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JULHO DE 2018 - ANO V - Nº 49 EXEMPLAR GRÁTIS FLORIPA - SÃO JOSÉ - PALHOÇA - BIGUAÇU - SANTO AMARO DA IMPERATRIZ A CIDADE QUE NÃO GOSTA DE PARQUES Páginas 22 e 23 Página 24 Página 4 CONVERSA DE E SQUINA COM FERNANDO D AMÁSIO J ACK O MARUJO POR NEI DUCLÓS Páginas 8 e 9 267 MIL Isto é o que resta do jardim do paisagista Roberto Burle Marx, que na década de 80 projetou um grande parque urbano na Baía Sul. A área foi destruída e está abandonada. Por que Florianópolis não gosta de parques? Páginas 4 a 7 IMOBILIDADE URBANA VEÍCULOS A MAIS Este foi o tamanho do crescimento da frota de veículos em Biguaçu, São José, Palhoça e Florianópolis em 10 anos. No mesmo período as quatro cidades ganharam 187 mil habitantes. A equoterapia transforma a vida de pessoas com deficiência e necessidades especiais CAVALO, O MELHOR AMIGO Redes Sociais/Mario Medaglia/Divulgação/BD

267 MIL - Bom Dia Floripa 049.pdfJULHO DE 2018 - ANO V - Nº 49 E X E M P L A R G R Á T I S FLORIPA- SÃO JOSÉ - PALHOÇA - BIGUAÇU - SANTO AMARO DA IMPERATRIZ A CIDADE QUE NÃO

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Page 1: 267 MIL - Bom Dia Floripa 049.pdfJULHO DE 2018 - ANO V - Nº 49 E X E M P L A R G R Á T I S FLORIPA- SÃO JOSÉ - PALHOÇA - BIGUAÇU - SANTO AMARO DA IMPERATRIZ A CIDADE QUE NÃO

JULHO DE 2018 - ANO V - Nº 49

EXEMPLAR G

RÁTIS

FLORIPA - SÃO JOSÉ - PALHOÇA - BIGUAÇU - SANTO AMARO DA IMPERATRIZ

A CIDADE QUE NÃO GOSTA DE PARQUES

Páginas 22 e 23

Página 24

Página 4

CONVERSA DE ESQUINACOM FERNANDO DAMÁSIO

JACK O MARUJOPOR NEI DUCLÓS

Páginas 8 e 9

267 MIL

Isto é o que resta do jardim do paisagista Roberto Burle Marx, que na década de 80 projetouum grande parque urbano na Baía Sul. A área foi destruída e está abandonada.

Por que Florianópolis não gosta de parques? Páginas 4 a 7

IMOBILIDADE URBANA

VEÍCULOS A MAISEste foi o tamanho do crescimentoda frota de veículos em Biguaçu,São José, Palhoça e Florianópolisem 10 anos. No mesmo período

as quatro cidades ganharam187 mil habitantes.

A equoterapia transforma a vidade pessoas com deficiência e

necessidades especiais

CAVALO, OMELHOR AMIGO

Redes Sociais/Mario Medaglia/Divulgação/BD

Page 2: 267 MIL - Bom Dia Floripa 049.pdfJULHO DE 2018 - ANO V - Nº 49 E X E M P L A R G R Á T I S FLORIPA- SÃO JOSÉ - PALHOÇA - BIGUAÇU - SANTO AMARO DA IMPERATRIZ A CIDADE QUE NÃO

2 JULHO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

EDITORJurandir Camargo

COMERCIALFernando Damásio

DESIGN GRÁFICORonaldo Ferro

DIRETORESFernando Damásio e Jurandir Camargo

CIRCULAÇÃO: Florianópolis, São José, Biguaçu, Palhoça, Santo Amaro da ImperatrizENDEREÇOS: Avenida Josué Di Bernardi, 185 - Sala 27 Campinas, São José, Santa Catarina - CEP 88101-200

Rua João Motta Espezim, 1.107 - Saco dos Limões Florianópolis, Santa Catarina - CEP 88045-400

Fone (48) 98477-1499www.bomdiafloripa.com.br / [email protected] / [email protected]

Tiragem: 6 mil exemplaresFUNDADO EM 11 DE OUTUBRO DE 2013

COLABORADORESCarlos Moura, Fernanda Damásio

e Nei Duclós

Em São José, oempoderamento é umarotina na vida das mulheres

há muito tempo. Na década de 60,Albertina Krummel Maciel, a DonaTide, já era vereadora (1963 a 1967)e foi a primeira mulher a presidiruma Câmara em Santa Catarina.Albertina, aliás, morreu em plenacampanha eleitoral de 1976,buscando votos para um novomandato. Depois dela, váriasmulheres passaram pela Câmara. Sónessa legislatura, são quatrovereadoras: Sandra Martins, com 3mandatos, é vice-presidente; MériHang, com 2 mandatos, é 1ªsecretária; Cristina de Souza, em 1ºmandato, é 2ª secretária; e Aline daSilva Castro, filha de político, estáno segundo mandato.

