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Revisão de Fitopatologia Profa. Dra. Letícia Nociti

Revisão de Fitopatologia

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Revisão de Fitopatologia

Profa. Dra. Letícia Nociti

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• ETIOLOGIA – é uma palavra de origem grega, aetia = causa + logos = estudo. Em

Fitopatologia, corresponde à parte que estuda as causas das doenças de plantas e tem como

objetivo o estabelecimento de medidas corretas de controle.

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• DOENÇA ABIÓTICA (não-infecciosa) – translocação de água e minerais, luz, fotossíntese, transpiração, defensivos, temperatura e umidade.

• DOENÇA BIÓTICA (infecciosa) – cancro, galhas, etc.

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• DOENÇA PRIMÁRIA – principal doença de uma determinada cultura, ocorrendo em várias regiões ou países, causando perdas severas.

• DOENÇA SECUNDÁRIA – doença onde se tem variedade resistente, ou perdas relativamente pequenas, convívio com a doença.

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• DOENÇA ESPORÁDICA – ocorre raramente ou é infrequente. Não tem regularidade, não é previsível e a ocorrência é localizada.

• COLONIZAÇÃO SISTÊMICA – quando o patógeno se distribui por toda a planta, a partir do ponto de penetração. Ex.: murchas bacterianas, murchas causadas por Fusarium spp. e viroses.

• COLONIZAÇÃO LOCALIZADA - quando a ação do patógeno se restringe aos tecidos próximos ao ponto de penetração. Ex.: manchas foliares, podridões radiculares, de frutos e do colo.

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• INCIDÊNCIA – método quantitativo mais comum de medição de doença por ser fácil e rápido, sendo

obtido pela contagem de plantas doentes ou órgãos doentes, através do número e/ou porcentagem

(frequência) de folhas, folíolos, frutos, ramos infectados, sem levar em consideração a quantidade de doença em cada planta ou órgão individualmente.

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• SEVERIDADE – método quantitativo e qualitativo, que procura determinar a porcentagem da área de tecido

doente (sintomas e/sinais visíveis), através da medição direta da área afetada, com medidores de

área em computador ou não, chaves descritivas.

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• INTENSIDADE - é um termo mais amplo que pode ser expresso como incidência ou severidade. Significa o quanto intensa é a doença ou quão doente está a

planta.

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• PATÓGENO – é qualquer organismo capaz de causar doença infecciosa em plantas, ou seja, fungos, bactérias, vírus, viróides, nematóides e protozoários.

• PATOGENICIDADE – é a capacidade que um patógeno possui, de associando-se ao hospedeiro, causar doença.

• VIRULÊNCIA - é a capacidade patogênica de um microrganismo, medida pela mortalidade que ele produz e/ou por seu poder de invadir tecidos do hospedeiro.

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• HOSPEDEIRO – organismos que hospeda o patógeno, podendo ou não apresentar a doença (planta, homem, inseto, ferramenta).

• HOSPEDEIRO OBRIGATÓRIO (Parasitas Obrigatórios): ferrugens, oídios, míldios, vírus, fitoplasmas.

• HOSPEDEIRO FACULTATIVO (Parasitas Facultativos) murchas vasculares e radiculares, manchas foliares.

• VETOR – transporta o patógeno (homem, inseto)

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• INÓCULO – conjunto de estruturas do patógeno capazes de causarem infecção (vegetativas e reprodutivas).

• FONTE DE INÓCULO – local onde o inóculo é produzido, ou onde ele se encontra, antes da infecção.

• INÓCULO PRIMÁRIO – inóculo responsável pelo início do ciclo primário das relações patógeno-hospedeiro, ou seja, é o inóculo que inicia a doença em cada ciclo da cultura.

• INÓCULO SECUNDÁRIO – inóculo responsável pelos ciclos secundários da doença, ou seja, produzido geralmente sobre o hospedeiro durante o ciclo da cultura.

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• CICLO PRIMÁRIO – primeira geração do patógeno estabelecida na cultura.

• CICLO SEGUNDÁRIO – todas as gerações subsequentes, no mesmo ciclo da cultura.

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• EPIDEMIOLOGIA – estudo de populações de patógenos em populações de hospedeiros e da doença resultante desta interação, sob a influência do ambiente e a interferência humana.

• EPIDEMIA – aumento da doença numa população de plantas em intensidade e/ou extensão, isto é, um aumento na incidência/severidade e /ou aumento na área geográfica ocupada pela doença.

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• ENDEMIA – doença sempre presente em uma determinada área e balanço próximo do neutro (processos de infecção e remoção), sem estar em expansão.

