FLORIPA - SÃO JOSÉ - PALHOÇA - BIGUAÇU - SANTO AMARO DA … 027.pdf · Os advogados de todos os condenados vão recorrer. O prefeito Camilo Martins (PSD), que não ... soluções

FLORIPA - SÃO JOSÉ - PALHOÇA - BIGUAÇU - SANTO AMARO DA IMPERATRIZMAIO DE 2016 - ANO III - Nº 27

ARRANCADÃO

Natal e Amaurimostram suas ideias

PÁGINAS 5 e 7

Adeliana vai à lutaCONVERSA DE ESQUINA

PÁGINAS 14 e 15

PILOTO BRUNO DAMASIOBATEU O RECORDE NA

CATEGORIA TT-BPÁGINA 13

EXEMPLARGRÁTIS

HOMICÍDIOSDe 2011 a 2015 foram 2 assassinatos por dia,

63 por mês e 3.787, em Santa Catarina. PÁGINA 2

ESTUPROSProporcionalmente ao tamanho da população,Palhoça é a cidade com mais casos. PÁGINA 3

JARDIM DE BURLE MARX VIRA ENTULHOFlorianópolis conseguiu destruir o Parque Dias Velho, projeto do maior paisagista do século XX. PÁGINA 16

2 MAIO DE 2016Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

EDITORJurandir Camargo

COMERCIALFernando Damásio

DESIGN GRÁFICORonaldo Ferro

DIRETORESFernando Damásio e Jurandir Camargo

CIRCULAÇÃO: Florianópolis, São José, Biguaçu,Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz

ENDEREÇOS: Avenida Josué Di Bernardi, 185 - Sala 27Campinas, São José, Santa Catarina - CEP 88101-200Rua João Motta Espezim, 1.107 - Saco dos LimõesFlorianópolis, Santa Catarina - CEP 88045-400

[email protected]@[email protected]

Fone (48) 3209-2057 / 8477-1499www.bomdiafloripa.com.br

Tiragem desta edição: 6 mil exemplares

COLABORADORESAgatha Roldan e Fernanda Félix

Segundo as estatísticas daSecretaria de SegurançaPública , o número de

homicídios dolosos (com intençãode matar) em Santa Catarinacresceu cerca de 9% em 2015 comrelação a 2014. Os dados mostramque esse crescimento foi a partir2013 (704 casos), passando para762 em 2014 e 829 em 2015.

No ano passado, Joinvilleliderou a estatística, com 119homicídios. As outras cidades maisviolentas: Criciuma, com 56 casos;Florianópolis, 51; Chapecó, 39assassinatos; São José, 37; e Itajaí,33 homicídios. Na GrandeFlorianópolis, Palhoça teve 17homicídios em 2015 e Biguaçu, 9.

A sensação de insegurança naGrande Florianópolis é real. Trêsdas quatro principais cidadestiveram aumento no número dehomicídios em 2015 em relação a2014. Veja:

Cidade 2015 2014

Florianópolis 51 46

São José 37 24

Palhoça 17 21

Biguaçu 9 8

Muita morte –De 2011 a2015, a média de assassinatos emSanta Catarina foi de dois por dia,63 por mês e um total de 3.787homicídios em cinco anos. Mesmo

com índices de homicídioconsiderados os mais baixos dopaís, não dá para fazer de contaque vivemos num paraíso.

Só em dois meses deste ano (osdados da SSP estão totalizados atéfevereiro) foram registrados 167assassinatos em SC, uma média de83 por mês e 2,7 por dia. Ascidades mais violentas foramJoinville (22 assassinatos emjaneiro e fevereiro|); Itajaí, 14;Florianópolis, 13; Criciuma e SãoFrancisco do Sul, 8 casos cada; SãoJosé, 7; Palhoça, 6; e Biguaçu, 3.