No comando da cidade tambémestá uma mulher, a prefeita AdelianaDal Pont (foi reeleita). No dia 18/7a prefeita tirou férias, e o presidenteda Câmara Orvino Coelho de Ávilaassumiu o cargo. Mas as mulherescontinuam no poder. SandraMartins assumiu a presidência do

Legislativo e comanda a Câmara até3 de agosto, com uma MesaDiretora predominantementefeminina.

Na prefeitura, cinco mulherescomandam secretarias e duasdirigem fundações. No Judiciário asmulheres também são maioria: de22 juízes, 14 são mulheres.

MULHERES NO PODERMARLENE FENGLER, candidata a deputada estadual e a prefeita Adeliana Dal Pont

ORVINO ÁVILA assumiu a prefeitura eSandra Martins a presidência da Câmara

RBS A Operação Zelotes está prestes a finalizar o inquérito que envolve a

RBS. O grupo, agora só gaúcho, é suspeito de pagar suborno em troca deanulação de multas da Receita Federal. Foi o que divulgou o jornalistaPolíbio Braga em seu blog.

FogoO que leva alguém a incendiar um posto de salva vidas? Talvez um

psiquiatra possa dizer o que existe numa mente tão doentia como essa.Mas, como o caso virou serial, é missão da polícia descobrir quem é odesajustado (ou são).

Em pouco mais de um mês, quatro postos de salva vidas foramincendiados em praias do Sul da Ilha. Dois no Campeche, um no Morrodas Pedras e outro no Caldeirão. As estruturas foram totalmente destruídaspelo fogo. Os bombeiros acreditam que os casos estejam relacionados. Apolícia investiga

O negócio é voarGoverno federal, no 1º semestre de 2018, já gastou R$ 320,3 milhões só

com passagens, hospedagens e diárias de servidores. Desse total, R$ 49,3milhões ninguém sabe quem torrou, pois os gastos estão protegidos poruma tal de “garantia da segurança da sociedade e do Estado” . Osprincipais destinos foram Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. OMinistério da Educação foi o que mais gastou: R$ 69,2 milhões em viagensa serviço.

Silezio Sabino/Divulgação/BD

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3JULHO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Pistas de caminhada Esportes radicaisPlayground Quadras esportivas

nossapelaTudo gente.

Para investir, para crescer, para viver:

todos os motivos estão em São José.

E o Novo Parque do Araucária, na

Serraria, é mais um deles. Afinal, são

mais de 9.000 m2 com muito lazer e

segurança para a nossa gente. E

segue o trabalho da Prefeitura de

São José por toda a cidade.

NOVO PAROUEDO ARAUCARIA.MAIS ESPORTEE LAZER PARA SAO JOSE.

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Por que razão uma cidaderejeita um magnífico parque,construído na sua área mais

nobre e central, transforma partedele em terminal urbano, outra parte,com jardins, em estacionamento egaragem de ônibus, e condena o quesobrou desse espaço fantástico a serum depósito de lixo ao ar livre? Aresposta é simples: essa cidade étriste, não gosta de parques.

Foi isso o que os administradoresde Florianópolis fizeram com oprojeto do grande paisagista RobertoBurle Marx, implantado no aterro daBaía Sul no final da década de 80,usurpando da população o direito deusufruir de uma imensa área de lazer,com mais de 50 mil metrosquadrados.

O desrespeito à obra dopaisagista, reconhecido e valorizadopelos projetos que implantou noBrasil e pelo mundo foi um ato tão

grave que os desenhos e fotos dos“Jardins de Burle Marx” emFlorianópolis nem fazem parte doseu respeitado portfólio.

Parece que há uma espécie dedesprezo dos administradores daCapital com a orla e os parques que acidade sonha e reivindica. É umapostura totalmente diferente da

maioria das cidades, como SãoPaulo, por exemplo, que tem 106parques. Ou Curitiba, logo ali, quetem 13 bosques e 16 parques.

Porto Alegre, a vizinha ao Sul,tem oito grandes parques einaugurou no dia 29 de junho últimoo Parque Urbano da Orla Guaíba,um projeto do arquiteto Jaime

Lerner que transformou uma área de1,3 km entre a Usina do Gasômetroe a Rótula das Cuias. São 8,64hectares de área com ciclovia,passeio, mirantes, quadras, bares,restaurante e atracadouro de barcos.Custo: R$ 71 milhões, dinheiro queveio do Banco de Desenvolvimentoda América Latina.

