fiscalização bolsa família

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Guias e Manuais

2010

Fiscalizaodo ProgramaBolsa FamliaPrograma Bolsa Famlia

Bolsa Famlia

do Programa

Fiscalizao

Braslia - dF 2010

Fiscalizao do Programa Bolsa Famlia

2010 Ministrio do desenvolviMento social e coMbate FoMe Permitida a reproduo, no todo ou em parte, sem alterao do contedo e com a citao obrigatria da fonte: Departamento de Operao da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania/MDS. endereo: Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome Secretaria Nacional de Renda de Cidadania Av. W3 Norte SEPN Quadra 515, Bloco B, 5 Andar Senarc Sala 548 CEP: 70770-502 Braslia DF Fone/Atendimento: (61) 3433-1500 Fax Gabinete/Senarc: 3433-3615 [email protected] [email protected]

ndice

APresentAo .......................................................................................................................5 Introduo............................................................................................................................7 O que denncia ..........................................................................................................8 Fundamentos legais......................................................................................................9 Aes de FIscAlIzAo .......................................................................................................10 Aes in loco e a distncia realizadas pelo MDS por meio da Senarc........................... 10 Aes de qualificao dos dados do Cadastro nico .................................................... 11 Principais canais de recebimento de denncia de irregularidade ................................ 13 InstncIAs de controle socIAl....................................................................................... 14 rede PBlIcA de FIscAlIzAo ......................................................................................... 15 Responsabilidades dos rgos da Rede Pblica de Fiscalizao................................... 15 Ministrios Pblicos Federal e Estaduais ..................................................................... 15 Tribunal de Contas da Unio (TCU) .............................................................................. 16 Controladoria-Geral da Unio (CGU) ........................................................................... 16

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sAnes e ressArcIMento ................................................................................................17 sAnes ................................................................................................................................. 17 Ao Responsvel pela Unidade Familiar ........................................................................17 Ao agente pblico ....................................................................................................... 18 Processo de ressArcIMento ...........................................................................................18

aPresentaoA Fiscalizao do Programa Bolsa Famlia (PBF) uma forma de controle que visa comprovar o cumprimento das normas estabelecidas, verificando se o Programa est atendendo s necessidades para as quais foi destinado. Aqui o leitor encontrar um panorama completo sobre os objetivos e as aes de fiscalizao; as sanes ao Responsvel pela Unidade Familiar que omitiu ou apresentou informaes inverdicas para obteno ou manuteno do benefcio e aos agentes pblicos em decorrncia de pagamento irregular de benefcios; os rgos que compem a Rede Pblica de Fiscalizao do PBF e as suas responsabilidades; os canais de recebimento de denncias. A verso atual desta publicao est disponvel em meio eletrnico no endereo www.mds.gov.br.

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introduo

O processo de gesto implica a necessidade de planejar, organizar, coordenar e controlar. O controle caracteriza-se pela fiscalizao, auditoria, monitoramento, acompanhamento e vistoria, visando garantir a efetividade e a transparncia na execuo da gesto do Programa Bolsa Famlia (PBF), assegurando que os benefcios efetivamente cheguem s famlias que atendem aos critrios de elegibilidade do Programa. As principais atividades de controle so as aes de fiscalizao da gesto do Cadastro nico para Programas Sociais do Governo Federal e do PBF que so realizadas das seguintes formas: Aes in loco e a distncia realizadas pelo Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome (MDS), por meio da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc). A opo pela fiscalizao in loco no determinada apenas pela gravidade da denncia, pela relevncia ou pelo montante de recursos envolvidos, mas tambm pela impossibilidade de soluo a distncia. Auditorias e aes de fiscalizao realizadas pelas instituies de controle interno e externo, que tambm so componentes da Rede Pblica de Fiscalizao do Programa Bolsa Famlia (Ministrios Pblicos Federal e estaduais, Controladoria-Geral da Unio (CGU) e Tribunal de Contas da Unio (TCU). 9

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Auditorias realizadas por meio de anlise das bases de dados e sistemas e, em especial, aquelas realizadas na base do Cadastro nico para Programas Sociais do Governo Federal, que permitem identificar duplicidades e divergncias de informao de renda quando comparada com outras bases de dados do governo federal. Neste contexto, conta-se ainda com a atuao das Instncias de Controle Social do Programa Bolsa Famlia que tem o papel de acompanhar as atividades desenvolvidas pelos gestores municipais, propor formas e polticas para melhor atender s famlias beneficirias, bem como auxiliar os rgos de fiscalizao na regular execuo do Programa. A fiscalizao do PBF poder ser feita tambm pelos gestores municipais do Programa, beneficirios, cidados e sociedade civil organizada.

