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Fobia Social Maria da Graça T. de Castro Instituto Abuchaim 2008

Fobia Social Maria da Graça T. de Castro Instituto Abuchaim 2008

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Fobia Social

Maria da Graça T. de Castro

Instituto Abuchaim2008

Ansiedade clinicamente significativa provocada pela exposição a certos tipos de situações sociais ou de desempenho comportamento de esquiva.

Circunscrita: limitada a uma situação ( falar, escrever, iniciar conversa com pessoas do sexo oposto, pessoas hierarquicamente superiores, comer em público)

Generalizada: sintomas afetam várias áreas da vida do sujeito, isto é, várias das situações citadas anteriormente estão presentes.

Fobia Social

A Fobia Social é diagnosticada, conforme os critérios da American Psychiatric Asociation (APA, 2002)

A. Medo acentuado e persistente de uma ou mais situações sociais ou de desempenho, onde o indivíduo é exposto a pessoas estranhas ou ao possível escrutínio por outras pessoas. O indivíduo teme agir de um modo (ou mostrar sintomas de ansiedade) que lhe seja humilhante e embaraçoso. Nota: Em crianças, deve haver evidências de capacidade para relacionamentos sociais adequados à idade com pessoas que lhes são familiares e a ansiedade deve ocorrer em contextos que envolvem seus pares, não apenas em interações com adultos.

B. A exposição à situação social temida quase que invariavelmente provoca ansiedade, que pode assumir a forma de um Ataque de Pânico ligado a situação ou predisposto por situação. Nota: Em crianças, a ansiedade pode ser expressada por choro, ataques de raiva, imobilidade ou afastamento de situações sociais com pessoas estranhas.

C. A pessoa reconhece que o medo é excessivo ou irracional. Nota: Em crianças, esta característica pode estar ausente.

D. As situações sociais e de desempenho temidas são evitadas ou suportadas com intensa ansiedade ou sofrimento.

E. A esquiva, antecipação ansiosa ou sofrimento na situação social ou de desempenho temida interferem significativamente na rotina, funcionamento ocupacional (acadêmico), atividades sociais ou relacionamentos do indivíduo, ou existe sofrimento acentuado por ter a fobia.

F. Em indivíduos com menos de 18 anos, a duração é de no mínimo 6 meses.G. O temor ou esquiva não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma

substância (por ex., droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral nem é melhor explicado por outro transtorno mental (por ex., Transtorno de Pânico Com ou Sem Agorafobia, Transtorno de Ansiedade de Separação,

Transtorno Dismórfico Corporal, Transtorno Invasivo do Desenvolvimento ou Transtorno da Personalidade Esquizóide)

.H Em presença de uma condição médica geral ou outro transtorno mental, o medo no Critério A não tem relação com estes; por ex., o medo não diz respeito a Tartamudez, tremor na doença de Parkinson ou apresentação de um comportamento alimentar anormal na Anorexia Nervosa ou Bulimia Nervosa.Especificar se:Generalizada: se os temores incluem a maioria das situações sociais (considerar também o diagnóstico adicional de Transtorno da Personalidade Esquiva).

Modelo cognitivo da Fobia Social Baseia-se no esquema de vulnerabilidade do indivíduo,

Lentes distorcidas pela vulnerabilidade.

O mundo é visto como um local perigoso, onde ele deve estar sempre com as orelhas em pé, isto é, vigilante, de prontidão.

Desempenho social favorável ou neutro não os considera (não pontua),

indício de julgamento negativo é "hiperpontuado".

Aprendizagem Social

Expectativa de desempenho

Auto-Eficácia

Expectativa de resultado

(Bandura)

Auto-avaliação excessiva e com critérios rígidos

Défict de auto-reforço na atuação social

Catastrofização : previsão negativa

Hipergeneralizações: chega a uma conclusão

geral a partir de um fato isolado

Distorções comuns no transtorno

Personalização: atribui a si mesmo fatores externos

Abstração seletiva: concentrar-se em um detalhe específico do contexto, ignorando outros aspectos mais salientes da situação e conceituando a totalidade da experiência com base nesse fragmento

Inferência arbitrária: chegar a uma conclusão quando faltam evidências ou até a evidência seja contrária

Maximização ou minimização: erros na avaliação do significado ou magnitude de um acontecimento, grosseiros a ponto de se constituírem em distorções.

