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Folhetim Lorenianas #03 - edição 2013

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Folhetim produzido pelos alunos do segundo ano do curso de Letras - Português/Inglês da Faculdades Integradas Teresa D'Ávila (FATEA). Lorenianas 2013 - publicação anual, nº 03.

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Page 1: Folhetim Lorenianas #03 - edição 2013

SUMÁRIO

Page 2: Folhetim Lorenianas #03 - edição 2013

- PRIMEIRAS PALAVRAS - É com muita alegria e espírito colaborativo que apresentamos esta terceira edição do Folhetim Lorenianas, a fim de

criar condições para que o ensino-aprendizagem aconteça na construção do conhecimento. E esse conhecimento

inserido no mundo contemporâneo inclui a tríade: comunicação, educação e novas tecnologias.

É possível reconhecer a crescente preocupação de inter-relacionar processos comunicativos, tecnológicos e

educativos, em diferentes concepções e modos de ação na sociedade, e que colocam as instituições de ensino e os

métodos didáticos e pedagógicos sob o crivo dos processos de modernização, no interior dos quais os meios de

comunicação e as novas tecnologias passaram a exercer fundamental importância para ler, entender e posicionar-se na

modernidade.

A Fatea busca acompanhar a evolução e o ritmo do mundo moderno, por isso propõe atividades educacionais

desafiadoras aos aprendizes, cada vez mais tecnológicos e midiáticos. Tendo este cenário em mente, o folhetim

Lorenianas também acolhe as mudanças em sua terceira edição, passando de impresso para virtual, visando a se tornar

mais interativo e dinâmico.

Nesta nova versão on-line, mantêm-se os objetivos do Curso de Letras Fatea, estabelecendo a relação professor e

aluno com ênfase na construção de valores éticos, baseados no desenvolvimento de atitudes cooperativas, solidárias e

de responsabilidade coletiva. Dentro da nossa missão, professores e alunos estabelecem objetivos comuns de

construção de conhecimento, agindo colaborativamente, questionando a realidade, o discurso hegemônico, partindo de

uma perspectiva sócio-histórico-cultural para promover reflexões e para que os alunos possam se perceber e perceber

seu espaço no universo. Colaborativamente é possível promover forças para ajudar a transformar o modo de ver o

mundo, promovendo a formação do cidadão crítico.

Nessa perspectiva, o Folhetim Lorenianas é um convite aos alunos de Letras para percorrer o caminho da

Educomunicação, novo campo de trabalho que integra a educação aos meios de comunicação e à tecnologia,

divulgando o conhecimento produzido à comunidade, como uma forma de extrapolar as paredes das salas de aula.

Estamos vivendo um novo momento na Educação, no qual o ritmo da informação é veloz, contingente, mutável em

segundos, e repleto de mensagens mediadas pelos recursos audiovisuais. Por meio do Folhetim Lorenianas Virtual, é

nosso desejo que Escola, professores e alunos descubram novos caminhos na construção colaborativa do

conhecimento e por isso desejamos a todos,

02 dezembro de 2013 Folhetim Lorenianas

Page 3: Folhetim Lorenianas #03 - edição 2013

//TALENTOS DO CURSO DE LETRAS

UM EXEMPLO DE SUPERAÇÃO E TALENTO Texto escrito a partir de uma entrevista com Washington Louidy, aluno do curso de Letras.

Washington Louidy de Souza 30 anos nascido

em 20/06/1982 em São Paulo, estuda hoje no

curso de Letras

na Fatea.

Apresenta

palestras,

despertando a

atenção das

pessoas, dizendo

que Deus

Pai tem

um “propósito

na vida para

cada um”. Gosta

de instruir as

pessoas para um

mundo melhor, de total respeito ao próximo, e

muita garra e luta por um objetivo de vida e

profissional. A motivação para todo este

empenho se justifica por um fato ocorrido em

sua vida. Em 06/05/2005, no dia das Mães,

sofreu um acidente de trânsito que deixou

graves sequelas, perdendo assim um amigo de

infância. A dor e o sofrimento o fizeram

repensar toda a sua vida e buscar uma razão

para lutar e aprender a “fazer o bem sem olhar a

quem", em todas as nossas vicissitudes.

Escolheu Letras/Inglês como nova meta, e

decidiu levantar, reaprender a falar, a andar e

recuperar-se para a vida profissional. Após sair

do hospital, escreveu uma coletânea de versos

em estilo romântico, que reuniu em um livro

chamado “Meu sol” que está na contagem de

aproximadamente 170 escritos. Nele, o autor

fala de coração aos leitores apaixonados.

Washington trabalhava em uma grande

indústria de tubos na cidade de Lorena e esta

pediu à ele para apresentar um “boneco” de seu

livro. Ela o impulsionou a dar continuidade ao

seu trabalho e conseguir patrocínio para o

lançamento do mesmo. Pelas dificuldades

vividas, aprendeu a se expressar através da

escrita e por meio de composição de letras de

músicas, continuou a lutar pelas suas ambições,

sabendo que o resultado maior é vencer as

dificuldades de elaborar, criar e conseguir

entregar “Letras próprias” para a produção de

shows. Agindo

com humildade, educação e perseverança,

acredita que um dia seus escritos serão

considerados um trabalho artístico, e “espera

pelo amanhã”, torcendo para que, quem sabe

um dia, seu talento seja reconhecido nas

gravadoras do Brasil. Exemplo de um dos seus

poemas:

Lago

Satisfatório e glorioso seria observar-te

Ao se olhar, e refletir-se num vasto e sombrio lago

Onde a beleza e a pureza de sua alma, fluir pelas águas

Como quem ilumina o meu coração

Quanto mais profundo e gelado pudesse ser este lago

Mergulharia atrás de você

Sendo que tão pouco estaria

Com meus pulmões envolvidos de oxigênio

Mergulharia até o mais fundo dos lagos e oceanos

Mas, com a alegria e o prazer em te ver

Valeria à pena te encontrar

E te dar um beijo porque te amo.

