Upload
phamtuyen
View
221
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
Recife-Agosto-2009
Projeto Apoio a Criação de Unidades de Conservação na Floresta Atlântica de Pernambuco
Flora da Fazenda Morim, São José da Coroa Grande, Pernambuco, Brasil
CONSULTOR Dra. Maria de Fátima Araújo Lucena
APOIO E REVISÃO DE TEXTO Diele Lôbo Sônia Aline Roda EXECUÇÃO Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste - CEPAN APOIO Subprograma Projetos Demonstrativos – PDA/MMA Associação para a Proteção da Mata Atlântica do Nordeste - AMANE Conservação Internacional do Brasil Agencia Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – CPRH Instituto Chico Mendes de Biodiversidade – ICMBio Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
Flora da Fazenda Morim, São José da Coroa Grande, Pernambuco, Brasil
Projeto Apoio a Criação de Unidades de Conservação na Floresta Atlântica de Pernambuco
SUMÁRIO
Página
1. Apresentação
2. Métodos
3. Vegetação e Flora
3.1 Espécies Ameaçadas de Extinção e Endêmicas
3.2 Espécies Indicadoras do Estado de Conservação
3.3 Espécies Exóticas Invasoras
4. Estado de Conservação e Regeneração
5. Ameaças e Impactos à Biodiversidade
6. Considerações Finais
7. Referências Bibliográficas
Apêndice: Famílias e espécies de Angiosperma amostradas na Fazenda Morim, São José da
Coroa Grande, PE.
1. APRESENTAÇÃO
Este relatório destina-se a caracterizar a vegetação e flora da Fazenda Morim, localizada no
município de São José da Coroa Grande-PE, de acordo com exigências previstas no projeto Apoio a
criação de unidades de conservação na floresta atlântica de Pernambuco.
2. MÉTODOS
Entre os dias 2 e 5 de junho de 2009 foi realizada visita de campo na área de estudo. O
método adotado segue trabalhos usuais de inventários florísticos (Bridson & Forman, 1998; Ratter
et al., 2000; 2001 ). Através de caminhadas aleatórias, foi possível percorrer todos os fragmentos
da Fazenda Morim, incluindo áreas do interior e borda dos fragmentos. Aspectos da estrutura da
vegetação foram registrados em caderneta de campo.
Coletas botânicas foram realizadas preferencialmente de material fértil com uso de tesoura
de poda e/ou tesoura de poda alta. Todo material coletado foi prensado em campo e,
posteriormente, após etapa de secagem em laboratório, foi incorporado ao acervo do Herbário UFP
- Geraldo Mariz da Universidade Federal de Pernambuco. A identificação da maioria dos táxons foi
efetuada através de comparação com materiais identificados por especialistas, depositados nos
herbários Herbário UFP - Geraldo Mariz e IPA - Dárdano de Andrade Lima. Quando se fez
necessário, foram realizadas consultas às diagnoses originais, às bibliografias e taxonomistas
especializados, comparações com fotografias de typus e análises morfológicas dos espécimes. Parte
das identificações das espécies foi realizada em campo, através do reconhecimento dos seus
caracteres vegetativos e reprodutivos.
Para classificação da vegetação foi adotado o sistema de Veloso et al. (1991) e, para as
espécies, Cronquist (1988). A indicação do status de conservação de algumas espécies foi baseada
nas listas apresentadas pelo MMA (2008) e IUCN (2009). As espécies endêmicas seguiram a
indicação do projeto Endemismos de Plantas Vasculares da Mata Atlântica (disponível em
www.icb.ufmg.br/bot/mataatlantica/projeto.htm e consultado em Agosto de 2009) e a classificação
das espécies exóticas invasoras foi baseada em CEPAN (2009). Nomes populares das espécies foram
coletados através de informação concedida pelos guias locais e, complementados com dados da
literatura, além do banco de dados do CEPAN – Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste e CNIP
– Centro Nordestino de Informações sobre Plantas.
Todas as informações coletadas serão inseridas na base de dados de plantas do CEPAN.
