS A CAMPO OU EXCURSÕES: essa atividade é considerada muito valiosa pelos
professores, porém poucos a realizam. Muitos alegam motivos para não a fazerem como, por
exemplo, complicação para obter a autorização da direção, dos pais, dos colegas que não querem
ceder suas aulas, medo de acidentes, problemas de transporte e outros que possam surgir. Esses
impedimentos podem ser vencidos fazendo um trabalho no entorno da escola. Porém, essa atividade
não compreende só a visita, mas toda a fase de preparação, planejamento, execução, exploração,
coleta de dados, avaliação.
A sala de aula é substituída por outro ambiente, parque, jardim, horta, museu,
indústria, praça, área de preservação, entre outros, onde seja possível observar as relações entre os
seres vivos no seu habitat natural. Essas atividades permitem que o educando tenha um contato
direto com o ambiente, permitindo a sua interação com o mesmo, aguçando os seus sentidos e
22
estimulando a sua curiosidade. É importante, nessa atividade o aluno desenvolver a observação, a
comparação, a investigação. Cabe ao professor, mostrar ao aluno o que observar, para que se
coletem dados que serão importantes nas atividades seguintes.
A saída de campo ou excursão deve ter um objetivo específico que é a busca de
informações, como proposta pedagógica e não apenas com o propósito de sair do ambiente escolar,
sendo considerada, portanto, elemento facilitador da aprendizagem em Ciências.
e) ATIVIDADES COM TEXTOS: é uma atividade que facilita muito a aprendizagem utilizando-
se a leitura e a escrita. O professor pode utilizar várias fontes, não apenas o livro didático, mas
artigos de jornais, revistas, folders, textos paradidáticos, textos da Internet, etc. Há uma infinidade
de textos que podem ser usados nas aulas de Ciências. É importante que o aluno tenha acesso a
diversos textos, com o intuito de dominar conceitos, além de praticar a leitura. Para o professor
também é útil colecionar textos, pois o mesmo terá acesso à grande variedade existente e poderá
utilizar quando for necessário.
f) TRABALHOS EM GRUPOS OU EQUIPES: é um método que pode ajudar o aluno a se
integrar com todos, a desenvolver a criticidade, a participação, além do estímulo desenvolve a
comunicação e a capacidade de decisão. Há um envolvimento maior dos alunos, pois eles passam a
usar suas habilidades e também suas emoções. Mas, sem o devido planejamento pode causar
frustração para alunos e professores e parecer “perda de tempo”. A atividade deve ter um propósito
podendo estar relacionada com os objetivos da disciplina e dos conteúdos de modo a auxiliar os
alunos a aprender para simplesmente não “perder tempo”. As tarefas realizadas em conjunto, na
maioria das vezes, estimulam e desafiam o aluno. Durante os trabalhos podem surgir opiniões,
discordâncias, o que é normal, desenvolvendo um estudo mais aprofundado do que seria se fosse
individual, propiciando o enriquecimento pessoal de cada componente da equipe.
Nessa atividade o professor deve ser o mediador, atribuindo tarefas, e encorajando o
grupo a trabalhar unido, fazendo uma divisão justa de trabalho, onde todos os componentes sintam-
se responsáveis pelo bom desempenho e sucesso do grupo.
g) SIMULAÇÕES E JOGOS: são instrumentos didáticos fundamentais para o processo de
ensino/aprendizagem. São atividades individuais ou coletivas que permitem aos participantes o
aprimoramento das suas percepções e que propiciam ao indivíduo o desenvolvimento integral. São
alternativas viáveis, interessantes e interativas que auxiliam o professor podendo preencher lacunas
deixadas no processo de transmissão-assimilação de conhecimentos. Outra vantagem é que
23
favorecem a apropriação do conhecimento pelo aluno num trabalho em equipe. Com essas
estratégias o educando aprende de uma forma mais divertida, sentindo-se estimulado o que resulta
em uma aprendizagem mais eficiente.
As atividades lúdicas inovam e transformam o processo ensino/aprendizagem
levando o aluno a visualizar na prática o que aprendeu com a teoria, tornando as aulas mais
dinâmicas e agradáveis. Os alunos, através da ludicidade, participam mais ativamente da construção
do próprio conhecimento, expressando emoções e aprendendo a conviver e resolver conflitos,
obedecer regras e normas, despertar a curiosidade, estímulo para aprender, tudo de forma mais
prazerosa. São atividades que facilitam os trabalhos em grupo.
h) RECURSOS AUDIOVISUAIS: são muitos os recursos que podem ser utilizados nas aulas de
Ciências. Alguns são mais caros e sofisticados, outros são simples e baratos, sendo que podem ser
construídos pelo professor ou pelo próprio aluno. Veja alguns exemplos:
Microscópio: aparelho usado para visualização de organismos muito pequenos;
Lupa manual: é uma lente que tem como objetivo aumentar a imagem a ser observada. É
um instrumento de fácil manuseio, excelente para observar pequenos seres, a superfície e
textura de vegetais.
Revistas: podem contribuir muito na construção do conhecimento de uma forma geral.
Exemplos de revistas que podem ser utilizadas na sala de aula: Superinteressante, Galileu,
Saúde, Ciência Hoje para Crianças, Mundo Jovem, Amigos da Natureza, entre outras.
Outras reportagens podem ser abordadas, como políticas ambientais, por exemplo, para
promover discussões, diálogos, debates.
Livro Didático: é um recurso bastante utilizado nas aulas de Ciências, mas o professor não
deve limitar-se somente a ele, podendo adaptá-lo a outras metodologias.
Filmes: são excelentes recursos que propiciam situações de aprendizagem. Nesse recurso, é
interessante o fato de poder repeti-lo quantas vezes forem necessárias. No entanto só será
bem aproveitado se o aluno assistir ativamente, analisar e discutir o que viu. Não deve ser
utilizada de forma casual, apenas para “passar o tempo”, como acontece, muitas vezes, nas
escolas, e sim, como recurso didático. Pode ser um recurso maravilhoso dentro do contexto
escolar se for bem utilizado e tenha correlação com os conteúdos da disciplina.
Computadores, Internet, CD-Rom e similares: são instrumentos cada vez mais presentes
no cotidiano de todos. Representam excelentes recursos para aprimorar o processo ensino-
aprendizagem. Imagens e fotos seduzem o ser humano. Esses recursos, desde que bem
usados ajudam na compreensão de determinados assuntos. Pela Internet podemos fazer
24
muitas coisas, como, visitar universidades, feiras, conhecer o mundo, visitar museus, etc.
Entretanto, podemos relacionar vários aspectos negativos em relação à Internet. Como diz
CARVALHO (2004, p. 140), “Como a Internet é um veículo aberto de comunicação, todos
podem introduzir o que bem entendem, não havendo nenhum tipo de seleção ou censura.
[...] E todos têm acesso a tudo”. Entretanto, com toda essa tecnologia não devemos ficar
limitados, onde alguns professores não se arriscam a utilizá-las por não dominarem as
técnicas, enquanto que os alunos têm a maior facilidade no seu manuseio.
TV-pendrive, DVD, vídeo-cassete, data-show, etc: recursos tecnológicos que podem
ajudar em várias situações de aprendizagem melhorando a aquisição e construção do
conhecimento. Através deles o aluno obtém informações, tira dúvidas e pode se apropriar
dos conteúdos com mais facilidade. Esses meios permitem a obtenção de dados,
demonstrações, auxiliando na melhoria da qualidade do ensino. Apesar desses instrumentos,
serem excelentes recursos para a aprendizagem, o seu mau planejamento pode causar
desorientação e desmotivar o aluno a engajar na atividade proposta. Por isso, o professor
deve estar preparado para o manuseio dessas máquinas, evitando assim, frustrações e
decepções de ambos os lados.
Modelos ou maquetes: a finalidade desses recursos é provocar questionamentos, pois os
mesmos não coincidem com a realidade, conferindo apenas uma simulação do real. O aluno
deve ter clareza que esses recursos são apenas modelos e os fenômenos que ali acontecem
como, por exemplo, evaporação, transpiração, sobrevivência de plantas e animais,
funcionamento de órgãos, podem ser referência para a construção de outros conceitos que
acontecem no nosso planeta e no corpo humano. Exemplos: terrários, aquários, minhocários,
formicários, sistemas do corpo humano, etc.
Murais e painéis: são recursos simples e bastante utilizados pelos professores. Tem o
objetivo de informar algo às pessoas chamando a atenção para um determinado tema. Podem
ser feitos para serem colocados na sala de aula ou fora dela, onde todos possam ter acesso. A
mensagem deve ser simples e direta, contendo um título que chame a atenção de todos. Para
confeccioná-los podem ser utilizados materiais ilustrativos como, gravuras, fotografias,
objetos, desenhos, mensagens, pequenos textos, gráficos, tabelas, etc.
i) AULA EXPOSITIVA: é a modalidade didática mais utilizada entre os professores. Tem a
função apenas de informar os alunos. Nessas aulas há a repetição do livro didático pelo professor,
enquanto os alunos ouvem passivamente. Permitem ao professor transmitir suas ideias, comunicar
experiências, servindo também para introduzir um novo assunto. A grande desvantagem das aulas
25
expositivas é que, devido à passividade do aluno, não há a retenção de informações, a atenção dos
ouvintes diminui e o desempenho do aluno é desfavorável. Se a aula expositiva não for bem dada, o
interesse e a motivação do aluno transformam-se em tédio. No entanto, ela pode ter um excelente
resultado se “for bem trabalhada” por um professor que torne suas aulas agradáveis, divertidas,
estimulantes, consistentes. Mas, é bom lembrar que ensinar é muito mais do que transmitir
conteúdos.
j) DINÂMICAS DE GRUPO: são atividades aplicadas para incrementar as aulas. Promovem
integração entre todos e proporcionam momentos de aprendizagem. Desenvolvem a reflexão e a
comunicação além da socialização da turma. Desperta e motiva para a introdução de um conteúdo
ou assunto, permitindo que o aluno concentre sua atenção no que vai ser apresentado pelo professor.
