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FORÇA PARA INVESTIR€¦ · sua trajetória no mercado automotivo e desafi os pessoais. Para esta edição preparamos dois especiais: Marketing e Com-petitividade. Você vai saber

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Ano 14 - nº 83 I 2019

Ano 14 - nº 83 I 2019

FORÇA PARA

INVESTIRCAOA CRESCE E SEGUE

COMO UM DOS MAIORES ANUNCIANTES DO PAÍS

MARKETINGDEZ ANOS DE FÓRUM,

DIVERSIDADE EM ALTA E O SUCESSO DOS PODCASTS

COMPETITIVIDADEPOSIÇÃO DO BRASIL X MUNDO

E O IMPACTO DAS REFORMAS NA ECONOMIA

ESPECIAIS

Carlos Alberto de Oliveira Andrade, fundador do Grupo CAOA

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Antes de falarmos sobre saúde,queremos falar sobre você.A EMS cuida da saúde dos brasileiros há mais de50 anos. Com grandes investimentos em Pesquisae Desenvolvimento, vem trazendo inovação,qualidade e acessibilidade em medicamentos para toda a população. Abra as portas da sua casa para a maior indústria farmacêutica no Brasil.

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edição de agostoSUMÁRIO14 Carta ao leitorTempo de reconexão

humana

16 EntrevistaPaula Paschoal, CEO do

PayPal no Brasil, fala sobre

diversidade, inclusão

e liderança

26 Negócios Sexagenário, Grupo Comolatti

mostra diversifi cação

e revela planos

32 AcordosNovas oportunidades

se abrem entre Mercosul

e União Europeia

36 EstratégiaApós dez anos, Michael Klein

retorna à Via Varejo, dona das

Casas Bahia e Ponto frio

46 CarrosRange Rover SVAutobiography

Long Wheelbase, o mais luxuoso

carro produzido na história da

marca britânica

ESPECIAL MARKETING54 Tendências Relações humanas ganham espaço

no coração do consumidor e marcas

estão atentas

58 Semana do BrasilNo feriado da Independência, nova

data do comércio pretende reanimar

o setor

62 Artigo“A vulnerabilidade como

vantagem competitiva”, por

Marcos Quintela, CEO do VMLY&R

Group no Brasil

70 DiversidadeEmpresas que respeitam e promovem

a multiplicidade são mais inovadoras

e propensas a obter lucros

78 Fórum de Marketing EmpresarialEvento completa dez anos

de história e debate

fator humano

82 Jogo RápidoLeandro Esposito, líder do

Waze no Brasil, fala sobre como

aprender com insucessos e o

valor das diferenças

86 TransparênciaO politicamente correto na

cadeia de suprimentos se torna

cada vez mais importante para

marcas e consumidores

42 Hotel Resort Keemala na Tailândia

oferece uma experiência

única de luxo em contato

direto com a natureza

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90 ImpactoComo as reformas afetarão

a economia brasileira

98 Artigo“Caminhos para uma nova rota

de crescimento e aquecimento da

economia”, por João Carlos Brega,

presidente da Whirlpool

100 Fórum Nacional de CompetitividadeEncontro reúne líderes empresariais,

economistas e autoridades para

discutir a reforma tributária

102 AnáliseO panorama geral de

competitividade no país

108 AconteceuEventos do LIDE debatem

reformas, retomada do

crescimento e muito mais

20 CapaCarlos Alberto de Oliveira

Andrade, fundador do

Grupo CAOA, dá uma lição

de empreendedorismo e

resiliência nos negócios

64 A Era da VozO boom dos podcasts: um novo jeito

das marcas se conectarem aos clientes

116 FiliadosHP Brasil, XP Investimento

e Banco Safra chegam

ao LIDE

120 EstiloAparelhos elétricos como

patinetes para explorar a

imensidão das cidades

ESPECIAL COMPETITIVIDADE

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carta ao leitor

Desde a sua criação, o Fórum de Marketing Empresarial tem atraído grandes nomes e marcas para debater con-

teúdos atuais relacionados ao setor. E, neste ano, o evento tem um gos-tinho ainda mais especial: comemo-ra dez anos. Essa é uma das razões pelas quais trazemos um dos maio-res anunciantes do país em nossa capa: Carlos Alberto de Oliveira Andrade, fundador da Caoa, conta sua trajetória no mercado automotivo e desafi os pessoais.

Para esta edição preparamos dois especiais: Marketing e Com-petitividade. Você vai saber como o fator humano está ganhando es-paço em campanhas publicitárias. Interagir com o público e integrá-lo nas discussões da marca tem sido fundamental no relacionamento entre consumidores e empresas.

Também trazemos uma repor-tagem sobre podcasts, que estão conquistando marcas e ouvintes. É o consumidor cada vez mais ante-nado, atento a um comércio justo e sustentável, como mostramos na matéria sobre transparência na ca-deia de suprimentos. A Tiffany & Co, por exemplo, anunciou recen-temente que começará a divulgar a proveniência de seus diamantes. Já a Prada não utilizará mais peles de animais em seus produtos. Outro grande anunciante está presente em nossas páginas, Michael Klein e sua Via Varejo. Especialistas analisam

TEMPO DE RECONEXÃO

o cenário que o empresário encon-trará após dez anos longe das redes Casas Bahia e Ponto Frio.

No especial sobre Competi-tividade, tema do nosso evento que aconteceu em 16 de agosto, o 3º Fórum Nacional de Competiti-vidade LIDE, apresentamos uma análise do assunto no Brasil e fala-mos sobre o impacto das reformas nesse processo. Analistas também explicam como fi cará a arrecada-ção e distribuição de impostos en-tre os estados se a reforma tributá-ria for aprovada.

Surpreenda-se, ainda, com a nova Range Rover SVAutobriography Long Wheelbase, os mais moder-nos patinetes e bicicletas elétricos e um hotel incrível na Tailândia, na paradisíaca ilha de Phuket.

Ótima leitura!

ANA LÚCIA VENTORIM DIRETORA EDITORIAL

PUBLISHER Celia Pompeia

DIRETORA EDITORIALAna Lúcia Ventorim

CONSELHO EDITORIALAna Lúcia Ventorim

Celia PompeiaJoão Doria Neto

EDITORA Isabel Lopes

COORDENADORES DE CONTEÚDOAlan Cruz

Cintia Esteves

_____________________

EDIÇÃO, REDAÇÃO E ARTEPROS People Relations Agency

www.pros.com.vc - Tel.: (11) 3585-0100

_____________________

DIRETORA GERAL DE PUBLICIDADEBeatriz Cruz

[email protected]

GERENTE EXECUTIVA DE PUBLICIDADELarissa Dalete

[email protected]

PUBLICIDADE

Debora Leopoldo [email protected]

Patricia [email protected]

OPERAÇÕES COMERCIAISKatia Moreno

[email protected]

VICE-PRESIDENTE EXECUTIVACelia Pompeia

[email protected]

UMA PUBLICAÇÃO

Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.277, 11º andar, Jardim Europa São Paulo, SP - CEP 01452-000

Tel./fax: (11) 3039-6011 [email protected]

Para obter informações sobre como anunciar nesta revista, ligue para (11) 3039-6031

ou envie e-mail para [email protected]

CTP, IMPRESSÃO E ACABAMENTO Editora Referência

CAPACarlos Alberto de Oliveira Andrade

Foto: Divulgação

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Paula Paschoal é CEO do PayPal Brasil. Ela fez parte da chegada da empresa no país, tendo mais de nove anos de casa e sendo uma das responsáveis pelo cres-

cimento da companhia em terras brasileiras.Antes de chegar ao cargo de liderança, a

executiva se formou em Administração pela FAAP. Passou pelo programa de trainees da Amcham (Câmara Americana de Comércio), fez parte do time de marketing da AMD, em-presa de tecnologia, e liderou o e-commerce da Fnac. Natural de Araraquara e torcedora do São Paulo, além da experiência no setor comercial, Paula é reconhecida pela dedicação em projetos e causas que buscam a igualdade de gênero e a maior diversidade.

O PayPal inclusive é um grande case de su-cesso de lideranças femininas, tendo 54% dos cargos de gerência ocupados por mulheres, com salários iguais aos dos homens. “A diversidade é um fato e a inclusão é uma escolha”, afirma. Neste bate-papo, conheça mais a CEO, que fala sobre a empresa que lidera, trajetória, diversi-dade e inclusão.

EMPATIA E INCLUSÃO

entrevista

CEO DO PAYPAL NO BRASIL, PAULA PASCHOAL RESSALTA IMPORTÂNCIA DA DIVERSIDADE PARA

CONQUISTAR MELHORES RESULTADOS

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entrevista

REVISTA LIDE: Como você trabalha inclusão social e diversidade?PAULA PASCHOAL: Trabalhamos essa questão com altíssima prioridade e paixão. A diversidade é um fato e a inclusão, uma escolha. E escolhe-mos que vamos ter cada vez mais times diversos. Quando falo em diversidade, o automático é que eu trabalhe pela diversidade de gênero, devido à baixa participação de mulheres em cargos de liderança. Hoje no Brasil, temos mais ou menos 11%, 12% das empresas lideradas por mulheres. E não é um problema do país. Quando olhamos para os Estados Unidos, eles têm mais CEOs com o nome John do que todas as mulheres CEOs juntas. Mas a igualdade de gênero é um dos fatores. Foi por meio dela que eu comecei a me engajar e entender o papel da diversidade. Porém, além da diversidade de gênero, trabalha-mos também com raça, pessoas com deficiência, refugiados e LGBTIQ+. O problema sempre foi como fazer isso de uma forma automática, em que todos os dias olhamos para essa questão. Temos metas muito claras e isso é um assunto que trabalhamos de forma intensa. Não só por-que dá mais dinheiro.

Por que dá mais dinheiro?Vamos supor que hoje eu esteja desenvol-

vendo produtos pensando no futuro, criando um aplicativo que facilite a vida das pessoas na hora do pagamento. Se eu tiver disponível um grupo de dez pessoas, todos engenheiros, brancos, de 36 anos, os melhores alunos da classe, vai ser ótimo. Porém, a tendência é que eles tenham uma cabeça parecida. Eu preciso ter nesse grupo uma mulher, um negro, uma pessoa com deficiência. A hora que eu começo a mesclar essas diferentes pessoas, as ideias se-rão mais diversificadas e vou conseguir chegar muito mais rápido em um produto completo. É um fato que a diversidade traz mais dinheiro e agrega soluções inovadoras.

Como foi sua trajetória e carreira dentro do PayPal? 

Sou de Araraquara e mudei para São Paulo para fazer faculdade. Passei no programa de trainees da Amcham, que me trouxe um conhe-cimento da área comercial e uma paixão por esse mundo. Da Amcham fui trabalhar com tecnologia na AMD. Depois entrei na Fnac. Fui para o e-commerce da varejista, onde me apaixonei por esse mundo. Em 2010, comecei no PayPal, junto com a vinda da empresa para o Brasil. Estou desde o início, quando eram apenas duas pessoas. Foi um time muito forte desde o começo. E hoje, 54% das lideranças do PayPal são mulheres.

Quais diferenças você vê entre mulheres e homens no dia a dia?

As mulheres têm soft skills muito bem de-senvolvidas. Então, na maioria dos casos elas lidam com pessoas, com sentimentos, de uma maneira mais completa que o homem. O homem tem uma cabeça focada em execução, número. Claro que isso varia de caso a caso, é difícil gene-ralizar, mas no PayPal temos um case de sucesso com mulheres, que forma a grande maioria. As mulheres vêm desde sempre sendo multitarefas.

Como você é no dia a dia? Estou sempre tentando encaixar horários e

tarefas. Hoje só consigo ter a vida e a carreira que eu tenho porque possuo um time de apoio em casa muito forte. Tenho um marido que me apoia muito e duas filhas. Assumi o PayPal no mês que voltei da minha segunda licença-ma-ternidade. Gosto de falar isso porque para mim, com o amadurecimento, algo tem ficado cada vez mais claro. Hoje, só estou nesta posição, porque passei pelo processo de ser mãe, que me tornou uma gestora de pessoas, uma líder muito mais completa. Acho que comecei a entender o lado dos outros, a ter empatia com o problema

“A diversidade é um fato e a inclusão, uma escolha”

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entrevista

do outro, entender que cada um tem um tempo diferen-te. Minhas filhas dormiam a hora que queriam, nasceram a hora que quiseram. Eu es-tava acostumada a contro-lar tudo. Quando voltei da minha primeira licença já foi muito bom, percebi um apoio da empresa e me senti mais completa.

O que gosta de fazer no seu tempo livre? Gosto de esportes e jogo tênis. Sempre gostei

muito de futebol. Meu time não estava indo muito bem, mas agora estou otimista. Sou torcedora do São Paulo e com Daniel Alves e Pato vamos ver o que acontece. Gosto tam-bém de comer. Costumo falar que eu trabalho para comer. Viajo bastante a trabalho e saio sempre pensando no que eu vou comer em cada lugar.

Como funciona o PayPal e como vocês ganham dinheiro?

O PayPal surgiu em 1999 para que a gente pudesse pagar pessoas que não conhecemos de uma maneira simples. Começou como uma operação dentro do eBay, tentando simplificar os meios de pagamento online. Então, PayPal é uma carteira digital. Eu crio uma conta, que não tem custo, e posso comprar em qualquer site do mundo de um jeito simples. Não é ne-cessário todos os dígitos do cartão, código de segurança e data de nascimento: apenas com login e senha é possível pagar e ainda acumular todos os benefícios de um cartão. E o melhor, se eu tiver qualquer problema com essa com-pra, o PayPal traz um programa de proteção ao comprador e ao vendedor. O custo é sempre de quem vende. Hoje no Brasil temos 300 mil vendedores. Mas não é um custo adicional. Na verdade, agregamos vários serviços. O ven-dedor paga o PayPal em vez de um cartão de crédito, um processador, uma análise de risco e concentra todos esses serviços.

Vocês são rivais dos cartões ou são companheiros?

Hoje somos os “frie-nemys”. Somos amigos, mas em algumas situações somos concorrentes. Dentro da car-teira PayPal, colocamos uma forma de pagamento e a ali-mentamos com cartão de cré-

dito, com boleto ou saldo. Então, posso usar Visa, Master, Elo. Eles fazem parte desse processo. Além dos cartões de crédito, usamos também o adquirente, que é quem processa a transação. Temos parceria não só com a bandeira, mas tam-bém com o banco, com a Rede, Cielo, GetNet. É uma cadeia de parceiros bastante grande que em algum momento também são concorrentes.

Como você justifica o tamanho e crescimento do PayPal?

Acho que tem três principais pontos que nos fortalecem no mercado global. O primeiro é a importância que a gente dá e sempre deu desde o início para gestão de fraude. Investimos muito para que o risco seja o mais assertivo possível, tanto para quem vende quanto para quem compra. Outro ponto é a nossa presença global. Facilita muito o americano que está no Brasil e precisa comprar uma passagem aérea. Talvez ele não conheça a companhia aérea, mas ele conhece o PayPal e a mesma conta que ele usa nos Estados Unidos, ele usa na Austrália, no Japão, no Brasil. Então, essa abrangência global é um fator muito positivo. E o terceiro ponto é a maneira como cuidamos do atendimento ao cliente. Tenho hoje no Brasil funcionários que fazem atendimento a qualquer horário que o cliente ligar. Temos atendimento por chat, e-mail, telefone. Inclusive, por WhatsApp em alguns países e no Brasil estamos em fase de pi-loto. Esses três fatores são os que nos destacam. Fora que, por trás disso, a empresa tem uma cultura muito forte. Uma cultura de colaboração entre os times, inovação, bem-estar e inclusão dos mais diferentes tipos.

“É um fato que a diversidade traz mais dinheiro e agrega soluções

inovadoras”

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EMPREENDEDORISMO NA VEIAmatéria de capa

FOTO

S DI

VULG

AÇÃO

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CHAIRMAN CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA ANDRADE COMEMORA

OS 40 ANOS DO GRUPO CAOA COM

BONS RESULTADOS E PLANOS CONCRETOS

DE EXPANSÃO

EMPREENDEDORISMO NA VEIA

Personalidade emblemática do setor automotivo brasileiro, o chairman do Grupo CAOA, Carlos Alberto de Oliveira

Andrade, não para de inovar e, prin-cipalmente, de investir no país. No ano em que completa quatro déca-das de atuação no mercado nacional, uma de suas grandes apostas é a mar-ca de origem chinesa CAOA Chery. “Nossa expectativa é a melhor possí-vel. No acumulado de janeiro a julho deste ano, o desempenho ultrapassou 245% de crescimento sobre as ven-das do ano de 2018. Assim como já esperávamos, modelos como nossa família de SUVs Tiggo, ou mesmo o sedan Arrizo 5, já caíram no gosto do consumidor brasileiro e crescem mês a mês em participação, dentro de seus segmentos”, conta.

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matéria de capa

O executivo, aliás, se mostra bas-tante otimista, porém, realista em relação ao futuro da indústria au-tomobilística no Brasil. “A CAOA vai continuar crescendo, criando empregos, gerando riqueza e desen-volvimento para o país. Mas não há como negar que o governo precisa recuperar o tempo perdido, arrumar a casa e proporcionar à iniciativa privada condições de investimento sustentado, rumo ao nosso destino de país com o maior potencial de crescimento do mundo”, diz.

As reformas, obviamente, devem influenciar o futuro do segmento, de acordo com o empresário. “Sin-to que isso está acontecendo com as reformas já aprovadas e outras sen-do discutidas em elevado nível de responsabilidade. Tenho feito o que posso para colaborar com aqueles que têm as melhores intenções nesse propósito”, explica.

“A CAOA vai continuar

crescendo, criando empregos, gerando

riqueza e desenvolvimento para o país. Mas

não há como negar que o governo

precisa recuperar o tempo perdido”

A trajetória de Andrade mostra que a garra que coloca em suas ações não é algo novo. Sua história com o universo automotivo começou em 1979. Ele, um jovem médico conhe-cido no Nordeste brasileiro, entra em uma loja de carros, em Campina Grande (PB), para comprar um po-tente Ford Landau – um dos veículos mais cobiçados na época. Efetua a compra, sai satisfeito com sua con-quista, mas o destino lhe prega uma peça e a concessionária informa que não entregará o carro, pois faliu. Para quem enxerga o copo “meio vazio”, o cenário é trágico. Não para Andra-de, que viu ali uma oportunidade, quando foi informado que o Landau só seria dele se a concessionária fosse comprada por alguém.

Foi o que ele fez. Comprou a loja e saiu de lá com seu Ford novinho e também com alguns outros carros. A concessionária, que tinha um prová-

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vel problema de má administração -, passou de oito para 30 carros vendi-dos por mês. Em pouco tempo, esse número mais que triplicou. O que ele ainda não sabia é que esse era só o começo de uma das maiores cadeias de concessionárias do Brasil e da América Latina. “Nunca fui de per-der um bom negócio e foi assim que adquiri, por um desses caprichos do destino, a primeira revenda CAOA. Pouco mais de seis anos depois, essa marca se tornaria a maior revende-dora da Ford no Brasil, tanto em nú-mero de concessionárias quanto em volume de vendas”, conta ele.

De lá pra cá são 40 anos de his-tória e expansão – grande parte dela graças ao espírito empreendedor que Andrade conserva desde muito antes de ter se tornado um bem-sucedido cirurgião gástrico. “A transição se deu de forma natural e tranquila, até mesmo porque, antes de me formar,

desde minha adolescência, sempre tive forte inclinação para o empre-endedorismo”, completa.

