…vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu ...cdn.rbcintl.org/cdn/pdf/20131113211055_D8650_web_Christmas2013_POR.pdf · preparamos para a celebração anual da primeira

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…vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,

[…] a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. —Gálatas 4:4-5

À medida que nos preparamos para a comemoração anual da primeira vinda de Cristo, que possamos celebrar o Deus que nos amou de tal maneira que enviou o Seu próprio Filho para nos salvar.

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Edição de Natal

EscritorEs: David Branon • Anne M. Cetas • Mart DeHaan Richard W. DeHaan • David C. Egner • David C. McCasland Haddon W. Robinson • Herbert Vander Lugt • Joanie E. Yoder

EnfoquEs: William E. Crowder • H. Dennis Fisher • Sim Kay Tee

foto da capa: Comstock

Exceto se indicado o contrário, as citações bíblicas são extraídas da Edição Revista e Atualizada de João F. de Almeida © 1993 Sociedade Bíblica do Brasil.

Editora administrativa: Anne Cetas • Editor auxiliar: Becky Knapp EditorEs: Dave Branon, Alyson Kieda

© 2013 Ministérios RBC. Todos os direitos reservados.Pedidos de permissão para usar citações deste livreto devem ser direcionados à: [email protected]

Impresso no Brasil • Printed in Brazil

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ExpectativaQuer seja por um casamento próximo, o nascimento de uma criança, um acontecimento importante ou um dia que possa ser especial apenas para você, a expectativa é uma parte importante do entusiasmo. Estar ansioso por esse momento reflete a essência da expectativa que envol-ve a importância desse acontecimento.

Agora, multiplique isso por milhares de pessoas e cen-tenas de anos e você começará a ter ideia do tamanho da expectativa que o antigo povo de Israel tinha com a vinda do seu Messias. O Libertador prometido jamais esteve dis-tante das mentes do povo de Deus. Sua vinda foi lembra-da quando o ser humano pecou e fracassou no Jardim do Éden (Gênesis 3:15), Ele foi lembrado na Páscoa israelita (Êxodo 12:42) e anunciado por Isaías (Isaías 7:14; 9:6-7; 53:1-12) e outros profetas.

Por séculos, a expectativa aumentou à medida que os profetas contaram o local do Seu nascimento (Miqueias 5:2) e os cantores proclamaram o propósito de Sua vinda (Salmo 22). Em certo sentido, todo o registro do Antigo Tes-tamento é um longo suspiro silencioso — imaginando quan-do a promessa seria cumprida e o Instrumento do resgate de Deus entraria em cena neste mundo decaído. Então…

…vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que rece-bêssemos a adoção de filhos (Gálatas 4:4-5).“…vindo, porém, a plenitude do tempo…”. Os anos de

expectativa não foram em vão. Nos propósitos do Pai, os dias, os meses e os anos conduziam ao momento em que


o Filho viria em carne. O nascimento de Jesus é o primeiro passo para o ápice da história que levaria o Filho de Deus à cruz para oferecer o amor e o perdão de Deus a um mundo decadente e perdido.

Nesta edição especial de Natal do Pão Diário nós o convidamos a participar desta jornada. À medida que nos preparamos para a celebração anual da primeira vinda de Cristo, que possamos nos unir à expectativa — e cele-brar o Deus que nos amou de tal maneira que enviou o Seu próprio Filho para nos salvar de nós mesmos. Mal posso esperar!

Bill Crowder Vice-diretor de Conteúdos

Ministérios RBC


Semana umSegunda-feira

GastE mEnos, dê mais

Leitura:Isaías 58:1-10

…se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita, então, […] a tua escuridão será como o meio-dia. —Isaías 58:10

Certa senhora e seu marido decidiram reduzir seus gastos de Natal. Fize-

ram alguns presentes e pensaram em maneiras criativas de doar o seu tempo para servir aos outros.

Ela escrevia uma coluna de jornal sobre finanças pessoais, e ali ela explicou o seu propósito de vigiar seus gastos com muito cuidado: Seu objetivo era: “Desen-volver e manter relacionamentos — é o que realmente importa durante as festas e durante o ano inteiro — e são prioridades que não deveriam ter seu lugar ocupado por nosso consumismo exagerado.”

Decidir gastar menos dinheiro no Natal é uma escolha pessoal. Mas se os relacionamentos estão em primeiro lugar em nossa lista de prioridades, podemos presentear mais entregando-nos nós mesmos aos outros. Isaías descreve que

o ato de servirmos uns aos outros é o tipo de sacrifício espiritual que agrada a Deus, “…se abrires a tua alma ao faminto e farta-res a alma aflita, então, a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia” (Isaías 58:10).

Jesus nosso Salvador, cujo nascimento celebramos, disse de si mesmo: “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Marcos 10:45).

Ao celebrarmos o Natal neste ano, que possamos presentear mais doando-nos nós mesmos aos outros. —DCM

Doe de si mesmo para ajudar outras pessoas neste Natal.


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Ao concluir seu livro, o profeta Isaías exorta contra a religião superficial que mascara a hipocrisia (Isaías 58:1-7). Deus responderia as orações dos filhos de Israel somente se eles experimentassem o avivamento espiritual e interrompessem a opressão aos pobres. Os cristãos devem buscar a espiritualidade que é autêntica, compassiva e justa. —HDF

1Clama a plenos pulmões, não te detenhas, ergue a voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus pecados. 2Mesmo neste estado, ainda me procuram dia a dia, têm prazer em saber os meus caminhos; como povo que pratica a justiça e não deixa o direito do seu Deus, perguntam-me pelos direitos da justiça, têm prazer em se chegar a Deus, 3dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos a nossa alma, e tu não o levas em conta? Eis que, no dia em que jejuais, cuidais dos vossos próprios interesses e exigis que se faça todo o vosso trabalho. 4Eis que jejuais para contendas e rixas e para ferirdes com punho iníquo; jejuando assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto. 5Seria este o jejum que escolhi, que o homem um dia aflija a sua alma, incline a sua cabeça como o junco e estenda debaixo de si

pano de saco e cinza? Chamarias tu a isto jejum e dia aceitável ao Senhor? 6Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo? 7Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desabrigados, e, se vires o nu, o cubras, e não te escondas do teu semelhante? 8Então, romperá a tua luz como a alva, a tua cura brotará sem detença, a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do Senhor será a tua retaguarda; 9então, clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás por socorro, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o dedo que ameaça, o falar injurioso; 10se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita, então, a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia.

Leitura bíblica de hoje: Isaías 58:1-10


Semana umTerça-feira

mansidão E majEstadE

Leitura:João 13:5-17

[Jesus] …passou a lavar os pés aos discípulos… —João 13:5

A mansidão e a majestade podem exis-tir ao mesmo tempo na mesma

pessoa? Surpreendentemente, estas mara-vilhosas virtudes coexistiam no Deus homem, Jesus.

Primeiro, Ele era humilde e manso. Ele não insistia em ter luxo nem buscava a posses de bens materiais. Na verdade, Ele não possuía, nem era dono de qual-quer propriedade exceto das roupas que vestia. Comparado com os nossos dias em que possuímos portfólios de investi-mentos, casas luxuosas e cartões plati-num, Jesus era “paupérrimo.”

Ele não buscou a fama nem a glória, Ele mais se afastou das multidões do que as reuniu. Jesus era o líder, mas ajoelhou-se para lavar os pés dos Seus

discípulos (João 13). Em todas as coisas Ele humildemente se submeteu à vontade do Pai.

No entanto, com humildade tão bela, havia também uma incrível majestade em Jesus. Uma palavra ou um olhar de Jesus podia silenciar uma multidão, acalmar uma tempestade ou fazer um discípulo chorar. Milhares seguiram-no enquanto Ele vivia e ensinava com inigualável poder e autoridade. Embora Ele tenha morrido carregando o nosso pecado e nossa vergonha, Ele ressuscitou da sepultura em glória. Um dia, Ele retornará em majestade como Rei dos reis e Senhor dos senho-res, derrotando Seus adversários e julgando as nações.

Como devemos reagir? Com adoração, honra, amor e obe-diência. Pois, somente Ele é digno de toda a nossa devoção e de todo o nosso louvor. —DCE

o Altíssimo e santo tornou-se manso e humilde.


