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RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Curso Técnico Superior Proflssíonal

em Gerontologia

Gabriela Cardoso Pires

setembro 1 2018

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Instituto Politécnico da Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

GABRIELA CARDOSO PIRES

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO DIPLOMA DE TÉCNICO SUPERIOR

PROFISSIONAL EM GERONTOLOGIA

Setembro/2018

Relatório de Estágio - setembro de 2018

I

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO

Discente: Gabriela Cardoso Pires

Nº de matrícula: 5008843

Escola: Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Instituição: Instituto Politécnico da Guarda

Curso: Técnico Superior Profissional em Gerontologia

Docente Orientador: Rui Manuel Formoso Nobre Santos

Entidade onde se realizou o Estágio: Associação de Beneficência Popular de Gouveia

Morada da Entidade: Avenida Botto Machado, Apartado 52, 6290-909 - Gouveia

Supervisora do Estágio: Dra. Ângela Sofia Félix Rebelo

Duração do Estágio Curricular: 750 horas

Início do Estágio Curricular: 20 de março de 2018

Término do Estágio Curricular: 20 de agosto de 2018


II

AGRADECIMENTOS

Começo por agradecer ao Instituto Politécnico da Guarda e aos docentes da ESECD,

que me ajudaram e deram apoio ao longo deste ciclo que está agora a terminar. Com

grande clareza, mostraram-me ao longo desta caminhada, o lado que não conhecia da

Gerontologia, de como proceder para dar um bem-estar à pessoa idosa respondendo às

suas necessidades quotidianas das mais diversas índoles, de saúde, cognitiva e

emocional, de proteção e assistência social, mudando assim a minha vida tanto a nível

profissional como pessoal.

Ao meu orientador de estágio, o professor Rui Formoso, pela disponibilidade prestada

ao longo do estágio curricular e na elaboração deste relatório.

À minha supervisora na Unidade de Cuidados Continuados Nossa Senhora da Piedade,

da Associação de Beneficência Popular de Gouveia (ABPG), Dra. Ângela Rebelo, pelo

contributo e pela permanente disponibilidade, pelas sábias orientações e sugestões que

de forma simpática e eficiente sempre me soube transmitir durante o estágio curricular.

À Unidade de Cuidados Continuados Nossa Senhora da Piedade, por me ter

proporcionado grandes momentos de aprendizagem tanto a nível profissional, como a

nível pessoal.

À minha família e amigos, agradeço toda a ajuda e apoio ao longo do estágio curricular.


III

RESUMO

O estágio curricular, na Unidade de Cuidados Continuados Nossa Senhora da Piedade,

da ABPG, resume-se essencialmente no desenvolvimento de atividades distribuídas por

dois pontos-chave: atividades de higiene e conforto (apoio nas higienes; na arrumação

do ambiente, tornando-o mais acolhedor e na alimentação) e atividades de animação e

ocupação (atividades de estimulação cognitiva, artes plásticas, expressão musical,

atividade física, atividades ligadas à agricultura e jardinagem e outras).

Numa perspetiva pontual, menos ativa, mais teórica e recetiva, mas, nem por isso,

menos importante para a minha formação, participei, em atividades realizadas por

técnicos da própria instituição, em especial da supervisora de estágio, Ângela Rebelo,

como as realizadas para a comemoração do Dia Internacional da Felicidade, da Páscoa,

do Dia Mundial da Pastelaria, dos Santos Populares, bem como em atividades religiosas

e diferentes convívios.

A realização deste estágio, marcado pela diversidade de funções

realizadas/desempenhadas, reforçou a minha consciência para a importância da

Gerontologia e dos cuidados à pessoa idosa, bem como das formas de animação

cognitiva ou mental, de expressão plástica, de expressão e de comunicação, de que nos

podemos valer para agir em prol do bem-estar do geronte.

Palavras-chave: Estágio, Gerontologia, Cuidados e Ocupação.


IV

ÍNDICE GERAL

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO ......................................................................................... I

AGRADECIMENTOS ..................................................................................................... II

RESUMO ....................................................................................................................... III

ÍNDICE GERAL ............................................................................................................ IV

ÍNDICE DE FIGURAS ................................................................................................ VIII

ÍNDICE DE TABELAS ................................................................................................ XII

LISTA DE ACRÓNIMOS E SIGLAS ......................................................................... XIII

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1

CAPÍTULO I – A INSTITUIÇÃO ................................................................................... 3

1. ASSOCIAÇÃO DE BENEFICÊNCIA POPULAR DE GOUVEIA - ABPG .......... 4

1.1. ORGANIGRAMA ......................................................................................... 5

1.2. UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS NOSSA SENHORA DA

PIEDADE ..................................................................................................................... 5

1.2.1. UNIDADE DE MÉDIA DURAÇÃO E REABILITAÇÃO - UMDR ........... 7

1.2.2. UNIDADE DE LONGA DURAÇÃO E MANUTENÇÃO - ULDM............ 8

1.2.3. UNIDADE DE INTERNAMENTO DE REABILITAÇÃO - UIR ............... 9

1.2.4. RECURSOS HUMANOS DA UCCI ........................................................... 10

1.2.5. HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO DA UCCI ...................................... 11

1.2.6. JORNAL UCCI ............................................................................................ 11

CAPÍTULO II – ESTÁGIO ............................................................................................ 13

1. PLANO DE ESTÁGIO .......................................................................................... 14

2. HORÁRIO .............................................................................................................. 15

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V

3. ATIVIDADES QUOTIDIANAS ........................................................................... 16

3.1. HIGIENES ........................................................................................................... 17

3.2. ALIMENTAÇÃO ................................................................................................ 17

4. ATIVIDADES DE ANIMAÇÃO/ OCUPAÇÃO E ESTIMULAÇÃO ................. 18

4.1. ATIVIDADES DE ESTIMULAÇÃO COGNITIVA .......................................... 20

4.1.1. JOGO DO DOMINÓ .................................................................................... 20

4.1.2. JOGO “O ANEL” ......................................................................................... 22

4.1.3. JOGO DO GALO ......................................................................................... 23

4.1.4. JOGO DOS PARES ..................................................................................... 25

4.1.5. JOGO DA MÍMICA ..................................................................................... 28

4.1.6. JOGO DA “FOTOCÓPIA” .......................................................................... 30

4.1.7. JOGO DO LABIRINTO ............................................................................... 32

4.1.8. JOGO DO BURRO ...................................................................................... 35

4.1.9. JOGO “O BINGO DAS HORAS” ............................................................... 37

4.1.10. JOGO “QUEM SABE, SABE!” ................................................................. 40

4.1.11. JOGO DOS PUZZLES ............................................................................... 43

4.1.12. JOGO DO DOMINÓ DAS CORES ........................................................... 46

4.1.13. JOGO DAS SOMBRAS ............................................................................. 48

4.1.14. ATIVIDADE “UNE OS PONTOS”; “DIFERENÇAS”; “PINTA POR

NÚMEROS” ........................................................................................................... 50

4.1.15. JOGO DOS FÓSFOROS ............................................................................ 52

4.1.16. JOGO “MIKADO” ..................................................................................... 54

4.1.17. JOGO “O INTRUSO” ................................................................................ 56

4.1.18. JOGO “ASSOCIAR O PAR” ..................................................................... 58

4.1.19. JOGO DAS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS .......................................... 60

4.1.20. JOGO “AS SEQUÊNCIAS” ...................................................................... 62


VI

4.1.21. JOGO “AS SENSAÇÕES” ........................................................................ 64

4.2. ATIVIDADES DE EXPRESSÃO PLÁSTICA ................................................... 66

4.2.1. A MAGIA DAS PALAVRAS (DIA MUNDIAL DA POESIA – 21 DE

MARÇO) ................................................................................................................ 66

4.2.2. OBJETO DENTRO DE OBJETO ................................................................ 68

4.2.3. AS COROAS DA PÁSCOA ........................................................................ 70

4.2.4. ORIGAMIS ................................................................................................... 72

4.2.5. DÁ CÁ UM BEIJO! (DIA DO BEIJO – 13 DE ABRIL) ............................ 74

4.2.6. CRAVOS (DIA DA LIBERDADE – 25 DE ABRIL) ................................. 76

4.2.7. A MÃE (DIA DA MÃE – DIA 6 DE MAIO) .............................................. 78

4.2.8. SOMOS UMA FAMÍLIA! (DIA INTERNACIONAL DA FAMÍLIA – 15

DE MAIO) .............................................................................................................. 80