A mais recente façanha diz res-peito à aquisição de uma fábrica de caminhões Ford em São Bernardo do Campo (SP), fato que a própria CAOA ainda não comenta oficial-mente devido ao sigilo da operação. A compra, considerada arriscada pelo mercado, seria para a produção dos caminhões com a licença da mar-ca norte-americana depois que ela decidiu fechar a planta, em fevereiro deste ano, após registrar prejuízos.

Por mais uma bela jogada do des-tino, a história inicial se repete. Isso não parece assustar o empresário, que é conhecido por sua gentileza e educação no trato com equipe e con-correntes, mas também tem a fama de ser agressivo nos negócios. “No sentido de ser competitivo, aguerrido e lutador é verdade. E me agrada, sim. Aliás esses são, a meu ver, traços de personalidade essenciais para um comandante de empresas da magni-tude da CAOA”.

CAOA EM NÚMEROS

Presente nas cinco regiões do Brasil

209 concessionárias

Representa as marcas Ford, Hyundai, Subaru,

Chery e seminovos

CAOA Montadora na cidade de Anápolis (GO), que produz veículos da marca Hyundai, como os SUVS,

Tucson, ix35, New Tucson, além dos veículos comerciais HR e HD

Rede de 130 oficinas da CAOA Pós-Venda e a CAOA Consórcios

Mais de 1 milhão de veículos vendidos nesses 40 anos

de trajetória

Centro de Pesquisa e Eficiência Energética em Anápolis (GO)

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matéria de capa

Foco no clienteAtualmente, além da Ford, a

CAOA tem contratos com Hyundai, Chery e Subaru. Ao todo, possui 209 concessionárias – incluindo semino-vos. A primeira marca de automóveis a entrar na rede foi a Ford. Com a abertura da importação de veículos no Brasil, ainda nos anos 1990, a CAOA tornou-se representante da fabricante Renault (hoje fora do portfólio), Subaru e Hyundai. Com essa última, especialmente, fez o seu nome e, de fato, ganhou visibilidade. A ponto de, em 2007, ser inaugurada a primeira fábrica da coreana no Bra-sil, chamada de CAOA Montadora de Veículos – Hyundai, em Anápo-lis (GO). Andrade se orgulha demais dessa conquista. Também, pudera: o investimento, na casa de R$ 1,2 bilhão, foi feito apenas com recursos próprios. “Dez anos atrás a CAOA já tinha transformado a Hyundai na marca mais desejada do mercado automotivo brasileiro. Já éramos o maior anunciante, com campanhas de propaganda memoráveis, onde exaltávamos a qualidade e tecnolo-gia avançada de nossos produtos. Em 2010, a fábrica de Anápolis passaria a produzir o glorioso Tucson, com capital 100% nacional”, salienta.

O empresário também faz questão de destacar os prêmios que a CAOA recebeu ao longo de sua história, principalmente relacionados à satis-fação do cliente. “Fomos os pioneiros em processos de venda e pós-venda que se tornariam padrão no merca-do brasileiro, culminando com três troféus J.D. Power, na avaliação de nossa performance recente”. A con-sultoria é a maior referência nacional em estudos e rankings relacionados a serviços automotivos. Em abril

deste ano, foi divulgada a sétima edição da pesquisa J.D. Power SSI (Sales Satisfaction Index) e os clientes assistidos pela Hyundai CAOA em 2018 foram os que saíram mais satis-feitos, entre todas as marcas, com o processo de venda. O estudo mede o grau de satisfação dos consumidores que compram veículos considerando cinco fatores: negociação, vendedor, test drive, entrega e instalações da concessionária. Foi nesta edição do estudo, a mais nova, que aparece no ranking também, pela primeira vez, a CAOA Chery.

Parabéns, rapaz!Apesar de contar com outros

dois executivos no comando da rede, Mauro Correia, atual presidente do grupo CAOA, e Marcio Alfonso, CEO da CAOA Chery, Andrade con-ta que o que mais gosta de fazer em

seu tempo livre é, de fato, trabalhar. “Pode parecer demagogia, mas não é. Os que trabalham comigo sabem que o que eu gosto de fazer nas horas vagas é trabalhar”, brinca.

Ele também revela que, depois de 40 anos dedicados ao trabalho, pode também se dar ao luxo de alguma di-versão de vez em quando. “Hoje em dia, com a equipe afiada que tenho, posso descansar um pouco mais. Sou caseiro e aproveito para fazer o que mais gosto, manter aceso o convívio familiar e, sempre que possível viajar, seja a negócios ou lazer, com minha mulher e os filhos”.

Se hoje ele fosse deixar um reca-do para o Carlos Alberto de alguns anos atrás, ele não titubearia para responder. “Parabéns rapaz, você conseguiu. Vá em frente”. E assim a história da CAOA segue: sempre em frente.

“Pode parecer demagogia, mas não é. Os que trabalham comigo

sabem que o que eu gosto de fazer nas horas vagas é trabalhar”

Com os executivos Mauro Correia, Presidente da CAOA e Marcio Alfonso, CEO da CAOA Chery

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COM DISCRETA EXPOSIÇÃO DE MARCA, REDE DE AUTOPEÇAS DO GRUPO COMOLATTI APOSTA NO MODELO

ASSOCIATIVISTA E SOMA 1,3 MIL UNIDADES

O SUCESSO PITSTOP

Nascida a partir de uma de-manda formada por pe-quenos e médios estabele-cimentos de reposição de

autopeças que tinham que brigar com grandes players como Fras-le, Bosch, Plascar e Magneti Marelli, a rede PitStop se desenvolveu com um modelo associativista, novidade no Brasil até então, o free franchise.

Trata-se de uma colaboração entre empresas com interesses em comum, a fim de obter vantagens econômicas e de gerenciamento, por

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meio de auxílio mútuo. Juntos, os associados trabalham para reduzir os custos operacionais, obter melhores condições de prazo e preço, estipular estratégias de vendas e estimular o desenvolvimento técnico e profissio-nal dos colaboradores.

“Esse processo de free franchise é um modelo que já está em cerca de 40 países. Começamos quando só existia basicamente em poucos lugares da Europa. Trouxemos para o Brasil esse que é um modelo de ajuda ao canal de distribuição do setor auto-

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motivo”, comenta Sérgio Comolatti, presidente do Grupo Comolatti do qual a PitStop faz parte.

O modelo precisou passar por uma adaptação ao mercado brasi-leiro para ser implementado. Hoje, após dez anos de operação, já conta com mais de 1,3 mil unidades.

Muito além da simples utilização de parceiros como distribuidores, a rede PitStop oferece consultoria es-pecializada e capacitações para os estabelecimentos, fatores que cha-mam a atenção e possibilitam o for-talecimento do elo.

“A PitStop cada vez tem mais associados, e isso cresce organica-mente, mas claro com uma equipe pra isso. Temos mais de 50 pessoas que não tiram pedido nem realizam vendas, mas ajudam o revendedor a fazer um trabalho bem feito. Fa-zemos assessoria, temos vantagens financeiras para o empreendedor com bonificações, por exemplo, entre ou-tras coisas.”, conta.

Para o futuro, a ideia é implan-tar um novo conceito para o varejo de reposição automotiva: disseminar entre os associados a importância de estar ligado às novas tendências de

negócios

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“O free franchise é um modelo que já está

em cerca de 40 países. Começamos quando só existia em poucos lugares da Europa”

Sérgio Comolatti

Comemoração dos dez anos reuniu os

principais executivos do aftermarket automotivo

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consumo, nas quais os consumidores procuram por comodidade e devem ser levados a novas experiências no momento da compra. Assim, espaços com foco no Autoatendimento, apro-ximando o consumidor dos produtos, bem como consultorias para auxiliar o empresário a colocar em destaque produtos e promoções específicas, se-rão frequentes.

Sexagenário modernoO Grupo Comolatti carrega em

sua trajetória de mais de 60 anos toda a aura de discrição que o seu fundador, o italiano Evaristo Como-latti, difundiu nos negócios desde que abriu sua loja de componentes para caminhões. Hoje, o conglomerado é um dos líderes do setor automotivo nacional e, apesar de sua discreta ex-posição de marca, possui empresas es-palhadas pelos quatro cantos do país.

Filho de Evaristo, o atual presi-dente do Grupo, Sérgio Comolatti, tem nas mãos uma rede diversificada com empresas no setor automotivo, imobiliário e gastronômico. Na pre-sidência desde 1994, tem conquistado

mais espaço no mercado, garantindo um crescimento contínuo.

Por conta do constante desen-volvimento desde a sua criação, as bandeiras Sama, Laguna e Matrix, distribuidoras de autopeças do Gru-po, passaram, em 1998, a fazer parte do guarda-chuva da Distribuidora Automotiva, braço da companhia com foco em peças para veículos leves e pesados.

Acompanhando a evolução do mercado de distribuição de auto-peças, a Distribuidora Automotiva criou, em 2009, a rede associativista para o varejo PitStop.

Além da distribuição de peças,

A rede PitStop conta com mais

de 1.300 unidades e está em mais de

550 cidades brasileiras

Fachada do prédio da matriz da Comollati

o Grupo também atua na venda de veículos, tendo em seu portfólio as concessionárias Tietê (MAN VW) e Cofipe (Iveco) que estão entre as pri-meiras no ranking de participação de mercado de ambas as marcas.

Bem como um iceberg, que tem sua menor ponta como a mais visível, o grupo Comolatti é proprietário do Terraço Itália. Localizado no topo do Edifício Itália, o segundo mais alto de São Paulo, com 41 andares, é a empresa mais conhecida, portanto, do conglomerado. O local conseguiu se desprender da imagem de degrada-ção do centro da cidade, avançando em sua estética e comunicação, sem perder a identidade com o passado. O restaurante, no entanto, represen-ta menos de 1% da receita anual do grupo.

Para o futuro, Comolatti pensa em expansão e visa novos investimentos, ainda sem revelar o setor específico. “Se o país tiver a sorte de se manter com bons governantes, o potencial é gigantesco e auxilia todas as em-presas a se desenvolverem”, comenta Comolatti.

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publieditorial

AMEX FOR FOODIES: UMA EXPERIÊNCIA

EXCLUSIVA PARA MEXER COM SEU PALADAR

Opúblico brasileiro tem se mostrado cada dia mais interessado em experi-mentar bons pratos e

saborear receitas com ingredien-tes inusitados da alta gastrono-mia. Uma pesquisa realizada pela American Express, chamada “Ser Foodie na América Latina”, estu-dou o comportamento das pessoas apaixonadas pela culinária e seus hábitos de consumo. As respostas dos entrevistados levaram a marca a criar um novo e exclusivo serviço para seus Associados, valorizando a boa alimentação.

Em setembro de 2018, em par-ceria com o Guia MICHELIN, foi lançado o programa “Amex For Foodies”, uma plataforma de ex-periências gastronômicas singulares com chefs renomados em toda a América Latina. Desde então, nas cidades de São Paulo e Rio de Ja-neiro, são oferecidos mensalmente jantares que celebram o melhor da gastronomia internacional com pre-ço especial para Associados Ame-rican Express.

AMERICAN EXPRESS OFERECE EXPERIÊNCIAS GASTRONÔMICAS ÚNICAS PARA SEUS ASSOCIADOS

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“O projeto Amex for Foodies re-flete o interesse das pessoas na alta gastronomia atrelada a uma experi-ência inovadora e está totalmente ali-nhado a nossa plataforma de marca, que mostra como estamos focados em desenvolver novos produtos e serviços para oferecer momentos incríveis a nossos Associados. A forma como as pessoas vivem hoje, buscando suas paixões de forma integrada com vida profissional e pessoal, nos inspirou a colocar esse projeto em prática no Brasil”, diz Rose Del Col, presidente da American Express no Brasil.

No mês de setembro Amex For Foodies completa 1 ano de existên-cia. Para comemorar o marco, será realizada uma edição memorável com os chefs Nello Cassese, do Restau-rante Cipriani* e Luis Filipe Souza, do Restaurante Evvai* – ambos os restaurantes detentores de 1 estrela MICHELIN – com pratos que exal-tam as raízes da cozinha italiana. O evento acontecerá no Restaurante Cipriani* (*MICHELIN), dentro do Belmond Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, em 24 de setembro

de 2019, às 20H. Os lugares à mesa podem ser reservados pelo telefone (21) 2548-7070 ou (21) 2548-8873, optando por menu harmonizado com ou sem vinho.

Até o momento, mais de 50 che-fs latino-americanos fazem parte da plataforma com o objetivo de criar vivências culinárias exclusivas aos Associados American Express, e até o

“A forma como as pessoas vivem hoje, buscando suas paixões de forma integrada

com vida profissional e pessoal, nos inspirou a colocar esse projeto em prática no Brasil”

Rose Del Col, presidente da American Express no Brasil

final de 2019, ofereceremos 10 expe-riências só no Brasil. A parceria com o Guia MICHELIN garante uma exi-gente seleção de restaurantes e chefs ao longo do calendário de eventos na América Latina. Para conferir mais informações sobre as experi-ências e acompanhar as próximas edições do Amex For Foodies, acesse www.americanexpress.com.br.

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OPORTUNIDADES NO VELHO

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LIVRE COMÉRCIO ENTRE MERCOSUL E UNIÃO EUROPEIA

AMPLIA LEQUE DE POSSIBILIDADES PARA O COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO, COM DESTAQUE

PARA O AGRONEGÓCIO

Uma notícia que circulou pelo país no mês de junho foi ex-tremamente comemorada pelos mercados envolvidos:

o Mercosul, grupo econômico forma-do por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, fechou acordo comercial com a União Europeia – composta por 28 países membros - encerrando uma negociação iniciada em 1999. Ainda faltam passos para oficializa-ção definitiva do acordo de livre-co-mércio, mas ela abre muitas possibi-lidades, já que envolve mais de 750 milhões de consumidores. Por isso, as perspectivas são muito positivas.

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“Para a efetivação de uma parce-ria sempre é fundamental que haja consenso político e uma percepção das vantagens comerciais existentes entre os dois blocos. Parece-me que nesse momento se efetiva esse mútuo interesse em solidificar o acordo”, afirma Ana Regina Falkembach Si-mão, coordenadora e professora do curso de Relações Internacionais da ESPM – POA.

Entre os pontos de destaque para a viabilização desse acordo, Ana Re-gina aponta o fato de Argentina e Brasil – membros mais importantes do Mercosul – terem governos que buscam um viés econômico mais libe-

ral. Pelo lado europeu, com a eleição de Boris Johnson e o iminente Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia), alguns líderes viram no acordo uma importante ampliação do comércio com outros blocos.

“Agora, os próximos passos são de cunho político. Os pontos que compõe o acordo devem ser forma-lizados, traduzidos nos idiomas de todos os países envolvidos e assina-dos pelos países membros dos dois blocos. Após essa etapa, especifica-mente no caso do Brasil, o acordo deverá ser devidamente apreciado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal”, diz a especialista.

Possibilidades no horizonteO novo acordo tem um claro

ponto positivo para o Brasil, que é a ampliação do comércio exterior. O maior impactado deve ser o agro-negócio, cuja projeção internacional pode crescer ainda mais. Fora isso, além do aspecto econômico, do pon-to de vista ambiental pode significar grandes avanços, uma vez que o país terá que respeitar e se adequar a exi-gências ambientais, hoje tão relevan-tes para a Europa. Nesse quesito, o que pode ser positivo, também é algo que preocupa, já que o Brasil vem dando sinais de retrocesso em temas ambientais, como permanência no Acordo de Paris, uso de agrotóxicos e a extinção do Fundo Amazônia.

Para o agronegócio, a União Eu-ropeia já representa bons números de exportação, sendo o principal destino dos produtos da agroindústria, como etanol, açúcar, carnes. “Temos pro-dutos que conseguimos colocar no mercado europeu de maneira com-petitiva e que não colocávamos antes por questões de barreiras de comércio. Considerando a agroindústria como um todo, em 2018 a União Europeia foi o destino de 21,7% de tudo que foi exportado pelo Brasil”, afirma Fe-lippe Serigati, professor de economia da FGV e pesquisador do Centro de Agronegócios da FGV.

Junto disso, a sinalização do acordo aumenta a credibilidade e melhora a imagem dos produtos brasileiros. Se-gundo especialistas, é difícil determinar em quanto tempo a economia sentirá os efeitos concretos, mas a partir do mo-mento que o produto brasileiro começa a ser aceito em um mercado exigente como o europeu, outros países passam a confiar mais. “É um recado muito importante para o restante do mundo”, na visão do pesquisador.

Entre os produtos que podem ter maior crescimento e se beneficiar mais, Serigati destaca os setores de carnes, papel e celulose, fumo e produtos têx-teis. O pesquisador também ressalta que será importante os produtores bra-sileiros atenderem a todos os critérios e exigências dos mercados consumidores.

“O consumidor é um agente mui-to cruel no mercado. Se ele tiver dois produtos, ele vai levar o que tem o melhor custo benefício, mesmo que seja importado”, afirma Serigati. Na visão do pesquisador, do outro lado da balança, o setor de lácteos pode ser um dos prejudicados com o acordo, uma vez que a União Europeia é o grande produtor no mercado internacional.

acordos

“Para a efetivação de uma parceria sempre é fundamental que haja consenso político e uma percepção das vantagens comerciais existentes entre os dois blocos”Ana Regina Falkembach Simão, coordenadora do curso de Relações Internacionais da ESPM – POA

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“Lógico que podemos ter mortos e feridos durante a transição do acor-do. Porém, é importante destacar que esse processo de abertura não será abrupto como o que houve nos anos 1990. Os agentes de ambos os lados da fronteira vão ter tempo para se ajustar, dando previsibilidade im-portante para o mercado”, analisa o pesquisador.

Outro setor que pode se benefi-ciar bastante com o acordo é o de vinhos. Primeiro do lado dos clien-tes, que terão a oportunidade de acesso a produtos de melhor quali-dade com preços menores. Na visão de Rico Azeredo, sócio da consulto-ria Emme Brasil e um dos idealiza-dores da ProVino (Feira Profissional de Vinhos e Destilados), isso fará o consumidor aprender mais sobre vi-nhos e despertará curiosidade sobre a indústria nacional.

“À medida que ele for aprenden-do mais sobre o produto, instintiva-mente vai procurar pelo vinho nacio-nal e conhecer a sua qualidade. Além disso, hoje exportamos muito para

o Reino Unido e Alemanha. Com o acordo, nosso vinho se torna mais competitivo e pode chegar a outros países”, afirma. O destaque vai para os espumantes brasileiros, que são muito bem vistos no exterior. Já ou-tros vinhos, como branco e tinto, em-bora também tenham alta qualidade, são vistos como vinhos exóticos e terão que buscar seu espaço.

E para os preocupados com a concorrência, vale ressaltar o tempo de transição. O acordo prevê que a receita adquirida com o IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) será destinada para um fundo que servi-rá para auxiliar na modernização da indústria de vinhos do Brasil e diminuir custos.