trataMento de denncias A Coordenao-Geral de Acompanhamento e Fiscalizao do Departamento de Operao da Senarc examina as denncias recebidas e, de acordo com a gravidade dos fatos, adota medidas saneadoras junto aos municpios e ao Agente Operador, quando couber. Os resultados das aes de apurao de denncias so encaminhados, se necessrio, s instituies integrantes da Rede Pblica de Fiscalizao do Programa Bolsa Famlia para adoo de providncias no mbito de suas competncias.

Fundamentos legaislegislao de reFerncia:

o que dennciaEntende-se por denncia uma comunicao que demonstra que o ato ou os atos praticados por uma ou mais pessoas constituem conduta reprovvel ou irregular perante a norma, e requer a atuao do Estado, que poder culminar com a aplicao das sanes previstas em legislao. Uma denncia apresentada ao MDS requer materialidade, ou seja, informaes mnimas necessrias para que se possa agir no sentido de sanar a irregularidade denunciada, quais sejam: a. Exposio do fato irregular com todas as suas circunstncias - sujeito ativo do fato; os autores e meios empregados para o cometimento do fato; o mal produzido; onde aconteceu ou acontece; quando e a maneira pela qual a irregularidade foi praticada; b. Qualificao do denunciado (nome e outras informaes suficientes para identific-los, tais como: Cadstro de Pessoa Fsica (CPF), Registro Geral (RG), Nmero de Identificao Social (NIS), ttulo de eleitor, data de nascimento, filiao).10

Lei n 10.836, de 09 de janeiro de 2004; Decreto n 5.209, de 17 de setembro de 2004 e suas alteraes; Decreto n 6.135, de 26 de julho de 2007

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aes de qualiFicao dos dados do cadastro nico

aes de Fiscalizaoaes in loco e a distncia realizadas Pelo mds Por meio da senarcCabe Senarc, por meio da Coordenao Geral de Acompanhamento e Fiscalizao (CGAF), conforme disposto nos arts. 33 a 35 do Decreto n 5.209/2004, a apurao de denncias relacionadas execuo do PBF e do Cadastro nico, bem como o atendimento das demandas de fiscalizao oriundas de outros rgos de controle. Uma das formas de atuao a ao de fiscalizao in loco, de natureza reativa ou proativa aplicada de modo sistemtico e padronizado na execuo local do PBF quando for necessrio o aprofundamento do exame em busca de esclarecimentos e/ou apurao de fatos, circunstncias e responsabilidades, bem como da quantificao de valores decorrentes de ato ou fato irregular na execuo da gesto local do Bolsa Famlia. Outro tipo de ao o acompanhamento a distncia, realizado de modo sistemtico, padronizado, preventivo e prospectivo nas dependncias do MDS, ou seja, ao receber denncias a CGAF, diligencia os gestores municipais do PBF e/ou a Caixa Econmica Federal Agente Operador do Programa para que se pronunciem e/ou adotem medidas corretivas quanto s irregularidades denunciadas, informando o resultado Senarc, que concluir sobre o procedimentos a ser adotado. A ausncia de manifestao dos entes diligenciados ou a omisso no saneamento das irregularidades dos fatos so levadas ao conhecimento do Ministrio Pblico Federal para que sejam adotadas medidas pertinentes.

