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NOVÍSSIMO DICIONÁRIO DE ECONOMIA

[FMI] Novíssimo Dicionário de Economia

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  • NOVSSIMO DICIONRIODE ECONOMIA

  • NOVSSIMO DICIONRIODE ECONOMIA

    Organizao e superviso dePAULO SANDRONI

    1999

  • Copyright Crculo do Livro, 1999

    Todos os direitos reservados

    Colaboradores da 1 edio do Novssimo Dicionrio de EconomiaAdriano Biava, Antnio Corra de Lacerda, Carlos Donizeti M. Maia, Claudemir Galvani, CludiaHelena Cavalieri, Celso Waac Bueno, Cleusa Sacardo, Cristina Helene P. Mello, Francisco Vignoli,

    Gilmar Masiero, Gilval Mosca Froelich, Jair Pereira dos Santos,Jos Benedito Zarzuela Maia, Jos Mrcio Camargo, Ladislau Dowbor, Mrcia Flaire Pedrosa, Maria

    Teresa Audi, Orozimbo Jos de Moraes, Renaldo Antnio Gonalves, Ricardo Bonanno, RubensSawaya, Saulo de Tarso e Sousa, Sigmar Malvezzi, Slvio Miyazaki (consultoria)

    Alessandro Maia Carmona, Christina M. Borges, Gilvanir Batista da Silva, Jorge Lus Okomura,Luciano Nava, Lus Alberto M. Sandroni, Marise Rauen Viana, Mateus Dias Maral (pesquisa)

    CRCULO DO LIVRODireitos exclusivos da edio em lngua portuguesa no Brasil

    adquiridos por Crculo do Livro Ltda.que se reserva a propriedade desta traduo

    EDITORA BEST SELLERuma diviso do Crculo do Livro Ltda.

    Rua Paes Leme, 524 - 10 andar - CEP 05424-010Caixa Postal 9442 - So Paulo, SP

    1999

    Impresso e acabamento: Grfica Crculo

  • Apresentao

    Medo maior que se tem de vir canoando num ribeirozinho e dar, semespera, no corpo dum rio grande, no dizer de Guimares Rosa, o que nosaconteceu pela terceira vez, agora em 1999. De fato, esta a terceira reviso deum trabalho de pesquisa inicialmente publicado h catorze anos. A misso doDicionrio de Economia em sua primeira verso foi ajudar os leitores da coleoOs Economistas, lanada em meados da dcada passada. Seus 48 ttulos foramesquadrinhados por um verdadeiro exrcito de garimpeiros, que selecionaramcerca de 1500 conceitos que poderiam apresentar alguma dificuldade aos leitores.Alertvamos, contudo, desde ento, que o dicionrio era um guia, mas a travessiaficava por conta do leitor.

    A primeira reviso ocorreu em 1989, quando incorporamos mais quinhentosverbetes, ampliamos os anteriores e acrescentamos boa quantidade de termossobre a economia brasileira, alm de incluirmos todos os novos verbetes sobreos planos Cruzado, Bresser e Vero. Iniciamos tambm uma prtica que felizmentese intensifica cada vez mais: a incorporao de sugestes de leitores, tanto noque se refere a conceitos novos como correo de erros, que so inevitveis. Asopinies dos usurios, entre os quais destaco as dos alunos da Faculdade deEconomia e Administrao da Universidade Catlica e da Escola de Administraode Empresas da Fundao Getlio Vargas de So Paulo, foram de grande valia.

    Na reviso de 1994, ampliamos consideravelmente o nmero de verbetes re-lacionados com conceitos tericos, mas tambm incorporamos muitos elementosda rea de estatstica. Em funo do intenso processo inflacionrio ento existente,alm de esmiuarmos o Plano Collor, introduzimos vrios termos novos vincu-lados questo monetria e poltica fiscal.

    Nesta 1. edio do Novssimo Dicionrio de Economia, foram incorporados cercade 1500 verbetes novos, relacionados com as mudanas na economia brasileiradepois do Plano Real (mesmo com o risco de rpida obsolescncia), com as con-seqncias do processo de globalizao, as crises do Sudeste Asitico, os ataquesespeculativos, as anlises do risco e da incerteza, o nascimento do Euro, biografiasde economistas nacionais e estrangeiros e, tambm, com a nossa formao histrica,econmica e financeira.

    Embora j tenhamos ultrapassado os 4mil verbetes, o dicionrio obra aberta,que no comporta ponto final. Como tambm obra essencialmente coletiva,esperamos continuar contando com o apoio e as crticas dos leitores, indispensveispara o aprimoramento futuro de nosso trabalho.

    Paulo Sandroni

  • A A. A letra A tem uma srie de significados comoabreviao de conceitos ou termos tcnicos emeconomia e finanas. Pode significar: 1) aceite;2) action (ao, em francs); 3) anna (unidademonetria da ndia); 4) argent (dinheiro, em fran-cs); 5) assinado; 6) auditado; 7) classificao su-perior de ttulos e/ou aes de acordo com aMoodys Investor Bond Rating e a Standard &Poors Bond Rating; 8) American Stock Exchan-ge (Nova York). Veja tambm Moodys InvestorsService; Standard & Poors.

    AA. Iniciais da expresso em ingls after arrival,que significa depois da chegada e designauma situao na qual determinada ao umpagamento, por exemplo s se realizar de-pois da chegada de uma mercadoria ou de umnavio que a transporta. Significa tambm umaclassificao de qualidade de ttulos ou aesdesenvolvida pela Standard & Poors e pelaMoodys Investors. Veja tambm Moodys In-vestors Service; Standard & Poors.

    AAA. Classificao dada pela Standard & Poorsaos ttulos de corporaes ou de governos (mu-nicipais) da mais elevada qualidade, nos quaiso pagamento do principal e dos juros realizadono vencimento. Os ttulos classificados poraquela empresa como AAA, AA, A, e BBB eaqueles classificados como Bbb para cima pelaMoodys Investors so considerados ttulos parainvestimento de bancos e instituies de pou-pana como ttulos recomendveis de investi-mento. Veja tambm Bond Rating; Moodys In-vestors Service; Standard & Poors; Ttulos deInvestimento.

    AAAA. Iniciais de American Association of Ad-vertising Agencies (Associao Americana deAgncias de Publicidade), tambm chamada deQuatro As. Sediada em Nova York, congrega asprincipais agncias de publicidade dos EstadosUnidos, possuindo um cdigo de tica e de pr-tica de negcios.

    AAD. Iniciais das expresses em ingls appro-priation account data, que significa data de re-gistro contbil, e at a discount, que significacom desconto.

    AAR. Iniciais da expresso em ingls against allrisks, que significa contra todos os riscos. Se

    estas iniciais estiverem includas num contratode seguros, significa que o contrato cobre todosos riscos.

    A/D. Iniciais da expresso em ingls assets anddepreciation, que significa ativos e depreciao.

    A1. Abreviao de first class, que significa pri-meira classe. Aplicada a ttulos e/ou aes, in-dica que so papis de primeira linha, isto ,papis de elevada confiabilidade, grande liqui-dez e rentabilidade, emitidos por empresas s-lidas e de boa reputao no mercado.

    AB INTESTATO. Expresso em latim que sig-nifica sem deixar testamento, quando aconte-ce no caso de quem morre sem deixar testamentoou herdeiro testamentado. Existe uma tendnciade aportuguesar a expresso para abintestado.

    ABAIXO DA LINHA (Below the Line). Expres-so utilizada na anlise do Balano de Pagamen-tos, designando o ponto ou a linha que separaas transaes correntes (Balana Comercial + Ba-lana de Servios + Transferncias Unilaterais)do Movimento de Capitais (Investimentos, Em-prstimos e Financiamentos, Amortizaes e Ca-pitais de Curto Prazo). Este enfoque impor-tante na medida em que um dficit em transa-es correntes obriga a uma entrada substancialde capitais para equilibrar o Balano de Paga-mentos. Acima da Linha (Above the Line) so astransaes correntes. O termo tambm utili-zado entre as empresas, para as quais despesasacima da linha so aquelas utilizadas na pu-blicidade e propaganda diretas, e os gastos abai-xo da linha referem-se a outros tipos de promo-o de vendas como brindes, ofertas a preo decusto etc.

    ABAMEC Associao Brasileira dos Analis-tas de Mercado de Capitais. Organismo quecongrega profissionais do mercado financeiro,com sede no Rio de Janeiro.

    ABANDONMENT VALUE. Expresso em in-gls que significa o montante que pode ser ob-tido mediante a liquidao de um projeto antesque seu ciclo de vida econmica tenha termina-do. Veja tambm Valor de Sucata.

    ABANDONO DE SERVIDO. Situao na qualo proprietrio do prdio serviente deixa, porquaisquer motivos, de usar uma servido, po-dendo assim o proprietrio do prdio dominan-te fazer uso dela. Veja tambm Servido.

    ABCISSA. O eixo horizontal (x) num grficobidimensional onde os valores de uma varivelso registrados.

    ABECIP Associao Brasileira das Entida-des de Crdito Imobilirio e Poupana. Socie-

    7 ABECIP

  • dade civil de direito privado, sem fins lucrativos,criada como entidade de classe das empresasde crdito imobilirio, de mbito nacional. Temcomo finalidades: colaborar no aprimoramentode suas associadas, zelar pelo legtimo interessede suas associadas, cooperar com o governo eoutras instituies nacionais, estrangeiras e in-ternacionais que objetivem propiciar o desen-volvimento do setor de crdito imobilirio, e exi-gir o cumprimento de normas ticas.

    ABERDEEN, Lei. Veja Lei Aberdeen.

    ABERTURA DOS PORTOS. Ato pelo qual oregente portugus dom Joo VI liberou os portosbrasileiros para o comrcio com as naes ami-gas, particularmente a Inglaterra, extinguindodessa forma o monoplio comercial de Portugalcom o Brasil Colnia. Foi decretado pela CartaRgia de 28 de janeiro de 1808, em Salvador, aconselho do visconde de Cairu e logo que o prn-cipe regente chegou ao Brasil, premido pela in-vaso napolenica. Representou um srio golpepara a poltica mercantilista de Portugal e umpasso importante rumo separao poltica doBrasil. Veja tambm Cairu, Visconde de; Mer-cantilismo.

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tc-nicas. Sociedade civil sem fins lucrativos fun-dada no Rio de Janeiro em 1940 pelo engenheiroPaulo S, com o objetivo de elaborar normastcnicas para atividades de cunho cientfico, co-mercial e industrial e incentivar a padronizaode medidas no pas. Abrange especificaes, m-todos de ensaio, de execuo de servios e obras,cdigos de segurana e terminologia. Suas de-terminaes so adotadas pelos governos fede-ral, estaduais e municipais nas compras e con-tratos de servios. A ABNT a representantedo Brasil na ISO (International Organization forStandardization). Veja tambm ISO 9 000.

    ABO. Iniciais da expresso em ingls admnistra-tion by objectives, isto , administrao por ob-jetivos, conceito introduzido durante os anos50 por Peter Drucker, e da expresso em alemoAbsatz-und Bezugsorganisation, que significa or-ganizao de compras e marketing (marketingand purchasing organization). Veja tambm Druc-ker, Peter.

    ABOVE THE LINE. Veja Abaixo da Linha.

    ABRAPP. Sigla de Associao Brasileira das En-tidades Fechadas de Previdncia Privada.

    ABRASO. Em relao s moedas, especial-mente as de prata e ouro, consiste na perda depeso devido ao uso e circulao.

    ABRASCA Associao Brasileira das Socie-dades Annimas de Capital Aberto. Organismo

    que congrega as empresas de capital aberto, comsede no Rio de Janeiro.

    ABRH. Iniciais de Associao Brasileira de Re-cursos Humanos.

    ABRIDOR DE CUNHOS. Denominao dadaqueles que preparavam os moldes (geralmenteem ferro) nos quais os metais preciosos (ouro eprata, mas tambm o bronze) eram batidos(prensados) para a fabricao de moedas. Osabridores de cunhos eram recrutados geralmen-te entre os ourives, isto , entre aqueles que jtinham alguma experincia em lidar com metaispreciosos. O primeiro abridor de cunhos no Bra-sil foi Domingos Ferreira Azambuja, que desem-penhou esta funo na recm-criada Casa daMoeda, em Salvador (Bahia), a partir de 1694.