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Infelizmente, apesar de Jesus ter iniciado o seu momento com os discípulos no cenáculo com uma lição sobre o que significa ser servo, após a Última Ceia eles continuaram a discutir sobre qual deles seria considerado o maior dentre eles (Lucas 22:24-30). —WEC

Leitura bíblica de hoje: João 13:5-175Depois, deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. 6Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, e este lhe disse: Senhor, tu me lavas os pés a mim? 7Respondeu-lhe Jesus: O que eu faço não o sabes agora; compreendê-lo-ás depois. 8Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo. 9Então, Pedro lhe pediu: Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça. 10Declarou-lhe Jesus: Quem já se banhou não necessita de lavar senão os pés; quanto ao mais, está todo limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos. 11Pois ele

sabia quem era o traidor. Foi por isso que disse: Nem todos estais limpos. 12Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e, voltando à mesa, perguntou-lhes: Compreendeis o que vos fiz? 13Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. 14Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. 15Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. 16Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou.

17Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes.


Semana umquarta-feira

prEparando-sE para o natal


Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. —Mateus 3:2

Olhei algumas revistas e artigo após artigo vi que eles alertavam sobre o

estresse das festas e informavam as pes-soas sobre como preparar-se para o Natal. Eles forneciam conselhos comuns: prepa-re a comida com antecedência, embrulhe seus presentes assim que os comprar; não preencha todos os minutos com ativida-des. Estas são boas ideias e tenho certeza de que você também pensou em algumas outras. Pessoalmente, gosto de comprar por catálogos quando posso.

As pessoas que ouviram João Batis-ta também precisavam preparar algo. Não para celebrar o Natal, mas para o início do ministério público de Jesus (Isaías 40:3-5; Malaquias 3:1). A mis-são de João era preparar o caminho para o Messias pela pregação da mensagem de arrependimento (Lucas 3:3). Na pre-

paração para a vinda do Messias, as pessoas deveriam limpar seus corações buscando o perdão de Deus para seus pecados.

Conforme nos preparamos para celebrar a vinda de Jesus à terra, também deveríamos dar atenção à mensagem de arrepen-dimento de João (Mateus 3:2). O mais importante é entrar nesta época do ano com o coração puro. Para isso, precisamos con-fessar o nosso pecado, afastar-se dele e renovar a nossa comu-nhão com o Senhor. Somente assim, seremos capazes de celebrar a temporada natalina com grande alegria e paz.

É assim que nos preparamos para o Natal. —DCE

Para dar sentido ao Natal, dê a Cristo o primeiro lugar em seu coração.


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A fragilidade e a brevidade da vida humana são representadas graficamente por metáforas semelhantes: erva seca e flores que caem (Isaías 40:6-8). Diante deste cenário, Isaías falou do grande amor de Deus e de Seu cuidado por Seu povo (v.11). —SKT

1Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. 2Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o tempo da sua milícia, que a sua iniquidade está perdoada e que já recebeu em dobro das mãos do Senhor por todos os seus pecados. 3Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus. 4Todo vale será aterrado, e nivelados, todos os montes e outeiros; o que é tortuoso será retificado, e os lugares escabrosos, aplanados. 5A glória do Senhor se manifestará, e toda a carne a verá, pois a boca do Senhor o disse. 6Uma voz diz: Clama; e alguém pergunta: Que hei de clamar? Toda a carne é erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; 7seca-se a erva, e

caem as flores, soprando nelas o hálito do Senhor. Na verdade, o povo é erva; 8seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente. 9Tu, ó Sião, que anuncias boas-novas, sobe a um monte alto! Tu, que anuncias boas-novas a Jerusalém, ergue a tua voz fortemente; levanta-a, não temas e dize às cidades de Judá: Eis aí está o vosso Deus! 10Eis que o Senhor Deus virá com poder, e o seu braço dominará; eis que o seu galardão está com ele, e diante dele, a sua recompensa. 11Como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos e os levará no seio; as que amamentam ele guiará mansamente.



Semana umquinta-feira

o mais bElo

Leitura:Apocalipse 5: 8-14

…Digno é o Cordeiro que foi morto… —Apocalipse 5:12

Quando me tornei cristã e comecei a frequentar uma igreja aos 19 anos,

imediatamente me apaixonei pela ideia de cantar os grandes hinos de fé. Meu coração transbordava de alegria e gratidão enquan-to cantávamos o amor de Deus por nós em Cristo. Logo, Cristo mais lindo (do fim dos anos 1600) tornou-se um de meus hinos favoritos! Amo a simplicidade da melodia e a grandiosa dimensão daquele que é exaltado nestas palavras:

Lindo o sol brilha, e mais linda a lua, e as estrelas sem contar.Cristo é mais limpo, Cristo é mais

puro do que os anjos no seu lar.Toda beleza em cima e na terra,

vemos só em Tua luz.Com gozo eu clamo; nada mais

amo do que meu amigo, meu Jesus!(Melodias e Cânticos, 1982)

Cristo, o Filho de Deus, sobre quem cantamos nesta canção, veio a esta terra, viveu uma vida perfeita e entregou-se por nós na cruz (Lucas 23:33). Ressuscitou da sepultura (Lucas 24:6) e está agora sentado à destra de Deus (Hebreus 1:3). Um dia nos junta-remos a milhares e milhares em adoração e diremos: “Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos” (Apocalipse 5:13). Talvez cantemos “Cristo mais lindo” também.

Até lá, vamos permitir que Jesus seja o “mais lindo” acima de tudo em nossas vidas ao buscarmos a sabedoria em Sua Palavra e seguirmos em Seus caminhos. —AMC

os nossos louvores a Jesus nunca serão excessivos.


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No livro de Apocalipse 5:9-10, vemos o segundo de dois grandes hinos que caracterizarão a adoração do céu. Nesse hino a grandio-sidade de Deus é revelada na salvação. A primeira destas canções (Apocalipse 4:11) exalta a grandiosidade divina demonstrada na criação. —WEC

8e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos, 9e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação 10e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra. 11Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de

milhões e milhares de milhares, 12proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor. 13Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos. 14E os quatro seres viventes respondiam: Amém! Também os anciãos prostraram-se e adoraram.

Leitura bíblica de hoje: Apocalipse 5:8-14


Semana umSexta-feira

o prEsEntE promEtido


Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu… —Isaías 9:6

Há muitos anos, li sobre uma mulher que precipitadamente comprou 50

cartões de Natal sem ler a mensagem escrita dentro dos cartões. Ela rapidamen-te assinou e endereçou todos exceto um e os colocou na caixa dos correios. Imagine o seu desalento ao olhar dentro do cartão não enviado e ler as seguintes palavras:

Este cartão e só para dizer que, em breve, você vai receber um presente.

Sem dúvida, 49 pessoas ficaram se perguntando o que havia acontecido com seus presentes.

Como a promessa de Deus foi dife-rente para nós! Muitos anos antes do nascimento do Salvador, o Senhor falou por meio do profeta Isaías, dizendo: “…eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel” (Isaías 7:14). E: “Porque um menino nos

nasceu, um filho se nos deu…” (9:6). Deus manteve Sua palavra? Com toda certeza! O livro de Gálatas 4:4 afirma: “…vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho…”.

Ao comemorarmos o nascimento de Cristo, agradeçamos a Deus por ter sido sincero quando nos fez essa promessa. Ele não somente o prometeu, mas também nos deu. “Graças a Deus pelo seu dom inefável!” (2 Coríntios 9:15). —RWD

Nenhum presente é mais necessário para um mundo agonizante do que um Salvador cheio de vida.


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Nenhum profeta do Antigo Testamento teve tanto a dizer sobre Cristo, o Messias, como Isaías. Aqui, além de profetizar sobre a natureza do nascimento de Cristo, Isaías nos dá a própria natureza de Cristo ao nos informar um nome que lhe seria concedido — Emanuel. Na antiga Israel, os nomes não eram escolhidos ou designados aleatoriamente, eram repletos de significado. Esse fato fica claro e evidente aqui. O nome Emanuel significa “Deus conosco,” e esse nome para Cristo foi retomado nos acontecimentos que conduziram ao nascimento de Jesus no livro de Mateus 1:23. Ao conceder a Jesus o título de Ema-nuel, Deus estava nos dando também a definição de Sua identidade. Distinto dos milhões de bebês nascidos por todos os séculos, este bebê era mais — Ele era Deus em carne humana. —WEC

14Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel. 15Ele comerá manteiga e mel quando souber desprezar o mal e

escolher o bem. 16Na verdade, antes que este menino saiba desprezar o mal e escolher o bem, será desamparada a terra ante cujos dois reis tu tremes de medo.



