Fitopatologia

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  • Fitodisease Fitopatologia (Phyton = planta, Pathos = doena e Logos = estudo) e indica a cincia que

    estuda as doenas das plantas.

    quarta-feira, 6 de junho de 2012

    Ciclo das relaes patgeno hospedeiro

    CICLO DAS DOENAS

    A ocorrncia de uma fitomolstia est intimamente ligada presena de um patgeno agressivo, um hospedeiro suscetvel e um ambiente favorvel.

    Os eventos sucessivos que culminam com a ocorrncia de uma fitomolstia e fazem parte do desenvolvimento da mesma conhecido como ciclo das relaes patgeno hospedeiro.

    Estudar as relaes patgeno hospedeiro a base para aplicao das medidas de manejo em carter preventivo e/ou curativo. O termo ciclo das relaes patgeno - hospedeiro (ciclo da doena) no

    deve ser usado como sinnimo de ciclo de vida do patgeno

    Ciclo de vida do Patgeno Fase Ativa

    Patognese associado planta viva (parasitas obrigatrios) (pr-penetrao, penetrao e colonizao);

    Saprognese atividade saproftica sobre restos de cultura ou sobre a matria orgnica do solo. No ocorre nos parasitas obrigados. Fase Inativa

    Podero sobreviver na forma de estruturas de resistncia; esclercios, peritcios, clamidsporos e esporos de resistncia em alguns

    fungos, bem como na forma de miclio dormente dentro de sementes e gemas;

    Ocorre tanto nos parasitas obrigados como nos facultativos.

    Ciclo das Relaes Patgeno-Hospedeiro

    A srie de fases ou eventos sucessivos que conduzem ocorrncia da doena e perpetuao do patgeno.

    Ciclo primrio (monociclo) - tem incio a partir de estruturas de sobrevivncia do microrganismo ou a partir da fase saproftica no solo. (infeco primria);

    Ciclo secundrio (policiclos) - aquele que sucede o ciclo primrio e se desenvolve a partir do inculo nele produzido (infeco secundria).

    Sobrevivncia

  • . Fonte de Inculo Inculo: qualquer propgulo ou estrutura do patgeno capaz de causar

    infeco (esporos e miclio de fungos, clulas de bactrias ou protozorios, partculas de vrus ou virides, ovos ou larvas de nematides, etc;

    Fonte de inculo: o local onde o inculo produzido. Ex: plantas doentes, restos de cultura, solo infestado, etc.

    Mtodos de Sobrevivncia

    Plantas doentes ferrugens, odios, mldios, viroses, fitoplasmas.Parasitas obrigatrios e facultativos.

    Atividades Saprofticas (parasitas facultativos); > restos de cultura (mat. Org. murchas vasculares, manchas, podrides de razes; > Utilizao de nutrientes da soluo do solo bactrias residentes permanentes da rizosfera; > Estruturas de resistncia perodo de repouso, fungos: clamidsporos, rizomorfas, esclercios, esporos (telisporos, oosporos), ascocarpos nematides: encistamento Heterodera, Globodera dormncia de ovos Meloidogyne.

    Disseminao do Inculo

    a transferncia do patgeno da fonte de inculo para os locais mais diversos. Pode ser ativa e passiva. Disseminao ativa (autodisseminao)

    Realizada com os prprios recursos do patgeno (Ex.: zoosporos de fungos, clulas de bactrias com flagelos e larvas de nematides.);

    Restrita e limitada a uma rea muito pequena em torno da fonte de inculo.

    Disseminao passiva (alodisseminao)

    O inculo do patgeno transportado com o auxlio de agentes de disseminao;

    muito mais importante que a ativa; Responsvel pela disseminao dos agentes causais de doenas de plantas a

    curta e a longas distncias; Divide-se em disseminao passiva direta e indireta; Disseminao passiva direta: aquela realizada conjuntamente com os rgos

    de propagao dos hospedeiros; Ex.: sementes infestadas ou infectadas (podrido negra das cruciferas -

    Xanthomonas campestris pv. campestris; podrido cinzenta do caule do feijoeiro - Macrophomina phaseolina);

    borbulhas de citros (Exocorte - causado por um viride); rizomas (nematide caverncola em bananeira - Radopholus similis); tubrculos (sarna da batatinha - Streptomyces scabies; murcha bacteriana da batatinha - Ralstonia solanacearum); mudas infectadas (gomose do abacaxi - Fusarium subglutinans).

