Filosofia Da Ciencia - RESENHA

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Resenha do livro Filosofia da Ciência de Alberto Oliva..

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Parte I

Resenha de Filosofia da Cincia

No primeiro captulo, O Primeiro Motor do Conhecimento, Alberto Oliva explica o fator que tem impulsionado o homem pela busca do conhecimento e as dificuldades que tem enfrentado em sua busca pela sobrevivncia. Segundo ele, o homem foi aos poucos desenvolvendo sua capacidade de dar respostas inteligentes aos problemas que surgiam. Posteriormente, a natureza humana comeou a produzir e aplicar saberes benficos comunidade, de modo em geral. Com o tempo, o saber deixou de ser apenasuma forma de poder social e transformou-se em um modo de agir de acordo com a natureza, ou seja, capaz de transformar o mundo. Os mtodos utilizados para explicar o que se passa na natureza e na sociedade so as diferenas fundamentais entre filosofia e cincia.Em seguida, o autor mostra a admirao do homem a natureza e tudo que nela existe e a realidade nela apresentada, e atravs dessa observao que o homem parte para a busca do conhecimento. Para os gregos, tudo que acontecia com relao natureza e aos fenmenos dela, tinha alguma relao com os mistrios e vontade divina de suas crenas. Muitas vezes por acreditar nisso, que os impediam de ir busca do verdadeiro conhecimento e verdade, de realmente buscar a verdade. Mas aos poucos isso mudou, pois foi se desenvolvendo a capacidade de buscar respostas inteligentes e concretas a essesproblemas e fenmenos. A partir disso, a evoluo intelectual aumentou ainda mais a sua busca de conhecimento, da verdade. Com a busca do saber, o conhecimento deixa de ser um poder social, e passa aser uma forma de poder sobre a natureza, ou seja, o homem vai alm dos seus limites,ele busca entender, compreender e ate dominar essas foras, que antes nem sonhavamsaber. Na cincia, uma teoria s sobrevive, s aceita, enquanto no surge alguma evidncia emprica capaz de desmenti-la ou outra teoria capaz de substitu-la, ou seja, uma teoria por mais contundente que seja no deve merecer um endosso definitivo.Os filsofos e cientistas enfrentaram muitas dificuldades para desenvolver as teorias, visto que precisam perceber os possveis entraves ao sucesso de seus empreendimentos, antes de iniciar o processo de desenvolvimento do conhecimento, pois o que circunda a realidade pode estar manchado de vises preconcebidas. Para Bacon, o afastamento liminar das crendices, dos dolos, dos preconceitos, seria possvel realizar a observao pura e neutra, a nica capaz de propiciar a efetiva explicao dos fenmenos, pois at os estudiosos poderiam distorcer os fatos levando a resultados inconsistentes. H atitudes que inviabilizam a conquista do conhecimento; como: a antecipao que prevalece sobre a observao; os interesses e as predisposies que tentam fazer passar por conceito o que no passa de preconceito; a reiterao passiva do que a tradio toma como sabido; o fascnio pela autoridade intelectual em detrimento da argumentao impessoal; o encantamento pela retrica a expensas da demonstrao lgica e da comprovao emprica; a tendncia a tomar como certo e estabelecido, o que, na melhor das hipteses, apenas provvel; a subordinao da razo f; o uso descuidado da linguagem. Portanto, a falta de rigor no levantamento de dados, a anlise e interpretao malfeitas e o mau uso de metodologias confiveis impedem a gerao de conhecimento.No terceiro captulo, se aborda a questo com relao ao conhecimento. Elefala que o conhecimento tanto na historia grega, quanto na moderna, o conhecimento algo verdadeiro, desde quando comprovado teoricamente, quanto tambm aceito elegitimado pela sociedade. Mostra que a cincia no absoluta, e sim relativaao momento de sua elaborao e divulgao. Claro que as teorias no futuro podem sermodificadas, analisadas e ter um resultado diferente do que o ele teve. Com relao ao conhecimento, a justificao de uma teoria depende de sua consistncia lgica e de sua fundamentao emprica. A teoria completa da linguagem envolve trs nveis: sintaxe, semntica e pragmtica representando a forma, o contedo e o contexto do discurso. Para um discurso cientifico (sintaxe) bem construdo deve ser formalmente impecvel e referir-se de maneira unvoca a estados da realidade para convencer a comunidade de pesquisadores quando apresentar a sua teoria. De uma forma restrita, ele tambm resume uma filosofia, que busca unir os constituintes lgico empricos do pensamento cientfico com a histria da