4.2.9. PINTAR GARRAFÕES ............................................................................... 82

4.2.10. MARCHAS POPULARES NA UCCI ....................................................... 84

4.2.11. SANTOS POPULARES ............................................................................. 86

4.2.12. TEAR EM CARTÃO ................................................................................. 88

4.2.13. OS AVÓS (DIA DOS AVÓS – 26 JULHO) .............................................. 90

4.2.14. AMIGO (DIA DO AMIGO – 30 JULHO) ................................................. 92

4.3. ATIVIDADE DE EXPRESSÃO MUSICAL - AS “CAIXINHAS” DE MÚSICA

94

4.4. ATIVIDADES LIGADAS À AGRICULTURA E JARDINAGEM .................. 96

4.4.1. SEMEIA (DIA MUNDIAL DA ÁRVORE – 21 DE MARÇO) .................. 96

4.4.2. HORTICULTURA ....................................................................................... 98

4.5. ATIVIDADEs FÍSICAs .................................................................................... 100

4.5.1. DERRUBAR GARRAFAS ........................................................................ 100

4.5.2. CORRIDA DE GARRAFAS ..................................................................... 102

4.5.3. BASQUETEBOL ADAPTADO ................................................................ 104


VII

4.5.4. VÓLEI ADAPTADO ................................................................................. 105

4.5.5. DANÇA ADAPTADA ............................................................................... 107

4.5.6. JOGO DO LENÇOL .................................................................................. 109

4.5.7. JOGO DOS ARCOS ................................................................................... 111

4.5.8. OLIMPÍADAS DO DESPORTO ADAPTADO ........................................ 113

4.5.9. JOGO “ESTICA ELÁSTICOS” ................................................................. 116

4.5.10. JOGO “ARREBENTA BALÕES” ........................................................... 118

4.5.11. JOGO “ TAMPAS, PALHAS E PAUS” .................................................. 120

4.6. OUTRAS ATIVIDADES .................................................................................. 123

4.6.1. E SORRI! (DIA INTERNACIONAL DA FELICIDADE – 20 DE MARÇO)

.............................................................................................................................. 123

4.6.2. PASSEIOS AO AR LIVRE ........................................................................ 126

4.6.3. OLHA O CROISSANT! (DIA MUNDIAL DA PASTELARIA – 17 DE

MAIO) .................................................................................................................. 128

4.6.4. VAMOS APOIAR PORTUGAL NO MUNDIAL! ................................... 130

4.6.5. BROWNIES TRADICIONAIS .................................................................. 132

4.6.6. BOLOS DE ANIVERSÁRIO ..................................................................... 134

4.6.7. CONVÍVIOS .............................................................................................. 136

4.6.8. PROJETO “MEMÓRIA POR ISAURA” .................................................. 138

REFLEXÃO FINAL .................................................................................................... 140

BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................... 141

WEBGRAFIA .............................................................................................................. 142

ANEXOS ...................................................................................................................... 143

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VIII

ÍNDICE DE FIGURAS

Fig. 1 - Logótipo ABPG ................................................................................................... 4

Fig. 2 - Logótipo Unidade de Cuidados Continuados Integrados Nossa Senhora da

Piedade ............................................................................................................................. 6

Fig. 3 - Jogo do Dominó ................................................................................................. 21

Fig. 4 – Passagem do Anel ............................................................................................. 22

Fig. 5 - Jogo do Galo ...................................................................................................... 23

Fig. 6 – Jogo do galo ...................................................................................................... 24

Fig. 7 – Jogo do galo ...................................................................................................... 24

Fig. 8 - Jogo dos Pares .................................................................................................... 25

Fig. 9 - Jogo de pares ...................................................................................................... 27

Fig. 10 - Jogo dos pares .................................................................................................. 27

Fig. 11 - Cartão do jogo de mímica ................................................................................ 28

Fig. 12 - Cliente a gesticular ........................................................................................... 29

Fig. 13 - Imagens mostradas na atividade ...................................................................... 30

Fig. 14 - Cliente a desenhar o carro que visualizou momentos antes ............................. 31

Fig. 15 - Resultados obtidos ........................................................................................... 31

Fig. 16 - Os três tipos de labirintos impressos ................................................................ 32

Fig. 17 - Labirinto 3D ..................................................................................................... 33

Fig. 18 - Labirintos em 2D ............................................................................................. 34

Fig. 19 - "Burro" ............................................................................................................. 36

Fig. 20 - "Burro" ............................................................................................................. 36

Fig. 21 - Cartões de jogo ................................................................................................ 37

Fig. 22 – Peças vermelhas e azuis com os relógios ........................................................ 38

Fig. 23 - Cápsulas para o jogo ........................................................................................ 38

Fig. 24 - Bingo das Horas ............................................................................................... 39

Fig. 25 - Bingo das Horas ............................................................................................... 39

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IX

Fig. 26 - Jogo “Quem Sabe, Sabe!” ................................................................................ 40

Fig. 27 - Jogo Quem Sabe Sabe, Rita Teles ................................................................... 41

Fig. 28 - Um momento de boa disposição durante o jogo .............................................. 42

Fig. 29 – Jogo “Quem Sabe, Sabe!” ............................................................................... 42

Fig. 30 – Exemplo de um puzzle .................................................................................... 43

Fig. 31 - Puzzles já construídos com a imagem "guia" .................................................. 44

Fig. 32 - Puzzles ............................................................................................................. 45

Fig. 33 - Montagem dos puzzles ..................................................................................... 45

Fig. 34 - Dominó das Cores ............................................................................................ 46

Fig. 35 - Jogo do dominó das cores com participação de um familiar ........................... 47

Fig. 36 – Jogo do dominó das cores ............................................................................... 47

Fig. 37 - Jogo das Sombras construído ........................................................................... 48

Fig. 38 - Jogo das sombras ............................................................................................. 49

Fig. 39 – Jogo das sombras ............................................................................................. 49

Fig. 40 - Imagens usadas na atividade ............................................................................ 50

Fig. 41 - Cliente a realizar a atividade de pintar por números........................................ 51

Fig. 42 - Cliente a unir os pontos seguido a sequência numérica ................................... 51

Fig. 43 - Jogo dos Fósforos ............................................................................................ 52

Fig. 44 - Montagem de uma figura ................................................................................. 53

Fig. 45 – Montagem da figura representada no cartão ................................................... 53

Fig. 46 - Jogo "Mikado" ................................................................................................. 54

Fig. 47 - Cliente atento ao jogo ...................................................................................... 55

Fig. 48 - Jogo "O Intruso" .............................................................................................. 56

Fig. 49 - Cliente a indicar qual o intruso ........................................................................ 57

Fig. 50 - Cliente a jogar ao jogo do intruso .................................................................... 57

Fig. 51 - Jogo "Associar o Par" ...................................................................................... 58

Fig. 52 - Jogo dos pares .................................................................................................. 59

Fig. 53 – Jogo dos pares ................................................................................................. 59

Fig. 54 - Jogo das Operações Matemáticas .................................................................... 60

Fig. 55 - Cliente a colocar as pedras ............................................................................... 61

Fig. 56 - Cliente a fazer a operação matemática............................................................. 61

Fig. 57 - Jogo "As Sequências" ...................................................................................... 62


X

Fig. 58 - Cliente a construir a sequência ........................................................................ 63

Fig. 59 - Cliente à procura das peças certas da sequência .............................................. 63

Fig. 60 - Jogo "As Sensações" ........................................................................................ 64

Fig. 61 - Cliente a tentar perceber no que está a tocar.................................................... 65

Fig. 62 - Cliente a adivinhar o “objeto” em que está a tocar .......................................... 65

Fig. 63 - Cliente a recortar uma palavra da frase............................................................ 67

Fig. 64 - Cliente a ouvir a explicação da atividade do Dia Mundial da Poesia .............. 67

Fig. 65 - Cliente com auxílio a colar os pedaços de papel ............................................. 69

Fig. 66 - Clientes a colarem os pedaços de papel ........................................................... 69

Fig. 67 – Construção da Coroa de Páscoa ...................................................................... 71

Fig. 68 - Coroa da Páscoa ............................................................................................... 71

Fig. 69 - Origamis a realizar na atividade ...................................................................... 72

Fig. 70 – Clientes a fazerem os origamis ....................................................................... 73

.Fig. 71 - Clientes na realização dos origamis ................................................................ 73

Fig. 72 - Clientes na Atividade do Dia do Beijo ............................................................ 75

Fig. 73 - Cartaz da atividade do Dia do Beijo ................................................................ 75

Fig. 74 – Construção dos cravos ..................................................................................... 77

Fig. 75 - Construção do cravo ........................................................................................ 77

Fig. 76 – Cartão do Dia da Mãe...................................................................................... 78

Fig. 77 - Cliente a pintar os desenhos ............................................................................. 79

Fig. 78 - Cliente com o cartão pintado ........................................................................... 79

Fig. 79 - Fitas colocadas nas janelas............................................................................... 81

Fig. 80 - Árvore dos Afetos ............................................................................................ 81

Fig. 81 - Clientes e AAM a pintarem os garrafões ......................................................... 82