    ABSENTESMO. Sistema de explorao agrco-la caracterizado pelo fato de o proprietrio vivermuito distante de suas terras e raramente visi-t-las para administrar a produo. O proprie-trio absentesta v em sua propriedade exclu-sivamente uma fonte de renda, no estabelecen-do vnculos mais profundos com a terra e comos que nela trabalham. Exemplo de absentesmoencontra-se nos proprietrios rurais irlandesesdos sculos XVIII e XIX, que viviam na Ingla-terra. Essa situao foi descrita por Maria Ed-geworth, no incio do sculo XIX, em seu ro-mance The Absenteist. O termo usado tambmpara designar o nmero de faltas, ou a porcen-tagem de ausncias dos empregados ao trabalho,numa empresa, instituio governamental etc.Quando esta porcentagem ultrapassa 2%, con-sidera-se que a empresa onde isso acontece estenfrentando um problema de absentesmo. Vejatambm Agricultura; Sistemas Agrrios.

    ABSOLUTISMO. Forma de governo na qual aautoridade do monarca, que se confunde como prprio Estado, se investe de poderes absolu-tos, limitados apenas por sua vontade. Organi-zao poltica caracterstica do perodo de for-mao e consolidao dos Estados modernos,dominou a sociedade europia entre os sculosXV e XVIII. No plano da economia, correspon-deu poca da Revoluo Comercial ou do mer-cantilismo. Originrio da crise do feudalismo, oEstado absolutista, aliado burguesia mercantil,empreendeu a integrao do mercado nacional,quebrando as barreiras regionalistas do feudo eda comuna; instituiu o protecionismo econmi-co; criou impostos e armou exrcitos; realizouas conquistas ultramarinas e imps o monopliodo comrcio colonial. Foi ainda nesse regime quea aristocracia (nobreza e clero) assegurou a ma-nuteno de muitas formas de explorao dasterras, tpicas do feudalismo, intensificando-se,ao mesmo tempo, a apropriao das terras co-

    ABERDEEN 8

  • munais por grandes proprietrios. Veja tambmBurguesia; Feudalismo; Mercantilismo; Revo-luo Comercial.

    ABSTINNCIA. Privao voluntria do consu-mo atual em nome de uma produo futuramaior mediante a acumulao de capital. Ex-posta pela primeira vez por Nassau Senior e de-fendida por outros economistas como forma b-sica de acumulao de capital, a teoria da abs-tinncia foi vivamente criticada por Karl Marx,que mostrou como a acumulao primitiva ca-pitalista se fez por outros processos. Veja tam-bm Acumulao Primitiva de Capital; Forma-o de Capital.

    ABUNDNCIA. Estado de fartura e riquezaque possibilitaria a plena satisfao de todas asnecessidades econmicas, seja as de bens de con-sumo, seja as de servios. As utopias econmicascolocam-na como meta final da atividade hu-mana. Veja tambm Escassez; Utopia.

    ABUNDANCISMO. Teoria econmica defendi-da por John Kenneth Galbraith em seu livro TheAffluent Society (A Sociedade Afluente), publi-cado em 1958. Para Galbraith, o alto estgio aque chegaram a tecnologia, a produo e a dis-tribuio de bens de consumo tornou plenamen-te possvel a superao das precrias condieseconmicas em que vivem as camadas mais po-bres da populao. Seriam necessrias, no en-tanto ainda segundo Galbraith , certas re-formas que, sem alterar a estrutura do sistemacapitalista, criassem mecanismos compensat-rios para impedir uma excessiva desigualdadeentre as diversas camadas da populao. Entreesses mecanismos esto o controle dos mono-plios e as associaes de proteo ao consumi-dor. Veja tambm Galbraith, John Kenneth.

    AAMBARCAMENTO. Prtica comercial queconsiste em reter ou aambarcar matrias-pri-mas, bens de capital ou gneros de primeira ne-cessidade, com o objetivo de provocar uma ele-vao nos preos, dominar o mercado ou elimi-nar concorrentes. O aambarcamento pratica-do sobretudo pelos grandes monoplios que do-minam determinado setor da produo ou docomrcio. No Brasil, considerado crime contraa economia popular de acordo com o art. 3,inciso IV, da lei n 1 521, de 26-12-1951. A penavaria de dois a dez anos de priso. Apesar decontar com mais de 40 anos de existncia, estalei tem sido desrespeitada com grande freqn-cia, sendo raros os casos de empresrios aam-barcadores que tenham cumprido pena de pri-so por reteno de gneros de primeira neces-sidade, especialmente durante as pocas de con-gelamento de preos, como aconteceu duranteos diversos planos econmicos a partir de 1986

    com o Plano Cruzado. Veja tambm Plano Col-lor; Plano Cruzado.

    AO. Documento que indica ser seu possui-dor o proprietrio de certa frao de determi-nada empresa. Existem vrios tipos de aes,cada um dos quais definindo formas diversasde participao na propriedade e nos lucros daempresa. Aes ao portador (extintas pelo PlanoCollor) no trazem expresso o nome de seu pos-suidor, sendo, portanto, daquele que as tiver emseu poder. Aes nominativas pertencem exclusi-vamente pessoa nelas nomeada e s podemser negociadas mediante registro em livro espe-cial da empresa que as emitiu. Aes endossveisso aes nominativas que podem ser negocia-das mediante simples endosso de seu proprie-trio. Aes ordinrias conferem a seu possuidoro direito de eleger a diretoria da empresa; emcontrapartida, seus possuidores somente tm di-reito distribuio dos dividendos depois depaga a porcentagem prioritria a que tm direitoos portadores de aes preferenciais. Aes pre-ferenciais so aquelas cujos possuidores tm di-reito de receber uma porcentagem fixa dos lu-cros, antes de distribudos os dividendos da em-presa. Quando a ao preferencial emitida coma clusula de direitos cumulativos, isso d a seuspossuidores o direito de participar no s dosdividendos do ano em curso, mas tambm dosanos anteriores, na porcentagem estabelecida,desde que esses dividendos no tenham sidodistribudos por qualquer razo. Caso a empresaentre em liquidao, as aes preferenciais go-zam da mesma prioridade. Em alguns casos, ospossuidores de aes preferenciais podem terdireito a voto, mas em menor extenso que oportador de aes ordinrias. Veja tambm Pla-no Collor.

    AO AGUADA. Aquela resultante da emis-so de aes cujo valor nominal excede o capitalinvestido numa empresa, resultando na baixado preo de mercado das j existentes. Veja tam-bm Watered Stock.

    AO BOJUDA. Veja Ao Cheia.

    AO CARECA. Veja Ao Cheia.

    AO CHEIA. Ao que contm dividendose/ou bonificaes a receber e que tambm con-tm direitos de subscrio de novas aes emdecorrncia de aumento do capital de uma em-presa, tambm chamada Ao Bojuda. O con-trrio de Ao Vazia ou Careca, isto , da aocujos direitos de dividendos, bonificaes esubscries j foram exercidos.

    AO DE COMPANHIA FECHADA. Ao deempresa no registrada junto s autoridades

    9 AO DE COMPANHIA FECHADA

  • competentes e, portanto, impedida de ser nego-ciada nas Bolsas de Valores.

    AO DE FRUIO. Ao emitida em subs-tituio quelas que j foram totalmente amor-tizadas antes do prazo normal de liquidao oude remisso.

    AO DE PRIMEIRA LINHA. a ao cor-respondente s empresas mais slidas do mer-cado, que apresentam a mais elevada liquideze rentabilidade. Veja tambm Blue-chip.

    AO DE SEGUNDA LINHA. Veja Blue-chip.

    AO ENDOSSVEL. Veja Ao.

    AO LISTADA EM BOLSA. aquela queapresenta todas as qualidades e preenche os re-quisitos exigidos pela direo das Bolsas de Va-lores para participar de seus preges. Veja tam-bm Prego.

    AO NOMINATIVA. Veja Ao.

    AO ORDINRIA. Veja Ao.

    AO PREFERENCIAL. Veja Ao.

    AO SINRGICA. Quando dois estmuloscombinados provocam um resultado maior doque a soma dos resultados dos estmulos atuan-do separadamente. Por exemplo, se a polticados investimentos pblicos em infra-estruturafor combinada com a iseno de impostos sobreatividades que utilizaro os produtos dali oriun-dos, o efeito final do investimento sobre o in-cremento da renda poder ser maior do que seas duas medidas no fossem tomadas simulta-neamente.

    AO VAZIA. Veja Ao Cheia.

    ACASO. Veja Estatstica; Probabilidade.

    ACC Antecipao de Contratos de Cmbio.Mecanismo pelo qual exportadores recebem porantecipado (o que tem variado entre 90 e 180dias) a converso das divisas a serem obtidaspor exportaes futuras em moeda nacional, eaplicam estes recursos no mercado financeirosendo compensados por uma eventual defasa-gem cambial, atravs de elevadas taxas de juros.Veja tambm Defasagem Cambial; PolticaCambial.

    ACCELERATED DEPRECIATION. Veja Depre-ciao Acelerada.

    ACCOUNTABILITY. Termo em ingls que sig-nifica capacidade de prestar contas, e que nomercado financeiro representa a legitimidade econfiana que uma instituio financeira gozajunto ao pblico ou aos seus acionistas. Aplica-

    se, por exemplo, a um Banco Central cujos di-rigentes mantm contatos regulares com funcio-nrio graduados dos ministrios da Fazenda (ouFinanas), legisladores e polticos em geral, afim de obter, para a sua instituio, a legitimi-dade para a sua poltica ou atos que pratica.Geralmente, este termo se aplica com mais pro-priedade nos casos em que os bancos centraisso autnomos ou independentes do governocentral de um pas.

    ACCRUAL. Termo em ingls que significa o re-gistro de transaes financeiras (nos livros decontabilidade) antes da receita ou despesa efe-tiva dos valores envolvidos nessas transaes.Um exemplo o lanamento de crditos de ven-da antes que o dinheiro correspondente seja efe-tivamente recebido. No caso de uma dvida,quanto maior for a garantia de pagamento,maior ser a freqncia com que este mtodopoder ser utilizado. O caso inverso denomina-se nonaccrual. O accrual pode ser entendido tam-bm como o reconhecimento de receitas e des-pesas no transcurso da existncia de uma de-terminada operao financeira.

    ACCRUAL DATE. Expresso em ingls que sig-nifica data final de uma proviso.

    ACEITE. Compromisso de pagar a quantia ex-pressa em letra de cmbio, nota promissria ouduplicata de fatura, na data de seu vencimento.O aceite pleno ou completo representado pelaexpresso aceito, seguida de data e assinaturado sacado (aquele que se compromete a pagar).O aceite condicional envolve condies expressaspelo sacado no documento, como, por exemplo,a de pagar em outra praa que no a da emissodo documento.

    ACELERAO. Veja Princpio de Acelerao.

    ACH. Iniciais da expresso em ingls automatedclearinghouse, que significa compensao auto-mtica.

    ACHESON, Dean Gooderham (1893-1971). Es-tadista norte-americano que serviu no Departa-mento de Estado nas presidncias de Roosevelte Truman, tornando-se secretrio de Estado em1949. Desenvolveu uma poltica de reconstruoeconmica da Europa, aps a Segunda GuerraMundial, no perodo da Guerra Fria, caracteri-zado por prolongadas tenses entre EstadosUnidos e Unio Sovitica. O objetivo era recu-perar economicamente a Europa para livr-la deuma possvel dominao pela Unio Sovitica.Acheson ajudou assim a criar a Doutrina Tru-man, o Plano Marshall e a Organizao do Tra-tado do Atlntico Norte (Otan).

    AO DE FRUIO 10

  • ACHTEL. Antiga unidade de medida utilizadana Alemanha, que significa a oitava parte deum todo e que admitia grande variabilidade. Porexemplo, como medida de volume de vinhos,um achtel equivalia a 0,1785 litro.

    ACID-TEST RATIO. Veja ndice de LiquidezSeco.