Artigo especial de sábado e domingo

os anjos e a história do Natal: Parte um

quem são os anjos?Caso você me fizesse essa pergunta no contexto da vida diária, minha resposta instintiva seria provavelmente, “Bom, meu time favorito de beisebol chama-se Angels (Anjos). Eles são meu time favorito e jogam na Califórnia, EUA, e já foram campeões.” Infelizmente, parte do pensa-mento cultural nos dias de hoje sobre quem são os anjos e o que eles fazem não é mais biblicamente correto do que isso. Das pinturas aos poemas, filmes e programas de tele-visão, parece que os anjos estão precisando de um novo ‘relações públicas’. Eles simplesmente não têm sido bem representados. E é claro, é bom lembrar que a melhor e mais acurada representação dos anjos chega até nós pelas páginas da Bíblia.

Os anjos são mencionados na Palavra de Deus e são conhecidos por uma variedade de nomes, os quais incluem os querubins, serafins e seres viventes. Algumas vezes são descritos como homens, geralmente, com vestes reluzen-tes. São vistos guardando o jardim do Éden, travando guer-ras, resgatando Pedro da prisão, adorando na presença de Deus e, tragicamente, no caso de alguns anjos, rebelan-do-se contra Deus. Seus nomes são Miguel (“aquele que é como Deus”), Gabriel (“guerreiro de Deus”) e Lúcifer (“o que carrega a luz,” antes de tornar-se Satanás — o Adversário). São servos geralmente misteriosos, algumas vezes servos ativos de Deus que participam de muitas de Suas ações com homens e mulheres na Bíblia.


Os anjos, sem dúvida, fazem muito mais do que simples-mente carregar mensagens. É impossível subestimar o papel crítico dos anjos como mensageiros que trazem anúncios do céu à terra. Talvez por isso a palavra usada no Novo Testamento para “pregar o evangelho” (anunciar a mensa-gem de Deus às pessoas) é euangelizo, que vem da mesma palavra que “anjo.” O evangelho (boas-novas) foi primei-ramente entregue ao mundo por mensageiros angelicais durante os acontecimentos que circundaram o nascimento do Salvador.

O primeiro anjo que encontramos na história do Natal é Gabriel, um arcanjo — aparentemente o mais alto grau na estrutura de comando da hierarquia dos anjos. Gabriel visitou o planeta terra para informar os participantes prin-cipais, e basicamente o mundo, que “…a plenitude do tempo…” havia vindo — aquele momento tão espera-do na história em que o Messias longamente prometido viria (Gálatas 4:4). Houve uma série de proclamações:

Proclamação 1A primeira proclamação se tratava da vinda do precursor do Messias, João Batista (Lucas 1:5-22). Gabriel apareceu a Zacarias, um sacerdote idoso, sem filhos que exercia as suas funções sacerdotais no templo. No começo, o sacerdo-te idoso ficou perturbado com este fenômeno, mas o terror do momento virou comédia quando ele ouviu a mensagem do anjo. Gabriel declarou a Zacarias que ele e a sua esposa Isabel teriam um filho que seria o cumprimento da profecia de Malaquias (Malaquias havia prometido que Deus envia-ria uma figura semelhante a Elias que prepararia o cami-nho para o Redentor messiânico). Zacarias questionou a possibilidade de um cidadão idoso ter um filho, e Gabriel


lhe informou que ele ficaria mudo até que a criança, que deveria ser chamada de João, nascesse. A proclamação de Gabriel se realizou e João Batista veio para preparar o cami-nho do Senhor — o primeiro passo no processo de trazer Cristo ao mundo.

Proclamação 2Seis meses depois, Gabriel foi à vila de Nazaré para entre-gar uma mensagem de Deus a uma jovem chamada Maria (Lucas 1:26-38). Gabriel a informou que ela tinha sido a escolhida para o papel que por muito tempo fora o desejo das mulheres judias — o privilégio de dar à luz o pro-metido Messias. Ela reagiu sendo submissa: Estava pronta a submeter-se à escolha do Senhor, mas com dificuldade em crer que algo de tal teor pudesse ocorrer. Ela era vir-gem e, sendo prometida em casamento a seu noivo José, não tinha intenção de violar seus votos de pureza. O anjo garantiu-lhe que de forma alguma ela violaria seus votos e que a criança seria resultado da intervenção miraculosa do Espírito Santo. Além disso, a criança deveria ser chama-da “Jesus” (“o Senhor é salvação”) — definindo Seu caráter (como o Filho de Deus) e Sua missão (como Redentor). A reação de Maria foi de simples disponibilidade: “…Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra…” (Lucas 1:38).

Após visitar Maria, Gabriel também visitou José e lhe deu a mesma mensagem — a criança de Maria era de Deus e não de um homem (Mateus 1:20-25). José pôde tomá-la como sua esposa e confiar totalmente em sua pureza.


Proclamação 3Nove meses depois, Gabriel retornou com outra mensa-gem — desta vez não uma mensagem de previsão, mas de chegada. O anjo do Senhor (presumidamente Gabriel) apareceu no céu da Judeia sobre os campos dos pastores de Belém (Lucas 2:9-14). Os pastores estavam cuidando das ovelhas quando repentinamente observaram um bri-lhante show de luzes celestiais! Desta vez a glória do Senhor acompanhou a mensagem do anjo e os pastores ficaram aterrorizados com a visão.

Mas o anjo lhes disse: “…Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura” (Lucas 2:10-12).

Estes simples pastores não estavam preparados para lidar com isto! Os anjos deveriam aparecer aos sacerdo-tes, não aos pastores. Já ouvimos esta história tantas vezes que ficamos insensíveis ao seu poder e majestade. Fala-mos sobre aparições angelicais como se fossem ocorrên-cias corriqueiras — mas não o eram naquela época nem o são hoje.

Ninguém poderia ter previsto que seria essa a primeira plateia a ouvir os anjos entregarem o euangelion — as boas-novas da chegada do Salvador!


Semana doisSegunda-feira

dE sErvo a salvador

Leitura:filipenses 2: 5-11

…a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. —filipenses 2:8

Alguns estudiosos da Bíblia acredi-tam que o livro de Filipenses 2:6-11

pode ter sido parte de um antigo hino cristão. Os seguidores de Cristo louva-vam o Filho de Deus porque Ele “…a si mesmo se esvaziou…” (v.7) e escolheu deixar de lado Seus direitos e privilégios para tornar-se homem. Não simplesmen-te qualquer homem, mas um humilde servo. Como homem, Jesus se entregou para ser assassinado como um criminoso sob o suplício da execução romana. Ele era o Altíssimo, mas se humilhou!

Entretanto, veja o que os antigos cristãos cantavam. Eles louvavam a Jesus Cristo que um dia será reconheci-do por todos como Senhor e Rei e reina-rá em glorioso triunfo (v.11).

Um cartão de Natal de alguns anos atrás sumarizou bem a verdade deste

hino e a ironia do que Jesus fez. Na frente do cartão havia uma montagem de muitos reis e ditadores que surgiram por toda a história: Alexandre o Grande, Júlio César, Napoleão Bonaparte, Adolf Hitler, Vladimir Lenin. A mensagem de frente do cartão dizia: “A história está repleta de homens que queriam ser deu-ses.” Na parte interna do cartão estavam as palavras: “Mas somente um Deus queria e pôde ser homem.”

Nós ainda adoramos esse Deus que se tornou servo para tonar-se o nosso Salvador. O Seu exemplo nos inspira a seguir os Seus passos, morrer para nós mesmos e servir aos outros em suas necessidades. —HWR

Em Cristo, Deus encobriu Sua deidade para servir e salvar a humanidade.