Fig. 82 - Clientes da ULDM a pintarem ......................................................................... 83

Fig. 83 - Arcos feitos para as marchas............................................................................ 84

Fig. 84 - Exemplo de um fato ......................................................................................... 85

Fig. 85 - Festa dos Santos Populares na UCCI ............................................................... 85

Fig. 86 – Supervisora de Estágio com o traje das marchas ............................................ 85

Fig. 87 - Sardinhas e manjericos colados na janela ........................................................ 87

Fig. 88 - Realização dos balões dos Santos .................................................................... 87

Fig. 89 - Cliente a tecer .................................................................................................. 88

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XI

Fig. 90 - Cliente a tecer .................................................................................................. 89

Fig. 91 - Caixa fita com o rolo de papel higiénico ......................................................... 90

Fig. 92 – Mês de julho do calendário para comemorar o Dia dos Avós ........................ 91

Fig. 93 - Lembrança do Dia do Amigo ........................................................................... 93

Fig. 94 - Cliente acamado a receber a lembrança ........................................................... 93

Fig. 95 - Clientes baterem palmas e a dançarem ............................................................ 94

Fig. 96 - Clientes batem palmas ao som da música ........................................................ 95

Fig. 97 - Cliente a ser auxiliado na rega do feijão .......................................................... 97

Fig. 98 - Vagem nascida no copo ................................................................................... 97

Fig. 99 - Cliente na atividade da Horticultura ................................................................ 98

Fig. 100 - Cliente a regar as plantas ............................................................................... 99

Fig. 101 - Clientes a jogarem ao jogo de derrubar garrafas ......................................... 101

Fig. 102 – Cliente a lançar ............................................................................................ 101

Fig. 103 – Material do jogo .......................................................................................... 102

Fig. 104 - Clientes a competirem.................................................................................. 103

Fig. 105 - Clientes a competirem.................................................................................. 103

Fig. 106 - Clientes a jogarem “basquetebol” ................................................................ 104

Fig. 107 - Os clientes a jogarem “basquetebol” ........................................................... 104

Fig. 108 – Início do Jogo de Vólei Adaptado ............................................................... 105

Fig. 109 - Jogo de Vólei Adaptado ............................................................................... 106

Fig. 110 - Clientes a realizarem os movimentos propostos .......................................... 108

Fig. 111 - Estagiárias a coordenarem os clientes na dança .......................................... 108

Fig. 112 - Clientes a deixarem escapar um balão ......................................................... 109

Fig. 113 - Clientes a jogarem ao jogo do lençol ........................................................... 110

Fig. 114 - Cliente a lançar o arco.................................................................................. 112

Fig. 115 - Cliente a lançar o arco.................................................................................. 112

Fig. 116 - Clientes a aquecerem com o "vai e vem" ..................................................... 113

Fig. 117 - Tiro ao alvo .................................................................................................. 114

Fig. 118 - Cliente a atirar a bola ao cesto ..................................................................... 114

Fig. 119 - Cliente a contornar os pinos ......................................................................... 114

Fig. 120 - Cliente a transportar a bola na colher até ao cesto ....................................... 115

Fig. 121 -Andar sobre os arcos ..................................................................................... 115


XII

Fig. 122 - Imagens usadas na atividade ........................................................................ 116

Fig. 123 - Cliente a esticar os elásticos ao longo dos pregos ....................................... 117

Fig. 124 - Cliente a esticar os elásticos ao longo dos pregos ....................................... 117

Fig. 125 - Cliente a ser auxiliado a lançar a seta .......................................................... 118

Fig. 126 - Cliente independente a lançar a seta ............................................................ 119

Fig. 127 - Cliente a passar as palhas ............................................................................. 121

Fig. 128 - Cliente a desapertar as tampas ..................................................................... 121

Fig. 129 - Cliente a retirar os paus de espetada ............................................................ 122

Fig. 130 - Cliente e colaboradores num momento de sorrisos ..................................... 125

Fig. 131 - Cliente e familiares no Dia da Felicidade .................................................... 125

Fig. 132 - Partilha de carinho com o no passeio ........................................................... 127

Fig. 133 - Clientes a apanharem uns raios de sol ......................................................... 127

Fig. 134 - Técnica e clientes a fazerem os croissants .................................................. 129

Fig. 135 - Croissants saídos do forno ........................................................................... 129

Fig. 136 - Bandeiras de apoio à Seleção ....................................................................... 130

Fig. 137 - Clientes dos vários pisos a ver o jogo .......................................................... 131

Fig. 138 - Brownies acabados de sair do forno ............................................................ 133

Fig. 139 - Clientes a degustar ....................................................................................... 133

Fig. 140 - Cliente a mexer o preparado ........................................................................ 135

Fig. 141 - Cliente a bater as claras em castelo.............................................................. 135

Fig. 142 - Almoço convívio entre profissionais ........................................................... 137

Fig. 143 - Convívio entre profissionais da UCCI e da Clínica ..................................... 137

Fig. 144 - Cliente da UCCI a declamar o poema.......................................................... 138

Fig. 145 - Foto de grupo com artista ............................................................................ 139

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Horário de Estágio ......................................................................................... 15


XIII

LISTA DE ACRÓNIMOS E SIGLAS

AAM – Auxiliar de Ação Médica

ABPG – Associação de Beneficência Popular de Gouveia

AVC – Acidente Vascular Cerebral

AVD – Atividades de Vida Diária

CMFR – Clínica Médica Física e Reabilitação

CTeSP – Curso Técnico Superior Profissional

ECCI – Equipa de Cuidados Continuados Integrados

ESECD – Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

IPG – Instituto Politécnico da Guarda

RH – Recursos Humanos

RNCCI – Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados

SNG – Sonda Nasogástrica

TF – Terapeuta da Fala

UCCI – Unidade de Cuidados Continuados Integrados

UIR – Unidade de Internamento de Reabilitação

ULDM – Unidade de Longa Duração e Manutenção

UMDR – Unidade de Média Duração e Reabilitação


1

INTRODUÇÃO

Após o término do ensino secundário, uma vez que não poderia seguir para uma

licenciatura, tomei conhecimento da existência dos Cursos Técnicos Superiores

Profissionais (CTeSP), com a duração de dois anos, que depois dariam acesso a uma

licenciatura.

Depois de um momento de reflexão e de ponderação sobre o melhor curso para as

competências que eu pretendia desenvolver, optei por escolher o CTeSP de

Gerontologia.

Durante os dois anos do curso, tomei contacto e estudei diversas áreas, como os aspetos

biológicos, psicológicos e sociais estreitamente ligadas à Gerontologia. Muitas das

unidades curriculares que tive serviram para mostrar que a Gerontologia é uma área de

grande importância, como a unidade curricular da Biologia do Envelhecimento, as

unidades ligadas à área da Saúde e a unidade curricular de Animação de Idosos.

A Biologia do Envelhecimento foi a disciplina “pioneira” para perceber como funciona

o processo do envelhecimento humano e assim poder aplicar as unidades curriculares

ligadas à saúde como a de Noções Básicas de Cuidados de Saúde à Pessoa Idosa e a de

Educação, Saúde e Envelhecimento. Uma unidade curricular que também retém

bastante importância é a Animação de Idosos na qual adquiri conhecimentos das

diversas animações que se podem aplicar com o idoso e assim proporcionar um

envelhecimento ativo e de qualidade.

No fim do segundo ano, a estrutura do CTeSP permite colocar em prática os

conhecimentos adquiridos através da realização de um estágio com a duração de 750

horas numa entidade com valências gerontogeriátricas. A Instituição que escolhi foi a

ABPG por se localizar perto da minha área de residência e também por me suscitar

interesse o trabalho que nela era desenvolvido.


2

Formalmente, optei por dividir este relatório em duas partes. Na primeira caracteriza-se

a ABPG e em particular a Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI). A

segunda centrar-se-á na descrição das atividades, o que foi feito e qual o meu contributo

para a Unidade de Cuidados Continuados Nossa Senhora da Piedade. As minhas

principais atividades durante o estágio foram: higiene e conforto, acompanhamento nas

refeições, e atividades de estimulação cognitiva, expressão plástica, expressão musical,

atividade física, ligadas à agricultura e jardinagem e outras.

O meu plano de estágio (Anexo I), na Unidade de Cuidados Continuados Nossa

Senhora da Piedade, teve por objetivos gerais:

Estimular e proporcionar atividades de higiene e auto conforto e apoio a AVD;

Promover o bem-estar físico, psicológico e emocional;

Incentivar a interajuda grupal;

Reduzir o sedentarismo;

Promover uma melhor qualidade de vida e recuperação.

Por objetivos específicos:

Desenvolver apoio nas higienes, alimentação e todas as AVD;

Aumentar o bem-estar físico e psíquico;

Promover uma visão mais positiva do estar internado;

Aumentar a autoestima;

Desenvolver atividades de animação/ ocupação e estimulação.