    ACIDENTALIDADE. Termo aplicado eleva-o rpida de preos devida a causas externas,estranhas ao funcionamento considerado nor-mal de uma economia: desde alteraes clim-ticas incomuns, como um perodo anormalmen-te longo de baixas temperaturas, at guerras lo-calizadas em pases fornecedores de matrias-primas. A acidentalidade influencia fortementeos ndices que medem custo de vida e inflao(INPC; IPA), em grau que varia conforme o cri-trio adotado pelas autoridades monetrias.Veja tambm Inflao.

    ACIDENTE ZERO. Um nvel de acidentes mui-to baixo um elemento importante do sistemaJust in Time. A ocorrncia de acidentes numaempresa no apenas pode causar danos irre-versveis integridade fsica e mental dos tra-balhadores, como criar um clima negativo entreos mesmos em relao ao desenvolvimento daproduo. Este estado de coisas pode durar mui-to e a sensao de insegurana sobreviver eli-minao objetiva das causas reais que ocasiona-ram o acidente. Tcnicas preventivas de aciden-tes e de segurana em geral so tambm inse-parveis do mtodo Just in Time. Veja tambmJust in Time.

    ACIMA DA LINHA. Veja Abaixo da Linha.

    ACIONISTA MAJORITRIO. aquele que,em geral, possui pelo menos metade mais umadas aes de uma empresa e, portanto, retm ocontrole da mesma. Em casos especiais, o termose aplica tambm ao acionista que, embora nopossua mais da metade das aes de uma em-presa, o acionista individual que detm umaporcentagem relativa maior entre os acionistasde uma empresa.

    A CONTRARIO SENSU. Expresso em latimque significa ao contrrio ou pela razo con-trria.

    ACORDO DA BASILIA. Acordo firmado em1988 no mbito do BIS (Bank for InternationalSettlements Banco Internacional de Compen-saes ou Banco Para Pagamentos Internacio-nais), contendo resolues para o requerimentode capital prprio das instituies financeiras(associadas) em funo do risco apresentado emsuas operaes financeiras. Veja tambm BIS(Bank for International Settlements).

    ACORDO DE BRETTON WOODS. Veja Con-ferncia de Bretton Woods.

    ACORDO DE BUTTON WOOD TREE. Acor-do estabelecido no final do sculo XVIII, nosEstados Unidos, que lanou as bases do que se-ria a Bolsa de Valores de Nova York.

    ACORDO DE JAMAICA. Denominao dadaao acordo assinado entre os pases membros doFMI em reunio de janeiro de 1976 em Kingston(Jamaica), onde aprovaram alguns pontos dereordenamento do sistema monetrio interna-cional, destacando-se os seguintes: 1) reconhe-cimento oficial do sistema de taxas flutuantes,embora dentro da recomendao da busca daestabilidade das taxas cambiais pelos signat-rios; 2) extino do preo oficial do ouro, e com-promisso do FMI em vender parte de seus es-toques do metal para, com os recursos obtidos,formar-se um fundo de ajuda aos pases subde-senvolvidos; reforo aos Direitos Especiais deSaque; 3) viabilizao do acesso dos pases sub-desenvolvidos que tivessem problemas com odesequilbrio de seus Balanos de Pagamento criados pela crise do petrleo (1973) a em-prstimos do FMI. Veja tambm Acordo Smith-soniano; Bretton Woods; Direitos Especiais deSaque; FMI.

    ACORDO GERAL DE TARIFAS E COMR-CIO. Veja GATT.

    ACORDO INTERNACIONAL DO CAF. Con-vnio firmado em Nova York, em 1962, entreos pases produtores de caf e os principais pa-ses consumidores do produto, com objetivo decriar mecanismos internacionais de controle daproduo e comercializao do caf. Isso decor-reu dos problemas causados pela superprodu-o cafeeira, que se verificou em 1957 e que pro-vocou uma catastrfica desvalorizao do pro-duto no mercado internacional. Entrou em vigorem 1964. Em 1965, os signatrios do acordo es-tabeleceram um sistema de cotas de exportaopara cada pas produtor, bem como uma escalade preos. Para manter o equilbrio entre a ofertae a demanda, a Organizao Internacional doCaf (OIC) ficava autorizada a retirar do mer-cado certa quantidade do produto sempre que,durante quinze dias consecutivos, se verificasseuma queda nas cotaes. O mesmo deveria ocor-rer no caso de um movimento de elevao dospreos, quando o equilbrio seria restabelecidocom a colocao, no mercado, de certa quanti-dade de caf. O acordo renovado peri-odicamente, e, sempre que se estabelecem ne-gociaes para a sua renovao, estas so acom-panhadas de uma srie de divergncias entre ospases produtores que buscam mais vanta-gens na comercializao do produto e os pa-

    11 ACORDO INTERNACIONAL DO CAF

  • ses consumidores. Essas divergncias ocorremtambm entre os prprios pases produtores(disputa pelo aumento das cotas individuais) eentre os pases consumidores, sobre os preosque devem ser pagos aos exportadores. Vejatambm IBC.

    ACORDO SMITHSONIANO. Acordo estabe-lecido pelo Grupo dos Dez, em dezembro de1971, para adotar taxas de cmbio flutuantes. Aconferncia, realizada no Smithsonian Institute,em Washington, foi convocada para resolver oproblema do colapso das taxas fixas de cmbio(adjustable peg), que existiam desde a Confern-cia de Bretton Woods, em 1944, e indiretamentepela deciso dos Estados Unidos de abandonaro padro cmbio-ouro. A conferncia levou aum acordo em 1972, com a Comunidade Eco-nmica Europia, para limitar os movimentosmonetrios e cambiais numa faixa estreita deflutuao na CEE, chamada snake (serpente), fi-xando as taxas de cmbio moeda mais forteda Comunidade, o marco alemo.

    ACORDOS DE OTTAWA. Srie de acordos co-merciais assinados entre a Gr-Bretanha e seusdomnios, por ocasio da Conferncia Econmi-ca Imperial, realizada em Ottawa, Canad, em1932. Segundo os acordos, ficava estabelecido oprincpio da Preferncia Imperial nas relaescomerciais entre as partes, propondo-se a Gr-Bretanha a reduzir substancialmente, em favordos domnios, os impostos sobre mercadoriasimportadas, conforme determinavam as leis deimpostos sobre importaes em 1932. E os do-mnios concordavam em facilitar tarifas prefe-renciais para os produtos manufaturados ingle-ses e os provenientes de suas colnias. A maiorparte dos acordos tinha a durao de cinco anos.

    ACORDOS DE OURO PRETO. Acordos esta-belecidos entre os pases do Mercosul Brasil,Argentina, Paraguai e Uruguai em Ouro Preto(Minas Gerais), dando seqncia aos ajustes ne-cessrios para o cumprimento do Tratado de As-suno. Veja tambm Mercosul.

    ACORDOS INTERNACIONAIS DE MERCA-DORIAS. Acordos entre os principais pasesprodutores e consumidores de certas mercado-rias, com finalidade de impedir que os preossofram flutuaes excessivas e assegurar cotasde produo para os exportadores e de forne-cimento para os consumidores. Em passado re-cente, vrios desses acordos foram assinados en-tre os pases interessados: o do estanho (firmadopela primeira vez em 1956 e vrias vezes reno-vado at 1976), o do cacau (1973), o da bauxita(1974), o da borracha natural (1976) e outros.Particularmente importantes so os acordos in-ternacionais referentes ao petrleo, por meio da

    Opep, e o Acordo Internacional do Caf. Vejatambm Acordo Internacional do Caf; Opep.

    ACRE. Uma das mais antigas medidas agrcolasde rea, ainda utilizada hoje, especialmente nosEstados Unidos. Sua origem esteve associada quantidade de terra que uma junta de bois podiaarar em um dia. Na medida em que este padropodia variar muito, fixou-se o acre como equi-valente a uma rea de 40 varas de comprimentopor 4 varas de largura. A rea de um acre foiestabelecida e permanece at hoje em 160varas quadradas ou 4 840 jardas quadradas, oque equivale a 4 046,873 m2. Um Acre Foot medida de volume correspondente capacidadede uma rea de um acre por um p (foot) deprofundidade, ou o equivalente a 43 560 ps c-bicos ou o equivalente a 325 851 gales (do sis-tema consuetudinrio norte-americano) de gua.Veja tambm Converso das Unidades de Pesose Medidas; Galo; Sistemas de Pesos e Medi-das; Unidades de Pesos e Medidas.

    ACRS. Iniciais das expresses em ingls accele-rated capital recovery system e accelerated cost re-covery system, que significam respectivamente:sistema de recuperao acelerada do capitale Sistema de recuperao acelerada dos custos.

    ACSP Associao Comercial de So Paulo.Entidade privada de utilidade pblica, sem finslucrativos, que congrega todos os setores da ati-vidade econmica (agricultura, pecuria, inds-tria, comrcio, prestao de servios e profissesliberais), tendo como objetivo: defender, ampa-rar, orientar e coligar as empresas que ela re-presenta. Mantm-se das contribuies de seusassociados e de rendas oriundas das prestaesde servios para as empresas associadas, taiscomo o Servio Central de Proteo ao Crdito(SCPC), que registra clientes considerados ne-gativos, ou seja, aqueles que atrasam mais desessenta dias o pagamento de seus compromis-sos, bem como os ttulos protestados de pessoasfsicas. Alm do SCPC, a ACSP mantm o Ins-tituto de Economia Gasto Vidigal, que realizaestudos setoriais de interesse das empresas eatende a consultas dos associados, fornecendo-lhes informaes, dados estatsticos e orientao.Tambm mantido pela ACSP o Servio de Ga-rantia ao Crdito Mercantil e de Servios (Se-gam), que funciona como uma bolsa de infor-maes.

    ACTO. O termo possui dois significados: 1) an-tiga medida de comprimento utilizada pelos ro-manos e equivalente a cerca de 35,5 m; 2) prefixode origem grega com o significado de peso oucarga, como, por exemplo, actometria, que amedio de cargas transportadas em carros porintermdio do actmetro.

    ACORDO SMITHSONIANO 12

  • ACTMETRO. Veja Acto.

    ACTUALS. Termo em ingls que designa ascommodities cuja negociao resulta na entregafsica das mesmas ao cliente. Nesse sentido,qualquer commodity, como o caf, o cacau, o co-bre ou a prata, pode ser classificada como actualsdesde que sua negociao resulte na entregaefetiva do produto. Veja tambm Mercado deOpes.

    ACU Asian Currency Unit. Unidade de contapara depsitos em dlares mantidos em contasseparadas em Cingapura, Hong-Kong e outroscentros financeiros importantes da sia. O ter-mo se aplica aos depsitos em dlares de no-residentes nos centros financeiros asiticos. No o equivalente asitico para a ECU (EuropeanCurrency Unit).

    ACAR. Veja Lei do Acar.

    ACUMULAO DE AES. Fase do mercadode aes caracterizada pela compra macia dasaes de determinada empresa por parte de al-guns poucos investidores. Estes, depois de do-minarem o mercado, pem venda as referidasaes junto ao conjunto de investidores, fixandopreos mais elevados e com isso auferindo gran-des lucros.

    ACUMULAO DE CAPITAL. Veja Formaode Capital.

    ACUMULAO PRIMITIVA DE CAPITAL.Tambm conhecida como acumulao origin-ria. Processo de acumulao de riquezas ocor-rido na Europa entre os sculos XVI e XVIII,que possibilitou as grandes transformaes eco-nmicas da Revoluo Industrial. Foi estudadoe descrito por Karl Marx, que tomou a Inglaterracomo modelo de sua teoria. A acumulao pri-mitiva de capital, para Marx, se desenvolveu apartir de dois pressupostos: 1) a concentraode grande massa de recursos (dinheiro, ouro,prata, terras, meios de produo) nas mos deum pequeno nmero de proprietrios; 2) a for-mao de um grande contingente de indivduosdesprovidos de bens e obrigados a vender suafora de trabalho aos senhores de terra e donosde manufaturas. Historicamente, isso foi poss-vel graas s riquezas acumuladas pelos nego-ciantes europeus com o trfico de escravos afri-canos, ao saque colonial (metais preciosos), apropriao privada das terras comunais doscamponeses, ao protecionismo s manufaturasnacionais e ao confisco e venda, a baixo preo,das terras da Igreja por governos revolucion-rios. Com o advento da Revoluo Industrial,conclui Marx, a acumulao primitiva foi subs-tituda pela acumulao capitalista. Veja tam-bm Formao de Capital.

