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FACULDADE DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS - ITABUNA
Graduando – Luana Santos da Lapa
Facilitador – Ivan
Disciplina – Cidadania e Intercuturalismo
Curso – Psicologia
Semestre – VI
FICHAMENTO
Cidadania e Intercuturalismo (pp. 33-39). Primeiro capítulo “A cidadania e os direitos humanos”.
BELENS, Adroaldo. Cidadania e Intercuturalismo, Apostila Complementar. Salvador, Instituto Mantenedor de Ensino Superior da Bahia S/C Ltda, 2010.
BLOCO TEMÁTICO 2 – A INTERCULTURALIDADE
2.2 TEMA 03 - A FORMAÇÃO CULTURAL DO BRASIL
2.2.1 CONTEÚDO 10 - CULTURA BRASILEIRA E A SOCIODIVERSIDADE: MULTICULTURALISMO, TOLERÂNCIA, INCLUSÃO
Introdução: A Sociodiversidade conceitua-se como a posse de recursos sociais
próprios, de modelos diferentes de autoridade política, de acesso a terra ou de padrão
habitacional, de hierarquias próprias de valores ou prestígio. A sociodiversidade é um
requisito imprescindível para a reprodução das sociedades das diferentes
comunidades indígenas, quilombolas nos nichos espaciais e políticos a elas
reservados no panorama global.
Multiculturalismo
O multiculturalismo indica uma tendência política de assimilação uma cultura comum,
igualitária.
Os grupos privilegiados ocultam suas vantagens ao defenderem o ideal de uma
humanidade comum, autoconstituída, neutra, universal e não situada na qual, todos
possam participar da vida social, sem levar em consideração as diferenças de classe,
raça, idade, gênero e orientação sexual.
Tolerância
Para além de um jogo de palavras, a bandeira da tolerância é a luta por negar a
possibilidade de negar a diferença.
Sendo assim, é fundamental que ao tratar-se de tolerância, pensemos na natureza,
nas causas e nas conseqüências da intolerância. É, antes, uma reação contra uma
situação dada; contra a intolerância; é a defesa de um direito humano dos mais
sagrados; o direito à diferença. Equivale a declarar que o intolerável mesmo é a
intolerância. É uma reafirmação, uma reposição do sujeito diante da intolerância que
quer negá-lo; ao afirmar-se contra sua negação, afirma-se como um direito de ser o
que ele é; e nega ao intolerante o direito de negá-lo.
2.2.2 CONTEÚDO 12 - PLURALIDADE RELIGIOSA: UM DIÁLOGO PERMANENTE COM O “OUTRO” E A EDUCAÇÃO INTERCULTURAL.
Introdução: A relação entre cultura e direitos humanos, bem como de seu papel na
luta contra a discriminação, são questões que o Brasil enfrenta. Entretanto, a
integração da cultura com as demais políticas sociais é uma experiência recente que
necessita ser aperfeiçoada. Falta ainda uma abordagem cultural mais profunda com
relação aos povos indígenas, tradições, línguas ameaçadas de desaparecimento e
conhecimento sobre a natureza.
A desigualdade no Brasil afeta principalmente a população negra (pretos e pardos) e
os descendentes da população indígena. No segmento mais pobre, há 68% de negros,
enquanto que entre os mais ricos, há 87% de brancos; além disso, 32,2% dos mais
pobres são negros.
Nesse ponto de vista, as ações dos governos e a participação das organizações
sociais, do movimento negro, para garantir condições sociais mais inclusivas para a
população negra no Brasil, indubitavelmente, a questão cultural é muito relevante para
a afirmação identidade e da representação do que é ser negro na sociedade brasileira.
Entre as formas de compreensão da identidade é também a identidade religiosa. No
sentido de criar uma cultura de paz e respeito entre os povos. A palavra religião vem
do latim “religare” que dizer ligação com o ser superior. Neste sentido, não há cultura
sem religião, independente de que o culto seja praticado a partir de um dogma ou uma
instituição religiosa católica, petencostal, candomblecista, mulçumana ou budista.