03 Fatea

Lorena, SP

Page 4: Folhetim Lorenianas #03 - edição 2013

SÁBIAS PALAVRAS DE UM JOVEM ESCRITOR

Texto escrito a partir de uma entrevista com Danilo Passos, aluno do 1º ano de Letras.

Por: Natália Raiani Gonçalves Ribeiro, aluna do 2º ano de Letras.

Capa de seu primeiro

romance

Jovem escritor,

Danilo Passos Santos,

apaixonado por

literatura e também

por histórias

ficcionais, cuja

inspiração é o

cotidiano,

transformou a escrita

de narrativas um

hábito. Desde seus 14

anos, aventura-se em sua sábia imaginação literária.

Aos 16 anos decidiu que concluiria um de seus livros

– O Magnata do Tempo – publicado por uma

editora de escritores independentes, mas não

lançado. “Minhas histórias sempre contém

personagens imaginários que se entrelaçam por

um motivo de amor ou perda”. “O meu amor,

dispensa a razão, a razão vem de bônus, sem

perceber”. Mas a saciedade deste jovem não se

resume apenas nesta conclusão do livro (O Magnata

do Tempo), Danilo tem por pensamento futuro

concluir uma saga de livros que envolvem um drama

policial, ele revela que “só está esperando ser

contemplado em mais capítulos”, e para aprimorar

seus conhecimentos está no caminho das “Letras”.

04 dezembro de 2013 Folhetim Lorenianas

Page 5: Folhetim Lorenianas #03 - edição 2013

Trecho de “O MAGNATA DO TEMPO”

Cap.03 – Cabelos cor de mel.

[...]

Sentei-me num banco próximo a uma árvore,

comecei a observar os alunos que ali conviviam,

cada gesto não passava dos meus olhares, até os

meus olhos se voltarem para o ponto mais

distante, porém o mais bonito.

Ela tinha cabelos cor de mel, seus olhos

castanhos brilhavam como um diamante

lapidado pelas mais delicadas mãos, seus lábios

avermelhados como uma cereja não ofuscava o

brilho de seu rosto, que se juntava

ao seu mais belo corpo. Meus olhos começavam

a olhar para a donzela distante de mim, ela

estava quieta, sozinha, assim como eu estava.

Percebi que ela pensara em algo, pois a cada

cinco minutos, estampava-se em seu rosto um

sorriso branco como um luar de verão.

Minha mente pairava pela beleza daquela

donzela, aparentava, pela estatura, ser mais nova

que eu. Não conseguia pensar em mais nada, só

observava ela. As veias do meu corpo

transportavam meu sangue de maneira ardente, e

o meu coração palpitava cada vez mais

acelerado. Meu cérebro começou a captar a

imagem da linda adolescente, que fazia daquele

refeitório o lugar mais lindo do mundo.

Distraído pela beleza, não percebi quando ela

aproximava-se de mim. Os cabelos balançavam

conforme a velocidade dos ventos, seus lábios

brilhavam ainda mais quando recebia a luz do

sol, e ela se aproximava cada vez mais de mim.

Eu continuava assentado no banco próximo à

árvore, quando pude ouvir de perto o som da

doce voz que encantava os ouvintes.

_Bom dia, que horas são? – perguntou.

Não acreditei que a donzela dos cabelos cor de

mel, estava à minha frente esperando uma

resposta.

_Faltam alguns minutos para encerrar o

intervalo.

O engasgue de minha voz, fez a moça dar um

meio sorriso e pude ouvir mais uma vez a sua

doce voz.

_Muito Obrigada – ela respondeu.

Senti que suas pernas se locomoviam para sair

do local, mas fui mais rápido.

_Espere! Sente-se! – insisti receosamente.

Espantada a donzela se sentou ao meu lado. O

pulsar do meu coração acelerava mais que o

normal. Ela estampava o sorriso glacial e seus olhos

arregalados brilhavam mais que o brilho de um

diamante.

_Você quer conversar comigo? – perguntou.

O nervosismo tomou conta de mim.

_Si-m – gaguejei - se a senhorita quiser –

respondi.

Ela deu uma risada de deboche e continuou.

_E por que não? – disse. – Sou nova aqui, hoje é

o meu primeiro dia e até agora não fiz amizade

com ninguém.

A voz dela era doce e suave como uma cantiga

de ninar. O meu nervosismo começava a ir

embora.

_Nova? – perguntei. – Percebi que a senhorita

estava sozinha.

Ela riu novamente e os seus olhos começavam a

brilhar como os raios solares que ilumina um

grande arbóreo. Era fascinante ver o brilho dos

seus olhos.

_Sim. Mudei-me para cá há poucos dias –

continuou – moro na Rua dos Alfineteiros.

Logo fui pego de surpresa e o engasgue de

minha voz voltou.

_Rua dos alfineteiros? – perguntei curiosamente.

– Moro na rua acima, a Rua das Dondocas.

_Nossa que coincidência – ela disse. – Que bom,

tenho um conhecido próximo de mim.

O sinal do intervalo tocou, não pude ouvir o som

da sirene, pois a conversa me encantava cada

vez mais.

_Tenho que ir – disse ela se levantando.

_Quando nos veremos novamente? – nem

consegui me dar conta desta pergunta.

Ela abriu um pequeno sorriso e continuou.

_Podemos ir embora juntos.