4 JULHO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

A CIDADE QUE NÃO GOSTA DE PARQUESFlorianópolis despreza áreas públicas que podem ser transformadas em parques e melhorar aqualidade de vida dos seus moradores. Espaços como o Parque da Luz, só foramconquistados depois de anos de luta e organização da sociedade civil

ÁREA PROJETADA pelo paisagista Burle Marx virou um espaço abandonado no centro de Florianópolis

Fotos: Redes Sociais/Mário Medaglia/Divulgação/BD

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5JULHO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Construído há mais de 15anos o aterro da ViaExpressa Sul é, hoje, uma

imensa área abandonada semperspectiva de projetos quetransformem esse patrimônio emespaço de lazer para a cidade.

Fora uma antiga ciclovia, o localé ermo e inseguro para quemfrenquenta. Sua construção, nosanos 90, afastou do mar umapopulação de mais de 30 milpessoas (Saco dos Limões eCosteira do Pirajubaé).

Parece até castigo em série.Primeiro, a praia do Saco dosLimões foi aterrada para aconstrução da avenida prefeitoWaldemar Vieira; depois o mar foiempurrado para bem longe com aimplantação do aterro da ViaExpressa Sul; e agora o abandonoda área que deveria ser um parque,justa recompensa para umacomunidade que praticamenteperdeu o convívio com o mar.

A Ufsc quis construir ali o

Parque Viva a Ciência, mas oprojeto parou na burocracia. Outro,a Cidade do Samba, idealizado pelaLiga das Escolas de Samba (Liesf),também não conseguiu entrar naavenida. A ideia era um complexoturístico voltado à cultura, com áreagastronômica, espaço para cursosprofissionalizantes e apresentaçõesmusicais.

Cada nova administração temum novo projeto que, com o tempo,vira papel velho. Como aconteceuna gestão do ex-prefeito CésarSouza Junior: o Ipuf desenhou parao aterro um projeto dos sonhos,mas o pesadelo e o abandonocontinua.

Até no nome da Via ExpressaSul há dúvida. A Polícia RodoviáriaEstadual chamava a via de SC Sul,depois a rodovia ganhou placascom o nome do ex-governadorAderbal Ramos da Silva. E para atorcida do Avaí é a “Transavaiana”,porque leva até o estádio daRessacada.

O antigo acesso para o Sul daIlha, no primeiro aterro do Sacodos Limões, também confunde.Chama-se avenida prefeitoWaldemar Vieira no seu início,

abaixo do túnel Antonieta deBarros, e transforma-se em avenidaJorge Lacerda depois do ArmazémVieira. Para homenagear políticos,sempre há espaço.

ATERRO VIA EXPRESSA SUL

UM ESPAÇO ABANDONADOCJC Engenharia e Projetos/Divulgação/BD

EM 2009, quando esta foto foi feita, a prefeitura ainda limpava a área do aterro

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6 JULHO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

No Campeche uma área commais de 320 mil metrosquadrados, 160 mil deles já

tombados como parque pelomunicípio – o Pacuca (ParqueComunitário do Campeche), e orestante incorporado à vida dobairro como espaço de lazer, culturae esporte, não recebe investimentopúblico e ainda teve uma partedestruída pela Base Aérea.

Para “marcar território” numespaço que é da cidade, os militaresusaram máquina e abriram umaenorme vala bem no meio doPacuca. Derrubaram vegetação,cercaram, interferiram no lençolfreático, destruíram o campo defutebol da SAC. Por ironia, amáquina retroescavadeira usada naação ilegal, pois a área está subjudice, era da prefeitura.

A ação foi interrompida pelo juizda 6ª Vara Federal de Florianópolis,Marcelo Krás Borges, queembargou tudo e determinou àUnião, Floram e IPUF que autuem“as autoridades militares e civis queplanejaram e vem executando essasatividades, independente de estaremlicenciadas ou autorizadas poralgum ente público”.

Também aplicou multas, queestão sendo calculadas peloMinistério Público Federal, órgãoque foi alertado da destruição pelaAssociação dos Moradores doCampeche (Amocam) e acionou aJustiça Federal.

No dia 11 de julho passado,

outro despacho do juiz da 6ª VaraFederal de Florianópolis manteve adecisão proferida no dia 22 dejunho.

A Advocacia Geral da Uniãointerpôs embargos de declaração“com o objetivo de sanar aobscuridade ou contradição ou erromaterial, para que de imediato, sobpena de agravarem-se os prejuízosimpostos à União, revogar-seimediatamente a decisão quedeferiu o pedido de medida liminar,seja pela ausência de seuspressupostos, seja pelo evidenteerro material".

O Ministério Público Federalapresentou contrarrazões e o juizdecidiu que "possui razão o MPF",confirmando que "as expressõeszona costeira e orla marítima não seconfundem" e que "não apenas osterrenos de marinha são objeto dapresente ação civil pública, mastodos os bens públicospertencentes à União, o que incluitambém o próprio da União docampo de aviação do Campeche,situado a apenas 200 metros domar".

Para o juiz federal "resta claroque todos atos executados peloComando da Aeronáutica, noterreno no antigo Campo deAviação do Campeche, afrontam adecisão judicial liminar prolatadanesta ação civil pública".