4ENfoquE3

Após pedir por unidade, harmonia e júbilo na igreja (vv.1-2), Paulo explicou como esta unidade poderia ser alcançada. Ele alertou os cristãos para que não fossem egoístas ou orgulhosos. O apóstolo os estimulou a demonstrar cuidado altruísta e genuíno uns pelos outros (vv.3-4) e a seguir o Senhor Jesus com semelhante humilda-de, obediência e serviço (vv.5-8). —SKT

5Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, 6pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; 7antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, 8a si mesmo se humilhou,

tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. 9Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, 10para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, 11e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.

Leitura bíblica de hoje: filipenses 2:5-11


Semana doisTerça-feira

propriEdadE privada

Leitura:Marcos 12:28-34

Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. —Marcos 12:30

Uma charge retratou a primeira cena do Natal com um toque moderno.

Quando os pastores estavam reveren-ciando o bebê, um deles disse: “É melhor que estejamos em uma propriedade pri-vada, se não vamos ter problemas!”

O desenho humorístico satiriza as leis que proíbem a exposição de símbo-los religiosos em propriedades públicas, mas a frase pode ser vista de outro modo. Se não estivermos adorando o Cristo do Natal na “propriedade priva-da” de nossos corações, realmente esta-mos com problemas. A fortaleza do coração, da alma e da mente é o máximo em termos de propriedade privada. Nin-guém pode legislar sobre o que acontece ali. E o amor pelos outros é a demonstra-ção da presença de Deus em nossas vidas. Nenhuma lei pode impedir que esse amor seja exposto publicamente.

Quando Jesus foi questionado sobre o grande mandamento, Ele respondeu: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo…” (Marcos 12:30-31).

Quer vivamos sob o regime democrático ou sob o despotis-mo, somos livres para entronizar Jesus Cristo em nossos cora-ções e expressá-lo por intermédio do nosso amor. O que está acontecendo em sua “propriedade privada”? Os outros conse-guem ver a presença de Cristo em você? —DCM

Se você honra Cristo em seu coração, Ele será honrado por seu viver.


4ENfoquE3

O trabalho de escriba era uma posição-chave no judaísmo do primeiro século. Algumas vezes apresentados como advogados (Mateus 22:35), estes homens eram considerados mais do que simples copistas das Escrituras do Antigo Testamento. Eram vistos como autoridades na Lei de Moisés. Como tais, tinham uma profunda voz no moldar da vida moral e religiosa da nação. Infelizmente, seu foco legalista na letra da lei produziu uma religião ritualística sem coração ou vida. —WEC

28Chegando um dos escribas, tendo ouvido a discussão entre eles, vendo como Jesus lhes houvera respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o principal de todos os mandamentos? 29Respondeu Jesus: O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! 30Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. 31O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior

do que estes. 32Disse-lhe o escriba: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que ele é o único, e não há outro senão ele, 33e que amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios. 34Vendo Jesus que ele havia respondido sabiamente, declarou-lhe: Não estás longe do reino de Deus. E já ninguém mais ousava interrogá-lo.

Leitura bíblica de hoje: Marcos 12:28-34


Semana doisquarta-feira

um natal dE vErdadE

Leitura:Lucas 2:25-35

…Eis que este menino está destinado tanto para ruína como para levantamento de muitos em Israel e para ser alvo de contradição. —Lucas 2:34

Repensei a minha maneira de viven-ciar o Natal por causa da citação no

livreto devocional do advento em nossa igreja. Dizia o seguinte: “Evitemos, a todo custo, a tentação de permitir que a nossa adoração de Natal seja um esca-pe do estresse e da tristeza da vida para um estado de beleza ilusória. Foi para o mundo real que Cristo veio, para a cida-de onde não havia espaço para Ele e para um país onde Herodes, o assassino dos inocentes, era o rei.

Ele vem até nós, não apenas para nos proteger dos problemas mundanos, mas para nos dar a coragem e a força para suportá-los; não para nos arrebatar por algum milagre do conflito da vida, mas para nos dar paz, a Sua paz — em nossos corações, pela qual podemos ser calmamente firmados enquanto o con-

flito se espalha, e sermos capazes de trazer ao mundo dilace-rado a cura que é paz.”

Quando Maria e José apresentaram o bebê Jesus ao Senhor, Simeão lhes disse: “…Eis que este menino está destinado tanto para ruína como para levantamento de muitos em Israel e para ser alvo de contradição (também uma espada traspassará a tua própria alma), para que se manifestem os pensamentos de mui-tos corações” (Lucas 2:34-35).

O Natal não é um refúgio da realidade, mas um avanço nela ao lado do Príncipe da Paz. —DCM

Jesus veio para trazer luz ao mundo sombrio.


4ENfoquE3

Além do fato de Simeão reconhecer o Cristo-bebê, seria bom regis-trarmos sua profecia rigorosa para Maria (v.35). A profecia de que o seu coração seria traspassado se cumpriria no momento em que ela estivesse aos pés da cruz e visse Cristo Jesus, o seu filho, morrer pelos pecados do mundo. —WEC

25Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão; homem este justo e piedoso que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. 26Revelara-lhe o Espírito Santo que não passaria pela morte antes de ver o Cristo do Senhor. 27Movido pelo Espírito, foi ao templo; e, quando os pais trouxeram o menino Jesus para fazerem com ele o que a Lei ordenava, 28Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo: 29Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; 30porque os meus olhos já viram a tua salvação,

31a qual preparaste diante de todos os povos: 32luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel. 33E estavam o pai e a mãe do menino admirados do que dele se dizia. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe do menino: Eis que este menino está destinado tanto para ruína como para levantamento de muitos em Israel e para ser alvo de contradição 35(também uma espada traspassará a tua própria alma), para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.

Leitura bíblica de hoje: Lucas 2:25-35


Semana doisquinta-feira

ElE não é bElo?Leitura:Isaías 9:1-7

Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu… —Isaías 9:6

Um grupo de crianças de nossa cidade estava num culto de adoração e nós

começamos a cantar. Areli, de 7 anos, aproximou-se de mim e disse: “Eu amo esta música; me faz chorar.”

A melodia e a letra sobre Jesus, seu Salvador, tocaram seu coração: “Ele não é belo? Belo Ele é? Príncipe da paz, Filho de Deus Ele é!”

Sim, o Senhor Jesus é belo. Não encontramos uma referência específica na Bíblia descrevendo-o desta maneira, mas Seu caráter pessoal é forte ainda que gentil, santo ainda que perdoador, majes-toso, no entanto, humilde — tudo com-binado. Simplesmente belo!

Em sua profecia, Isaías descreveu Jesus e Sua vinda desta forma: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros;

e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6).

Jesus é o Maravilhoso Conselheiro — nos dando consolo e sabedoria. O Deus Forte — agindo com poder e autoridade. O Pai da Eternidade — provendo todas as nossas necessidades e nos protegendo. E o Príncipe da Paz — oferecendo reconcilia-ção com Deus e os outros.

Ele é belo! Adore-o. —AMC

Jesus é a imagem do Deus invisível. —Colossenses 1:15


4ENfoquE3

Como rei, o Messias será responsável por governar as nações (Isaías 9:6). Nos dias de Isaías, os líderes de Judá eram incompeten-tes para governar o povo. Mas o Messias governará adequadamente. Mesmo hoje, os líderes políticos de todas as nações têm suas falhas. Mas durante o reino milenar de Cristo, reinará a retidão. —WEC

1Mas para a terra que estava aflita não continuará a obscuridade. Deus, nos primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulom e a terra de Naftali; mas, nos últimos, tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios. 2O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz. 3Tens multiplicado este povo, a alegria lhe aumentaste; alegram-se eles diante de ti, como se alegram na ceifa e como exultam quando repartem os despojos. 4Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre eles, a vara que lhes feria os ombros e o cetro do seu

opressor, como no dia dos midianitas; 5porque toda bota com que anda o guerreiro no tumulto da batalha e toda veste revolvida em sangue serão queimadas, servirão de pasto ao fogo. 6Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; 7para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.



Semana doisSexta-feira

uma vida maravilhosa

Leitura:Gálatas 3:26–4:7

…vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu filho… —Gálatas 4:4

Todos os meses de dezembro, milhões de pessoas ao redor do mundo assis-

tem o filme de Frank Capra de 1946 A felicidade não se compra. Ainda que não tenha sido um sucesso em sua estreia, tornou-se um clássico de Natal.