_Então espero! – conclui.

_Até mais tarde – se despediu.

Sem palavras, só pude ver o movimento de seus

cabelos se opondo para mim, o andar da linda

adolescente ia se afastando, e eu não via a hora

de que o próximo sinal fosse o do fim do turno.

[...]

05 Fatea Lorena, SP

Page 6: Folhetim Lorenianas #03 - edição 2013

//PROFESSORES DE LETRAS: DESAFIOS A TODO O MOMENTO

JOÃO FRANCISCO E PÉRICLES EUGÊNIO: UM RELACIONAMENTO NASCIDO NA GRADUAÇÃO Entrevista com João Francisco Siqueira, professor de Teoria Literária e Literatura Brasileira do curso de Letras.

Por: Ana Lúcia Rodrigues Moraes, aluna do 2º ano de Letras.

Folhetim Lorenianas: Qual

a influência que Péricles

Eugênio da Silva Ramos tem

sobre sua carreira de

professor, especificamente na

área de literatura?

João Francisco: Quando

iniciei a pesquisa sobre a

poesia de Péricles Eugênio na graduação, minha

intenção era fazer uma revisão da sua obra poética,

já que existia, e existe, poucos trabalhos sobre a

poesia do poeta. O que há sobre ele está muito

restrito à crítica da época em que ele escreveu. Após

sua morte, pouco tem sido estudado sobre ele. Pelo

menos do que tenho conhecimento. O estudo da

obra de Péricles Eugênio me influenciou na forma

em como ver a poesia, ou seja, vê-la não apenas

como um texto fechado em seu próprio significado,

mas, sim, perceber como a tradição de vários

séculos de poesia ocidental (ou oriental) pode estar

presente e dialogando dentro dos poemas.

F.L.: Nos dias atuais, com tantos jovens envolvidos

com a tecnologia, podemos afirmar que a literatura

vem perdendo espaço?

João: Acho esta questão muito difícil, pois eu

também faço parte desta era de novas tecnologias.

Acredito que o cinema foi um grande concorrente

para a literatura, a “sedução do ícone” como vimos

com Alfredo Bosi. Outro problema atual é que

muitos até gostariam de ler mais, mas o ritmo

frenético, a “correria”, dos dias atuais, muitas vezes

impede que as pessoas tenham o tempo necessário

para um encontro mais produtivo com a literatura.

F.L.: O que o levou a se interessar pela vida e obras

de Péricles Eugênio?

João: Na época da graduação em Letras, eu busquei

me aproximar da poesia, até então eu havia lido

muito mais romances e contos. O primeiro contato

com a poesia do Péricles Eugênio foi com um

poema do poeta musicado por um amigo meu,

gostei do poema e fui atrás da obra do Péricles

Eugênio. Ao ler a obra e verificar que poucos

06 dezembro de 2013 Folhetim Lorenianas

João Francisco.

Page 7: Folhetim Lorenianas #03 - edição 2013

estudos acadêmicos foram feitos sobre sua obra,

resolvi estudá-la. Um ponto relevante na escolha de

Péricles Eugênio foi o fato do poeta ser da cidade de

Lorena, o que aproximou mais os meus objetivos.

F.L.: Lendo o livro, Grandes Escritores do Vale do

Paraíba e sua colocação em o Filho prodigo de

Lorena, observamos vários autores elogiando-o,

como Domingos Carvalho, Moutinho, contudo a

crítica destrutiva também esteve presente dizendo

que o escritor era muito técnico, o que você pode

nos dizer sobre isso?

João: Sim, este é um ponto que chama a atenção na

crítica sobre a obra de Péricles Eugênio. Alguns

críticos não poupam palavras duras contra a sua

obra. Porém, existe um fator importante para

entendermos este fato. Péricles Eugênio fazia parte

da chamada “Geração de 45”, e por muitos críticos a

entenderem como um retrocesso

(“neoparnasianismo”, como alguns chamavam)

perante a forma, se lembrarmos dos avanços feitos

pelos poetas de 22, não somente Péricles Eugênio,

mas vários outros poetas deste período sofreram

uma rude crítica em relação às suas obras. Sobre o

poeta ser técnico, sim, realmente a obra dele busca

um efeito técnico, trabalhando ritmos e metros pré-

definidos em alguns casos. Contudo, no meu ponto

de vista, esta é a maior riqueza do poeta, pois seu

método de compor – utilizando metros, ritmos,

temas e imagens recorrentes na poesia ocidental -

mantém vivo em sua obra um diálogo constante com

a tradição da poesia, desde os gregos antigos até os

poetas modernos.

F.L.: Fale-nos um pouco sobre o acervo de Pèricles

Eugênio, exposto na Fatea?

João: O acervo é uma grande conquista para a

Fatea, principalmente para o curso de Letras, pois a

riqueza do material sobre literatura ali exposto é

ampla. Além dos livros, muitos com dedicatórias ao

poeta e anotações, que podem nos ajudar a entender

suas buscas pessoais nas leituras; há vários artigos

de jornais do poeta; há os manuscritos de traduções

de trechos de grandes obras da literatura, como

peças de Shakespeare e trechos de John Milton,

entre outras coisas.

F.L.: Com todo o seu empenho, nos estudos sobre

literatura Brasileira e especificamente sobre essa

obra, ainda pretende expandir para outros escritores

nossa região?

João: Bom, não tenho um objetivo específico em

outro escritor da região, mas com a publicação do

livro Grande escritores do Vale do Paraíba

(organizado por Alexandre Lourenço Barbosa)

tomamos contato mais próximo com vários outros

autores da região, que ainda conhecemos pouco,

pode ser que este volume de artigos possa abrir

novas portas.