VIOLÊNCIADois casos de violência com grande repercussão na GrandeFlorianópolis em uma semana (a morte do advogado RobertoCaldart, em Palhoça, dia 24/5, e o assalto ao apartamento daprefeita de São José, Adeliana Dal Pont, dia 16/5), aumentaram apreocupação com os índices de violência na região. Entre apopulação, cresceu a sensação de insegurança, reforçada pela re-volta que o estupro coletivo de uma adolescente, praticado portraficantes no Rio de Janeiro, provocou em todos. Afinal, SC é o 3ºEstado em casos de estupro, segundo o 7º Anuário de SegurançaPública. A pergunta, como sempre, é: onde vamos parar?

Número de homicídios cresceuFlorianópolis (3º lugar) e São José (5º) estão entre as cincocidades mais violentas de Santa Catarina

Homicídio Doloso - Região Metropolitana - 2011 a 2015

Cidade Em 5 anos P/Ano P/Mês

Florianópolis 291 58,2 4,85

São José 161 32,2 2,68

Palhoça 119 23,8 1,98

Biguaçu 33 2,75 0,22

Total: 604 116,95 9,74

Mortes pela PMChegou a 59 o total de vítimas de homicídio em

decorrência da ação da Polícia Militar em 2015. As cidadescom maior número de ocorrências são estas:

Cidades Nº casosFlorianópolis 9Joinville 6Palhoça 4

Cidades Nº casosBal.Camboriu 4Chaopecó 4São José 3

3MAIO DE 2016Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Santa Catarina, que ocupouum vergonhoso 3º lugar noBrasil em número de

estupros, com uma média de 45,8por 100 mil habitantes segundodados do 7º Anuário da Violência(divulgado em novembro de 2015,sobre base estatística de 2012),parece não ter mudado.

No ano passado, segundo dadosda Secretaria de Segurança Públicado Estado foram registrados(oficialmente) 2.772 estupros emSanta Catarina, o que dá umamédia de 231 casos por mês e 7,7por dia.

Proporcionalmente à suapopulação, Palhoça é a cidade queregistrou o maior número de casosde violência contra a mulher, com122 estupros em 2015. A situação égrave, pois o municípiopraticamente iguala-se em

ocorrências a cidades que têmpopulação três vezes maior, com éo caso de Joinville e Florianópolis.Veja o quadro:

CASOS DE ESTUPRO EM 2015

Cidade Casos População

Joinville 148 562.151

Blumenau 140 338.876

Florianópolis 135 469.690

Palhoça 122 157.334

São José 85 232.309

(Fonte: Estatística da SSP-SC)

CrescimentoNão há explicação oficial para o

crescimento no número deestupros em Palhoça. O único

dado para análise é a explosão docrescimento populacional que acidade teve nos últimos 5 anos(2010 a 2015). Palhoça, nesseperíodo, ganhou 20.499 moradores(média de 4.099 por ano). A cidadepulou de 137.334 habitantes em2010 para 157.833 em 2015(estimativa IBGE).

Ganhou praticamente o mesmonúmero de habitantes que SãoJosé, que em cinco recebeu 22.505novos moradores e passou de209.804 habitantes em 2010 para232.309 em 2015.Percentualmente, porém, apopulação de Palhoça cresceu 15%(em 5 anos), enquanto que a deSão José aumentou 11% nomesmo período, taxa decrescimento similar à deFlorianópolis (11% - de 421.240

habitantes em 2010 para 469.690em 2015).

Númerostriplicaramna GrandeFlorianópolis

Desde 2012, ano serviu de basepara o 7º Anuário SegurançaPública, houve um aumentoexponencial nos casos de estuprona região. Naquele ano, o anuárioregistrou que as maioresocorrências em SC foram naGrande Florianópolis, com 118casos. Em 2015, só nos quatromaiores municípios da região(Capital, São José, Palhoça eBiguaçu) foram 375 casos deestupro.

LIDERANÇA CRUEL

PALHOÇA tem mais casos de estupro em SCProporcionalmente ao total de habitantes, cidade registrou maior número de casosem 2015, índice próximo aos de Joinville e Florianópolis


ELETROSULNOVAMENTEÀ VENDA

Os políticos que estão de olho nos ótimoscargos da Eletrosul, na expectativa de que opresidente interino Michel Temer faça logo atroca no comando da estatal, podem começar apensar em outro emprego. A Eletrosul está nalista das subsidiárias da Eletrobras que devem serprivatizadas pelo governo federal.