    AD ABSURDUM. Expresso em latim que sig-nifica por absurdo.

    AD ARBITRIUM. Expresso em latim que sig-nifica escolha, vontade ou arbitraria-mente.

    AD CORPUS. Expresso em latim que significa,na venda de um imvel, um acordo sobre o pre-o considerando a casa um todo e no sua me-tragem, isto , sem especificar a metragem dacasa.

    AD HOC. Expresso em latim que significapara isso ou para esse caso, como acontececom pessoas que ocupam cargos transitoriamen-te ou foram nomeadas ad hoc, isto , para cum-prir determinada funo transitoriamente.

    AD INFINITUM. Processo que se desenvolvesem limite ou sem fim em relao a dinheiroou a tempo. Por exemplo, alguns ttulos trazemclusulas segundo as quais paga-se ao seu pos-suidor uma anuidade indefinidamente.

    AD ITEM. Expresso em latim que designa umproduto que adicionado a uma mercadoria jvendida como um acessrio que muda a formapela qual o produto original utilizado.

    AD LITEM. Expresso em latim que significapara o processo ou em razo da causa.

    AD NUTUM. Expresso em latim que significasegundo a vontade ou ao arbtrio de umadas partes. A expresso se utiliza quando al-gum revoga uma nomeao ou um contratoque assinou, tendo poderes para faz-lo a qual-quer momento sem apresentar razes. As pes-soas nomeadas para cargos de confiana na ad-ministrao pblica so demissveis ad nutumpela autoridade que os nomeou.

    AD VALOREM. Expresso em latim que sig-nifica segundo o valor ou conforme o valor.Na cobrana ou no clculo de um imposto, tri-buto ou taxa, aquele estimado como uma per-centagem do valor de uma mercadoria. No setrata de uma quantia fixa, mas dependente dovalor da mercadoria que est sendo tributada.Quando o tributo cobrado uma quantia fixa,o mesmo denominado tributo especfico.

    AD VALOREM DUTY. Imposto lanado deacordo com o valor de uma mercadoria, em con-traposio ao Specific Duty. Veja tambm Spe-cific Duty.

    ADDITIONAL WORKER HYPOTHESIS. Ex-presso em ingls que designa um processo noqual a queda da renda real de uma famlia du-rante um perodo de baixa do ciclo econmicopode resultar num efeito-renda na medida em

    13 ADDITIONAL WORKER HYPOTHESIS

  • que a mesma famlia tender a incorporar umnmero maior de seus membros no mercado detrabalho com a finalidade de manter o nvel derenda da famlia. Segundo esta concepo, a taxade participao dos trabalhadores na fora detrabalho ativa tenderia a evoluir de maneira con-trria ao ciclo econmico: aumentaria na fase debaixa e diminuiria na fase de alta. Na medidaem que a oferta de postos de trabalho diminuina fase de baixa do ciclo, esta hiptese no seconfirmaria na prtica. De fato, as pesquisasmostram que a taxa de participao aumentana fase de expanso e diminui na fase de reces-so. Esta hiptese se limitaria apenas a algumasfaixas de trabalhadores de baixos salrios cujarenda familiar j se encontra prxima do nvelde subsistncia e cujos membros, para evitar amisria, aceitam empregos que pagam salriosou que tm uma remunerao muito baixa.

    ADELANTADO. Na administrao das col-nias espanholas nas Amricas (ndias Ociden-tais), o Adelantado era o governador de umaregio colonial, investido diretamente pela au-toridade real. Ele exercia seu poder, praticamen-te sem limites, sobre os habitantes da regio qua-se sem nenhum controle do prprio rei.Vejatambm Encomienda.

    ADENAUER, Konrad (1876-1967). Chanceler daAlemanha Ocidental no perodo 1949-63, que senotabilizou por comandar a recuperao econ-mica e financeira do pas, depois da derrota naSegunda Guerra Mundial. Exercendo atividadespolticas antes da guerra, foi preso pelos nazistasem duas ocasies. Em 1947, tornou-se lder daUnio Democrtica e Crist e ascendeu ao cargode chanceler. Para obter xito na reconstruodo pas, integrou-o no Mercado Comum Euro-peu e na Organizao do Tratado do AtlnticoNorte (Otan).

    ADERNCIA. Propriedade que os pontos deuma curva, ou valores de uma funo, tm dese aproximar mais ou menos dos pontos de umdiagrama ou de valores observados. Quantomaior for essa aproximao, maior ser o graude aderncia, e vice-versa.

    ADF. Iniciais da expresso em ingls after de-ducting freight, que significa depois de descon-tados ou deduzidos os fretes.

    ADIBOR. Iniciais de Abu Dhabi Interbank OfferRate, isto , a taxa de juros interbancria prati-cada na praa de Abu Dhabi capital dos Emi-rados rabes Unidos com as mesmas carac-tersticas da Libor. Veja tambm Libor.

    ADIRON (Frmula de). Dispositivo que modi-fica o artigo 24 da Lei Municipal (So Paulo) n

    7 805, de 1 de novembro de 1972 (Lei do Zo-neamento), de maneira a permitir que o coefi-ciente de aproveitamento de um lote situado nasZonas 3, 4 e 5 possa ser aumentado at o limitemximo de 4 (a rea construda poder ser 4vezes a rea do lote), desde que a taxa de ocu-pao do lote (porcentagem da rea do lote ocu-pada pelo primeiro pavimento de uma edifica-o) seja inferior ao mximo permitido para azona, nas propores estabelecidas pelas seguin-tes frmulas: 1) nos lotes com rea inferior a 1000 m2, c = T / t + (C 1) 2) para lotes comrea igual ou superior a 1 000 m2, c = T / t xC; c = coeficiente de aproveitamento do lote aser utilizado; t = taxa de ocupao do lote a serutilizado; C = coeficiente de aproveitamento m-ximo do lote (especificado em lei para cadacaso); T = taxa de ocupao mxima do lote (es-pecificado em lei para cada caso). De acordo comeste dispositivo, em nenhuma hiptese o Coe-ficiente de Aproveitamento poder ser superiora 4. Veja tambm Coeficiente de Aproveitamen-to; Lei de Zoneamento; Taxa de Ocupao.

    ADIVAL. Antiga medida agrria equivalente a12 braas, ou 26,4 m, uma vez que cada braamede 2,2 m.

    ADJUDICAO. Ato judicial pelo qual a pro-priedade de uma coisa penhorada ou de seusrendimentos transferida de uma pessoa ou em-presa para seu credor. Difere da arremataopelo fato de que nesta a transferncia se faz de-pois do leilo determinado pela autoridade ju-diciria competente. A adjudicao pode se re-ferir tanto a bens quanto a rendimentos. Vejatambm Arrematao.

    ADJUSTABLE PEG. Expresso em ingls quedesigna o sistema de taxas de cmbio no quala taxa de cmbio de um pas fixada em relaoa outra moeda (em geral o dlar), porm de talforma que possa ser alterada de tempos em tem-pos. Este sistema foi estabelecido na Confernciade Bretton Woods, em 1944, mas, com o enfra-quecimento do dlar e da libra esterlina, entrouem decadncia no final dos anos 60, sendo subs-titudo pelo Crawling Peg. Veja tambm Confe-rncia de Bretton Woods; Crawling Peg; Pa-dro-cmbio-ouro.

    ADMINISTRAO. Conjunto de princpios,normas e funes cuja finalidade ordenar osfatores de produo de modo a aumentar suaeficincia. Desde o sculo XIX, a administraocientfica tem-se desenvolvido como respostaaos problemas e desafios enfrentados pelas em-presas com o avano da Revoluo Industrial.A mecanizao, a automao, a produo e oconsumo em massa foraram as empresas a cres-

    ADELANTADO 14

  • cer extraordinariamente, de forma tal que os pa-dres tradicionais de direo e controle se tor-naram inadequados. A posio do capito deindstria, do empresrio tradicional que tudocontrolava pessoalmente, foi seriamente abaladae comearam a surgir os especialistas em admi-nistrao. A preocupao com a formao de umcorpo de conhecimentos sistematizados sobre astarefas administrativas acentuou-se no incio dosculo XX, sobretudo na Frana, Estados Unidose Inglaterra. Frederick Taylor e Henri Fayol fo-ram os primeiros clssicos da administrao.Taylor preocupou-se mais com aspectos direta-mente ligados ao trabalho nas fbricas, comoracionalizao de tarefas, estudos de tempos emovimentos de produo em suma, com oaumento da produtividade e da eficincia. JFayol inaugurou uma nova tendncia, defen-dendo a tese de que a racionalizao do trabalhono se refere apenas produo bruta em dadoinstante do processo, mas a toda a estruturaoda empresa; os pontos capitais de uma admi-nistrao cientfica seriam, portanto, prever, or-ganizar, comandar, coordenar e controlar. Porisso, Fayol ocupou-se sobretudo em analisarfunes propriamente administrativas. Tericosposteriores procuraram mostrar que, alm dosprocessos, importante estudar os comporta-mentos. Sustentam que o poder de deciso nose limita ao topo da escala hierrquica, mas ocor-re em todos os nveis de uma empresa, onde seencontrem pessoas e no apenas agentes pro-dutivos. Um dos representantes dessa tendncia o socilogo Robert K. Merton. Outra correnteenfatiza a necessidade de levar em conta quequalquer empresa est necessariamente ligadaa determinada sociedade: autores como WrightMills apontam distores ideolgicas de carterconservador nas abordagens acadmicas e in-sistem em que as condies econmicas, sociaise polticas deveriam merecer a ateno dos te-ricos da administrao. Nesse sentido, desta-cam-se ainda os trabalhos dos socilogos da es-cola de Max Weber. Esse pensador alemo mos-trou como tanto a teoria quanto a prtica daadministrao dita cientfica surgiram a partirde condies econmicas peculiares aos pasesdesenvolvidos, enquanto as economias subde-senvolvidas apresentam formas administrativasaparentemente mais frgeis. Para os weberianos,o que muitas vezes sugere ineficincia, na pers-pectiva das teorias acadmicas, pode constituirum conjunto de recursos altamente funcionaise adequados sociedade em questo. Veja tam-bm Burocracia; Gerencialismo.

    ADMINISTRAO MERCADOLGICA. Con-ceito definido como o planejamento e o controlede toda a atividade mercadolgica de uma em-presa, ou de uma diviso de uma firma, incluin-

    do a formulao de objetivos, programas e es-tratgias mercadolgicas, e em geral englobandoo desenvolvimento de produtos, organizao erecrutamento de pessoal para realizar planos, asuperviso das operaes de mercado e o con-trole do desempenho mercadolgico.

    ADMINISTRAO POR EXCEO. Mtodode administrao mediante o qual os subordi-nados mantm seus superiores informados ape-nas dos eventos excepcionais que requerem tra-tamento especial ou decises da diretoria, masno informam de detalhes que meramente con-firmam que tudo est marchando de acordo como que foi planejado. Por no receber dados sobreas coisas que esto seguindo conforme os pla-nos, sua ateno pode se concentrar na correodas falhas. Este mtodo de administrao estrelacionado com a tcnica de Reporting by Res-ponsability e a Lei de Pareto. Veja tambm timode Pareto.

    ADMINISTRAO POR OBJETIVOS. Con-ceito de administrao que estabelece uma sriede elementos que devem constar do processoadministrativo como: 1) o que deve ser feito,estabelecendo-se prioridades; 2) de que formadevem ser realizadas as tarefas propostas (ou aproduo); 3) quais sero os custos daquilo quevier a ser realizado; 4) quando dever ser rea-lizado aquilo que foi determinado no item (i);5) o que constitui um desempenho satisfatrio;6) quais e em que proporo esto sendo con-seguidos avanos; 7) como e quando processaras correes. De acordo com este conceito deadministrao, a direo de uma organizao ouinstituio ou empresa no apenas define a priorios resultados que devero ser obtidos e as etapasque devero ser vencidas para consegui-los, mastambm estabelece os critrios para avaliar o de-sempenho de todos os envolvidos na realizaodas tarefas. J em 1954, Peter Drucker recomen-dava que em todas as reas nas quais as ativi-dades pudessem afetar o desempenho da em-presa deviam ser estabelecidos objetivos e metasa serem alcanados. Veja tambm Drucker, Pe-ter; MBA.