É uma ferramenta de fácil aceitação e deve estar sempre à mão, quando necessário. Pode ser
utilizada no ensino-aprendizagem, pois valoriza a teoria e a prática, envolvendo a todos no
processo, fazendo com que o saber seja construído em conjunto.
l) MAPAS CONCEITUAIS: é um instrumento em forma de diagrama que tem por objetivo
apresentar conceitos, onde as relações entre eles estejam evidentes. Os conceitos podem estar dentro
de caixas ou círculos e conectados por linhas ou frases de ligação. As frases têm papel fundamental
na relação, conexão e representação entre os conceitos. É uma boa forma de ajudar os alunos a
perceberem as ligações e conexões entre as ideias. São construídos a partir de um tema central, onde
questões mais específicas vão sendo introduzidas de forma hierárquica, ou seja, parte-se de um
conceito geral localizado no topo ou no centro, para os conceitos menos gerais na base ou ao redor.
É um mecanismo importantíssimo na representação do conhecimento no processo ensino-
aprendizagem.
m) FEIRAS DE CIÊNCIAS: são eventos realizados dentro da escola ou instituição que nos
fornecem um vasto conhecimento, mostrando que a melhor maneira de se aprender algo é através da
prática. O evento deve ser organizado por professores e coordenação da escola, mas a ajuda dos
alunos é fundamental. As feiras de ciências tornaram-se muito populares nas escolas nos últimos
anos. É a oportunidade para o aluno exibir trabalhos, sugestões, técnicas, com êxito, transmitindo
grande quantidade de informações em espaço e tempo limitados. Apresentar trabalhos com destaque
requer do aluno muito estudo, pesquisa, experimentação, elementos valiosos na aprendizagem. Sem
dúvida as feiras de ciências unem a experimentação e a aprendizagem que devem estar sempre
ligadas no processo de ensino de Ciências.
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Apresentamos aqui, algumas estratégias metodológicas que podem ser utilizadas pelo
professor. Devemos abrir espaço para o aluno entender e enxergar as Ciências presentes na sua vida.
Entretanto, a aprendizagem não deve ser afirmada por uma única estratégia de ensino. A grande
diversidade de modalidades na prática pedagógica pode atender aos interesses e necessidades dos
alunos, desde que o professor esteja disposto a aceitar as mudanças de postura que são necessárias
no momento educacional atual. É preciso mudar, aprofundar e atualizar conceitos, utilizando
diversas técnicas ou estratégias de ensino, para que assim, o conhecimento seja contextualizado e
compreendido satisfatoriamente.
UNIDADE I
BOTÂNICA
As plantas são estudadas por um ramo da Biologia, a Botânica. A palavra
“botânica” provém do grego botané, significando “planta” e deriva do verbo boskein, “alimentar”
(RAVEN, 2001).
Ao longo dos anos o estudo das plantas vem se desenvolvendo, no entanto, o ensino
da Botânica no Ensino Fundamental ainda é muito teórico, cansativo, desestimulante, privilegiando
a repetição e não o questionamento. Utiliza muitos nomes científicos, conteúdos extensos,
dissociados da realidade do aluno.
Nesse sentido observamos que muitos docentes utilizam metodologias tradicionais e
conservadoras, centralizadas no livro didático e em conteúdos extensos, muitas vezes complexos,
onde o aluno deve memorizar conceitos e nomes, dificultando assim, a aprendizagem.
De acordo com KRASILCHIK (2005), “o excesso de vocabulário técnico que o
professor usa em suas aulas leva muitos alunos a pensar que biologia é só um conjunto de nomes de
plantas, animais, órgãos, tecidos e substâncias que devem ser memorizados”. E ainda, a mesma
autora comenta: “uma mudança que se impõe é a substituição de aulas expositivas por aulas em que
se estimule a discussão de ideias, intensificando a participação dos alunos, por meio de
comunicação oral, escrita ou visual”.
A Botânica sendo tão importante nas nossas vidas, seja de forma direta ou indireta, a
sua aplicação na escola ainda deixa muito a desejar. Ela, nos dias de hoje, é trabalhada no modelo
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convencional o que causa déficit na aprendizagem de conceitos. As aulas são resumidas em
expositivas, onde são copiados conteúdos prontos encontrados nos livros didáticos. Às vezes, ela é
abordada somente em datas comemorativas pontuais, como por exemplo, dia do meio ambiente, dia
da árvore, feira de ciências. A Botânica é muito mais do que isso. Ela está ligada à reações vitais do
homem e dos animais.
NARDI (2010) ressalta que: “quando a estratégia é capaz de convencer o aprendiz de
sua eficácia e superioridade, ela é incorporada às habilidades dos estudantes e estes assumem a
responsabilidade pelo processo de aprendizagem produzindo resultados que vão além das próprias
expectativas e das expectativas do professor”.
Portanto, percebe-se a necessidade de se criar diferentes modos de ensinar com o
objetivo de estimular o interesse dos alunos, instigando-os para o conhecimento, evitando-se assim
a incompreensão por parte dos mesmos. Então, para auxiliar professores e alunos, e restaurar o
interesse dos mesmos pelos conteúdos de Botânica, favorecendo a aquisição de conhecimentos, por
meio de estratégias com temas específicos, utilizaremos metodologias diferenciadas, tais como:
aulas práticas, trabalhos em grupo, saídas a campo, manipulação de materiais, utilização da Internet,
mapas conceituais, jogos, entre outras.
Sendo assim, o aluno pode despertar para uma maior participação e interesse no
mundo a sua volta, assim como valorizar o conhecimento adquirido trazendo benefícios para si
mesmo e para o professor.
UNIDADE II
AS PLANTAS E O HOMEM
As plantas ou vegetais são seres vivos presentes na vida do homem de diversas
maneiras, além de ser fonte de alimentação nos fornecem oxigênio, fibras para vestuário, madeira
para mobiliário, combustível, papel para livros, remédios, abrigos, temperos, entre tantas outras
utilidades, elas ainda absorvem gás carbônico na sua fotossíntese. Diante dessa realidade a
dependência total que temos das plantas é indiscutível.
Os vegetais e seus derivados fazem parte do nosso cotidiano em vários momentos do
dia e nem percebemos a sua presença. Nossas vidas são melhoradas através do contato com a
28
natureza, trazendo inúmeros benefícios para a saúde, aliviando o estresse, e proporcionando um
bem-estar geral.
Existe uma grande diversidade de organismos denominados de “vegetais”. Parte
deles não é fotossintetizante, como os fungos, por exemplo. As plantas, juntamente com outros
seres fotossintetizantes, são produtoras de matéria orgânica que nutre a maioria dos seres vivos da
Terra, atuando na base das cadeias alimentares. Ao fornecer o gás oxigênio ao ambiente, as plantas
também contribuem para a manutenção da vida dos seres que, assim como elas próprias, utilizam
esse gás na respiração. Esses organismos produzem diversos tipos de pigmentos, sendo os mais
importantes as clorofilas a e b. A clorofila é o pigmento responsável pela coloração verde das
plantas, de acordo com SANTOS (2004) .
Na natureza os vegetais são encontrados em diversos ambientes terrestres e
aquáticos. Segundo LOPES (2009), as plantas são organismos primariamente fotossintetizantes com
diferenciação de tecidos. Acredita-se que as plantas tenham surgido a partir de um grupo ancestral
de algas verdes, pois existem várias características que as aproximam, como a presença de clorofila
e da parede celular composta principalmente de celulose. Na passagem evolutiva das algas verdes
para plantas, surgiram algumas características que se mantiveram por seleção natural, por serem
adaptativas para a vida no ambiente terrestre. Esse fato propiciou a expansão das plantas nesse
ambiente.
A importância das plantas no cotidiano é inerente, pois sem elas a Terra seria um
planeta sem vida. A variedade de plantas é enorme, sendo de vários tamanhos e formatos, plantas
rasteiras, arbustos e de grande porte, terrestres ou aquáticas, algumas com flores e frutos e outras
não, transmitem alegria com suas cores, embelezam os locais onde se encontram, transmitem paz e
bem-estar e, ainda, permitem a existência de outros seres vivos, inclusive o homem.
Para melhor estudarmos as plantas elas estão divididas em grupos:
• Criptógamas: plantas que não produzem sementes.
• Fanerógamas: plantas que produzem sementes.
As criptógamas, por sua vez dividem-se em dois grupos:
• Briófitas: plantas de pequeno porte e que não possuem vasos condutores de seiva.
• Pteridófitas: plantas que possuem vasos condutores de seiva.
As fanerógamas também são divididas em dois grupos:
• Gimnospermas: possuem sementes, mas não formam frutos.
• Angiospermas: possuem sementes abrigadas no interior de frutos.
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UNIDADE III
DESPERTAR PARA A BOTÂNICA
“Ensinar e aprender são dois processos com especificidades próprias, mas, também,
momentos de um mesmo processo maior, o processo educacional escolar”. (GERALDO, 2009). No
processo pedagógico o principal objetivo do ensino é a assimilação. Sendo então, o ensino de
Ciências tão interessante, porque os alunos têm dificuldades em aprender? Por que os professores
não gostam de estudar o conteúdo de botânica?
Para quebrar esse tabu e despertar o interesse de alunos e professores para o assunto,
é urgente aplicar estratégias que estimulem a todos. Como diz CARVALHO (2004, p. 08):
“nenhuma mudança educativa formal tem possibilidades de sucesso, se não conseguir assegurar a
participação ativa do professor, ou seja, se, da sua parte, não houver vontade deliberada de aceitação
e aplicação dessas novas propostas de ensino”. Realizaremos, então, algumas atividades que têm
por objetivo despertar o interesse para o conteúdo da Botânica.
Sugestões de atividades
1. Aprendendo a gostar das plantas
Objetivo:
Estimular os alunos à observação e despertar o interesse para o
conhecimento sobre botânica e aplicá-lo a sua vida diária.
Material:
Frutas, legumes, verduras e ervas diversas;
Bandejas;
Faca;
Liquidificador.
Computador e data-show.
Procedimento:
1. Levar os alunos da 6ª série B ao laboratório de Ciências;
30
2. Fazer com que os estudantes enxerguem a importância dos vegetais;
3. Trazer para o laboratório frutas, verduras e legumes diversos;
4. Fazer uma aula de culinária divertida com explanações sobre os vegetais apresentados,
mostrando-lhes as diferenças e semelhanças, presença de nutrientes, vitaminais,
carboidratos, entre outros, usando sempre a linguagem botânica;
5. É importante destacar alguns detalhes que são importantes e que, muitas vezes, passam
despercebidos;
6. Aqui, já é possível, apresentar as primeiras noções dos conceitos de órgãos dos vegetais.
7. Para finalizar, preparar uma gostosa salada de frutas, salada de vegetais, suco para todos
saborearem o material de estudo.