F.L.: Que mensagem você deixa aos amantes da

Literatura e aos estudantes de Letras, para que

possam estudar as obras desses grandes autores e

mestres na arte da escrita?

João: Que tenham curiosidade, o leitor tem que

ser curioso. No meu caso em particular, com a

obra de Péricles Eugênio da Silva Ramos, foi

assim que ocorreu. Da audição de apenas um

poema musicado do poeta, passei a estudar toda

a sua obra.

07

09 Fatea

Lorena, SP

9 Fatea

Lorena, SP

Fatea Lorena, SP

Page 8: Folhetim Lorenianas #03 - edição 2013

//PERSONALIDADE

OCÍLIO FERRAZ E SEU AMOR PELO VALE HISTÓRICO Por: Ana Maria da Silva Reis, aluna do 2º ano

de Letras.

O dia 11 de março de 2013, ficou marcado na vida

dos alunos do 2º anos Letras da FATEA, pois

tiveram o prazer de saber um pouco mais sobre a

história deste grande homem Ocílio José Azevedo

Ferraz, um homem inteligentíssimo, sociólogo,

professor, pesquisador, empreendedor e Membro de

Academia Brasileira de Gastronomia, escritor da

literatura brasileira.

Um homem de vida simples, nasceu em Silveiras-SP

no dia 22 de maio de 1938. Para concretizar seus

objetivos precisou sair de sua cidade, mas sempre

com desejo de voltar as suas origens. Havia neste

grande homem uma fascinante diversidade cultural,

histórica, ambiental, arquitetônica, musical,

gastronômica e dos valores humanos. Era sempre

motivado por seus amigos, e assim o estimulou a

implantação de instituições preservacionista em toda

região em toda região. No ano de 1070 em sua

fazenda Gramado em Caçapava criou o primeiro

centro cultural, pioneiro núcleo de educação

ambiental rural e gastronômica, tendo um grande

resultado pois houve o crescimento por toda zona

rural daquela região. Foi indicado por instituições e

ONGS fez parte do Conselho Estadual do Meio

Ambiente (Franco Montoro). No governo Mario

Covas foi Membro do Conselho Estadual de turismo

e, no Governo Geraldo Alkimim, Conselho Estadual

de Cultura, no qual destacou a importância dos

povos indígenas na formação da alma paulista.

Participou de eventos culturais tais como: Festa

Nacional do Tropeirismo de Silveiras. Idealizador e

participante até o ano 2000. Presidente da fundação

Nacional do Troperismo.

Luciani Alvarelli, Ana Maria, Ocílio Ferraz, Washington,

Rosana Montemor e Ana Lúcia.

Foi palestrante em alguns eventos como no 1º

encontro Nacional de Tropeirismo tendo como título

da palestra Potencial Gastronômica Cultural de

Guarapuava-PR, novembro 2004, ente outros.

Um grande escritor da literatura brasileira escreveu

no ano 1984 Voltando ás Origens, e no ano de 1998

Maria Paulina: Saga Tropeira, neste livro ele az uma

linda homenagem a sua grande amiga Maria Paulina

uma senhora hoje com 90 anos, reside na cidade de

Cunha com sua família. Esta é a frase marcante que

Ocilio escreve para esta senhora guerreira. "É a

08 dezembro de 2013 Folhetim Lorenianas

Page 9: Folhetim Lorenianas #03 - edição 2013

mulher do povo, a mulher bíblica que sabe de seu

lugar e da razão da sua estada neste mundo. Mulher

admirável que não se cansa de aprender e que por

isso mesmo ensina a cada momento". E aqui está um

pouco da vida deste escritor do Vale do Paraíba. um

homem merecedor de todo respeito e admiração. Em

uma das perguntas feita a ele sobre sua amiga Maria

Paulina, simplesmente responde "MINHA AMIGA

MARIA PAULINA, DIGNA DE TODA

ADMIRAÇÃO"

09 Fatea

Lorena, SP

Page 10: Folhetim Lorenianas #03 - edição 2013

MARIA PAULINA: SAGA EM DUAS PARTES

Resenha de Ana Maria, aluna do 2º ano de Letras.

Escrito por Ocílio José Azevedo Ferraz e Maria Aparecida de Oliveira.

Editora: Sandra Stiliano, Ano de edição: 1998

150 páginas, dividido em duas partes, sendo a primeira com nome

“MARIA” e a segunda “A SOLIDADE DE MARIA PAULINA’.

Entre os livros que escreveu, chama a atenção este

que conta a história de Maria Paulina. Maria

nasceu no mês de maio em Minas Gerais, filha de

Dona Filomena e José Olímpio. Apesar das

dificuldades enfrentadas pela família, era feliz. José

Olímpio era tropeiro e por este motivo não era

presente. Dona Filomena ficava em casa cuidando

dos afazeres e esperando o retorno de seu amado

esposo. Mas, infelizmente, uma fatalidade aconteceu,

Filomena faleceu; deixando Maria com nove anos e

seus irmãos aos cuidados de José Olimpio, que três

anos mais tarde se casou com uma prima distante

chamada Ana. Maria e seus irmãos sentiram-se

inseguros afinal não conheciam a madrasta, sentiram

muito medo, porém Ana foi uma mulher muito boa,

eles tiveram muita sorte, pois eram cuidados por ela

como se fossem filhos naturais. Certo dia para

surpresa de todos, José Olimpio avisa que iriam

embora para o Vale do Paraíba, e assim deixaram

Minas Gerais para nunca mais voltarem. Foi uma

viagem longa. Finalmente chegaram a Bocaina,

onde Maria veio conhecer Dito Paulino por quem

logo se apaixonou. Dito Paulino era amigo da

família, ficou viúvo e com cinco filhas para criar.