CAPÍTULO I – A INSTITUIÇÃO


4

De forma a mais objetiva e claramente se explicitarem as atividades desenvolvidas no

período de estágio será pertinente caracterizar, ainda que de forma breve, a instituição

onde decorreram as atividades. Daí que se acometa a este capítulo tal função: a

caracterização da ABPG, a sua estrutura organizacional e as valências.

Apresentada a instituição nos seus traços gerais, centrar-me-ei, de forma mais

pormenorizada, porque foi a valência em que realizei o estágio, na descrição Unidade de

Cuidados Continuados Nossa Senhora da Piedade.

1. ASSOCIAÇÃO DE BENEFICÊNCIA POPULAR DE GOUVEIA - ABPG

A ABPG (Fig. 1 - Logótipo ABPG) é “uma Instituição que tem como missão contribuir

para a promoção e desenvolvimento integrado da população do Concelho de Gouveia

nas áreas cultural, social e económica”1.

Esta associação foi fundada a 1 de março de 1880, com o intuito de proporcionar apoio

ao desenvolvimento regional estimulando a criatividade, o crescimento e a excelência

em torno de um único objetivo, as pessoas.

Fig. 1 - Logótipo ABPG

Fonte: https://www.abpg.pt/uploads/logotipo/logo[2].png

1 Fonte: https://www.abpg.pt/ (Consultado a 12 de abril de 2018)

https://www.abpg.pt/uploads/logotipo/logo%5b2%5d.pnghttps://www.abpg.pt/


5

A ABPG tem as seguintes valências:

ATL;

Núcleo de Reabilitação Profissional;

Lar de Apoio;

Lar de Idosos de Rio Torto;

Lar de Idosos de Cativelos;

Lar Residencial;

Casa de Repouso de S. Julião;

Centro de Atividades Ocupacionais;

Creche, Jardim de Infância e ATL;

A Clínica de Medicina Física e de Reabilitação;

Unidade de Cuidados Continuados Integrados - Média Duração e Reabilitação;

Unidade de Cuidados Continuados Integrados - Longa Duração e Reabilitação.

1.1. ORGANIGRAMA

Um organigrama define os níveis de hierarquia dos colaboradores, organizando desta

forma, quem deve responder a quem dentro da organização.

Segue-se, em Anexo II, o organigrama da ABPG. De forma gráfica, clara e objetiva,

este organigrama exibe a disposição dos cargos e departamentos da ABPG.

Torna-se importante referir o mesmo, uma vez que tive ligação com alguns técnicos e

colaboradores de outras valências, nomeadamente em atividades, e almoços convívio e

assim soube conhecê-los profissionalmente.

1.2. UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS NOSSA SENHORA DA

PIEDADE

Segundo a alínea a) do artigo 3º do decreto-lei nº 101/2006, de 6 de Junho, os cuidados

continuados integrados são “um conjunto sequencial da saúde e ou de apoio social,

decorrentes de avaliação conjunta, centrados na recuperação global entendida como o

processo terapêutico e de apoio social, ativo e contínuo, que visa promover a autonomia,


6

melhorando a funcionalidade da pessoa em situação de dependência, através da sua

reabilitação, readaptação e reinserção familiar e social”. A população, alvo deste tipo de

situações são todas as pessoas que tenham uma situação de perda de autonomia,

portadoras de vários tipos e níveis de dependência que precisem de intervenções

sequenciais de saúde e apoio social.

Segundo a alínea h) do artigo 3º e 4º do decreto-lei nº 101/2006, de 6 de Junho De facto,

neste tipo de cuidados, os grupos alvo são indivíduos com dependência funcional;

indivíduos idosos com critérios de fragilidade; indivíduo com doenças crónicas,

evolutivas e dependência funcional grave por doença física ou psíquica, progressiva ou

fase terminal.

No sentido de dar resposta específica aos diferentes tipos de necessidades, em função

dos graus de dependência, A Unidade de Cuidados Continuados Nossa Senhora da

Piedade (Fig. 2 - Logótipo Unidade de Cuidados Continuados Integrados Nossa

Senhora da Piedade) oferece/tem 2 tipologias de internamento:

Unidade de Média Duração e Reabilitação (UMDR);

Unidade de Longa Duração e Manutenção (ULDM).

Há de referenciar-se ainda, a Unidade de Internamento de Reabilitação (UIR) –

Internamento da Clínica Médica Física e Reabilitação (CMFR), de cariz particular, ou

seja, não fazendo parte da RNCCI. Costumam recorrer a esta Unidade clientes

provenientes, por exemplo, de seguradoras ou a expensas próprias.

Fonte: Documentação interna da Instituição

Fig. 2 - Logótipo

Unidade de Cuidados

Continuados Integrados

Nossa Senhora da

Piedade


7

1.2.1. UNIDADE DE MÉDIA DURAÇÃO E REABILITAÇÃO - UMDR

Segundo o artigo 15º do Dec.- Lei nº 101/ 2006, de 6 junho, a UMDR é uma tipologia

da RNCCI que oferece internamento a indivíduos entre 30 dias e 90 dias. Esta unidade

destina-se a pessoas que perderam temporariamente a sua autonomia, mas que podem

recuperá-la e que necessitem de cuidados de saúde, apoio social e reabilitação que, pela

sua frequência ou duração, não podem ser prestados no domicílio.

Os critérios de referenciação são nomeadamente indivíduos com necessidades de

cuidados médicos diários e cuidados de enfermagem permanentes. Doentes com

necessidades de uma reabilitação intensiva, medidas de suporte respiratório, prevenção

e tratamento de úlceras de pressão e manutenção e tratamento de estoma.

A UMDR assegura:

Cuidados médicos diários;

Cuidados de enfermagem permanentes;

Cuidados de fisioterapia e de terapia ocupacional;

Prescrição e administração de medicamentos;

Apoio psicossocial;

Higiene, conforto e alimentação;

Convívio e lazer.

A UMDR possui 30 camas de internamento. De referir que a UMDR se localiza no piso

térreo, denominado piso 0.

Segundo o Relatório de Atividades de 2017 (ABPG, 2018: 4-5) da UCCI, a UMDR

admitiu 108 clientes sendo o género feminino o mais dominante.

Relativamente à proveniência para a UMDR podemos observar a existência de uma

percentagem maior de proveniência no que concerne ao Hospital de Agudos com uma

percentagem de 70,3%; domicílio (ECCI) com uma percentagem de 18,52%; Unidade

de Convalescença com uma percentagem de 8,33%; ULDM com uma percentagem de

1,85%; Lar/ Residência com 0,93%.

No que diz respeito aos motivos de alta na UMDR podemos constatar que esta tipologia

apresentou uma percentagem maior de alta no que concerne à Obtenção dos Objetivos


8

Terapêuticos com 62,96%; Outro com uma percentagem de 11,11%; Óbitos com uma

percentagem de 4,63%; Alta Voluntária com uma percentagem de 3,70%; Sem Motivo

de Alta 4,63%, e por fim agudização com uma percentagem de 12,96%.

1.2.2. UNIDADE DE LONGA DURAÇÃO E MANUTENÇÃO - ULDM

Segundo artigo 17º do Dec.- Lei nº 101/ 2006, de 6 junho, a ULDM tem por finalidade

prestar cuidados a doentes com processos crónicos que apresentam diferentes níveis de

dependência e graus de complexidade, que não reúnam condições para serem cuidadas

em casa ou na instituição ou estabelecimento onde residem. Presta apoio social e

cuidados de saúde de manutenção que previnam e retardem o agravamento da situação

de dependência, favorecendo o conforto e a qualidade de vida, com previsibilidade de

internamento superior a 90 dias consecutivos

A ULDM pode ter ainda internamentos com menos de 90 dias (máximo 90 dias por

ano) quando há necessidade de descanso do principal cuidador.

A ULDM assegura:

Atividades de manutenção e de estimulação;

Cuidados de enfermagem permanentes;

Cuidados médicos;

Prescrição e administração de medicamentos;

Apoio psicossocial; controlo fisiátrico periódico;

Cuidados de fisioterapia e de terapia ocupacional;

Animação sociocultural;


Apoio no desempenho das atividades da vida diária.

Esta ULDM tem lotação de 23 camas.

Esta tipologia situa-se num piso superior, denominado piso 1.

Segundo o Relatório de Atividades de 2017 (ABPG, 2018: 6-8) da UCCI, no ano 2017

foram admitidos 74 clientes. Relativamente à proveniência para a ULDM podemos


9

observar a existência de uma percentagem de 41,89% referente ao Domicílio (ECCI);

Hospital de Agudos com uma percentagem de 37,84%; Unidade de Média Duração e

Reabilitação (UMDR) com uma percentagem de 14,86%; e por fim Unidade de

Convalescença e Lar/ Residência assistida com 6,78%.