O banco Credit Suisse já teria sido contratadopara prestar consultoria no plano para a venda departe dos ativos da Eletrosul, entre eles linhas detransmissão e usinas eólicas. A expectativa élevantar R$ 2 bilhões com a venda.

O ministro de Minas e Energia, FernandoCoelho Filho (PSB-PE), disse à revista Exameque há um "convencimento" no novo governosobre a "desmobilização" de ativos da Eletrobras,que fechou o primeiro trimestre com prejuízolíquido de R$ 3,89 bilhões. Em 2015, o prejuízofoi de R$14,44 bilhões.

Em 1998, parte da Eletrosul foi privatizada. Oparque gerador foi vendido para a TractebelEnergia, o que incluiu as usinas de Machadinho eItá, além de Estreito, Jirau e mais uma penca dehidrelétricas, termelétricas e eólicas.

As águas ficaram turvas para os cincoacusados de corrupção, em 2013, na empresaÁguas de Palhoça. A juíza Carolina RanzolinNerbass Fretta condenou o ex-secretário CarlosAlberto Fernandes Júnior, o Caco (cinco anosde reclusão em regime semiaberto porcorrupção passiva); o pai dele, engenheiroCarlos Alberto Fernandes, o Neno (três anos eseis meses de reclusão em regime aberto porcorrupção ativa); e o empresário da RaizSoluções, Luiz Fernando Oliveira da Silva, oDentinho (cinco anos em regime semiabertopor corrupção ativa.

Também foram condenados Allan Pyetro de

Melo de Souza, ex-superintendente da Águas dePalhoça (pena de três anos em regime aberto) ea servidora Janaína de Farias (dois anos dereclusão em regime aberto). As penas dos doisforam substituídas por prestação de serviço. Osadvogados de todos os condenados vãorecorrer.

O prefeito Camilo Martins (PSD), que nãofoi investigado, agora pode ser. Ele foi citado emconversas telefônicas e a juíza vê outrasevidências do seu possível envolvimento nocaso. O processo foi enviado ao Procurador-Geral de Justiça do MP de Santa Catarina.Camilo nega qualquer envolvimento no caso.

Ninguém confiaPesquisa da Ipsos com 1.200 pessoas em 72 municípios brasileiros revelou que 79% dos

entrevistados não se sentem representados por nenhum dos 35 partidos existentes hoje no País.A maioria (78%) acredita que os partidos não têm causas definidas; 86% afirmam que falta no

Brasil um político confiável; e 83% afirmam que é possível governar sem desonestidade, maspouquíssimos acreditam que isso um dia será realidade: 80% acham que corrupção é umproblema que irá sempre afligir o Brasil. Para a maioria dos entrevistados (61%), a causa dacorrupção está na escolha dos eleitores, que elegem políticos corruptos. A margem de erro dapesquisa é de três pontos percentuais.

Com a água no pescoço

5MARÇO DE 2016Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Jornal Bom Dia abre espaço aos pré-candidatos a prefeito de São José para expor suas ideiassobre como administrar a cidade. As perguntas são rigorosamente iguais. O importante é o leitoravaliar as respostas.

O vereador Amauri dos Projetos,mais votado em 2012 para a Câmarade São José (fez 3.278 votos peloPMDB), foi o primeiro pretendentea colocar o nome nas ruas comopré-candidato a prefeito nas eleiçõesde outubro deste ano.

Normalmente discreto, fez umbom barulho político para anunciarque é candidato: deixou o PMDB,foi para o PTB e agora está noDEM. Tudo isso num curto espaçode tempo.

Amauri dos Projetos, como éconhecido o vereador AmauriValdemar da Silva, tem um discursoatual. Defende a sustentabilidadecomo conceito de governo. Isto é:estratégias ecologicamente corretas eviáveis no âmbito econômico, quesejam socialmente justas e comdiversificação cultural.