Maria estava com apenas dezoito anos de idade e ele

com quarenta e cinco. Mas isto não impediu que Dito

Paulino a pedisse em casamento. Para Maria isso

representou sua maior felicidade, pois era o que ela

mais desejava.

Em uma manhã, em 11 de maio de 1945, aconteceu o

casamento na Igreja Nossa Senhora Aparecida. Com

o passar do tempo, para felicidade de todos, Maria

ficou grávida e teve uma menina. Mesmo desejando

tanto um filho, Dito Paulino ficou feliz pela chegada

de sua filhinha. Os anos se passaram e Dito Paulino

veio a falecer e após um tempo as pessoas

começaram a ir ao túmulo de Dito Paulino para

rezarem e pedirem graças. Ele era uma alma boa.

Maria foi ao cemitério com seus filhos, e teve uma

surpresa. Alguém havia colocado uma simples placa

com o nome “BENEDITO PAULINO REIS”. Maria

chorou lavando sua alma.

Vinte anos depois José Nunes, sobrinho de Dito

Paulino, pediu Maria em casamento, que depois de

refletir acabou aceitando, pois o mesmo era viúvo e

tinha dois filhos que moravam com uma tia, sendo

assim José Nunes morava sozinho. O destino cuidou

de unir os dois, e eles se casaram na Igreja de

Aparecida.

A contra gosto de Maria, José Nunes foi com a tropa

para Delfim Moreira em Minas Gerais, seis meses

depois voltou encantado com a nova cidade que

conheceu. Maria não se sentia tranquila com seu

marido viajando. Cansado desistiu de suas viagens,

querendo descansar, pois já se sentia idoso. Maria

ficou feliz, pois este era seu desejo, tê-lo presente ao

seu lado. Depois de muitos anos, começaram uma

nova vida juntos. José Nunes sentia Maria muito

apaixonada por ele, estavam muito felizes, e vivendo

dias que ainda não tinham vivido.

10 dezembro de 2013 Folhetim Lorenianas

Page 11: Folhetim Lorenianas #03 - edição 2013

Para tristeza de Maria, seu amado esposo veio a

falecer no dia 28 de setembro, foi uma morte

repentina.

Maria Paulina com seus noventa anos vive cercada

pelo afeto de todos que ali residem. Ocílio faz uma

homenagem à Maria Paulina “É a mulher do povo, a

mulher bíblica que sabe de seu lugar e da razão de

sua estada nesse mundo. Mulher admirável que não

se cansa de aprender e que por isso mesmo ensina a

cada momento!”

//UM DRAMATURGO

TARDE LITERÁRIA, ACADEMIA DE LETRAS E CAIO DE ANDRADE Por: Raphael Márcio dos Santos e Samira Florêncio Tito, alunos do 2º ano de Letras.

Alunos do 2º ano de Letras, professora Neide e o

presidente da Academia de Letras de Lorena, Adilson.

No dia 16 de março, às 16 horas, na Casa da

Cultura de Lorena, aconteceu o encontro da

Academia de Letras de Lorena, que contou

com a participação dos alunos do 2º ano do

curso de Letras das Faculdades Integradas

Teresa D’Ávila, de moradores da cidade,

escritores que participam da Academia de

Letras e com a presença do escritor,

dramaturgo e diretor Caio de Andrade que

realizou o lançamento do seu livro “Célia -

entre o mundo e a minha voz”.

Durante o lançamento, Caio pôde relatar às

pessoas, que estavam ali presentes, como foi o

seu trabalho durante o tempo em que ele

conviveu com a cantora Célia, para a

construção do livro autobiográfico sobre ela.

Além do lançamento do livro, os escritores

puderam recitar poemas de própria autoria e

de autoria de outros

escritores também, como a

professora Olga Arantes

que declamou o poema

Flor de Maracujá.

Os alunos do curso de

Letras tiveram a

oportunidade de conhecer

a academia e aos escritores. Após o término da

reunião literária foi oferecido um lanche

agradecendo a participação de todos.

Logo, no dia 18 de março, houve mais um

encontro entre os estudantes do 2º ano de

Letras e o dramaturgo Caio de Andrade para

compartilhar suas experiências no teatro, na

televisão e no cinema.

Caio é formado em Jornalismo e iniciou sua

carreira na extinta Rede Manchete,

participando como colaborador em

dramaturgia, na área de merchandising. Entre

outros trabalhos, participou de produções

importantes da emissora, como as novelas

“Kananga do Japão”, “Pantanal” e “Ana Raio

de Zé Trovão”.

11 Fatea

Lorena, SP

Page 12: Folhetim Lorenianas #03 - edição 2013

Já na linha de shows, foi o responsável pelas

áreas de promoção e merchandising de vários

programas, entre eles o “Show da Xuxa” e o

“Clube da Criança”, com a apresentadora

Angélica.

Em 1998, foi convidado para traduzir e

adaptar, para o Brasil, o roteiro da novela

argentina “Chiquititas” e, por isso, morou

quatro anos na Argentina. Mesmo trabalhando

em televisão, Caio nunca ficou longe do

teatro, escrevendo e dirigindo espetáculos.

Atualmente, o diretor está organizando o

movimento teatral da FATEA, ministrando

várias oficinas para os alunos da graduação

que pretendem serem atores.

//EXPERIÊNCIAS

CARLOS ROBERTO FALA SOBRE A PAIXÃO PELA ARTE DE EDUCAR Por: Samira Florêncio Tito, aluna do 2º ano de Letras.

Carlos Roberto e os alunos do 2º ano de Letras, Fatea.