3. VEGETAÇÃO E FLORA
A vegetação é do tipo Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas (Veloso et al., 1991).
Predomina o estrato arbóreo com indivíduos apresentando altura média de 20m. Nele, algumas
espécies destacam-se pela alta densidade e/ou considerável biomassa: conduru (Brosimum
rubescens), pau-amarelo (Plathymenia foliolosa), visgueiro (Parkia pendula), imbiriba (Escheilera
ovata), pau-ferro (Dialium guianensis), pau d’óleo (Copaifera langsdorffii), quiri (Brosimum
guianensis), louro comum (Ocotea glomerata), pau-sangue (Pterocarpus violaceus), pau-piranha
(Pisonia sp.), sucupira-preta (Diplotropis purpurea), urucuba (Virola gardneri), leiteiro (Pouteria
bangii) e jerimum (Hyeronima alchorneoides).
Acima de 20m de altura foram registradas espécies como pau-faio (Aspidosperma discolor),
conduru (Brosimum rubescens), praíba (Simarouba amara), pingarovalho (Maprounea guianensis),
mamajuda (Sloanea guianensis), visgueiro (Parkia pendula), pau-de-jangada (Apeiba tibourbou),
imbiridiba (Buchenavia capitata).
Espécies com altura em torno de 10-15m são listadas popularmente como caboatã-de-rego
(Cupania revoluta), caboatã-de-leite (Thyrsodium sprueanum), amora-da-mata (Helicostylis
tomentosa), amescla-de-cheiro (Protium arachouchini), mium (Guatteria schomburgkiana), embira-
vermelha (Xilopia frutescens), garamondé (Miconia cf. impressa), cafezinho (Casearia javitensis),
Ingá-peludo (Inga dysantha), favinha (Stryphinodendron pulcherrimum), imbiriba (Eschweilera
ovata), jacarandá (Swartia pickelii), cocão (Pogonophora schomburgkianum), sucupira-preta
(Diplotropis purpuea), orelha-de-burro (Clusia nemorosa), macaxeira (Ouratea polygyna), pau-
mondé (Maytenus distichophyla), favinha (Macrosamanea pedicellaris) e oiticica (Clarisia
racemosa).
Algumas espécies estão restritas a apenas um dos fragmentos e com raros indivíduos.
Exemplo disso são as espécies conhecidas popularmente como carne-de-vaca (Myrsine guianensis)
e oiti-coró (Couepia rufa). A primeira foi observada apenas na Mata do Cristóvão, próximo ao
trecho conhecido na área como terceira grota. A segunda restrita à Mata do Colarinho. Também
foram registrados poucos indivíduos de camaçari (Xilopia langsdofiana), manoel-gonçalves
(Villaresia sp.), jaracatiá (Jaracatia spinosa), babatenon (Abarema cochliacarpos), sucupira-amarela
(Leguminosae ) e oiticica (Clarisia racemosa), ambas espécies raras, observadas apenas na mata do
Cristóvão.
Na Mata do Cristóvão merece ainda destaque, a ocorrência de poucos indivíduos da espécie
de Euphorbiaceae (Maprounea guianensis), conhecida pelos nativos como pingarovalho. Atinge, na
área, cerca de 25m de altura, compondo o estrato emergente. Gênero constituído apenas de cinco
espécies. No Novo mundo é restrita apenas ao Brasil, Bolívia, Panamá e Trinidad (Radcliff-Smith,
2001).
O sub-bosque é sombreado em todos os fragmentos, devido a continuidade do dossel,
apresentando uma fisionomia fechada e homogênea. Formado pelas espécies arbustivas no interior
da floresta, ele foi observado mais denso na Mata do Colarinho, Mata da Campinarana e alguns
trechos da Mata do Cristóvão. Nesse estrato são comuns em todos os fragmentos espécies
conhecidas localmente como pupuna (Myrcia guianensis), araçá-do-mato (Calyptrantes sp.), cumixá
(Erythroxylum mucronatum), Payparola blanchetiana, manipueira (Henrietia succosa), murta
(Myrcia fallax), batinga (Myrcia silvatica), grão-de-galo (Cordia nodosa), negramina (Siparuna
guianensis), beijo-de-moça (Psychotria bracteocardia), japaranduba (Gustavia augusta).