A exemplo dos outros pré-candidatos a prefeito de São José, foifeito a ele a pergunta:

Porque quer se r prefeito?Amauri - Por acreditar que o

município precisa passar por umchoque de gestão, e necessita de umadministrador compromissado eidentificado com a cidade. Aexperiência política e administrativaque adquiri nesses 12 anos de vidapública me credenciam como opçãode mudança para a população. Alémdisso, sou um josefense natural.

Quais são suas principaispreocupações?

Amauri -Deixar de lado asvaidades políticas e podermos unirforças partidárias em busca de umobjetivo comum: o melhor paracidade de São José.

Se disputar e foreleito, quais asprimeiras medidas?

Amauri - Redução dosgastos públicos, reformaadministrativa, zelo pelopatrimônio público einvestimentos imediatosem segurança, saúde, emobilidade/acessibili-dade/sustentabilidade eeducação.

Como espera que seja adisputa este ano?

Amauri - Será entre acontinuidade da atual administraçãoque a população já reprovou nasduas gestões anteriores, contra osprojetos de mudança que procuramsoluções para maiores demandas dacidade.

Se eleito, o que o povo podeesperar do seu mandato?

Amauri - Trabalho,responsabilidade na aplicação dosrecursos públicos e projetos e obrasque atendam as maioresnecessidades da população.

AMAURI DOS PROJETOS - pré-candidato do DEMEleições 2016


O vice-prefeito José NatalPereira faz questão de dizer:nasceu em São José é esse umponto fundamental na suatrajetória pública. “Eu conheço acidade”, diz. Criado às margens doRio Araújo, descobriu cedo o que avida exige. Na oficina do pai,aprendeu a profissão de mecânico;e na família, a solidariedade: tinha13 irmãos para compartilhar.

Disputou e venceu cincoeleições para a Câmara deVereadores (três vezes foi o maisvotado, e duas o segundo). Foisecretário de Obras e deDesenvolvimento da prefeitura,secretário de Turismo do Estado, edeputado estadual durante 3 anos e7 meses.

Agora, o sonho de José Natal éser prefeito de São José.

Porque quer ser prefeito?Natal: Sou candidato a prefeito

porque entendo que São Josénecessita ser administrado poralguém que efetivamente conheçaa cidade, que tenha com seu povoum grau de relacionamento ededicação. O josefense éparticipativo, trabalha muito paraconstruir uma cidade melhor, masfalta ao município umadministrador com espíritoempreendedor, que aposte natecnologia e faça uma gestãoeficiente. Não precisamos de maistributos, mas de modernizar amáquina pública para que sirvamelhor a sociedade. Isto é o que acidade quer. Penso que tenho o

perfil para tirar São José damesmice.

Quais as principaispreocupações?

Natal: Tenho feito umverdadeiro mergulho em toda acidade. Converso com as pessoasnas ruas, nas empresas, nosbairros, para saber as reaisnecessidades do município. Comopré-candidato, também buscoalianças políticas quecontribuam com apoio eideias. Vamos formarum grupo comnomes fortes e semdivergências, comum só objetivo:trabalhar por SãoJosé.

Se disputar efor eleito, quaisas primeirasmedidas?

Natal: Voucortar gastos,reduzir 300 cargoscomissionados. Amáquina vaifuncionar do mesmojeito. É importanteaproveitar o potencialdos funcionários efetivos,que têm oconheci-men-

to da história administrativa e aresponsabilidade de fazer com quea prefeitura seja eficiente.

A queixa dos cidadãos, dosempresários, é a falta de agilidade.Quem investe precisa de respostasimediatas. Uma viabilidade, umalvará, não podem demorar 30dias. É preciso investir emtecnologia para agilizar osprocessos administrativos. São José

tem que mostrar que édiferenciado e

impor-sejun-to

ao Estado. Somos a quarta maiorcidade e o governo estadualcontribuiu, nesta gestão, comapenas R$ 20 milhões até 2015.Municípios menores conseguiramo dobro.

A receita de São José cresceu4% em 2015, e se a prefeitura estádeficitária o problema é de gestão.É preciso projetos para buscarrecursos. São José tem um senador,que começou a vida política aqui, eo Executivo nunca o procuroupara intermediar recursos.

Como espera que seja adisputa?