Tolerância religiosa
Não há mais uma visão homogênea e dominante sobre o mundo, o ser humano, Deus,
a religião.
Aquele Brasil do início do século XX, hoje dificilmente se reconhece o mesmo país, a
não ser pela língua e pelo território. Igualmente salta aos olhos a emergência de uma
pluralidade religiosa.
O conceito de cultura escolhido para discutir o tema foi como a totalidade das
atividades humanas incluindo as atividades sócias políticas, economia e ideologia, seja
na esfera material, intelectual, espiritual ou simbólica.
Todos os cristãos são desafiados a considerar sua identidade no contexto de uma
nova pluralidade religiosa.
A rápida urbanização, a industrialização e a racionalização da agricultura de
exportação provocaram profundas modificações nas formas tradicionais de
relacionamento social, produzindo um ambiente propício para a emergência de uma
pluralidade religiosa.
A questão religiosa apresenta, pois, outra face proeminente: a da pluralidade. O
pluralismo está presente na história do Cristianismo desde os seus primórdios. Já
desde os primeiros séculos, o cristianismo nascido no seio do judaísmo deverá
encontrar maneiras de comunicar- se no seio do mundo pagão e politeísta da Grécia e
da Roma antigas.
Face esta que, por sua vez, implicará igualmente na existência de uma interface: a das
diferentes tentativas do diálogo inter-religioso, da prática plurireligiosa e da religião do
“outra” como condição de possibilidade de viver mais profunda e radicalmente a
própria fé.
Mas para que diálogo haja, haverá que fazê-lo sem perder a identidade da própria
experiência.
Neste sentido, a pertença religiosa no início deste novo milênio nos obriga a repensar
categorias tão fundamentais da vida quanto tempo e espaço, conteúdo e forma, razão
e imaginação.
A sociedade moderna e urbana tem obrigado as pessoas provenientes de sociedades
tradicionais ou rurais, não são obrigados a permanecer na religião tradicional. A
própria idéia de liberdade religiosa revelasse compatível com diversos graus de
concretização, a depender das circunstâncias fáticas de cada caso concreto. A
sociedade brasileira atravessou nas últimas décadas um processo de modernização,
dessacralização e reavivamento religioso.
2.3 TEMA 04 - A VIRTUALIDADE E A URBANIDADE
2.3.1 CONTEÚDO 13 - A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO: O MUNDO VIRTUAL E A INCLUSÃO E EXCLUSÃO DIGITAL
Inclusão e Exclusão Digital: O número de usuários domiciliares de internet dobrou
desde 2000, chegando a 11,96 milhões em 2005. No entanto 55% dos brasileiros com
mais de 10 anos de idade nunca tiveram qualquer tipo de contato com computadores,
e 68% nunca se conectaram à internet. Os avanços reais em direção a uma
sociedade digital no Brasil não necessariamente significam que o hiato digital esteja
sendo reduzido no país. A informação que circula na internet atinge principalmente as
classes médias e os estratos sociais mais elevados (UNESCO, 2007).
É visível que a maioria da população brasileira, aproximadamente 90%, encontra-se
excluída do desfruto das tecnologias da era digital. Aliás, ter telefone, desde a sua
origem no século XIX, sobretudo na Bahia, significava pertencer às classes abastadas.
Anteriormente, o indivíduo tinha de comprar uma linha e, além disso, recebia ações da
empresa que comercializava as linhas telefônicas.
Como se observa não há uma inclusão digital sem inclusão social. E se existe um
número significativo de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza ou sem
condições de desfrutar as tecnologias do mundo digital, é certo que a meta do milênio
de inclusão digital precisa de boa vontade política dos governantes.
Um parceiro importante à inclusão digital é a educação. A inclusão digital deve ser
parte do processo de ensino de forma a promover a educação continuada. Note que
educação é um processo e a inclusão digital é elemento essencial deste processo.
É fundamental o papel da escola no processo de inclusão sócio-educacional e digital.
Dessa forma, poderemos testemunhar as transformações sociais necessárias em favor
dos excluídos da sociedade brasileira.