Três espécies de palmeiras foram registradas no interior e borda dos fragmentos, compondo
também o sub-bosque de alguns destes: titara (Desmoncus polyacanthus), coquinho-da-mata
(Bactris ferruginea) e coquinho (Bactris glassmanii) ambas freqüentes na floresta atlântica
nordestina (Lorenzi et al., 2004).
A flora do estrato herbáceo é ricamente constituída de espécies das famílias Boraginaceae,
Caesalpiniaceae, Commelinaceae, Cyperaceae, Euphorbiaceae Fabaceae, Lythraceae, Malvaceae,
Poaceae, Scrophulariaceae e Rubiaceae, especialmente nos trechos de pastagem e várzea.
As bordas de todos os fragmentos são bem conservadas, sem indícios de perturbação mais
acentuada. Espécies comuns nesse ambiente pertencem especialmente às famílias
Melastomataceae (brasa-apagada, carrasco, carrasco roxo, manipueira, sabiazeira), Myrtaceae
(murta, pupuna, araçá-do-mato), Anacardiaceae (cupiúba), Euphorbiaceae (sete-cascos),
Cecropiaceae (imbaúba) e Clusiaceae (pororoca). Destaque deve ser dado à grande incidência de
batinga (Myrcia guianense) e sambaqui (Schefflera morototoni).
Nos trechos de matas ciliares predominam indivíduos de ingaí (Chamaecrista ensiformis),
ingá-peludo (Inga dysantha), jitó (Guarea guidonia), embaúba (Cecropia pachystachia),
japaranduba (Gustavia augusta), cupiúba (Tapirira guianensis), bulandi (Symphonia globulifera),
jucá (Caesalpinia ferrea) e mangue-da-mata (Tovomita mangle)
Lianas e trepadeiras herbáceas, como cipó-fogo (Dilleniaceae), cipó-imbé (Araceae) e
escada-de-macaco (Phanera sp.) são comuns tanto no interior como nas bordas dos fragmentos
visitados. Além destas espécies mais comuns na área, foram observadas ainda diversas espécies das
famílias Bignoniaceae, Convolvulaceae, Hippocrateaceae, Malpighiaceae, Cucurbitaceae,
Sapindaceae, Passifloraceae, Leguminosae e Apocynaceae.
Em áreas mais úmidas da terceira grota da mata do Cristóvão (fundos de vales estreitos-
08º52’13’’ S, 35º12’’50’’ W), a fisionomia do sub-bosque torna-se ainda mais densa (Figura 8), onde
são comuns indivíduos de capeba (Piper marginatum), malvavisco (Piper arboreum), diversas
espécies de samambaias e avencas, com destaque para o pau-cardoso (Cyathea microdonta).
Espécies de Araceae, Bromeliaceae, Marantaceae e Orchidaceae, alem de grande biomassa de
espécies distintas de briófitas (família Leujeneaceae) puderam também ser observadas nesse
ambiente. Estes grupos vegetais tem elevada importância como bioindicadores locais para o
elevado grau de umidade e preservação de fragmentos litorâneos.
Figura 8 – Sub-bosque denso em uma das grotas da Mata do Cristóvão.
3.1. ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO E ENDÊMICAS
Sete espécies consideradas como ameaçadas de extinção, de acordo com as listas da União
Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, 2009) e do Ministério do Meio Ambiente
(MMA, 2008), ocorrem na Fazenda Morim. São elas: ingá (Inga blanchetiana), jacarandá (Swarztia
pickelii), guabiroba (Campomanesia aromatica), imbiriba-da-mata (Eschweilera alvimii), babatenon
(Abarema cochliacarpus), pau-amarelo (Plathymenia foliolosa) e Banara brasiliensis. As duas
primeiras na categoria em perigo e as demais na categoria vulnerável
As espécies Ingá (Inga subnuda), macaxeira (Ouratea polygyna) e embira-da-mata (Xylopia
sericea) são consideradas por Santos (2006) como vulneráveis a extinção na mata atlântica
nordestina.