    ADMINISTRADOR DE RECURSOS DE TER-CEIROS. Funo desempenhada por pessoa es-pecializada que administra as carteiras de in-vestimentos de empresas ou pessoas fsicas nosbancos e instituies de investimento.

    ADMINISTRATIVE LAG. Expresso em inglsque significa o lapso de tempo existente entreo reconhecimento da necessidade de tomar umamedida no campo financeiro, fiscal, monetrioou administrativo e o momento em que as me-didas necessrias so realmente tomadas. Este

    15 ADMINISTRATIVE LAG

  • lapso pode ser de grande importncia no mbitofinanceiro, onde o atraso na tomada de uma me-dida pode trazer conseqncias importantespara o resultado de processos.

    ADR. Veja American Depositary Receipt.

    ADUANEIRA, Unio. Veja Unio Alfandegria.

    AE. Iniciais da expresso em alemo Abrech-nungseinheit, que significa unidade de conta.

    AES USIBUS OPTIUS ORO. Expresso em la-tim que significa o cobre mais apropriadopara circular (como moeda) do que o ouro. Du-rante a poca colonial, a Coroa Portuguesa faziaesta recomendao para que as barras de ourodeixassem de funcionar como moeda e em seulugar fossem utilizadas as moedas de cobre vin-das de Portugal. Na prtica, reconhecia-se oprincpio que fora enunciado por sir ThomasGresham, de que a moeda m expulsa a moedaboa. Veja tambm Crise do Xenxm; Lei deGresham.

    AFEGANE. Unidade monetria do Afeganisto.Submltiplo: Pul ou Kron.

    AFFECTIO SOCIETATIS. Expresso em latimque significa o sentimento de afeio ou afini-dade que liga scios de uma sociedade por quo-tas de responsabilidade limitada. Aplica-se nocaso de organizaes de menor porte onde oslaos de confiana e lealdade entre os proprie-trios so elementos fundamentais para o bomdesempenho das atividades de uma empresa.

    AFFIDAVIT. Expresso latina que, na prticabancria, significa uma declarao escrita, jura-mentada por intermdio do testemunho de umtabelio. Os affidavits so geralmente exigidosdos tomadores de emprstimos para que pos-tulem a obteno de uma hipoteca. Este instru-mento pode ser utilizado tambm quando, poralguma razo (incndios, guerras etc.), os regis-tros civis de uma comunidade foram destrudose uma pessoa deseja provar, por exemplo, suaidade, ou como uma declarao imposta por umgoverno a estrangeiros portadores de valoresmobilirios que, para receber determinadas isen-es ou vantagens no pagamento de impostos,devem provar e assegurar sua condio de es-trangeiros. Veja tambm Affidavit of Perfor-mance; Affidavit of Title.

    AFFIDAVIT OF PERFORMANCE. Atestado le-gal pelo qual o funcionrio de um meio de co-municao (como o rdio, a tev ou o cinema)testemunha que o programa ou mensagem co-mercial do patrocinador foi realmente transmi-tida (irradiada) com autorizao, e que tal do-cumento enviado ao anunciante ou sua agnciacomo prova de prestao de servio.

    AFFIDAVIT OF TITLE. Consiste num affidavitobtido pelo vendedor de um imvel certificandoao comprador que no existe nenhum defeitoou falha no ttulo de propriedade do vendedor.

    AFL-CIO. Sigla da American Federation of La-bor-Congress of Industrial Organizations. Pode-rosa central sindical dos operrios norte-ameri-canos, oriunda da fuso de duas entidades sin-dicais. A primeira surgiu em 1886, congregandotrabalhadores do mesmo ofcio, e a segunda foiorganizada em 1935, associando os operriossem especialidade. A fuso ocorreu em 1955, soba presidncia de George Meany; atualmente, acentral rene cerca de 125 sindicatos e mais de15 milhes de trabalhadores. Na AFL-CIO, cadasindicato livre; no entanto, para assinar acor-dos coletivos quanto a aumentos salariais e ou-tras reivindicaes especficas, necessria a ob-teno do apoio da direo geral. A entidade tradicionalmente anticomunista e conservadorano que diz respeito s polticas interna e externados Estados Unidos. Veja tambm Sindicalis-mo; Sindicato.

    AFOLHAMENTO, Sistema de. Forma de pro-duo agrcola, utilizada durante a Idade Mdia,em que as terras cultivveis eram divididas emfaixas ou folhas. Parte das terras permanecia lon-go tempo em pousio para recuperar sua capa-cidade produtiva. Veja tambm Pousio; Rotaode Cultivos.

    AFORAMENTO. Veja Enfiteuse.

    A FORTIORI. Expresso em latim que significapor mais razo ainda.

    AFRETAMENTO. Contrato por meio do qualo proprietrio de um navio ou outro meio detransporte, mediante um preo previamente es-tipulado, compromete-se a ced-lo, parcial outotalmente, para o transporte de mercadorias oude pessoas.

    AFTALION, Albert (1874-1956). Estatstico e eco-nomista francs de origem blgara. Professordas universidades de Lille e de Paris e autor devrias obras, exerceu grande influncia entre oseconomistas franceses, no perodo que vai daPrimeira Segunda Guerra Mundial. Sua maisconhecida contribuio a teoria das crises, quese enquadra na teoria dos ciclos econmicos. Di-vergindo de muitos outros economistas, Afta-lion achava que a crise econmica no simplesresultado de deficincias ou erros de planeja-mento, mas um fenmeno que tem razes noprprio processo de produo tomado como umtodo. Para ele, esse processo gera a crise porque:1) a produo de bens de consumo se fundanecessariamente na produo de bens de capital;2) mas a produo de bens de consumo que

    ADR 16

  • aciona a de bens de capital, e isso s acontecedepois de uma imprevisvel expanso do con-sumo; 3) ocorre que o tempo exigido para a pro-duo de bens de capital bem maior que aqueleexigido para a dos bens de consumo, de tal for-ma que no possvel combinar os dois semdefasagens. E so essas defasagens os momentoscrticos do processo de produo. Aftalion ficoutambm conhecido por sua crtica ao socialismo:para ele, a distribuio igualitria dos bens en-fraquece o incentivo para o trabalho, e a supres-so da propriedade privada anula a acumulaode capital. Entre suas principais obras esto: LesCrises Priodiques de Surproduction (As Crises Pe-ridicas de Superproduo), 1913; Les Fonde-ments du Socialisme: tude Critique (Os Funda-mentos do Socialismo: Estudo Crtico), 1923;Cours de Statistique (Curso de Estatstica), 1928.

    AFTER-SALES-SERVICES (Servios Ps-Ven-das). Expresso em ingls que significa o con-junto de servios como assistncia tcnica, redede lojas onde podem ser adquiridas peas dereposio, consertos etc. postos disposio deum consumidor depois que a venda de um pro-duto efetuada.

    AGE. Iniciais de Assemblia Geral Extraordinria.

    AGENDA 21. Documento assinado entre os go-vernos de 170 pases que se reuniram na Con-ferncia Mundial do Meio Ambiente realizadano Rio de Janeiro em 1992, com o objetivo depromover o desenvolvimento sustentvel nomundo a partir do sculo XXI. Isso significa quecada um dos seus signatrios, dentro dos prazosdefinidos, adotar um conjunto de atitudes eprocedimentos incorporados s suas polticas vi-sando melhorar a qualidade de vida no planeta.

    AGENTE DEL CREDERE. Tipo de agente co-mercial ou distribuidor que, assim como umconsignatrio, no compra as mercadorias comas quais transaciona, mas que eventualmenteaceita a responsabilidade em ltima instnciapelo pagamento das mercadorias transacionadasse o cliente final no honrar seu compromissode pag-las.

    AGENTE PROVOCADOR. Indivduo que in-cita, geralmente sendo contratado para isso, umagreve ou uma revolta, ou mesmo resistnciaaberta contra orientaes da gerncia de umaempresa para desmoralizar um movimento sin-dical ou a unio dos trabalhadores em torno desuas reivindicaes. Na medida em que esteagente pode conseguir que uma greve tenha in-cio antes do momento mais propcio para os tra-balhadores, sua atuao contribui para o fracas-so da mesma.

    AGER PUBLICUS. Expresso latina que desig-na as terras de uso comunitrio existentes naEuropa at o advento do capitalismo. O produtodo trabalho realizado nessas reas funcionavacomo reserva na eventualidade de ms colheitasnas demais terras, para cobrir as necessidadesda guerra, dos eventos religiosos e de outrasdespesas da comunidade.

    GIO. Termo de origem italiana usado antiga-mente em Veneza para designar a diferena natroca entre moedas depreciadas e o metal doqual eram constitudas. Essas trocas eram efe-tuadas pelos bancos de Veneza, Hamburgo, G-nova, Amsterd e de outras cidades comerciaise financeiras, os quais fixavam o gio em cadacaso. De forma genrica, o gio significa um pr-mio resultante da troca de um valor (moedas,aes, ttulos etc.) por outro. No comrcio in-ternacional de moedas, a diferena entre o va-lor nominal e o real da moeda negociada. Oca-sionalmente, o termo utilizado para indicarum prmio pago por uma letra de cmbio es-trangeira. O gio pode surgir tambm quandoo preo oficial de um produto (ou preo de ta-bela) est fixado num nvel muito baixo e suacompra s se concretiza se o interessado estiverdisposto a pagar mais por essa transao. A di-ferena entre o preo oficial e o que o compradorrealmente paga considerada o gio daquelatransao. Esse tipo de fenmeno ocorre quandoh tabelamento ou congelamento de preos,como aconteceu durante os planos econmicosde estabilizao no Brasil durante os anos 80 especialmente em ocasio do Plano Cruzado, em1986 e no incio dos anos 90 com o PlanoCollor. O gio pode aparecer nesse contexto tam-bm se, embora no haja congelamento, existiruma forte descompensao entre oferta e de-manda, como aconteceu, durante os primeirosmeses do Plano Real, com a aquisio de auto-mveis populares. Quando em lugar de um pre-o maior paga-se um preo menor por um ttulo,uma ao ou uma moeda, ocorre um desgio.Veja tambm Cmbio; Letra de Cmbio; PlanoCollor; Plano Cruzado; Plano Real.

    AGLOMERAO. Veja Efeito Aglomerao.

    AGO. Iniciais de Assemblia Geral Ordinria.

    AGOROT. Veja Shekel Novo.

    AGOSTINHO, Santo (354-430). Filsofo cristo.Manifestou seu temor de que o comrcio afas-tasse o homem da procura de Deus e achavaque o cristo no deveria ser mercador; admi-tindo-o, no entanto, como um mal necessrio,para ele, s se deveria cobrar pelas mercadoriaso justo preo. No considerava a escravido algonatural, como se pensava, em geral, na Antigui-dade; aceitava-a, contudo, como punio do pe-

    17 AGOSTINHO

  • cado. Em sua obra, influenciada por Plato, en-contra-se a primeira grande sntese filosfico-teolgica do cristianismo. Escreveu A Cidade deDeus e Confisses.

    AGRRIO. Veja Reforma Agrria; SistemasAgrrios.

    AGREGADO. Lavrador pobre, no propriet-rio, que se estabelece na propriedade de outroem troca de alguma espcie de pagamento. NoBrasil, entre os vrios tipos de agregados, des-tacam-se: 1) O que planta e cria animais em pe-quena escala em propriedade alheia, pagandoesse uso com alguns dias de trabalho por sema-na, mediante remunerao inferior de um as-salariado na mesma propriedade; 2) O que moranuma casa fornecida pelo proprietrio do stioou fazenda, retribuindo com um dia de trabalhosemanal; 3) O que planta e cria numa porode terra alheia e paga ao proprietrio uma par-cela do produto final. Nos engenhos de acardo Nordeste brasileiro, o agregado tambmconhecido por morador. O termo agregadopode tambm significar agregado macroecon-mico. Veja tambm Valor Agregado.

