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Ansiedade clinicamente significativa provocada pela exposição a certos tipos de situações sociais ou de desempenho comportamento de esquiva.
Circunscrita: limitada a uma situação ( falar, escrever, iniciar conversa com pessoas do sexo oposto, pessoas hierarquicamente superiores, comer em público)
Generalizada: sintomas afetam várias áreas da vida do sujeito, isto é, várias das situações citadas anteriormente estão presentes.
Fobia Social
A Fobia Social é diagnosticada, conforme os critérios da American Psychiatric Asociation (APA, 2002)
A. Medo acentuado e persistente de uma ou mais situações sociais ou de desempenho, onde o indivíduo é exposto a pessoas estranhas ou ao possível escrutínio por outras pessoas. O indivíduo teme agir de um modo (ou mostrar sintomas de ansiedade) que lhe seja humilhante e embaraçoso. Nota: Em crianças, deve haver evidências de capacidade para relacionamentos sociais adequados à idade com pessoas que lhes são familiares e a ansiedade deve ocorrer em contextos que envolvem seus pares, não apenas em interações com adultos.
B. A exposição à situação social temida quase que invariavelmente provoca ansiedade, que pode assumir a forma de um Ataque de Pânico ligado a situação ou predisposto por situação. Nota: Em crianças, a ansiedade pode ser expressada por choro, ataques de raiva, imobilidade ou afastamento de situações sociais com pessoas estranhas.
C. A pessoa reconhece que o medo é excessivo ou irracional. Nota: Em crianças, esta característica pode estar ausente.
D. As situações sociais e de desempenho temidas são evitadas ou suportadas com intensa ansiedade ou sofrimento.
E. A esquiva, antecipação ansiosa ou sofrimento na situação social ou de desempenho temida interferem significativamente na rotina, funcionamento ocupacional (acadêmico), atividades sociais ou relacionamentos do indivíduo, ou existe sofrimento acentuado por ter a fobia.
F. Em indivíduos com menos de 18 anos, a duração é de no mínimo 6 meses.G. O temor ou esquiva não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma
substância (por ex., droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral nem é melhor explicado por outro transtorno mental (por ex., Transtorno de Pânico Com ou Sem Agorafobia, Transtorno de Ansiedade de Separação,
Transtorno Dismórfico Corporal, Transtorno Invasivo do Desenvolvimento ou Transtorno da Personalidade Esquizóide)
.H Em presença de uma condição médica geral ou outro transtorno mental, o medo no Critério A não tem relação com estes; por ex., o medo não diz respeito a Tartamudez, tremor na doença de Parkinson ou apresentação de um comportamento alimentar anormal na Anorexia Nervosa ou Bulimia Nervosa.Especificar se:Generalizada: se os temores incluem a maioria das situações sociais (considerar também o diagnóstico adicional de Transtorno da Personalidade Esquiva).
Modelo cognitivo da Fobia Social Baseia-se no esquema de vulnerabilidade do indivíduo,
Lentes distorcidas pela vulnerabilidade.
O mundo é visto como um local perigoso, onde ele deve estar sempre com as orelhas em pé, isto é, vigilante, de prontidão.
Desempenho social favorável ou neutro não os considera (não pontua),
indício de julgamento negativo é "hiperpontuado".
Auto-avaliação excessiva e com critérios rígidos
Défict de auto-reforço na atuação social
Catastrofização : previsão negativa
Hipergeneralizações: chega a uma conclusão
geral a partir de um fato isolado
Distorções comuns no transtorno
Personalização: atribui a si mesmo fatores externos
Abstração seletiva: concentrar-se em um detalhe específico do contexto, ignorando outros aspectos mais salientes da situação e conceituando a totalidade da experiência com base nesse fragmento
Inferência arbitrária: chegar a uma conclusão quando faltam evidências ou até a evidência seja contrária
Maximização ou minimização: erros na avaliação do significado ou magnitude de um acontecimento, grosseiros a ponto de se constituírem em distorções.
Pensamento dicotomizado ou absolutista: “ou o meu trabalho é perfeito, ou é uma porcaria”
Desqualificando ou desconsiderando o positivo: o positivo não conta
Escala de Liebowitz para a Ansiedade Social
22 questões : 0 – Nenhuma; 1 – Ligeira; 2 - Moderada3 - Muita
Nunca (0) ocasionalmente (1) freqüentemente ( 2) quase sempre (3)
55-65 : Fobia Social moderada.65-80 : Fobia Social média.80-95 : Fobia Social grave.Mais de 95 - Fobia Social muito grave
Técnicas utilizadas
Psico-educação: biblioterapia,Descoberta guiadaFlecha descendenteExame das evidência do PAO que você diria para alguém na mesma
situação?O que de pior pode acontecer? Eu sobrevivo a
isto?
Seta descendente
Se o seu pensamento fosse verdadeiro, por que isto o incomodaria?
Se isto acontecer, então significa que...
E daí?
E se fosse assim, o que aconteceria?
Reestruturação cognitiva: análise das conseqüências positivas e negativas a curto, médio e longo prazo
Exposição gradual : prolongada e repetida; conforme hierarquia
Debate por meio da imaginação: forma de ensaiar crenças mais racionais
Comportamentos De Segurança
Fazer X Não fazer o comportamento
Ansiedade 1 > Ansiedade 2
Ex. Sentar-se em restaurante de frente para a porta para controlar se vem alguém conhecido.
Estratégias de relaxamento
Respiração
Reter a respiração e contar até 10 Inspirar – 3 Expirar – 3 A cada 10 movimentos conter e contar até 10
Relaxamento muscular
1) Imagem relaxante: real, detalhada. Foto instantânea
2) Tensão dos grupos musculares por 30s3) Focar a atenção nos músculos tensionados4) Relaxar os grupos musculares5) Focar a atenção no contraste entre a tensão e
o relaxamento6) Concentrar-se em cada grupo muscular,
relaxar ainda mais
7) Visualizar a cena relaxante 30s8) Terapeuta fornece alguns detalhes da cena9) Apague a cena10) Concentre-se nas sensações corporais
Imagens racionais emotivas negativas
Fechar os olhos, Imaginar-se na situação problema Experimentar o transtorno emocional habitual Mudar o sentimento para uma emoção menos
perturbadora Abrir os olhos Como você fez?
Imagens racionais emotivas positivas
1) Imaginar-se na situação problemática
2) Ver-se comportando-se e sentindo de modo diferente
3) O que você estava dizendo a si mesmo?
Para o excesso de auto-observação
1) Distração2) Parada do pensamento3) Questionamento dos pensamentos automáticos
Habilidades Sociais
Comunicação não-verbal
Olhar: entre os olhos ou metade superior do rostoGestos:tem que ser vistoPostura:calorosa ou não, tensão, relaxamentoDistância e contato físicoAparênciaVolume da voz, fluidez: (palavras de preenchimento)
Ensaio comportamental
Entre 3 – 10 ensaios Identificar a situação problema O que normalmente faria Quais as distorções que ocorreram? Respostas alternativas Modelagem
Representação de papéis (Role-Play)
Dramatização, na sessão, avaliando pensamentos automáticos, emoções e comportamentos