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DOUGLAS; Mary. Pureza e perigo. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1966. Introdução e Capítulo 2 Mary Douglas aborda as questões sobre a limiaridade e as fronteiras existente entre os códigos de higiêne e sujeira que simbolizam a ordem e a desordem, respectivamente. Ela demonstra que interpretamos a natureza como um objeto e não fonte do nossos códigos morais, que mudam e definem sistematicamente as sociedades. Ela desenvolve seu argumento sobre a perspectiva das práticas de higiêne e noções de limpeza como uma potencialidade abrangente, construída historicamente a partir de valores possíveis de serem experimentados, como rituais de purificação, pois é a partir da experiência que muda a percepção dos indivíduos. Higiêne como rota, normatização capaz de classificar a posição social do indivíduo. Princípios de classificação e orientação por meio dessa conduta tornando-as claras e precisas. Regularidade e sequências das práticas de higiêne como [tentativa de] profilaxia que orienta as relações entre os atores sociais. Segundo a autora, o medo das doenças conduz as noções de higiêne por meio da percepção e relação entre a ordem e a desordem, que tem mais a ver com os valores morais e conduta, como uma função reguladas e normatizados pela crença. A higiêne, portanto, é uma alternativa que confere em nosso comportamento um meio para a ordenação social. Assim, esses padrões simbólicos são realizados e publicamente manifestados de tal forma que, os elementos dessemelhantes, quando relacionados, assumem um significado na experiência comum. Dicotomias em oposição que regem as organizações sociais por valores simbólicos pelo discurso médico como utilidade e necessidade. Pureza/ impureza, ordem/ desordem, sagrado/ profano, limpo/sujo, saúde/ doença. As concepções de poluição normatizam a vida humana em sociedade, tanto instrumental como expressiva. O comportamente

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Page 1: Fichamento: Mary Douglas, Pureza e Perigo. Cap.2

DOUGLAS; Mary. Pureza e perigo. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1966.

Introdução e Capítulo 2

Mary Douglas aborda as questões sobre a limiaridade e as fronteiras existente entre os códigos de higiêne e sujeira que simbolizam a ordem e a desordem, respectivamente. Ela demonstra que interpretamos a natureza como um objeto e não fonte do nossos códigos morais, que mudam e definem sistematicamente as sociedades.

Ela desenvolve seu argumento sobre a perspectiva das práticas de higiêne e noções de limpeza como uma potencialidade abrangente, construída historicamente a partir de valores possíveis de serem experimentados, como rituais de purificação, pois é a partir da experiência que muda a percepção dos indivíduos.

Higiêne como rota, normatização capaz de classificar a posição social do indivíduo. Princípios de classificação e orientação por meio dessa conduta tornando-as claras e precisas.

Regularidade e sequências das práticas de higiêne como [tentativa de] profilaxia que orienta as relações entre os atores sociais.

Segundo a autora, o medo das doenças conduz as noções de higiêne por meio da percepção e relação entre a ordem e a desordem, que tem mais a ver com os valores morais e conduta, como uma função reguladas e normatizados pela crença. A higiêne, portanto, é uma alternativa que confere em nosso comportamento um meio para a ordenação social.

Assim, esses padrões simbólicos são realizados e publicamente manifestados de tal forma que, os elementos dessemelhantes, quando relacionados, assumem um significado na experiência comum.

Dicotomias em oposição que regem as organizações sociais por valores simbólicos pelo discurso médico como utilidade e necessidade. Pureza/ impureza, ordem/ desordem, sagrado/ profano, limpo/sujo, saúde/ doença.

As concepções de poluição normatizam a vida humana em sociedade, tanto instrumental como expressiva. O comportamente alheio influencia o comportamento do outro, reinvidicando “status”.

Descontrução dos valores simbólicos classificatórios na observação das práticas de higiêne, vistas como expontâneas mas que são absolutamente arbitrárias.

A poluição, sujeira está nos olhos de quem a vê. Elemento que regula a vida da sociedade nos âmbitos do alargamento intrumental (médico) e expressivo (simbólico), funcional e determinante.

Nível expressivo da poluição exprime a tradução de uma ordem social.

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Limpeza com um processo socializador definidos pelos modos de etiqueta e conduta. O impuro deve ser evitado.

“Saúde como ideologia”

A higiêne como meio de evitar epidemias, porém revelado como um excesso de significado simbólico, pois ela define o valor da moral nas sociedades.

Ronan de Almeida Siqueiramatrícula #: 201073099C