Quanto ao motivo de alta da ULDM quem teve uma percentagem maior foi a Obtenção

dos Objetivos Terapêuticos com uma percentagem 28,38%; Outro com uma

percentagem de 27,03%; Óbito com uma percentagem de 24,32%; Agudização com

8,11%; Alta voluntária com 6, 76% e Sem Motivo de Alta com 5, 41%.

1.2.3. UNIDADE DE INTERNAMENTO DE REABILITAÇÃO - UIR

Segundo o folheto, Guia de Acolhimento da UIR, fornecido pela UCCI, A Unidade de

Internamento de Reabilitação pretende ser uma referência de prestação de cuidados de

saúde e de reabilitação, estimulando a excelência e exigência em torno de um único

objetivo: a promoção da saúde e do bem-estar dos seus clientes.

Os objetivos do Internamento são:

Prestação Individualizada de cuidados;

Continuidade dos cuidados entre os diferentes serviços;

Promoção e recuperação contínua da funcionalidade e da autonomia;

Participação da família na prestação de cuidados;

Serviços disponíveis nesta Unidade:

Cuidados Médicos Diários;

Cuidados de Enfermagem permanentes;

Prescrição e administração de fármacos;


Convívio e Lazer.

Outros Serviços não incluídos na Diária do Internamento:

Psicologia Clínica e Neuropsicologia;

Cuidados de Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Terapia da Fala;


10

Tratamento de feridas/ Algaliação/ Sonda Nasogástrica (SNG).

Esta Unidade de Internamento situa-se numa ala anexa ao piso O, a ala C.

1.2.4. RECURSOS HUMANOS DA UCCI

Os Recursos Humanos (RH) da UCCI são vastos e de grande importância. A missão da

ABPG, mais em concreto da unidade, depende do trabalho realizado

interindividualmente por cada um destes profissionais. Dada a multiplicidade de

valências, múltipla será a natureza dos funcionários que servem a instituição.

Os RH permitem que a UCCI funcione num todo para o bem-estar dos clientes.

Segundo o artigo 13º do Regulamento Interno da UCCI de Média Duração e

Reabilitação (ABPG, 2015: 10), para assegurar níveis adequados de qualidade na

prestação de cuidados, a Unidade dispõe de uma equipa multidisciplinar com presença

efetiva diária e constituída pelos seguintes técnicos:

1 Diretor Clínico;

2 Diretores Técnicos;

9 Médicos (de Medicina Interna, Clínica Geral e Medicina Física e de

Reabilitação).

1 Nutricionista;

1 Farmacêutica;

1 Psicóloga;

23 Enfermeiros;

1 Técnico Superior de Serviço Social;

3 Fisioterapeutas;

1 Terapeuta da Fala;

1 Terapeuta Ocupacional;

1 Animadora Sociocultural;

1 Administrativo;

23 Auxiliares de Ação Médica;

Auxiliares de Serviços Gerais:

o Limpeza: 4


11

o Cozinheiras: 2

o Lavandaria: 2

1 Rececionista.

1.2.5. HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO DA UCCI

De acordo com o artigo 21º do Regulamento Interno da UCCI de Média Duração e

Reabilitação (ABPG, 2015: 15-16), “A Unidade de Cuidados Continuados funcionará

24h por dia, ininterruptamente.

a) Horário de visita geral é das 14h às 17h.

b) Horário de visita do cuidador principal é das 11h30m às 19h30m.

c) Horário das Refeições:

Pequeno-almoço: 08h30

Almoço: 12h30

Lanche: 16h00

Jantar: 19h00

Ceia: A pedido dos clientes.”

1.2.6. JORNAL UCCI

Todos os meses a UCCI lança um jornal de nome “Ponto de Encontro” (Anexo III). O

objetivo do mesmo é mostrar tudo o que é feito na unidade e promover a participação de

familiares e profissionais na escrita dos artigos que nele são encontrados, é estruturado e

organizado pela psicóloga e pela animadora e é impresso e distribuído na unidade.

Sempre que possível, os artigos para o jornal são elaborados pelos clientes. Contudo,

este jornal contém sempre as atividades elaboradas e desenvolvidas no mês, um artigo

de um técnico, se possível, também de um familiar dos clientes, um espaço cultural, e

termina com um espaço interativo e com a indicação dos aniversários dos profissionais

da UCCI do respetivo mês.

No meu primeiro mês de estágio, saí no jornal como “CARAS NOVAS NA UCCI”. E,

desde que faço parte desta equipa, ainda que como estagiária, mensalmente disponho


12

para o jornal as atividades que realizo, explanado os objetivos das mesmas e as

fotografias correspondentes.

CAPÍTULO II – ESTÁGIO


14

O segundo capítulo, a alma e fundamento deste relatório, é reservado à descrição das

atividades realizadas durante o período de estágio. Começarei com a abordagem de

elementos preliminares e de carácter genérico, como os objetivos (gerais e específicos)

definidos e o horário de estágio. Seguir-se-á a descrição das atividades propriamente

ditas. Por questões de clareza expositiva, organizá-las-ei em dois grupos distintos. O

primeiro compreenderá as de carácter mais quotidiano, digamos, de apoio necessidades

primárias, indispensáveis ao bem-estar dos clientes, como as relacionadas com a higiene

e alimentação. Do segundo grupo constarão as atividades que dependeram mais da

minha própria iniciativa, ou seja, idealizadas, preparadas e implementadas por mim,

sempre com a orientação da minha supervisora, e, por isso, mais ligadas ao âmbito

específico do curso que frequento, atividades de Animação/Ocupação e Estimulação.

1. PLANO DE ESTÁGIO

Ao longo de 750h de estágio foram realizadas atividades de Higiene e Conforto e

atividades de Animação/ Ocupação e Estimulação (de acordos com o horário aplicado e

atividades já pela UCCI estipuladas que se encontram no plano de atividades

(apresentado no Anexo IV) e no Manual anual de atividades). Para uma melhor

perceção temporal das atividades realizadas a descrever apresento, em anexo (V),

cronogramas mensais. As atividades de animação e estimulação foram diversas e

abrangeram áreas importantes a trabalhar na idade sénior, em especial no domínio da

estimulação física e cognitiva.

O CTeSP de Gerontologia proporcionou algumas bases para que em contexto de estágio

fossem realizadas atividades ao nível dos Cuidados de Saúde e Animação. Assim o

estágio teve por objetivos gerais:

Estimular e proporcionar atividades de higiene e auto conforto e apoio a AVD;

Promover o bem-estar físico, psicológico e emocional;

Incentivar a interajuda grupal;

Reduzir o sedentarismo;

Promover uma melhor qualidade de vida e recuperação.


15

Por objetivos específicos:

Desenvolver apoio nas higienes, alimentação e todas as AVD;

Aumentar o bem-estar físico e psíquico;

Promover uma visão mais positiva do estar internado;

Aumentar a autoestima;

Desenvolver atividades de animação/ ocupação e estimulação.

Estes objetivos foram idealizados em diálogo com a supervisora de estágio, Ângela

Rebelo.

2. HORÁRIO

O horário aplicado pela supervisora de estágio, Dra. Ângela Rebelo, foi de sete horas

diárias e uma hora de pausa. Encontra-se na Tabela 1, os turnos por mim realizados.

Tabela 1 - Horário de Estágio

Turno Horário

Manhã 8:00 h – 16:00 h

Tarde 14:00 h – 21:30 h

Diário 9:30 h – 17:30 h

A maior vantagem do turno designado por Diário é o facto de conseguir realizar mais

atividades com os clientes e de mais facilmente me permitir manter o contacto com as

famílias. É, no meu entender, importante que estas vejam o meu trabalho com os

clientes, para se aperceberem que os mesmos têm ocupação, companhia.

Com profissionais, neste caso como estagiária tentei estar sempre presente nesta fase

que se torna tão complicada e difícil tanto para clientes como para a família, muitas

vezes não só pela patologia em si, mas por exemplo pelos horários em que os familiares

os podem visitar que por vezes não coincidem com os horários de visita.

O turno da manhã foi-me proposto, para ter noção e aprender as rotinas e dinâmicas de

uma higiene. Posteriormente compreender as práticas do pequeno-almoço com as suas

regras de dietas e cuidados associados.


16

O turno da tarde igualmente proposto, para ter noção e aprender as rotinas nele

realizadas, tais como prestar cuidados de conforto e higiene sempre com auxílio entre

outras atividades.

Existe na UCCI a chamada “volta”, em que se prestam cuidados de higiene e

mobilizações a clientes acamados. Na “volta” é dado o lanche com as respetivas

especificidades (tal como o pequeno almoço e o jantar), e é feito o deitar.

Realizei também, sempre que possível, atividades de animação/ ocupação e estimulação

em ambos os turnos.

