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A teoria microeconômica neoclássica serve de base para a teoria do bem estar e é, em geral dividida em duas partes: Maximização da utilidade pelo consumidor e a teoria da maximização do lucro pela firma. Ambas as teorias são simples demonstrações da lógica da maximização sujeira às restrições. A visão Beatífica e a Felicidade Eterna. Com base nas condições de maximização da utilidade e do lucro, os economistas neoclássicos construíram um modelo bem organizado e simétrico para deduzir que, em condições de concorrência perfeita, os consumidores e os produtores irão agir de tal forma que o bem estar social será maximizado. A demonstração inicia considerando uma dada quantidade de capital e trabalho em um dado momento. A partir das isoquantas determina-se , a partir da função de produção de cada uma das mercadorias, prova-se que a condição de maximização do lucro é condição necessária e suficiente para se atingir a fronteira de possibilidade de produção (mostra as possíveis combinações de mercadorias produzidas quando K e L são empregados de forma eficiente). Desta forma, o aumento da produção de qualquer mercadoria gera uma diminuição da produção de outra. Calcula-se então a taxa marginal de transformação na produção. Prova-se que, em concorrência perfeita, que em qualquer ponto da fronteira de produção, a taxa marginal de transformação é igual à relação de preços. Assim se o ponto 2:1 for o preço de equilíbrio, todos os consumidores poderão realizar suas trocas nesta proporção e todos os mercados estarão em equilíbrio, ou seja, todas as ofertas serão iguais às demandas.

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A teoria microeconômica neoclássica serve de base para a teoria do bem estar e é, em geral dividida em duas partes: Maximização da utilidade pelo consumidor e a teoria da maximização do lucro pela firma.

Ambas as teorias são simples demonstrações da lógica da maximização sujeira às restrições.

A visão Beatífica e a Felicidade Eterna.

Com base nas condições de maximização da utilidade e do lucro, os economistas neoclássicos construíram um modelo bem organizado e simétrico para deduzir que, em condições de concorrência perfeita, os consumidores e os produtores irão agir de tal forma que o bem estar social será maximizado.

A demonstração inicia considerando uma dada quantidade de capital e trabalho em um dado momento. A partir das isoquantas determina-se , a partir da função de produção de cada uma das mercadorias, prova-se que a condição de maximização do lucro é condição necessária e suficiente para se atingir a fronteira de possibilidade de produção (mostra as possíveis combinações de mercadorias produzidas quando K e L são empregados de forma eficiente). Desta forma, o aumento da produção de qualquer mercadoria gera uma diminuição da produção de outra.

Calcula-se então a taxa marginal de transformação na produção.

Prova-se que, em concorrência perfeita, que em qualquer ponto da fronteira de produção, a taxa marginal de transformação é igual à relação de preços. Assim se o ponto 2:1 for o preço de equilíbrio, todos os consumidores poderão realizar suas trocas nesta proporção e todos os mercados estarão em equilíbrio, ou seja, todas as ofertas serão iguais às demandas.

Portanto, em concorrência perfeita, a taxa marginal de transformação será igual à relação de preços que é igual à taxa marginal de substituição. Se não fosse assim, a tx de transformação e de substituição não fosse iguais, pelo menos um consumidor poderia maximizar a sua utilidade sem reduzir a utilidade de outro.

Como é possível provar, que no ponto de equilíbrio em concorrência perfeita, essas taxas são iguais, pode-se provar que neste ponto temos a fronteira de possibilidade de utilidade da sociedade.

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Cada ponto da fronteira de possibilidade de utilidade mostrará a situação em que nenhuma mudança na produção e nenhuma quantidade adicional de mercadoria trocada pode fazer com que um indivíduo melhore a sua situação sem piorar a de outro (ponto “Ótimo de Pareto”).

O Ótimo de pareto representa a utilidade máxima que uma população pode ter, dada uma quantidade de riqueza. Com isso a escola do Bem estar consegue provar matematicamente que o comportamento de maximização das utilidades e dos lucros leva, automaticamente a este ponto