No dia 22 de abril, às 20h55min, na sala 44, na

Fatea, aconteceu um encontro com os

estudantes do 2º ano de Letras e o professor

Carlos Roberto para compartilhar sua

experiência no exercício na docência.

Carlos Roberto, mais conhecido como Carlão, é

casado há quarenta e oito anos, teve dois filhos,

sendo um falecido, e tem seis netos.

O filho falecido era médico, e Carlos diz ter

vivido a experiência dessa profissão ao ver seu

filho exercendo. Ele queria ser médico quando

mais novo.

Resenha de Samira Florêncio Tito

12 dezembro de 2013 Folhetim Lorenianas

Page 13: Folhetim Lorenianas #03 - edição 2013

10

Trabalhou doze anos em fábrica, mas a vida o

fez ser professor. Chegou a lecionar sessenta e

seis aulas por semana, atuou como professor na

área de exatas. Foi engenheiro e esteve na

direção da Faenquil por sete anos.

Escreveu quatro livros de suas experiências de

vida, é membro da Academia de Letras de

Lorena. Recentemente está escrevendo um livro

sobre sua experiência na Faenquil, agora EEL-

Usp.

//COTIDIANO

ACADEMIA DE LETRAS DE LORENA FAZ ANIVERSÁRIO E GANHA DOIS NOVOS MEMBROS Por: Samira Florêncio Tito, aluna do 2º ano de Letras.

13 Fatea

Lorena, SP

Page 14: Folhetim Lorenianas #03 - edição 2013

ACADEMIA DE LORENA CRIA A ACADEMIA JOVEM

Em agosto de 2013, Nelson Pesciotta, personalidade

ilustre lorenense e vice-presidente da Academia de

Letras teve a ideia de propor a criação da Academia

Jovem que tem como objetivos: descobrir, divulgar

e incentivar a literatura no ambiente juvenil.

Compartilhando esse desejo com o atual presidente,

Adilson Roberto Gonçalves, obteve apoio à

iniciativa. Então foi aberto um edital para que os

interessados se inscrevessem. Dentre os candidatos,

vinte jovens tomarão posse em 2014. Danilo Passos

e Samira Florêncio Tito ,do 1º e 2º anos de Letras

respectivamente, ingressam na Academia Jovem. É

uma grande honra para o curso de Letras da Fatea

poder contar com esses dois representantes no grupo

dos acadêmicos.

“Estou muito contente e honrada por ter me

tornado membro da Academia Jovem de Lorena.

Passei o ano frequentando as

reuniões e fiquei encantada.

Meus pais estão orgulhosos e

para mim é uma grande

conquista, a qual pretendo

honrar, em 2014. Agradeço

primeiramente a Deus, a meus pais e à professora

Neide, que me incentivou a fazer a inscrição e a

todos que estiveram me dando apoio por essa

oportunidade.”, relatou Samira Florêncio Tito.

“Faltam-me palavras para descrever a gratidão em

me tornar um acadêmico.

Para mim, é um

reconhecimento exuberante

de todo o meu caminho

literário que trilho e trilharei

com bastante alegria. “O

Magnata do Tempo”, contos

e outros romances se

alegram com esta conquista.”, afirma Danilo.

//DESCOBERTAS

ENTRE AS SERRAS DO MAR E DA MANTIQUEIRA Por: Fabiana Cabett, aluna do 2º ano de Letras.

Em “Entre as serras do Mar e da Mantiqueira”,

Luiz Gonzaga relatou como sua família chegou ao

Brasil -: “Lendo a palavra ‘desterro’, me lembrei dos

meus avós, chamados Roman Teberga Martins e

Hilária Teberga Mendana, os quais iguais a muitos,

tiveram que deixar sua terra querida no final do século

XIX”. Tal casal deixou a terra natal (Espanha) por

questões de perseguições políticas, inflação e

revolução. Tiveram 3 filhos. Um deles chamado

Vicente Teberga Martins (gerado e nascido no Brasil),

casou-se com Maria Benedita Teberga Galvão em

1926 e teve a primeira filha, dando início a família

Teberga no Brasil.

A Serra da Mantiqueira, ‘serra que chora’ em tupi-

guarani, foi o primeiro local em que Os Teberga

tiveram como moradia. Local esse em que segundo o

autor, a natureza é a própria presença de Deus: “Ó

Serra da Mantiqueira, onde um pequenino riozinho

nasce em seu dorso a cada cem metros, que vai se

avolumando na sua linda descida”. “O autor nesse

trecho conta com minúcias toda a sua sensação em ter

14 dezembro de 2013 Folhetim Lorenianas

Page 15: Folhetim Lorenianas #03 - edição 2013

morado

junto

com sua

família

aos pés

da Serra

da

Mantiqueira”, no bairro Sarapucaia, município de

Pindamonhangaba, no ano de 1935. A vida de Luiz

Gonzaga e a de seus 4 irmãos, era de dia trabalhando na

lavoura e à noite todos faziam orações para agradecer a

Deus as alegrias da vida.

Vicente Teberga Martins( pai de Luiz) morreu aos 33

anos de tétano – naquela época havia poucos recursos,

tanto de transporte como de saúde- , deixando uma

esposa e 5 filhos.

Luiz sempre faz referência ao tempo com as águas

do rio, no sentido que mesmo com as tristezas mais

profundas, é preciso prosseguir: “Creio que a vida é

uma aventura sem fim, quando penso que acaba, então

começa”. E para ele, de fato, recomeçou em 1937, pois

tomou rumo à cidade com seus irmãos e sua mãe ficou

administrando a propriedade rural. Com seus 7 anos de

idade – 6 anos após o falecimento do seu pai, voltou à

cidade de Pindamonhangaba. Sua mãe havia casado e

ele ganhou mais 3 irmãos. O autor enfrentou tempos

difíceis no Vale do Paraíba, devido à 2ª Guerra

Mundial, pois houve racionamento de pão, açúcar, etc.