Qualquer um dos turnos posso desempenhar em ambas as unidades de internamento.

Sendo que, por questão de organização pessoal e do próprio serviço, sempre que faço

manhã ou tarde tenho piso destinado, e apenas no horário normal, realizo atividades em

todos de acordo com os tratamentos programados.

3. ATIVIDADES QUOTIDIANAS

Neste ponto, explico de forma muito resumida, apenas algumas dinâmicas recorrentes,

que aprendi a desempenhar de acordo com as necessidades de cada cliente. São eles as

higienes e a alimentação.

A realização de atividades de higiene exige responsabilidade e mobilizam uma

multiplicidade de conhecimentos. Por questão de segurança, a minha supervisora nunca

permitiu que o fizesse sozinha, mas sempre com um enfermeiro e/ou Auxiliar de Ação

Médica (AAM).

As refeições foram sempre dadas com supervisão, seja ela pequeno-almoço, almoço,

lanche ou jantar. Cada cliente possui uma dieta, que tem obrigatoriamente de ser

respeitada, pois pode causar danos graves nefastos para o cliente se a mesma não for

cumprida.

Cada passo é importante respeitar e aprender.


17

3.1. HIGIENES

Em todos os pisos da UCCI, existe um plano de banhos a ser cumprido. Os banhos, de

acordo com a situação do doente, são realizados no leito; na cadeira de banho; na maca

de banho; ou sob a forma de aspersão – chuveiro. Os objetivos dos mesmos são a

limpeza da pele e conforto do cliente; o estímulo da circulação e prevenção de úlceras

de pressão.

Nos banhos realizados auxiliei o enfermeiro ou o auxiliar e nos banhos realizados no

leito aos clientes eu apenas auxiliei o enfermeiro ou o AAM, quer a amparar o decúbito,

a lavar conforme me pediam e explicavam, a secar, aplicar creme, e apoiei no vestir.

Sempre que eram prestados cuidados necessários eu auxiliei e “cheguei” algum material

para o enfermeiro prestar esses mesmos cuidados, como por exemplo, o tratamento de

feridas, de acordo com as necessidades dos clientes.

Outra atividade de higiene, consistia na muda das fraldas, sempre que o cliente dela

necessitasse. A muda da fralda é muito importante para que a pele do cliente não esteja

em contacto com as dejeções e assim manter-se a zona da fralda saudável e sem

irritações.

A nível geral, o que mais me custou foi adaptar-me aos cheiros. A nível da prestação de

cuidados, como estive sempre acompanhada, sentia alguma confiança (que se foi

afincando com o passar dos dias).

3.2. ALIMENTAÇÃO

Os clientes da UCCI na sua alimentação têm vários tipos de dietas – orientadas pela

Terapeuta da Fala (TF) e pela Nutricionista. Claro que cada uma na sua área: a TF é

responsável por avaliar o cliente e determinar a consistência mais correta para o cliente.

A nutricionista faz a sua avaliação nutricional e propõe uma dieta personalizada e

adequada às suas necessidades.

A consistência da comida pode ser: geral, isto é, o chamado “comer normal”; arranjada,

em que a comida se reduz a pedaços de menor dimensão; pastosa, em que todos os

pratos da refeição são triturados; e, por fim a líquida, administrada a clientes com SNG.


18

As dietas específicas (para todas as refeições) vinham previamente preparadas da

cozinha. Apenas servi as refeições e prestei auxílio a clientes independente e

semidependentes. Aos totalmente dependentes, bem como os portadores de sondas era

responsabilidade do enfermeiro de serviço.

Os líquidos podem conter ou não espessante, uma solução para as necessidades de

deglutição, este espessante torna os líquidos com uma consistência de néctar, mel ou

pudim consoante a dosagem administrada no copo. Aprendi a preparar um copo de água

(capacidade de 200 mililitros) com espessante, e fi-lo sempre que necessário, para os

clientes com necessidades de deglutição. Os copos de água teriam uma dose (duas

gramas) para ficarem com uma consistência de néctar, duas doses (quatro gramas) para

a de mel e por fim três doses (seis gramas) para a consistência de pudim.

4. ATIVIDADES DE ANIMAÇÃO/ OCUPAÇÃO E ESTIMULAÇÃO

Procurei que as atividades realizadas fossem variadas e planificadas tendo em conta as

características dos destinatários: autónomos, semiautónomos e, na sua maioria,

dependentes.

Dada a multiplicidade de atividades realizadas, irei apresentá-las seguindo uma

estrutura expositiva, tanto quanto possível, estável, onde aparecerão: os recursos usados,

a elaboração do jogo/atividade, a descrição, os objetivos, e as observações que o jogo ou

a atividade motivaram.

A forma de apresentação das atividades foi motivada pelo modelo usado na UCCI, de

acordo com as instruções da Segurança Social para o Registo de Atividades, e

aconselhada pela minha supervisora da instituição.

A minha intenção ao planificar estas atividades não é a de mera ocupação temporal, mas

conseguir que os clientes aumentem a sua qualidade de vida, dada a sua situação de

fragilidade, fisicamente debilitada e a requerem cuidados especiais. E este, no fundo, o

objetivo do envelhecimento ativo.

“Qualquer plano que pretenda incrementar o envelhecimento ativo deverá ser

sempre com a intenção de prevenir ou aliviar a doença e a capacidade associada,

otimizar o funcionamento psicológico e em especial o cognitivo, o ajuste físico e


19

maximizar o compromisso com a vida, o que implica a participação social.”

(Fernandes, H. e Jacob, L., 2011:15)

Por isso funcionamos tão bem enquanto equipa, interagindo e trabalhando todos para

um único bem, os nossos clientes, cada um na sua área. E é aqui que também me sinto

útil e valorizada, por ver como eles têm saudades minhas, é sinal de que faço a

diferença, que as atividades, a atenção e o carinho que lhes dou fazem falta.

As atividades não foram realizadas apenas uma vez, mas repetidas, uma vez que o

formato de UCCI assim o exige – internamentos por períodos diferentes, transferências

constantes, altas, entre outros.

Vários jogos foram elaborados por mim (com base em jogos já existentes), por dois

motivos: a pouca oferta de jogos na instituição e a comparação do preço de compra e a

sua elaboração (que posso sempre adaptar quer em material, tamanho, etc.).

Adianto que os nossos clientes são muito diferentes: quer na educação, na cultura, na

patologia, no grau de dependência, entre outras e as atividades que elaborei procuraram

ter em conta estas características. Ainda que não possua dados exatos sobre as

patologias que levaram ao internamento dos clientes, tanto mais que o seu número era

impossível de determinar, dada a natureza da instituição, posso no entanto, grosso

modo, adiantar que as predominantes são AVC, a que se acrescenta, na UMDR,

múltiplas fraturas AVC, e, na ULDM, transtornos psiquiátricos e demências (Anexo VI

).

As atividades realizadas ao longo do estágio curricular estão agrupadas pelas seguintes

tipologias:

Estimulação Cognitiva;

Expressão Plástica;

Expressão Musical;

Atividades associadas à agricultura e à jardinagem;

Atividade Física;

Outras Atividades.


20

Cada cliente tem um plano individual de atividades diárias, onde estão incluídas

atividades ocupacionais e de estimulação cognitiva já impostas pela UCCI.

Sempre que possível os clientes são levados até à rua e são realizadas atividades ao ar

livre, nem que seja através de uma simples caminhada. Agora nos meses de Verão, e

quando as temperaturas o permitem e com os clientes que conseguem fazemos uma

caminhada ao exterior.

4.1. ATIVIDADES DE ESTIMULAÇÃO COGNITIVA

As atividades de Estimulação Cognitiva têm como objetivo fomentar a retenção de

acontecimentos, atos sensações; exercer atividade mental; desenvolver as capacidades

mentais. Através da animação cognitiva os idosos têm a oportunidade de exercer as suas

capacidades cognitivas. Os exercícios mentais podem aumentar a atividade cerebral e

retardar os efeitos da perda de memória, também aconselhado para doentes com

alzheimer, realizando exercícios a fim de manter a mente ativa.

4.1.1. JOGO DO DOMINÓ

Data: 28/03/2018 Duração: 20 min

18/04/2018

8/06/2018

Recursos Dominó.

Objetivos

Desenvolver a agilidade mental;

Desenvolver a coordenação motora;

Estimular a concentração;

Estimular espírito em equipa.

Descrição

da

Atividade

O jogo do dominó está disponível em todas as salas de atividades da

instituição, para que os clientes possam usar.

O jogo constituído por 28 peças. As peças do dominó têm lados que variam

de 0 a 6. Cada peça é dividida em duas partes, cada uma com um número

que terá de ser “casada” com a metade de outra peça que tenha o mesmo


21

número. Participam quatro jogadores. Depois de baralhadas, cada

participante recolhe 7 peças para jogar. Inicia o jogo o jogador que tem a

peça 6 – 6.