Veja a seguir, alguns alimentos que poderão ser utilizados nessa atividade:
Desenhos e foto: Maria do Carmo Loss, 2011.
31
Desenhos e Foto: Maria do Carmo Loss, 2011
Para melhor fixar a importância das plantas assista ao vídeo disponível no youtube no endereço:
http://www.youtube.com/watch?v=BF24unrv0ko acesso em 06/07/2011
Este filme aborda a importância das plantas e sua utilização como alimento e, a nossa
dependência das mesmas através da cadeia alimentar. No filme podemos compreender as
principais características das plantas e sua história de vida no planeta.
Duração do vídeo: 5:53 min.
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Atividades propostas:
Algumas questões para serem respondidas oralmente.
1. Você utiliza a Botânica no seu dia-a-dia? Como?
2. Você sabe que planta é um ser vivo. Qual a importância delas na sua vida?
3. O que você aprendeu com a aula de hoje?
2. Boneco botânico
a) Objetivo:
• Despertar a curiosidade para a Botânica observando o crescimento das plantas
através do lúdico;
b) Material:
• Meia-calça feminina ou meia normal;
• Sementes de alpiste;
• Cola branca ou cola quente;
• Botões;
• Serragem;
• Água;
• Garrafa PET para a base.
c) Procedimento:
• Cortar o pedaço da meia e dar um nó em uma das extremidades;
• Colocar serragem dentro da meia fazendo uma bola;
• Misturar as sementes de alpiste na serragem de modo que as sementes fiquem na
parte de cima da cabeça do boneco;
• Fechar a outra extremidade da meia;
• Colar os botões de modo a formar olhos, nariz e boca, etc;
• Cortar a parte de baixo da garrafa PET;
• Encher com água o fundo da garrafa e colocar o boneco de modo que fique em
contato com a água;
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• Deixar o boneco em local iluminado, de preferência perto da janela;
• Trocar todos os dias a água.
d) Conclusões:
• Por causa da presença de luz as sementes germinam formando uma cabeleira no
boneco;
• É uma atividade que desperta para o ensino do conteúdo e pode ser divertida.
Atividade adaptada do site disponível no endereço:
http://www.projetospedagogicosdinamicos.com/boneco.htm acesso em 27/07/2011.
3. Separação dos pigmentos
Essa atividade será desenvolvida no laboratório de Ciências.
1. Objetivo: identificar nas folhas das plantas a presença de vários pigmentos.
2. Material utilizado:
Água;
Algumas folhas verdes;
Uma panela para ferver água;
Uma caneca que caiba na panela, com folga;
Álcool;
Fonte de calor;
Placa de Petri;
Duas folhas de papel-filtro;
Duas pinças de madeira
3. Procedimento:
a) Picar as folhas em pedaços bem pequenos e colocá-las na caneca. Ferver a
água e desligar o fogo para evitar acidentes;
b) Colocar o álcool na caneca sobre os pedaços das folhas. Colocar a caneca na
panela com a água ainda quente. Importante: não colocar a caneca com o álcool diretamente no
fogo;
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c) Observar algo bem interessante: como a temperatura de ebulição do álcool é
bem menor do que a da água, ele entra em ebulição quando aquecido pela água que está em
temperatura elevada. Assim, os pigmentos das folhas dissolvem-se com relativa facilidade,
formando um caldo esverdeado;
d) Colocar o caldo na placa de Petri;
e) Cobrir a placa com uma folha de papel-filtro, com um orifício no meio, através do
qual é introduzido um cilindro feito com a outra folha de papel-filtro;
f) Observar que o cilindro de papel-filtro ficará colorido, com cores e tonalidades
diferentes.
Desenhos e fotos: Maria do Carmo Loss, 2011.
Atividade adaptada do livro Biologia Plantas de J. Laurence, Coleção Nova Geração, Módulo 6, Editora Nova Geração, 2002, página 12.
Atividade em equipes
Cada equipe faz uma produção de texto a partir do experimento realizado relatando o
que ocorreu e o que aprenderam a respeito da pigmentação dos vegetais.
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UNIDADE IV
OS GRANDES GRUPOS VEGETAIS
Na natureza, de acordo com LAURENCE (2002), existe uma grande variedade de
espécies de plantas. Devido a essa grande quantidade as plantas são reunidas em grupos para melhor
serem estudadas.
A Ciência que trata da classificação dos seres vivos é a Sistemática ou Taxonomia.
Então os seres vivos foram distribuídos pelos grupos com base em suas semelhanças. Naturalmente,
existem grupos de plantas que conservam certas semelhanças, porém diferem de outros grupos.
Veja no esquema a seguir, de acordo com LAURENCE (2002), como as plantas
estão organizadas:
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Foto: Maria do Carmo Loss, 2011
Esquema adaptado do livro Biologia Plantas, Coleção Nova Geração de J. Laurence, Ensino Médio, 2002, página 34.
O esquema mostra que o Reino das Plantas é dividido em grupos cada vez menores.
Esses grupos variam conforme as características que são consideradas, muitas vezes, recorre-se
ainda a grupos intermediários ou subgrupos. Por possuir muitos grupos, o Reino Vegetal é muito
amplo. Então, nas unidades seguintes estudaremos apenas as Fanerógamas (plantas que produzem
sementes) e que são divididas em dois grandes grupos: as gimnospermas e angiospermas.
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UNIDADE V
GIMNOSPERMAS
Segundo LOPES (2006), gimnospermas são plantas que possuem sementes nuas,
mas não formam frutos. Suas sementes são chamadas “nuas”, pois não estão abrigadas no interior
de frutos, daí a denominação, do grego: gimno = nu e sperma = semente. Exemplo: pinheiro-do-
paraná. Continuando BARROS e PAULINO (2006) dizem que são plantas terrestres que
vivem, preferencialmente, em ambientes de clima frio ou temperado. Nesse grupo incluem-se
plantas como os pinheiros, os cedros, as sequóias e os ciprestes.
As gimnospermas possuem raízes, caule e folhas. Possuem também ramos
reprodutivos com folhas modificadas chamadas estróbilos. Em muitas gimnospermas, como os
pinheiros e as sequóias, os estróbilos são bem desenvolvidos e conhecidos como cones – o que lhes
confere a classificação no grupo das coníferas. Há produção de sementes: elas se originam nos
estróbilos femininos. No entanto, as gimnospermas não produzem frutos. Suas sementes, como são
nuas, não ficam encerradas em frutos.
As gimnospermas podem ser masculinas e femininas ao mesmo tempo, como no
caso dos Pinus sp., ou terem sexos separados, como no caso do pinheiro-do-paraná (araucárias).
Nessa planta a que possui estróbilos masculinos não possui estróbilos femininos e vice-versa.
Estróbilo feminino em Pinus sp. Foto: Maria do Carmo Loss, 2011
Nos pinheiros, as sementes são chamadas pinhões. Uma vez formados os pinhões, o
cone feminino passa a ser chamado pinha. Uma araucária produz em média cerca de 80 cones
femininos, cada um originando em torno de 90 a 100 pinhões. Os pinhões constituem fonte de
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alimento para muitas espécies como aves (papagaios, gralhas, sabiás, pombas-rola, etc), animais
selvagens (antas, queixadas, capivaras, etc), animais domésticos, inclusive o homem.
Pinhões. Foto: Maria do Carmo Loss, 2011
Se espalhadas na natureza por algum agente disseminador, as sementes podem
germinar. Ao germinar, cada semente origina uma nova planta. Seu nome científico é Araucaria
angustifolia e, é a árvore-símbolo do Estado do Paraná. Tem muita utilidade para o homem e é
reconhecida pelo seu porte e beleza. É uma árvore de grande porte podendo chegar aos 50 metros de
altura. Diferencia-se de outros pinheiros, devido a sua copa parecer um candelabro ou um guarda-
chuva invertido. Essa árvore forma a chamada “Floresta das Araucárias” localizada no Sul do
Brasil, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Sua madeira é utilizada para os
mais diversos fins, bem como é uma espécie indicada para reflorestamento.
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Foto: Maria do Carmo Loss, 2009
A gralha-azul (Cyanocorax caeruleus) é um dos principais animais disseminadores
de pinhões na natureza. Essa ave costuma alimentar-se de pinhões no inverno, comendo alguns,
armazenando ou “escondendo” outros, que são esquecidos e normalmente germinam. É, por isso,
conhecida como “plantadora de pinhões”. Ela é hoje considerada a ave símbolo do Paraná por fazer
parte do reflorestamento de araucárias.
Sugestões de atividades
1. Pesquisa sobre a Araucária ou pinheiro-do-paraná
Para que a atividade de pesquisa realmente tenha sucesso o professor tem tarefas
importantes de orientação como, definir os objetivos que se pretende alcançar com a pesquisa, o
roteiro ou tópicos que deverão ser pesquisados, o acompanhamento da atividade, as fontes onde o
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tema poderá ser encontrado e, para isso, deve conhecer o acervo da biblioteca, sites, textos, livros
ou outros, onde os alunos poderão encontrar algo já escrito ou pesquisado sobre o assunto. A
pesquisa é uma atividade de leitura onde o aluno coleta material, busca, descobre, assimila várias
opiniões sobre o assunto. O aluno deverá interpretar informações disponíveis e não apenas fazer
cópia do texto.
A atividade de pesquisa deverá ser realizada em etapas:
1ª Etapa:
1. Objetivo da pesquisa sobre a araucária é fazer com que os alunos tenham o gosto pela
pesquisa em Botânica, conhecendo melhor as características gerais dessa árvore que está
presente em suas vidas;
2. Definir critérios ou roteiro: coletar material sugerido pelo professor, ler todo o material,
fazer anotações, ou seja, com suas palavras escrever aquilo que acha relevante para o seu
trabalho, descrição da análise do assunto. O aluno deverá ordenar suas anotações seguindo o
roteiro: pesquisar sobre a araucária, nome científico, nomes populares, características,
localização, ocorrência, reprodução, utilização, comercialização. Cuidar para não fugir do
tema.
3. Copiar a bibliografia, a fonte de onde retirou o material pesquisado.
Sugestões Bibliográficas
Livros: Os Seres Vivos de Carlos Barros e Wilson Roberto Paulino
Ciências Naturais de Olga Santana e Aníbal Fonseca
Ciências: a vida na Terra de Fernando Gewandsznajder
Sites: http://www.guiageo-parana.com/araucárias.htm acesso em 19/07/2011
http://www.cotianet.com.br/jornalatuante/mat019.htm acesso em 19/07/2011
http://www.ipef.br/identificacao/araucaria.angustifolia.asp acesso em 19/07/2011
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinheiro-do-paran%C3%A1 acesso em 19/07/2011
2ª Etapa:
1. Os alunos deverão apresentar a pesquisa em forma de texto;
2. Exposição do texto, desenhos, fotos, no mural da sala de aula ou da escola.
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3ª Etapa:
1. Em parceria com o professor de Arte, o aluno deverá desenhar o que encontrou sobre a
araucária ou trazer fotos ou ilustrações. Exemplos:
Desenhos e foto: Maria do Carmo Loss, 2011
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2. Pesquisa de campo
Primeiramente o professor deverá fazer uma explanação aos alunos sobre o local a
ser visitado, data da visita, critérios para realizar a atividade, autorizações e outros procedimentos
que serão necessários. A pesquisa de campo será realizada na FLONA (Floresta Nacional de Irati),
uma reserva ambiental protegida por lei, localizada na Região Centro-Sul do Paraná.
Essa atividade será realizada em 3 etapas:
1ª Etapa: Estudo sobre a Floresta:
Segundo o jornal HOJE CENTRO SUL, (2011, página 29) a Floresta Nacional de
Irati (FNI) é a segunda maior concentração de mata nativa protegida do bioma Floresta Ombrófila
Mista (floresta com araucária), em terras públicas do Brasil. A FLONA DE IRATI, é uma unidade
de conservação federal de uso sustentável. Possui uma área de 3.495 hectares, sendo a maior parte
de mata nativa de araucária, 2.187 hectares e 1.308 hectares de reflorestamento de pinheiros
araucária e pinus. Em sua área são encontradas espécies nativas de vegetação como, araucária,
erva-mate, bracatinga, xaxim, cedro e canelas; e de animais como, a gralha azul, sabiá, tiriva,
periquito, veado, macaco-prego, bugio, paca, cotia, capivara, morcegos, onça-parda. A área da
Floresta de Irati estabelece um grande núcleo de cobertura florestal entre as sedes dos municípios
de Fernandes Pinheiro, Imbituva, Irati e Teixeira Soares.
2ª Etapa: Pesquisa no laboratório de informática:
Acessar o endereço: http://www.icmbio.gov.br/biodiversidade/unidades-de-conservacao/biomas-
brasileiros/mata-atlantica/unidades-de-conservacao-mata-atlantica/488-flona-de-irati ( acesso em
28/07/2011) onde aparecerá a seguinte tela:
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O Google Earth é um programa que nos fornece imagens de satélite.
Aqui o aluno poderá navegar e ver a floresta, o tipo de vegetação, os rios que a
cercam, locais de agricultura no entorno, desmatamento, localizar a cidade onde mora, sua casa, o
colégio, cidades vizinhas, etc.
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Nesse outro site, http://www.irati.pr.gov.br/municipio/turismo/floresta.asp (acesso em
28/07/2011) o aluno poderá explorar um pouco mais sobre a FLONA.
3ª Etapa: Visita à FLONA:
Nesta etapa os alunos serão levados até a FLONA para conhecerem o local, andar
pelas trilhas para observar plantas e animais no seu habitat natural, conhecer as dependências do
local, visitar o museu e passear.
UNIDADE VI
ANGIOSPERMAS
Do grupo das Angiospermas, de acordo com BARROS e PAULINO (2006), são
conhecidas mais de 250 mil espécies de plantas. Essas plantas representam o grupo mais variado em
número de espécies entre os componentes do Reino Plantae ou Metaphyta. A palavra angiosperma
vem do grego angeion,que significa ‘bolsa’ e ‘sperma’, semente. Segundo LOPES (2006), possuem
sementes abrigadas no interior de frutos, daí a denominação. Os frutos são resultantes do
desenvolvimento do ovário da flor. São exemplos de angiospermas: mangueira, laranjeira, etc.
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As angiospermas são plantas terrestres que produzem raiz, caule, folha, flor, fruto e
semente. Diferem-se das gimnospermas por possuírem flores e frutos que mostram uma incrível
diversidade. A principal característica dessas plantas, como foi dito anteriormente, é a presença de
ovário, o qual se desenvolve e dá origem ao fruto, que por sua vez, protege a semente, contribuindo
assim para a perpetuação da espécie. BARROS e PAULINO (2006), citam que as flores podem ser
vistosas tanto pelo colorido quanto pela forma; muitas vezes também exalam odor agradável e
produzem um líquido açucarado – o néctar - que serve de alimento para abelhas e outros animais.
Coloridas e perfumadas ou não, é das flores que as angiospermas produzem sementes e frutos. Os
frutos muitas vezes são coloridos, suculentos e atraem animais diversos que os utilizam como
alimento. Outras vezes, os frutos são secos, pequenos, leves. Os frutos contendo sementes
contribuem para a dispersão das mesmas na natureza. Isso favorece a espécie na conquista de novos
territórios.
OS DOIS GRANDES GRUPOS DE ANGIOSPERMAS
As angiospermas estão divididas em dois grandes grupos ou famílias: as
monocotiledôneas e as dicotiledôneas. São plantas que têm a presença de um ou dois cotilédones.
PAULINO (2004), cita que os cotilédones armazenam as reservas necessárias para o
desenvolvimento embrionário. São exemplos de angiospermas monocotiledôneas: cana-de-açúcar,
milho, trigo, cevada, bambu, cebola, banana, bromélias, orquídeas, etc. São exemplos de
angiospermas dicotiledôneas: ipê, cerejeira, roseira, morango, algodoeiro, café, pereira, macieira,
laranjeira, margarida, amendoim, feijão, ervilha, lentilha, etc. Veja as diferenças no quadro a seguir:
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Imagem disponível no endereço:
http://www.editorasaraiva.com.br/portalbiologiaeciencias/Upload/image/vol2/BIO2_448_449.jpg
acesso em 18/07/11.
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Sugestões de atividades
1. Observando algumas diferenças entre monocotiledôneas e dicotiledôneas
1.1 Observando uma semente:
Nessa atividade você vai reconhecer o que há nas sementes de milho e feijão.
Perceber as diferenças existentes entre uma monocotiledônea e uma dicotiledônea.
a) Material necessário:
• Sementes de milho e feijão
• Água
• Lupa
• Ilustrações de sementes de milho e feijão
b) Procedimento:
• Separar cada semente em duas partes
• Desenhá-las no caderno
• Observar com a lupa
• Comparar o que observou com a representação da ilustração
• Identificar o embrião e a porção nutritiva de cada semente, o cotilédone
c) Responder no caderno:
• O que você percebeu ao abrir ao meio as sementes?
• Por que as sementes não germinam na lata onde são guardadas em casa?
• O que aconteceria ao embrião se a sua ligação com os cotilédones fosse
interrompida?
Atividade adaptada do livro Ciências, Natureza e Cotidiano, de José Trivellato, et.al, 7º Ano,
Página 54.
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1.2 Observando folhas:
Nessa atividade você vai reconhecer pelas folhas a diferenciação entre
dicotiledôneas e monocotiledôneas.
a) Material necessário:
• Folhas de roseira, dente-de-leão, milho, feijão, ou outras
• Lupa
b) Procedimento:
• Com a lupa observar a presença ou não da bainha ou pecíolo
• Observar as nervuras paralelas ou reticuladas
• Desenhar no caderno
Foto: Maria do Carmo Loss, 2011.
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Foto: Maria do Carmo Loss, 2011
Assistir ao DVD: Biologia, o estudo dos seres vivos, da SBJ Produções de Ponta Grossa, Volume
VI, O Reino Plantae: os vegetais, suas características e classificações.
Nesse vídeo vamos estudar o Reino onde se classificam os vegetais, com as divisões dentro do
Reino Plantae (algas pluricelulares, briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas), e os
órgãos das plantas: raiz, caule, folha, flor, fruto e semente, e as funções de seus órgãos:
fotossíntese, respiração, absorção, transporte, transpiração e crescimento.
Duração: Aproximadamente 24 minutos
Durante a apresentação do vídeo, ele poderá ser interrompido para possíveis explanações pelo
professor e esclarecimento de dúvidas. Se preciso for, alguns trechos do filme poderão ser
repassados novamente.
O vídeo servirá de estímulo para as atividades seguintes onde trataremos dos órgãos
dos vegetais.
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UNIDADE VII
AS PARTES DAS PLANTAS
A RAIZ
Foto: Maria do Carmo Loss, 2011
Em geral, a grande maioria das raízes são subterrâneas, mas também existem raízes
aquáticas e aéreas. De acordo com BARROS e PAULINO (2006), as raízes são órgãos que fixam as
plantas terrestres no solo (ou em outro substrato) e absorvem água e sais minerais disponíveis no
ambiente. A solução de água e sais minerais absorvidos pelas plantas constitui a seiva bruta ou
inorgânica. Ela é transportada das raízes até as folhas por inúmeros vasos muito finos. Nas folhas,
parte da água absorvida é utilizada na fotossíntese. Os sais minerais, por sua vez, são empregados
de diversas maneiras: os de nitrogênio, por exemplo, podem ser usados na síntese de clorofila.
Numa raiz, podem ser reconhecidas quatro regiões principais. Acompanhe a descrição e observe o
esquema a seguir:
1. COIFA: é uma espécie de capuz que protege a ponta da raiz, a qual contém células que
promovem o crescimento da raiz.
2. REGIÃO LISA OU DE CRESCIMENTO: é onde ocorre o alongamento das células
promovendo o crescimento da raiz.
3. REGIÃO PILÍFERA OU DE PÊLOS ABSORVENTES: os pêlos retiram do solo a água
e os sais minerais que formarão a seiva bruta.