As espécies Swartzia pickelii (Caesalpiniaceae), Couepia rufa (Chrysobalanaceae), Clusia
nemorosa, Tovomita mangle (Clusiaceae), Erythroxylum mucronatum, E. squamatum
(Erythroxylaceae), Inga subnuda (Mimosaceae), Virola gardneri (Myristicaceae), Chrysophyllum
splendens (Sapotaceae), Apeiba tibourbou (Tiliaceae) e Paypayrola blanchetiana (Violaceae) são
endêmicas da Mata Atlântica.
Protium giganteum (Burseraceae), Swartzia pickelii (Caesalpinaceae), Banara brasiliensis
(Flacourtiaceae), Platymenia foliolosa (Mimosaceae), são endêmicas do Centro de Endemismo
Pernambuco (Uchoa Neto & Tabarelli 2002).
3.2. ESPÉCIES INDICADORAS DE QUALIDADE AMBIENTAL
Pau-cardoso (Cyathea sp.), pau-d’óleo (Copaifera langsdorffi), oiticica (Clarisia racemosa),
asa-de-morcego (Chrysophyllum splendes), urucuba (Virola gardneri), além de orquídeas do gênero
Cyrtopodium, Preschottia, briófitas hepáticas da família Lejeuneaceae e espécies herbáceas de
famílias diversas (Araceae, Bromeliaceae, Marantaceae, entre outras) foram encontradas na área e
podem ser consideradas como bons indicadores da qualidade ambiental da área de estudo.
3.3. ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORAS
No interior e borda dos fragmentos não foram registradas espécies exóticas invasoras.
Jaqueira (Artocarpus heterophyllus), mangueira (Mangifera indica) e palmeira-imperial (Roystonea
oleracea) são as árvores exóticas encontradas próximo aos fragmentos florestais, porém estão
restritas ao entorno da casa sede da propriedade, estando, esta última, compondo o jardim
principal da casa. Espécies exóticas invasoras como a mangueira e jaqueira podem ocupar áreas
florestais, algumas vezes substituindo a vegetação natural, fato comum em diversos fragmentos
florestais no estado de Pernambuco. A Jaqueira, por exemplo, inibe a germinação de sementes de
plantas nativas por alelopatia. Estudos também comprovam que a invasão da mangueira no
ambiente ciliar tem gerado alteração no pH da água pelo apodrecimento de folhas e frutos.
4. ESTADO DE CONSERVAÇÃO DOS FRAGMENTOS E REGENERAÇÃO
O conjunto florestal existente na Fazenda Morim é bastante representativo em extensão e
bom estado de conservação e regeneração. Pode ser considerada uma das poucas áreas na mata
sul, do Estado de Pernambuco, com essa fisionomia e estrutura.
Apenas um pequeno trecho próximo as coordenadas 08º52’09’’S, 35º13’07’’W – sentido
divisa com Alagoas (Fig. 9), mostrou-se mais degradado e possivelmente em regeneração ativa
(área de capoeira arbustivo-arbórea). Apresenta vegetação de porte mais baixo, herbáceo-
arbustivo, com elementos florísticos pioneiros característicos, assentados em áreas de barranco,
com Latossolo Vermelho-Alaranjado, entremeados com algumas árvores: Miconia minutiflora,
M.albicans, Bauhinia sp., Cnidoscolus loefgrenii, Cordia multipiscata, Lantana camara, Pteridium
aquilinum, Clidemia hirta, Urena lobata, Psidium guianense, Serjania glabrata, Senna georgica,
Cecropia pachystachia, Solanum paniculatum, Erythroxylum squamatum e Vismia guianensis.
Figura 9 - Área secundária, próximo a terceira grota da Mata do Cristóvão.
5. AMEAÇAS E IMPACTOS À BIODIVERSIDADE
Não foi registrado nenhum impacto substancial que ameace a biodiversidade local. As
medidas preservacionistas tomadas pelos proprietários são eficientes.