    AGRIBUSINESS. Termo em ingls constitudodas palavras agriculture e business, e que designaas empresas industriais cujos produtos tmcomo base um produto agrcola, geralmenteuma commodity como, por exemplo, as empresasque fabricam cigarros a partir do fumo, ou queproduzem bebidas a partir da cevada. So tam-bm chamadas agroindstrias. Veja tambmCommodity.

    AGRICULTURA. Atividade produtiva integran-te do setor primrio da economia. Caracteriza-sepela produo de bens alimentcios e matrias-primas decorrentes do cultivo de plantas e dacriao de animais. Na produo agrcola en-tram trs fatores bsicos: o trabalho, a terra e ocapital. Numa unidade agrcola, quando o em-prego de capital o fator predominante, diz-seque se trata de agricultura intensiva. No caso deser a terra o fundamental, trata-se ento de agri-cultura extensiva. A predominncia do fator ca-pital, tpico da agricultura moderna, permite altaprodutividade por rea cultivada e encontradasobretudo nos pases industrializados (no Brasil,ocorre principalmente nas regies Sul e Sudes-te). A agricultura extensiva, no entanto, com autilizao abundante de terras, caractersticados pases do Terceiro Mundo, onde a grandepropriedade a marca da estrutura fundiria.A predominncia do fator terra, alis, marcouat recentemente a histria da agricultura, alte-rando-se a relao com o trabalho e o capitalsomente a partir da Revoluo Industrial, cujastcnicas se estenderam ao setor agrcola. A re-

    lao entre esses trs fatores est ligada aos pa-pis que a agricultura de um pas cumpre noconjunto da organizao social e econmica: 1)O de fornecedora de alimentos para o mercadointerno; 2) O de fornecedora de um excedenteagrcola capaz de ser exportado e proporcionardivisas para o pas; 3) O de geradora de pou-pana para a implantao ou desenvolvimentodo setor industrial; 4) Ou, ainda, de acordo como regime de propriedade vigente (grande, mdiaou pequena), o papel de fornecedora principalde mo-de-obra para as atividades urbano-indus-triais. Veja tambm Contag; Revoluo Agrco-la; Revoluo Industrial; Sociedade Nacionalde Agricultura; Terceiro Mundo.

    AGROINDSTRIA. Atividade constituda pelajuno dos processos produtivos agrcolas e in-dustriais no mbito de um mesmo capital social,ou, quando tal no acontece, a atividade carac-teriza-se por uma grande proximidade fsica en-tre a rea que produz a matria-prima agrcolae o seu processamento industrial. Com a cres-cente preponderncia da indstria sobre a agri-cultura e a subordinao desta ltima primei-ra, propores crescentes das atividades agrco-las encontram-se hoje totalmente submetidas aocapital industrial, sendo esta uma tendnciamundial. Veja tambm Agribusiness.

    AGROVILA. Ncleo habitacional e produtivoconstrudo geralmente em reas rurais para odesenvolvimento da agricultura e destinado areceber populaes que esto sendo deslocadasde outras reas por razes climticas ou devido construo de obras pblicas como, por exem-plo, barragens que servem como reservatriospara a produo de energia eltrica.

    AGUAR AES. Ato que resulta em aes cujovalor ao par excede o valor do patrimnio l-quido (tangvel) que as mesmas representam.Este tipo de situao pode ser criado de diversasmaneiras: 1) emitindo aes em troca de dinhei-ro ou propriedades cujo valor inferior ao valorao par das aes; 2) entregando aes aos acio-nistas como bnus; 3) emitindo aes contra umativo fictcio ou intangvel. A magnitude desseprocesso pode ser medida pelo excesso do valorao par do conjunto de suas aes em comparaocom seus ativos tangveis (patrimnio lquido).Veja tambm Ao Aguada.

    AIESEC Associao Internacional de Estu-dantes em Cincias Econmicas e Comerciais.Foi fundada em 1948 por estudantes de sete pa-ses europeus com a finalidade de ajudar na re-construo da Europa devastada pela guerra. uma organizao apartidria, sem fins lucrativose oferece as seguintes oportunidades a seus in-tegrantes: 1) que se desenvolvam profissional-

    AGRRIO 18

  • mente; 2) programas educacionais que visem formao de lderes; 3) contatos com estudantesde outros pases por intermdio de programasde viagens; 4) contactos com grandes empresasnacionais e internacionais. Nos programas de in-tercmbios, destaca-se o de intercmbio de es-tagirios. Hoje, a maior organizao interna-cional dirigida por estudantes, estando presenteem 81 pases e em mais de 750 universidades.No Brasil a associao est presente em So Pau-lo (FGV e FAAP Fundao Armando lvaresPenteado), no Rio de Janeiro, Belo Horizonte,Braslia, Salvador, Curitiba, Joinville, Porto Ale-gre, So Leopoldo, Santa Maria e Vitria.

    AJUDA EXTERNA. Veja Dependncia; Inves-timento Estrangeiro; Subdesenvolvimento;Unctad.

    AJUSTAMENTO. Linha descrita pela ligaodos pontos de um grfico cartesiano no corres-pondente a uma srie estatstica. Quando ospontos esto dispersos pelo grfico, traa-se umalinha que passe o mais prximo possvel de to-dos os pontos representados.

    AKA. Abreviao da expresso em ingls alsoknown as, que significa tambm conhecido porou alis.

    AKTIE (Stamm). Termo em alemo que signi-fica ao ordinria. Ela representa direitos par-ticipativos na direo de uma empresa e signi-fica uma poro do capital da mesma.

    AKV. Iniciais da expresso em alemo Allgemei-ne Kreditvereinbarungen, que significa acordogeral de emprstimos. Veja tambm GeneralArrangements to Borrow.

    ALADI Associao Latino-Americana de In-tegrao. Organizao internacional criada peloTratado de Montevidu, assinado em 12 deagosto de 1980, em substituio antiga Asso-ciao Latino-Americana de Livre-Comrcio(Alalc). O objetivo do tratado, que passou a vi-gorar em 18 de maro de 1981, era obter umaentidade mais flexvel, mais dinmica e sem oserros da antecessora, capaz de estimular as re-laes comerciais na Amrica Latina. As princi-pais modificaes da Aladi em relao Alalcforam a possibilidade de acordos bilaterais entrepases e o estabelecimento de diferenas entreos membros da associao, de acordo com seuestgio de desenvolvimento econmico. A Aladino abandona o objetivo de criar um mercadocomum latino-americano, mas enfatiza que este um objetivo a longo prazo, ao qual chegarde forma gradual. A Aladi composta de onzepases, representando mais de 90% da popula-o e do territrio da Amrica Latina. Esses pa-ses esto divididos em trs grupos: os menos

    desenvolvidos (Bolvia, Equador e Paraguai); osmais desenvolvidos (Argentina, Brasil e Mxi-co); e os intermedirios (Colmbia, Chile, Peru,Uruguai e Venezuela). A organizao estrutu-ra-se em trs rgos: o Conselho de Ministrosdos Negcios Estrangeiros, instncia supremaencarregada da conduo dos negcios polticose de integrao econmica; a Conferncia deAvaliao e de Convergncia, que deve reunir-sede trs em trs anos e onde tomam assento osrepresentantes plenipotencirios dos onze pa-ses membros; o Comit de Representantes, r-go permanente encarregado de executar a apli-cao do tratado. O primeiro secretrio-geral daAladi, eleito em 1980, foi o economista para-guaio Jlio Csar Schupp. A organizao estsediada em Montevidu, Uruguai. Veja tambmAlalc; Alca; Mercosul.

    ALALC Associao Latino-Americana de Li-vre-Comrcio. Organizao internacional criadapelo tratado de Montevidu, em fevereiro de1960, e extinta vinte anos depois. Previa o esta-belecimento de uma rea de livre-comrcio, queseria a base para um mercado comum latino-americano, semelhana do Mercado ComumEuropeu, com reduo de tarifas e eliminaode barreiras comerciais. Assinaram o tratado Ar-gentina, Brasil, Chile, Mxico, Paraguai, Peru eUruguai; ingressaram depois Colmbia e Equa-dor (1961), Venezuela (1966) e Bolvia (1967). AAlalc desenvolveu-se bastante no incio, fazendocom que as exportaes regionais quase dobras-sem de 1961 a 1965, passando de 490 para 835milhes de dlares. De 1960 para 1970, foramaprovadas quase 900 concesses tarifrias, faci-litando as transaes comerciais. Aps esse in-cio promissor, porm, a organizao entrou emcrise: de 1970 a 1980, aprovaram-se apenas 2 milnovas concesses tarifrias. As causas da crisesnunca chegaram a ser exatamente definidas.Uma das explicaes levantadas diz respeito diferena de desenvolvimento econmico entreos membros da organizao: os mais pobres noteriam condies de participar das negociaesda mesma forma que os outros, e estes acabavamrecebendo os maiores benefcios. A instabilidadepoltica e econmica na regio, principalmentedurante a dcada de 70, tambm teria favorecidoa crise. A Alalc foi extinta em 31 de dezembrode 1980. Em seu lugar, os pases membros cria-ram outra organizao, menos ambiciosa e maisflexvel: a Aladi Associao Latino-America-na de Integrao. Veja tambm Aladi; Mercosul;Alca.

    ALAVANCAGEM. Termo usado no mercadofinanceiro para designar a obteno de recursospara realizar determinadas operaes. Num sen-tido mais preciso, significa a relao entre en-dividamento de longo prazo e o capital empre-

    19 ALAVANCAGEM

  • gado por uma empresa. Assim, o quociente En-dividamento de Longo Prazo/Capital Total Em-pregado reflete o grau de alavancagem aplicado.Quanto maior for o quociente, maior ser o graude alavancagem.

    ALCA rea Livre de Comrcio das Amri-cas. Proposto pelos Estados Unidos no incio dosanos 90, este organismo permitiria uma integra-o comercial entre os pases das Amricas, es-pecialmente daqueles pertencentes ao Nafta (Es-tados Unidos, Mxico e Canad) e Mercosul(Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai). Na me-dida em que essa integrao poderia afetar odesenvolvimento do Mercosul, o Brasil vem seopondo aos prazos curtos para a sua implemen-tao propostos pelos Estados Unidos. Veja tam-bm Fast Track; Mercosul; Nafta.

    ALCABALA. Termo de origem rabe que de-signa imposto cobrado pela Coroa Espanhola apartir do sculo XIV, incidindo sobre as vendasou permutas de bens mveis. A alcabala incidiapraticamente sobre toda e qualquer transao epermaneceu como importante meio de arreca-dao governamental na Espanha at o sculoXIX.

    ALFA (). Medida do retorno do investimentode uma ao particular quando for tomado comoponto de referncia o ndice S&P 500. Desta for-ma, no clculo da inclinao de uma linha, a +bx = y, se considerarmos b = 0, o que significaeliminar a volatilidade de uma ao, obteremoso resultado pretendido. Se alfa for positivo eequivalente a 10%, significar que o retorno doinvestimento nesta ao ser 10% superior que-le alcanado pelo ndice S&P 500; se o alfa forigual a 0 (zero), a ao especfica se comportarem termos de rendimento da mesma forma queo ndice S&P 500; e se o alfa for negativo e iguala 15%, significar que o rendimento da ao emquesto ser 15% inferior ao indicado pelo ndiceS&P 500. Veja tambm Beta; S&P 500.

    ALFA 3 (3). Medida estatstica de distribuiocalculada pela frmula:

    3 = m3 (m2)32 onde m2 e m3 so o segundo e o terceiro mo-mentos de X em relao a sua mdia. Veja tam-bm Momento.

    ALFNDEGA. Repartio governamental quefiscaliza a entrada e sada de mercadorias emcada pas, para assegurar o pagamento das ta-rifas correspondentes e o cumprimento das nor-mas locais de comrcio internacional. Cumpretambm alfndega impedir a prtica do con-trabando e a entrada no pas de mercadorias

    consideradas contrrias aos interesses da pro-duo nacional. O carter protecionista das ati-vidades alfandegrias acentuou-se nas econo-mias ocidentais desde o mercantilismo, receben-do a ateno dos governos. Veja tambm Co-mrcio Internacional; Mercantilismo; Tarifas;Unio Alfandegria.