“À medida que o consumidor for aprendendo mais sobre o produto, vai procurar pelo vinho nacional e conhecer a sua qualidade. Hoje exportamos muito

para o Reino Unido e Alemanha”Rico Azeredo, sócio da consultoria Emme Brasil

Outro setor que pode se beneficiar bastante com o acordo é o de vinhosSH

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estratégia

O CENÁRIO QUE MICHAEL KLEIN ENCONTRARÁ APÓS DEZ ANOS

LONGE DA VIA VAREJO, DONA DAS CASAS BAHIA E PONTO FRIO

O BOM FILHO A CASA TORNA

Até o mês de maio as ações da Via Va-rejo (Casas Bahia e Ponto Frio) valiam no máximo R$ 4. Em junho, a Bolsa de Valores Brasileira (B3) assistiu a

um crescimento em direção aos R$ 5, que che-gou a R$ 6 na primeira semana de julho, R$ 7 na segunda semana, e rompeu a barreira dos R$ 8 nos primeiros dias de agosto, um aumento acumulado de 50% desde o início do ano. O motivo da disparada não é um novo ponto de venda, produto ou tecnologia, mas o retorno de um velho conhecido, o empresário Michael Klein.

“O executivo conseguiu agregar apoiadores para o reposicionamento da empresa, e isso é visto com otimismo pelo setor. O grupo hoje parece mais forte, com profissionais inclusive advindos da concorrência, em uma nova ad-ministração”, explica a professora da ESPM especialista em Varejo, Fabíola Paes.

Nascido em Munique, na Alemanha, Klein tinha apenas um ano de idade quando a famí-lia de judeus poloneses migrou para a América do Sul em busca de oportunidade e paz. O pai, Samuel Klein, começou a nova vida como mas-cate em São Paulo, dando atenção especial aos milhares de nordestinos que chegavam para a recém-criada indústria automobilística. Foi em homenagem a eles que batizou na época seu pe-queno comércio: as Casas Bahia. DI

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Klein entrou para o negócio da família aos 18 anos, em 1969. Quatro décadas depois con-duziu a compra das Casas Bahia pelo Grupo Pão de Açúcar (GPA), que já havia adquirido o Ponto Frio seis meses antes. Nascia a Via Varejo, maior grupo varejista do país, com 51% das ações para o GPA.

A relação de dez anos, nem sempre harmo-niosa, encerrou-se no mês de junho, quando Klein recomprou as ações da Via Varejo em um leilão por R$ 2,3 bilhões. Era o final de dois anos de instabilidades da rede, um caminho interessante tanto para o GPA como para a Via Varejo, segundo a country head da Dunnhumby e especialista em varejo digital, Flávia Villani.

“Vejo como algo natural este movimento do GPA em direção ao desmembramento das ope-rações, abrindo mão do nicho de eletro, para se concentrar no foco alimentício. Acredito que as duas operações ganharão maior agilidade decisória, poderão coordenar de forma mais objetiva suas cadeias de valor, cada uma em seu nicho”, analisa.

Necessidades de um mercado que mudou muito nesta última década. Não apenas com o crescimento de concorrentes diretos, como

o Magazine Luiza, que viu suas ações crescerem 12% no mesmo mês de julho, e que agora vende seus produtos na rede Carrefour. Mas também com a imensa concorrência do mercado virtual, vide o crescimento de 19% no mesmo período do grupo B2W, formado por Americanas.com, Submarino e Shoptime.

“Foi-se o tempo da oferta no grito e da polui-ção visual. Agora o consumidor já chega à loja com conhecimento dos produtos: ele pesquisa e se informa antes de consumir. Num varejo cada vez mais desafiador, é tempo de se reinventar, inovar, conectar canais em uma só experiência, com e-commerce, assistente virtuais, aplicativos e lojas físicas”, explica a professora Fabíola Paes, que também é uma das fundadoras da Neomode, startup que oferece soluções omnichannel para o mercado varejista.

O conceito omnichannel se baseia na conver-gência de todos os canais utilizados por uma em-presa, na tentativa de que o consumidor não veja diferença entre comprar on ou offline. Uma tendên-cia irrevogável nesse novo mercado varejista, que desafia o agora presidente da Via Varejo, Roberto Fulcherberguer, assim como o presidente eleito do conselho de administração, Michael Klein.

A fusão entre Casas Bahia e Ponto Frio criou a Via Varejo em 2010

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“Pesquisas também mostram que 47% dos consumidores conectados à internet vão até as lojas físicas para experimentar ou ver algo pessoalmente antes de comprar. Cada vez mais as lojas vão investir em degustação, além de se transformar em minicentros de dis-tribuição, uma forma de alavancar o fluxo de clientes no ponto de venda e eliminar taxas de frete”, acredita.

Um momento em que, além da forte concorrência interna, as empresas nacionais enfrentam o avanço implacável de gigantes, como Amazon, Google e Alibaba. Compa-nhias que dispõem de alta capacidade de pres-são sobre os preços finais e estratégia baseada na ciência de dados do consumidor, dispostas a desafiar toda a cadeia do varejo, como explica Flávia Villani.

“Já não se pode subdividir o marketing em físico e digital, é preciso trabalhar com a explo-ração intensiva de dados de clientes e adotar a abordagem da jornada única do consumidor. É preciso buscar um comprador que continue fiel em todos os canais, loja física, e-commerce, aplicação móvel, redes sociais e até em clubes de compras”, diz.

“O executivo conseguiu agregar apoiadores para o reposicionamento da empresa, e isso é visto com otimismo pelo setor”Fabíola Paes, professora da ESPM especialista em Varejo

A família Klein fundou as Casas Bahia em 1952

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estratégia

Encontrar o consumidor onde quer que ele esteja não deve ser um problema para a Via Varejo. O grupo atua em 400 municípios de 20 estados e no Distrito Federal e possui a loja virtual Extra.com.br, além da fábrica de móveis Bartira. A questão é como se posicionar diante de tantas possibilidades de integração em teste, aqui ou do outro lado do planeta.

“A Alibaba, maior gigante de e-commerce da China, fez um movimento radical e anexou mais de 600 mil mercadinhos familiares à sua plataforma para poder acompanhar a jorna-da física do cliente e conhecer de perto sua experiência de consumo. No Brasil, algumas experiências admiráveis vêm sendo feitas pelo próprio GPA, que hoje possui uma das maiores e mais detalhadas bases de dados de clientes no País. O aplicativo ‘Meu Desconto’, por exemplo, consegue oferecer ofertas individualizadas tanto online como nos corredores do supermercado, pelo Wi-Fi da loja”, comenta Flávia Villani, para quem o Grupo Pão de Açúcar ainda pode servir de exemplo aos ex-sócios em outros aspectos.

O GPA já trabalha com novas formas de monetização dos dados de consumidor por meio de parcerias com as marcas e fabricantes, uma aliança que está entre os principais ativos

das empresas de varejo e poderia ser copiada pela Via Varejo. Apesar do baixo crescimento econômico do país, o “otimismo Klein” parece ter pego todos.

“Vejo oportunidades gigantes! São players com grande consistência em todos os aspectos - logística, suprimentos, capacidade financei-ra, maturidade de marketing. Além disso, não é nada desprezível contar com a experiência, capacidade administrativa e empreendedora da família Klein”, conclui Flávia.

Encontrar o consumidor não deve ser um

problema para a Via Varejo. O grupo atua em

400 municípios de 20 estados e possui a loja virtual Extra.com.br,

além da fábrica de móveis Bartira

Estoque da fábrica de móveis Bartira

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RESORT KEEMALA, NA ILHA DE PHUKET, REÚNE MITOLOGIA, CULTURA, DESIGN E CONFORTO PARA CRIAR UMA EXPERIÊNCIA ÚNICA E TENTADORA NA TAILÂNDIA

ENTRE LENDAS NA TERRA

DOS SORRISOS

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Na costa oeste da ilha de Phuket, na Tailândia, o re-sort Keemala (a uma hora de voo de Bangcoc e a 40

minutos de carro do Aeroporto Inter-nacional de Phuket) é tudo, menos um destino óbvio na terra dos sorrisos, como o país asiático é merecidamente conhecido. Conectadas por completo à natureza e à cultura regional, as 38 acomodações, entre villas, cottages e aparentes casas em árvores, foram desenhadas especialmente para pa-recerem frutos naturais da floresta tropical de Kamala.

O resort, próximo às praias de Patong e Surin, é inspirado na mito-logia dos antigos colonos de Phuket e incorpora a história de quatro clãs diferentes, combinando a riqueza das lendas locais com os encantos de um hotel de luxo. Não por acaso, a ar-quitetura refinada é um dos principais atrativos da propriedade.

Sonho tropicalAntes de embarcar rumo a esse des-

tino inesquecível, desfaça-se das futili-dades da vida cotidiana, porque elas não são bem-vindas no Keemala, onde a natureza dita outro ritmo. O resort

oferece quatro opções de acomodações (todas com piscina privativa e vistas para a praia e a montanha), com áreas de puro conforto entre 116 m² e 175 m².

Os Clay Pool Cottages têm design em homenagem ao clã Pa-ta-pea (ter-ra), que tinha na agricultura sua gran-de fonte de sustento, motivo da forte relação com a fertilidade do solo. Por isso, a decoração tem referências sutis à argila, palha e cerâmicas de tribos das montanhas do norte tailandês. No banheiro, destaque para o chuveiro que simula a dispersão da água em um dia chuvoso.

Já as Tent Pool Villas são inspi-radas no clã Khon-jorn (andarilho), cujos membros eram exímios nôma-des. A estrutura em estilo de tenda e o uso de estampas e texturas ricas e densas homenageiam o modo de viver do grupo. A arquitetura é me-nos rústica, com maior presença do vidro, por exemplo.

As lúdicas Tree Pool Houses, por sua vez, representam os We-ha (céu), que escolheram viver suspensos nas árvores para se aproximarem dos deuses. As técnicas de construção dão a impressão de que as acomo-

Detalhes remetendo à argila, palha e cerâmica podem ser encontrados no interior (foto) e exterior (acima) das Clay Pool Cottages

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dações estão realmente penduradas – são dois andares, com a suíte más-ter localizada estrategicamente no pavimento superior.

Os Degrau-Nok” (ninho) inspi-raram o design das Bird’s Nest Pool Villas. Por sua vida mais abastada, os integrantes desse clã desenvol-veram talentos de artistas, poetas e músicos. Suas casas eram entre-laçadas de proteção e privacidade, características que fazem dessas vi-las a experiência mais exclusiva do resort. A banheira com vista para o mar é um toque especial.

O resort, próximo às

praias de Patong e Surin, é

inspirado na mitologia dos

antigos colonos de Phuket

As 38 acomodações, entre villas, cottages e aparentes

casas em árvores, são parte da floresta tropical de Kamala

Bem-estar e gastronomiaO hotel oferece um spa holísti-

co, dedicado ao corpo e à mente, com tratamentos que incorporam técnicas antigas de massagens e programas anti-idade e fazem uso de ervas naturais, valorizando a cultura tailandesa. Também por isso, as oito salas do espaço, que recebeu diversos prêmios, como o de melhor spa boutique do su-deste asiático, fazem do Keemala um destino ideal para retiros de bem-estar, além de um destino tu-rístico tentador.

Como uma extensão do am-biente saudável da propriedade, a gastronomia do Mala Restaurant é outro diferencial, temperada com sabores da Tailândia e muitos in-gredientes orgânicos. No Mala Bar, os momentos descontraídos tam-bém são regados a sabores asiáticos mesclados a influências ocidentais. E se a natureza faz o papel de ver-dadeira anfitriã, os hóspedes têm a opção de saborear as delícias do chef próximos a cachoeiras ou ou-tros locais especiais dessa terra de clãs e lendas.

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carros

RANGE ROVER SVAUTOBIOGRAPHY

REVELA TODA A ELEGÂNCIA,

EXCLUSIVIDADE E DESEMPENHO

DA MARCA

Exclusividade não tem preço. Muito menos o conforto. Imagine por um instante conduzir um veículo que reconhece automaticamente o tipo de terreno e adapta as configurações de aceleração,

tração e suspensão. Ou que, entre outras comodida-des e tecnologias, projeta informações no para-brisa, além de ter o toque especial do volante multifuncional com aquecimento.

Esse veículo existe e tem nome próprio: Range Ro-ver SVAutobiography Long Wheelbase, o mais luxuoso já produzido na história da lendária marca britânica e disponível sob encomenda com itens customizáveis, do motor às cores internas, passando pelos pacotes de tecno-logia, entre outras preferências. E um dos seus principais predicativos é o espaço interior.

Desenvolvido pela divisão de modelos especiais da Jaguar Land Rover, o SVAutobiograph tem entre-eixos estendido, o que proporciona amplo conforto para os passageiros. Além disso, seus assentos traseiros são indi-viduais em vez da configuração única tradicional, o que proporciona ainda mais conforto pelas possibilidades de ajuste do encosto, por exemplo.

ÚNICO DA ESPÉCIE

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E se o conforto é a essência, os bancos produzidos pela marca italia-na Poltrona Frau apresentam ajustes elétricos, descanso para os pés e pro-gramas de massagem, aquecimento e resfriamento. Para momentos espe-ciais, esse Range Rover tem entre os dois assentos traseiros um comparti-lhamento refrigerado com capacida-de para uma garrafa de champanhe. Ou seja, a experiência supera condu-ção pela condução.

Tecnologia nos detalhesAlém do espaço interior imponen-

te, o SVAutobiograph impressiona pela tecnologia. Tem painel digital com tela em TFT (Transistor de Película Fina, na versão em português) com o sistema Head Up Display a laser – que faz a projeção no para-brisa das informações de viagem –, câmeras 360° para facilitar as manobras, sistema de som completo da linha Meridian, dez opções de ilu-minação interna e soleira iluminada.

Mesas dobráveis com acionamento elétrico para apoio de notebooks ou até mesmo para uma pequena refeição

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Com 565 cv de potência e torque de 700 Nm, o Range Rover SVAutobiography

atinge 100 km/h em 5,4 segundos e velocidade máxima de 225 km/h

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Mas a tecnologia sozinha não bas-ta. No dia a dia, o modelo surpreende também pelos detalhes. A bandeja de madeira localizada no porta-malas, por exemplo, facilita a organização de malas no bagageiro – a peça é basculante e se estende para fora do veículo. Para um compartimento de 909 litros – o equi-valente a nove malas Tumi Alpha 2, por exemplo –, que pode ser aberto com o passar do pé embaixo do para-choque traseiro, a bandeja faz toda a diferença.

Força com delicadezaEquipado com um motor 5.0 V8

Supercharged, o Range Rover SVAuto-biography esbanja 565 cv de potência e torque de 700 Nm – ou a capacidade de atingir 100 km/h em 5,4 segundos e uma velocidade máxima de 225 km/h. Mas como conciliar tamanho e alto desem-penho? Uma das soluções encontradas pelos engenheiros da divisão de modelos

especiais é a carroceria 100% de alu-mínio: sua leveza com rigidez garan-te a performance e menor consumo de combustível.

Também favorece o desempenho o sistema Terrain Response 2, que reconhece automaticamente o tipo de terreno em que o carro está e adapta todas as configurações de suspensão, tração, aceleração, freios e controle de torque.

A tranquilidade na cabine é outro diferencial. Mesmo em altas rotações, quando demonstra toda a sua força, o motor é praticamente inaudível. O que faz a diferença para as expe-riências com o sistema de entreteni-mento InControl Touch e suas telas de 8 polegadas. O valor do Ran-ge Rover SVAutobiography parte de R$ 1,1 milhão. Mas, definitiva-mente, exclusividade e conforto não têm preço.

Acabamentos com amplo uso de

alumínio, madeira e couro nobre

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TENDÊNCIA CONSUMIDORES

VALORIZAM A VOLTA DE ELEMENTOS HUMANOS NAS

CAMPANHAS

TRANSPARÊNCIA COMÉRCIO JUSTO E

SUSTENTÁVEL EXIGE MAIS ATENÇÃO DAS MARCAS

ESPECIAL MARKETING

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TELL ME WHAT

Na iD\TBWA, os dados estão no coração de tudo. Seja para maximizar a PERFORMANCE, CONSTRUIR MARCAS de maneiras criativas ou criar espaço para o CRESCIMENTO de novas empresas, tudo nasce do entendimento profundo do comportamento do mercado, do consumidor e do objetivo de cada negócio. É assim que desenvolvemos processos, ferramentas e pessoas para oferecer soluções integradas e atender cada cliente de forma única. Do que seu negócio precisa? Conte pra nós.

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YOU WANT NOW

Resultados efetivos e vendas para clientes que contam com o impulso do digital em seus negócios.

PERFORMANCE BOOSTING

Estratégias que nascem no digital e conectam outros canais de acordo com a jornada dos consumidores.

DIGITAL-FIRST BRANDING

Soluções personalizadas que conduzem startups e novos negócios rumo ao crescimento em escala.

GROWTH UNLOCKING

R u a E u g ê n i o d e M e d e i r o s , 3 0 3 \ 1 3 . º a n d a r \ S P

( 1 1 ) 3 0 5 8 - 3 7 0 0 \ w w w . i d t b w a . c o m . b r

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INTEGRAR O PÚBLICO NAS DISCUSSÕES DA MARCA E INTERAGIR COM ELE PASSOU A SER FUNDAMENTAL PARA O RELACIONAMENTO DAS EMPRESAS COM OS CONSUMIDORES

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Cada vez mais o fator “hu-mano” do consumidor tem obtido espaço tanto nas cam-panhas publicitárias quanto

dentro das organizações. Esquecidas durante o início da revolução tecno-lógica, que levou as pessoas a uma conexão necessária para acompanhar os movimentos de relacionamento pessoal e profissional, as relações humanas estão sendo revalorizadas pelas empresas e marcas. A comu-nicação atual exige histórias e de-poimentos reais para comprovar a eficiência de produtos e serviços.

“Conteúdo e diálogo estão ga-nhando cada vez mais relevância como parte das estratégias de cam-panhas publicitárias”, afirma Camila Costa, CEO da iD/TBWA. “É preciso que as marcas entendam as expectati-vas e os hábitos dos seus consumido-res e, se quiserem atenção, precisam genuinamente se conectar e fazer par-te da cultura deles, os envolvendo, não causando interferências. É uma tendência mundial, sem volta.”

Segundo Camila, os consumido-res têm cobrado muita informação, transparência, propósito, troca, con-

“Conteúdo e diálogo estão ganhando mais relevância como parte

das estratégias de campanhas publicitárias”

Camila Costa, CEO da iD/TBWA

corrência aberta e soluções que tra-gam conveniência ao seu dia a dia. “Assim como nas relações pessoais, você só vai se conectar com uma marca se o discurso fizer sentido e a abordagem estiver alinhada com aquilo que você acredita”, diz. “Para cada propósito de comunicação é necessária uma estratégia diferente, não necessariamente com depoimen-tos, mas quanto mais real, clara e próxima ao público, mais chances de ser efetiva. Se conseguir tocar o emocional, melhor ainda.”

De acordo com o estudo global da McCann “Truth About Global Brands 2018”, 84% das pessoas pre-ferem marcas com identidade forte e um papel claro no mundo e 79% dizem que “a marca que eu compro diz algo sobre mim e sobre a minha identidade”. “Isso mostra como as marcas precisam se relacionar de uma forma cada vez mais autêntica com os consumidores”, ressalta Hugo Rodri-gues, chairman e CEO da WMcCann.

Na opinião de Rodrigues, cabe às marcas o exercício da empatia como forma de garantir, de fato, um papel relevante na vida dos consumidores.

MARKETING HUMANIZADO

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tendência

‘Hipersonalização’Para Juliana, a tecnologia mó-

vel e as plataformas trouxeram a era da “hipersonalização”. “Elas potencializaram muito a escala em que conseguimos conversar com consumidores, assim como trouxe-

“A realidade é que a revolução causada pelas mídias sociais deu poder às pes-soas. Hoje, todos podem ser ouvidos e terem suas causas amplificadas de maneira exponencial, o que exige das empresas uma mudança radical de pos-tura, seja em suas campanhas publici-tárias ou em suas políticas internas.”