A fazenda não é utilizada para fins agropecuários, nem existe interesse, por parte dos
proprietários no estabelecimento de novos plantios para fins de produção.
Nenhuma armadilha de caça, indícios de fogo e lixo, no interior dos fragmentos, foi
observada. Também não foi registrado contaminação de suas nascentes. Uma pequena criação de
búfalos está restrita a uma área da fazenda.
O corte de algumas árvores, para abastecimento de serviços essenciais como manutenção
das cercas, é feito com manejo adequado e rotativo entre os fragmentos; é efetuado por apenas
um trabalhador, selecionado, treinado e experiente nessa tarefa. QUAL ESPECIE É UTILIZADA?
A proximidade da fazenda com uma vila de moradores assentados pelo INCRA não oferece
nenhuma ameaça a essa biodiversidade. Não?
Os proprietários planejam, no futuro, desenvolver atividades de ecoturismo (turismo rural)
na área. O conjunto da paisagem geral existente na fazenda é extremamente contemplativo, de
expressiva beleza cênica.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A área merece uma política de conservação urgente, através da criação de uma RPPN, a fim
de conservar a biodiversidade lá existente, manter os recursos hídricos e incentivar ações de
desenvolvimento sustentável. Por apresentar os aspectos apresentados neste relatório, a fazenda
Morim representa para a região sul do Estado, raro e considerável fragmento de floresta atlântica,
ainda bem preservado, como de extrema importância biológica para a região da mata sul. Aspectos
que merecem destaque:
- Riqueza florística: apesar de subestimada, apresenta inúmeras espécies raras, seja por suas
populações reduzidas ou por apresentarem distribuição geográfica restrita. Potencial hídrico:
ocorrência de 3 nascentes que formam a Bacia Hidrográfica do Rio Una.
- Dimensão total do fragmento: 500 ha de floresta
- Espécies ameaçadas: ocorrência de sete espécies ameaçadas de extinção.
- Bom estado de conservação
- Potencialidades de uso sustentável: Ecoturismo com atividades de educação ambiental, pesquisa
científica, turismo rural
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bridson, D. & Formam, L. 1998. The Herbarium Handbook Royal Botanic Gardens: Kew.
CEPAN. 2009. Contextualização sobre Espécies Exóticas invasoras – Dossiê Pernambuco. Recife:
Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste, 2009.
Cronquist, A. 1988. The evolution and classification of flowering plants. New York: The New York
Botanical Garden. 555 p.
IUCN 2009. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2009.1. Disponível em :
www.iucnredlist.org. Consultado em 31 August 2009.
Lorenzi, H., Souza, H.M., Costa, J.T.M. 2004. Palmeiras Brasileiras e Exóticas Cultivadas. Instituto
Plantarum de Estudos da Flora. Odessa, São Paulo.
MMA. 2008. Instrução Normativa MMA nº 06, de 23 de setembro de 2008 - Reconhece como
espécies da flora brasileira ameaçada de extinção aquelas constantes do Anexo I e reconhece
como espécies da flora brasileira com deficiência de dados aquelas constantes do Anexo II a
esta Instrução.
Radcliffe-Smith, A. 2001. Genera Euphorbiacearum. Royal Botanic Gardens, Kew 1-455.
Ratter, J.A.; Bridgewater, S. ; Ribeiro, J.F.; Dias, T.A.B. & Silva, M.R. 2000. Estudo preliminar da
distribuição das espécies lenhosas da fitofisionomia cerrado sentido restrito nos estados
compreendidos pelo bioma Cerrado. Boletim do Herbário Ezechias Paulo Heringer 5:5-43.
Ratter, J.A.; Bridgewater, S.; Ribeiro, J.F. 2001. Espécies lenhosas da fitofisionomia cerrado sentido
amplo em 170 localidades do bioma Cerrado. Boletim do Herbário Ezechias Paulo Heringer 7:5-
112.