Natal: Um debate de ideias. Adisputa deve mostrar ao eleitor operfil do candidato. Se étrabalhador, se tem independênciapolítica para formar uma equipecom pessoas competentes e queconheçam a cidade. Se nacampanha os candidatospriorizarem os interesses dapopulação e da cidade, no final doprocesso seremos todosvencedores.

JOSÉ NATAL PEREIRA - pré-candidato do PMDBEleições 2016


ACosteira do Pirajubaé é uma espécie de“patinho feio” entre os bairros deFlorianópolis. Já suportou todo o trânsito

para o Sul da Ilha quando era o único caminhopara lá e para o aeroporto. Com a Via ExpressaSul, o trânsito mudou de lugar e a economia daCosteira sofreu um baque, com a estagnação dospequenos negócios. O bairro também foiesquecido pela prefeitura: o asfalto da AvenidaJorge Lacerda virou uma pista de obstáculodurante anos, de tanto buraco e desníveis. Hápoucos meses, a prefeitura finalmente recapeou aavenida, mas parou por aí. As calçadas ficaramabandonadas e cheias de entulho.

O empresário Pezão, uma liderança dacomunidade da Costeira do Pirajubaé, denunciaque o estado precário das calçadas vem causandoacidentes com as pessoas que usam o passeio.

“A obra parou na parte mais importante, que éo caminho das pessoas. Aqui muita gente usa ascalçadas para se locomover pela Costeira. Aspessoas andam à pé porque a Costeira concentratoda sua atividade ao longo da estrada geral. Soucomerciante estabelecido aqui há muitos anos ecom frequência recebo reclamações de gente quese machucou nos entulhos. O presidente daCâmara, o Sr. Erádio, que mora no bairro e éligado ao prefeito, deveria se preocupar maiscom a comunidade e cobrar soluções”, diz Pezão.

As obras de drenagem, pavimentação erevitalização da sinalização da rua VereadorArthur Manoel Mariano, em Forquilhinha, SãoJosé, em uma extensão de 2,4 Km devem ficarprontas em junho. A rua é a coluna vertebral dobairro, onde gira praticamente toda a economia(comércio e serviços) e, por isso, as melhoriasdevem beneficiar diretamente os cerca de 15 milmoradores. As intervenções devem melhorar otrânsito, destravando o fluxo de carros e ônibus,e também ampliar a segurança dos pedestrescom a implantação de travessias elevadas.

No entorno da praça da Igreja Matriztambém está recebendo melhorias. Foramimplantadas 11 novas vagas de estacionamento eum recuo para ônibus, para facilitar o embarquee desembarque de passageiros. A parada doscoletivos no meio da rua atrapalhava o trânsito.

O investimento nessa revitalização urbana éde cerca de R$ 1,3 milhão. A obra há muitotempo é reivindicada pelos moradores deForquilhinha, que é o sexto mais populoso entreos 27 bairros de São José.

Arthur Mariano de cara nova

PRINCIPAL AVENIDA do bairro Forquilhinha recebeu investimento de R$ 1,3 milhão

Daniel Oliveira - Secom/PMSJ/Divulgação/BD

COSTEIRACalçadas destruídas

NOVOS PARQUES E PRACAS REFORMADAS



Um tema sempre recorrente emFlorianópolis é que a prefeitura“está implantando” medidas para

melhorar a mobilidade urbana na Capital.Por isso, não dá para entender que umasolução simples para destravar o trânsito nocentro, com custo zero para o município,ainda não tenha sido adotada.

A solução é a retirada de quase umacentena de ônibus que, todos os dias,estacionam irregularmente na AvenidaGustavo Richard e outras vias no entornodo Ticen e também nas ruas próximas aoTerminal Cidade de Florianópolis.

É um mar de ônibus parados em locaisproibidos, ocupando dois lados das vias,muitas vezes em fila dupla, criando umverdadeiro caos na região mais central dacidade. Como não há qualquer fiscalização,até os ônibus de turismo já descobriramque ali é o melhor lugar para estacionar.

É uma espécie de “contrato informal”entre a prefeitura e as empresas quecompõem o Setuf (Sistema Integrado deTransporte de Florianópolis): os ônibusestacionam em via pública em localproibido, não pagam estacionamento, e aprefeitura faz que não vê.