Além disso, o poder da recomen-dação como comprovação de eficiên-cia é enorme. Dados da Nielsen mos-tram que 92% dos consumidores ao redor do mundo confiam totalmente na indicação de um amigo ou fami-liar e 77% se sentem impulsionados a comprar um novo produto quando os descobrem por meio da recomenda-ção boca a boca. “Os números com-provam que trazer a verdade em tudo o que se diz e faz é fundamental para o relacionamento com os consumidores e, consequentemente, para o sucesso dos negócios”, comenta Rodrigues.

“Aprendi ao longo da minha car-reira que as pessoas se relacionam com as marcas da mesma forma que lidam com pessoas. Elas buscam ver, do outro lado, valores, ideias, histórias e atitudes com as quais se conectem. E gostam de se sentir, nessa relação, como par-ticipantes de uma conversa – razão pela qual, há muito tempo, empresas investem em conhecê-los melhor”, con-ta Juliana Nascimento, CBO (Chief Business Officer) da F.biz.

“A realidade é que a revolução causada

pelas mídias sociais deu poder às pessoas. Hoje, todos podem ser

ouvidos e ter suas causas amplificadas”

Hugo Rodrigues, chairman e CEO da WMcCann

“Aprendi ao longo da minha carreira que as

pessoas se relacionam com as marcas da mesma forma que

lidam com pessoas”Juliana Nascimento, chief business

officer da F.biz

ram maior fluidez a essa conversa, levando as mensagens da marca ao encontro dos consumidores ao longo da sua jornada de busca e decisão por uma compra nos diversos canais pelos quais eles transitam”, explica.

Juliana enfatiza que não existe uma única receita para fazer uma boa comunicação. “É preciso olhar para os valores e características das marcas e trazer luz a eles quando conversa-mos com os consumidores, sempre entendendo o contexto e o momento em que estão. Essa conexão pode to-mar diversas formas: uma conversa bem-humorada, uma história que emociona ou uma imagem que gera identificação”, ilustra. “Cada marca precisa encontrar seu território e sua voz, e ser consistente nos diversos ca-nais que temos hoje.”

Entretanto, segundo Juliana, ser consistente não é falar sempre da mesma forma. “As marcas evoluem, crescem, se expandem. E uma mar-ca sólida constrói significado para si ao longo do seu percurso. É essa essência clara e compartilhada com os consumidores que faz uma marca virar tatuagem em alguém.”

Segundo Rodrigues, se pensarmos bem, integrar o público nas discus-sões da marca e interagir com ele não é algo totalmente novo, já que pesquisas com consumidores, testes e outras metodologias já exploravam isso para entender um pouco mais das expectativas e desejos do público. “A grande diferença é que hoje as pesso-as estão vindo até nós e contando o que pensam, o que esperam e o que acreditam em suas próprias redes so-ciais de forma gratuita. Com o avanço da inteligência artificial isso pode ser condensado e respondido a todas elas. Isso é um tesouro para as marcas.”

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V E N D O T U D O Q U E A M A R C I N H AC O N Q U I S T O U N A G R E Y N O S Ú LT I M O S A N O S ,A G E N T E F I C A C H E I O D E O R G U L H O :

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EMPRESÁRIOS E GOVERNO USAM FERIADO DA

INDEPENDÊNCIA PARA CRIAR NOVA DATA DE

VENDAS E REAQUECER COMÉRCIO E SERVIÇOS

PATRIOTISMO E NEGÓCIOS

semana do brasil

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Com o objetivo de impulsionar o comércio e aquecer a eco-nomia, o governo brasileiro, em parceria com empresários

representantes do varejo, turismo e das comunicações, decidiu fazer da segun-da semana de setembro uma nova data no calendário comercial, batizada de Semana do Brasil.

A proposta visa a repetir o sucesso de uma das datas mais importantes para o comércio americano, a Inde-pendence Week, em que as lojas ofe-recem descontos agressivos, tal como é feito na Black Friday.

Originalmente criada pela Secreta-ria Especial de Comunicação da Pre-sidência da República (SECOM), o governo escolheu o Instituto para De-senvolvimento do Varejo (IDV) para ser o responsável por articular a pro-posta junto aos setores econômicos. Um dos conselheiros do IDV, Marcos Gouvêa, fundador e sócio da GS&MD e presidente do LIDE Comércio, con-tou o que espera da nova data.

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Ela topouo desafiode comandarum fenômeno mundial da TV.E sua marca, topa também?O programa que é sucesso em mais de 80 países voltou para as telinhas e a Patricia também.E ela trouxe junto 26 maletas que escondem até 1 milhão de reais.Mas uma tesoureira misteriosa pode confundir a vida do participante.E aí, topa ou não topa anunciarcom a gente?

Todo sábado, às 15h30.

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A rede de lojas Havan é uma das participantes da proposta

“Essa semana de setembro signi-fica que teremos o desafio de mobi-lizar os setores para que se engajem. O brasileiro está com uma condição de crédito melhor, e o desemprego reduzindo aos poucos, mas o prin-cipal entrave para uma recuperação é a falta de confiança. A proposta foi reunir todos para que cheguem benefícios aos consumidores, lojistas e fornecedores”, conta Gouvêa.

A presença dos setores de mídia e publicidade é estratégica para o projeto, já que uma das propostas envolve política de revisão dos pre-ços para que os anunciantes veiculem suas ofertas de produtos para a data promocional nos principais canais de comunicação.

A escolha do mês de setembro para a realização da Semana do Bra-sil foi definida segundo dois fatores: é o período de um dos feriados mais importantes do país (Dia da Indepen-dência) e é um mês considerado fraco para as vendas pelo setor.

“O comportamento do inves-timento publicitário está retraído porque as previsões de vendas estão cautelosas também. Falta só uma fa-ísca para voltarmos a crescer, pois há um potencial enorme. A adesão dos veículos foi imediata para realizar essa movimentação que acenderá a chama lá na frente”, observa o con-selheiro do IDV.

Pelo fato de a data estar relati-vamente próxima, os empresários consideram que este ano será uma edição experimental, mas esperam consolidar a data no Brasil nos pró-ximos dois anos, assim como foi com o exemplo principal, a Black Friday.

“A conclusão do grupo foi que se tentássemos normatizar ou definir padrões, nós iríamos nos perder. So-mos adeptos ao liberalismo, a única coisa enfatizada é que deve haver be-nefício real para o consumidor. Não pode ser algo maquiado. Se for real, o efeito de médio e longo prazos será grandioso”, diz Gouvêa.

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“Falta só uma faísca para

voltarmos a crescer, pois há um potencial

enorme. Essa movimentação

acenderá a chama lá na frente “

Marcos Gouvêa, conselheiro do IDV e presidente do LIDE Comércio

Os varejistas enxergam com ótimos olhos a semana e a ideia da recupera-ção do mercado a partir dela. “Tenho certeza de que a semana vai ser um grande sucesso! Promoções, grandes preços e patriotismo combinados. Com o setor todo pronto e alinhado, vai ha-ver grandes resultados para o Brasil e para os brasileiros”, afirma Luciano Hang, presidente da Havan, varejista de eletroeletrônicos e móveis.

semana do brasil

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A VULNERABILIDADE COMO VANTAGEM

COMPETITIVA

artigo

POR MARCOS QUINTELA*

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Nesse estado de negação, não con-seguimos nos conectar com a gente mesmo e muito menos com os outros. A vergonha de “não saber” é o que gera as conexões, por meio da em-patia. Quando nos colamos em uma posição de vulnerabilidade, criamos uma conexão humana com nossos in-terlocutores. Já pensou o quanto uma marca pode ganhar com isso? Não são justamente conexões mais legíti-mas e perenes que estamos buscando construir com os consumidores?

A história da Goop, marca de moda e lifestyle da atriz Gwyneth Paltrow, demonstra bem a tese. Sem nenhuma experiência em marketing ou gestão, a americana criou do zero um negócio que hoje está ava-liado em 250 milhões de dólares. Gwyneth credita todo esse sucesso à sua vulnerabilidade. “Quando você já sabe as respostas, você não pensa ou

Em um dos vídeos mais vistos de todos os tempos na plata-forma TED Talks, a pesquisa-dora americana Brené Brown

ensina que as pessoas mais bem-su-cedidas são as que sabem fracassar. Nestes tempos em que o sucesso, a beleza e o glamour conquistam likes e views nas timelines de famosos e anônimos, Brown desafia o senso comum ao falar de vulnerabilidade e sobre como estar vulnerável nos abre oportunidades, na vida pesso-al, no trabalho e no amor. Autora de cinco best-sellers, a pesquisadora descobriu, em anos de pesquisa, que a vulnerabilidade está ligada à cora-gem de arriscar sem ter certeza do resultado. Quem, no nosso meio da comunicação, poderia acreditar que esse comportamento tenha alguma chance de dar certo? Pois dá!

Brown descobriu que, quando es-tamos vulneráveis e assumimos essa condição, ficamos mais abertos, pró-ximos e conectados às outras pessoas. Ora, essa é uma tremenda vantagem competitiva para quem, por razões profissionais, precisa entender os co-rações e as mentes de consumidores e clientes. Mas, para abraçar esse esta-do, é preciso coragem: primeiro para aceitar a vulnerabilidade, depois, para evoluir a partir dela. Se nos apega-mos apenas às atividades que fazemos bem, jamais vamos descobrir novos talentos ou possibilidades. Na busca incansável para nos mostrar perfeitos, nos tornamos cada vez menos capa-zes. O mesmo acontece no marketing: ao apostar sempre nas fórmulas con-sagradas, deixamos de arriscar e criar as novas grandes ideias.

Enquanto não assumirmos para nós mesmos que não sabemos algu-ma coisa, jamais vamos aprendê-la.

abre outras possibilidades. Por não saber nada eu tive a humildade para aprender tudo”, declarou. Ao assumir sua ignorância (e vulnerabilidade), a atriz teve a coragem para buscar no-vos conhecimentos e habilidades e, ao mesmo tempo, se conectou à sua audi-ência e se reconheceu em seu público.

Essa empatia também vem sendo muito bem explorada pela indústria do entretenimento. Talvez seu maior ícone seja o mafioso Tony, o patriarca da série “Os Sopranos”, um dos mais adorados “heróis-vilões” da atualida-de. Apesar de ser um gângster violento e inescrupuloso, ele também revelava toda a sua vulnerabilidade em sessões de terapia e demonstrava ser um óti-mo pai de família com um grande coração. Poucos personagens serão capazes de gerar tanta empatia no público quanto Tony. Em “Game of Thrones”, Daenerys Targaryen e John Snow, nem 100% heróis, nem 100% vilões, seguiram o modelo do sujeito “vulnerável que atrai empatia”.

Marcas também estão vulnerá-veis e muitas vezes nem sabem disso. Na era da superexposição, os consu-midores saberão encontrar suas vul-nerabilidades. Assim como acontece com o colesterol, existe a boa e a má vulnerabilidade. A má leva ao medo, à paralisia e à desconexão. Já a boa estimula a coragem, a empatia e a conexão. As marcas precisam ser ousadas para reconhecer e aceitar suas fragilidades a fim de provocar um sentimento genuíno de empatia que leva a conexões mais humanas, mais profundas e mais duradouras com seus públicos. E tudo isso, com certeza, vai gerar muitos negócios.

*Marcos Quintela é CEO do VMLY&R Group

no Brasil e presidente do LIDE Comunicação

 Enquanto não assumirmos para nós mesmos que

não sabemos alguma coisa, jamais vamos aprendê-la. Nesse estado de

negação, não conseguimos nos conectar com a gente mesmo e com os outros

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EM UMA ÉPOCA QUE A PROPAGANDA TRADICIONAL BUSCA RENOVAÇÃO, O PODCAST

SURGE COMO ALTERNATIVA

Oáudio está mais em alta do que nun-ca: recentemente, a plataforma de streaming Spotify desembolsou US$ 400 milhões para adquirir as empre-

sas Gimlet, Anchor e Parcas - especialistas em Podcast. E ela está certa. Segundo dados revela-dos pelo Interactive Advertising Bureau (IAB), no ano passado, os Estados Unidos gastaram cerca de US$ 479 milhões em marketing com podcasts, e a tendência para 2021 é ultrapassar a casa do bilhão. Ou seja, existe um mercado em ascensão que deve ser explorado.

De acordo com dados do segundo trimestre de 2019 do Spotify, a audiência em podcasts na plataforma cresceu 50% em relação ao pri-meiro trimestre e quase dobrou desde o início

do ano. Já segundo o Deezer, outra plataforma on-demand de áudio, houve um aumento de 40% no consumo de podcasts de 2017 para 2018 no Brasil. De olho nesse crescimento, a Fini, líder no segmento de balas de gelatina no Brasil, resolveu apostar no veículo.

Conforme Andrea Kohler, responsável pelo marketing da companhia, a marca está desde 2017 de olho nesse mercado, mas foi apenas neste ano que decidiu fazer um de-sembolso mais significativo. “Identificamos uma audiência muito fiel e engajada. Não só com a gente, mas com o canal, com a mídia podcast. Criamos um relacionamento mais próximo com o público e com os criadores de podcast”, afirma.

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a era da voz

NA ONDA DO PODCAST

“Identificamos uma audiência muito fiel e

engajada. Não só com a gente, mas com a mídia

podcast. Criamos um relacionamento mais

próximo com o público e com os criadores

de podcast”Andrea Kohler, da Fini Brasil

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Recentemente, a Fini anunciou o Finicast: um podcast branded content em parceria com produtores de programas sobre o uni-verso do cinema, games, cultura pop, ciência e humor. Para Andrea, a ideia de criar um podcast combinou tanto com o DNA da pró-pria marca como também com o mercado que está crescendo cada vez mais. E o resultado do primeiro mês é prova disso: foram mais de 2 milhões de downloads dos programas desen-volvidos pela marca, e uma das produtoras en-volvidas é a Jovem Nerd.

Há dez anos no ar, o Nerdcast, programa produzido pelo Jovem Nerd, tem mais de 1 milhão de downloads por episódio e é líder em audiência no país. Para os criadores Alexandre Ottoni e Deive Pazos, o podcast é um jeito muito eficaz de uma marca criar uma conversa com o cliente. “É uma forma inteligente das marcas entenderem que não basta só colocar um banner na internet, ou colocar um ‘com-pre aqui comigo’, ‘assine o meu serviço’, e sim promover um conteúdo informativo para as pessoas. Portanto, se conectar ao seu público e atrair um potencial consumidor”, revelam.

Segundo a dupla, desde 2007 o Jovem Nerd tem anunciantes, e essa receita cresce a cada ano. Para o produtor, o fato de nos últimos cinco anos ter adicionado na programação conteú-dos branded content (podcasts produzidos por marcas em parceria com a companhia) é uma prova de que a mídia está em alta. “Além dos anúncios corriqueiros na nossa grade de progra-mação do Nerdcast, temos podcasts extras toda semana diretamente produzido a quatro mãos com essas marcas. Então, elas estão investindo sim, bastante”, reiteram.

“A gente sabe que a publicidade nativa, o comercial da TV ou o

simples banner da internet já não são mais suficientes para compor uma relação

estreita entre marcas e consumidores”

Cris Bartis, cofundadora do podcast Mamilos

Carlos Merigo, Juliana Wallauer e Cris Bartis, da

B9 Company

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a era da voz

O MARKETING NO PODCAST

Branded Content: podcast da marca produzido em par-ceria com produtores.

Anúncio: spots no início, ao longo ou no final do podcast, citando a marca. Nesse tipo, a marca não influencia na criação do conteúdo, apenas o patrocina.

Público interno: podcast pequeno que funciona como uma ferramenta de endomarketing. Ideal para empresas que possuem fábricas em diversos lugares, por exemplo.

Cris Bartis, co-funda-dora do podcast Mamilos e sócia da B9 Company, empresa de mídia, acredi-ta que esse crescimento na procura das marcas por podcasts tem muito a ver com a maneira com que elas gostariam de se associar aos seus consumidores. “Sabe-mos que a publicidade nati-va, o comercial da TV ou o simples banner da internet já não são mais suficientes para compor uma relação estreita entre marcas e con-sumidores. Então, na busca por novas maneiras de se aproximar desse público, a marca encontra um terreno muito fértil no podcast”, conta.

Um exemplo é a parceria selada com o Bra-desco no início de 2019. O banco vai patrocinar o podcast Mamilos durante o ano todo, mesmo sem saber quais são os episódios e temas. “O Bradesco é uma marca gigantesca que apoia muitas iniciativas de cultura no Brasil, e eles não tinham onde contar isso. Hoje, ao longo dos seis primeiros meses, a gente já impactou mais

de 1 milhão de pessoas contando essas histó-rias de apoio cultural. Isso ajuda a construir a marca. O Bradesco não tem ingerência nenhu-ma sobre o conteúdo, não sabe quais são os convidados, mas tem a confiança de que está construindo a marca em um espaço que é importante para o ban-co,”afirma Cris.

Isso porque, dife-rentemente da televi-são, a retenção do con-teúdo abordado em um podcast é muito gran-

de. Segundo uma pesquisa realizada pela As-sociação Brasileira de Podcasts (Abpod), cer-ca de 83% dos ouvintes prestam atenção em anúncios e propagandas veiculadas na mídia. E mais 63,5% afirmam já ter comprado algum produto ou serviço anunciado.

Com o podcast, o anunciante sai do formato tradicional da propaganda e pode promover conteúdos relevantes por meio de bate-papo, storytelling, dramatização, entre outros.

Com o podcast o anunciante sai do formato tradicional da propaganda e pode promover

conteúdos relevantes por meio de bate-papo, storytelling,

dramatização, entre outros

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EMPRESAS QUE RESPEITAM E PROMOVEM A MULTIPLICIDADE SÃO MAIS INOVADORAS

E PROPENSAS A OBTER LUCROS

A PLURALIDADE QUE ENRIQUECE

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“Acreditamos que a diversidade traz muito valor ao negócio, pois possibilita o diálogo entre pontos de vista diferentes e que se complementam”

Bruno Rigonatti,  da Cervejaria Ambev

A Cervejaria Ambev lançou uma campanha com depoimentos de fun-cionários nas redes sociais para celebrar o Dia do Orgulho LGBTIQ+, além de pro-mover um “twitaço” do bem. A empresa se comprometeu em doar R$ 1 a cada post com histórias de orgulho contadas com a hashtag #OrgulhoDaMinhaHistó-ria. Os R$ 100 mil arrecadados foram repassados a duas ONGs de apoio à comunidade LGBTIQ+.

Internacionalmente, a sigla LGBTI – Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexo – é a mais utilizada. Órgãos como a ONU e a Anistia Internacional elegeram esta denominação como padrão para falar dessa minoria. Em termos de movimentos sociais, a denominação LGBTIQ+ vem ganhando força. Ela inclui a representação de outras orientações sexuais e de diversidade de gênero, como Queer.

Antes de começar a sua leitura, pare e olhe ao redor. Você consegue identificar a diver-sidade em seu ambiente?

A mistura de ideias, culturas e vi-vências proporcionam a pluralidade e a inovação. Nada mais enriquecedor do que criar um produto ou tomar decisões contando com a colaboração de diferentes formas de pensar.