    ALFANUMRICO (Caracteres). Todos os ca-racteres alfabticos ou numricos, isto , todasas letras de A a Z e todos os nmeros de 0 a 9.

    ALGOL Algorithmic Language. Linguagemalgortmica baseada na qual os procedimentosnumricos so minuciosamente especificadosnuma forma-padro ao computador. O Algol o resultado de uma cooperao internacionalpara a obteno de uma linguagem algortmicapadronizada tendo como precursora a Internatio-nal Algebric Language. Veja tambm Algoritmo.

    ALGORITMO. O termo tem origem no mate-mtico rabe Al-Kwarismi. Modernamente, sig-nifica as disposies especiais que se fazem comelementos matemticos, com o objetivo prticoe simples de efetuar clculos. Um algoritmopode ser entendido como um mtodo que indicadirees para que os clculos sejam um processofinito e que garanta o alcance de um resultado.So exemplos de algoritmos o de Eratstenes,para a obteno de nmeros primos, o de Eu-clides, que, com divises sucessivas, permite ob-ter o maior divisor comum entre dois nmerosinteiros, o dispositivo de Briot-Ruffine, para adiviso de um polinmio por um polinmio de1 grau, um programa de computador etc.

    ALIANA PARA O PROGRESSO. Programade cooperao multilateral criado em agosto de1961 pelos signatrios da Carta de Punta delEste, com o objetivo de incrementar o desenvol-vimento econmico-social da Amrica Latina. Aidia da aliana foi lanada pelo presidente nor-te-americano John Kennedy, em maro de 1961,como resposta aos acontecimentos revolucion-rios em Cuba e s presses de setores polticose governamentais latino-americanos preocupa-dos com a situao econmica e social da regio.Concretizada na reunio especial do ConselhoInteramericano Econmico e Social da Organi-zao dos Estados Americanos, realizada emPunta del Este, a aliana foi estruturada segundoos princpios da operao Pan-Americana(OPA), proposta pelo presidente Juscelino Ku-bitschek e aprovada em 1960, de acordo com aAta de Bogot, assinada por dezenove pases.Em Punta del Este, os participantes proclama-vam sua deciso de associar-se num esforocomum para alcanar o progresso econmicomais acelerado e a justia social mais ampla paraseus povos, respeitando a dignidade do homem

    ALCA 20

  • e a liberdade pblica. Abrangendo um perodoinicial de dez anos (1961-71), o programa visavaconcretamente redistribuio da renda, eli-minao do analfabetismo, reforma agrria, industrializao, ao desenvolvimento de proje-tos de habitao popular e integrao das eco-nomias latino-americanas por um mercado co-mum. Para viabilizar essas metas, os EstadosUnidos destinaram uma verba inicial de 20 bi-lhes de dlares, ficando os demais governosobrigados a contribuir com quantias equivalen-tes ajuda recebida do exterior. A coordenaoe o controle do programa da aliana estavam acargo do Conselho Interamericano Econmico eSocial, em colaborao com o Banco Interame-ricano de Desenvolvimento, a Associao Lati-no-Americana de Livre-Comrcio (Alalc), a Co-misso Econmica da ONU para a AmricaLatina (Cepal), o Fundo Monetrio Internacional(FMI) e o Banco Internacional para a Reconstru-o e Desenvolvimento (Bird). Embora acenassecom reformas sociais e econmicas, a aliana,com o tempo, mostrou-se inoperante: de umlado, pelos crescentes cortes na ajuda externanorte-americana, e, de outro, por apoiar-se emgovernos conservadores, comprometidos com asituao vigente nos pases participantes.

    ALIENAO. Em Direito, o termo tem o sig-nificado genrico de transferncia da proprie-dade de uma coisa ou direito de uma pessoa(fsica ou jurdica) para outra. Em economia po-ltica, a alienao um dos conceitos bsicos domarxismo, significando a perda sofrida pelo tra-balhador de uma parte de seu ser, quando ocapitalista se apropria do fruto de seu trabalho.Marx partiu da teoria da alienao do filsofoFeuerbach, para quem o homem abdicaria desua prpria essncia ao criar a imagem de umser absoluto, superior (Deus), que, embora cria-do pelo homem, visto por este como seu cria-dor. Para Marx, a alienao ocorre no apenasnesse plano religioso (do homem a Deus), comoacreditava Feuerbach, mas em muitos outros do-mnios; alienao do cidado ao Estado, do sol-dado a sua bandeira, e, principalmente, do tra-balhador ao capital. No sistema capitalista, se-gundo Marx, os produtos do trabalho humanopassam a ser meras mercadorias que subjugamo homem, em vez de servir a ele, como era deesperar, j que so criaes suas. Veja tambmFetichismo da Mercadoria; Mais-valia; Marx,Karl Heinrich.

    ALIENAO FIDUCIRIA. Transferncia aocredor do domnio e posse de um bem, em ga-rantia ao pagamento de uma obrigao que lhe devida por algum. O bem devolvido a seuantigo proprietrio depois que ele resgatar advida.

    ALIGATOR SPREAD. Veja Spread.

    ALIMENTO DE BASE. o alimento ou ali-mentos que constituem a base da alimentaohabitual de uma populao. Por exemplo, nocaso brasileiro, o arroz e o feijo podem ser con-siderados alimentos de base. Em algumas regi-es brasileiras, como no Nordeste, a farinha tam-bm constitui um alimento de base. Geralmente,quando os preos desses produtos sobem, o cus-to da alimentao tambm sofre uma elevao.

    ALL OR NONE (AON). Expresso utilizada nomercado financeiro indicando que uma ordemde compra ou venda deve ser realizada por in-teiro ou ento no dever ser concluda. Se umcorretor no conseguir executar a ordem (AON)de um cliente por inteiro, ela no dever serconcluda parcialmente. Mas a mesma no de-ver ser cancelada, a menos que seja do tipo fillor kill, isto , cumpra-se ou cancele.

    ALLA RINFUSA. Expresso em italiano quesignifica uma clusula comercial segundo a qualo embarque de mercadorias indevidamente em-baladas ou acondicionadas pagar taxas corres-pondentes a mercadorias vendidas a granelcomo a madeira, o carvo e substncias lquidas.

    ALLAIS, Maurice (1911- ). Economista e mate-mtico francs da escola econmica neoliberal,que pressupe uma ordem natural derivada dalivre deciso dos indivduos, na qual a economiade mercado e o livre mecanismo de preos sorequisitos fundamentais. Utilizando o que cha-mou de teorema fundamental do rendimentosocial, procurou demonstrar que todo sistemaeconmico, se quiser utilizar melhor seus recur-sos raros e no-renovveis, deve recorrer, expli-citamente ou no, a um sistema de preos equi-valente ao do equilbrio da concorrncia perfei-ta. E sustentou que uma economia eficiente,seja coletivista ou privada, deve organizar-senuma base descentralizada e concorrencial. Al-lais fez estudos sobre a teoria do equilbrio eco-nmico geral e da eficincia mxima, as funesdo capital e seu desempenho no processo decrescimento capitalista, a pesquisa operacionalaplicada economia, alm da formulao deuma teoria quantitativa da moeda, em que es-tabelece uma dependncia funcional entre o va-lor da demanda monetria existente e os valoresanteriores da taxa de expanso da renda nacio-nal. Tambm desenvolveu anlises de economiaaplicada em pesquisas de minrios e infra-es-trutura de transportes. Defende a integrao eco-nmica da Europa. Trabalhou no Centro de An-lises Econmicas e na Escola Nacional Superiorde Minas de Paris. Ganhou o Prmio Nobel deEconomia em 1988. Entre outras obras, escreveu:A la Recherche dune Discipline conomique ( Pro-

    21 ALLAIS, Maurice

  • cura de uma Disciplina Econmica), 1943; co-nomie et Intrt (Economia e Juro), 1947; LEuropeUnie, Route de la Prosperit (A Europa Unida, Ca-minho da Prosperidade), 1959; e LImpt sur leCapital et la Rforme Montaire (O Imposto sobreo Capital e a Reforma Monetria), 1977. Vejatambm Paradoxo de Allais.

    ALLE RECHTE VORBEHALTEN. Expresso emalemo que significa literalmente todos os di-reitos reservados, e que indica uma clusulacontratual comercial segundo a qual, nas expor-taes ou na aceitao de determinadas transa-es comerciais (condies das mercadorias,quantidade das mesmas etc.), nenhum defeitoou alterao se encontra visvel. Esta expressoaplica-se tambm ao caso de edies de livros,vdeos, filmes etc. nas quais todos os direitosde reproduo esto reservados com o editor.

    ALLEINSTEUER. Veja Imposto nico.

    ALLEN, Roy George Douglas (1906-1983). Eco-nomista ingls, lecionou na London School ofEconomics a partir de 1928, trabalhou no Te-souro e, no final da Segunda Guerra Mundial,foi indicado como professor de estatstica naUniversidade de Londres. Sua maior contribui-o ao desenvolvimento da teoria econmicadata de 1934 quando, em conjunto com JohnHicks, publicou um artigo no qual se demons-trava, mediante curvas de indiferena, que paraexplicar o sentido descendente de uma curvade demanda suficiente assumir que os benspodem ser classificados de uma forma ordinal,isto , quando se ordenam vrios bens, aqueleque representa a maior utilidade colocado notopo da escala. Suas obras mais importantes soas seguintes: Mathematical Analysis for Economists(Anlise Matemtica para Economistas), 1938;Statistics for Economists (Estatstica para Econo-mistas), 1949; Mathematical Economics (EconomiaMatemtica), 1956; Macroeconomic Theory AMathematical Treatment (Teoria Macroeconmica Uma Abordagem Matemtica), 1967.

    ALLONGE. Expresso em ingls que designaum pedao de papel anexado a um documentopara fornecer espao onde endossos possam serfeitos, quando no sobra mais espao no localdo documento destinado a esse fim.

    ALMUDE. Medida de capacidade utilizada pelaCasa da Moeda do Brasil antes da adoo dosistema mtrico decimal e equivalente a 12 ca-nadas ou a aproximadamente 32 litros. Veja tam-bm Sistema Internacional de Unidades.

    ALODIAL. Designao dos bens que podem serpossudos livremente e sobre os quais no existerestrio alguma no caso de alienao.

    ALONGSIDE-DATE. Expresso em ingls quesignifica a data na qual se espera que um navioesteja na posio correta no cais e preparadopara receber uma determinada carga.

    ALQUEIRO. Veja Alqueire.

    ALQUEIRE. Denominao de unidade de reae de capacidade (volume) utilizada pelo SistemaAntigo Brasileiro de Unidades, antes da adoodo Sistema Mtrico Decimal, e tambm deno-minada Quartel. Esta unidade at hoje utili-zada no meio rural, embora tenha equivalnciasdiferentes, dependendo da regio. So conheci-das pelo menos 10 dimenses diferentes para oalqueire, como mostra o quadro abaixo:

    Apesar da enorme variedade de dimenses, asmais utilizadas ainda hoje na agricultura brasi-leira (como medida de rea) so o Alqueire Pau-lista e o Alqueire Mineiro. Como medida de ca-pacidade, o alqueire era utilizado pela Casa daMoeda do Brasil antes da adoo do SistemaMtrico Decimal e equivalia a aproximadamente10 canadas ou 26 litros. Veja tambm Sistemasde Pesos e Medidas.

    ALQUEIRE DO NORTE. Medida de rea agr-ria utilizada no Norte e no Nordeste do pas eequivalente a 27 225 m2. Veja tambm Alqueire.

    ALQUEIRE MINEIRO. Veja Alqueire.

    ALQUEIRE PAULISTA. Veja Alqueire.