As empresas do Setuf já tentaramnegociar com a SPU (Secretaria doPatrimônio da União) o aluguel da áreaonde ficava o Direto do Campo, paratransformá-la em estacionamento.Ofereceram cerca de R$ 100 mil de aluguel,mas o SPU não aceitou a oferta.

Os espaços de domínio da União, aliás,são um entrave à urbanização ehumanização da área central deFlorianópolis. O SPU demoliu tudo quehavia ali (Direto do Campo, camelódromo)mas deixou as áreas abandonadas.

Parte desses terrenos, na área maisnobre da cidade, virouestacionamento/invasão de carros. Juntocom os ônibus, que também estacionamirregularmente em qualquer lugar, fazem deFlorianópolis uma terra que qualquer achaque pode fazer o que quer.

VALE TUDO

ÔNIBUS fazem do Centro terra de ninguémAvenida Gustavo Richard e ruasno entorno dos terminais urbanosviraram um estacionamentoirregular de ônibus

Fotos: Fernando Damásio/BD

LIGUE E ANUNCIEFone (48) 3209-2057 / 8477-1499

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[email protected] Ágatha

MAIO DE 2016Florianópolis - São José - PalhoçaBiguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

ParabénsA coluna parabeniza agatíssima Andreia deBem, que completoumais uma primaveraneste mês de Maio.

Ensaio MasculinoRaphael Vianna posou

recentemente com uma desuas paixões para as lentes dafotógrafa Priscila Borba, que

é parceira da coluna.

Contagem RegressivaMichele dos Santos e EduardoMoreira estão a mil nos preparativospara o casamento, que promete ser oacontecimento do ano.

No FrioCasal Mariana e Julio aproveitou o feriadãoque passou para curtir Gramado e suasmaravilhosas atrações turísticas.

AniversarianteA pequena Maria Luiza Souza daSilva, filha de Adriana Souza, diretoraAdministrativa da Câmara Municipalde São José, festejou neste mês maisum ano de vida. Felicidades!

Niver

Ana Beatriz Abducompletou a maioridade erecebeu seus amigos comuma bela festa em suaresidência.


Oano de 2016 tem sido deconquistas para o pilotocatarinense de arrancada

Bruno Felix Damasio, da Garage55, de Florianópolis. Ele, que jáhavia estabelecido o novo recordena categoria TT-B (Turbo Traseira– B), na 2ª etapa do CampeonatoCatarinense de Arrancada 2016,em Balneário Camboriú, com otempo de 5s702 nos 201metros, agoratambém é donodo novorecorde napista doVelopark.

A conquista foi na cidade de NovaSanta Rita, no Rio Grande do Sul,na 1ª etapa Campeonato deArrancada.

Bruno venceu a TT-B e marcouo recorde referência com 9s 283nos 402 metros. Atingiu umavelocidade de 252 km por hora.

O piloto catarinense competiucom uma Chevy 500, na categoria

que é considerada a mais

disputada do Brasil, a TurboTraseira – B. O carro foitotalmente preparado pelo próprioBruno, no bairro Saco dos Limões,na Ilha, onde fica a Garage 55. Étodo equipado com os requisitosde segurança e foi aprovado pelafiscalização e legislação dacompetição.

A Chevy 500 de Bruno FelixDamasio foi considerado pelarevista especializada Tech Speed“um dos carros mais bonitos ebem feitos do país, com tudo paraser um dos mais rápidos nacategoria”.

Fora das ruas - O pilotocatarinense recordista defende queFlorianópolis também tenha uma

pista preparada para este tipo deesporte, a arrancada, para que osrachas saiam das ruas e a disputassejam feitas em pista com rígidospadrões de segurança paraveículos, pilotos e público. EmBalneário Camboriú já existe umapista com essas características.

Em Florianópolis ascompetições eram realizadas naPassarela Nego Quirido, mas asdisputas foram proibidas pelaprefeitura. Nas pistas de BalneárioCamboriú e no Velo Park, emNova Santa Rita (RS), o públicomédio é de 10.000 pessoas porcompetição.