Afinal, quem são os seus clientes? Quem são os seus consumidores? Além da pluralidade de gêneros, orien-tações sexuais, cores ou raças, eles têm opiniões diferentes e que precisam ser respeitadas. Isso é diversidade.

“Nós acreditamos que a diversida-de traz muito valor ao negócio, pois possibilita o diálogo entre pontos de vista diferentes e que se complemen-tam. Um ambiente autêntico traz mais confiança e bem-estar a quem traba-lha, e é propício para o surgimento de novas ideias. Se as empresas não reconhecerem essa necessidade vão começar a perder espaço no mercado ao limitar os públicos com os quais se relacionam”, afirma Bruno Rigonat-ti, gerente de Marketing Institucional da Cervejaria Ambev.

Segundo ele, a empresa é líder na defesa do tema no Brasil e adota polí-

ticas rígidas para promover o respeito e a inclusão. “Criamos um treinamen-to que inclui um capítulo específico de como lidar com questões atuais relacionadas ao tema para criar um ambiente de trabalho informal e sem barreiras, que genuinamente respeite e incentive a diversidade, a autenticida-de e a liberdade do nosso time, que é, sem dúvida, o principal patrimônio da empresa e base para qualquer negócio bem-sucedido”, explica.

Entre as ações, a Ambev desen-volveu um Código de Conduta de Marketing e Comunicação Respon-sável para garantir que não haja preconceito ou sexismo no local de trabalho. A Skol, por exemplo, abraça a diversidade e, historicamente, saiu na frente com iniciativas como a campanha “Marcas Aliadas”, que lidera esforços em parceria com ou-tras empresas para ampliar ações de apoio a esse público. Recentemen-te, a marca também lançou a Skol Beats Queen, uma homenagem às drag queens da cena brasileira. Para a companhia, é necessário garantir os direitos LGBTIQ+, mas deve-se ir além e trabalhar a causa dentro e fora da companhia para inspirar outras empresas.

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FOTO

S DI

VULG

AÇÃO

diversidade

A união que faz a forçaHá três anos a Danone é parceira

da Ser Especial, uma entidade sem fins lucrativos que atua pela inclusão de Pessoas com Deficiência na sociedade e no mundo do trabalho. Dessa união de forças surgiu a Plataforma de Ta-lentos, uma base gratuita que conta com conteúdos e currículos para as empresas que pretendem contratar profissionais com deficiência forma-dos pelo Programa Nacional de Ca-pacitação Danone.

A conexão é gratuita e de rápido acesso, e as empresas interessadas as-sinam um termo de responsabilidade para a contratação. A parceria já for-mou cerca de 500 jovens para o mer-cado, com aumento de 71% no nú-mero de pessoas atendidas, passando de 399 em 2017 para 1.389 em 2018. Em julho deste ano, mais uma empre-sa aderiu ao projeto, o Grupo Pão de Açúcar (GPA), maior grupo varejista do país. “Encontramos neles a mesma preocupação que temos em relação à necessidade de inclusão e à diver-sificação nas empresas. Acreditamos que quanto mais as organizações se

mobilizarem e tornarem os seus pro-cessos humanos e inclusivos, melhor será para as pessoas e para o ambiente corporativo”, explica Andrea Zitu-ne, gerente executiva de talentos da Danone.

Além disso, a companhia se tor-nou recentemente signatária dos Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs, na sigla em inglês) do Pacto Global e da ONU Mulhe-res. “Faz muito sentido nos unirmos à ONU. Compartilhamos da visão dos WEPs de criar, promover e incentivar práticas empresariais bem-sucedidas que orientem corporações a trabalhar elementos-chave para a promoção da igualdade entre homens e mulheres. A iniciativa vai ao encontro do nosso propósito de reunir os colaboradores e criar uma atmosfera em que se sin-tam aceitos, queridos, reconhecidos e livres para expressar tudo aquilo que os torna únicos”, diz.

Esse mix de perfis é uma das fer-ramentas da empresa para sustentar o desenvolvimento de alimentos sau-dáveis que contribuam para a Revo-lução Alimentar. O ideal se baseia

na convicção de que as pessoas esco-lhem o mundo em que querem viver mediante o que comem ou bebem. Isso reforça a preocupação da Da-none com a qualidade e a segurança alimentar em todas etapas de pro-dução e também incentiva a busca por mais iniciativas sustentáveis e inovadoras, dentro e fora de seus escritórios e fábricas.

“Acreditamos que esta mistura de talentos com diferentes crenças, personalidades, orientações sexuais e histórias fomenta discussões interes-santes e resulta em times mais fortes, com um olhar mais abrangente sobre as questões que envolvem o desenvol-vimento de produtos e de experiência de marca, tanto com o público inter-no quanto com o consumidor final”, completa Andrea.

A contratação ideal

Para a Assetz Expert Recruitment, empresa que atua na contratação de cargos de liderança em Contabilidade e Finanças, companhias que se preo-cupam com a diversidade de forma genuína reportam receitas maiores, crescimentos nos lucros, são mais inovadoras e possuem os colabora-dores mais satisfeitos. Além disso, tendem a atrair e reter mais talentos, principalmente quando se trata da nova geração.

“Os jovens profissionais de hoje são muito mais conscientes e envol-vidos em causas, não trabalham mais por remuneração ou por cargo, es-tão preocupados com o propósito. Tudo mudou, tudo muda o tempo todo. Houve uma época em que o sonho do jovem era ter um carro. Hoje, ninguém quer ter carro, quer compartilhar”, salienta Guilherme Malfi, sócio da Assetz.

“Essa pluralidade incentiva um olhar abrangente sobre as questões que envolvem o desenvolvimento de produtos e de experiência de marca”Andrea Zitune, da Danone

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diversidade

dial, fez com que o Boticário refletisse e tentasse ampliar essa discussão junto a outras empresas. Como contribuir para a transformação desta realidade? Como reforçar o valor da mulher no mercado de trabalho e na sociedade em geral?

“Valorizar a equidade de gênero sempre será uma prioridade. A di-versidade é o retrato da nossa socie-dade. Por meio dos nossos produtos, estamos presentes em quase todos os lares brasileiros. Por isso, não só respeitamos, mas também abraçamos e representamos isso, seja em nos-sos comerciais, nossa comunicação interna e em conversas como essa. Quando paramos para pensar sobre a realidade das mulheres, percebemos que há muito a fazer até chegarmos a um contexto que ofereça oportu-nidades iguais para todos”, afirma Gustavo Fruges, diretor de Comuni-cação e Marca do Boticário.

“Houve uma época em que o sonho do jovem

era ter um carro. Hoje, ninguém quer

ter automóvel, quer compartilhar”

Guilherme Malfi, da Assetz

Ele explica que a contratação de profissionais com diferentes perfis traz benefícios para as empresas. Um profissional com mais idade, por exemplo, que tem a oportunidade de trabalhar com pessoas mais jovens, consegue passar mais maturidade, serenidade e foco, o que acaba contri-buindo para o crescimento de todos, inclusive da empresa. Outro ponto importante é a flexibilização das exi-gências técnicas. “Muitas vezes vale a pena apostar em pessoas que não têm formação acadêmica nem lín-guas, mas que valorizam a oportuni-dade. Esses profissionais performam melhor e geram mais resultados para a companhia”, finaliza.

O gol é das mulheresSerão necessários 202 anos para

que seja estabelecida a paridade eco-nômica entre os gêneros. O dado, di-vulgado pelo Fórum Econômico Mun-

ATAQUES DA OPOSIÇÃO

Numa sociedade democrática, lidar com haters e pessoas com convicções diferentes também faz parte do processo. Em 2015, a campanha de Dia dos Namorados do Boticário trazia diferentes tipos de casais trocando presentes. A campanha gerou grande repercussão por mostrar as primeiras rela-ções homoafetivas em propaganda televisiva e foi alvo de críticas. Alguns consumidores chegaram até a abrir processo no Conar. Em 2018, a campanha de Dia dos Pais também foi alvo de comentários e reações negativas, desta vez no YouTube. O vídeo mostrava uma família retratada pelos olhos e pelas experiências do pai. Estrelada apenas por atores negros, a propaganda foi criticada por internautas que ironizavam a falta de representatividade do comercial. Em resposta, centenas de usuários pas-saram a elogiar a atitude da marca.

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diversidade

“Em nossa comunicação

abordamos temas relevantes de forma natural,

como diversidade e equidadede gênero”

Gustavo Fruges, do Boticário

Hoje, 50% das vice-presidências do Boticário são ocupadas por mu-lheres, que também assumem 51% das posições de coordenação. Além disso, 56% das colaboradoras ocu-pam cargos de liderança e 85% das franquias são geridas por, pelo me-nos, uma mulher.

O Boticário é muito associado à representatividade por conta de suas campanhas. A primeira edi-ção da pesquisa Oldiversity, com as dez marcas mais lembradas pelo tema “diversidade na propaganda”, colocou a empresa na liderança de percepção do público, com 25% de lembrança entre o público pesquisa-do em todo o país. A mesma pos-tura é seguida dentro da empresa. Todos os colaboradores têm acesso aos mesmos direitos e oportunidades, independentemente de gênero, idade, raça, religião, condição física, estado civil, nacionalidade, convicção políti-ca e orientação sexual e identifi cação de gênero.

“À medida que os consumidores se tornam mais conscientes das desigual-dades e injustiças no nosso país, eles procuram fazer diferença e se aproxi-mam de marcas que se alinham com seus valores”, afi rma Gustavo.

Uma pesquisa da Ipsos aponta que sete em cada dez pessoas esperam que as marcas contribuam muito mais para a sociedade do que contribuíam no passado e invistam mais em causas.

“O Boticário acredita na bele-za das relações e por isso valoriza e respeita a diversidade e repudia a prática de situações discriminatórias. O resultado disso é o engajamento com o nosso público. Só no Facebook temos mais de 14 milhões de fãs e es-tamos sempre inovando e investindo em formas de manter essa conversa viva e cada vez mais relevante, tra-zendo para nossa comunicação os códigos contemporâneos da nossa so-ciedade, abordando temas relevantes de forma natural, como diversidade e equidade de gênero”, comemora.

SHUT

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A 23ª edição da Parada LGBTIQ+ reuniu recentemente cerca de 3 milhões de pessoas na Avenida Paulista, principal centro econômico, fi nanceiro e empresarial de São Paulo, movimentando R$ 403 milhões na economia da cidade

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Relevância e históriaDesde sua criação, o Fórum de

Marketing Empresarial tem atraído grandes nomes e marcas. Promover discussões pertinentes e relevantes para o setor é algo que necessita de uma curadoria especial, para que o evento possa sempre ter conteúdos atuais, em sintonia com as principais preocupações e dilemas que envolvem os profissionais da área.

COM DEZ ANOS DE HISTÓRIA, EVENTO ACUMULA TRAJETÓRIA DE REFERÊNCIA, COM CONTEÚDO

ATUALIZADO E DISCUSSÕES IMPORTANTES PARA COMUNICAÇÃO DAS MARCAS

FATOR HUMANO

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evento

Aedição de 2019 do Fórum de Marketing Empresarial cele-bra os dez anos do evento, que se transformou em refe-

rência para o mercado, destacando o valor das marcas e das estratégias do setor para conquistar o público, além das mudanças econômicas e sociais que influenciam as tendências do con-sumo. Nesta edição, realizada entre os dias 23 e 25 de agosto, no hotel Sofitel

Jequitimar, Guarujá, litoral de São Paulo, o debate traz uma questão importante para o mercado: o fator humano no Marketing. O evento tem dois painéis e seis LIDE Talks e conta com curadoria de Mar-cos Quintela, CEO do VMLY&R Group no Brasil; Armando Ferren-tini, presidente da Editora Referên-cia; e Adonis Alonso, jornalista e presidente da Criatix Comunicação.

Celia Pompeia, Marcos Quintela,

Armando Ferrentini, Guga Valente, Luiz Fernando

Furlan e Luiz Cláudio Costa

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PREMIADOS

ÍCONES DA PROPAGANDA Erh Ray – Betc/Havas

Marcia Esteves – Grey Brasil Luiz Sanches – Almap/Bbdo

MARKETING DO BEM Canon

Faber-Castell Itaú Social

MARKETING DE CONTEÚDO Formata

Getty Images Webedia

MARKETING ESPORTIVO Bridgestone Mastercard

Red Bull

MARKETING DE INOVAÇÃO Ambev

Pandurata Alimentos Waze

MARKETING INSTITUCIONAL Bradesco

Jeep XP Investimentos

MARKETING DE PRODUTO Audi Seara

Lojas Marisa

MARKETING PROMOCIONAL Caoa Chery

Orloff Piraquê

MARKETING DE VAREJO Casas Bahia Carrefour

Petz

EMPRESA DE MARKETING DO ANO Cielo

DIRIGENTE DE MARKETING DO ANO Sandra Martinelli - ABA

HOMENAGEM ESPECIAL José Roberto Maciel, CEO do SBT

“Este ano, a edição é especial. São dez anos promovendo debates com os principais líderes do mer-cado para falar sobre tendências e a relação das marcas com o consu-midor. Sempre à frente, trouxemos para a discussão a humanização das marcas na era digital. Com isso, te-mos o objetivo de continuar contri-buindo para uma evolução positiva do setor, gerando insights e debates saudáveis”, diz Quintela.

AgendaO tema central é “O Marketing

Humano das Marcas”, que se desdo-bra em dois painéis sobre o valor das marcas e das estratégias de Marketing na conquista de consumidores. “O Futuro da TV: seja o primeiro a saber” será o primeiro painel e terá como palestrante José Roberto Maciel, CEO do SBT. Já a segunda plenária debate-rá “A maior inovação do marketing é o ser humano” e contará com a par-ticipação de Hugo Rodrigues, CEO e chairman da WMcCANN; Marcelo Bicudo, CEO da Superunion Brand Consultancy, e Motriz Wolff, Mana-ging Director de Mídia da Dunnhum-by para a América Latina.

O mercado tem observado a volta da valorização das relações humanas por empresas e marcas. A comuni-

cação atual exige histórias verdadeiras e depoimentos reais para comprovar a eficiência e qualidade de produtos. Junto disso, a troca de experiências e comportamento mais humano também ganhou peso no ambiente corporati-vo, sendo característica fundamental para grandes líderes. Dessa forma, o Marketing passa por um processo de transição, em que vem deixando de criar mitos para entregar verdades.

“A tecnologia está presente também nas discussões, mas o ponto central é como as marcas podem e se utilizam dela para se tornarem mais humanas. Tanto que os temas dos LIDE Talks tra-zem questões aparentemente distintas, como vulnerabilidade dos executivos ou lançam a dúvida dos benefícios do always on. Parecem assuntos distan-tes, mas são bastante ligados por um olhar humano do Marketing”, afirma Celia Pompeia, vice-presidente exe-cutiva do Grupo Doria, organizador do Fórum.

Já os LIDE Talks, bate-papos inti-mistas, interativos e descontraídos, con-tam com seis temas: “Vulnerabilidade: o que executivos de sucesso podem apren-der com seus insucessos”; “Furando a bolha: por que sua empresa tem que furar também”; “Como transformar genéricos em marca própria”; “Haters: amá-los ou odiá-los?”; “Help! onde foi parar o meu consumidor?”; “Imersão ou detox? Always on pode ser bom para as marcas, mas não para a gente.”

Reconhecimento a quem faz história Também nesta última década, o Fó-

rum prestou homenagem a inúmeros profissionais que contribuíram para o setor, com trabalhos de relevância para a área, no Brasil e no mundo. Veja no quadro ao lado quem são os laureados pela edição 2019.

Desde sua criação, o Fórum de Marketing

Empresarial tem atraído grandes nomes e marcas

evento

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FORMATA SE CONSOLIDA COMO PRODUTORA E

CRIADORA DE CONTEÚDO AUDIOVISUAL

AFormata é uma das maiores produtoras de conteúdo do Brasil, responsável por pro-dução, criação, distribuição e

internacionalização de programas para todos os tipos de plataforma. A empre-sa já produziu reality shows, sitcoms, filmes, séries de TV e branded content.

A produtora foi fundada há qua-tro anos, tem um estúdio próprio de 800m2 e é 100% brasileira. Nesse período de operação foram mais de 500 horas de conteúdos produzi-dos para grandes clientes. Em seu portfólio estão SBT, Multishow, Re-cord, GNT, MTV, Comedy Central, Disney Channel, Discovery H&H e Canal Sony.

Ao longo de sua trajetória, a For-mata acumula indicações e prêmios e teve seu trabalho reconhecido diver-sas vezes pelo mercado e pela crítica.

O programa “Adotada”, da MTV, foi indicado ao Emmy Internacional 2016 na categoria Best Non-Scripted Entertainment. O filme “Os Parças”, lançado em 2017, foi a segunda maior bilheteria de filme nacional de comé-dia daquele ano e finalista do Grande Prêmio de Cinema Brasileiro de 2018 na categoria Melhor Comédia.

COM UM PORTFÓLIO DE PROGRAMAS PREMIADOS E GRANDES CLIENTES,

EMPRESA VIRA REFERÊNCIA NO SETOR

Outra produção de destaque foi o reality show “Fábrica de Casamen-tos”, feito em parceria com SBT e Dis-covery H&H, que venceu o prêmio UOL de TV e Famosos na categoria Melhor Reality de 2017 pelos críticos e foi eleito Melhor Reality Show de Talentos de 2018 pelo público.

A série “Z4”, que venceu o Prê-mio Contigo de Melhor Programa Infanto Juvenil de 2018 e o programa “Entubados”, finalista do 2017 Inter-national Format Awards em Cannes na categoria Melhor Formato Mul-tiplataforma, completam a lista.

Para a Record TV, a série “Je-zabel” também ganha destaque. A megaprodução bíblica teve 80 episó-dios e todas as cenas externas foram gravadas em terras internacionais, no Marrocos.

Novidades em 2019A Formata não para de crescer.

Neste ano, estão previstos lança-mentos do longas Os Parças 2, a finalização do longa “A Suspeita” estrelado por Glória Pires e a pré--produção de “A Marca”, biografia de Luiza Brunet. Além disso, a pro-dutora também faz parte da volta de

um projeto de sucesso. O “Acústico MTV”, com apresentações intimis-tas, retorna com Tiago Iorc e estreia em setembro.

Outros programas de sucesso como “A culpa é do Cabral” e “A culpa é da Carlota”, ambos do Come-dy Central, e “Dra. Darci”, do Mul-tishow, rechearam os novos conteúdos produzidos pela Formata, consolidan-do um grande ano para a empresa.

www.formataproducoes.com.br

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LEANDRO ESPOSITO, LÍDER DO WAZE NO BRASIL, FALA SOBRE HATERS, COMO APRENDER

COM INSUCESSOS E DIVERSIDADE

DESAFIOS ALÉM DA TECNOLOGIA

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Contribuir e se beneficiar de um bem em comum nas ruas. Esse é o lema do Waze, um dos principais aplicativos de locali-zação e mobilidade urbana do mundo.

Levar informações em tempo real sobre o trân-sito, rotas alternativas e permitir a interação entre os usuários é o diferencial da plataforma que conquistou os brasileiros.

Lançado em 2009, o Waze está presente em 185 países e disponível em 51 línguas. O app chegou oficialmente ao Brasil em 2012. Desde então o crescimento foi exponencial e o país tornou-se um grande mercado para a empresa.

