Fichamento - Introducao Ao Brasil - Lourenco Mota - Ciencia Politica III

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  • 7/31/2019 Fichamento - Introducao Ao Brasil - Lourenco Mota - Ciencia Politica III

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    UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR

    CENTRO DE HUMANIDADES

    CINCIAS SOCIAIS

    CIENCIA POLITICA III

    FLASNGELA NGERA SILVEIRA

    Fichamento: MOTA, Loureno Dantas. Introduo. In Um Banquete no Trpico . ______ (org.), So Paulo, Editora SENAC, 2001.

    O tema o Brasil sua formao, seu povo, sua sociedade, sua cultura, suaeconomia, suas instituies. (p. 11)

    A forma de resenha solicitada aos seus colaboradores, alm da intenodidtica, tem a de chamar a ateno para o que esses livros contm deduradouro como instrumento de conhecimento do Brasil, para sua atualidade,em suma. (p.11)

    Dialogo que comea com o padre Vieira. [...] Na sua viso, a terra e o povo doBrasil [...] no eram uma mera feitoria destinada apenas a enriquecer ametrpole. (p. 12)

    So conhecidas as posies ambguas de Vieira com relao escravido. Nocaso dos negros, no se pode nem mesmo falar de ambiguidade, pois ele nose ope frontalmente sua escravizao. [...] Sua defesa dos ndios [...] ntida e decidida. (p. 12)

    Cultura e opulncia do Brasil , de Antonil, [...] mostra no s a consolidao daeconomia colonial, [...] mas tambm a sua enorme potencialidade. E JosBonifcio, mais de um sculo depois, aponta as dificuldades e indica oscaminhos para que a antiga col nia se afirme como nao independente. (p.13)

    Sua condenao da escravido tem um tom tempo, e mais que tempo,que acabemos com um trfico to brbaro e carniceiro. (p. 13)

    A Autobiografia de Mau , relato das razes e circunstncias que levaram falncia daquele que chegou a ser um dos maiores e mais ricos empresriosde seu tempo [...] a historia de outro malogro do imprio. (p. 14)

    A passagem da monarquia republica leva o monarquista Eduardo Prado, emA iluso americana, [...] a chamar a ateno para as diferenas entre o Brasil eos Estados Unidos [...] cujas instituies, a seu ver, a republica copiava de

    maneira servil e equivocada. (p. 14)

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    Mas Os sertes , de Euclides da Cunha, o livro maior que surge nesseperodo [...] elemento chave para a compreenso do Brasil, pelo seu estudodas populaes e da geografia do serto. (p. 14)

    O que Euclides v no combina com as teorias. [...] Os sertes , por ele

    mesmo chamado de livro vingador, procura [...] reabilitar os injustiados eresgat- los para a historia. As contores e vacilaes de Euclides constituemum marco no penoso processo de reconciliao do brasileiro consigo mesmo.Processo que deveria esperar ainda trs dcadas para se completar. (p. 15)

    Poucas vezes o B rasil esteve to procura de si mesmo quanto nos anos 20 e30. [...] Literatura, artes, politica, estudos sobre nossa formao tudo passapor um intenso trabalho de reflexo, contestao e reviso. Retrato do Brasil ,de Paulo Prado, que participara ativamente da Semana, parte desse esforo.Mas o pessimismo desse livro [...] faz com que ele ainda permanea em boamedida tributrio do passado. (p. 15-16.)

    A publicao de Casa-grande & senzala , em 1933, pe abaixo dois mitosteimosos os determinismos geogrfico e racial [...]. Freire atribui uma funosocial diferente da convencionalmente atribuda ao negro na formaobrasileira [...]. Casa-grande representa uma verdadeira revoluo nos estudossociais do pas no s por isso como pelo estudo que faz da influncia dafamlia patriarcal na formao brasileira. (p. 16)

    para Srgio Buarque o individuo formado em um ambiente dominado pelopatriarc alismo, como o caso do brasileiro, dificilmente conseguir distinguir entre o domnio privado e o domnio pblico. (p. 17)

    a tese central de Formao do Brasil contemporneo , de Caio Prado Jnior [...] insere o Brasil, sua descoberta e colonizao, como parte do grandemovimento encetado pelo capital mercantil. (p. 17)

    Em Coronelismo, enxada e voto, aos estudas um dos fenmenos maisimportantes da politica brasileira, Vtor Nunes Leal contraria a ideia entodominante (fim da dcada de 40) de que o coronelismo decorreria da pujanaeconmica e social do latifndio, que se sobreporia ao prprio poder poltico.(p. 18)

    Instituies politicas brasileiras , de Oliveira Viana [...] um grande ensaiosobre os fundamentos histricos e sociais da politica brasileira. [...] Seu tema[...] a distncia ocenica que separa o pas legal do pas real . (p. 18)

    Os donos do poder , no qual Raymundo Faoro aprofunda a anlise dopatrimonialismo portugus e brasileiro e inova com a aplicao nossarealidade histrica e politica do conceito de estamento de Max Weber, diferentedo de classe. (p. 19)

    Formao econmica do Brasil [...] chama a ateno para o fato de que o

    novo em Celso Furtado, assim como nos clssicos demirgicos da dcada de30, a constru o de uma complexa relao entre teoria e histria. [...] boa

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    parte da politica econmica brasileira nas ultimas quatro dcadas umadiscusso em torno de suas formulaes. (p. 19 - 20)

    Formao da literatura brasileira Momentos decisivos , de Antnio Candido,[...] sobretudo uma fixao, atravs da literatura, dos traos marcantes decomo nos imaginvamos no momento de nossa afirmao como naopoliticamente independente.. (p. 20)

    Completam o quadro dois livros Conciliao e reforma no Brasil , de JosHonrio Rodrigues, e A revoluo burguesa no Brasil , de Florestan Fernandes.(p. 20)

    Papel decisivo e positivo foi o das maiorias que se miscigenavam, osindgenas, os negros cativos, os mestios de todas as cores. A essaconciliao efetuada no seio do povo devemos o ter o Brasil, desde cedo,deixado de ser uma caricatura de Portugal nos trpicos, e possuir umsubstrato novo.. (p. 21)

    Em A revoluo burguesa no Brasil livro complexo, mais que todos osdemais aqui apresentados, preso ao rigor da linguagem da academia -,Florestan Fernandes sustenta, como explica Gabriel Cohn, que deixada aburguesia numa sociedade como a brasileira solta sua prpria sorte, suarevoluo, aquela que leva a conformar sua imagem e semelhana, no temcomo ser democrtica, mas sempre estar sob encanto da soluoautocrtica. (p. 21 )

    Esse conjunto de obras mostra como nos vimos e nos julgamos ao longo dahistria. (p. 21)