No artigo de uma renomada revista, Roger Rosenblatt refletiu sobre o apelo contínuo que o filme tem. E concluiu que a história é na verdade sobre a ami-zade. Isso ajuda a explicar porque os que gostam desse filme sentem um nó na garganta quando veem a família do cari-doso George Bailey e seus amigos o ajudarem em seu momento de grande necessidade para pagar uma dívida ines-perada. Rosenblatt disse: “Exatamente quando George acredita estar sozinho no

mundo, as pessoas que o cercam aparecem para declarar seu amor por ele e mostrar-lhe como a sua cidade seria diferente se ele não tivesse nascido.”

Essa frase parece capturar a essência da nossa celebração do nascimento de Jesus. Exatamente quando acreditávamos estar sozinhos no mundo, Cristo veio para declarar o amor de Deus por nós. Deus não apenas enviou Seu Filho para o mundo exatamente no momento certo (Gálatas 4:4-5), mas Ele também demonstrou “…o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo mor-rido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:8). Essa é a mensagem de Natal que abre a porta para uma vida maravilhosa — a alegria de conhecer Cristo e viver em Seu amor.

Você já recebeu o dom de vida eternal que Ele oferece a você? Se não, faça-o hoje. —DCM

A vida é maravilhosa quando você conhece o Cristo do Natal.


4ENfoquE3

Ao falar sobre Cristo entrando em nosso mundo, Paulo escre-veu, “…Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo…” (2 Coríntios 5:19). Nós fomos criados para a comunhão com Deus, mas devido à nossa rebelde vontade própria escolhemos caminhar por nossos caminhos independentes. A comunhão com Deus foi quebrada e fomos alienados de nosso Criador. Cristo veio para subs-tituir a alienação espiritual por reconciliação com Deus por meio do evangelho. Quando aceitamos Jesus, nos tornamos então Seus embaixadores que proclamam as boas-novas a outros. “De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus” (2 Coríntios 5:20). —WEC

26Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; 27porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes. 28Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. 29E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa.

1Digo, pois, que, durante o tempo em que o herdeiro é menor, em nada difere de escravo, posto que é ele senhor de tudo. 2Mas está sob tutores e

curadores até ao tempo predeterminado pelo pai. 3Assim, também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo; 4vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, 5para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. 6E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai! 7De sorte que já não és escravo, porém filho; e, sendo filho, também herdeiro por Deus.

Leitura bíblica de hoje: Gálatas 3:26–4:7



os anjos e a história do Natal: Parte dois

os anjos reagem com exaltaçãoAté este ponto na história do Natal os anjos têm servido como mensageiros de Deus. Mas transportar mensagens não é a única função dos anjos. Na verdade, essa pode ser uma atividade secundária dentre as suas atividade primá-rias no céu: louvor e adoração. Observe de que maneira isso aparece no Antigo e no Novo Testamento:

No Antigo Testamento, o profeta Isaías foi transportado à sala do trono de Deus onde testemunhou a adoração angelical de Deus no céu enquanto os serafins com seis asas declaravam a glória e a grandiosidade do Senhor: “…Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória” (Isaías 6:3). O papel do sera-fim é a adoração perpétua de Deus, exaltando a beleza de Sua santidade.

No Novo Testamento, a apóstolo João teve um vis-lumbre da paisagem celestial (Apocalipse 4–5). Ele viu os “seres viventes” (outra maneira de referir-se aos anjos) declarando a santidade de Deus e invocando os redimi-dos à adoração a Deus pela maravilha de Sua criação e à adoração a Cristo pela graça de Sua salvação (Apocalipse 4:11; 5:12). Todos os residentes do céu juntaram-se então ao coro enquanto louvavam o Pai e o Filho por Sua pode-rosa intervenção no mundo decaído.

No livro de Apocalipse 4 e 5, o domínio angelical cele-bra a criação de Deus e a salvação de Cristo. Mas na his-tória do Natal, eles se unem para celebrar o Seu ato de


invasão de um planeta destruído que é o objeto de Seu amor eterno (Lucas 2). Quando o anjo anunciou a che-gada do Filho de Deus em forma humana, a multidão da milícia celestial ergueu sua voz em exaltação a Deus por Sua glória, por Seu Filho e por Seu plano de resgatar a raça perdida dos homens e mulheres que, como as ovelhas guardadas pelos nômades do deserto, há muito haviam se perdido (Lucas 2:13-14). Essa reação de exaltação torna--se a grande linha de adoração que iniciou nesse primeiro Natal e continua em nossa adoração hoje. A mensagem deles foi poderosa:

E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem (Lucas 2:13-14).

O que Isaías e João testemunharam no santuário do céu, os pastores experimentaram naquela colina de Belém. Eles ouviram os anjos afirmarem a glória de Deus e anunciarem que Cristo havia vindo para oferecer a paz com Deus à raça em rebelião contra Ele.

A reconciliação entre Deus e a humanidade — a solu-ção para a condição humana de pecado — é resumida na simples palavra paz. É importante, no entanto, compreen-der que esta paz não significa simplesmente a ausência de conflito — é a presença de Cristo que é descrita pelo profeta Isaías como o “Príncipe da Paz” (Isaías 9:6). É, por meio de Cristo, que existe o relacionamento com o Deus da paz (Filipenses 4:9). A palavra hebraica para paz, shalom, condensa esta ideia, pois carrega o peso de tais realidades como completude, integridade e contentamento. Paz.


Os anjos puderam oferecer esta promessa de paz aos pastores (e a nós) porque o Cristo que é aquele que faz esta paz tornar-se possível tinha acabado de chegar ao planeta Terra!

As vozes dos anjos, erguidas em exaltação ao Deus vivo, continuam a ressoar em nossas celebrações hoje. A esperança de paz, o anseio por glória, o presente que é Jesus. Todas estas coisas que reverberaram nos cora-ções daqueles pastores continuam a ressoar com os anseios mais profundos de nossos corações mais de dois milênios depois.

Como os anjos serviram a Cristo?Como os pastores devem ter se decepcionado quando os anjos, gloriosos e reluzentes, partiram e o céu voltou à sua escuridão fria. Mas os anjos ainda não haviam acabado seu trabalho. Eles ainda estariam envolvi-dos no ministério de Cristo pelos próximos 30 anos, especialmente durante momentos críticos de perigo ou proclamação:

• um anjo alertou José para que levasse o bebê Cristo para longe do alcance de Herodes: “Tendo eles partido, eis que apareceu um anjo do Senhor a José, em sonho, e disse: Dispõe-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e permanece lá até que eu te avise; porque Herodes há de procurar o menino para o matar” (Mateus 2:13).

• os anjos serviram Jesus após Ele ter sido testado no deserto: “Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram” (Mateus 4:11).

• um anjo ministrou a Jesus durante Seu sofrimento no jardim do Getsêmani: “Então, lhe apareceu um anjo do céu que o confortava” (Lucas 22:43).


• um anjo abriu a sepultura no dia da ressurreição: “E eis que houve um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre ela” (Mateus 28:2).

• Anjos anunciaram a ressurreição de Cristo: “Mas o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado” (Mateus 28:5). “…e [Maria] viu dois anjos vestidos de branco, senta-dos onde o corpo de Jesus fora posto, um à cabeceira e outro aos pés”

• Anjos estavam presentes no momento do retorno de Jesus ao céu “E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir” (Atos 1:10-11).

Houve grande interesse entre a multidão angeli-cal com relação à missão terrena do Senhor da glória. Os acontecimentos que envolveram a encarnação não eram simplesmente “vistos pelos anjos”; estas ativi-dades divinas eram “observadas” com olhar atento e grande interesse. Em outras palavras, a obra redentora de Cristo era, e é, uma fonte contínua de fascinação para o grupo angelical. Observe como o apóstolo Pedro descreve isto:

A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros, ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam perscrutar (1 Pedro 1:12).