Não era para menos. De acordo com da-dos do Ministério das Cidades, de fevereiro de 2018, a frota nacional é superior a 97 milhões

de veículos incluindo automóveis, caminhões, motocicletas, entre outros. Essa quantidade posiciona o Brasil como o 9º maior mercado automotivo. Ao mesmo tempo, os brasileiros perdem muitas horas em congestionamentos. Segundo pesquisa do Instituto Ipsos, divulgada em maio, as pessoas passam, em média, 1h20 por dia no trânsito.

Diante desse cenário e com mais de 115 mi-lhões de usuários no Brasil, os desafios não são apenas tecnológicos, mas também os de marke-ting e comunicação, são imensos. Nesta edição, ouvimos Leandro Esposito, country manager do Waze no país. O executivo, que assumiu o desafio de liderar a operação em março do ano passado, falou sobre diversidade, insucessos e haters.

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REVISTA LIDE: Como faz para que os insucessos sejam parte também do seu sucesso?LEANDRO ESPOSITO: Quando se trabalha com tecnologia, falhas e insucessos são vis-tos como parte do processo de aprendizado. Logicamente, o nosso objetivo é acertar sem-pre, mas, caso falhas ocorram, é importante aprender o mais rápido possível, consertar e seguir em frente. Acredito que o crescimento das startups está ampliando essa forma de pen-sar. Para mim, os profissionais que conseguem aceitar esses erros de maneira mais humilde, estando abertos a feedback e a sugestões de todos os lados - consumidores ou usuários, parceiros de negócio, outros grupos dentro da própria empresa - são os que acabam cons-truindo produtos e soluções transformadoras, se destacando nos mercados em que atuam.

Qual é o poder transformador da diversidade para o seu negócio? 

O Waze é um ecossistema de mobilidade feito pelas pessoas e é baseado em uma mu-dança positiva de comportamento - colabo-ração no momento do deslocamento. Dentro deste contexto, a diversidade é essencial para entendermos as diferentes perspectivas da sociedade e nos ajuda a construir produtos e serviços que sejam relevantes para todos. Nós, como empresa de tecnologia, temos o dever

de amplificar a conversa, e a melhor maneira de fazer isso é aprendendo a ouvir o público, nos aproximando de todos que fazem parte do nosso ecossistema.

Qual é a melhor resposta para os haters da sua marca?

O Waze é feito de acordo com o feedback dos usuários e tenta sempre atender as ne-cessidades da nossa comunidade. O objetivo é sempre oferecer a melhor experiência para quem está dirigindo. Para nós, a melhor res-posta que uma marca pode dar é ouvir os usuários, dialogar com eles e tentar entender e atender suas necessidades.

“A melhor resposta que uma marca

pode dar é ouvir os usuários, dialogar com eles e tentar

entender e atender suas necessidades”Leandro Esposito, country manager

do Waze

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A TRANSPARÊNCIA NA CADEIA DE SUPRIMENTOS SE TORNA CADA VEZ MAIS IMPORTANTE PARA LÍDERES

EMPRESARIAIS E CONSUMIDORES PREOCUPADOS COM AS CONDIÇÕES DE TRABALHO, A PRESERVAÇÃO

AMBIENTAL E ATÉ COM A ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

Ociclo de vida de um produto come-ça com a escolha de fornecedores e prestadores de serviços, que devem ter como ponto de partida a mesma

preocupação com as práticas responsáveis da empresa que os contrata.

E não há como negar a relevância do tema. Hoje, além do consumidor mais atento, a efi-ciência da cadeia de suprimentos está também relacionada à otimização de atividades, ações contra o desperdício, gestão de resíduos e impacto ambiental. O consumidor passou a adotar uma relação muito mais holística com a saúde e o meio ambiente, o que vem sendo concretamente refletido nas estratégias e nas vendas da indústria e do varejo brasileiros.

Por dentro da jornada artesanal dos diamantes

A Tiffany & Co, por exemplo, anunciou recentemente que começará a divulgar a pro-veniência de seus diamantes comprados e re-gistrados individualmente. A companhia se compromete com a transparência completa de informações geográficas e de toda a jornada artesanal - como a localização das oficinas de lapidação e polimento - até 2020.

Quando a proveniência for desconhecida – como no caso de pedras de herança Tiffany anteriores a essa política – a companhia confir-mará que o diamante foi comprado de acordo com as práticas do setor.

“Como líderes da indústria de luxo, enten-demos que nossos clientes merecem saber que um diamante Tiffany foi selecionado de acordo com os mais altos padrões do mercado, não apenas de qualidade, mas também de responsa-bilidade social e ambiental. E acreditamos que a rastreabilidade da joia é a melhor forma de garantir os dois. Embora as práticas atuais do setor de diamantes impossibilitem a identificação de proveniência para vários dos diamantes do mundo, nós nos esforçamos para liderar o setor ao aumentarmos a transparência de nossa cadeia de suprimentos”, conta Maximiliano Suffriti, diretor geral da Tiffany no Brasil.

A Tiffany & Co é hoje a única joalheria de luxo global a possuir e operar suas próprias oficinas de polimento de diamantes em todo o mundo, onde mais de 1.500 artesãos garantem a qualidade dos produtos.

“Esperamos que nossas iniciativas promo-vam mudanças positivas e colaboração em todo o setor. Em 2003, defendemos o Processo de

transparência

DE BEM COM O PLANETA

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Kimberley, que evita a compra e venda de pe-dras procedentes de áreas de conflito, guerras civis e de abusos de direitos humanos. Agora, acreditamos que é a hora de promover esse novo movimento e definir um novo padrão: o conhe-cimento da proveniência. Mais do que nunca, os clientes exigirão que as empresas sejam respon-sáveis e assumam a liderança rumo à mudança social e ambiental”, completa.

Inovação e responsabilidade socialNão utilizar mais peles de animais é a ini-

ciativa da Prada, em colaboração com a Fur Free Alliance (FFA) - uma coalizão de mais de 50 organizações de proteção animal em cerca de 40 países -, para responder às mudanças de atitude dos novos consumidores, que são mais cuidadosos na escolha de produtos sustentáveis, e buscar um diálogo saudável entre as marcas de luxo. O movimento já é conhecido como o novo conceito de luxo ético.

“Estamos comprometidos com a inovação e a responsabilidade social. A política livre de peles é uma extensão desse engajamento”, disse a estilista e herdeira que está à frente da marca, Miuccia Prada, em comunicado à imprensa.

Os diamantes da marca

de luxo Tiffany são operados

em oficinas próprias

A Tiffany & Co anunciou

recentemente que começará a divulgar a

proveniência de seus diamantes comprados e registrados

individualmente

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transparência

Além disso, a marca lançou um projeto, a Re-Nylon, apresentando uma linha sustentável de bolsas executadas em um novo e exclusivo nylon regenerado, o ECONYL®, obtido atra-vés do processo de reciclagem e purificação de resíduos plásticos recolhidos de oceanos, redes de pesca e sobras de fibras têxteis. Res-saltando a importância da conscientização e responsabilidade, uma porcentagem da venda será doada para um projeto relacionado à sus-tentabilidade ambiental.

Produto sustentável, vida saudávelA sustentabilidade sempre foi um pilar

importante para a C&A, que hoje é a maior compradora de algodão orgânico do mundo e mantém o seu compromisso em ampliar cada vez mais a oferta de produtos feitos com maté-rias-primas sustentáveis e promover condições de trabalho justas e seguras em toda a sua rede de fornecimento.

A companhia vem empreendendo ações de sustentabilidade desde 2009 e, a partir de 2015, essas iniciativas foram estruturadas em três pila-res de atuação: Produtos Sustentáveis, Rede de Fornecimento Sustentável e Vidas Sustentáveis, que dão forma à Plataforma Global de Susten-tabilidade da empresa, com metas alinhadas ao negócio que vão até 2020. As iniciativas estão alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

“Acreditamos que devemos oferecer aos nossos clientes uma moda com impacto po-sitivo, sem comprometer a qualidade de vida daqueles que confeccionam nossas roupas ou o planeta, de onde obtemos a matéria-prima. Queremos que os nossos clientes tenham con-vicção de que fazemos a coisa certa e saibam que estamos sempre em busca das melhores escolhas para eles”, informou a C&A.

Cerca de 40% dos produtos da marca con-feccionados em algodão são produzidos com matéria orgânica certificada na origem. Porém, esse tipo especial de algodão ainda não con-segue atender à demanda e, por isso, a C&A iniciou campanhas de incentivo de acordo com

os padrões de cultivo Better Cotton, que prevê que os agricultores sejam treinados e recebam apoio para usar a água de forma eficiente, cui-dar da saúde do solo e dos habitats naturais, reduzir o uso de produtos químicos nocivos e promover o trabalho decente.

O intuito da empresa é atingir a meta de uso de algodão mais sustentável em 100% das peças até 2020.

Há um ano, a C&A lançou o movimento #Vis-taAMudança, em prol da construção de uma moda com impacto positivo, pensado espe-cialmente para inspirar o público e fomentar a reflexão sobre o assunto.

Para dar ainda voz à iniciativa, a empresa escalou a cantora, compositora e multi-instru-mentista Mahmundi, considerada um expoente da cena indie-pop nacional.

Celebridades e influencers, como a atriz Fernanda Paes Leme, o casal Jade Seba e Bruno Guedes, a modelo Monica Benini, o apresen-tador Caio Braz e a consultora de marketing e idealizadora do Projeto Gaveta, Giovanna Nader, também participaram do projeto.

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RANKING BRASIL X MUNDO: SOMOS COMPETITIVOS?

REFORMAS COMO AS PROPOSTAS EM TRÂMITE DEVEM IMPACTAR A ECONOMIA

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UM PAÍS EM OBRAS

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ESPECIALISTAS TRAÇAM CENÁRIOS

E AVALIAM AS PERSPECTIVAS EM RELAÇÃO

ÀS REFORMAS PREVIDENCIÁRIA,

TRIBUTÁRIA E FISCAL

UM PAÍS EM OBRAS

Se o Brasil fosse uma loja e ti-vesse uma placa em sua vitri-ne, nela estaria escrito “fecha-do para reformas”. O Senado

Federal começa a discutir a reforma da Previdência, ao mesmo tempo em que o Congresso se prepara para vo-tar a reforma tributária, e líderes de vários setores discutem a necessidade de uma reforma fiscal. Depois de anos de recessão, o Brasil anseia por cresci-mento econômico imediato, ao mesmo tempo em que tenta evitar uma falên-cia. Sim, “falência” é a palavra citada pelo especialista em contas públicas da Fundação Instituto de Administração (FIA), professor Raul Velloso.

“A reforma da Previdência é a mais urgente porque temos o maior déficit do mundo, que pode levar a uma fa-lência completa do Estado Brasileiro. Quando o governo diz que ‘não vai ter dinheiro para pagar a aposentadoria em alguns anos’, ele não quer dizer que não vai pagar. No fundo ele paga, mas a um custo imenso, imprimindo moeda, fazendo dívidas exteriores o que poderia até trazer a volta da hipe-rinflação”, alerta.

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No caso dos estados, o déficit já cobra seu preço. Como não podem emitir moeda, acumulam dívidas com o Governo Federal que ultra-passaram R$ 108 bilhões em 2018. E ainda atrasam pagamentos de for-necedores e servidores.

“Esse é o principal elemento para se preocupar, pois tem efeito devas-tador rápido. O estado gasta mais do que arrecada, cai em descrédito, gera pessimismo, que reduz os in-vestimentos, que diminui a arreca-dação. Crescer pouco vem sendo o drama das últimas décadas”, com-pleta Velloso.

Mas o mestre e doutor em econo-mia da Faculdades de Economia e Ad-ministração da USP (FEA), professor Paulo Roberto Feldman, adverte que evitar a falência não é o mesmo que produzir crescimento. E apoiado na fala do próprio Secretário do Tesou-ro Nacional do Governo Bolsonaro, Mansueto Almeida.

“Foi a primeira vez que um mem-bro do governo afirmou que ainda haverá um déficit público impor-tante em 2020, pois a reforma da Previdência vai demorar alguns anos até trazer os benefícios esperados”, afirma Feldman.

“A ideia é um imposto automático, tributado em qualquer transação

financeira, que cai direto na conta do tesouro - isso seria uma simplificação para todas as empresas e o fim da sonegação”

Gabriel Kanner, presidente do Movimento Brasil 200

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Aprovada na Câmara dos De-putados, a proposta de reforma Tributária que segue para o Con-gresso agrada a maioria dos econo-mistas por simplificar o sistema de cobrança. O combate à sonegação também é pedido de todos os setores da sociedade, e há otimismo que o modelo proposto pela PEC 45/19 tenha sucesso neste sentido.

“Ao simplificar o sistema o Brasil já começa a combater a sonegação, o que promove o aumento de compe-titividade do país. O Brasil tem uma das cargas tributárias mais altas do mundo, mas não vejo possibilidade de pensar em redução de carga tribu-tária, pois os gastos são muito altos”, comenta Velloso.

O deslocamento da cobrança de imposto da produção para o consu-mo é considerado como evolução, mas o modelo de distribuição en-tre estados, municípios e federação gera controvérsias (leia mais sobre o assunto no box). Assinado por 40 entidades empresariais com repre-sentantes do varejo, comércio, edu-cação e indústria, o Instituto Brasil 200 defende um modelo diferente de tributação. Um imposto único sobre movimentação financeira.

“A ideia é um imposto automáti-co, tributado em qualquer transação financeira, que cai direto na conta do tesouro - isso seria uma simplificação para todas as empresas e o fim da sonegação. Para as pessoas, o ganho seria nos impostos. Hoje, um empre-gado registrado por R$ 2 mil de sa-lário bruto, recebe líquido R$ 1.700 reais. Pagando apenas 2,5% sobre transações, esse funcionário recebe-ria R$ 1.950”, diz Gabriel Kanner, presidente do Instituto Brasil 200.

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Uma ideia contestada pelo presi-dente do Insper, Marcos Lisboa, em entrevista recente. Ao tributar todas as transações, o consumidor paga imposto até quando não há nenhum ganho de capital, quando faz um de-pósito para um parente, ou vende um carro usado, por exemplo.

Para Feldmann, nenhum dos mo-delos de reforma tributária proposto toca nos pontos fundamentais, que são Imposto de Renda de Pessoa Fí-sica e taxação de grandes fortunas.

“Existe um dado chocante e pouco divulgado que é a distribuição de ren-da do país, uma das piores do mundo. Na lista da revista The Economist com as dez piores distribuições do mundo, o Brasil aparece ao lado de Suazilân-dia, Eritréia e Sudão do Sul, só para citar alguns”, diz Feldman, para quem a reforma Tributária seria uma forma de atacar o problema.

No Brasil, a classe média paga um Imposto de Renda efetivo – IR dividido pela renda familiar – de 15%, enquan-to as famílias muito ricas, pagam um IR efetivo de 5%. A mesma despro-porção acontece em caso de heranças.

“Foi a primeira vez que um membro do governo afirmou que

ainda haverá um déficit público

importante em 2020, pois a reforma da

Previdência vai demorar alguns anos até trazer

benefícios”Paulo Roberto Feldman,

professor da FEA

“Aqui, a herança tem apenas im-posto estadual e ele é de 4%. Nos países desenvolvidos esse imposto é federal, e muito maior - 50% na Inglaterra, 45% na França. No Bra-sil quem vive de renda não paga, ou paga pouco imposto. O lucro de uma empresa, por exemplo, paga IR de pessoa jurídica, não paga nada de pessoa física. Quem aplica em ações e vive de dividendos (pagos na fonte), também não é tributado”, critica.

A reforma tributária idealApoiada pelo presidente da

Câmara dos Deputados, Rodri-go Maia (DEM-RJ), a PEC 45/19 do deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), vai ao Senado em bus-ca de maioria de votos para seguir como emenda constitucional. A proposta, cria o IBS (Imposto sobre Operações com Bens e Serviços), em substituição aos cinco impostos que hoje incidem sobre o consumo: IPI, PIS e Cofins (federais), ICMS (estadual) e ISS (municipal). É a que está mais adiantada, mas não é a única proposta de reforma tri-butária em discussão.

No Senado Federal, Roberto Rocha (PSDB-MA) passou a ser relator da PEC (110/19), um tex-to baseado na ideia original do ex-deputado Luis Carlos Hauly. Neste caso, a proposta é união apenas de impostos federais (PIS, Cofins, IPI, uma parte do IOF e talvez a CSLL), criando em seu lugar o IVA (Imposto sobre o Va-lor Agregado).

A terceira proposta ainda em discussão é a defendida pela equipe do Ministro da Economia Paulo Guedes, que começa pela fusão dos impostos federais. Além de trocar até cinco impostos fede-rais (PIS, Cofins, IPI, uma parte do IOF e talvez a CSLL) por um im-posto único Federal, ela propõe o fim da contribuição ao INSS paga pelas empresas. Para não reduzir a arrecadação, as opções seriam a criação de um imposto sobre to-dos os meios de pagamento ou um aumento na alíquota do imposto único. O governo ainda fala em alterações no Imposto de Renda de pessoas e empresas.IS

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A necessidade de simplifi car o sistema tributário brasileiro é consenso, e neste ponto a PEC 45 traz no-vidades importantes. O IBS é composto por três alíquo-tas – federal, estadual e municipal – mas terá arreca-dação centralizada, do ponto de vista do contribuinte, é apenas um imposto. O sistema será operacionalizado pelo Comitê Gestor, órgão ainda a ser criado, com re-presentantes dos três entes federativos.

“A distribuição do montante arrecadado para a União, aos Estados e Municípios será feita de forma automática, com base em fórmulas matemáticas que constarão da Lei Complementar que regulamentará o IBS”, explica economista Bernard Appy, fundador do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), onde foi formu-lada a proposta que originou a PEC 45/19.

Ao contrário do ICMS, o IBS é um tributo que se-gue o princípio de destino, ou seja, a arrecadação pertence ao Estado em que ocorre o consumo do bem ou serviço, independentemente do seu local de produção.

“Alguns entes federativos terão aumento e outros redução na arrecadação, por isso teremos um prazo de cinquenta anos de transição. O impacto positivo da reforma sobre o crescimento da economia fará com que todos sejam benefi ciados”, acredita Appy.

Do ponto de vista federativo, a proposta de re-forma tributária mantém uma autonomia parcial de

O QUE ACONTECE SE A PEC 45 PASSAR?Como União, Estados e Municípios passam a dividir a arrecadação e distribuição de tributos

Estados e Municípios, uma vez que terão liberdade para defi nir as alíquotas segundo Lei Ordinária. Mas, como a cobrança não é mais no endereço de produ-ção, e sim de consumo, a expectativa é que seja o fi m da guerra fi scal.

“A guerra fi scal de ICMS entre os estados brasi-leiros estimula a alocação inefi ciente das empresas e o deslocamento improdutivo de bens no território nacional. Além disso, funciona como incentivo às importações, pois, em muitos casos, os benefícios para insumos e equipamentos importados são maio-res que os benefícios concedidos à aquisição dos mesmos produtos em outras unidades da federação”, diz Appy.

Ao invés de usar a política tributária como ins-trumento de desenvolvimento, a literatura aponta melhores resultados com alocação de recursos orça-mentários que explorem as vocações regionais. Em algumas regiões, é preciso investir em melhoria de infraestrutura e qualifi cação de trabalhadores, que sustentem o desenvolvimento a longo prazo.

“Vamos melhorar o ambiente de negócios, per-mitindo mais condições de crescimento econômico, mais empregos, mais renda e, consequentemente, maior arrecadação. Além disso, acaba com a guerra fi scal, que já causou tantos problemas para o país”, afi rma o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP).