Pensamento dicotomizado ou absolutista: “ou o meu trabalho é perfeito, ou é uma porcaria”

Desqualificando ou desconsiderando o positivo: o positivo não conta

Escala de Liebowitz para a Ansiedade Social

22 questões : 0 – Nenhuma; 1 – Ligeira; 2 - Moderada3 - Muita

Nunca (0) ocasionalmente (1) freqüentemente ( 2) quase sempre (3)

55-65 : Fobia Social moderada.65-80 : Fobia Social média.80-95 : Fobia Social grave.Mais de 95 - Fobia Social muito grave

Técnicas utilizadas

Psico-educação: biblioterapia,Descoberta guiadaFlecha descendenteExame das evidência do PAO que você diria para alguém na mesma

situação?O que de pior pode acontecer? Eu sobrevivo a

isto?

Registro dos Pensamentos Disfuncionais

DIA/HORA SITUAÇÃO PENSAMENTO AUTOMÁTICO EMOÇÃO RESPOSTA

Seta descendente

Se o seu pensamento fosse verdadeiro, por que isto o incomodaria?

Se isto acontecer, então significa que...

E daí?

E se fosse assim, o que aconteceria?

Reestruturação cognitiva: análise das conseqüências positivas e negativas a curto, médio e longo prazo

Exposição gradual : prolongada e repetida; conforme hierarquia

Debate por meio da imaginação: forma de ensaiar crenças mais racionais

Comportamentos De Segurança

Fazer X Não fazer o comportamento

Ansiedade 1 > Ansiedade 2

Ex. Sentar-se em restaurante de frente para a porta para controlar se vem alguém conhecido.

Estratégias de relaxamento

Respiração

Reter a respiração e contar até 10 Inspirar – 3 Expirar – 3 A cada 10 movimentos conter e contar até 10

Relaxamento muscular

1) Imagem relaxante: real, detalhada. Foto instantânea

2) Tensão dos grupos musculares por 30s3) Focar a atenção nos músculos tensionados4) Relaxar os grupos musculares5) Focar a atenção no contraste entre a tensão e

o relaxamento6) Concentrar-se em cada grupo muscular,

relaxar ainda mais

7) Visualizar a cena relaxante 30s8) Terapeuta fornece alguns detalhes da cena9) Apague a cena10) Concentre-se nas sensações corporais

Imagens racionais emotivas negativas

Fechar os olhos, Imaginar-se na situação problema Experimentar o transtorno emocional habitual Mudar o sentimento para uma emoção menos

perturbadora Abrir os olhos Como você fez?

Imagens racionais emotivas positivas

1) Imaginar-se na situação problemática

2) Ver-se comportando-se e sentindo de modo diferente

3) O que você estava dizendo a si mesmo?

Para o excesso de auto-observação

1) Distração2) Parada do pensamento3) Questionamento dos pensamentos automáticos

Habilidades Sociais

Comunicação não-verbal

Olhar: entre os olhos ou metade superior do rostoGestos:tem que ser vistoPostura:calorosa ou não, tensão, relaxamentoDistância e contato físicoAparênciaVolume da voz, fluidez: (palavras de preenchimento)

Ensaio comportamental

Entre 3 – 10 ensaios Identificar a situação problema O que normalmente faria Quais as distorções que ocorreram? Respostas alternativas Modelagem

Representação de papéis (Role-Play)

Dramatização, na sessão, avaliando pensamentos automáticos, emoções e comportamentos

Máquina do tempo envolvendo outras pessoas:

O que as pessoas estarão pensando de você em uma semana, um mês, um ano.

Será que estarão pensando em você e em seu desempenho, ou será que estarão pensando em outras coisas?