No mbito federal, existem vrias bases de dados que so utilizadas para a gesto de diversas polticas pblicas. Essas bases so chamadas de registros administrativos e muitas delas trazem informaes socioeconmicas sobre as pessoas registradas. O MDS verifica continuamente a consistncia das informaes contidas na base de dados do Cadastro nico, conforme sua responsabilidade legal. Para tanto, realiza periodicamente procedimentos de auditoria, por meio de cruzamentos de dados do Cadastro nico com outros registros administrativos. Ao realizar este procedimento, o MDS identifica indcios de inconsistncias ou de possveis irregularidades, principalmente em relao composio familiar, ao vnculo de trabalho e renda declarada. Abaixo, seguem alguns registros administrativos com os quais o MDS realiza cruzamentos de dados: Relao Anual de Informaes Sociais (Rais): gerida pelo Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE), a Rais traz informaes das pessoas que esto no mercado de trabalho formal, incluindo o valor do salrio, que so declaradas pelas empresas ou outras instituies contratantes. Ao cruzar as informaes do Cadastro nico de um ano especfico, com os dados registrados na Rais, o MDS pode identificar se existe indcio de que a famlia omitiu ou subdeclarou seu rendimento no Cadastro nico. Base do Tribunal Superior Eleitoral (TSE): o TSE possui o registro dos polticos eleitos ou suplentes em cada eleio municipal, estadual e federal. Cruzando essas bases com o Cadastro nico, o MDS pode identificar se existe algum poltico cadastrado e evitar que receba, ou continue a receber o benefcio do Programa Bolsa Famlia. Cadastro Nacional de Informaes Sociais (CNIS): gerido pelo Ministrio da Previdncia Social, o CNIS traz informaes sobre todas as pessoas que recebem benefcios previdencirios ou que contribuem para a Previdncia Social. O cruzamento dessas informaes com o Cadastro

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nico segue o modelo daquele realizado com a Rais, possibilitando identificar indcios de omisso ou subdeclarao de rendimento. Sistema Informatizado de Controle de bitos (Sisobi): esse cadastro faz parte do CNIS e, portanto, tambm gerido pelo Ministrio da Previdncia Social. Nele esto registrados todos os bitos ocorridos na populao. A comparao do Cadastro nico com o Sisobi permite avaliar se a famlia atualizou corretamente suas informaes no Cadastro nico, excluindo da sua composio pessoa que faleceu. Cada processo de comparao de informaes entre o Cadastro nico e outras bases de dados tem suas particularidades e, para cada um deles, a Senarc orienta os municpios sobre os procedimentos a serem adotados em relao aos cadastros identificados com irregularidades por meio de instruo operacional especfica que pode ser encontrada no sitio do MDS.

PrinciPais canais de receBimento de denncia de irregularidadeO MDS recebe denncias referentes ao Programa Bolsa Famlia por meio dos seguintes canais: CentraldeatendimentoFomeZero:08007072003 Mensagensviae-mailparaareadeatendimentodoBolsaFamlia: [email protected] [email protected] AtendimentopessoaloucartaendereadaOuvidoriadoMDSe/ouSenarc rgosquecompemaRedePblicadeFiscalizao: Ministrio Pblico Federal Ministrio Pblico Estadual Tribunal de Contas da Unio Controladoria Geral da Unio PolciaFederal InstnciasdeControleSocialdoProgramaBolsaFamlia

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instncias de controle social

rede PBlica de Fiscalizao

As Instncias de Controle Social do Programa Bolsa Famlia so conselhos formalmente constitudos ou designados pelo poder pblico local, que tm atribuies no acompanhamento do Programa Bolsa Famlia, dentre as quais destacamos: Observar se as famlias pobres e extremamente pobres do municpio foram cadastradas e se existe alguma rotina de atualizao dos dados; Verificar se as famlias cadastradas com perfil para incluso no Bolsa Famlia foram beneficiadas pelo Programa e acompanhar, por meio do Sistema de Benefcios ao Cidado (Sibec), os atos de gesto de benefcios realizados pelo municpio; Verificar se o poder pblico local oferece servios adequados de educao e sade para o cumprimento das condicionalidades e se as famlias tm acesso a tais servios; Identificar e estimular a integrao e a oferta de polticas e programas que favoream a emancipao dos beneficirios do Bolsa Famlia; e Subsidiar a fiscalizao realizada pelo Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome (MDS) e Rede Pblica de Fiscalizao em todos os procedimentos relacionados a gesto do Programa. Acompanhar a execuo e a prestao de contas dos recursos financeiros recebidos, por meio do ndice de Gesto Descentralizada (IGD).16

A Rede Pblica de Fiscalizao do Programa Bolsa Famlia, criada em janeiro de 2005, a consolidao de parceria por meio da assinatura de Termos de Cooperao Tcnica com os Ministrios Pblicos Federal, Estaduais e do Distrito Federal, Controladoria-Geral da Unio (CGU) e Tribunal de Contas da Unio (TCU). O trabalho conjunto dessas instituies, integrado ao Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome (MDS) tem como objetivo fortalecer o monitoramento e o controle das aes voltadas execuo do Programa Bolsa Famlia sem que isso represente qualquer interferncia na autonomia e competncia de cada uma das instituies.