O jogo termina quando um concorrente tiver colocado todas as sete peças

que recolheu, ganhando, desta forma, o jogo.

Por vezes até as famílias jogam com os clientes.

Participantes 4 Participantes (3 semidependentes e 1 independente).

Observações

Apesar de não estarem todos os clientes na sala, pois alguns estavam nos

tratamentos de fisioterapia e terapia da fala, consegui cativar com facilidade

4 clientes e felizmente o jogo correu bem.

Dois clientes tiveram alguma dificuldade em manusear as peças devido

AVC, mas realizaram a atividade proposta.

Galeria

Fotográfica

Fig. 3 - Jogo do Dominó

Fonte: Própria


22

4.1.2. JOGO “O ANEL”

Data: 11/ 06/ 2017 Duração: 30 min

Recursos Moeda ou anel.

Objetivos Desenvolver a agilidade percetiva;

Estimular a concentração e a atenção.

Descrição

da

Atividade

Os clientes são colocados em círculo.

Inicio a atividade mostrando uma moeda ou um anel e informando em que

consistirá o jogo: os clientes juntarão as mãos e eu colocarei as minhas

dentro das deles, acabando por deixar o anel/moeda entre as mãos de um

deles.

A finalidade é conseguirem perceber com quem ficou a moeda ou o anel,

apesar de não ser dada nenhuma pista, cada cliente tem uma oportunidade de

dizer um nome e pode acertar ou não.

Termina a atividade quando se descobrir quem tem a moeda ou o anel.

Participantes 12 Participantes (4 semidependentes e 8 dependentes).

Observações

Os clientes gostaram da atividade, porque os transportava à sua infância,

altura em que também o jogaram.

A atividade foi realizada ao som de músicas que pertenciam ao nosso

património cultural, como, por exemplo, “A saia da Carolina”, “Ao passar a

Ribeirinha”, “A Machadinha”, “Apita o Comboio” “Ó Malhão, Malhão”.

Esta atividade músicas e o jogo fê-los relembrar encontros do passado,

expressando o seu estado de espírito com expressões como: “Que

tempos!!!”, “Assim se passavam os poucos momentos de descanso!”…

Galeria

Fotográfica

Fig. 4 – Passagem do Anel

Fonte: Própria


23

4.1.3. JOGO DO GALO


Recursos

Para construção

Tela;

Tampas de garrafas;

Marcador;

Vinil autocolante

transparente;

Brilhantes de cor diferente;

Para jogar

Jogo do Galo.

Construção

do Jogo

O jogo do galo (Fig. 5) pode ser feito de várias formas, mas, para que

pudesse trabalhar com o maior número de clientes, tendo em conta as suas

limitações, decidi construir o tabuleiro e as peças do jogo.

E como o fiz? Uma vez que denoto que a motricidade fina está reduzida, e a

acuidade visual também comprometida (isto na maioria dos clientes, quer

devido à idade, quer a patologia – maioritariamente AVC) elaborei o jogo

numa tela e os marcadores eram 6 tampas de garrafas, que colori três a três

com cor diferente.

Fig. 5 - Jogo do Galo

Fonte: Própria

Objetivos Estimular o treino da agilidade mental e a concentração;

Estimular da motricidade fina.

Descrição

da

Os clientes são sentados à volta da mesa. Neste jogo, os clientes vão

colocando, à vez, peça a peça no tabuleiro. Vence o jogo o que conseguir


24

Atividade alinhar as peças, na vertical, na horizontal ou na diagonal.

Participantes 8 Participantes (6 semidependente, 1 totalmente dependente e 1

independente).

Observações

Os clientes que participaram na atividade gostaram de se desafiar uns aos

outros. O jogo foi repetido várias vezes, no mesmo dia e foi melhorando o

interesse e o desempenho.

A maioria dos clientes não entendeu o objetivo principal que era formar

linha. Posso adiantar que o grau de concentração dos clientes que

participaram nesta atividade não era muito. Alguns segundo a minha

orientadora tinham deficit cognitivo, depressão, alcoolismo e a própria

escolaridade e nível de vida que levaram até esta fase é deficitário, ou seja,

penso que os clientes com menor grau de concentração e algum deficit

cognitivo colocavam as peças no tabuleiro, inicialmente, sem noção do que

faziam.

Galeria

Fotográfica

Fig. 6 – Jogo do galo

Fonte: Própria

Fig. 7 – Jogo do galo

Fonte: Própria


25

4.1.4. JOGO DOS PARES


18/04/2018

27/04/2018

Recursos

Para construção

Vinil autocolante

transparente;

Tesoura;

Folhas com as imagens

impressas. (cada imagem

com as seguintes dimensões

8 cm x 4 cm).

Para jogar

Jogo dos Pares;

Bloco de folhas e caneta.

Construção do

Jogo

Este jogo foi recriado por mim enquanto atividade para o estágio. Com

auxílio do Google Chrome, fiz uma pesquisa de 12 imagens, que imprimi aos

pares (Fig. 8).

Fig. 8 - Jogo dos Pares

Fonte: Própria

As imagens foram coloridas pelos clientes com lápis de cor. Posteriormente,

plastificadas e reforçadas com cartão por mim.


26

Quis que os clientes participassem na elaboração do jogo, pois seria um 2 em

1: estariam a pintar as próprias peças do jogo que iríamos usar algumas

vezes ao longo do estágio.

As vantagens da criação deste jogo foram a simplicidade das imagens, um

tamanho 8 cm x 4 cm (tamanho que me pareceu adequado e de fácil uso e

manuseamento).

Objetivos Estimular o treino da memória;

Estimular a capacidade de memorização.

Descrição

da

Atividade

Os clientes são colocados sentados à volta da mesa.

Numa folha, são colocados os nomes dos clientes, para atribuir a pontuação

(um ponto por cada par encontrado).

Começo por mostrar as peças do jogo a todos os clientes. Posteriormente,

viradas para baixo, são baralhadas.

Existem 12 pares e o objetivo é encontrar estes pares.

O jogador que inicia (escolhido de forma aleatória) vira uma peça e numa

jogada tenta encontrar o seu par.

Caso o consiga, ganha um ponto e joga novamente. Caso não consiga,

competirá ao jogador seguinte proceder da mesma forma, e assim

sucessivamente.

Ganha quem conseguir descobrir o maior número de pares.

Participantes 13 Participantes (6 dependentes, 6 semidependentes e 1

independente).

Observações

Inicialmente, tentei fazer esta atividades com os clientes que se encontravam

na sala de atividades e com as peças todas. Reiniciei o jogo apenas com 8

peças, e à medida que íamos terminando cada jogo, inseria mais pares,

aumentando assim o grau de dificuldade.

Os clientes que revelavam mais dificuldades tinham duas oportunidades de

jogar (esta decisão foi tomada e aceite por todo o grupo, percebendo as

limitações de alguns membros).

Os clientes gostaram do jogo e à medida que se iam encontrando os pares,

tornavam-se mais animados e motivados. Por vezes, quando um colega não

acertava no par, tendo sido este visível na jogada anterior, falavam,

“discutiam”, alertavam e proferiam frases do género: “Então não viste que

ainda saiu há pouco? Não estás com atenção nenhuma!”, “Mas tu não

viste?”, “Ele não sabe jogar!”


27

Neste jogo, é possível observar com facilidade quem são os clientes com

alterações cognitivas e dificuldades de concentração: apesar de em jogadas

sucessivas surgir a mesma imagem, não conseguiam constituir o par.

Felizmente o entusiasmo entre o grupo levou a que nenhum desistisse!

Galeria

Fotográfica

Fig. 9 - Jogo de pares

Fonte: Própria

Fig. 10 - Jogo dos pares

Fonte: Própria


28

4.1.5. JOGO DA MÍMICA


Recursos

Para construção

Imagens;

Tesoura;

Papel de plastificar.

Para jogar

Cartões plastificados com

imagens de animais.

Construção

do Jogo

Numa pesquisa na Internet, descobri um jogo de mímica (exemplo de um

cartão ilustrativo abaixo mencionado), que decidi guardar e adaptar – não o

usando, no entanto, na íntegra. Em contexto de atividade de estágio, elaborei

o jogo com auxílio dos clientes.

Cada cartão tinha a imagem de um animal acompanhado de uma ilustração

“mímica” que pode funcionar como uma pista para a identificação do animal

em causa.

Fig. 11 - Cartão do jogo de mímica

Fonte:http://educandocomarte10.blogspot.pt/2011/11/jogo-

da-memoria-libras.html

Imprimi e plastifiquei 11 cartões – com os animais, a meu ver, mais

facilmente identificáveis: canguru, macaco, peixe, bode, galinha, jacaré,

borboleta, elefante, sapo, girafa e porco.