Foi mais uma vitória da lei e dacomunidade do Campeche.

NO CAMPECHE, BASE AÉREA INVADIUPARQUE E AFRONTOU A JUSTIÇA

No Morro das Pedras osmoradores também lutam paraconsolidar o Parque Morro dasPedras. A Associação Comunitáriacobra da prefeitura o decreto doparque. Em setembro de 2017, oprefeito em exercício João BatistaNunes prometeu que “em um ano”a primeira fase do projeto seriainaugurada.

“Já estamos em julho e odecreto de criação do parque aindanem foi assinado”, protesta emvídeo nas redes sociais o presidenteda associação, André Luiz Vieira.

A área que pode ser o ParqueMorro das Pedras é da prefeitura,tem 100 mil metros quadrados, 14mil deles utilizáveis, e consta noplano diretor como AVL (ÁreaVerde e de Lazer). A comunidade jáelaborou o projeto e entregou à

prefeitura, mas o decretoprometido não sai.

O Parque do Morro das Pedras éfundamental para a sustentabilidadeda região, pois integrará uma áreade lazer comunitária compreservação ambiental a doisoutros espaços importantes, aLagoa do Peri e a praia do Morrodas Pedras. A proposta é criar umuniverso de turismo ecológico decontemplação da natureza, que tempouco impacto na população,diferente do turismo de massa quemovimenta a economia masinterfere na vida da comunidade.

A prefeitura chegou a limparparte da área e fazer terraplanagem,mas parece que as forças que nãogostam de parques também agemno Morro das Pedras.

Parque Morro das Pedrasnão sai do papel

Divulgação/BD

Redes Sociais/Tamara/Divulgação/BD

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7JULHO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Ter áreas públicas transformadas em parque éum direito legítimo de qualquer comunidade.Deveria ser um programa perene do

município, com orçamento e estrutura específica.Mas em Florianópolis qualquer ideia sempre émotivo de muita luta.

Foi assim com o Parque de Coqueiros e com oParque da Luz, duas áreas que a população levouanos para conquistar e mais tempo ainda para aprefeitura entender que a cidade precisa investir emespaços públicos de lazer.

O Parque da Luz é uma área verde criada a partirda conscientização comunitária e ambiental e danecessidade de se preservar e manter a beleza cênicae histórica da cabeceira insular da Ponte Hercílio Luz.

É esse o conceito construído pela Associação dosAmigos do Parque da Luz, organização nãogovernamental criada em 1997 com o “objetivo desalvaguardar e preservar uma área de grande valorhistórico e paisagístico”.

O movimento começou em 1986, com otombamento da Ponte Hercílio Luz e sua reaberturapara pedestres e ciclistas. O projeto do Parque da Luzfoi lançado neste contexto, com vários encontrosartísticos musicais, moções científicas e políticas, atéque o parque fosse compreendido e assimilado pelacultura urbana como espaço vital e indispensável paraa cidade. Em 2001, começou o plantio de mudas e oajardinamento do parque. Foram 15 anos de luta até acidade chamar o Parque da Luz de seu.

PARQUE DA LUZ, LUTA DE 15 ANOS Saindo do limboOutros parques, também

motivo de muita luta, estão parasair do limbo urbano. Um é oParque do Abraão, compensaçãode danos ambientais causados pelaconstrução de condomíniosresidenciais do grupo Cyrela naregião. O projeto existe desde2013, mas a construtora não levouem conta as oito famílias quevivem no local. Novamente aJustiça garantiu direitos e o parquedeve sair.

As outras duas áreas, játombadas por decreto, são asLagoas Pequena e da Chica. Emjunho, a Floram plantou árvoresno entorno da Lagoa Pequena,região que une os bairros do RioTavares e Campeche. É a sementepara consolidar o parque.

Há anos as duas comunidadeslutam contra a ocupação irregularda Lagoa Pequena, o despejoirregular de esgoto e a destruiçãoda fauna e da flora, que aconteceaté hoje. A Amocam (Associaçãode Moradores do Campeche) queliderou uma história de resistênciada comunidade contra a destruiçãoda Lagoinha, agora torce para queas árvores cresçam e deêm osfrutos da construção coletiva.

Divulgação/BD

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8 JULHO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Em 10 anos, de 2007 a 2017, a frota deveículos nos quatro maiores municípiosda Região Metropolitana da capital

cresceu assustadoramente, bem mais que onúmero de novos habitantes. As cidades deFlorianópolis, São José, Palhoça e Biguaçuganharam 187.515 moradores, enquanto que afrota aumentou em 266.960 unidades. Nesses10anos, a diferença foi de 79.345 veículos a maisque habitantes.São números que podem mudar o conceito deque a crise de mobilidade na região é inerente aocrescimento populacional. Não é. O aumentoexponencial da frota é o grande responsávelpelo caos na mobilidade urbana, já que na áreaconurbada os veículos aumentam mais do quegente.