Santos, A.M.M. 2006. Análise da Flora do Centro de Endemismo Pernambuco: biogeografia e
conservação. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-graduação em Biologia Vegetal, CCB, UFPE,
Recife, PE.
Uchoa Neto, C.M.; Tabarelli, M. 2002. Diagnóstico e estratégia de conservação do Centro de
Endemismo Pernambuco. Relatório Técnico. CEPAN, Recife-PE.
Veloso, H.P.; Rangel-Filho, A.L.R.; Lima, J.C.A. 1991. Classificação da vegetação brasileira adaptada a
um sistema universal. Rio de Janeiro, IBGE.
APÊNDICE
PRECISAMOS DE MUITAS FOTOS!!
Famílias e espécies de Angiosperma amostradas na Fazenda Morim, São José da Coroa Grande, PE. H= Hábito Arv. =Árvore Arb.=Arbusto Ver.=Erva Ep.=Epífita Trep.=Trepadeira Hemi=Hemiparasita. Categoria Ameaça: VU = vulnerável, EN = em perigo.
Família/Espécie Hábito Sp. Nome popular Categoria Ameaça
Exótica IUCN MMA Santos (2006)
Anacardiaceae
Mangifera indica L. Arv. x Manga
Tapirira guianensis Aubl. Arv. Cupiúba/Pau Pombo
Thyrsodium spruceanum Benth. Arv. Caboatã
Annonaceae
Anaxagorea dolichocarpa Sprague & Sandwith
Arb. _
Guatteria schomburgkiana Mart. Arv. Mium
Xylopia frutescens Aubl. Arv. Embira vermelha
Xylopia sericea A.St. Hil. Arv. Embira VU
Apocynaceae
Aspidosperma discolor A.DC. Arv. Camaçari
Himatanthus phagedaenicus (Mart.) Arv. Banana-de-papagaio/Janaúba
Araceae
Caladium bicolor (Aiton.) Vent Erv. _
Monstera adansonii Schott Hemi. Costela-de-adão
Araliaceae
Schefflera morototoni (Aubl.) Manguire
Arv. Sambaquim
Arecaceae
Bactris ferruginea Burret Arb. Coquinho-da-mata
Desmoncus orthacanthos Mart. Arb. Titara
Roystonea oleraceae (Jacq.) O.F. Cook Arv. x Palmeira imperial
Asteraceae
Delila biflora (L.) O. Kuntze Erv. _
Bignoniaceae
Tabebuia avellanedeae Arv. Pau d’arco roxo
Bombacaceae
Eriotheca crenulaticalyx A. Robyns Arv. Munguba
Boraginaceae
Cordia multispicata Cham. Arb. _
Família/Espécie Hábito Sp. Nome popular Categoria Ameaça
Exótica IUCN MMA Santos (2006)
Cordia nodosa Lam. Arb. Grão-de-galo
Heliotropium elongatum Hoffm. ex Roem e Schult.
Erv. Fedegoso
Bromeliaceae
Portea pickelii A.lima & L.B.Sm Ep. _
Burseraceae
Protium aracouchini (Aubl.) Marchal Arv. Amescla-de-cheiro VU
Caesalpiniaceae
Fagarea sp. Trep.
Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. Arv. Pau-ferro/Jucá
Cassia ferruginea Schard. ex. DC. Arv. Canafístula
Copaifera langsdorfii Desf. Arv. Copaíba
Dialium guianense Benth. Arv. Jitaí/Cururu
Senna georgica Irwin & Barneby Trep. _
Swartzia pickelii Killip ex Ducke Arv. Jacarandá-Branco EN
Capparaceae
Cleome spinosa Muçambê
Caricaceae
Jacaratia dodecaphylla (Vell.) A.DC. Arv. Jaracatiá
Cecropiaceae
Cecropia pachystachya Tréch. Arv. embaubá
Chrysobalanaceae
Couepia rufa Ducke Arv. Oiti-coró
Clusiaceae
Clusia nemorosa G. Mey. Arv. Orelha-de-burro
Tovomita mangle G. Mariz Arv. Mangue-da-mata
Vismia guianensis (Aubl.) Choisy Arv. Lacre
Combretaceae
Buchenavia capitata (Vahl) Eichler Arv. Esparrado/Imbiridiba
Commelinaceae
Commelina oblqua Vahl Erv. _
Connaraceae
Connarus blanchetii Planch. var. laurifolius (Baker) Forero
Arv. _
Rourea doriana Baker Arv. _
Convolvulaceae
Ipomoea tiliacea (Willd.) Choisy Trep. _
Merremia macrocalyx (Ruiz & Pav.) O’Donell
Trep. _
Cucurbitaceae
Guranica bignoniácea (Poepp. & Endl.) Cogn.