VOANDO BAIXO

UM CAMPEÃO NAS ARRANCADASPiloto catarinense Bruno Felix Damasio conquistou o novo recorde dacategoria TT-B na pista do Velopark. Velocidade chegou a 252 Km/h

PILOTO Bruno Felix Damásio e o filho Enzo

CHEVY 500 de Bruno Damasio:arrancando para o recorde nacategoria TT-B no VELOPARK

Byron Soares/Divulgação/BD


Fernando Damásio

e-mail: [email protected](48) 8477-1499

De olho“Nego Lima”, um dos maiores cabos

eleitorais do Oeste de Santa Catarina tem sidovisto com frequência na Assembleia Legislativa.Os amigos próximos dizem que ele estáconhecendo o terreno, preparando a chegada àCasa em 2018. Nesses tours, visitou váriosgabinetes. Será que já escolheu algum?

PopularVelha

O meu amigoVelha, sempreacompanhado degente boa, foi jantarcom um grupo defiéis parceiros norestaurante MeuCantinho. Deu praperceber que o grupode apoio é forte.

Vovô babãoO popular Caneta, deixa um pouco de lado

suas atribuições de policial Civil para desfrutar acompanhia do neto. Baba, vô.

Vovô babão (1)Marco Aurelio Moreira não largou a máquina

fotográfica no chá de bebê do seu futuro neto.Imagina quando o nascer o pequeno? Vai babaro dia inteiro.

Cachopa, o anfitriãoSempre agradável a convivência com o

grande Cachopa, o atencioso cacique do MaréAlta. Anfitrião de primeira linha, sente prazerem oferecer e saborear com os amigos umsuculento churrasco.

Trio parada duraVereador Orvino Coelho de Ávila, presidente

da Câmara de São José, produtor Sérgio Rocha eeste colunista, em recente evento social quereuniu grandes amigos.

Agora no PTA suplente de vereador Mari Vieira, agora no

PT, junto com o ex-deputado petista Padre Cirioe observada pelo presidente do Partido dosTrabalhadores no lançamento da pré-candidatura de Fernando Anselmo (PDT) aprefeito de São José.

CASAS E APTOS

9820-5726Eliane, com referências.


Que cena é esta?No lançamento da pré-

candidatura do vereador Amauridos Projetos (DEM) a prefeito deSão José, um grupo eclético aparecena foto: o deputado federal OnyxLorenzoni (DEM-RS), o presidentemunicipal do Democratas,Fernando Damian, o presidente doPTB josefense, Albano Aquino e,bem no meio da cena, o prefeito deGovernador Celso Ramos, JulianoDuarte Campos, do PSD. Apergunta que não quer calar: estariao prefeito Juliano apoiandoAmauri, contra a sua colega departido Adeliana Dal Pont, prefeitade São José e candidata a reeleição?

Churrascaria BrangerA convite do amigo Rivelino, um super-garçom que conhece o

ramo como poucos, este colunista foi junto com o repórter JurandirCamargo almoçar na Churrascaria Branger, na Palhoça. Foi umasexta-feira farta, com muita picanha, costela, lombinho, cupim eoutras iguarias de um cardápio saboroso. A Branger é uma casatradicional, com frequência eclética, que oferece uma as melhorescarnes da região. Quem nunca foi está perdendo.

Adeliana vai à lutaPrefeita Adeliana Dal Pont, apesar de problemas em casa e na

prefeitura (assalto ao apartamento e queda de arrecadação) temconseguido manter um impressionante ritmo de trabalho, visitandoobras e entregado outras. Depois das quadras de areia da Beira-mar,totalmente revitalizadas (investimento de R$ 259 mil), em junho entregaa pista de skate (atrás do Centro Multiuso) reformada (investimento 259mil). Também em junho, conclui a revitalização de 2,4 km da Av. ArthurMariano, na Forquilhinha. E trata com muito cuidado da revitalização daPonta de Baixo, na orla do Balneário Guararema, que ganhou deck de150 mts, trapiche de 108 mts (36 fluante), quadra de vôlei e outrosequipamentos. A obra vai dar cara nova ao balneário. A prefeita andacom pique de quem quer encerrar bem essa gestão para garantir mais 4anos.