    ALTA. Momento em que as aes e demais t-tulos transacionados em Bolsa apresentam umaelevao significativa de preos, normalmentecausada pelo incremento da demanda. Nos pe-rodos em que a economia atravessa uma fasede prosperidade do ciclo econmico, o mercadode aes geralmente estimulado por uma

    Braas Metro Hectares Estado onde utilizado

    Alqueire 50 x 50 110 x 110 1,2100 SP, MG

    Alqueire 50 x 75 110 x 165 1,8150 MG, MT

    AlqueirePaulista

    50 x 100 110 x 220 2,4200 MA, ES, RJ,SP, MG, PE,SC, RS, MT,GO

    Alqueire 75 x 80 165 x 176 2,9040 MG

    Alqueire 79 x 79 173,8 x 173,8 3,0206 MG

    Alqueire 80 x 80 76 x 176 3,0976 ES, SP, MG

    Alqueire 75 x 100 65 x 220 3,6300 RJ, MG

    AlqueireMineiro

    100 x 100 220 x 220 4,8400 AC, RN, BA,ES, RJ, SP, SC,MT, GO, MG

    Alqueire(Alqueiro)

    100 x 150 220 x 330 7,2600 MG, MT

    Alqueire(Alqueiro)

    200 x 200 440 x 440 19,3600 MG, BA, GO

    ALLE RECHTE VORBEHALTEN 22

  • maior demanda de ttulos e aes, e os preosapresentam uma tendncia elevao, emboratais reflexos no sejam automticos: isto , podehaver uma defasagem entre um momento deprosperidade e uma tendncia alta no mercadode aes. Veja tambm Ao; Bolsa de Valores.

    ALTER EGO DOCTRINE. Expresso anglo-la-tina que significa o princpio ou a doutrina ju-rdica que sustenta que, quando uma subsidiria um mero instrumento da matriz a pontode no possuir autonomia alguma e utili-zada simplesmente para que esta ltima supereobstculos legais ou mesmo pratique fraudes (ge-ralmente contra o fisco), os tribunais ignoram afico de que se trata de duas empresas separadas.

    ALTHUSSER, Louis (1918-1990). Filsofo fran-cs de origem argelina que se notabilizou nadcada de 60 por defender uma nova interpre-tao do pensamento marxista. Analisando asidias de Marx do ponto de vista da distinoentre ideologia e cincia, Althusser ops-se sinterpretaes correntes na poca, que centra-vam o marxismo na teoria da alienao e o apro-ximavam de Hegel. Para Althusser, seria neces-srio restabelecer o sentido econmico do mar-xismo. Ler o Capital, publicado em 1964, e A Favorde Marx, de 1965, esto entre suas principaisobras. Veja tambm Alienao; Hegel; Marxis-mo.

    ALUGUEL. Preo pago pela utilizao de umbem alheio particularmente um imvel ,calculado por unidade de tempo. No Brasil,como na Inglaterra e outros pases, o aluguelde imveis controlado por legislao especfi-ca. Veja tambm Arrendamento; Leasing; Leido Inquilinato.

    ALVAR. Em termos jurdicos, a ordem, comequivalncia de mandado judicial, expedida porum juiz, determinando que seja cumprida umasentena ou despacho. Em termos administrati-vos, tem a conotao de licena (alvar para por-te de armas, alvar para comrcio etc.). Em de-terminadas condies, o juiz pode expedir umalvar permitindo que pessoas impedidas poralgum motivo possam realizar venda de bens.

    ALVES BRANCO, Manuel (1797-1855). Nasceuem Salvador (Bahia), foi o segundo Visconde deCaravelas, jurista e estadista, foi ministro da Fa-zenda, da Justia, e presidente do Conselho deMinistros do Imprio. Durante seu mandatocomo ministro da Fazenda, decretou as primei-ras tarifas alfandegrias do Brasil, em 1844, quepassaram a ser conhecidas como Tarifas AlvesBranco. Modificou as tarifas alfandegrias dequase 3 mil produtos importados aumentandoos impostos em 30, 40, 50 e at 60%. O valor

    da majorao dependia de o produto poder ouno ser produzido no Brasil, bem como de suaimportncia para o mercado interno. At a pro-mulgao das Tarifas Alves Branco, os produtosimportados eram taxados em apenas 15%. Asmercadorias inglesas gozavam desse privilgiodesde 1810 (tratados de 1810 de comrcio e na-vegao). Com o tempo, essa tarifa foi estendidas demais naes que comerciavam com o Brasil.Alm de amenizar os problemas oramentriosdo Segundo Reinado, a tarifa favoreceu algunssetores da economia brasileira, embora tenhasido alvo de violentos protestos dos pases ex-portadores, sobretudo da Inglaterra e dos co-merciantes ligados ao setor de importao. Vejatambm Tratados de 1810.

    AMA-KUDARI. Expresso em japons que sig-nifica literalmente cair do cu e aplicada noscasos em que um elevado posto numa empresaprivada ocupado por pessoa aposentada dealtos cargos administrativos governamentais.Na medida em que no Japo os cargos vagosmais elevados so geralmente ocupados por pes-soas do prprio corpo de funcionrios de umaempresa (na base do emprego por toda vidanuma s empresa), o Ama-Kudari representauma prtica criticvel e desagradvel para o cor-po gerencial de uma empresa onde ela acontece.

    AMARTYA SEN (1935- ). Nascido na ndia eprofessor do Trinity College, em Cambridge (In-glaterra), pesquisou sobre a fome em Bangla-desh, em 1974, e recebeu o Prmio Nobel emEconomia por seus trabalhos tericos na reasocial e por haver contribudo para uma novacompreenso dos conceitos a respeito de mis-ria, pobreza e bem-estar social em regies po-bres, onde a principal atividade ainda a agri-cultura.

    AMBUSH MARKETING. Expresso em inglsque significa literalmente marketing de embos-cada, isto , quando uma empresa conseguefazer aparecer de alguma forma sua marca emevento patrocinado por outra. Por exemplo, du-rante a Copa do Mundo de 1994, em alguns jo-gos da seleo brasileira de futebol cuja trans-misso era patrocinada por uma marca de cer-veja, sua principal concorrente colocou placasnas laterais do gramado e contratou espectado-res uniformizados com sua marca, que acabaramaparecendo mais tempo durante a transmissodos jogos do que a prpria marca do patrocinador.

    AMENITY VALUE. Expresso em ingls que serefere s condies existentes no entorno de umapropriedade imobiliria que geralmente elevamo seu valor como, por exemplo, boa vizinhana,escolas, parques, reas verdes etc.

    23 AMENITY VALUE

  • AMERICAN DEPOSITARY RECEIPT (ADR).Emisso de certificados, por bancos norte-ame-ricanos, representativos de aes de empresassediadas fora dos Estados Unidos. Na medidaem que tais certificados so negociveis no mer-cado de valores mobilirios nos Estados Unidos,cria-se na prtica a possibilidade de esse mer-cado de ttulos estar negociando aes de em-presas de outros pases. Existem quatro tiposde programas de negociao desses papis (n-veis I, II, III e restrito), os quais se diferenciampelas vantagens de negociao de cada tipo depapel. No caso brasileiro, existem trs modali-dades de ADRs: 1) Depositary Receipts (inves-tidor estrangeiro) so certificados que repre-sentam aes ou outros ttulos de direito sobreaes emitidos por uma instituio do exteriore assegurados com ttulos depositados em cus-tdia especial no Brasil. A base legal destas emis-ses constituda pelas resolues 1 927/1992,2 337/1996, 2 356/1997 e pela regulamentaodo anexo V resoluo 1 289/1987 e pela circular2 728/1996; 2) Depositary Receipts (investidorbrasileiro). As condies so estabelecidas parao registro de investimentos brasileiros no exte-rior em DRs, assegurados com ttulos emitidospor empresas com matriz no Brasil. A base legal a circular 2 741/1997; 3) Brazilian DepositaryReceipts (investidor brasileiro) so certificadosque representam ttulos emitidos por empresasestatais ou similares, com matriz no exterior eemitidos por instituio no Brasil. A base legal constituda pela resoluo 2 318/1996, pela cir-cular 2 723/1996 e pela instruo CVM (Comis-so de Valores Mobilirios) 255/1996.

    AMERICAN STOCK EXCHANGE (Ase ouAmex). A segunda maior Bolsa de Valores dosEstados Unidos, transacionando cerca de 10%de todas as aes negociadas no pas. A Bolsaproporciona um lugar fsico para as transaescom aes, as quais tm de pertencer a uma em-presa registrada, ou seja, uma empresa quepreencha os requisitos estabelecidos pela juntade diretores da Bolsa. As exigncias para registrona American Stock Exchange so menores doque as existentes na Bolsa de Valores de NovaYork (New York Stock Exchange). As compa-nhias registradas devem apresentar relatrios fi-nanceiros anuais e informes quinzenais de suasmovimentaes e ganhos, alm de impedir aao de insiders. Se o interesse do pblico dimi-nuir muito por um ttulo ou ao, a empresacorrespondente poder perder seu registro. AAmerican Stock Exchange muito antiga e teveincio quando os corretores se encontravam narua para transacionar lotes de aes. S no inciodo sculo XX essa Bolsa de Valores passou aocupar um lugar coberto, saindo portanto da

    rua. Veja tambm Bolsa de Valores; Insider;New York Stock Exchange; Wall Street.

    AMIN, Samir (1931- ). Economista egpcio es-tudioso dos problemas dos pases em desenvol-vimento. Formado pela Universidade de Paris,trabalhou como assessor da Organizao parao Desenvolvimento Econmico, no Cairo, de1957 a 1960; foi conselheiro tcnico para o setorde planejamento do governo do Mali, de 1960a 1963; diretor do Instituto Africano para De-senvolvimento Econmico e Planejamento des-de 1970. Professor de economia nas universida-des de Poitiers, Paris e Dakar, publicou vrioslivros, que tratam principalmente dos proble-mas econmicos dos pases do Terceiro Mundo:Trs Experincias Africanas de Desenvolvimento:Mali, Guin e Gana (1965); A Economia do Maghreb(1967); O Mundo dos Negcios Senegaleses (1968);O Maghreb no Mundo Moderno (1970); A Acumu-lao em Escala Mundial (1970); A frica do OesteBloqueada (1971); O Desenvolvimento Desigual(1973); A Nao rabe (1978).

    AMORTIZAO. Reduo gradual de uma d-vida por meio de pagamentos peridicos com-binados entre o credor e o devedor. Os emprs-timos e hipotecas bancrios so, em geral, pagosdessa forma. No caso de emprstimos a longoprazo, a amortizao se faz mediante tabelas es-peciais nas quais se incluem os juros relativosao capital a reembolsar. Na tcnica contbil, usa-se o termo para designar as parcelas retiradasanualmente pelo proprietrio da empresa a fimde atender depreciao de certos bens ativoscomo mveis, maquinaria e outros. Veja tambmDvida; Tabela Price.

    AMORTIZAO ACELERADA. Forma deamortizao de um ativo (um equipamento p.e.)a uma velocidade superior vida til desse ati-vo. Esta forma de depreciao utilizada parainflar custos ou para a obteno de benefciosfiscais. Esta forma aplica-se tambm no caso dedvidas que so pagas em um nmero de pe-rodos inferior ao estipulado no contrato, se odevedor assim desejar, podendo inclusive obterdescontos nas taxas de juros cobradas.

    AMORTIZAO NEGATIVA. Aumento doprin cipal de uma dvida, quando os pagamentosparciais da mesma so insuficientes para cobriro montante correspondente aos juros. A diferena incorporada ao principal de tal maneira que advida, em lugar de diminuir, aumenta com opassar do tempo. o que tem acontecido no Bra-sil com muitos contratos de aquisio da casaprpria posteriores a 1988, nos quais as presta-es no cobrem os juros que incidem sobre osaldo remanescente, o que tem causado crescenteinadimplncia entre os muturios.

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  • AMOSTRA. Conjunto de tcnicas estatsticasque possibilita, a partir do conhecimento de umaparte (a amostra), obter informaes sobre otodo (universo). Para realizar uma amostragem, preciso, antes de mais nada, dividir o universoem partes chamadas unidades amostrais.Exemplificando: para selecionar uma amostra-gem de residentes de um municpio, a unidadeamostral pode ser a pessoa, a famlia, o domi-clio, o quarteiro. Em seguida, necessrio de-terminar o tamanho da amostra, ou seja, o n-mero de unidades amostrais que deve ser pes-qui