Em 2007, a soma da população das quatromaiores cidades da RM era de 769.525habitantes, para uma frota de 379.878 veículos.Em 2017, a população aumentou para 957.040pessoas e a frota de veículos cresceu para646.718 unidades. Enquanto que as populaçõesde Biguaçu, Palhoça, São José e Florianópolistiveram, juntas, um aumento de 24,4% (2007 a2017), com média de 2,44% ao ano, a frotacresceu 70,2% no mesmo período, com umamédia de 7,02% ao ano. Em 10 anos, a diferençaentre o crescimento populacional e o aumentoda frota foi de 45,8% a favor das máquinas.

Mais carroque gente

Proporcionalmente ao crescimentopopulacional, São José foi a cidade da RegiãoMetropolitana que mais aumentou a frota deveículos em 10 anos, de 2007 a 2017. Veja oquadro:

CIDADE NOVOS HAB. NOVOS VEÍCULOS

Florianópolis 89.115 121.999

São José 42.831 67.464

Palhoça 42.455 58.806

Biguaçu 13.114 18.591

Na comparação do crescimento população/frota, no mesmo período de 10 anos,Florianópolis ganhou 32.884 veículos a mais quenovos habitantes; São José, 24.633 veículosmais; Palhoça, diferença de 16.351 veículossobre novos de habitantes; e Biguaçu, 5.477mais carros que gente.

REGIÃO METROPOLITANA

EM 10 ANOS, 187 MIL NOVOS MORADORESE 267 MIL VEÍCULOS A MAISEm uma década a frota de Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçuganhou 79 mil veículos a mais que o número de novos habitantes

CIDADE POPULAÇÃO VEÍCULOS PROPORÇÃO

Floripa 485.838 348.918 1,39 Hab/VeículoSão José 239.718 158.137 1,51 Hab/VeículoPalhoça 164.926 109.306 1,50 Hab/VeículoBiguaçu 66.558 42.417 1,56 Hab/Veículo

Frota em junho tinha 658 mil veículosA situação da mobilidade urbana, hoje, é bem

mais caótica que os números analisados noperíodo 2007/2017. Até o final de junhopassado, último mês da estatística doDepartamento Estadual de Trânsito sobre a frotade veículo por município, as quatro maiorescidades da Região Metropolitana já tinham,juntas, 658.778 veículos.Como a próxima estimativa populacional doIBGE, para o ano de 2018, só deve ser divulgada

em agosto próximo é possível comparar apenas arelação da frota de junho de 2018 com aestimativa populacional das quatro cidades em2017. Naquele ano, somados, Biguaçu, Palhoça,São José e Florianópolis tinham 957.040habitantes. De acordo com esses dois númerosdisponíveis, a relação é de um veículo para cada1,45 habitante. Veja a relação habitante frota nas quatro cidadesaté junho de 2018:

Divulgação/BD

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9JULHO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

REGIÃO METROPOLITANA

Aexplosão no crescimento dafrota de veículos nos quatromaiores municípios da RM

não veio acompanhada da necessáriainfraestrutura. Nos últimos 20 anos,a região ganhou apenas 25 Km denovas rodovias (algumas ainda nãoentregues). A infraestrutura viária daregião caminha na contramão docrescimento da frota. Se fossemostentar enfileirar os 267 mil novosveículos agregados à frota nosúltimos 10 anos, nos 25 mil metrosde extensão de novas viasconstruídas nos últimos 20 anos,mais 260 mil veículos ficariam defora. A conta é simples: como cadaveículo tem, em média, 4,5 metrosde comprimento em 25 km deestrada caberiam 5.555 veículos, umcolado no outro. A comparaçãoserve para mostrar a saturação dosistema viário para a massa de novos

veículos da Região Metropolitana: odéficit no sistema viário émonstruoso.

Novas vias - Nesses 20 anos,apesar dos grandes gastos na rubrica“estrutura viária”, pouca coisa foifeita. Em São José, por exemplo, acidade ganhou 2,6 Km de pistas naBeira-mar, com apenas um sentido.No Continente, o Estreito tambémganhou sua Beira-mar, com 2,3 Kme só uma mão. Na Ilha, foramduplicados 6,6 Km da SC 401 eampliada uma pista de 2,8 Km na SC405. A duplicação da Av. DiomícioFreitas, até o Floripa Airport, estáempacada em desapropriações,assim como o elevado do RioTavares, que não avança além dametade. E restam ainda duas grandesobras emblemáticas: o contornoviário da Grande Florianópolis, que

deveria ter sido entregue em 2012 etem só 32 dos 50 Km emandamento; e a nossa rainha, a PonteHercílio Luz, que já consumiu R$600 milhões e continua com aqueleaspecto de Titanic ressuscitado.