Recorda também que naquela época 500 soldados

brasileiros morreram em guerra na Itália. No livro há

recordações de alguns militares que compuseram a

Guerra, alguns do campo de treinamento, etc.

Fazendo um breve resumo dos principais

acontecimentos (que incorporam o capítulo:

Fragmentos da minha Vida), Luiz Gonzaga descreve a

morte de seu irmão Hélio José, que tinha apenas 3 anos

de idade; o primeiro emprego como mensageiro em

1949 na CFTG(Companhia Fiação e Tecidos de

Guaratinguetá); o emprego como entregador de leite –

contando sucessos musicais da época como : Jardineira,

Amélia, etc. Período esse em que seu ídolo Francisco

Alves faleceu; a volta na Fábrica de Tecidos como

operário; aos 18 anos entrou no Quartel e uma de suas

principais ações foi participar do Regimento de

Infantaria ; em 1955 casou-se; ano de 1959 trabalhou

numa empresa americana chamada Montreal ( estava

montando a Basf); trabalhou como borracheiro em

posto de gasolina, cujo um dos donos era José Romão.

Luiz Gonzaga foi o grande idealizador para a compra

do terreno, onde hoje é o Posto Ipiranga, em

Guaratinguetá. Com 40 anos de idade, Gonzaga,

começou a frequentar com assiduidade à Comunidade

de Jovens e de 1974 a 1979 participou da construção de

4 capelas (Santa Verônica, São Judas, Nossa Senhora

das Graças e a do São Dimas). Engajado em projetos

religiosos e sociais, doou um terreno para jovens de a

região participar de retiros espirituais no bairro São

Manoel - atualmente, este local abriga centenas de

pessoas; com a ajuda da Tekno e do comércio Teberga

& Fernandes conseguiu colocar 62 abrigos espalhados

por toda a sua cidade, a partir da doação de José Galvão

e com ajuda de uma Pró-Construção fez uma Creche no

bairro Santa Rita ( que mais tarde também se tornou

abrigo).Não obstante, colaborou para a construção de 1ª

Fazenda da Esperança(centro de recuperação para

dependentes químicos). Com o intuito de levar alegria

para as crianças de sua cidade , criou o “Trenzinho da

Alegria”. Sem dúvidas,o capítulo que conta os

Fragmentos da Vida do autor é rico de valores trazidos

a partir de experiências e que cujo objetivo é levar

relatos de fé aos leitores ,para que todos possam lutar

com as reveses da vida, mesmo quando as decepções

suprirem as glórias.

15 Fatea

Lorena, SP

O autor

Page 16: Folhetim Lorenianas #03 - edição 2013

O capítulo ‘Reflexões Bíblicas’ traz ensinamentos de

como ler a Bíblia e o autor deixa claro o seu desejo de

poder ter colaborado para a vida espiritual dos que

leram sua obra.

Finalizando, o capítulo dos ‘Contos’ , acredito que o

autor narrou histórias vivenciadas por ele no decorrer

de sua vida e também deu um tom ficcional em outras.

Por último, nos ‘Anexos’, Gonzaga coloca as frases que

marcaram períodos vivenciados. Para mim, a frase que

com poucas palavras resume tudo é a de Carlos

Drummond de Andrade : “Nascer é um risco, viver é

um desafio e envelhecer uma dádiva de Deus”.

//RESENHAS

III COLETÂNEA DA ACADEMIA DE LETRAS DE LORENA 2012 Por: Ana Lúcia Rodrigues Moraes, aluna do 2º ano de Letras.

Este é um livro que

aborda poemas,

contos, trovas,

pensamento filosóficos

e artigos científicos

dos acadêmicos,

pertencentes à

academia de Letras,

mas também o cultivo

das letras e da cultura e das tradições locais. O livro

expõe diversas formas de pensamento, conforme a

sensibilidade e experiência

de cada um, entre poema, versos e artigos conseguem

nos mostrar a beleza e a arte das letras e nos despertar

para os problemas atuais que afligem nossa sociedade.

Também os acadêmicos

expõem em suas letras

seus sentimentos mais

ocultos, como o de

Pedro Alberto de

Oliveira, fazendo uma

crônica sobre sua

professora que o fez mal e o levou a análise, mas com o

passar do tempo até se dedicou uma oração a ela em seu

túmulo. Do professor, Carlos Roberto de Oliveira

Almeida, falando da família e da satisfação de lecionar

para seus filhos e também de José Ferreira Rocha,

descrevendo as misérias de nosso país que ainda se

encontra oculto, porém acontece e é vivenciado pelos

mais carentes. E ainda um veterano sacerdote e escritor

Padre Mario Bonate, relata sobre nossa língua

Portuguesa, as variedades formas da linguística que

acontecem em nosso país. O direito à educação segundo

Graziele Augusta Ferreira Nascimento, o ser humano tem

direito a uma educação justa, que abrange todas as classes

sociais de nosso país, só através da educação teremos um

país para todos.

É possível afirmar que estou diante de verdadeiros

pensadores escritores, pois a sensibilidade, a criação e

a experiência pessoal e acadêmica ficam evidentes e

afloradas quando está em forma de escrita, deixando-

nos impressionados com a riqueza da cidade de

Lorena e de nossa região. Este livro deveria ser

apreciado e estudado por todos os jovens e adultos

para que todos possam saber e desfrutar da riqueza

que nele existe.