O que a frase “coisas essas que os anjos anelam perscrutar” significa? O professor e estudioso da Bíblia Adam Clarke descreveu da seguinte forma:

[A frase em grego significa] inclinar-se para baixo — a postura daqueles que desejam seriamente descobrir algo, especialmente uma escrita difícil de ser lida; isso é levado à luz, e é posicionado de modo que os raios de luz possam pousar sobre a escrita de maneira mais plural possível e então alguém inclina-se para baixo para exa-minar todas as partes, de modo a decifrar o todo […]. Até mesmo os anjos santos são tomados por perplexidade com relação ao plano de redenção humana, e legitima-mente admiram-se da encarnação desse objeto infinito de sua adoração. Se então, estas coisas são objetos da profunda consideração dos anjos de Deus, quanto mais deveriam ser para nós; nestas coisas os anjos não podem ter o interesse que os seres humanos têm.

E por que isso? Porque envolve “a encarnação des-se objeto infinito de sua adoração” — o Filho de Deus, Jesus Cristo. Os anjos exaltam a Cristo por quem Ele é e pelo que Ele fez. Eles o exaltaram em Seu nascimento, ministraram-lhe em Sua vida, auxiliaram-no em Sua ago-nia, anunciaram-no em Sua ressurreição — tudo porque Ele é o Cristo. Tudo porque Ele escolheu fazer tudo isso por uma raça indigna, manchada de pecado. Porque Ele escolheu expressar o Seu inexprimível amor de modo tão misterioso e maravilhoso — e derramá-lo sobre Sua cria-ção desobediente.


os anjos sabem o que nós facilmente esquecemos: o Senhor Jesus Cristo merece sempre

e para sempre a exaltação mais elevada.

E, como Clarke afirmou, se os anjos, que podem apenas observar o amor redentor, mas nunca experimentá-lo, exal-tam Cristo por Sua misericórdia, quanto mais a adoração devida ao Salvador deveria vir dos corações e sentimentos dos homens e mulheres que receberam esta graça!

Que possamos, com corações agradecidos, nos juntar à exaltação do nascimento de Cristo, o presente glorioso de Deus para nós!


Semana trêsSegunda-feira

o nomE atEmporal

Leitura:Apocalipse 1:8-17

Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir… —Apocalipse 1:8

A companhia de filmes de Hollywood Twentieth Century Fox (Século 20)

é bastante conhecida, mas o século 21 a alcançou e ela agora está um século atra-sada. Será que a companhia deveria mudar o seu nome? O consultor de negó-cios, Frank Delano afirma: “Não é pos-sível fazer negócios no século 21 com um nome do século 20. Você precisa de um nome que seja realmente universal, sem limitações temporais.”

Através das eras, os cristãos adoram o Salvador que não está limitado ao tempo. Seu nome? No livro de Apocalipse 1:8, Jesus Cristo identificou-se dizendo: “Eu sou o Alfa e Ômega […] aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Podero-so.” Ele se chamou: “…o primeiro e o último…” (v.17). E no versículo 18, Ele diz que é “…aquele que vive; estive mor-

to, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos…”.Os relógios e os calendários o deixam exausto? Jesus Cristo

é o Mestre do tempo. A morte trouxe a dor da separação? Jesus Cristo é o Senhor da eternidade. Você está enfrentando mudan-ças indesejadas? Jesus Cristo “…ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hebreus 13:8). Os fracassos lhe trouxeram desespero? Jesus Cristo ressuscitou, Ele é Vencedor sobre a morte e sobre a sepultura!

É verdade. Em todos os séculos Seu nome é universal, sem limitação. Jesus Cristo é o nome atemporal. —DCM

Jesus é o Senhor do tempo e da eternidade.


4ENfoquE3

Quando confrontado pela presença do Senhor ressurreto e glo-rificado, João caiu aos pés de Cristo como se estivesse morto. Ao enfrentarmos o Criador do universo, a nossa reação natural é a humildade. —WEC

8Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso. 9Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. 10Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta, 11dizendo: O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia. 12Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro 13e, no meio dos candeeiros, um

semelhante a filho de homem, com vestes talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro. 14A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo; 15os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como voz de muitas águas. 16Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol na sua força. 17Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último

Leitura bíblica de hoje: Apocalipse 1:8-17


Semana trêsTerça-feira

EmanuEl


Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco). —Mateus 1:23

Desde aquele primeiro dia de Natal há mais de dois mil anos, a certeza

de que Deus está com o Seu povo rece-beu um novo significado. Antes de Jesus ter nascido, os israelitas tinham a certeza de que mesmo sob julgamento poderiam ter esperança porque Deus estava com eles (Isaías 8:8,10). No entanto, eles não conheciam Deus tão integralmente como hoje podemos conhecê-lo.

Nós temos uma grande vantagem porque por meio da leitura do Novo Tes-tamento podemos ver a glória de Deus “…na face de Cristo” (2 Coríntios 4:6). E podemos sentir a Sua presença em todas as situações da vida porque Ele se torna real para nós pela ação do Espírito Santo (Romanos 8:10-16).

Quando preciso ter a reafirmação de que Deus está comigo, penso em Jesus e

em como Ele foi revelado no Novo Testamento. Lembro-me de como Ele tomou as crianças pequenas em Seus braços e as abençoou (Mateus 19:13-15). Em seguida, lembro-me de Sua crucificação, que me traz a memória tudo o que Ele passou para ser o meu Salvador (27:27-54). Finalmente, reflito em Sua pro-messa, “…E eis que estou convosco todos os dias até à consu-mação do século” (28:20).

O nascimento de Jesus deu novo sentido ao nome Emanuel, que significa “Deus conosco” (1:23). Porque Ele viveu entre nós, morreu por nós e enviou o Seu Espírito para habitar em nós, podemos nos alegrar! —HVL

Deus veio viver conosco para que pudéssemos viver com Ele.


4ENfoquE3

O livro de Isaías é um rico baú de tesouros de conhecimento sobre várias questões, nenhuma mais importante do que a profe-cia relacionada a Jesus Cristo. Nenhum livro do Antigo Testamento contém mais profecias messiânicas e o livro de Isaías cobre desde o nascimento de Cristo (9:6-7) à Sua cruz (53:1-12). O profeta Isaías também traz mais informações sobre o governo do reino de Cristo do que qualquer outro livro, e mais detalhes sobre esta importante questão (caps.40–52). Entretanto, o encontro pessoal do profeta com o Deus vivo no capítulo 6 é a passagem mais conhecida. É uma das passagens mais profundas sobre a adoração e a submissão a Deus em toda a Bíblia. —WEC

5Falou-me ainda o Senhor, dizendo: 6Em vista de este povo ter desprezado as águas de Siloé, que correm brandamente, e se estar derretendo de medo diante de Rezim e do filho de Remalias, 7eis que o Senhor fará vir sobre eles as águas do Eufrates, fortes e impetuosas, isto é, o rei da Assíria, com toda a sua glória; águas que encherão o leito dos rios e transbordarão por todas as suas ribanceiras. 8Penetrarão em Judá, inundando-o, e, passando

por ele, chegarão até ao pescoço; as alas estendidas do seu exército cobrirão a largura da tua terra, ó Emanuel. 9Enfurecei-vos, ó povos, e sereis despedaçados; dai ouvidos, todos os que sois de países longínquos; cingi-vos e sereis despedaçados, cingi-vos e sereis despedaçados. 10Forjai projetos, e eles serão frustrados; dai ordens, e elas não serão cumpridas, porque Deus é conosco.



Semana trêsquarta-feira

oprimido com o natal

Leitura:Lucas 4: 14-21

…enviou-me para proclamar libertação aos cativos […] para pôr em liberdade os oprimidos. —Lucas 4:18

Durante uma visita a um museu de Arte Metropolitana em dezembro,

parei para admirar a grandiosa árvore de Natal. Ela estava coberta de anjos e sua base estava envolvida por um presépio característico do século 18. Quase 200 personagens, incluindo pastores, os reis magos e uma multidão de moradores da cidade, olhavam com esperança para a manjedoura ou observavam os anjos.

Mas um personagem parecia ser diferente do resto — um homem de pés descalços, que carregava um fardo pesado em suas costas e olhava para o chão. O que me chocou foi que este homem, como muitas pessoas hoje, estava tão oprimido que não conseguia ver o Messias.

O Natal pode ser uma época difícil para aqueles que carregam o fardo de

um trabalho pesado, situações estressantes de família e perdas pessoais. Mas deveríamos nos lembrar de que Cristo veio ao nosso mundo para exaltar todos aqueles que estão oprimidos. Jesus usou as palavras de Isaías para anunciar a missão que Deus lhe deu para cumprir nesta terra: “…evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os opri-midos” (Lucas 4:18).

