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Reflexividade antropológica – o jogo de contextos apresentado porMarilyn Strathern esta preocupado com a nova conjuntura que surge emfins da década de 80 do século XX e que é marcada pela pluralidade e porcontextos múltiplos. Sua eficácia estaria não na busca de um todo holístico, mas de uma totalidade não coesa.
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Universidade Federal do Piauí
Centro de Ciências Humanas e Letras - CCHL
Programa de Pós-graduação em Antropologia
Disciplina: Métodos e Técnicas de Pesquisa em Antropologia I
Turma: 01.2015
Prof. Dr. : Alejandro Raul Gonzales Labale
Aluna: Luciana Soares Da Cruz
Fichamento 03
Texto:
STRATHERN, Marilyn. [1986]. Fora de Contexto: as ficções persuasivas da
antropologia. São Paulo: Terceiro Nome, 2013.
1. História da Antropologia: separação entre os paradigmas de Frazer e
Malinowski. A autora afirma que a construção da imagem de Frazer na
história da Antropologia foi criada após Malinowski. Ideia de oposição.
2. As rupturas entre Frazer e Malinowski teriam ocorrido no plano da
escrita etnográfica, onde o primeiro é lembrado por uma etnografia fora
de contexto (ausência de uma totalidade holística) e excessivamente
literária e o último por uma etnografia densa, contextualizada (a
experiência englobante do trabalho de campo). No caso de Malinowski,
essa totalidade holística só é possível no texto.
3. Exploração de formas literária (fictícias) nos textos etnográficos pelos
dois autores - Frazer (determinação); Malinowski (persuasão).
Experiências com narrativas preocupadas com o público leitor.
4. Inversão da história: uma releitura de Frazer para entender os limites do
método malinowskiano. Momento histórico: questionamentos sobre o
modernismo na antropologia, emergência de novos sujeitos na produção
do conhecimento: o feminismo.
5. Aproximação da escrita de Frazer com a escrita dos pós-modernos - uso
de recursos literários (representação textual), jogo de contextos
(perspectivas do antropólogo e do nativo).
6. Advertência: Devemos voltar ao método de Frazer? Risco de jogar com
múltiplos contextos. Os pós-modernos superaram o etnocentrismo?
7. Críticas aos pós-modernos
- Caráter etnocêntrico, masculino, heterossexual e branco do pós-
modernismo;
- Implosão do status ontológico do sujeito justamente no momento de
afirmação de grupos excluídos como sujeitos históricos.
- Deixar de lado preocupações éticas, inclusive de transposição de
contextos temporais. Novo etnocentrismo.
- A escrita do pós-modernos apresenta contradições, hesitações que não
respondem aos impasses da Antropologia. Vulnerabilidade autoral –
preservação de antigas estruturas de poder.
9. Jogo livre vs jogo estruturado
- Jogo livre: os contextos são misturados considerando que não há
diferenças entre estes;
Jogo estruturado: reflexividade, por parte do pesquisador, para diferenciar
os contextos.
10. Os pós-modernos e as pesquisas feministas
- Aproximação: extrapolação dos limites disciplinares, jogo com contextos,
polifonia e novos recursos de escrita;
- Distanciamento: As pesquisas feministas tem clareza quanto ao contexto
de produção etnográfica (grupo de interesse). Os antropólogos não teriam
uma certeza sobre o contexto porque lhes falta um grupo de interesse. O
antropólogo necessita de uma autoconsciência para embaralhar contextos
diversos sem perder de vista o seu próprio contexto.
11. Mudanças na escrita antropológica em fins do século XX – leitor e
(muitas vezes) o antropólogo passam a fazer parte do público pesquisado.
Para quem o etnógrafo escreve?
12. Reflexividade antropológica – o jogo de contextos apresentado por
Marilyn Strathern esta preocupado com a nova conjuntura que surge em
fins da década de 80 do século XX e que é marcada pela pluralidade e por
contextos múltiplos. Sua eficácia estaria não na busca de um todo holístico,
mas de uma totalidade não coesa.
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