AmigosAssociação Recanto dos Amigos comemorou 8 anos de fundação com

uma disputada partida de futebol que não ficou devendo nada para a finalda Liga dos Campeões, entre Real e Atletico de Madrid. O grupo, quesempre se reúne no Bar do Nazir já revelou muitos craques, mas até hojeninguém foi descoberto pelo futebol europeu.


Florianópolis conseguiudestruir o Parque DiasVelho, jardim construído

por Roberto Burle Marx no aterroda Baía Sul. Mais importantepaisagista do século XX, BurleMarx idealizou para o centro deFlorianópolis, separado do marpelo aterro, um espaçohumanizado para as pessoasconviverem com jardins, árvores,arte e equipamentos urbanos.

Mas a obra do grandepaisagista, inaugurada em 1979, foi

destruída pela omissão de váriosprefeitos. A maior e mais nobreárea pública da Capital foi tomadapor camelódromos, ônibus, carros,mendigos, drogados, sacolões, equiosques de todo tipo.

Os últimos vestígios destainsensatez estão ali amontoados,como que para dar um ar definitivode ruína ao que já foi um belojardim: os entulhos docamelódromo demolidorecentemente ao lado terminalCidade de Florianópolis. A morte

do Parque Dias Velho parece serparte de um castigo que condenaFlorianópolis a perder todas assuas belezas.

Orla – O projeto do ParqueDias Velho, além dos jardins,previa a construção de trêspassarelas para unir a área centralcom a orla. Foi construída apenasuma. Sem essa relação dapopulação com o mar, o parquevirou um grande vazio urbano semmanutenção nos chafarizes, nospisos, na iluminação, no banheiropúblico e no paisagismo.

Abandonado, começou a serdegradado. Carros estacionaram nagrama e nos pisos de pedraportuguesa, ônibustransformaram a área em pátio deestacionamento, e depois vieram ocamelódromo, o Direto do Campoe o terminal urbano. Ocupaçõesprovisórias também viraramdefinitivas, como a Passarela NegoQuirido e o Centro deConvenções. E ganhou tambémuma estação de tratamento deesgoto.

Há quem atribua esse descasocom o jardim de Burle Marx àreação do corpo de urbanistas doIpuf (Instituto de PlanejamentoUrbano de Florianópolis), quepreparava o plano diretor daCapital e não foi consultado pelogoverno do Estado, que contratouo projeto e executou a obra.

À época, Burle Marx estava emSanta Catarina e concluía a Praçada Cidadania, jardim naUniversidade Federal de SantaCatarina, (obra tambémdegradada), e foi convidado pelogoverno para projetar um espaçopúblico em Florianópolis. Areferência seria o Parque doFlamengo, no Rio de Janeiro.

Mas o Parque Dias Velho,inaugurado em 1979, nunca foiintegrado à cidade. A crise com osurbanistas do município, queficaram à margem da grande obra,pode ter determinado o seu fim.Depois de 37 anos, ninguém sabeo que vai acontecer com estagrande área.

PARQUE DIAS VELHO

O MAIOR JARDIM DE FLORIPA VIROU ENTULHO

O paisagistaRoberto Burle Max nasceu em 1909, em SP. É reconhecido

internacionalmente como o mais importante paisagista do século XX.Realizou cerca de mil jardins no Brasil e no exterior. Em SC, fez seteprojetos e os mais expressivos foram o Parque Dias Velho e o jardimda Ufsc. Suas obras são considerados patrimônio. É uma marca dahistória do modernismo arquitetônico. Entre elas estão o calçadão deCopacabana e o Aterro do Flamengo, no Rio; o Conjunto daPampulha, em Belo Horizonte; e o Eixo Monumental, em Brasília.Florianópolis destruiu o seu legado nesta história.

Fotos: Fernando Damasio/BD

Entulhos do antigo camelódromo dão um ar definitivo de ruína ao que já foi um belo jardim, projeto de Burle Marx, o maior paisagista do século XX

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