resPonsaBilidades dos rgos da rede PBlica de Fiscalizaodos Ministrios Pblicos Federal e estaduais Realizar diligncias, com base em informaes e dados disponibilizados pelo MDS, para investigar possveis irregularidades no cadastro de famlias beneficiadas e no cumprimento das condicionalidades do Programa; Propor aes penais, cveis ou administrativas necessrias e apoiar a identificao e o acesso ao Bolsa Famlia das famlias que cumprem os critrios de elegibilidade do Programa. 17

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tribunal de contas da unio (tcu) Fornecer ao MDS informaes e/ou documentos decorrentes de fiscalizaes realizadas no Programa Bolsa Famlia e no Cadastro nico para Programas Sociais do Governo Federal; Disponibilizar ao MDS metodologias tcnicas e instrumentos que permitam a construo e aperfeioamento das estratgias de monitoramento do Programa Bolsa Famlia; Oferecer ao MDS vagas em cursos e treinamentos promovidos pelo TCU, inclusive distncia, acerca das metodologias de fiscalizao, monitoramento, avaliao e controle. da controladoria-geral da unio (cgu) Promover aes conjuntas para apurar irregularidades no Cadastro nico e no Programa Bolsa Famlia; Solicitar informaes e remeter ao MDS os relatrios de fiscalizao resultantes de sorteios pblicos; Realizar palestras, seminrios e treinamentos para troca de experincias; Colaborar com a divulgao do Programa junto aos beneficirios, aos gestores locais, aos conselhos de controle social e s instituies de controle interno e externo.

sanes e ressarcimento

das sanesao resPonsvel Pela unidade FaMiliar O Responsvel pela Unidade Familiar que omitiu ou apresentou informaes inverdicas visando obteno ou manuteno de benefcio financeiro, esta sujeito s sanes previstas no 1 do art. 14 da Lei n 10.836 de 09 de janeiro de 2004 e art. 34 do Decreto n. 5.209 de 17 de setembro 2004. Lei n 10.836 - Art. 14 1 Sem prejuzo da sano penal, o beneficirio que dolosamente utilizar o benefcio ser obrigado a efetuar o ressarcimento da importncia recebida, em prazo a ser estabelecido pelo Poder Executivo, acrescida de juros equivalentes taxa referencial do Sistema Especial de Liquidao e Custdia - SELIC, e de 1% (um por cento) ao ms, calculados a partir da data do recebimento. Decreto n 5.209/2004 Art. 34. Sem prejuzo de sano penal, o beneficirio que dolosamente utilizar o benefcio ser obrigado a efetuar o ressarcimento da importncia recebida, no prazo18

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mximo de sessenta dias, contados a partir da data de notificao ao devedor, acrescida de juros equivalentes taxa referencial do Sistema de Liquidao e de Custdia - SELIC, e de um por cento ao ms, calculados a partir da data do recebimento ao agente Pblico O agente pblico ser responsabilizado civil, penal e administrativamente, conforme previsto no 2 do art. 14 da Lei n 10.836 de 09.01.2004.

Lei n 10.836 - Art. 14 2 - Ao servidor pblico ou agente de entidade conveniada ou contratada que concorra para a conduta ilcita prevista neste artigo aplica-se, nas condies a serem estabelecidas em regulamento e sem prejuzo das sanes penais e administrativas cabveis, multa nunca inferior ao dobro dos rendimentos ilegalmente pagos, atualizada, anualmente, at seu pagamento, pela variao acumulada do ndice de Preos ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pela Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

Processo de ressarcimentoQuando comprovada a participao de agentes pblicos ou privados, que concorram para o pagamento irregular, ser proposto ao executivo municipal aplicao de multa ao agente pblico responsvel pelo dano no valor mnimo de quatro vezes o montante ilegalmente pago, corrigido anualmente pelo ndice de Preos ao Consumidor Amplo IPCA (III - art. 35 do Decreto n 5.209/2004). Nos casos de saques fraudulentos em decorrncia de ao de funcionrios do Agente Operador do PBF CAIXA o valor ser ressarcido/restitudo pela CAIXA, corrigido com base na Taxa Referencial (TR), aos beneficirios lesados ou ao MDS

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CONTATOS PARA MUNICPIOS E ESTADOSAtendimento Bolsa Famlia: (61) 34331500 Central Bolsa Famlia (beneficirios): 0800 707 2003 E-MAIL: [email protected]

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