Jesus veio para carregar os nossos fardos para que possamos erguer os nossos olhos e recebê-lo no Natal. —DCM

Para encontrar a verdadeira alegria do Natal, olhe para Jesus.


4ENfoquE3

Na leitura bíblica de hoje, vemos Jesus anunciando Sua chegada como o Messias de Israel. Citando o livro de Isaías 61:1-2, o nosso Senhor declara que a Sua missão seria de resgate — incluindo o resgate daqueles que foram marginalizados pelo mundo naquela época. Per-ceba os termos usados para descrever as pessoas que frequentemente são empurradas para as periferias da vida: “pobres,” “abatidos,” “cati-vos,” “cegos,” e “oprimidos”. O comentário bíblico Jamieson, Fausset e Brown sugere que “…o ano aceitável do Senhor” (v.2) pode ser “uma alusão ao ano do jubileu (Levítico 25:10), um ano de libertação uni-versal para pessoa e propriedade (Isaías 49:8; 2 Coríntios 6:2).” —WEC

14Então, Jesus, no poder do Espírito, regressou para a Galileia, e a sua fama correu por toda a circunvizinhança. 15E ensinava nas sinagogas, sendo glorificado por todos. 16Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. 17Então, lhe deram o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito: 18O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo

que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, 19e apregoar o ano aceitável do Senhor. 20Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele. 21Então, passou Jesus a dizer-lhes: Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir.



Semana trêsquinta-feira

Escondido às claras


Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. —Lucas 1:31

Um grupo de pessoas de uma mesma igreja encontrou a resposta para os

seus problemas financeiros na parede do edifício da igreja. Estava “escondida” ali por mais de 25 anos! Alguém finalmente reconheceu uma xilogravura de Albrecht Dürer, datada de 1493. A obra mostra o anjo dizendo a Maria que ela daria à luz o Filho de Deus.

Alguns membros simplesmente não conseguiam acreditam que desconheciam o valor da antiga obra-prima, dizendo na verdade: “Se realmente fosse verdadeira, por que estaria aqui?”

E nós? Será que estamos negligen-ciando o valor do acontecimento repre-sentado naquela xilogravura?

Jesus não está se escondendo. A ver-dade de que Deus veio à terra em forma humana está revelada com toda a clareza

em Sua Palavra. Está refletida em nossa arte e em nossos hiná-rios. Mas a importância do nascimento de Cristo ainda é negli-genciada. Envolvemo-nos tanto com atividades e programas que perdemos o imensurável valor de saber quem era aquele Bebê.

O que está faltando é a nossa adoração. Pense no signifi-cado do Seu nascimento. Jesus é Deus! Ele veio para nos sal-var de nossos pecados (Mateus 1:21) e para nos dar a vida eterna (João 3:14-18).

Neste Natal, junte-se aos homens sábios e aos pastores para dar louvor a Jesus — Deus que se tornou homem. —MRD

o nascimento de Cristo trouxe o Deus infinito ao homem finito.


4ENfoquE3

Talvez a função do pastor, junto à do fazendeiro seja a mais antiga relatada na Bíblia. Abel foi o primeiro pastor citado (Gênesis 4:2). Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Davi e Amós também eram pastores. O trabalho de um pastor é difícil e perigoso. A procura por pastos geralmente leva o pastor para longe de sua casa. Ele precisa encon-trar grama e água numa terra seca e pedregosa, sobreviver com ali-mento simples, suportar um clima severo, dormir em tendas ou a céu aberto. Há também o perigo dos animais selvagens e ladrões (1 Samuel 17:34-36; João 10:1,8,10). Um pastor precisa responsabili-zar-se por todas as ovelhas sob seu cuidado e restituir qualquer uma que morra ou seja roubada (Gênesis 31:39). É interessante perceber que o nascimento do Cordeiro de Deus, que também é o Bom Pas-tor, foi anunciado primeiramente aos pastores. —HDF

15E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer. 16Foram apressadamente e acharam Maria e José e a criança deitada na manjedoura. 17E, vendo-o, divulgaram o que lhes tinha sido dito a respeito deste

menino. 18Todos os que ouviram se admiraram das coisas referidas pelos pastores. 19Maria, porém, guardava todas estas palavras, meditando-as no coração. 20Voltaram, então, os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado.



Semana trêsSexta-feira

Escolha dE natal

Leitura:Mateus 2:1-12

E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo. —Mateus 2:10

O brilho das decorações luminosas, o som das alegres canções de Natal,

as crianças felizes e os calorosos cum-primentos de “Feliz Natal” algumas vezes dão a impressão de que todos estão felizes por Jesus ter vindo ao nosso planeta. Mas isso não é verdade hoje, e nunca foi.

A notícia do nascimento de Jesus des-pertou uma reação confusa. Os homens sábios a receberam alegremente e adora-ram o Salvador (Mateus 2:10-11). Mas o rei Herodes ficou tão preocupado quando ouviu essa notícia que tentou encontrar e matar o bebê Jesus (vv.3-4,16). A maioria das pessoas, entretanto, não estava ciente da importância do que havia acontecido.

Ainda hoje, multidões honram Jesus e alegram-se em sua salvação. Mas muitos outros o odeiam. Eles reclamam da canto-

ria de Natal nos shoppings e a exibição de presépios em lugares públicos. Outros são apáticos, apenas acompanham as celebra-ções da época. Podem até participar de cantorias de Natal, mas nunca se perguntam sobre quem Jesus é ou por que Ele veio. Não pensam na necessidade que têm de crer nele e de recebê-lo como seu Salvador.

De qual grupo você faz parte? Daquele que o honra ou do que o ignora? O Natal exige uma decisão com relação a Cristo. A escolha é sua. —HVL

Se você der espaço para Jesus em seu coração, Ele terá espaço para você na eternidade.


1Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. 2E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo. 3Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes, e, com ele, toda a Jerusalém; 4então, convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer. 5Em Belém da Judeia, responderam eles, porque assim está escrito por intermédio do profeta: 6E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel. 7Com isto, Herodes, tendo chamado secretamente os magos, inquiriu deles com

precisão quanto ao tempo em que a estrela aparecera. 8E, enviando-os a Belém, disse-lhes: Ide informar-vos cuidadosamente a respeito do menino; e, quando o tiverdes encontrado, avisai-me, para eu também ir adorá-lo. 9Depois de ouvirem o rei, partiram; e eis que a estrela que viram no Oriente os precedia, até que, chegando, parou sobre onde estava o menino. 10E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo. 11Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra. 12Sendo por divina advertência prevenidos em sonho para não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra.

Leitura bíblica de hoje: Mateus 2:1-12



os pastores e a história do Natal

Como Maria deve ter ficado surpresa quando um grupo de pastores chegou inesperadamente ao estábulo contan-do sobre uma milícia angelical e “uma estrela de milagre” — anunciando o nascimento do filho dela! Os pastores foram os primeiros a ajoelhar-se diante da manjedoura, o que pode parecer surpreendente, considerando o que e quem eles eram. No entanto lá estavam eles — adorando um Salvador recém-nascido!

Homens simples com vidas simplesNão consigo pensar numa declaração melhor para descre-ver os pastores do que a seguinte: eles eram homens sim-ples com vidas simples. A própria brevidade da descrição de Lucas enfatiza esta simplicidade: “Havia, naquela mes-ma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite” (Lucas 2:8). Entretanto este versículo deixa entrever exatamente quem eram estes homens e o que eles fizeram.

“Havia naquela mesma região, pastores…” A região que circundava Belém é associada com o pastoreio desde os primeiros dias de registro da história. Era lá que Davi guardava os rebanhos de seu pai, Jessé. Belém era um lugar de pastos, e, portanto, apropriado para os rebanhos de pas-tagem. Ficava próxima à “torre de Éder” (Migdal Éder) ou “torre do rebanho” (Gênesis 35:21; Miqueias 4:8), ainda que seja incerto o que esta torre era. Alguns veem estas


denominações como referência a Jerusalém em geral, e o portão das ovelhas (através do qual os cordeiros sacrificiais eram levados ao templo) em particular, como a forte torre da nação de Israel. Outros veem como uma referência a Belém. E outros, entretanto, veem “a torre do rebanho” de modo literal. Eles acreditam que era o lugar nas colinas da Judeia de onde os antigos pastores vigiavam seus rebanhos.