Um ônibuspara 369pessoas

Enquanto o total de veículosindividuais acelera, o crescimento donúmero ônibus está em marcha à ré.Até o final de junho de 2018, dafrota de 658.778 veículos nas quatromaiores cidades da RM apenas 2.589eram ônibus. Como Biguaçu, SãoJosé, Palhoça e Florianópolis têm,

somados, 957.040 habitantes, arelação é de um ônibus para cada369 pessoas.

DÉFICIT DE NOVAS VIAS É CONSTRANGEDOREm 20 anos a região ganhou apenas 25 km de vias estruturais.Nelas, caberiam 5.555 veículos. Ficam de fora mais de 260 mil

Iphan/Divulgação/BD

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10 JULHO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

ILHA SEM MAGIA

Florianópolis sempre foi líderde alguma coisa. O ufanismoe o oportunismo oficial já

nos definiu como a “Capital doMercosul”, “Campeã em qualidadede vida”, “Melhor lugar para criarfilhos”, “Líder no consumo defrutas e hortaliças”, “Cidadenúmero 1 no Brasil em plantio deárvores”, “Terceira cidade brasileiraque mais recebe eventosinternacionais”, “Terceiro destinode turismo e lazer”, etc. Tudo issoficou para trás.

O impacto que as belezasnaturais da Ilha ainda provocamnas pessoas está sendo rapidamentesufocado pelas mazelas urbanas.Ainda continuamos superlativos

mas, agora, porque temos um dospiores trânsitos do país, muitaspraias impróprias para banho,violência que amedronta, e umacrescente degradação social.

Cartões postais como a PraçaXV, Mercado Público, Largo daAlfândega e ruas do centromostram, toda hora, exemplos danossa incapacidade de enfrentar esocorrer a degradação humana.

É a vida da cidade, semmaquiagem. E não há marketing ouclassificação ufanista capaz deesconder a repetição de cenas dessecotidiano cruel.

A Ilha da Magia está caindo narealidade.

Fotos: Ricardo Farias/Divulgação/BD

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11JULHO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Fotos: Jurandir Camargo/BD

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12 JULHO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

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13JULHO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

DIRETO DO CAMPOSACO DOS LIMÕESAVENIDA WALDEMAR VIEIRA

(ESTACIONAMENTO PRÓPRIO)

AQUI VOCÊENCONTRA

PRODUTO DIRETODO PRODUTOR.

CULINA OUTIQUE

VINHOS, AÇOUGUE

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14 JULHO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

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15JULHO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

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17JULHO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

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18 JULHO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Aequoterapia, métodoterapêutico que utiliza ocavalo para abordagens nas

áreas de saúde, educação eequitação, vem transformando avida de muitas pessoas comdeficiência e/ou com necessidadesespeciais.

Nesse processo, o cavalo é oagente promotor de ganhos físico epsíquico, porque a atividadeproporcionada pela equoterapiaexige a participação do corpointeiro, contribuindo para odesenvolvimento da força muscular,relaxamento, conscientização dopróprio corpo e aperfeiçoamentoda coordenação motora e doequilíbrio.

A interação com o cavalo,incluindo os primeiros contatos, oscuidados preliminares, o ato demontar e o manuseio finaldesenvolvem, ainda, novas formasde socialização, autoconfiança eautoestima.

Essa proposta de trabalho édesenvolvida no Centro EsquestreCantagalo, um espaço no meionatureza com árvores, pássaros evista do mar e da montanha que ficano bairro João Paulo, na ruaFrancisca Ines da Costa, 342.

O coordenador das atividades deequoterapia, o psicólogo AngeloScarlassari Neto diz que o lequeterapêutico acolhe pessoas comnecessidades especiais, comdificuldades de aprendizagem,portadores de transtornoscomportamentais e TDH(Transtorno de Déficit de Atençãoe Hiperatividade) e Autistas, que sãotrabalhados física e

emocionalmente.“O cavalo transfere para a

pessoa, através da pelve (bacia), ummovimento tridimensional que é95% similar ao caminhar humano, edesenvolve o equilíbrio, a postura,fortalecimento e a consciênciacorporal da pessoa”, explica.

Alguns exemplos dos benefíciosda equoterapia. Na Síndrome deDow, que é genética e causa a faltaou perda do tono muscular(hipotonia), a equoterapia ajuda amelhorar a postura. O cavalo ativa oequilíbrio de pessoas vítimas deAVC encefálico; e os amputadostambém ganham benefícios físicosao montar a cavalo.

Angelo diz que os ganhosemocionais são importantes, pois ocavalo é um símbolo forte, muitopresente na vida das pessoas atravésda história, filmes e até contos defada.

“O cavalo é um ser de grandeporte, com força, e além dissomuito afetuoso. A partir dessarelação, as pessoas melhoram aautoestima (segurança), aautonomia (independência) e aautoimagem”.

A equoterapia é atividadecomplementar aos tratamentos queos médicos ministram aos seuspacientes com deficiência e/ou comnecessidade especiais.