• PANDEMIA – epidemias progressivas que ocupam uma área extremamente grande, de tamanho quase continental.

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Período de Latência: tempo decorrido entre a inoculação e o

aparecimento de estruturas reprodutivas do patógeno (infecção e colonização)

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Sintomatologia

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Sintomas

• Qualquer alteração visível na forma ou anatomia dos órgãos da planta decorrente da ação do patógeno.

• Pode ser necróticos ou plásticos.

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Sintomas Necróticos

• Necroses são caracterizadas pela degeneração do protoplasma, seguida de morte de células, tecidos e órgãos.

Ex.: Amarelecimento, encharcamento, murcha.

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Sintomas Plásticos

• Anomalias no crescimento, multiplicação ou diferenciação de células vegetais geralmente levam a distorções nos órgãos da planta.

Ex.: Albinismo, clorose, estiolamento, mosaico.

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Sinais

• Estruturas ou produtos do patógeno, geralmente associados à lesão.

• • De acordo com Honey ( 1931 ), para fins de diagnóstico,

os sinais podem superar os sintomas em confiabilidade.

• Além de estruturas patogênicas ( talos bacterianos, micélio, esporos, corpos de frutificação, etc. ), exsudações ou cheiros emanados das lesões podem ser considerados como sinais.

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Sinais

• A podridão mole de legumes causada por Erwinia, pode ser facilmente diagnosticada pelo odor fétido do material doente.

• Já a podridão de Thielaviopsis paradoxa em toletes de cana-de-açúcar pode ser identificada pelo cheiro de abacaxi que exala do tecido colonizado.

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Postulados de Koch

1. Associação constante do organismo com a doença.2. Isolamento do organismo em cultura pura.3. Inoculação da cultura isolada em plantas sadias, reprodução

dos sintomas e sinais típicos da doença.4. Reisolamento do mesmo organismo isolado.

*A obtenção de um organismo em cultura pura não significa que ele seja o agente causal da doença.

**Para parasitas biotróficos (obrigatórios), via de regra não-cultiváveis, o organismo é inoculado com inóculo obtido do próprio hospedeiro.

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CICLO DE RELAÇÕES PATÓGENO-HOSPEDEIRO

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1. SOBREVIVÊNCIA DO INÓCULO

- Estruturas especializadas de resistência- Atividades saprofíticas- Plantas hospedeiras- Vetores

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2. DISSEMINAÇÃO

- Liberação- Dispersão- Deposição

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3. INFECÇÃO

- Mecanismos de pré-penetração- Penetração- Estabelecimento de relações parasitárias

estáveis

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4. COLONIZAÇÃO

- Distribuição do patógeno no hospedeiro

- Duração da colonização

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5. REPRODUÇÃO

- Fatores que influenciam a reprodução

- O significado epidemiológico da produção de inóculo

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QUANTIFICAÇÃO DE DOENÇAS

a) Estudar a prevalência e importância das doenças na cultura

b) Determinar danos ou perdas de rendimento

c) Comparar a eficiência de fungicidas

d) Determinar a época de aplicação de fungicidas

e) Verificar o efeito de práticas agrícolas no controle

f) Avaliar a resistência de genótipos aos patógenos no melhoramento

g) Estudar o progresso da doença ou de epidemias (primeiros sintomas,

curvas de desenvolvimento ou evolução da doença)

h) Elaborar modelos de previsão de doenças

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CONTROLE DE DOENÇAS(Princípios de Whetezel)

• EXCLUSÃO: prevenção da entrada.

• ERRADICAÇÃO: eliminação do patógeno de uma área que já foi introduzido.

• PROTEÇÃO: barreira protetora.

• IMUNIZAÇÃO: desenvolvimento de plantas resistentes ou imunes

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CONTROLE DE DOENÇAS(Princípios de Whetezel)

• TERAPIA: restabelecer a sanidade de uma planta já infectada.

• REGULAÇÃO: controle da umidade, temperatura, luminosidade.

• EVASÃO: escolha da área geográfica, local e época de plantio, profundidade de semeadura, precocidade das variedades, etc

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• CONTROLE CULTURAL: rotação de culturas, mudas sadias, rouguing, eliminação de plantas voluntárias (tigueras) e de hospedeiros alternativos (crotalaria x greening).

• CONTROLE FÍSICO: tratamento térmico, solarização do solo, armazenamento em AM (filmes plásticos) e AC (CO2 e O2).

• CONTROLE BIOLÓGICO: premunização – exclusiva de vírus (inocula-se uma estirpe fraca, indução de mecanismos de resistência).