4. REGIÃO DE RAMIFICAÇÃO OU DE RAÍZES LATERAIS: é a região em que a raiz se
ramifica, originando outras raízes.
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Foto: Maria do Carmo Loss, 2011
As raízes podem ser :
1. SUBTERRÂNEAS: crescem dentro do solo. Ex.: grama, feijão, etc.
2. AQUÁTICAS: desenvolvem-se dentro da água. Ex.: aguapé, etc.
3. AÉREAS: desenvolvem-se em troncos e galhos de árvores. Ex.: orquídea, etc.
Existem também raízes com funções diferentes das normalmente observadas como:
a) Raízes tuberosas: armazenam substâncias nutritivas. Ex.: cenoura, beterraba,
mandioca, rabanete, batata-doce, etc.
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b) Raízes-escoras: contribuem para a sustentação de plantas no solo. Ex.: plantas de
mangue, milho, etc.
c) Raízes tabulares: ajudam na sustentação de árvores de grande porte. Ex.: sumaúma,
pau-d’alho, etc.
d) Raízes sugadoras: são parasitas que penetram no caule de uma planta hospedeira.
Ex.: erva-de-passarinho, cipó-chumbo, etc.
e) Raízes respiratórias: partem de outras raízes existentes no solo e crescem
verticalmente para facilitar a entrada do oxigênio do ar. Ex.: mangue-branco.
Sugestões de atividades
1. Observando raízes
Objetivo:
• Reconhecer as partes externas de uma raiz
Material:
• Vários exemplares de raízes como, por exemplo, guanxuma, tanchagem, grama,
milho, feijão, etc;
• Placa de Petri;
• Pinças;
• Bandejas;
• Lupas
Procedimento:
1) O professor deve pedir aos alunos para trazerem diversos tipos de raízes;
2) Fazer uma limpeza nas raízes;
3) Dividir o material para as equipes;
4) Com o auxílio de imagens ou do livro didático pedir aos alunos que classifiquem os tipos
de raízes;
5) Com a lupa observar os detalhes da raiz, desenhar e indicar suas partes;
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Atividade adaptada do site:
http://www.biologia.seed.pr.gov.br/arquivos/File/praticas/raizes.pdf acesso em 27/07/2011.
O CAULE
Foto: Maria do Carmo Loss, 2011
O caule, segundo GEWANDSZNAJDER (2002), sustenta as folhas, mantendo-as, em
geral, em posição elevada, o que facilita a captação de luz. Transporta a água e os sais minerais
(seiva bruta) do solo até as folhas. O caule é constituído de:
a) Gema ou broto terminal: conjunto de células que se multiplicam e fazem o caule crescer.
b) Nós: de onde partem as folhas e os ramos.
c) Entrenós: regiões existentes entre os nós
d) Gema lateral ou axilar: nela são encontradas células do mesmo tipo das que estão no broto
terminal, que se multiplicam e originam ramos, folhas e flores.
Para conhecer as partes que compõem um caule observe o esquema abaixo:
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Foto: Maria do Carmo Loss, 2011
O caule de muitas plantas cresce em espessura, produzindo novos vasos condutores
de seiva. No centro do caule ficam os vasos lenhosos mais antigos, que perdem a capacidade de
transportar seiva, embora ajudem na sustentação do caule. É dessa região central, mais dura, que
extraímos a madeira.
Em geral, dependendo do local onde se desenvolvem, os caules podem ser: aéreos,
aquáticos e subterrâneos. Vamos estudar os tipos de caule de acordo com BARROS e PAULINO
(2006):
1) TRONCO: caule resistente e ramificado, característico das árvores de médio e grande
porte. Ex.: mangueira, jacarandá, etc.
2) ESTIPE: sem ramificações e com folhas situadas na região apical. Ex.: palmeira,
coqueiro, etc.
3) COLMO: apresenta nós e entrenós bem evidentes. Ex.: bambu, cana-de-açúcar, etc.
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4) HASTE: frágil, comum em plantas pequenas, como as hortaliças. Ex.: salsa, alface,
agrião, etc.
5) RASTEJANTE: desenvolvem-se paralelos ao solo, estendendo-se pelo chão. Ex.:
melancia, pepino, abóbora, etc.
6) TREPADOR: cresce apoiado num suporte qualquer. Ex.: caules de chuchu,
maracujá, uva, etc.
7) CLADÓDIO: caule ereto, com função de reserva de água, com folhas transformadas em
espinhos. Ex.: cactos.
8) SUBTERRÂNEOS: crescem sob o solo. Podem se apresentar de três formas:
• Rizoma: desenvolve-se horizontalmente sob o solo. Ex.: bananeira, gengibre,
etc.
• Tubérculo: são ricos em substâncias nutritivas. Ex.: batata, etc.
• Bulbos: possuem folhas modificadas que acumulam substâncias nutritivas. Ex.:
cebola.
Modificações do caule
Às vezes, o caule ou os ramos se modificam, formando estruturas especiais.
GEWANDSZNAJDER (2002), cita que os caules podem apresentar:
• Espinhos: são ramos pontiagudos com função protetora. Ex.: limoeiro,
laranjeira. No caso das roseiras, os espinhos não são formados por ramos, e sim
por pêlos rígidos e pontudos. Por isso, seu nome correto é acúleos.
• Gavinhas: ramos que se enrolam em volta de um suporte, são também
adaptações encontradas em alguns caules. Ex.: uva, maracujá, chuchu, etc.
Sugestões de atividades
1. Condução de água pelos vegetais
Objetivo:
• Observar como ocorre a condução da seiva pelos vegetais.
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Material:
• Flor branca (rosa, cravo, palma ou crisântemo);
• Água;
• Anilina vermelha e azul;
• Bécker;
• Tesoura ou estilete
• Espátula
Procedimento:
1) Dividir a turma em grupos e distribuir uma flor para cada um;
2) Colocar água no Becker o suficiente para manter a flor em pé;
3) Colocar a anilina na água e coma espátula misturando bem até que a solução adquira
uma coloração bem forte;
4) Mergulhe a haste da flor na solução e com a tesoura ou o estilete fazer um corte
transversal à uma altura de 15 cm da flor. O corte deve ser feito dentro da água para
evitar que entre ar nos vasos condutores, o que impediria o transporte de substâncias;
5) É importante que as folhas da haste da flor sejam retiradas;
6) Aguardar 30 minutos para obter bons resultados;
7) Registrar o que observou.
Desenho e foto: Maria do Carmo Loss, 2011
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Conclusões:
a) O que aconteceu com a coloração da flor?
b) Por que isso aconteceu?
c) Que função do caule é demonstrada nesse experimento?
Atividade adaptada dos livros Ciências Integradas de Jenner et.al, 7º ano, 2010,
página108, e do livro Ciências Naturais aprendendo com o cotidiano, de Eduardo Leite do
Canto, 7º ano, 2009, página139.
2. As plantas transpiram?
Objetivo:
• Observar as trocas gasosas que ocorrem com as plantas.
Material:
• Uma planta pequena, plantada em um vaso, que contenha ramos e folhas;
• Um saco plástico transparente;
• Fita adesiva.
Procedimento:
• Coloque o saco plástico em um dos ramos da planta;
• Prenda bem o saco plástico com fita adesiva em torno do cabo da folha para
impedir a entrada de ar;
• Coloque o vaso perto de uma janela;
• Aguarde algumas horas para ver o que acontece;
• Anote o que você observou.
Conclusões:
• A folha da planta transpira porque absorve a água que vem das raízes através do
caule.
• A planta, com isso, devolve água para a atmosfera através de suas folhas.
• Esse fenômeno auxilia o ciclo da água na natureza.
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Atividade adaptada do livro Ciências a vida na Terra, de Fernando
Gewandsznajder, 6ª série, 2002, página 247.
A FOLHA
Foto: Maria do Carmo Loss, 2011
As folhas, segundo GEWANDSZNAJDER (2002), são órgãos ricos em células
clorofiladas. Têm, em geral, a forma de finas lâminas, o que permite que um grande número de
células receba luz e realize a fotossíntese. A pouca espessura da folha possibilita, ainda, a rápida
difusão de gás carbônico e de oxigênio para todas as células.
As folhas são cobertas por uma cutícula ou película, formada por uma substância
impermeável, a cutina, que protege a folha e diminui a perda de água. As folhas são formadas por
três partes principais. Veja:
Foto: Maria do Carmo Loss, 2011.
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O limbo é a parte mais larga, onde se encontram as nervuras, formadas pelos vasos
condutores de seiva. O pecíolo é a haste que prende a folha ao caule. A bainha é uma dilatação da
base do pecíolo, que envolve o caule e melhora a fixação da folha a ele. Nem todas as folhas são
completas. As folhas da bananeira, da grama e do milho, por exemplo, têm bainha mas não têm
pecíolo, e a folha do fumo não tem pecíolo nem bainha. Em algumas folhas – denominadas
compostas – o limbo é dividido em várias partes, chamadas folíolos. Em outras folhas –
denominadas simples – ele é inteiriço.
As folhas podem sofrer algumas modificações e exercer algumas funções especiais.
Veja:
1) BRÁCTEAS: são folhas coloridas que atraem a atenção de animais que levam o grão de
pólen de uma flor à outra. Ex.: flor-de-papagaio, antúrio, etc.
2) ESPINHOS: são folhas modificadas. Ex.: cactos. Nessas plantas o caule é clorofilado e
“assume” o papel fotossintetizante que, em geral, é desempenhado pelas folhas que são
atrofiadas formando os espinhos. (BARROS e PAULINO, 2006, p. 136).
3) FOLHAS INSETÍVORAS: são estruturas adaptadas para a captura e digestão de certos
insetos e outros animais pequenos. Ex.: planta Nepenthes.
Sugestões de atividades
1. Entendendo a fotossíntese
No laboratório de informática, para o aluno entender melhor o processo da
fotossíntese, acessar, o blog no endereço: http://fotossintesem35.blogspot.com/ (acesso em
27/07/2011) e assistir ao vídeo: A fotossíntese.
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Em seguida acessar o endereço http://www.smartkids.com.br/especiais/fotossintese.html
(acesso em 27/07/2011) e conhecer um pouco mais sobre o assunto:
Esse site fala sobre o que significa o termo fotossíntese, como as plantas se
alimentam, como a energia das plantas passa para os animais, como e porque você respira.
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Acessar os links Sobre a
fotossíntese
Na parte de baixo da tela existe um link sobre jogos da fotossíntese muito legal, onde
o aluno poderá aprender, brincar e se divertir.
Voltando ao início da primeira página o aluno poderá acessar o link Jogos onde ele
poderá brincar com jogos variados para descontrair.
Outros sites interessantes relacionados ao assunto fotossíntese que poderão ser
acessados:
http://ciencia.hsw.uol.com.br/fotossintese1.htm acesso em 27/07/2011
http://server2.iq.ufrj.br/~almenara/fotossintese.htm acesso em 27/07/2011
http://www.youtube.com/watch?v=-SCr4j795m4 acesso em 27/07/2011
http://www.techtudo.com.br/downloads/fotossintese-como-plantas-crescem acesso em 27/07/2011.
2. Observando, desenhando
e classificando folhas
Objetivos:
• Desenvolver a habilidade da observação de folhas de plantas usando a lupa;
• Reconhecer a diversidade de folhas existente;
• Desenhar e anotar aquilo que foi observado.
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Acessar os jogos sobrefotossíntese
Material:
• Folhas de vários tipos e formas
• Lupa de mão;
• Lápis
• Borracha;
• Folhas de papel sulfite;
• Lápis de cor (opcional).
Procedimento:
1) Para fazer essa atividade o professor deverá previamente ter explicado todo o
conteúdo sobre folhas;
2) O aluno deverá ter noções básicas de como classificar uma folha;
3) Os alunos, orientados pelo professor, deverão coletar e trazer para a aula folhas de
diversos tipos, cores, formas, etc;
4) O professor deverá fornecer um roteiro para classificação de folhas como, por
exemplo, o roteiro abaixo:
a) Folhas quanto ao tipo:
Desenho e foto: Maria do Carmo Loss, 2011.
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b)Folhas quanto à forma do limbo:
Desenho e foto: Maria do Carmo Loss, 2011
c) Folhas quanto ao tipo de borda:
Desenho e foto: Maria do Carmo Loss, 2011.
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d) Folhas quanto ao tipo de nervuras:
Desenho e foto: Maria do Carmo Loss, 2011.
5) Poderão surgir folhas de diversos tipos, como os exemplos abaixo:
FOLHAS SIMPLES
Desenho e foto: Maria do Carmo Loss, 2011
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FOLHAS COMPOSTAS
Desenhos e foto: Maria do Carmo Loss, 2011.
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6) Os alunos, munidos de lupas irão observar as folhas, prestando atenção no seu
formato, no limbo, presença de pecíolo ou bainha, tipos de desenhos das nervuras,
as bordas das folhas, a textura da superfície da folha, presença de pêlos ou espinhos,
quanto à estrutura do limbo, consistências, etc.
7) Reproduzir o que observaram, através de desenhos em folhas de papel sulfite,
utilizando o lápis e lápis de cor (opcional).
8) Classificar as folhas seguindo o roteiro dado pelo professor.
9) Exposição dos trabalhos para outras turmas.
Atividade adaptada do livro Os seres vivos de Carlos Barros, Editora Ática, São
Paulo, 1982.
3. O uso de imagens no ensino da Botânica
A vida de todos nós está diariamente relacionada à imagens. As imagens que nos
rodeiam são construídas com o propósito e a necessidade de comunicação, informação, alerta,
instrução, publicidade, outros. Temos a capacidade de ler e interpretar imagens mesmo que elas não
estejam acompanhadas de textos. Então nessa atividade, o professor pode explorar o uso das
imagens para despertar a curiosidade, incentivar e estimular os alunos para aulas seguintes.
1) Com o uso do laboratório de informática poderá explorar belas imagens de plantas,
flores, etc, como estímulo. Sugestões de sites que podem ser explorados pelo aluno:
http://www.diadiaeducacao.pr.gov.br/portals/bancoimagem acesso em 27/07/2011
http://www.digitalphoto-pl/pt/plantas/ acesso em 27/07/2011
http://www.free2use-it.com/gallery/albums/l3/87/1/Plantas_carn%C3%ADvoras acesso em
27/07/2011
http://www.biologados.com.br/fotos/plantas/plantas_fotos.htm acesso em 27/07/2011
http://www.adoroplantas.com/plantas-imagens-de-plantas.html acesso em 27/07/2011
http://www.fotosearch.com.br/imagemix/folhas-verdes/UNR120/ acesso em 27/07/2011
2) O professor poderá também utilizar recursos como o data-show e slides para trabalhar
com as imagens.
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3) Outra opção do professor é utilizar imagens de folhas para explorar mais o assunto
mostrando que diversos modos de explorar o conteúdo podem ser válidos, como por
exemplo, utilizando a máquina fotográfica.
A FLOR
Foto: Maria do Carmo Loss,2011
A flor é um órgão reprodutor, formado por vários tipos de folhas modificadas, com
funções bem definidas diz CÉSAR et.al (2001, p. 174). As flores são responsáveis pela reprodução
da planta. É nelas que ocorre a fecundação, ou seja, a união de uma célula sexual masculina com
uma célula sexual feminina – depois disso formam-se frutos e sementes. A semente contém o
embrião, que poderá dar origem a uma nova planta. (BARROS e PAULINO, 2006, p. 142).
Acompanhe a descrição das partes de uma flor completa:
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“As flores refletem bem o verdadeiro. Quem tenta possuir uma flor verá a sua beleza murchando. Mas quem olhar uma flor no campo permanecerá para
sempre com ela”.Paulo Coelho
Disponível em: http://pensador.uol.com.br/flor/
Desenho e foto: Maria do Carmo Loss, 2011
1) PEDÚNCULO: é uma haste de sustentação que fixa a flor no ramo ou caule. Em sua porção
superior o pedúnculo se dilata, formando o receptáculo floral. Todas as demais peças da
flor se prendem ao receptáculo.
2) SÉPALAS: são folhas modificadas e geralmente verdes. Juntas formam o cálice. Em
algumas flores as sépalas são unidas, formando uma peça única (cravo), em outras elas são
separadas (rosa).
3) PÉTALAS: também são folhas modificadas e, muitas vezes, coloridas.
4) COROLA: é o conjunto de pétalas. As pétalas também podem apresentar-se unidas
(campânula) ou separadas (azaleia). Atraem os animais polinizadores com o seu colorido,
suas secreções e seus aromas.
5) ANDROCEU: (andro = masculino), formado por estames, que correspondem à parte
masculina da flor. Os estames são folhas modificadas formadas, basicamente, por:
• Antera: região dilatada que fica na ponta do estame; é nela que se formam os grãos
de pólen.
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• Filete: haste que sustenta a antera.
6) GINECEU: (Gino = feminino), formado por folhas modificadas, os carpelos ou pistilos
que correspondem à parte feminina da flor. Os pistilos têm a forma de uma garrafa ou um
vaso. É formado por três estruturas:
• Estigma: situada na extremidade superior do carpelo, possui um líquido pegajoso
que contribui para prender o pólen trazido pelo vento ou por animais.
• Estilete: tubo que liga o estigma ao ovário da flor.
• Ovário: parte dilatada e ovalada que fica na base do carpelo. É nessa estrutura que
se formam os óvulos.
Resumindo, de acordo com CÉSAR et.al. (2001, p. 174), uma flor apresenta:
• Um conjunto de sépalas cálice
• Um conjunto de pétalas corola
• Um conjunto de estames androceu
• Um conjunto de folhas modificadas gineceu
Em muitas espécies, as flores são solitárias, como a rosa, a flor de laranjeira, etc. Em
outras, elas nascem agrupadas, formando uma inflorescência, como a margarida, o copo-de-leite, a
bromélia,etc.
Sugestões de atividades
1. Observando a estrutura reprodutiva da planta: a flor
Objetivo: Reconhecer as partes de uma flor e compreender que as plantas se
reproduzem.
Material utilizado:
• Flor de azaleia, lírio ou outra;
• Lupa
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• Estilete
• Lápis
• Caderno
Procedimento:
• Formar grupos de quatro ou cinco integrantes e distribuir uma flor de azaleia
para cada um;
• Observar suas partes com a lupa;
• Verificar a cor da flor, o número de pétalas, se tem aroma e se este é agradável;
• Dissecar a flor relacionando cada parte a sua função;
• Separar as sépalas e o pedúnculo da flor;
• Com o estilete (somente o professor) abrir a corola (pétalas) em apenas um dos
lados para que ela fique aberta;
• Separar o aparelho reprodutor feminino (gineceu);
• Separar os estames, aparelho reprodutor masculino (androceu);
• Com o estilete fazer um corte transversal no ovário da flor observando o que há
no seu interior;
Atividade nº 1:
1) Depois de observar com a lupa as partes da flor desenhe cada uma indicando seus nomes.
Desenho e foto: Maria do Carmo 2011
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Desenho e foto: Maria do Carmo Loss, 2011
2) Observar que ao retirarmos as sépalas já é possível ver os órgãos reprodutivos da flor
Desenho e foto: Maria do Carmo Loss, 2011
3) Ao abrir a corola observamos o número de pétalas, e sobram o gineceu e o androceu
Desenho e foto: Maria do Carmo Loss, 2011
4) No gineceu, a parte feminina da flor, podemos observar que é a haste mais comprida, formada pelo estigma, o estilete e o ovário.
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Desenho e foto: Maria do Carmo Loss, 2011
5) Ao cortar o ovário ao meio podemos notar grãozinhos bem pequenos que são os óvulos da flor.
Desenho e foto: Maria do Carmo Loss, 2011
6) Ao retirar as hastes menores, temos o androceu: órgão masculino da flor. Na extremidade de cada
um existem pontinhas escuras, são as anteras, onde são produzidos os grãos de pólen. Esses
grãozinhos, juntamente com os óvulos, são os responsáveis pela reprodução das plantas.
Atividade nº 2: Agora que você já conhece os órgãos da flor desenhe uma flor completa, colocando os
nomes de suas partes.
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O FRUTO
Desenho e foto: Maria do Carmo Loss, 2011
De acordo com CÉSAR et.al. (1999, p. 181), os frutos são exclusivos das
angiospermas e se originam do desenvolvimento do ovário da flor que foi fecundada. Eles podem
ter uma ou mais sementes. A palavra fruta é termo popular, que designa apenas alguns tipos de
frutos suculentos, geralmente adocicados. Há, no entanto, frutos verdadeiros como, por exemplo, o
tomate, o pepino, o quiabo, o pimentão, a berinjela, etc., que popularmente não são chamados de
fruta. BARROS e PAULINO (2006, p. 145) citam que um fruto é formado por duas partes básicas:
o pericarpo e a semente.
O pericarpo contém:
• Epicarpo: a porção externa do fruto, a sua “casca”.
• Mesocarpo: a parte muitas vezes carnosa e comestível do fruto, como a do abacate, mamão,
etc.
• Endocarpo: a porção interna que envolve a semente; às vezes o endocarpo é bem duro e
forma um “caroço”, como na manga, pêssego, azeitona, abacate, etc.
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Foto: Maria do Carmo Loss, 2011.
Os frutos que apresentam o pericarpo relativamente macio e suculento são chamados
frutos carnosos. São, em geral, comestíveis e ricos em substâncias nutritivas. Ex.: laranja, limão,
goiaba, mamão, melancia, abóbora, ameixa, pêssego, cereja, pepino, tomate, etc. Os frutos carnosos
podem ser classificados em:
• Bagas: têm sementes “livres”, soltas. Ex.: uva, mamão, limão, laranja, melancia,
melão, caqui, goiaba, etc.
• Drupas: têm endocarpo duro, formado por “caroço”, dentro do qual há uma
semente. Ex.: azeitona, manga, ameixa, abacate, pêssego, etc.
Os frutos que têm pericarpo seco são chamados frutos secos. Entre eles destacamos
as vagens das leguminosas (feijão, soja, ervilha) e os grãos de milho, trigo, arroz, etc.
Em certas plantas, não é o ovário da flor e sim outras partes que se desenvolvem com
estruturas carnosas e suculentas que lembram frutos verdadeiros – mas não são. Por isso são
chamados de falsos frutos ou pseudofrutos. Ex.: caju, maçã, morango, abacaxi, etc.
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Sugestões de atividades
1. O escurecimento da maçã
Objetivo:
• Observar o escurecimento dos frutos, realizando o experimento e anotar os dados.
Material:
• Uma maçã cortada em três pedaços;
• Reagentes: limão e vinagre
• Três placas de Petri
Procedimento:
1) Colocar os pedaços de maçã um em cada placa de Petri;
2) Etiquetar cada placa: com limão, com vinagre, ao natural;
3) Colocar suco de limão no primeiro pedaço;
4) No segundo derramar vinagre;
5) No terceiro deixar ao natural em contato com o ar;
6) Esperar passar alguns minutos e observar o que ocorre;
7) Pedir para os alunos anotarem o que acontece em cada pedaço de maçã;
Conclusões:
• Após algum tempo observou-se que no primeiro pedaço, o que continha suco de
limão, nada ocorreu na sua superfície;
• No segundo pedaço, o que continha vinagre, a polpa da fruta ficou escurecida;
• No terceiro pedaço, ao natural, a polpa também ficou escurecida;
• Isso ocorre porque o gás oxigênio (O2) do ar reage com as substâncias da polpa da
fruta, fazendo com que ocorra oxidação. Por isso ela fica com cor de ferrugem,
um marrom escuro. O limão possui uma substância ácida chamada ácido
ascórbico, que é antioxidante, o que previne o escurecimento das frutas, por isso o
pedaço com suco de limão não escureceu.
Atividade adaptada do site:
http://www.cq.ufam.edu.br/quimica_cotidiano/maca_estragada.html , acesso em 26/07/2011
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Na TV-pendrive assistir ao vídeo Maçã escurecida, disponível no youtube no endereço:
http://www.youtube.com/watch?v=EIm7OQpfHFw, que mostra em detalhes esta experiência.
Duração do vídeo: 2:32 min.
2. Estudando os frutos
Objetivos:
• Estudar frutos e sementes;
• Desenvolver a habilidade de observar utilizando lupas;
Material:
• Diversos tipos de frutos;
• Pinça;
• Bandejas;
• Lupas.
Procedimento:
1) Pedir aos alunos que tragam diversos frutos ou a escola poderá adquiri-los;
2) Examinar a superfície externa dos frutos;
3) Realizar a dissecação dos frutos para observação da parte interna;
4) Classificar os frutos de acordo com o que aprenderam;
5) Identificar uma semente, desenhar e indicar suas partes;
6) Escolher um fruto, classificar, desenhar e indicar suas partes.
7) Todos terão direito a saborear o material de estudo.
Atividade adaptada do site:
http://www.biologia.seed.pr.gov.br/arquivos/File/praticas/sementes.pdf acesso em 27/07/2011.
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A SEMENTE
Foto: Maria do Carmo Loss, 2011
A semente é o óvulo fecundado. Ela contém um embrião e substâncias nutritivas que
o alimentarão quando a semente germinar. A formação de uma ou mais sementes no interior de um
ovário provoca o seu desenvolvimento e ele, crescendo muito, origina o fruto, enquanto murcham
todas as demais partes da flor. (CÉSAR et.al. 1999, p. 176).
De acordo com BARROS e PAULINO (2006, p. 148), a semente é composta de
tegumento (camada externa, a “casca”)que recobre e protege a semente, e amêndoa. A amêndoa
apresenta duas partes:
• Embrião: forma a nova planta quando a semente germina.
• Albúmen ou endosperma: contém substâncias nutritivas que alimentam a plantinha nas
primeiras fases de seu desenvolvimento.
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Desenho e foto: Maria do Carmo Loss, 2011
Desenho e foto: Maria do Carmo Loss, 2011.
O fruto contribui para a dispersão de sementes na natureza. Essa dispersão é realizada sobretudo
pelo vento, por animais diversos. A dispersão pelo vento ocorre geralmente com sementes leves.
Ex.: orquídeas, dente-de-leão, algodão, etc. Na dispersão por animais, os frutos são geralmente
suculentos, coloridos. Um animal pode ingerir o fruto e eliminar as sementes com as fezes. Mas
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nem sempre as sementes disseminadas por animais estão contidas em frutos carnosos. É o caso dos
carrapichos: dotados de ganchos fixadores, eles aderem aos pêlos ou penas de alguns animais e são
assim disseminados.
Sugestões de atividades
1. Germinação da semente
Na TV-pendrive assistir ao vídeo Germinação da semente disponível no youtube no
seguinte endereço: http://www.youtube.com/watch?v=rDN0yAFcQok.
É um vídeo rápido, de apenas 25 segundos de duração, mas que mostra a germinação da
semente nos seus detalhes.
2. Como as sementes germinam?
Objetivo:
• Reconhecer as sementes como uma estrutura que protege, nutre e auxilia na dispersão
de uma planta.
Materiais:
• Algodão;
• Papel toalha;
• Recipientes transparentes (de preferência, de plástico)
• Sementes (feijão, milho, limão, etc)
Procedimento:
• Coloque um pequeno pedaço de papel toalha enrolado por dentro de um recipiente de
plástico (ou de vidro) transparente;
• Preencha o espaço interno com algodão;
• Disponha algumas sementes entre o papel e a parede do recipiente;
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• Umedeça o algodão com um pouco de água;
• Observe que a água irá subir através do papel e as sementes serão umedecidas;
• Mantenha o nível de umidade e verifique as sementes ao longo de alguns dias;
• Anote o que observou durante todo o processo.
Desenho e foto: Maria do Carmo Loss, 2011
Vamos pensar?
1) Qual o tipo de semente que germina mais rápido?
2) Em que direção as raízes crescem?
3) E os caules? Crescem no mesmo sentido?
Atividade retirada do Livro Prática Educativa das Ciências Naturais, IESDE
BRASIL S.A. Curitiba, Paraná, 2004, página 220.
Atividade
Depois de aprender sobre a germinação do feijão, na atividade a seguir você deverá
numerar as fases da germinação da semente do feijão e escrever o que acontece em cada uma delas:
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Desenho e foto: Maria do Carmo Loss, 2011.
Atividade adaptada do Livro Aprendendo Ciências de Demétrio Gowdak e Neide S.
de Mattos, Editora FTD, São Paulo, 1998.
3. Produção de textos no laboratório de informática
1ª Etapa: para ampliar os conhecimentos sobre a dispersão de sementes, os alunos, em
grupos de 3 (três), no Laboratório de Informática, deverão acessar alguns sites sobre o assunto nos
seguintes endereços:
http://painelflorestal.com.br/noticias/florestas-nativas/9241/animais-colaboram-com-dispersao-de-
sementes-em-florestas Acesso em 25/07/2011.
http://www.fazendasanfrancisco.tur.br/pantanal/novidades.php?btnAct=listar&cod_item=463
Acesso em 25/07/2011.
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http://veja.abril.com.br/especiais/amazonia/p_030.html Acesso em 25/07/2011.
http://escolakids.uol.com.br/disseminacao.htm acesso em 26/07/2011. aceso em 26/07/2011
http://www.coladaweb.com/biologia/botanica/sementes acesso em 26/07/2011.
2ª Etapa: tendo os textos como referência, os alunos deverão produzir um texto sobre o
assunto contemplando alguns aspectos: diferentes disseminadores de sementes, diferentes formas de
disseminação, interferência do homem no processo de disseminação e propagação de espécies
vegetais. Apresentação a todos sobre o que aprenderam.
Atividade adaptada do site:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=24831 acesso em 25/07/2011
4. Mandala decorativa utilizando sementes
Objetivos:
• Conhecer a diversidade de sementes existentes e a sua importância na perpetuação da
espécie;
• Identificar o valor nutritivo, econômico e potencial das sementes.
Material:
• Fotos de modelos de mandalas ou um modelo pronto;
• Sementes de vários tipos;
• Cola branca;
• Um pincel;
• Cartolina ou papel cartaz
Procedimento:
1. O professor faz aqui uma revisão do que já foi estudado sobre as partes da flor, lembrando
que as sementes são estruturas originadas do sistema reprodutivo da flor;
2. Explicar aos alunos a importância das Angiospermas na evolução das plantas. Este grupo
de plantas conquistou definitivamente todos os ambientes terrestres, por apresentar uma
grande diversidade de formas e uma vasta distribuição geográfica. A dispersão das
sementes dessas plantas, permitiu a ocupação de praticamente todo o planeta.