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os investidores que clamam por um ambiente estável e com um robusto arcabouço jurídico para despejar bi-lhões em investimentos.

Hoje a carga tributária no merca-do brasileiro é altíssima, tanto na pro-dução quanto na renda e no consumo. Isso é um dos principais pontos em que o Brasil difere de muitos outros mercados de países mais desenvol-vidos, e o que impede a entrada de investimentos no mercado nacional.

É necessário mostrar a quem in-veste que o Brasil ainda é o país do futuro e o lugar ideal para apostar. Contamos com a reforma tributária para que isso aconteça, especialmen-te para contribuir com o crescimento econômico da sociedade brasileira, trazendo de volta confiança, investi-mentos, aumentando a exportação e também a importação.

E quem mais que o empresariado para torcer que isso aconteça? É preci-so gerar empregos, é preciso estimular a produção no Brasil. É preciso trazer

CAMINHOS PARA UMA NOVA ROTA

DE CRESCIMENTO E AQUECIMENTO

DA ECONOMIA

artigo

Terminado o primeiro semestre do ano, espécie de cartão de visitas de qualquer início de governo, temos pela frente a

prova de fogo, ou seja, qual o tama-nho das mudanças que queremos e que capital político e social precisa-remos para atingir as expectativas. E elas são altas. A realidade da reforma da Previdência e a embrionária, po-rém importante, reforma tributária nos apontam os caminhos necessários para uma nova rota de crescimento e aquecimento da economia, que irá impactar diretamente a indústria.

Com o jogo praticamente inicia-do na questão previdenciária, salvo alguma tempestade política, as aten-ções agora têm um alvo definido: a reforma tributária que já nasce como mais uma principal mudança urgen-te e, tal qual a anterior, conta com a fiança dos líderes empresariais e agentes econômicos.

É preciso trazer de volta a estabi-lidade para o País e, com isso, atrair

cada vez mais investimentos externos para o mercado nacional. A mudan-ça tem de ser feita de dentro para fora, criando um bom ambiente de negócios. Precisamos de reformas es-truturais e contamos com a reforma fiscal para colocar o Brasil de volta no mapa de grandes apostas, e com a expectativa de manter o mercado em constante ascensão. Esperamos que ela aconteça e traga um sistema simples e transparente, além de mui-tas melhorias.

O único caminho que vejo para o PIB ganhar um novo impulso é com a aprovação da reforma fiscal. De acor-do com o economista Bernard Appy, que também é um dos autores do texto que tramita na Câmara, se a reforma tributária for aprovada, a estimativa é ter um aumento no PIB potencial de dez pontos percentuais nos próximos 15 anos. Isso é um grande avanço. Em um artigo publicado recentemente, Appy reporta um estudo feito pelo Centre For Business Taxation, da Uni-

POR JOÃO CARLOS BREGA*

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É necessário mostrar a quem investe que o

Brasil ainda é o país do futuro e

o lugar ideal para apostar

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versidade de Oxford, no Reino Unido, para a verificação da incerteza quanto à tributação de pessoas jurídicas em 21 países. O Brasil ficou em penúl-timo lugar. Para o economista, esse resultado é uma expressiva redução do potencial de crescimento do país e uma grande diminuição do poder de compra da população.

E é isso que precisamos reverter. Com a geração de empregos, temos mais rendas, mais liberação de crédito, e com isso, a retomada do consumo, peça fundamental para que a engre-nagem da economia volte a girar. O consumidor brasileiro é um elemento importante desse motor. Precisamos voltar a decolar. Precisamos trazer de volta a confiança para o mercado brasileiro. Precisamos nos unir para que 2019 termine dando um prumo certeiro para o próximo ano.

*João Carlos Brega é presidente da

Whirlpool e curador do 3º Fórum Nacional

de Competitividade LIDE

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bater os impactos da redistribuição da arrecadação entre os Estados, Municí-pios e União e o papel do Congresso nesse cenário. “Por meio das refor-mas, o País retomará a confiança e a credibilidade mundial, alavancando investimentos e, consequentemente, o crescimento do PIB e a competiti-vidade nacional”, completou.

Essa foi a terceira edição do Fó-rum de Competitividade. Um dos objetivos do evento é propor deba-tes para que os agentes econômicos participem ativamente da definição da agenda futura do Brasil.

EMPRESÁRIOS, ECONOMISTAS E AUTORIDADES REÚNEM-SE PARA DISCUTIR A REFORMA TRIBUTÁRIA

E SEUS IMPACTOS NA ECONOMIA

COMPETITIVIDADE EM DISCUSSÃO

fórum

OLIDE promoveu um im-portante evento para dis-cutir um tema que é fun-damental para estimular

a economia do Brasil. Realizado em 16 de agosto, no Hotel Pullman, em São Paulo, o 3º Fórum Nacional de Competitividade debateu a reforma tributária, próxima grande pauta para o país.

A iniciativa teve curadoria de João Carlos Brega, presidente da Whirlpool América Latina. Nos debates, o pre-sidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ); o senador Roberto Rocha (PSDB-MA); o depu-tado federal Baleia Rossi (MDB-SP); o economista e diretor do C.CiF (Centro de Cidadania Fiscal), Bernard Appy; e o empresário e fundador do Instituto Brasil 200, Flávio Rocha.

Para Luiz Fernando Furlan, chair-man do LIDE, “o momento é funda-mental, uma vez que as propostas de reformas devem começar a avançar no Congresso”. Esse olhar para a nova economia, que gera e agrega valor, está muito em linha com o papel do LIDE, que congrega de forma abrangente e transversal o empresariado de diversos setores, segundo Furlan.

Brega ressaltou que o Fórum tra-duziu-se na oportunidade adequada para conhecer as diferentes propos-tas que tramitam em Brasília e o real impacto na economia e na gestão das empresas. “Todos sabemos o que é o ideal, mas queremos entender o que é possível. Queremos esclarecer esses pontos”, disse.

O Fórum, dividido em quatro painéis, teve como moderadores a jornalista Denise Campos de Toledo e João Carlos Brega.

Furlan destacou a importância de reunir líderes e autoridades para de-

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DOS CIGARROS CONSUMIDOS NO BRASIL ESTÃO FORA DA LEI.Com isso, o país vai perder, somente em 2019, mais de R$ 12 bilhões em impostos, dinheiro que vai parar nas mãos do crime organizado.

Precisamos mudar essa realidade.

* Fonte: Ibope Inteligência.

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O QUE É PRECISO PARA O PAÍS RETOMAR A COMPETITIVIDADE

A ESCALADA ECONÔMICA

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Éfato: para o Brasil voltar a ser competitivo é preciso ajustar os custos internos e, as reformas, tributária e previdenciária, são o caminho para isso. De acordo com o CEO da BlackRock Brasil, Carlos Takahashi,

ambas as reformas têm como propósito ajustar os gastos do governo, tanto sob a perspectiva de custos diretos quanto indi-retos, proporcionando maior previsibilidade para a economia brasileira. Dessa forma, ao longo do tempo, elas permitem uma gestão adequada de recursos disponíveis, resgatando, consequentemente, a confiança e as condições necessárias para a retomada do crescimento do país.

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Conforme pesquisa de 2019 rea-lizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que compara a economia do Brasil a outras 17 si-milares, em relação ao ano anterior, o país recuperou a competitividade em três de cinco aspectos de pior po-sicionamento no ranking. Conforme o estudo, considerando o ambiente macroeconômico, a queda da infla-ção e a depreciação cambial fez o país subir para a 16º posição. Em negócios, com a diminuição da bu-rocracia, o país subiu de 17º para 16º, superando o Peru. Já o melhor desempenho foi em disponibilidade e custo de mão de obra, categoria em que o Brasil avançou três posições (10º para 6º).

Para Marcelo Guimarães, diretor comercial da Selmi, empresa deten-tora das marcas Renata e Galo, do ponto de vista do consumo, o pano-rama atual é positivo. “Somos eter-nos otimistas e acreditamos no Brasil e no potencial do segmento em que atuamos. Em massas, por exemplo, o mercado está estável, o que, na conjuntura atual, é muito positivo. Confiamos na proposta de valor dos nossos produtos, qualidade e preço pago pelo consumidor, e entendemos que se trata de um produto necessá-rio para consumo”, conta.

Apesar dos avanços, no quadro geral, o Brasil permanece em pe-núltimo lugar do ranking, superan-do apenas a Argentina. Segundo o presidente do Conselho de Admi-nistração da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equi-pamentos (Abimaq), João Carlos Marchesan, para o país voltar a ser competitivo é necessário aumentar a produtividade das empresas brasi-leiras de bens e serviço e, ao mesmo

tempo, reduzir, até eliminar, as ine-ficiências sistêmicas que tornam o país não competitivo como um todo.

Para Marchesan, a reforma da Previdência, mesmo que não tenha efeito direto na produção brasilei-ra, pode ajudar. “A medida em que a reforma da previdência estabiliza o déficit previdenciário e, portanto, retira do horizonte o crescimento ex-plosivo da dívida pública e o risco de insolvência do Estado, ela permi-te, a médio prazo, a diminuição da pressão do tesouro sobre o mercado, possibilitando a redução sustentada da taxa básica de juros, que é um fator importante de competitivida-de”, afirma.

“Mantemos um posicionamento positivo com relação ao Brasil, em função das medidas

que vem sendo adotadas e implementadas pelo novo governo”

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Assim como ele, Takahashi acre-dita em uma retomada do país por meio das reformas. “Mantemos um posicionamento positivo com relação ao Brasil, em função das medidas que vêm sendo adotadas e implementadas pelo novo governo. Em especial, pela postura mais aberta e ‘pró-mercado’ e o incentivo à competitividade e à meritocracia”, conta. De acordo com o CEO, a implementação das medidas de ajuste poderá trazer mais confiança ao investidor estrangeiro que poderá direcionar sua aposta para o Brasil.

Por outro lado, a guerra tarifária entre Estados Unidos e China, o viés protecionista de países relevantes e questões políticas, como as greves de Hong Kong e as eleições argentinas, podem impactar o mercado brasileiro. Por essa razão, para o CEO da Bla-ckRock Brasil, uma economia com nível de juros adequados por um período mais longo, faz com que o

investidor brasileiro tenha que diver-sificar mais, incluindo investimentos no exterior, objetivando a otimização dos retornos e também uma melhor gestão de riscos.

Além disso, segundo Marchesan, é necessário enfrentar os fatores que compõem o “custo Brasil” - a soma dos custos que a ineficiência do Estado impõe a quem produz no país - até eli-miná-los a curto e a médio prazo. “O impulso necessário seria a discussão de uma ‘agenda de competitividade’ acordada entre o setor público e os agentes privados com metas, crono-grama e com definição de competên-cias e responsabilidades”, ressalta.

Ainda de acordo com o presidente do conselho, as empresas precisam investir mais em tecnologia, inovação e recursos humanos. Conforme a pes-quisa do CNI, apesar do Brasil ser o quinto país com o maior investimen-to em pesquisa e desenvolvimento, a

baixa participação do setor privado faz com que a colocação no ranking seja intermediária em relação a ou-tros países.

Ademais, para o Brasil voltar a ser competitivo, Marchesan acredita ser essencial investir em infraestrutura e construção civil para criar empregos, renda, consumo e retomar os investi-mentos produtivos. “É importante de-finir prioridades - como a eliminação do “custo Brasil” e investimento em infraestrutura - e, se a enfrentarmos e resolvermos satisfatoriamente, o Bra-sil voltará, certamente, a ser competi-tivo”, conclui.

Da mesma maneira, Guimarães crê em uma projeção favorável. “A Selmi continua acreditando no cresci-mento do Brasil, principalmente por-que sabemos do potencial dos nossos produtos e do quanto, no nosso seg-mento, movimentamos a economia do País”, detalha.

“É necessário aumentar a produtividade das empresas brasileiras de bens e serviços e, simultaneamente, reduzir, as muitas ineficiências sistêmicas que tornam o país como um todo não competitivo”João Carlos Marchesan, presidente do Conselho de Administração da Abimaq

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EVENTOS LIDE DEBATEM REFORMAS, RETOMADA DO CRESCIMENTO E PERSPECTIVAS PARA O PAÍS

PLANOS PARA O FUTURO

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do quadro político nacional, reestabelecendo a ética, a honestidade e os valores morais como qualidades indispensáveis; atuar junto à nova classe política, em busca de diferentes compromissos e ideias; e, a médio prazo, organizar partidos fortes, com programas de governo consistentes e linhas defi nidas de posição ideológica, sem demonização do contrário”, contextualizou.

Além do debate, foi divulgada no encontro a 138ª edição do Índice LIDE-FGV de Clima Empresarial. A pesquisa, feita em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), revelou uma nota média de 6,3, que é defi nida com base na ponderação das avaliações (de 0 a 10) que os participantes da sondagem dão a temas relacionados a governo, negócios e empregos. Para 60% dos empresários, o cenário atual dos negócios melhorou. Mas, ainda de acordo com eles, o Brasil precisa melhorar em infraestrutura (33%), política (24%), segurança (8%) e saúde (4%).

LUIZ EDUARDO RAMOS PARTICIPA DE ALMOÇO-DEBATE

O Almoço-Debate LIDE de 19 de julho, no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo, foi comandado pelo vice-chairman do LIDE, Claudio Lottenberg, e teve a participação do ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos. No encontro, Lottenberg destacou a determinação de Ramos em atuar pela articulação política e institucional, justamente em um momento de novas oportunidades de ações para o país.

Além do vice-chairman do LIDE, o governador do Estado de São Paulo, João Doria, também elogiou o ministro-chefe. “O Brasil precisa de concórdia e paz. O mundo da política exige entendimento e resposta. Neste curto período de gestão, ele conseguiu estabelecer uma nova relação com o Congresso Nacional e os governadores. À frente do governo do Estado de São Paulo, apoiamos a reforma da Previdência sem contrapartida. E vamos apoiar também a reforma tributária”, disse.

Ramos iniciou o debate destacando a retomada do crescimento econômico e o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Para ele, é preciso aprovar as reformas previdenciária, política, trabalhista e tributária para que tanto a retomada econômica quanto a aliança com os mercados europeus sejam aproveitadas por completo. “É ainda necessária a desestatização, fazendo com que o Estado concentre suas ações em saúde e educação, por exemplo”, afi rmou.

O ministro-chefe também destacou o investimento em infraestrutura – em parceria com a iniciativa privada –, aportes em segurança pública e incentivos à produtividade. “É preciso também modifi car o perfi l

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O 8º Fórum LIDE da Saúde e Bem-estar, realizado em 22 de julho no hotel Grand Hyatt, em São Paulo, reuniu médicos, especialistas, empresários e autoridades para debaterem o futuro da medicina. Segundo Claudio Lottenberg, vice-chairman do LIDEe presidente do LIDE Saúde e do UnitedHealth Group, o setor é responsável por 7 milhões de empregos e movimenta 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do País.

Durante a abertura, José Henrique Germann, secretário de Saúde do Estado de São Paulo, enfatizou a participação do SUS no orçamento do Ministério da Saúde: atualmente, o fi nanciamento corresponde a 16% da receita, mas deve subir para 21%.

No primeiro painel “Criatividade em Saúde: busca por novos modelos - avanços da Medicina”, Raphael Brandão, chefe da Oncologia dos hospitais Samaritano e Paulistano, contou sobre a transformação no tratamento do câncer. “Antigamente, analisávamos se um tumor era maligno ou não pelo seu tamanho. Agora, existem testes que dizem se um tumor é agressivo ou não. Daqui a algum tempo, o câncer, provavelmente, será tratado como uma doença crônica, com o paciente vivendo por muitos anos, como os hipertensos”, previu.

No segundo debate “Estilo de vida: a fórmula da longevidade”, o presidente do Centro Internacional

de Longevidade Brasil, Alexandre Kalache, enfatizou a importância de aulas de geriatria, mesmo para os estudantes que não irão se formar nessa especialidade. De acordo com Kalache, em alguns anos, os idosos serão maioria, motivo pelo qual também foram discutidos os benefícios de práticas meditativas para a saúde e o bem-estar ao longo da vida.

Catia Porto, vice-presidente do UnitedHealth Group, revelou no terceiro painel “Gestão da saúde” os resultados da pesquisa “Sinais vitais”, realizada com colaboradores da companhia. “Quando um funcionário está contente, ele adoece menos e produz mais”, compartilhou.

Coube a Antoine Daher, fundador e presidente da Casa Hunter, liderar o quarto e último painel “Doenças raras”. Ele ressaltou que aproximadamente 13 milhões de pessoas têm doenças raras no Brasil e que, em cerca de 80% dos casos, a origem é genética.

No campo jurídico, tendo em vista o crescimento de processos de consumidores contra empresas do setor, por exemplo, Rosângela Moro, advogada especializada em enfermidades raras, afi rmou que é preciso combater a má judicialização e aumentar os centros de referência no Brasil para tratamentos.

FÓRUM LIDE DA SAÚDE E BEM-ESTAR ABORDA O FUTURO DA MEDICINA COM GRANDES NOMES DO SEGMENTO

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aconteceu

Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna, e executivos do Google, LinkedIn, EF Education First, Vereda e Gama Academy foram os convidados especiais do último Like The Future, realizado em 18 de junho.

Nesse que é o maior evento do LIDE Futuro, eles debateram o futuro da educação brasileira para mais de 300 pessoas. Além das discussões sobre o tema, João Kepler, da Bossa Nova Investimentos, conduziu quatro pitches entre startups. “Acreditamos que muitos dos nossos próximos investimentos poderão ser destinados às empresas do LIDE FUTURO”, destacou Kepler.

LIDE RIO DE JANEIRO DISCUTE FUTURO DA PETROBRAS

No dia 1º de julho, Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras, participou de um Almoço-Debate promovido pelo LIDE Rio de Janeiro. Castello Branco reafi rmou a disposição da companhia em vender ativos para poder se concentrar na exploração do pré-sal, destacando que devem ser anunciadas mais vendas de refi narias, além da devolução da concessão de distribuição de gás no Uruguai.

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LIDE FUTURO DESTACA PLANOS PARA EDUCAÇÃO

E no dia 19 de julho, o LIDE Futuro promoveu evento especial em São Paulo. A LAJE, uma plataforma de inovação que gera soluções de negócio ágeis, trouxe um dos grandes humoristas do Brasil para uma conversa com mais de 50 jovens lideranças fi liadas.

Marcelo Madureira, que fi cou famoso no programa de TV Casseta&Planeta e tornou-se ainda mais relevante no cenário político por sua visão liberal, falou sobre aprendizados e refl exões feitas ao longo da carreira. Em um bate-papo descontraído, ele afi rmou que “o limite do humor é a gargalhada. O objetivo do humorista é fazer graça, e não ofender”.

Durante o evento, ele também disse que a estatal fará investimento de US$ 21 milhões na revitalização da Bacia de Campos (RJ) e que a participação da Petrobras na Braskem “é um investimento que não faz nenhum sentido”.

Já o LIDE Futuro Rio de Janeirorealizou evento com o maior campeão da história do vôlei e recordista de medalhas olímpicas no Brasil, o técnico Bernardinho. Ele participou de encontro no Espaço OITO, em Ipanema, no Rio de Janeiro, no dia 3 de julho.

O técnico contou sobre seu estilo de liderança e abordou sua veia

empreendedora. Bernardinho é sócio da EduK, startup de cursos online, da rede de restaurantes Delírio Tropical, das academias Bodytech e das lojas de bicicleta Renato Estrella Specialized.