Trep. _
Cyatheaceae
Família/Espécie Hábito Sp. Nome popular Categoria Ameaça
Exótica IUCN MMA Santos (2006)
Cyathea microdontha (Desv.)Domin Pau-cardoso
Cyperaceae
Cyperus luzulae (L.) Retz Erv. _
Rhynchospora ciliata (Vahl) Kuk. Erv. _
Dilleniaceae
Dolliocarpus spatulifolius Guel. Trep. Cipó-fogo
Elaeocarpaceae
Sloanea guianensis Benth. Arv. Mamajuda
Erythroxylaceae
Erythroxylum mucronatum Benth. Arv. Cumixá
Erythroxylum squamatum Sw. Arv. Cumixá
Euphorbiaceae
Cnidoscolus loefgrenii (Pax & K. Hoffm.)Pax & K.Hoffm.
Arb. Urtiga
Croton floribundus Spreng Arv. Capixingui
Croton hirtus L’Her. Arb. _
Hieronyma alchorneoides Allemão Arv. Jerimum
Fabaceae
Hieronyma alchorneoides Allemão Arv. Angelim
Bowdichia virgilioides Kunth Arv. Sucupira
Crotalaria stipularia Desv. Trep. _
Diioclea virgata (Rich.) Amshoff Trep. _
Diplotropis purpurea (Rich.) Amshoff Arv. Sucupira-preta
Hymenolobium janeirense Kulm Arv. Sucupira-angelim
Pterocarpus violaceus Vogel Arv. Pau-sangue
Flacourtiaceae
Banara brasiliensis (Schott) Benth. Arv. _ VU
Casearia javitensis Humb. Bonpl & Kunth
Arv. Cafezinho
Casearia sylvestris Sw Arv. Cafezinho-do-mato
Hippocrateaceae
Prionostema aspera (Lam.) Miers Trep. _
Villaresia sp. Arv. Manoel Gonçalves
Icacinaceae
indet.
Iridaceae
indet.
Lauraceae
Ocotea glomerata (Nees) Mez Arv. _
Lecythidaceae
Eschweilera alvimii S.A.Mori Arv. Imbiriba-da-mata VU
Eschweilera ovata (Cambess.) Miers Arv. Imbiriba
Gustavia augusta L. Arv. Japaranduba
Família/Espécie Hábito Sp. Nome popular Categoria Ameaça
Exótica IUCN MMA Santos (2006)
Lecythis pisonis Cambess. Arv. Sapucaia
Lejeuneaceae
indet. Hepática _
Malpighiaceae
Byrsonima sericea DC Arv. Murici
Malvaceae
Sida sp. Erv. _
Urena lobata L. Arv. _
Marantaceae
Ctenanthe pernambucensis Yoschida & Mayo
Erv. _
Stromanthe tonkat Aubl. Erv. _
Melastomataceae
Clidemia hirta (L.) D.Don Arv. _
Miconia albicans (Sw.) Triana Arv. _
Miconia amacurensis Wurdack Arv. _
Miconia hipoleuca (Benth.) Triana Arv. _
Miconia minutiflora (Bonpl.) Arv. Sabiazeira
Miconia nervosa (Sm.) Triana Arv. _
Miconia prasina (Sw.) DC. Arv. _
Mimosaceae
Abarema cochliacarpos (Gomes) Barneby & J.W.Grimes
Arv. babatenon VU
Inga blanchetiana Benth. Arv. Ingá EN
Inga capitata Desv. Arv. Ingá
Inga edulis (Vell.) Mart. Arv. Ingá-cipó/Ingá-macaco
Inga flagelliformis (Vell.) Mart. Arv. _
Inga subnuda subsp. subnuda T.D. Penn
Arv. _
Inga ingoides (Rich.) Willd. Arv. _
Inga subnuda subsp. Subnuda T.D.Penn.