A equipe do Centro EquestreCantagalo atende hoje 40 dessespacientes na equoterapia. Além dopsicólogo Angelo Scarlassari Neto,o grupo multidisciplinar é integradopelo equitador Fabiano Souza,proprietário do Centro; ofisioterapeuta Bruno Agostini; a

educadora física Juliana Gelbck; e oauxiliar guia Tainara Mello.

São eles que promovem aaproximação dos pacientesespeciais com o mundo do cavalo:hábitos, alimentação, cuidados,manejo. O primeiro contato com oanimal é na escovação,procedimento que faz o cavalointeragir. “É tudo lúdico. Otrabalho é ao ar livre e com pessoasmotivadas. Cerca de 80% dascrianças nunca tiveram contato comanimal que não seja cão e gato. Arelação com o cavalo fica namemória. De 600 pacientesatendidos, só um não montou”, dizAngelo, que tem formação como

equoterapeuta pela AssociaçãoNacional de Equoterapia, aAndeBrasil.

Em abril, aliás, Florianópolissediou o Congresso Latino-americano de Equoterapia. Oobjetivo foi difundir a produçãocientífica e mostrar que o trabalhotem resultados. Outro evento serádia 6 de outubro, promovido pelaAndeBrasil, uma programaçãoesportiva de para enduro equestre,com alunos em nível final, já comautonomia com o cavalo.

Além da equoterapia, o CentroEquestre Cantagalo tambémdesenvolve programas de equitaçãolúdica e equitação.

EQUOTERAPIA

O CAVALO COMO MELHOR AMIGO

“O cavalo é um ser de grande porte, comforça, e além disso muito afetuoso. A partirdessa relação, as pessoas melhoram aautoestima, a autonomia e a autoimagem”.

Divulgação/BD

Divulgação/BD

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20 JULHO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

[email protected]

DESTAQUEFernanda

EmpreendedorasAs mães empreendedoras do ClubePandora se reuniram para comemorarum ano de união do grupo. A colunaparabeniza e deseja muito sucesso. 

LondonAdvogado Rodrigo Cantu aproveitou as fériaspara descansar e conhecer as maravilhas deLondres. Na foto, ele aparece ao lado da TowerBrigde, um dos pontos turísticos mais visitadosda capital da Inglaterra.

AliançasDiego do Amaral e

Francielli Silveirafinalizam os últimosdetalhes e aguardamansiosos para a troca

de alianças, dia28/07. 

ClickA fotógrafa Bruna Guimarães pousou para aslentes da amiga, a também fotógrafa Carla

SaborJaime Menezes, Marcos Nishino e Theo Nígerinauguraram o Su Poke Bar, na Lagoa daConceição. Bar gastronômico especializado emPoke (iguaria do Havaí que fica entre o temakiaberto e o ceviche, para comer com hashis),culinária oriental e drinks autorais.

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21JULHO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

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22 JULHO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Fernando Damásio

e-mail: [email protected](48) 98477-1499

PrestigiandoO editor do jornalBom Dia, jornalistaJurandir Camargo eeste colunista foramprestigiar a posse dopresidente Câmara,vereador OrvinoCoelho de Ávila,como prefeito dacidade de São José. Atitular, Adeliana DalPont, tirou umperíodo de licença.

VitóriaJuliana Orige Damásio e seu esposo Brunofelizes da vida com a vitória conquistada peloseu cão na exposição de raça em Porto Alegre.O belo animal saiu de lá com a medalha deprimeiro lugar da raça.

Dá-le AmareloRodrigo Andrade, o popular Amarelo, secretário de Planejamento daprefeitura de São José junto com a prefeita Adeliana Dal Pont e ochefe da Casa Civil, Lédio Coelho, na festa de seu aniversário.

Bem coma vidaO boa praçaDr. MarcoAurélioMoreiradesfruta da belapaisagem emfrente ao seuapartamento deBalneárioCamboriú. Elefaz o que maisgosta: uma boaleitura.

CinquentõesEste seleto grupo,aberto a todos commais de 50 anos, sereúne todos ossábados no Cantodo Rio (Ribeirão daIlha) para colocar asaúde e o preparofísico em dia

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23JULHO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Aniversário do PertubaUm seleto grupo de amigos se reuniu em Barreiros para comemorar oaniversário de Almir José da Silva, o popular Pertuba, grande figura queeste colunista também faz questão de felicitar.

Dia do amigoNo Dia do Amigo (20/7) Marcelo, Jurandir Camargo, Angelo Antonio,Marco Gion, Fernando Damasio, Aramis e Marcos Escobar seencontraram no restaurante Sufocos, em frente a Lagoinha Pequena,no Campeche, para comemorar a data. 

Belo grupoDona Norma, Arlete, Isabel e Regina, sempre juntas, fazemuma pausa para o café da tarde. O grupo realiza trabalhosmanuais para famílias carentes.