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Foi realizado no dia 28 de junho o Almoço-Debate do LIDE Ceará. O encontro teve como tema “Nova Gestão da Caixa: Produtividade e Bem-Estar Social” e contou com a presença do presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

Durante a palestra, o executivo contou sobre as mudanças na gestão e sobre o projeto do banco de ter até o próximo ano um lucro maior que o do Bradesco e Itaú. “Estamos promovendo uma grande mudança de cultura. A Caixa agora é o banco da matemática e, claro,

o banco da inclusão. Já economizamos R$ 1 bilhão só cuidando do dinheiro”, contou. Além disso, Guimarães destacou que o crédito para micros, pequenas e médias empresas, redução de juros para a compra da casa própria, investimento em infraestrutura e novos produtos fazem parte dessa era.

PEDRO GUIMARÃES PARTICIPA DE ALMOÇO-DEBATE NO LIDE CEARÁ

O presidente da Caixa também falou sobre a importância do Ceará. “O estado, pela sua relevância no Nordeste, tem um foco grande da Caixa. Tanto na parte de crédito imobiliário, quanto de investimento em infraestrutura.”

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No dia 29 de julho, aconteceu mais uma edição do LIDE Business Dinner, que reuniu 70 empresários no restaurante Cena Jockey, no Jockey Club de São Paulo, na capital paulista. Celia Pompeia, vice-presidente executiva do Grupo Doria, que detém o LIDE, deu boas-vindas aos convidados, ao lado de Benjamin Steinbruch, presidente da CSN.

Os convidados foram recepcionados com um coquetel, seguido de jantar, com menu contemporâneo preparado pelo chef Ivo Lopes. Na ocasião, os participantes assistiram uma corrida de oito cavalos. A apresentação permitiu aos convidados conferirem a dinâmica do Jockey, tradicional hipódromo de São Paulo.

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Nesta noite de muito networking, exclusiva para cotistas, participaram também Rose Del Col, country manager da American Express no Brasil; Vittorio Danesi, presidente da

Simpress; Ivo Wohnrath, sócio da Athié Wohnrath; Welder Peçanha, CEO da Gocil, João Teixeira, vice-presidente da Vtex, entre outros.

BUSINESS DINNER NO CENA JOCKEY

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aconteceu

INDÚSTRIA 4.0 É TEMA DE EVENTO DO LIDE PERNAMBUCO

Aconteceu no dia 5 de julho no Douro In Restaurante, em Recife, um Petit Comitéorganizado pelo LIDE Pernambuco. O evento reuniu empresários e o advogado e especialista em Direito Digital, Eduardo Magrani, para um bate-papo sobre a indústria 4.0 e o futuro do emprego.

Para Magrani, não se deve ter medo do futuro. “Não podemos parar a tecnologia. Ela cresce exponencialmente. Precisamos regulá-la e mantê-la transparente ao máximo. Temos que somar com os robôs”, afi rmou.

O advogado acrescentou que as mudanças na indústria não signifi cam menos trabalho. “Assim como não trabalhamos menos após a revolução industrial ou o surgimento da internet”. Entretanto, Magrani alertou que algumas profi ssões acabarão e várias outras surgirão.

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O LIDE Futuro Ribeirão Preto promoveu em 17 de julho Mentoring com Alfredo Soares, fundador da Xtech Commerce e um dos grandes especialistas em e-commerce e vendas, no espaço Mundo Zuum. Com o tema “Bora vender, a melhor estratégia é a atitude”, o encontro reuniu jovens empresários.

Atualmente, Soares também é sócio-diretor da VTEX, maior plataforma de e-commerce da América Latina, presente em mais de 35 países e líder no segmento SMB (pequenos e médios negócios), com mais de 800 mil lojas on-line criadas e cerca de R$ 1,2 bilhão em vendas por ano.

No dia 25 de julho a unidade realizou um By Members, com Iglá Generoso, no auditório do edifício NEO Ribeirão. Filiados e líderes empresariais tiveram a oportunidade de compartilhar ideias e conhecimentos sobre temas atuais.

Iglá Generoso é investidor anjo e fundador da Global Labs, além de ter mais de 25 anos de experiência em tecnologia e inovação digital. Durante o

encontro, ele contou o que é o open innovation e quais são os canais que ele usa nos negócios para potencializar a inovação.

Também citou como são criadas soluções para aumentar faturamento e como são feitos os investimentos em startups. “O mercado está sendo transformado com o empoderamento das pessoas pela tecnologia. Hoje, todos podem criar negócios digitais, com custos baixos”, detalhou Generoso.

RIBEIRÃO PRETO PROMOVE DEBATES COM IGLÁ GENEROSO

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Durante julho, o LIDE Paranárealizou grandes eventos. No LIDE Futuro, Victor Torres, fundador e CEO da Contabilizei (startup entre as dez empresas mais inovadoras da América Latina), fez um mentoring em que contou sobre o crescimento em escala, as difi culdades do negócio e todas as vezes em que pensou em desistir. “Meu objetivo é contribuir para o desenvolvimento do País, oferecendo um serviço acessível e sério. Temos muitas barreiras burocráticas, mas conseguimos escalar um serviço que, se feito da maneira correta, otimiza os recursos dos empresários, principalmente dos micro e pequenos negócios, ” explica.

Já a palestra com Criss Alessi, presidente da Agência Curitiba, teve como foco as iniciativas do Vale do Pinhão. A apresentação destacou o importante papel de Curitiba para o Brasil. Por exemplo:

LIDE PARANÁ REALIZA MENTORIA E PRIMEIRA EDIÇÃO DO SEMINÁRIO “MULHERES POSITIVAS”

foi a primeira cidade a ter espaços compartilhados para promover negócios voltados à inovação e à transformação social. “Temos muitas oportunidades, empreendedores que estão transformando a realidade e é nossa função, como gestores públicos, criar um ecossistema que favoreça esse desenvolvimento”, disse.

Para fechar o ciclo, no dia 25 de julho aconteceu o encontro do LIDE

Mulher com a primeira edição do Seminário “Mulheres Positivas”. A designer Maria Dolores Gasparin, a advogada especialista em direito tributário Rosângela Moro, a presidente do LIDE Mulher Paraná, Sandra Comodaro, e a advogada e sócia diretora da Nelson Wilians Advogados, Silvia Barcik, discutiram a atuação em alta performance em diferentes mercados.

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aconteceu

Filiados e convidados do LIDE Bahia participaram em 15 de julho de um Almoço-Debate, no Fera Palace Hotel, dedicado à reforma tributária, que tem o objetivo de promover uma simplifi cação dos procedimentos burocráticos para o cumprimento das obrigações fi scais. O encontro teve a participação do Deputado Federal João Roma (PRB), relator da reforma em tramitação.

“Conhecer os temas e as mudanças que estão sendo discutidas pelo Congresso sobre o sistema tributário, entender como elas podem afetar o ambiente de negócios e ter a oportunidade de debater e apresentar sugestões é papel do empresário consciente”, disse Mário Dantas, presidente do LIDE Bahia e da Associação Comercial da Bahia (ACB).

BAHIA FOCA NA REFORMA TRIBUTÁRIA

TOUR CERVEJEIRO E MENTORING EM RIO PRETO

Os fi liados do LIDE Futuro Rio Preto participaram de um tour na Cervejaria Trieste, no último dia 18 de julho. No encontro, o mestre cervejeiro Lourenço Martini apresentou a história da marca, os processos e etapas de produção e as novas tendências do segmento. Para Gustavo Pierini, presidente do LIDE Futuro, os associados são surpreendidos a cada encontro. “Promovemos experiências exclusivas para os nossos associados. Muito conteúdo, vivências e histórias inspiradoras que fortalecem o relacionamento”, afi rmou.

Segundo Luiz Sérgio Franzotti, diretor comercial da Cervejaria Trieste, é uma experiência enriquecedora abrir as portas para os empreendedores do noroeste paulista. “É gratifi cante compartilhar a minha história com os fi liados do LIDE, pois sei que temos desafi os semelhantes e podemos contribuir com o crescimento deles”, relatou.

No dia 1º de julho, o LIDE Rio Preto recebeu Wilson Poit, especialista em privatizações e superintendente do Sebrae SP, para o Mentoring “O não você já tem, então vá à luta”.

Durante o encontro, Poit relatou os desafi os e as estratégias usadas em sua trajetória empreendedora e deixou lições valiosas para os fi liados. “Recebi muitas negativas ao longo da minha vida e com isso aprendi que o empreendedor em série, tenta várias vezes e não desiste”, contou. “Quando há o encontro entre oportunidade e uma pessoa com vontade, engatilhada, grandes feitos acontecem.” No fi nal da noite, houve um momento para autógrafos e muito networking.

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RIO GRANDE DO SUL RECEBE SECRETÁRIO ESPECIAL DA

PREVIDÊNCIAO LIDE Rio Grande do Sul e o Instituto de Estudos

Empresariais (IEE) realizaram no dia 5 de julho um debate sobre os impactos sociais e econômicos da Reforma da Previdência. O encontro aconteceu no Porto Alegre Country Club e teve a participação do secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho.

“A vinda dele, nessa nossa parceria com o IEE, mostra o quanto as duas entidades lutam para um Brasil melhor, promovendo aos presentes um debate qualifi cado e de suma importância sobre esse assunto tão fundamental para o nosso futuro”, afi rmou Eduardo Fernandez, presidente do LIDE Rio Grande do Sul.

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Seu próximo evento social ou corporativo já tem o espaço perfeito para acontecer: Campos do Jordão Convention Center.

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filiados

OLIDE segue atraindo novos membros, de diversos segmen-tos, que fortalecem o grupo para discussões relevantes nos cenários econômico, político e social. Em agosto, um dos destaques é a HP Brasil. A empresa norte-americana

foi fundada em 1939 na garagem de dois amigos, Bill Hewlett e David Packard e, desde então, tornou-se uma das líderes mun-diais no segmento de tecnologia. A HP tem sede em Palo Alto, na Califórnia, e atua em diversos países. Entre seus serviços estão o desenvolvimento de componentes de hardware, eletroeletrônicos e softwares e soluções de tecnologia da informação.

Outro novo filiado é a XP Investimentos, uma das maiores asses-sorias de investimentos do país. Com mais de 18 anos de mercado, está presente nos Estados Unidos, Inglaterra e Suíça. Atualmente possui mais de 1,2 milhão de clientes ativos e R$ 240 bilhões sob custódia. Também é proprietária do site InfoMoney, o maior portal de notícias do mercado financeiro do Brasil, com 55 milhões de pageviews por mês.

Ainda no setor financeiro, o Banco Safra também é destaque. Um dos maiores bancos privados do país, possui mais de 8 mil colaboradores e oferece uma ampla linha de produtos e serviços financeiros. Com mais de 175 anos, está presente em 24 países, distribuídos em três continentes.

LIDE GANHA REFORÇOS DOS

SETORES DE TECNOLOGIA E FINANCEIRO

HP BRASIL, XP INVESTIMENTOS E BANCO SAFRA SÃO ALGUMAS DAS EMPRESAS QUE ENTRAM

PARA O TIME DE FILIADOS

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REDE BRASIL DE TELEVISÃOPRESIDENTE: MARCOS TOLENTINO

SEMANTIXCEO: LEONARDO SANTOS

THE LEDCEO: RICHARD ALBANESI

XP INVESTIMENTOSDIRETOR: RAFAEL FURLANETTI

LIDE

LIDE Campinas

LIDE Bahia LIDE Pernambuco

LIDE Ceará

LIDE Mato Grosso do Sul

LIDE Paraná

ABRABE - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE BEBIDASPRESIDENTE: CRISTIANE FOJA

GRUPO HAMUCHEPRESIDENTE: FAUZI NACLE HAMUCHE

MACQUARIE BRASILPRESIDENTE: CARLOS HITOSHI CASTRO

ÓRIGO ENERGIAPRESIDENTE: SURYA MENDONÇA

GRUPO TBPRESIDENTE: ANTONIO GUERRA

INSTITUTO DE ATENÇÃO BÁSICA E AVANÇADA À SAÚDEPRESIDENTE: MARCOS VINICIUS DA SILVA JR.

AMESTIPRESIDENTE: FRANCISCO BASTOS

ALPHA PLASTDIRETOR: ALEXANDRE VASCONCELOS

ERNST & YOUNGSÓCIO: FRANCISCO PIMENTEL

JBR PARTNERCEO: CARLOS REBELATTO

ODEBRECHTDIRETOR: HENRIQUE DE MELO

LIDE Ribeirão Preto

BLUE SOLPRESIDENTE: NELSON COLAFERRO JR.

CACAU FOODSPRESIDENTE: SILVANO DE LUNA

RUMOS PETRÓLEOPRESIDENTE: FAUSTO BERARDO

TECPOLPAPRESIDENTE: HUGO PANEGOSSI

TREXX HOLDINGPRESIDENTE: ADALBERTO BAPTISTA

MEGA IMÓVEISPRESIDENTE: TARCISIO PORTO

CONSTRUTORA PLANALTOPRESIDENTE: CARLOS STRADIOTTI

COMPAGÁSPRESIDENTE: RAFAEL LAMASTRA JR.

LIDE Porto Alegre

SBT POÁDIRETOR: CARLOS TOILLIER

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fi liados

LIDE Rio Preto

AUROTECPRESIDENTE: LIDIO SCALON FILHO

GRUPO CHQPRESIDENTE: ISAIAS DE OLIVEIRA LIDE Mulher

HP BRASILDIRETORA: CANDIDA MORAES

NECTON INVESTIMENTOSSUPERINTENDENTE: RENATA GENEROSO

LIDE Mulher Paraná

ACCIOLY, LAUFER SOCIEDADE DE ADVOGADOSSÓCIA: MARIA FRANCISCA ACCIOLY FUMAGALLI

CASTROLANDADIRETORA: LUCIANE BASTOS

CWBSÓCIA: CAMILA PRESTES

GIOVANNI SANDRISÓCIA: GIOVANNI SANDRI

MUNHOZ E MACHADO CONFECÇÕESSÓCIA: CLAUDIA MACHADO

NEOPLANDIRETORA: MARIA ALMEIDA GARCIA

REVÊDIRETORA: EVELISE TROMBINI

SBC ADVOGADOSSÓCIA: KAROLINA BECKER

UNISOCIESCDIRETORA GERAL: ANDREIA CALMANI

VANESSA MÚRIOSÓCIA: VANESSA MÚRIO

LIDE Mulher Pernambuco

ABAP PERNAMBUCOPRESIDENTE: MARCELA ANDRADE

BANCO SAFRADIRETORA: GISELA MACHADO

CLÍNICA CAROLINA COELHO DERMATOLOGIASÓCIA: MARIA CAROLINA DE MELO

DESTILARIA TABUDIRETORA: DANIELA TEDESCO

LOJAS TROPICALSÓCIA: RAISA BASTOS

REAL PERSIANASDIRETORA: ISABEL NASCIMENTO

LIDE Flórida/EUA

CAMILA’SVICE-PRESIDENTE: LEONARDO CHARAMBA

CASA GROUPSÓCIO: CLAUDIO LANOSBERG

FLORIDA CUPPRESIDENTE: REINALDO MEDRANO

LIDE Santos

GENTRUCKPRESIDENTE: SERGIO CUNHA

LIDE Vale do Paraíba

SATO LEILÕESPRESIDENTE: ANTONIO HISSAO

LIDE Alemanha

HC WOHNCOMFORT GMBHPRESIDENTE: CLAUDEMIR BARRETO

LIDE Itália

REALE MUTUACEO: MATTEO VILLA

LIDE Justiça

PAOLETTI, NAVES TESTONI & MALUF SOCIEDADE DE ADVOGADOSSÓCIO: RAFAEL ESTEPHAN MALUF

LIDE Mulher Ribeirão Preto

LOFTY SPORTSÓCIA: VANESSA KUROKAWA

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Mônika Bergamaschi presidente do LIDE Agronegócios

Roberto Lima presidente do LIDE Cidadania

Marcos Gouvêa de Souza presidente do LIDE Comércio

Marcos Quintela presidente do LIDE Comunicação

Fernando Meirelles presidente do LIDE Conteúdo

Celso Lafer presidente do LIDE Cultura

PRESIDENTE DO LIDE AMAZONAS Eliana Pinheiro

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE BAHIA Mário Dantas

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE BRASÍLIA Paulo Octavio

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE CAMPINAS Silvia Quirós

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE CEARÁ Emilia Buarque

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE GOIÁS André Luiz Rocha

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE ALEMANHA Christian Hirmer

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE ANGOLA Filipe Lemos

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE ARGENTINA Rodolfo de Felipe

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE AUSTRÁLIA Carlos Ferri

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE CHILE Murilo Arruda

[email protected]

COMITÊ DE GESTÃO

UNIDADES NACIONAIS

UNIDADES INTERNACIONAIS

Roger Ingold presidente do LIDE Inovação

Juan Barberis presidente do LIDE Internacional

Luiz Flávio Borges D’Urso presidente do LIDE Justiça

Afonso Celso Santos presidente do LIDE Master

Nadir Moreno presidente do LIDE Mulher

PRESIDENTE DO LIDE MÔNACO Gian Luca Braggiotti

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE ORIENTE MÉDIO Raul Silva

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE PARAGUAI Rodrigo Maia

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE PORTUGAL Luis Flores

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE URUGUAI Janice Castro

[email protected]

Mario Anseloni presidente do LIDE Educação

Daniel Mendez presidente do LIDE Empreendedor

Eduardo Lyra presidente do LIDE

Empreendedorismo Social

José Goldemberg presidente do LIDE Energia

Rafael Cosentino presidente do LIDE Futuro

Paulo Nigro presidente do LIDE Indústria

CHAIRMAN Luiz Fernando Furlan

[email protected]

VICE-CHAIRMAN Claudio Lottenberg

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE MATO GROSSO Pedro Neves

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE MATO GROSSO DO SUL Carlos Augusto Melke Filho [email protected]

PRESIDENTE DO LIDE MINAS GERAIS Gustavo César Oliveira

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE PARANÁ Fabricio de Macedo

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE PERNAMBUCO Drayton Nejaim

[email protected]

HEAD DAS UNIDADES NACIONAIS E PRESIDENTE DO LIDE RIBEIRÃO PRETO

Fabio Fernandes [email protected]

PRESIDENTE DO LIDE CHINA José Marcelo Braga Nascimento

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE COLÔMBIA Felipe Castro

[email protected]

LIDE ESPANHA Eduardo Bredarioli

PRESIDENTE DO LIDE EUA Alessandra Moraes

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE ITÁLIA Juan Barberis

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE MARROCOS Hassan Aitali

[email protected]

Claudio Lottenberg presidente do LIDE Saúde

Washington Cinel presidente do LIDE Segurança

Cláudio Carvalho presidente do LIDE Solidariedade

Roberto Klabin presidente do LIDE Sustentabilidade

Leonardo Framil presidente do LIDE Tecnologia

Arnoldo Wald presidente do LIDE Terceiro Setor

PRESIDENTE DO LIDE RIO DE JANEIRO Andréia Repsold

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE RIO GRANDE DO SUL Eduardo Fernandez

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE RIO PRETO Marcos Scaldelai

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE SANTA CATARINA Wilfredo Gomes

[email protected]

PRESIDENTE DO LIDE SANTOS Jarbas Vieira Marques Jr.

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PRESIDENTE DO LIDE SERGIPE Victor Rollemberg

PRESIDENTE DO LIDE VALE DO PARAÍBA Marco Fenerich

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