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3. Em parceria com o professor de Língua Portuguesa, explicar aos alunos utilizando textos
o que é uma mandala e seu significado místico;
4. Avisar os alunos previamente que deverão trazer os mais variados tipos de sementes, de
tamanho, cor e forma diferentes, no mínimo dez variedades, como por exemplo, soja,
milho, feijão preto, feijão branco, ervilha, girassol, lentilha, etc;
5. A aula poderá ser na sala de aula ou no laboratório de Ciências;
6. Apresentar aos alunos modelos de mandalas prontas para despertar a criatividade;
7. O professor forma os grupos de 4 a 5 elementos;
8. Os alunos deverão desenhar uma mandala, a seu gosto, na cartolina ou papel cartão;
9. Passar cola sobre o desenho e fixar as sementes. Procurar combinar as formas e cores de
sementes diferentes de modo harmonioso;
10. Depois de pronto, expor os trabalhos para toda a escola.
Atividade adaptada do site:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=13931 acesso em 25/07/2011.
UNIDADE VIII
OUTRAS SUGESTÕES DE ATIVIDADES
1. BINGO BOTÂNICO
Objetivo:
• Rever a aprendizagem de conceitos referentes ao estudo das plantas
Material:
• Cartela quadriculada feita com papel cartão.
Procedimento:
• A tabela será confeccionada pelos alunos nas medidas 15 cm x 12 cm, como no
exemplo abaixo:
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• O professor passará no quadro um banco de palavras (sugestão abaixo).
BANCO DE PALAVRAS
AÉREOS PÉTALAS PÁSSAROS RAIZ SÉPALAS
OXIGÊNIO CAULE OVÁRIO GAVINHAS RASTEJANTES
CLOROFILA INSETOS TUBÉRCULOS GINECEU EPICARPO
FLOR ANDROCEU MESOCARPO BAGAS POLINIZAÇÃO
HASTE DRUPAS PÊLOS ABSORVENTES AQUÁTICA FOTOSSÍNTESE
ESPINHOS ÁGUA ESTÔMATOS RESPIRAÇÃO CARNOSO
• Em seguida o aluno escolherá 10 palavras e copiará à caneta nos espaços em branco
da tabela.
• O professor elaborará um banco de frases numeradas que correspondam aos
conceitos dos termos do banco de palavras. Este banco é material de consulta apenas
para o professor.
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BANCO DE FRASES:
1. Tipo de fruto que possui pericarpo suculento.
2. Substância que pode ser acumulada pelo caule do cacto.
3. Tipo de raiz que é própria de plantas que vivem na água.
4. Caule verde, fino e flexível.
5. Parte comestível do fruto.
6. É a casca do fruto.
7. São agentes polinizadores.
8. São modificações do caule que servem para fixação em suportes.
9. Gás liberado pela planta durante a fotossíntese.
10. Auxiliam no trabalho de dispersão das sementes.
11. Processo no qual a planta utiliza oxigênio.
12. Modificações do caule que servem de proteção para a planta.
13. Parte da raiz que retira água e sais minerais do solo.
14. Transporte do grão de pólen da antera até o estigma.
15. Órgão reprodutor masculino da flor.
16. Órgão reprodutor feminino da flor.
17. Parte da flor que geralmente se transforma em fruto.
18. Folhas modificadas que constituem o cálice.
19. Pigmento verde das folhas.
20. Folhas modificadas que constituem a corola.
21. Estruturas pelas quais as folhas fazem as trocas gasosas.
22. Processo pelo qual a planta produz seu próprio alimento.
23. Frutos que possuem uma única semente formando um caroço.
24. Frutos que possuem muitas sementes livres.
25. É responsável pela reprodução das plantas.
26. São caules que armazenam substância de reserva.
27. São caules que crescem paralelos ao solo.
28. Parte do vegetal que sustenta folhas, flores, frutos e sementes.
29. Parte do vegetal que tem função de fixá-lo ao solo.
30. São caules que crescem acima da superfície do solo.
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• O professor sorteia o número da frase que será lida por ele, em voz alta.
• Os alunos deverão dizer a palavra que corresponde ao conceito lido. Se não
conseguirem serão auxiliados pelo professor
• Os alunos que possuem a palavra deverão marcá-la na sua cartela, com um grão
de feijão. Esse processo é repetido até que todas as palavras estejam marcadas. O
aluno que primeiro marcar todas as palavras deverá gritar BINGO e será o
vencedor do jogo.
• O vencedor poderá ser presenteado pelo professor.
Atividade adaptada e disponível no site:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=13516 acesso em 25/07/2011
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2. MAPA CONCEITUAL
Como já vimos anteriormente os mapas conceituais têm por objetivo levar o aluno a
estabelecer relações significativas entre os conceitos trabalhados. O mapa abaixo pode ser utilizado
para rever conceitos.
O aluno deverá identificar os grupos de plantas 1, 2, 3, 4 e 5.
Atividade adaptada do livro Ciências os Seres Vivos, de Wilson Roberto Paulino, Editora Ática,
São Paulo, 2002, página 125.
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3. CAÇA-PALAVRAS
Encontre no diagrama abaixo 5 exemplos de plantas angiospermas, 4 de
gimnospermas e 2 de pteridófitas.
A O P O P R S Ã C O S S G O P IV A L X T O M A T E I R O D F EA T R R C S I D O P R E I L P AE U C R H I N T F U I S A Ç Ã OO C U P E C T M N P A T B T O VM O P N P I N U S F Q P E N R IA U R Ç A P N C I A A E I I Q TC V A Ã M R Ã O R Ê V S R M U PI T E O M E I A M Q E O A I Í ÓE U V R Ç S E S O U N R M I D HI M P I Ê T M I P Ê C A T A E RR T A L S E Q U O I A Q O U A TA U C P E B Ç E E Y R E S I Ã OG M O O M I Ê S S T E C E S S ÃÃ N S A M A M B A I A A P E N WO Ã A M M N C M U Q S N R U C AM L Í R I O I R P C E D R O C IA R T Q O W A I U A M T S K L A
Atividade retirada do livro Ciências Naturais Aprendendo com o Cotidiano de
Eduardo Leite do Canto, Editora Moderna, 3ª Edição, 7º Ano. São Paulo, 2009. Página 13.
89
4. CRUZADINHA
Preencher o diagrama abaixo de acordo com as informações:
1. Planta que tem flores, frutos e sementes.2. Planta com sementes, mas sem flores ou frutos.3. Classificação da samambaia.4. Classificação do musgo.5. Estrutura envolvida na reprodução de vegetais como, por exemplo, árvores frutíferas e
pinheiros.6. Pequenina planta dormente presente dentro de uma semente.7. Estrutura que se desenvolve após a polinização e a fertilização em uma flor.8. Tipo de vegetal que tem estrutura para a condução de seiva.9. Estruturas envolvidas na reprodução de samambaias, avencas e musgos.10. Seiva que flui das folhas para a raiz e contém açúcar produzido na fotossíntese.11. Estruturas produtoras de esporos em samambaias e avencas.12. Seiva que flui da raiz para as folhas e contém sais minerais absorvidos do solo.
Atividade retirada do livro Ciências Naturais Aprendendo com o Cotidiano de
Eduardo Leite do Canto, Editora Moderna, 3ª Edição, 7º Ano. São Paulo, 2009. Página 132.
90
5. ANIMAÇÕES
Acessar o site:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/objetos_de_aprendizag
em/CIENCIAS/20vegetais.swf acesso em 01/08/2011.
Nesse site o aluno pode brincar com as animações dos órgãos dos vegetais
6. CONFECÇÃO DE SABONETES
Essa atividade deve ser feita no laboratório de Ciências.
Sabonete com ervas
Objetivo:
• Levar o aluno a perceber a utilidade das plantas no cotidiano.
91
Material:
• 1 kg de base glicerinada transparente ou branca;
• 30 ml de essência;
• Corante;
• Ervas desidratadas, folhas ou flores (camomila, calêndula, hortelã, anis, etc)
• Recipiente esmaltado;
• Bastão de vidro;
• Forminhas de silicone;
Procedimento:• No recipiente esmaltado, derreter a base de glicerina em banho Maria juntamente
com o corante;
• Não mexer a base até derreter;
• Quando estiver totalmente diluída, retirar do banho Maria e, com o auxílio do
bastão de vidro, mexer.
• Adicionar a essência;
• Em seguida colocar nas formas de silicone, colocando as ervas, observando o
seguinte:
1. Devido ao fato das ervas desidratadas serem leves devemos forrar a forma com
uma fina camada de base derretida. Em seguida espalhar as ervas, aguardar
cerca de 01 minuto e acrescentar o restante da base (o processo inverso também
pode ser feito);
2. Para que o sabonete fique inteiramente “cheio” de ervas, podemos fazer
camadas de ervas, intercalando com a base;
3. O mesmo sabonete pode conter várias ervas, folhas, flores diferentes, sempre
colocando em pequenas camadas;
4. Podemos combinar várias essências para cada erva;
5. Para o sabonete ficar mais bonito combinar as cores nas camadas.
92
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson. Ciências os Seres Vivos. Editora Ática. São Paulo, 2006.
BARROS, Carlos. Os Seres Vivos. Editora Ática. 8ª Edição, São Paulo, 1982.
BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil. Editora Biruta, São Paulo, 2009.
CANTO, Eduardo Leite do. Ciências Naturais aprendendo com o cotidiano. Editora Moderna, 3ª
Edição, São Paulo, 2009.
CARVALHO, Ana Maria Pessoa de Carvalho. Ensino de Ciências: Unindo a
Pesquisa e a Prática. Editora Thomson, São Paulo, 2004.
CEEC, Edição. (Centro de Estudos de Educação em Ciência), 2ª Edição, 2001.
CÉSAR, Et. Al. Ciências entendendo a Natureza. Editora Saraiva. 17ª Edição. São Paulo. 2001.
CRUZ, Christiane Gioppo Marques da. Fundamentos Teóricos das Ciências Naturais. IESDE.
Curitiba. 2004.
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