Objetivos

Desenvolver a agilidade mental, para associar o gesto a realizar

como indicado no cartão;

Desenvolver a coordenação motora.

Descrição

da

Atividade

Os clientes sentam-se à volta de uma mesa.

Começo por explicar o jogo e mostrar os animais que existiam nos cartões.

Depois, os cartões são colocados virados para baixo no centro da mesa.

Um cliente tira um cartão, vê a imagem e reproduz gestos que caraterizem

esse animal. Pode ou não guiar-se pelo gesto guia que existe no cartão que

só ele está a ver.

http://educandocomarte10.blogspot.pt/2011/11/jogo-da-memoria-libras.htmlhttp://educandocomarte10.blogspot.pt/2011/11/jogo-da-memoria-libras.html


29

Os outros clientes, a partir dos gestos realizados, procuram identificar

animal em causa.

Participantes 4 Participantes semidependentes.

Observações

Os clientes que participaram no jogo apresentaram algumas dificuldades na

execução dos gestos e os restantes na descodificação do mesmo, quero com

isto dizer que um cliente realizava o gesto e os restantes três tentavam

adivinhar mas ambos apresentavam dificuldades.

Muitas vezes proferiam o nome dos animais em vez de produzir gestos que

permitissem a sua identificação. O que levou à minha intervenção. Para não

perder a atividade: não permitia que se pronunciasse o nome do animal;

levava a que de imediato se realizassem os gestos aconselhados pelo cartão;

relembrava os animais existentes nos cartões a fim de facilitar a associação

entre a mímica e o animal em causa.

No geral, tenho de confessar, esta atividade não correu pelo melhor, pois os

clientes não conseguiram atingir os objetivos definidos, nem mesmo com a

minha intervenção, através da realização das mímicas para a identificação

dos animais.

Galeria

Fotográfica

Fig. 12 - Cliente a gesticular

Fonte: Própria


30

4.1.6. JOGO DA “FOTOCÓPIA”


Recursos

Imagens (ave, cacho de uvas, carro, flor);

Computador;

Folhas de papel;

Lápis.

Objetivos Desenvolver a memória visual;

Estimular a motricidade fina e a coordenação.

Descrição

da

Atividade

Coloco os clientes à volta de uma mesa.

No computador, tenho uma imagem de uma ave, mostro-a durante alguns

momentos e retiro a imagem do ecrã. Peço aos clientes para reproduzirem,

na folha de papel distribuída previamente a cada um, a imagem acabada de

observar. O mesmo foi solicitado, após a apresentação das imagens de um

cacho de uvas, de um carro e de uma flor.

Fig. 13 - Imagens mostradas na atividade

Fonte: Própria

Participantes 4 Participantes semidependentes.

Observações

Os clientes consideraram que tiveram algumas dificuldades em memorizar a

imagem apresentada apesar de as mesmas apresentarem traços simples.

As cores da ave, do cacho de uvas, do carro e da flor conseguiram retê-las

na memória, e no final de as desenharem conseguiram dizer-me as cores dos

mesmos.


31

Galeria

Fotográfica

Fig. 14 - Cliente a desenhar o carro que visualizou

momentos antes

Fonte: Própria

Fig. 15 - Resultados obtidos

Fonte: Própria


32

4.1.7. JOGO DO LABIRINTO


Recursos

Para construção

Esferovite;

Tinta acrílica;

Pincel;

Esponja;

Cola quente;

X-ato.

Para jogar

Berlindes;

Labirinto em 3D;

Folhas com labirintos;

Lápis.

Construção

do Jogo

Este jogo foi elaborado por mim.

Com auxílio do Google Chrome, fiz uma pesquisa de três imagens

diferentes, como podemos observar na Fig. 16), de labirintos2 e imprimi-as.

Fig. 16 - Os três tipos de labirintos impressos

Fonte: Própria

A partir destas imagens, construi um labirinto em 3D (Fig. 17), para que o

seu manuseamento fosse mais fácil para o cliente, e que este realizasse uma

atividade com materiais diferentes. Com tinta acrílica laranja pintei uma

caixa de esferovite, colei pedaços de esponja com cola quente, de forma a

fazer um labirinto. Para percorrer e sair do labirinto recorri a um berlinde.

Objetivos Desenvolver a perceção espacial;

2 Fontes: https://www.omeubebe.com/criancas/atividades-jogos/desenhos-labirintos

https://br.pinterest.com/pin/128915608064629554/

http://blog.cropart.com.br/2017/06/download-labirintos-para-imprimir/

https://www.omeubebe.com/criancas/atividades-jogos/desenhos-labirintoshttps://br.pinterest.com/pin/128915608064629554/http://blog.cropart.com.br/2017/06/download-labirintos-para-imprimir/


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Estimular a motricidade fina e a coordenação.

Descrição

da

Atividade

Coloco os clientes à volta de uma mesa e explico a atividade.

Os clientes têm que descobrir o caminho mais rápido para ir até ao fim do

labirinto caso estejam a realizar o jogo na folha de papel com o lápis. Estes

labirintos em folha, apresentavam três graus de dificuldade.

Na caixa de esferovite o percurso é feito com o berlinde.

Ganha o cliente que descobrir o caminho em menor período de tempo. Os

labirintos em papel foram impressos para que todos os clientes estivessem a

realizar a atividade, quer em 2D quer depois no labirinto em 3D. De

salientar que dos vários labirintos que fazem em folha, apenas um está

retratado na maquete, uma vez que é fixo.

Participantes 7 Participantes (1 totalmente dependente, 1 independente, 5

semidependentes).

Observações

Os clientes executaram o jogo com gosto, demonstrando algum entusiamo

enquanto decifravam o caminho no labirinto, porque nos labirintos de menor

grau de dificuldade o tempo que demoravam a decifrá-lo era menor, o que

provoca neles gargalhadas, por outro lado dava-lhes gozo os de maior

dificuldade porque de certa forma eram colocados à prova.

Galeria

Fotográfica

Fig. 17 - Labirinto 3D

Fonte: Própria


34

Fig. 18 - Labirintos em 2D

Fonte: Própria


35

4.1.8. JOGO DO BURRO

Data: 4/ 05/ 2018 Duração: 120 min

6/07/2018

Descrição

da

Atividade

O Burro é um jogo de cartas.

Os clientes são colocados à volta de uma mesa e têm por objetivo ficar sem

nenhuma carta na mão.

Cada cliente recebe cinco cartas, o cliente à esquerda do distribuidor joga

uma carta de um naipe e os outros têm que jogar uma carta correspondente

ao naipe jogado. Caso não tenham a carta desse naipe têm que ir ao baralho

(enquanto existir).

O cliente que inicia a próxima jogada é o que colocou a carta mais alta na

jogada anterior.

O último cliente que permanecer com alguma (s) carta (s) perde e é o

“burro”.

Objetivos

Desenvolver a agilidade mental e precetiva;

Incentivar a ludicidade;

Desenvolver e estimular a competitividade e o espírito de equipa.

Recursos Baralho de cartas.

Participantes 7 Participantes (4 independentes e 3 semidependente).

Observações

Os clientes gostaram do jogo porque os fez lembrar quando o jogavam na

sua infância. Referiram que era uma atividade que faziam com frequência

entre amigos e por vezes até com os pais, todos estes fatores levam a que

recordem o passado, as memórias dos amigos de infância, dos espaços e das

relações.

Soltaram-se grandes risos sempre que os clientes que participaram na

atividade chegavam ao fim do jogo como “Burro”.

A disputa entre os clientes foi imensa, pois nenhum queria ficar com o

maior número de cartas na mão.

Os clientes que participaram nesta atividade conseguiram jogar com um

baralho normal, pois a sua capacidade psíquico-cognitiva assim o permitia.

Galeria

Fotográfica


36

Fig. 19 - "Burro"

Fonte: Própria

Fig. 20 - "Burro"

Fonte: Própria


37

4.1.9. JOGO “O BINGO DAS HORAS”

Data: 8 / 05/ 2018 Duração: 45 min

10/ 05/ 2018

Recursos

Para construção

Cápsulas de café;

Cola;

Relógios impressos;

Cartões com relógios

plastificados.

Para jogar

Bingo das Horas.

Construção

do Jogo

Com auxílio do Google Chrome, fiz uma pesquisa de um relógio sem

ponteiros3 e que posteriormente foram impressos várias vezes em tamanhos

consideráveis.

Este jogo tem três etapas de construção:

6 Cartões com 6 relógios, (Fig. 21);

36 Peças de cor vermelha que repetem horas, já existentes nos

cart�

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folitécnico daiGuarda - IPGbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/4495/1/Gabriela...do Dia Mundial da Pastelaria, dos Santos Populares, bem como em atividades religiosas e diferentes