E ainda um poema de André Prado, presente na

coletânea.

17

17 Fatea Lorena, SP

Fatea Lorena, SP

16 dezembro de 2013 Folhetim Lorenianas

Page 17: Folhetim Lorenianas #03 - edição 2013

//OPINIÃO

EVENTOS CULTURAIS DO CURSO DE LETRAS

17 Fatea

Lorena, SP

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O livro chamado O favo de Mel, foi publicado em 2011, pela

Quártica editora, com 120 páginas e 2 capítulos , um livro de

poemas que fala de amor, dor e muitos outros sentimentos.

Os poemas de André Prado mostram os sentimentos, e coisas

que ele viveu. André, por sua vez, fala de sua juventude de

forma singela e ao mesmo tempo madura.

São poemas e pensamentos que nos levam a refletir sobre a

vida.

André Prado nasceu na cidade de Londrina-PR, porém reside

na cidade de Lorena, atuando como professor universitário.

O BEIJA-FLOR ANDRÉ PRADO

Quero-te porque te quero!

e por tanto te querer,

perdi a noção do meu viver.

Quero-te de forma pura e transparente,

como a libélula púrpura que voa livremente pelos

campos.

Quero-te como o beija-flor,

que delicadamente absorve teu pólen.

quero-te com a alma cheia de vida,

repleta de amor e emoção!

Quero-te como ninguém jamais quis,

com todas as minhas forças,

com todo o meu amor.

Amo-te porque te amo!

E de tanto te amar,

já perdi a noção de meu amor.

amo-te no silêncio da noite,

ouvindo apenas os teus gemidos

e os teus sussurros em meus ouvidos.

amo-te com toda intensidade,

como um homem jamais amou uma mulher.

Amo-te desprezando o teu fel e degustando o teu

mel!

Amo-te por todos os dias de minha vida,

cauterizando minhas feridas,

com minha paixão entorpecida.

Amo-te para todo o sempre, eternamente.

amo-te de forma branda e sublime,

assim como a brisa que toca suavemente as flores do

campo

E todos os amantes que desejam ardentemente tuas

amadas.

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Lorena, SP

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Participar do folhetim foi algo enriquecedor,

conheci autores, roteiristas, grandes nomes

que favorecem a cultura vale paraibana.

Acabei compreendendo melhor como funciona

a publicação de um texto e como uma equipe

(2º Letras FATEA) é importante para a

conclusão de um projeto – Lucas Marcelo de

Souza – 2º Letras

Durante as entrevistas elaboradas, obtivemos

a experiência de escrever sobre os eventos,

tais como a ida á Academia de Letras de

Lorena – ALL e tivermos também a

oportunidade de conhecer escritores

renomados, como: Caio de Andrade, Prof.

Carlos Roberto e um famoso escritor regional.

Foi uma experiência poder compartilhar por

intermédio das noticias deste folhetim nossos

“programas culturais” – Edvania Lorena dos

Santos – 2º Letras

Ter a oportunidade de participar de um

folhetim, no qual o curso de Letras promove

favoreceu e contribuiu com a minha formação

de professora de Português, porque o folhetim

é muito abrangente no sentido da linguagem,

leitura de signos e contato com os mais

diversos gêneros textuais. – Ana Lúcia

Rodrigues Moraes – 2º Letras

Fazer o folhetim foi uma experiência valiosa, a

qual me fez ter interesse em literatura. Conheci

alguns escritores como Ocílio Ferraz, Daniel

Mondoruku e o dramaturgo Caio de Andrade.

Fiz alguns textos para o folhetim baseado nas

obras de Caio de Andrade, adorei conhecer

algumas obras dele e com isso me despertou a

vontade de ser roteirista.

Com o folhetim, passei a frequentar a Casa da

Cultura de Lorena, e acho muito interessante

os assuntos tratados lá. Aprendi muitas coisas

de literatura e de cultura em geral. – Samira F.

Tito – 2º Letras

Participar do folhetim Lorenianas esta sendo

uma ótima experiência porque aprendi a

estruturar os gêneros discursivos jornalísticos

muito bem como: noticia, entrevista, resenha,

carta ao leitor dentre outros. Também pude

participar das reuniões da Academia de Letras

de Lorena e verificar como é o trabalho dos

escritores regionais. – Ana Maria da Silva

Reis – 2º Letras

Trabalhar no folhetim foi uma experiência

espetacular, pois nos levou a caminhos até

então desconhecidos e situações

importantíssimas para nosso saber.

Com visitas a Academia de Lorena, livros lidos

e entrevistas feitas, reforçaram mais os

caminhos que um aluno de Letras pode

percorrer, mostrando-nos como este segundo

ano foi produtivo – Rafaela da Silva – 2º

Letras

Trabalhar na elaboração do folhetim é uma

experiência impar. O folhetim por ser um

importante meio de comunicação no qual

constitui publicações que são produzidas pelos

alunos da FATEA.

Agregamos conhecimentos, descobertas em

visitas e entrevistas. Deixamos de ser apenas

leitores, nos tornamos criadores. –

Francislaine Duarte – 2º Letras

O folhetim foi muito importante para meu

aprendizado pessoal e profissional, pois ele me

proporcionou conhecer a Academia de Letras

de Lorena e seus membros. O folhetim

proporcionou- me também conhecer autores

importantes do Vale do Paraíba, autores estes

que me levaram a interessar mais sobre as

obras regionais, ou seja, uma experiência

inesquecível que não só levarei comigo, mas

transmitirei esses conhecimentos não só para

os amigos e familiares, mas também para os

alunos e colegas de trabalho. – Tamires

Galdino Vieira – 2º Letras

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