    Disseminao passiva indireta: realizada por diferentes agentes de disseminao;

  • Vento (Ex.: Ferrugem do colmo do trigo - Puccinia graminis; odio das cucurbitceas - Erysiphe cichoracearum);

    gua (Ex.: crestamento gomoso das cucurbitceas - Dydimela bryoniae, disseminada atravs dos sulcos de irrigao);

    Insetos (mosaico severo do caupi - disseminado por Ceratoma arcuata); Homem, animais, ferramentas (Ex.: disseminao de Xanthomonas

    albilineans em cana-de-acar atravs de faces de corte contaminados) e implementos agrcolas,;

    Tratos culturais: poda, enxertia, transporte de material, etc.

    Inoculao a transferncia do patgeno da fonte de inculo para o local de infeco,

    ou seja, a superfcie do hospedeiro suscetvel.

    Germinao

    O inculo deve sofrer uma srie de transformaes que possibilitem a penetrao do patgeno nos tecidos do hospedeiro;

    A germinao verificada nos fungos pela emisso do tubo germinativo; Nas bactrias verifica-se a multiplicao das clulas; Nos nematides verifica-se a ecloso das larvas;

    uma das fases mais delicadas para a sobrevivncia do patgeno. Fatores ambientais: temperatura, umidade, luminosidade e pH. Fatores genticos: Os esporos de Colletotrichum gloeosporioidesso

    envolvidos numa massa gelatinosa, rica em biotina, a qual impede a sua germinao, at o momento em que seja diluda pela gua. Penetrao

    Direta: atravs da superfcie ntegra do hospedeiro Fungos, nematides atravs de ao mecnica ou enzimtica; Aberturas naturais: estmatos, hidatdios, lenticelas Bactrias, fungos e nematides; atravs dos estmatos, (ferrugens,Alternaria

    ricini em folhas de mamona), atravs de hidatdios (X. campestris pv. campestris em folhas de couve), lenticelas (Streptomyces scabies em tubrculos de batata), nectrios (Ralstonia solanacearum em inflorescncias de bananeira

    Ferimentos: causas diversas: ventos, granizos, frico, insetos, podas; Fungos, bactrias e vrus. (Ex.: penetrao de Erwinia carotovoraem frutos

    atravs de ferimentos; penetrao de Penicillium sclerotigenum em tberas de inhame atravs de ferimentos de colheita e transporte; penetrao de Fusarium oxysporum f.sp.lycopersici em tomateiro atravs de ferimentos nas razes).

    Colonizao

    O patgeno passa a se desenvolver e nutrir-se dentro do hospedeiro; As modalidades de colonizao so as mais variadas possveis, dependendo, em especial, do patgeno envolvido

    Formas de colonizao

  • Colonizao seletiva: patgeno tem preferncia por determinados rgos da planta;

    Ex: Fusarium oxysporum e outros patgenos causadores de doenas vasculares;

    Colonizao no seletiva: patgeno no mostra preferncia por rgos da planta;

    Ex: Rhizoctonia solani Colonizao ativa: patgeno coloniza o hospedeiro invadindo os seus tecidos

    por crescimento ativo do seu miclio. Ex.: Pythium; Colonizao passiva: as estruturas do patgeno so transportadas de uma

    parte para outra da planta; Ex.: viroses Colonizao localizada: restrita ao ponto de penetrao; Ex.: manchas foliares, podrides radiculares, de frutos e do colo Colonizao sistmica ou generalizada: o patgeno se distribui por toda a

    planta; Ex.: murchas bacterianas, murchas causadas por Fusarium spp. e viroses A colonizao e, portanto, o processo doena, s se desenvolve quando os

    mecanismos de ao do patgeno se sobrepem aos mecanismos de defesa do hospedeiro;

    AO DO PATGENO > AO DO HOSPEDEIRO.

    Reproduo

    PROCESSO DE REPRODUO

    A formao de novos esporos infecciosos durante e no final da colonizao: No interior hospedeiro - vrus, fungos e bactrias; No exterior hospedeiro - fungos e bactrias; Aumento do inculo infeccioso: com o objetivo de garantir nmero suficiente propgulos, permitir disseminao eficiente requer condies ambientais especficas: Tais como UR; perodo de molhamento(maior que infeco); temperatura; luz; estado nutricional hospedeiro: biotrficos esporulao associada a condies favorveis do hospedeiro. Maior esporulao em condies ideais fotossntese; necrotrficos Ocorre a esporulao s em leses necrticas (baixos teores acares)

    Exerccio em equipe com 4 estudantes

    Escolha duas doenas importantes de uma mesma cultura. Esquematize o seu ciclo e preencha a ficha contendo os subprocessos do ciclo. Cada grupo ir apresentar os dois ciclos, explicando os processos de sobrevivncia, disseminao etc, para cada doena (5 a 10 minutos).

    Tomateiro

  • Pimento Maracujazeiro Cajueiro Mamoneira Bananeira Feijo caupi Mandioca Milho

    Exemplo: