28
funciona. Todavia, antes d nossos conhecimentos sob vejamos os fundamentos t bilidade. A palavra contab latim computare (contar, c Quando cuidamos da Con ria, procuramos definir aq estudamos seus princípios aplicações. Ou seja, a Cont princípios e regras de cond das pelos profissionais da á objetivo de aprimorar e un imentos técnicos. Assim, d tabilidade é uma ciência, o sobre determinado assunto baseados em um método c não é uma ciência exata. S Federal de Contabilidade ( uma ciência social. Logo, p contábeis sejam aplicadas equada, é necessário fixar p a serem observados por to da área contábil. Diferente Contabilidade não é uma c para ser possível comparar formações contábeis de um em diversos períodos ou d entes num mesmo período uniformidade na adoção d pelos contabilistas. A Cont envolve o uso de técnicas o por meio dos quais os prin postos em prática, o que in operações de uma entidad dos. Sua função é controla uma pessoa ou organizaçã fornecer informações úteis sado. Por intermédio da C ministrador de uma empre plo, gerenciar melhor os re obter informações úteis ao suas atividades, saber o cu contabilidade Custos nção é controlar o patrimônio pessoa ou organização, com o o de fornecer informações úteis ico interessado. Por intermédio tabilidade, o administrador empresa pode, por exemplo, ar melhor os recursos íveis, obter informações úteis Ricardo j. ferreira Rio de Janeiro 2018 Teoria e questões comentadas 11ª edição Inclui Análise das Demonstrações Contábeis de

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Neste livro, você vai entender como tudo isso funciona. Todavia, antes de aprofundarmos nossos conhecimentos sobre a prática contábil, vejamos os fundamentos teóricos da Conta-bilidade. A palavra contabilidade deriva do latim computare (contar, computar, calcular). Quando cuidamos da Contabilidade como teo-ria, procuramos definir aquilo de que ela trata, estudamos seus princípios e suas possíveis aplicações. Ou seja, a Contabilidade estabelece princípios e regras de conduta a serem segui-das pelos profissionais da área contábil, com o objetivo de aprimorar e uniformizar os proced

imentos técnicos. Assim, dizemos que a Con-tabilidade é uma ciência, ou seja, um conjunto organizado e aprofundado de conhecimentos sobre determinado assunto (o patrimônio), baseados em um método científico. Todavia, não é uma ciência exata. Segundo o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), trata-se de uma ciência social. Logo, para que as técnicas contábeis sejam aplicadas de maneira ad-equada, é necessário fixar princípios e regras a serem observados por todos os profissionais da área contábil. Diferente da Matemática, a Contabilidade não é uma ciência exata. Logo, para ser possível comparar, por exemplo, in-formações contábeis de uma mesma empresa em diversos períodos ou de empresas difer-entes num mesmo período, é necessário haver uniformidade na adoção de regras e princípios pelos contabilistas. A Contabilidade também envolve o uso de técnicas ou procedimentos por meio dos quais os princípios contábeis são postos em prática, o que inclui o registro das operações de uma entidade em livros apropria-dos. Sua função é controlar o patrimônio de uma pessoa ou organização, com o objetivo de fornecer informações úteis ao público interes-sado. Por intermédio da Contabilidade, o ad-ministrador de uma empresa pode, por exem-plo, gerenciar melhor os recursos disponíveis, obter informações úteis ao planejamento de suas atividades, saber o custo do que é produz-ido ou consumido, apurar o lucro ou prejuízo, controlar e reduzir despesas, aumentar receitas e prevenir e identificar erros e fraudes.

contabilidadeCustos

Sua função é controlar o patrimônio de uma pessoa ou organização, com o objetivo de fornecer informações úteis ao público interessado. Por intermédio da Contabilidade, o administrador de uma empresa pode, por exemplo, gerenciar melhor os recursos disponíveis, obter informações úteis

Ricardo j. ferreira

Rio de Janeiro2018

Teoria e questões comentadas

11ª edição

Inclui Análise das Demonstrações Contábeis

de

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Copyright © Editora Ferreira Ltda., 2002-2018.

11ª edição, 2018.

Projeto de capa:Bruno Barrozo Luciano

Diagramação:Thais Xavier Ferreira

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio. A violação dos direitos de autor (Lei nº 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.

Depósito legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto nº 1.825, de 20 de dezembro de 1907.

Impresso no Brasil/Printed in Brazil

CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ

F443c11. ed.

Ferreira, Ricardo José, 1961- Contabilidade de custos : teoria e questões comentadas / Ricardo José Ferreira. - 11. ed. - Rio de Janeiro : Ferreira, 2018. 480 p. ; 17x24 cm. (Concursos)

Inclui bibliografia ISBN 978-85-7842-400-8

1. Contabilidade de custo. 2. Contabilidade - Problemas, questões, exercí-cios;. 3. Serviço público - Brasil - Concursos. I. Título. II. Série.

18-51686 CDD: 657.42 CDU: 657.4

Meri Gleice Rodrigues de Souza - Bibliotecária CRB-7/6439

Editora [email protected]

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III

Prefácio

Neste livro, nosso principal objetivo é possibilitar a você o estudo da Contabilidade de Custos em linguagem simples, objetiva e de fácil assimilação, sem que haja perda na qualidade do conteúdo abordado. Outra preocupação é apresentar os assuntos de ma-neira lógica, dentro de um sistema em que cada capítulo se encaixe e permita ao leitor o entendimento da disciplina.

Em vez de saturar o estudante com uma quantidade exagerada de informações despro-vidas de nexo, nossa intenção é orientá-lo a aprender a matéria como parte de um orde-namento lógico. Uma vez apreendidos os conceitos fundamentais de forma sistêmica, ele poderá alçar voo por conta própria e desenvolver sua visão particular sobre os temas estudados. Desse modo, acreditamos que todo processo de ensino deve pressupor uma aposta na inteligência do interessado na absorção do conhecimento.

Para nossa surpresa e honra, essa obra passou a ser indicada em bibliografias recomen-dadas de concursos e universidades por todo o Brasil. À medida que a aceitação do livro aumentou de forma expressiva, tornou-se ainda maior a nossa responsabilidade com o rigor didático e técnico do seu conteúdo. Por isso, a cada edição, é quase que inevitável a ampliação do alcance desta obra.

Agradeço a todos que nos prestigiam com a leitura ou indicação do nosso livro e peço-lhes que encaminhem suas dúvidas, críticas e sugestões para o seguinte e-mail da editora [email protected]. Suas contribuições serão essenciais para as futuras edições desta obra.

Rio de Janeiro, agosto de 2018

Ricardo J. Ferreira

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V

Sumário

Parte I – Contabilidade de Custos

Capítulo 1 – Aspectos gerais 3

1 Áreas da Contabilidade 32 Contabilidade de Custos 33 Contabilidade de Serviços 44 Contabilidade Industrial 45 Campo de aplicação da Contabilidade de Custos 46 Estoques na atividade comercial 107 Estoques na atividade industrial 118 Patrimônio da empresa industrial 139 Origens ou fontes de recursos 1410 Investimentos da indústria 1511 Classificação da atividade industrial 16Exercícios de fixação 1 18Gabarito 21Exercícios de fixação 2 22Gabarito 25

Capítulo 2 – Terminologia da Contabilidade de Custos 27

1 Linguagem-padrão 272 Gasto 273 Investimento 274 Custo 285 Despesa 296 Perda anormal 317 Perda normal 328 Encargo 32

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Contabilidade de Custos

VIRicardo J. Ferreira

9 Desembolso 3210 Importação 3311 Custo de oportunidade 3312 Produção conjunta 33

12.1 Coprodutos 3412.2 Subprodutos 3412.3 Sucatas 36

13 Overhead 37Exercícios de fixação 1 38Gabarito 40Exercícios de fixação 2 41Gabarito 41Questões comentadas 42

Capítulo 3 – Classificação dos custos e despesas 45

1 Custos diretos 452 Custos indiretos 473 Custos diretos por departamentos 504 Custos fixos 545 Custos fixos unitários 556 Custos variáveis 557 Custos variáveis unitários 568 Custos semifixos e semivariáveis 589 Despesas fixas e variáveis 6110 Outras denominações 61

10.1 Custo da produção do período 6110.2 Custo da produção acabada 6110.3 Custo dos produtos vendidos 6210.4 Custo primário 6210.5 Custo de transformação ou de conversão 62

Exercícios de fixação 1 68Gabarito 71Exercícios de fixação 2 72Gabarito 78Questões comentadas 79

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VII

Sumário

Capítulo 4 – Estoques de materiais 91

1 Critério de avaliação dos estoques 912 Movimentação de estoque 913 Custo de aquisição das matérias-primas 924 Ajuste dos estoques ao valor justo 995 ICMS nas compras 1006 ICMS e frete nas compras 1027 Estoques de produtos em elaboração e acabados 1048 CPC 16 (R1) – Estoques 107

8.1 Valor realizável líquido 1078.2 Custos do estoque 113

8.2.1 Custos de transformação 1148.2.2 Outros custos 116

8.3 Outras formas para mensuração do custo 1178.4 Critérios de valoração de estoque 1188.5 Reconhecimento como despesa no resultado 123

Exercícios de fixação 124Gabarito 126Questões comentadas 127

Capítulo 5 – Mão de obra direta 139

1 Definição e aspectos gerais 1392 Cálculo do valor da hora de mão de obra direta 140Questões comentadas 144

Capítulo 6 – Custeio por absorção e custeio variável 147

1 Sistemas de custeio 1472 Custeio por absorção 1473 Custeio variável 150Questões comentadas 154

Capítulo 7 – Margem de contribuição 165

1 Conceito 1652 Custos para tomada de decisões 1683 Limitação da capacidade produtiva 170

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Contabilidade de Custos

VIIIRicardo J. Ferreira

4 Apropriação de custos fixos com base no fator de limitação 174Questões comentadas 175

Capítulo 8 – Ponto de equilíbrio 193

1 Ponto de equilíbrio contábil 1932 Demonstração do resultado no ponto de equilíbrio contábil 1943 Ponto de equilíbrio econômico 1964 Ponto de equilíbrio financeiro 1995 Margem de segurança 2016 Ponto de equilíbrio para mais de um produto 2027 Relação custo x volume x lucro 2048 Relação entre a variação nos custos e despesas fixos totais e o ponto de

equilíbrio 205Questões comentadas 206

Capítulo 9 – RKW 221

1 Definição e aspectos gerais 2212 Exemplo simplificado da aplicação do RKW 222Questões comentadas 223

Capítulo 10 – Produção por ordem e produção contínua 225

1 Definição e aspectos gerais 225Questões comentadas 227

Capítulo 11 – Equivalente de produção 233

1 Aplicação e aspectos gerais 233Questões comentadas 241

Capítulo 12 – ABC – Custeio baseado em atividades 253

1 Definição e aspectos gerais 2532 Identificação dos direcionadores de atividades 255Questões comentadas 257

Capítulo 13 – Custo-padrão e predeterminação dos CIF 263

1 Custo-padrão 2632 Análise das variações 265

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IX

Sumário

2.1 Variação de quantidade 2652.2 Variação de preço 265

3 Predeterminação dos CIF (taxa de aplicação) 269Questões comentadas 272

Capítulo 14 – Contabilidade de Serviços 281

1 Aspectos gerais 2812 Conceito 2813 Classificação dos custos 282

3.1 Custos diretos 2823.2 Custos indiretos 283

Questões comentadas 286

Parte II – Análise das Demonstrações Contábeis

Capítulo 15 – Conceito e aspectos gerais 293

1 Conceito 2932 Análise horizontal 2943 Análise vertical 297

Capítulo 16 – Análise por quocientes 299

1 Aspectos gerais 2992 Índices de liquidez 300

2.1 Índice de liquidez imediata ou instantânea 3002.2 Índice de liquidez corrente ou comum 3012.3 Índice de liquidez seca ou teste ácido 3032.4 Índice de liquidez geral ou total 3042.5 Índice de solvência geral 308

3 Índices de rotação 3103.1 Prazo médio de renovação do estoque de matéria-prima 3103.2 Prazo médio de renovação dos estoques 3123.3 Prazo médio de renovação ou rotação de contas a receber 3133.4 Prazo médio de renovação de dívidas com fornecedores 315

4 Índices de rentabilidade 3184.1 Taxa de retorno ou rentabilidade do capital próprio 3184.2 Margem bruta 3194.3 Margem operacional sobre as vendas líquidas 319

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Contabilidade de Custos

XRicardo J. Ferreira

4.4 Margem líquida ou taxa de retorno sobre as vendas líquidas 3204.5 Taxa de retorno sobre o investimento (método Du Pont) 322

4.5.1 Taxa de retorno sobre o investimento operacional 3224.5.2 Taxa de retorno sobre o investimento total 323

5 Outros índices 3255.1 Índice de imobilização do capital próprio 3255.2 Índice de imobilização do investimento total 3295.3 Índice de endividamento total 3315.4 Índice de garantia do capital de terceiros 3325.5 Índices de participação das dívidas de curto e longo prazo 3335.6 Índice de rotação do ativo total 3335.7 Índice de rotação do ativo operacional 3345.8 Índice de rotação do patrimônio líquido 3345.9 Prazo de retorno econômico do capital investido 3345.10 Prazo de retorno financeiro do capital investido 335

Capítulo 17 – Alavancagem 337

1 Alavancagem financeira 3372 Alavancagem operacional 342

Capítulo 18 – Outros indicadores relevantes 347

1 Cálculo do prazo de duração do ciclo operacional 3472 Ciclo de caixa 3483 Necessidades de capital de giro 3504 Saldo em tesouraria 3515 Efeito tesoura 3526 Capital circulante líquido 3527 EVA (valor econômico agregado) 3568 Modelo CAPM 3589 Indicadores operacionais 36010 Taxa interna de retorno (TIR) 361

Capítulo 19 – Questões comentadas – Esaf 363

Capítulo 20 – Questões comentadas – Cebraspe (Cespe) 421

Capítulo 21 – Questões comentadas – FCC 457

Bibliografia e sites consultados 467

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Capítulo 2

Terminologia da Contabilidade de Custos4

1 Linguagem-padrão

Grande parte da dificuldade que envolve o estudo da Contabilidade, inclusive da Con-tabilidade de Custos, decorre da falta de uma linguagem-padrão. Dependendo dos autores consultados, há diversas expressões desconhecidas ou mesmo com significados diferentes. Como forma de amenizar esse problema, alguns autores propõem uma terminologia-padrão. A seguir apresentamos, de acordo com a doutrina predominante, alguns conceitos empregados na Contabilidade de Custos.

2 Gasto

Gasto é a contrapartida necessária à obtenção de um bem ou serviço. Na compra à vista de bens, o gasto corresponde à redução do ativo, em virtude do pagamento. Na compra a prazo de bens, o gasto representa o aumento do passivo, em razão da obrigação assu-mida. Os salários de um período representam um gasto (pago ou a pagar).

Um gasto pode ter como contrapartida um investimento, um custo ou uma despesa.

3 Investimento

Investimento é o gasto que tem como contrapartida um ativo. Corresponde à aquisição de bens ou serviços que se incorporam ao patrimônio como um ativo. Na compra de matéria-prima, temos, em virtude do aumento do ativo, um investimento circulante. Na compra de equipamentos para uso, temos um investimento permanente.

4 Ver a respeito Contabilidade de Custos, Eliseu Martins, Atlas.

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Contabilidade de Custos

28Ricardo J. Ferreira

4 Custo

Custo é o gasto necessário à produção de bens ou serviços. Corresponde a bens ou ser-viços utilizados na produção de outros bens ou serviços. A matéria-prima, a deprecia-ção, os salários, o aluguel etc., necessários à produção de um bem, representam custos.

Em sentido estrito, o custo só existe durante o processo de produção do bem ou serviço. Assim, enquanto o produto está em fase de fabricação, os valores agregados na sua pro-dução são tratados como custos. Os gastos posteriores à produção, necessários à admi-nistração e comercialização do produto, não são custos, e sim despesas.

A aquisição de matéria-prima é um investimento. Durante sua aplicação na fabricação de um produto, ela é um custo de produção. O produto obtido com a transformação da matéria-prima é um outro investimento, ou seja, um novo ativo.

Aquisição da matéria-prima (investimento)

Aplicação da matéria-prima à produção (custo)

Produto (investimento)

A aquisição de um equipamento industrial representa um investimento. À medida que esse equipamento é utilizado na produção, seu valor de aquisição converte-se, propor-cionalmente, em um custo, pela depreciação. O produto obtido é um novo investimento e a depreciação do equipamento faz parte do custo do produto.

Aquisição do equipamento (investimento)

Depreciação do equipamento

(custo)

Produto (investimento)

01. (Contador/Petrobras/Cesgranrio/2018) Quando se diz em um parque industrial que o produto Alfa consome mais silicone para a produção do que o produto Beta, tem-se uma referência direta ao conceito de a) custo.b) gasto.c) despesa.d) desembolso.e) investimento.

Os bens e serviços consumidos na produção industrial, como é o caso do silicone da questão, são custos. Gabarito: A

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29 Capítulo 2

Terminologia da Contabilidade de Custos

Cust

os

5 Despesa

Despesa é a redução patrimonial intencional com o objetivo de realização de receitas. Pode decorrer da redução do ativo ou do aumento do passivo exigível. Representa um sacrifício patrimonial voluntário, necessário à geração de receitas. Quando incorre numa despesa, o empresário sabe que está reduzindo o patrimônio. Mas seu objetivo é a geração de receitas que cubram as despesas, gerando lucro. O sacrifício patrimonial correspondente às despesas se deve ao fato de elas não gerarem uma contrapartida que se incorpore ao patrimônio, muito embora sejam um gasto indispensável.

02. (Contador/Ceitec/Funrio/2012) Segundo Ricardo J. Ferreira, em sua obra Contabi-lidade de Custos, a redução patrimonial intencional com o objetivo de realização de receitas, que pode decorrer da redução do ativo ou do aumento do passivo exigível denomina-se:a) Encargo.b) Perda anormal.c) Perda.d) Despesa.e) Desembolso.

Nossa definição de despesa como gasto intencional vinculado à receita foi prestigiada pela banca da Funrio. Gabarito: D

Os salários dos funcionários dos departamentos administrativo e de vendas representam despesas, que não transitam por investimento ou custo, sendo transferidos diretamente para o resultado do exercício (não são estocados).

Salários dos departamentos

administrativo e de vendas (despesa)

Resultado do exercício

Já os salários do departamento de produção são custos e devem ser incorporados aos estoques de produtos. A transferência dos custos para o resultado ocorre com a venda dos produtos.

Durante o processo de produção, a depreciação das máquinas do setor industrial repre-senta custo. Após ser incorporada ao custo de fabricação do produto, a depreciação se transforma em investimento. Nesse caso, o custo de depreciação é estocado. Com a venda do produto e realização da receita, essa depreciação se transforma em despesa, como parte integrante do custo dos produtos vendidos. A despesa, neste caso, decorre da transmissão da propriedade do bem fabricado ao cliente, em virtude da venda.

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Contabilidade de Custos

30Ricardo J. Ferreira

Depreciação das máquinas de produção

(custo)

Produto (investimento)

Transferência do produto

para o cliente (despesa –

CPV)

Resultado do exercício

A depreciação dos móveis do departamento de vendas representa uma despesa, que é apropriada diretamente ao resultado, sem transitar por investimento ou custo.

Depreciação dos móveis do

departamento de vendas (despesa)

Resultado do exercício

Quando da sua aquisição, a matéria-prima é um investimento. A parte da matéria-prima aplicada à produção é custo de fabricação necessário à obtenção de um novo ativo ou investimento (o produto). Quando o produto é vendido, seu valor de custo deve ser apropriado ao resultado como despesa.

Aquisição da matéria-prima (investimento)

Aplicação da matéria-prima à produção

(custo)

Produto (investimento)

Transferência do produto ao cliente (despesa –

CPV)

Resultado do exercício

03. (ICMS-SP/FCC/Adaptada) Muitos gastos são automaticamente transformados em despesas; outros passam, primeiro, pela fase de custos; outros, ainda, passam pelas fases de investimento, custo, investimento, novamente, e, por fim, despesa.( ) certo( ) errado

São exemplos, respectivamente, a depreciação de bens do departamento de vendas, a depreciação do departamento de produção e a matéria-prima nas suas diversas fases. Gabarito: certo.

04. (ICMS-SP/FCC/Adaptada) Na sua aquisição a matéria-prima é um gasto que imediatamente se transforma em investimento; no momento de sua utilização, transforma-se em custo integrante do bem fabricado; quando o produto é vendido, transforma-se em despesa.( ) certo( ) errado

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31 Capítulo 2

Terminologia da Contabilidade de Custos

Cust

os

O gasto referente à aquisição de matéria-prima importa em investimento, enquanto sua utilização é custo do produto em elaboração ou acabado. Na transmissão do produto em virtude de sua venda, surge a despesa com o produto vendido, impropriamente denominada custo. Gabarito: certo.

Como a transferência do produto fabricado para o cliente é um sacrifício patrimo-nial necessário à realização da receita de venda, o correto é denominar-se o gasto correspondente como despesa com os produtos vendidos. A prática, entretanto, já con-sagrou a expressão “custo dos produtos vendidos”.

05. (ICMS-SP/FCC/Adaptada) Cada componente que foi custo no processo de pro-dução torna-se, na baixa, despesa; no resultado, existem receitas e despesas – às vezes ganhos e perdas, mas não custos.( ) certo( ) errado

Em sentido estrito, só há custos durante o processo de produção de bens ou serviços. Gabarito: certo.

6 Perda anormal

Perda anormal ou perda improdutiva é o sacrifício patrimonial involuntário e anormal. Representa a redução do patrimônio por fatores alheios à vontade do empresário. Não se confunde com a despesa, que é um sacrifício patrimonial intencional. São exemplos de perdas anormais de produção: matérias-primas roubadas, consumidas em incêndios, ou que se tornaram obsoletas; matérias-primas inutilizadas por falha anormal das máqui-nas; remuneração da mão de obra durante um período de greve. Da mesma forma que as despesas, as perdas anormais de produção são apropriadas diretamente ao resultado, sem transitar pelo estoque.

06. (INSS/Cespe/Adaptada) Acerca de produção por ordem e produção contínua, julgue o item a seguir.

Havendo danificação e perda de uma ordem de produção inteira ou em estado adiantado de produção, de valor relevante, o tratamento contábil mais adequado é a baixa direta para perda do período.( ) certo( ) errado

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Contabilidade de Custos

32Ricardo J. Ferreira

Da mesma forma que as despesas, as perdas anormais de produção são apropriadas diretamente ao resultado. Ou seja, não são computadas como custos de produção. Gabarito: certo.

7 Perda normal

A perda normal ou perda produtiva decorre do processo normal de produção e é tra-tada como custo. Representa o gasto intencional e conhecido, envolvido na fabricação, que, de fato, não se agrega ao produto, muito embora seja computado como parte do seu custo. É o caso das sobras no corte de tecido para a fabricação de roupas. Todo o valor do tecido envolvido, inclusive o valor equivalente às sobras, é computado como custo da matéria-prima.

07. (INSS/Cespe/Adaptada) Acerca de produção por ordem e produção contínua, julgue o item a seguir.

As perdas normais dos processos produtivos devem ser separadas contabilmente, para apropriação como retificação das receitas em cada período, permitindo uma avaliação mais adequada dos resultados pela gerência.( ) certo( ) errado

A perda normal é o gasto intencional e conhecido, envolvido na fabricação, que não se agrega ao produto, muito embora seja computado como parte do seu custo. Gabarito: errado.

8 Encargo

O encargo representa um ônus fixado, em geral, pela legislação. É o caso dos encargos trabalhistas e previdenciários. Os encargos necessários à produção são tratados como cus-tos. Assim, os encargos trabalhistas e previdenciários da mão de obra direta e indireta são custos de produção.

9 Desembolso

Desembolso é o pagamento correspondente à aquisição de um bem ou serviço. O gasto decorrente da aquisição de máquinas e equipamentos, por exemplo, pode ser desembol-sado antecipadamente, no ato do recebimento dos bens (à vista) ou após o recebimento dos bens (a prazo).

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33 Capítulo 2

Terminologia da Contabilidade de Custos

Cust

os

10 Importação

Importação é a utilização de um sistema de custos adotado por outra indústria. Consiste em se copiar um sistema de controle de custos já utilizado por outra empresa industrial.

11 Custo de oportunidade

Custo de oportunidade é aquilo que se deixa de ganhar ao se adotar uma outra escolha. Diante de diversas alternativas, o custo de oportunidade deve ser a melhor opção não escolhida.

08. (AFC/Esaf) O garoto Francisco de Assis largou o emprego para fazer um cursinho de treinamento durante 60 dias corridos. A mensalidade será de R$ 130,00, mais apostilas de R$ 35,00 e condução e alimentação de R$ 3,00 diários.

O salário de Francisco no emprego abandonado era de R$ 180,00 mensais, com encargos de previdência de 11%.

Analisando-se gerencialmente a atitude de Francisco, com base exclusiva nos dados fornecidos, verifica-se que, nesses dois meses, haverá a) custo econômico de R$ 874,60.b) custo econômico de R$ 795,40.c) despesa efetiva de R$ 835,00.d) custo de oportunidade de R$ 475,00.e) custo de oportunidade de R$ 360,00.

Ao largar o emprego, o estudante deixou de ganhar: Salários: 180,00 x 2 meses = 360,00. Gabarito: E

12 Produção conjunta

Produção conjunta é aquela da qual, a partir dos mesmos insumos (materiais, mão de obra etc.), resultam dois ou mais produtos ou serviços. De acordo com sua relevância em termos de faturamento ou condições de negociação, os produtos ou serviços decorrentes da produção conjunta podem ser classificados como:

1 - coprodutos;2 - subprodutos;3 - sucatas.

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Contabilidade de Custos

34Ricardo J. Ferreira

12.1 Coprodutos

Coprodutos são os produtos principais, ou seja, os mais relevantes para o faturamento da empresa (receita de vendas). Apresentam bom valor de venda e condições de nego-ciação. Como são produtos diferentes que resultam de um mesmo processo de produ-ção, seus gastos são apurados mediante a apropriação de custos conjuntos, inclusive por rateio. Por exemplo, num frigorífico, são coprodutos do abate do gado bovino o filé mignon, contrafilé, alcatra, maminha etc. Na indústria de petróleo, são coprodutos o diesel, gasolina, gás etc.

Todos os custos de produção são atribuídos aos coprodutos (são objeto de custeio), que integram os estoques da indústria.

09. (ICMS-PI/FCC/2015) Os coprodutosa) têm os custos apurados com o uso de critérios de apropriação de custos conjuntos.b) não são objetos de custeio pelas empresas. c) possuem pouquíssima relevância dentro do faturamento global da empresa. d) não têm valor de venda ou condições de negociabilidade boas. e) são assim chamados por serem oriundos de duas matérias primas similares.

Coprodutos são os produtos principais, provenientes da produção conjunta e dos mesmos insumos, com relevância dentro do faturamento global, bons valor de venda e condição de negociação. Recebem os custos de produção, mediante apropriação de custos conjuntos, inclusive por rateio. Gabarito A

12.2 Subprodutos

Os subprodutos surgem do mesmo processo produtivo dos coprodutos e encontram mercado estável para venda como eles, mas são pouco relevantes para o faturamento da empresa. Sua comercialização é basicamente nos mesmos níveis dos produtos prin-cipais (coprodutos), entretanto o valor apurado com subprodutos não é significativo em relação ao montante das vendas. No caso do frigorífico citado no exemplo anterior, seriam subprodutos do abate do gado bovino o sebo, osso e chifre, por exemplo. Os subprodutos também podem decorrer de perdas normais de produção, como aparas de tecido, aparas de papel, sobras de madeira etc. para os quais a indústria encontre mer-cado estável de negociação.

Do ponto de vista contábil, o procedimento mais usual é computar o preço apurado na venda dos subprodutos como redução dos custos de fabricação dos produtos principais. Assim, o valor apurado na venda dos subprodutos não é registrado como receita.

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35 Capítulo 2

Terminologia da Contabilidade de Custos

Cust

os

O preço de venda dos subprodutos deve ser deduzido dos custos de produção do mesmo período em que foram obtidos os subprodutos.

Não há atribuição de custos de produção aos subprodutos (não são objeto de custeio), que não fazem parte dos estoques.

10. (ICMS-PI/FCC/2015) No mês de outubro de 2014, a Indústria Têxtil Gama Ltda. adquiriu 125 metros de um tecido pelo valor total de R$ 2.750,00, sendo que neste valor estão incluídos R$ 250,00 de IPI e R$ 450,00 de ICMS. Do total de tecido adquirido, foram utilizados 120 metros para a produção de 100 unidades de um dos modelos de blusa feminina. Os retalhos gerados durante o processo de produção das blusas são considerados subprodutos pela empresa, cujo valor realizável líquido de R$ 50,00 foi reduzido do custo de produção das blusas. Considerando que os tributos incidentes na compra são recuperáveis e que não havia estoques iniciais no mês de outubro, o custo do tecido por unidade de blusa produzida foi, em reais, a) 16,40. b) 25,90. c) 20,00. d) 19,18. e) 19,20.

O IPI é calculado por fora (não integra sua própria base de cálculo), enquanto o ICMS é calculado por dentro (integra sua própria base). Como o tecido é destinado à pro-dução de bens para a venda, o IPI não faz parte da base de cálculo do ICMS. Tanto o IPI quanto o ICMS são recuperáveis pela indústria. Assim, eis alguns elementos constantes da nota fiscal do fornecedor:

Tecido 2.500,00IPI 250,00Total da NF 2.750,00

ICMS já incluído 450,00

Custo por metro do tecido: (2.750,00 − 250,00 − 450,00)/125m = 2.050,00/125m = 16,40

Custo do tecido usado na produção da blusa feminina: 16,40 x 120m = 1.968,00. Desse resultado é que se deduz o valor realizável líquido dos subprodutos.Custo do tecido por unidade de blusa produzida: (1.968,00 − 50,00)/100 blusas = 19,18Gabarito: D

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Contabilidade de Custos

36Ricardo J. Ferreira

12.3 Sucatas

As sucatas normalmente surgem do mesmo processo produtivo dos coprodutos e sub-produtos. Todavia, não possuem mercado definido e sua venda é aleatória (incerta).

O procedimento mais usual é registrar o preço apurado na comercialização das sucatas como outras receitas operacionais.

As sobras de produção que não encontrem mercado estável para comercialização devem ser tratadas como sucata. Por exemplo, são sucatas as aparas de tecido, aparas de papel, sobras de madeira etc. para os quais a indústria não encontre mercado definido de venda.

Não são atribuídos custos de produção às sucatas, que não fazem parte dos estoques.

Segue um resumo das principais características dos coprodutos, subprodutos e sucatas.

Produção contínua

Características principais

Relevância no faturamento

Boas condições de negociação

Integram os estoques

São objeto de custeio

Contabilização na venda

Coprodutos Sim Sim Sim Sim Receita de vendas

Subprodutos Não Sim Não NãoRedução dos

custos de produção

Sucatas Não Não Não Não Receitas operacionais

11. (Auditor/Receita/Esaf) Os itens de produção que nascem de forma normal durante o processo produtivo, porém não possuem mercado definido, e cuja venda é alea-tória, são denominados:a) perdas produtivas.b) subprodutos.c) sucatas.d) co-produtos.e) perdas produtivas.

Esse é o conceito de sucatas. Gabarito: C

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37 Capítulo 2

Terminologia da Contabilidade de Custos

Cust

os

12. (ICMS-SP/FCC/2013) Considere as seguintes assertivas:I. Itens gerados de forma normal durante o processo de produção possuem mercado de

venda relativamente estável e representam porção ínfima do faturamento da empresa.II. Itens cuja venda é realizada esporadicamente por valor não previsível no momento

em que surgem na produção.III. Itens consumidos de forma anormal e involuntária durante o processo de produção.

Com base nas terminologias de custos, as assertivas I, II e III referem-se, res-pectivamente, aa) subprodutos, perdas e gastos.b) sucatas, coprodutos e perdas.c) sucatas, perdas e subprodutos.d) sucatas, subprodutos e custos.e) subprodutos, sucatas e perdas.

Subprodutos – são os itens que decorrem do processo produtivo e encontram mer-cado estável para a sua negociação, tanto pela existência de compradores interessados quanto pelo preço de venda. Sua comercialização se dá nos mesmos níveis dos produtos principais da linha de fabricação da indústria, mas o valor apurado não é significativo em relação ao montante das vendas.

Sucatas – são os itens de produção que nascem de forma normal durante o processo produtivo. Todavia, não possuem mercado definido e sua venda é esporádica.

Perda anormal – é o sacrifício patrimonial involuntário e anormal. Como se vê, o conceito previsto no item III dessa questão é o de perda anormal.

Gabarito: E

13 Overhead

Overhead − trata-se de um sinônimo para custos indiretos de fabricação.

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Contabilidade de Custos

38Ricardo J. Ferreira

Exercícios de fixação 1

Nas questões 01 a 07, indique se os itens estão certos ou errados.

Questão 01

1) Gasto é uma contrapartida necessária à obtenção de um bem ou serviço.2) Um gasto pode ter como contrapartida um investimento, um custo ou uma despesa.3) Investimento é o gasto que tem como contrapartida um ativo.4) A despesa representa um investimento.5) Custo é a aquisição de bens ou serviços que se incorporam ao patrimônio.

Questão 02

1) Na compra de matéria-prima, temos um investimento circulante.2) Na compra de equipamentos, temos um investimento permanente.3) Custo é o gasto necessário à produção de bens ou serviços.4) As despesas correspondem a bens ou serviços utilizados na produção de outros

bens ou serviços.5) Matéria-prima, depreciação, salários, aluguel etc., aplicados à produção de um

bem, representam custos.

Questão 03

1) Em sentido estrito, o custo só existe durante o processo de produção do bem ou serviço.

2) Enquanto o produto está em fase de fabricação, os valores agregados na sua produção são tratados como custos.

3) Os gastos posteriores à produção, necessários à administração e comercializa-ção do produto, também são custos.

4) O produto obtido com a transformação da matéria-prima é um novo investi-mento, ou seja, um novo ativo.

5) A aquisição de um equipamento industrial representa um investimento.

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39 Capítulo 2

Terminologia da Contabilidade de Custos

Cust

os

Questão 04

1) A depreciação dos equipamentos industriais faz parte do custo do produto.2) Despesa é a redução patrimonial intencional com o objetivo de realização de

receitas.3) A toda despesa corresponde uma contrapartida que se incorpora ao patrimônio.4) Os salários dos funcionários dos departamentos administrativo e de vendas

representam custos.5) Os salários do departamento de produção são custos e devem ser incorporados

aos estoques de produtos.

Questão 05

1) A transferência dos custos para o resultado ocorre em função da venda e entrega dos produtos.

2) A depreciação das máquinas do setor industrial representa um custo.3) A depreciação dos móveis e utensílios do departamento de vendas representa

um custo.4) Quando da sua aquisição, a matéria-prima é tratada como um custo.5) Na venda, a transferência da propriedade do produto fabricado é um sacrifício

patrimonial necessário à realização da receita de venda.

Questão 06

1) Perda anormal ou perda improdutiva é o sacrifício patrimonial involuntário e anormal.

2) Da mesma forma que as despesas, as perdas anormais de produção são apro-priadas diretamente ao resultado, sem transitar pelo estoque.

3) A perda normal ou perda produtiva decorre do processo normal de produção.4) A perda normal ou perda produtiva representa o gasto intencional e conhecido,

envolvido na fabricação, que não se agrega ao produto, muito embora seja computado como parte do seu custo.

5) Como exemplo de perda normal de produção, temos a remuneração da mão de obra durante um período de greve.

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Contabilidade de Custos

40Ricardo J. Ferreira

Questão 07

1) Encargo é um ônus fixado em regra pela legislação.2) Os encargos trabalhistas e previdenciários da mão de obra direta não são cus-

tos de produção.3) Os encargos trabalhistas e previdenciários da mão de obra indireta não são

custos de produção.4) Desembolso é o pagamento correspondente à aquisição de um bem ou serviço.5) Importação é a utilização de um sistema de custos já adotado por outra indústria.

Gabarito

1 2 3 4 501 C C C E E02 C C C E C03 C C E C C04 C C E E C05 C C E E C06 C C C C E07 C E E C C

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41 Capítulo 2

Terminologia da Contabilidade de Custos

Cust

os

Exercícios de fixação 2

01. Indique a terminologia mais abrangente, entre as abaixo relacionadas, em relação à Contabilidade de Custos:

a) custo. b) investimento.c) gasto. d) despesa.e) desembolso.

02. A comissão dos vendedores dos produtos de uma indústria representa:

a) custo. b) despesa.c) perda produtiva. d) investimento.e) perda improdutiva.

03. É um gasto identificável no momento da utilização dos fatores de produção:

a) custo. b) despesa.c) desembolso. d) investimento.e) perda improdutiva.

04. Pagamento proveniente da aquisição de bens ou serviços:

a) perda. b) custo.c) despesa. d) desembolso.e) provisionamento.

05. Se, num incêndio, houver a queima de certos estoques, teremos, em função disso:

a) um custo. b) uma perda normal.c) uma despesa. d) um desembolso.e) uma perda anormal.

Gabarito

01. C 04. D02. B 05. E03. A

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Contabilidade de Custos

42Ricardo J. Ferreira

Questões comentadas

01. (INSS/Cespe) Julgue os itens a seguir, relacionados a custos por ordens e por pro-cesso contínuo, apropriação de custos diretos e indiretos e critérios de avaliação de estoques de produtos em processo e acabados.

É possível acontecer a danificação de uma ordem de produção em estado avan-çado de fabricação. Nesse caso, do ponto de vista contábil, o procedimento mais correto é a baixa direta desse custo para perda do período em que o fato ocorre, sem a acumulação aos novos custos de reelaboração da ordem. Do ponto de vista administrativo, interessa, todavia, um relatório em que seja deduzido esse montante perdido do resultado obtido na encomenda ou ordem.

( ) certo( ) errado

Este item nos fornece um exemplo de perda anormal ou perda improdutiva, que é o sacrifício patrimonial involuntário e anormal decorrente da produção. Não se confunde com despesa, que é um sacrifício patrimonial intencional. Da mesma forma que as despesas, as perdas anormais de produção são apropriadas diretamente ao resultado, como se fossem despesas operacionais, sem transitarem pelo estoque. Gabarito: certo.

02. (Esaf) Identifique a alternativa que expressa o conceito de Gasto, segundo a termi-nologia normalmente utilizada na Contabilidade de Custos.

a) Bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços.b) Sacrifício financeiro para obtenção de um produto ou serviço.c) Saída de recursos com a finalidade de aumentar o ativo.d) Bem ou serviço consumido, direta ou indiretamente, para a obtenção de receita.e) Pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço.

Há um equívoco na alternativa apontada como resposta no gabarito oficial, pois gasto não é necessariamente um sacrifício financeiro, já que nem sempre implica saída de caixa ou desembolso. Gasto é a contrapartida necessária à obtenção de um bem ou serviço. Na compra à vista de um bem, o gasto corresponde à redução do ativo, em virtude do pagamento. Na compra a prazo, o gasto representa o aumento do passivo, em razão da obrigação assumida. A alternativa A define custo; a C, investimento; a D, despesa e a E, desembolso. Gabarito: B

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43 Capítulo 2

Terminologia da Contabilidade de Custos

Cust

os

03. (ICMS-SP/FCC) Julgue as afirmações a seguir.

I. Na sua aquisição a matéria-prima é um gasto que imediatamente se transforma em investimento; no momento de sua utilização, transforma-se em custo integrante do bem fabricado; quando o produto é vendido, transforma-se em despesa.

II. Muitos gastos são automaticamente transformados em despesas; outros passam, primeiro, pela fase de custos; outros, ainda, passam pelas fases de investimento, custo, investimento, novamente, e, por fim, despesa.

III. Cada componente que foi custo no processo de produção torna-se, na baixa, despesa; no resultado, existem receitas e despesas – às vezes ganhos e perdas, mas não custos.

Pode-se afirmar que

a) apenas as afirmações I e II são verdadeiras.b) apenas a afirmação I é verdadeira.c) apenas a afirmação II é verdadeira.d) apenas a afirmação III é verdadeira.e) todas as afirmações são verdadeiras.

O gasto referente à aquisição de matéria-prima importa em investimento, enquanto sua utilização é custo do produto em elaboração ou acabado. Na transmissão do produto em virtude de sua venda, surge a despesa com o produto vendido, impropriamente denominada custo.

Em sentido estrito, só há custos na produção de bens ou serviços. Gabarito: E

(ICMS-SP/FCC/Adaptada) Para responder às questões de números 04 e 05, consi-dere as informações a seguir.

A Cia. Sigma iniciou o exercício social de 2001 sem estoque. Durante o ano de 2001 produziu 250 unidades do produto Y, 30 das quais ficaram estocadas para serem vendidas em 2002. As outras 220 unidades foram vendidas, parte à vista e parte a prazo, sempre pelo valor unitário de R$ 500.

Os custos de produção e as despesas, no ano de 2001, foram:

• matéria-prima: R$ 11.300; • mão de obra direta: R$ 26.000; • custos indiretos e fabricação: R$ 15.200; • despesas gerais e administrativas: R$ 16.800; • comissões sobre vendas, por unidade: 10% do valor de venda.

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Contabilidade de Custos

44Ricardo J. Ferreira

04. O total das despesas operacionais e o lucro bruto do exercício de 2001 são, res-pectivamente, de:

a) R$ 74.000 e R$ 36.000.b) R$ 29.300 e R$ 63.000.c) R$ 29.300 e R$ 57.500.d) R$ 27.800 e R$ 57.500.e) R$ 27.800 e R$ 63.800.

Matéria-prima 11.300Mão de obra direta 26.000Custos indiretos e fabricação 15.200Custos de produção 52.500

Custo unitário: 52.500/250 unidades = 210

Custo dos produtos vendidos: 220 unidades x 210 = 46.200

Vendas (220 unids. x 500) 110.000CPV ( 46.200)Lucro bruto 63.800

Despesas operacionais gerais e administrativas ( 16.800) comissões (110.000 x 10%) ( 11.000)Lucro operacional líquido 36.000

Gabarito: E

05. O valor do estoque, no final do exercício de 2001, e o custo de cada unidade pro-duzida no período, de acordo com os princípios contábeis aceitos no Brasil, são, respectivamente, de

a) R$ 3.600 e R$ 220.b) R$ 5.520 e R$ 184.c) R$ 6.300 e R$ 210.d) R$ 6.300 e R$ 250.e) R$ 9.639 e R$ 321.

Estoque final: 30 unidades x 210 = 6.300

Custo unitário: 52.500/250 unidades = 210

Gabarito: C