Arv. _ VU
Inga thibaudiana DC. Arv. Ingá-da mata
Macrosamanea pedicellaris Arv. Jaguarana
Plathymenia foliolosa Benth. Arv. Pau-amarelo VU
Stryphnodendron pulcherrimum (Willd.) Hochr.
Arv. Favinha
Moraceae
Artocarpus heterophyllus Arv. x Jaqueira
Brosimum guianensis Aubl. Arv. Quiri
Brosimum rubescens Taubert Arv. Conduru
Clarisia racemosa Ruiz & Pav. Arv. Oiticica
Helicostylis tomentosa (Poepp. & Arv. Amora-da-mata
Família/Espécie Hábito Sp. Nome popular Categoria Ameaça
Exótica IUCN MMA Santos (2006)
Endl.) Rusby
Sorocea hilari Gaudich. Arv. _
Myristicaceae
Virola gardneri (A. DC.) Warb. Arv. Urucuba
Myrsinaceae
Ardisia semicrenta Sw. Arv. _
. Myrsine guianensis A. DC Arv. Carne-de-vaca
Myrtaceae
Campomanesia aromatica (Aubl.) Griseb.
Arv. guabiroba VU
Campomanesia sp. Arv. Guabirobeira
Myrcia fallax (Rich.) DC. Arv. Murta preta
Myrcia guianensis Arv. Pupuna
Myrcia sylvatica (G. Meyer) DC. Arv. Batinga
Psidium guineense Sw. Arv. Araça
Nyctaginaceae
Guapira opposita (Vell.) Reitz Arv. Pau-piranha/João mole
Ochnaceae
Ouratea polygyna Engl. Arv. Macaxeira VU
Orchidaceae
Cyrtopodium sp. Erv.
Preschottia sp. Erv.
Piperaceae
Piper arboreum Aubl. Arb. _
Piper aduncum L. Arb. _
Poaceae
Eremetis sp. Erv.
Ichnanthus grandifolius (Trin.)Zuloaga & Soderstr
Erv. _
Ranunculaceae
Clematis dioica L. Trep. _
Rubiaceae
Cococypselum cordifolium Nees & Mart.
Erv. _
Pasychotria bracteocardia (DC.)Mull. Arg.
Arb. _
Sabicea grisea Cham.& Schltdl. Arb. _
Sapindaceae
Cupania revoluta Radlk. Arv. _
Paullinia micrantha Cambess. Trep. _
Serjania glabrata Kunth Trep. _
Sapotaceae
Chrysophyllum splendens Spreng. Arv. Asa-de-morcego
Família/Espécie Hábito Sp. Nome popular Categoria Ameaça
Exótica IUCN MMA Santos (2006)
Pouteria caimito Radlk. Arv. Bucho-de-veado
Pouteria bangii (Rusbv.) T.D.Penn. Arv. Leiteiro
Siparunaceae
Siparuna guianensis A.DC. Arb. Negramina
Simaroubaceae
Simarouba amara Aubl Arv. Praíba
Smilacaceae
Smilax spruceana DC. Trep. Cipó japecanga
Sterculiaceae
Guazuma ulmifolia Lam. var. tomentella K. Schum
Arv. Mutamba
Tiliaceae
Apeiba tibourbou Aubl. Arv. Pau-de-jangada
Ulmaceae
Trema micrantha (L.) Blume Arb. _
Schizaceae
Lygodium venustum Sw. Erv.
Verbenaceae
Cytharexylon sp. Arv. Salgueiro
Violaceae
Paypayrola blanchetiana Tul. Arv. _
Viscaceae
Phoradendron sp. Hemi. Erva de passarinho