Quarteto nota 10Wilson Correa, João do Ovo, Wilson Elias e Dr. Venturacomemorando a vida

Os melhoresNo restaurante Gaitaço, no CTG Os Praianos, a dupla de garçonsé responsável pelos quilinhos a mais de seus clientes.

Cai ou não cai?Este é o estado da Ponte Colombo Salles. O concreto está visivelmenteesfarelando e a ferragem exposta à ferrugem. Quanto tempoa ponte vai resistir ao descaso?

Redes Sociais/Miltinho Cunha/Divulgação/BD

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Nei Duclós

Jack o Marujo tem faladomuito nas últimas semanas.Sempre de maneira concisa e

na lata, no bate pronto. Abordaassuntos pontuais e filosóficos,sem pompa, como é do seu feitiode velho lobo do mar. Nestaedição, suas recentes respostas ealgumas clássicas de uma verveimpagável.

- Pense nisso, capitão. - É inútil. Você já pensou nisso

por mim, disse Jack o Marujo.

- Preciso que vá até o iceberggigante para avaliar a situação, disseo Almirante. O sr. tem coragem?

- Se for uma ordem, tenho, disseJack o Marujo.

- O Almirante era um homem doseu tempo, disse o professor. O

tempo em que ele nasceu e viveu.- Que coincidência, disse Jack o

Marujo.

- Por que pessoas tão boas,corretas e bem intencionadas vãoter que voltar a nado, capitão? Quecrime cometeram?

- Mandaram vídeos e fotos pararepassar, disse Jack o Marujo.

Como o capitão descobre quealguém não presta?

- Quando falam que merespeitam, disse Jack o Marujo.

- Erro porque sou humano, disseo visitante.

- Não, erras porque incorres emerro, disse Jack o Marujo. Deixe oresto da humanidade fora disso.

- O sr já teve carro, capitão? - Já, mas não deu certo, disse

Jack o Marujo. Em vez de ligar o

motor eu ficava esperando o vento.E na hora de frear procurava aâncora.

O capitão desce os degraus doônibus de maneira trôpega.

- O sr. não está tão velho assimpara andar desse jeito, comentoualguém.

- Estou treinando, disse Jack oMarujo.

-O sr. tem insônia, capitão? -Sempre. Netuno me acorda nas

horas mais impróprias, disse Jack oMarujo.

- O que o sr faz quando erra,capitão?

- Faço autocritica, mas não épara concordar comigo, disse Jack oMarujo.

- Quando eu for capitão como osenhor, vou dar ordens em versos,

disse o novo grumete.- Admirável, disse

Jack o Marujo. Penaque poesia nãoconvence. A marujadaprefere impropérios.

- Como o sr.aguenta o frio em altomar, capitão? O ventogelado constante, aumidade até os ossos?

- Só a terra é fria,disse Jack o Marujo. Omar é minhatemperatura, navegaro meu clima.

- Por que falar deflores com tantaguerra?

- Porque as floresserão a únicahomenagem justa aosbravos em tempo depaz, disse Jack oMarujo

- O sr. sempre falao que pensa, capitão,ou costuma guardar?

- Costumo guardar.Só falo o que sinto,disse Jack o Marujo.As palavras pousamem mim no alto mar.Escolho as que podem

me ferir, não as que podem matar.

- Tem gente dizendo que a terraé plana, capitão.

- Verdade, mas forma umcírculo, disse Jack o Marujo. Igual auma mesa redonda. É onde caem asestrelas mortas.

- Ninguém dá a minima para oque os outros dizem, capitão.

- Antigamente as paredes tinhamouvido, disse Jack o Marujo. Hojeelas estão surdas.

- Por que as pessoas mentemtanto, capitão?

- Porque estamos numademocracia, disse Jack o Marujo. Averdade é voto vencido.

- O sr acha isso mesmo, capitão?Concorda com quem falou?

- Quem acha devolve ao dono,disse Jack o Marujo.

- O sr. jogou futebol na infância?- Não precisava. Tínhamos o

Pelé, disse Jack o Marujo.

IR PARASEMPRE

- Quanto tempo o sr. tem demar, capitão?

- Perdi a noção, disse Jack oMarujo. Embarquei pela primeiravez antes de nascer. Fui deixadonum convés, onde aprendi com osnaufrágios e o vento.

- Há quanto tempo! O que temfeito?

- Viajei no mar. Nunca chegueiao destino. O infinito não temporto, disse Jack o Marujo.

- Depois de uma vida inteiranavegando, enfrentando inimigos etempestades, sendo ferido em cadaviagem, passando dificuldades,sobrevivendo a naufrágios, o quequeres mais do mar, capitão?

- Distância, disse Jack o Marujo.

- Falta muito, capitão?- Falta pouco, apenas coragem,

disse Jack o Marujo.,

FALTA APENAS CORAGEM

24 JULHO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

JACK O MARUJO