cincia. A histria da cincia tem sido objeto de enfoques internalistas e externalistas. Os primeiros elaboram uma reconstruo da cincia na qual sua histria se confunde com um processo de (re)formulao de conceitos. Ficam presos aos componentes sinttico-semnticos da linguagem cientfica. J os externalistas fazem da cincia simples parte da histria da sociedade em geral. Tendem a v-la como um fenmeno social igual a qualquer outro e no como a expresso superior da racionalidade. O cognitivo e o social so vistos na unidade do processo histrico. Segundo Oliva, no servio da filosofia da cincia dar ateno aos caminhos do descobrimento, nem problemtica de como as variveis contextuais contriburam para o advento de determinada teoria. Em "O surgimento da filosofia cientfica", Hans Reichenbach, salienta que o ato da descoberta escapa anlise lgica. Ao lgico cabe apenas analisar a relao entre certos fatos e uma teoria que lhe apresentada como capaz de explic-los.Para Francis Bacon o conhecimento autntico o que, fundando-se na observao, vai propiciar poder sobre os fenmenos estudados. As cincias naturais se tornam saberes de domnio. Como tal, comeam a ser regidas pelo critrio pragmtico do sucesso preditivo. A crescente transformao do conhecimento cientfico em poder de manipulao sobre o que estudado aponta para o risco de as biotecnologias virem a tratar o homem no como um fim em si mesmo, mas como meio. Essa razo pela qual no se devem perder de vista os fundamentos ticos da pesquisa cientfica e da aplicao de seus resultados. Bacon indica a importncia do mtodo para a gerao de conhecimento quando afirma que o coxo seguindo o caminho certo ultrapassa o veloz que perambula por ele. Porm, a busca do novo uma aventura pelo desconhecido. J para Arthur Koestler, em A arte da criao, a maioria das novas ideias descoberta pela percepo da relao, ou analogia, entre dois campos de atividade completamente diferentes denominados matrizes".Em "Tipos de cincia", a cincia se divide em dois grupos, as cincias formais: lgica e matemtica, que tratam de objetos empricos; e as empricas: cincias naturais e sociais que estudam fenmenos direta ou indiretamente observveis. A verdade ou falsidade de uma sentena emprica determinada por seu acordo ou desacordo com a experincia. Os fatos no so nem verdadeiros nem falsos. S o que se diz sobre eles os enunciados pode ser assim avaliado. Portanto, s podem compor uma teoria cientfica as asseres que se mostrem suscetveis de ser aprovadas ou reprovadas pela experincia. Aos fatos se credita tanto o poder de aprovar quanto o de rejeitar teorias.Logo depois, o autor descreve as condies necessrias para que uma pesquisa possa ser classificada como cincia, pois para ser cientfica deve adotar um conjunto geral de regras e tcnicas nas quais acendam a essncia da cientificidade. Expe que as teorias no so elaboradas apenas com a matria-prima dos fatos, mas tambm, com a inventividade da razo humana. Salienta que explicaes cientficas podem ser vistas como tendo a estrutura lgica de um argumento. H, portanto, dois tipos de argumentos: os dedutivos e os indutivos. Os dedutivos so caracterizados como vlidos ou invlidos. Os indutivos so aqueles em que as concluses despontam como mais ou menos provveis, luz da evidncia fornecida pelas premissas.Segundo Oliva, o que se busca uma viso em que as teorias possam sertestadas, porm, na rea da filosofia o ato de debater e rebater os argumentos, a maneira de se testar. Pois uma teoria que no pode ser debatida e discutida por nenhum evento possvel, pode ser considerada cientfica. Por ultimo, fala das cincias sociais por abarcar uma considervel variedade de escolas e linhas de pensamento, incitando um debate metodolgico que leva a polmicas recorrentes pela falta de acordo quanto aos procedimentos metodolgicos mnimos que conferem cientificidade. Descreve um pouco das cincias existentes e de suasobservaes. Oliva cita em sua obra, que desde Aristteles que a teoria do conhecimentoenfrenta seus problemas, na questo de justificar fazendo uma generalizao de todauma questo. Em uma pesquisa interessante, no se pode apenas descrever o que ocorre, preciso ir atrs de todos os porqus, pesquisar fundo a real verdade e resposta destas questes que so levantadas. Ele tem tambm certa preocupao, em expor de uma maneira resumida, os pontos de vrias cincias. Estas que elaboram teorias e testam as hipteses.Em suma, o autor relata de forma observadora o incio da cincia e seu desenvolvimento. Como surgiu a busca do homem pelo conhecimento e pela verdade.

Parte II