Todavia, mais importante ainda é o fato de que as ove-lhas que ali pastavam não eram comuns. Por causa de sua proximidade com o templo em Jerusalém, os campos de Belém eram primariamente domínio das ovelhas do tem-plo. De modo que estes pastores de Belém eram respon-sáveis por entregar ovelhas saudáveis e imaculadas para serem oferecidas no altar do sacrifício para a propiciação do pecado.

“… que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite.” “A noite era dividida em qua-tro vigílias,” diz o comentarista bíblico John Gill, “a vesper-tina, a da meia-noite, a do cantar do galo e a da manhã. Alguns tomavam conta do rebanho em uma vigília, e alguns em outra, enquanto o restante dormia na tenda, ou torre, que era construída nos campos para este propósito.”

A vida de um pastor era de solidão e trabalho; perigo e escassez. Contudo, estas dificuldades podem não ter sido as maiores provações. Por sua profissão, os pastores eram considerados cerimonialmente impuros. O trabalho deles exigia a participação ativa no nascimento dos cordeiros (o que os colocava em contato com sangue) e o descarte de cordeiros mortos (o que os colocava em contato com cadá-veres) — e essas duas tarefas os tornavam cerimonialmente impuros. Consequentemente, eles eram párias espirituais.


Estes pastores enfrentavam um duplo dilema, pois não somente tornavam-se impuros pela natureza de seu tra-balho, mas também lhes era exigido que permanecessem constantemente com os seus rebanhos. Isto significava que eles não podiam abandonar suas tarefas por semanas, o que os impedia de ir ao templo para se purificarem.

Momentos incríveis de esplendor celestialA vida é cheia de “momentos” que marcam o coração e a memória. Alguns momentos são escuros e nefastos, como aquele em que recebi um telefonema me informando que meu pai acabara de falecer de um ataque cardíaco. Quan-do relembro esse momento há muitos anos, as emoções de perda e dor invadem-me novamente.

Outros momentos são sensacionais, como a vez (na verdade a única) em que consegui menos de 80 tacadas jogando golfe. Até hoje consigo repetir cada uma dessas tacadas em minha mente, encerrando com um brilhante birdie (uma tacada abaixo do par) no último buraco mar-cando 76 tacadas — número que agradou a multidão.

Há momentos que são raros e incríveis. Para mim, um desses momentos ocorreu no dia do meu casamento. Eu estava parado à frente do altar da igreja. A música tocou e a comitiva nupcial entrou. As portas se fecharam por um breve momento que pareceu eterno e em seguida a música mudou e as portas se abriram — e Marlene entrou acompanhada de seu pai. Mesmo agora, quando penso nisso, surge um nó em minha garganta. Ver a mulher que eu amava radiante e linda em seu vestido de casamento indo em direção ao altar para casar-se comigo — comi-go! Foi empolgante e avassalador, uma lição de humilda-de. Foi um momento de esplendor!


Comparado com o que os pastores viram naqueles momentos nas colinas da Judeia, sei que parece algo bem pequeno. Entretanto, o que senti naquele momento não foi em nada diferente do que imagino que os pastores estavam sentindo — empolgação, humildade e esplendor avassalador.

A descrição de Lucas desafia a nossa imaginação e emo-ciona os nossos corações.

E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor (Lucas 2:9-11).

De que maneira podemos sequer começar a compre-ender algo assim? É demais para processar como um todo, então prefiro separá-lo em momentos.

o momento do Mensageiro. O mensageiro angelical é descrito como um “anjo do Senhor” que estava acompa-nhado da “glória do Senhor” que “brilhou” de tal forma que apavorou os pastores (Lucas 2:9). Como muitos envolvidos na história do Natal, aqueles pobres pastores estavam com-pletamente despreparados para uma noite como aquela.

A glória do Senhor foi uma alusão ao Shekinah, o brilho da perfeição do Deus todo-suficiente, descrito teologica-mente como a soma total dos atributos de Deus combina-dos para criar a luz brilhante e perfeita.

No Antigo Testamento, a glória do Senhor era a prova da presença de Deus entre Seu povo. Vemos este fenômeno


pela primeira vez em Êxodo 24:16, “E a glória do Senhor pousou sobre o monte Sinai, e a nuvem o cobriu por seis dias; ao sétimo dia, do meio da nuvem chamou o Senhor a Moisés.” O povo de Deus havia se reunido no Sinai para aceitar ou rejeitar o governo de Deus sobre eles como nação. A glória de Deus demonstrou o Seu poder e força.

Vemos a Sua glória na dedicação do templo em Jeru-salém no qual os filhos de Israel estabeleceram o local para sua adoração e expressão como nação: “Tendo os sacerdotes saído do santuário, uma nuvem encheu a Casa do Senhor, de tal sorte que os sacerdotes não puderam permanecer ali, para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor enchera a Casa do Senhor” (1 Reis 8:10-11).

O povo de Israel desfrutou da presença de Deus em seu meio — até começarem a desviar-se em idolatria e imoralidade. Eles corromperam a casa de Deus com ído-los pagãos e desonraram o Seu nome, e Deus reagiu com palavras duras por meio do profeta Ezequiel.

Após uma série de acontecimentos em que Deus expôs o adultério espiritual de Seu povo, Ezequiel assistiu, como que passo a passo, a glória do Senhor deixar o templo, deixar Jerusalém e finalmente deixar o povo de Israel. Vemos o golpe culminante no livro de Ezequiel 11:23, onde lemos estas palavras trágicas: “A glória do Senhor subiu do meio da cidade e se pôs sobre o monte que está ao oriente da cidade.”

Seguindo as palavras austeras de Ezequiel, as poucas referências à glória do Senhor que restam no Antigo Tes-tamento referem-se ao futuro, sem nenhuma manifestação da presença de Deus entre o Seu povo até aquela noite em Belém uns 600 anos depois. Ali, com o anjo do Senhor,


a glória retornou para anunciar a presença de Deus mais uma vez entre Seu povo, na pessoa de Cristo.

o momento da mensagem. Proscritos do mesmo siste-ma religioso que eles próprios haviam ajudado a alimentar, os pastores precisavam buscar a esperança em outro lugar. Naquela noite, eles a encontraram na mensagem do anjo.

Imagine estes pastores — isolados de seu povo, seu tem-plo e sua esperança nacional — descobrindo, da boca dos anjos, que eles não estavam proscritos nem tinham sido rejeitados ou esquecidos por Deus; um fato que Ele provou ao permitir que eles fossem os primeiros a ouvir a mensa-gem da esperança: “…é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2:11).

Esta mensagem de esperança aos pastores foi de espe-rança para todo o mundo. Pois esta criança nascida em Belém se tornaria:

• O Bom Pastor que entrega sua vida pelas ovelhas (João 10:11).

• O Grande Pastor que comprou as ovelhas pelo sangue da aliança eterna (Hebreus 13:20).

• O Pastor e Bispo das nossas almas (1 Pedro 2:25).• O Supremo Pastor que virá novamente para os Seus

com a recompensa de uma coroa gloriosa e imarcescí-vel, que nunca perde o seu brilho (1 Pedro 5:4).


Semana quatroSegunda-feira

a vida solitária

Leitura:filipenses 4:10-13

Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. —Hebreus 10:24

Estatisticamente falando, deveria ser impossível ficar sozinho no planeta

Terra. Afinal de contas, somos mais de sete bilhões de pessoas perambulando nesta grande rocha.

Mas muitas pessoas em nosso mun-do estão sozinhas. Uma mulher me disse que viu todos os seus parentes próximos e amigos morrerem. Em sua solidão, ela se questiona por que Deus permite que ela permaneça viva.

Se você está só, talvez possamos oferecer-lhe encorajamento. Usando a Palavra de Deus, descubra como as três ações a seguir podem ajudar a aliviar a sua solidão:

Aprenda a contentar-se. Leia o livro de Filipenses 4:10-13, e em seguida, peça a Deus que o ajude a depender dele todos os dias e a aprender a con-

tentar-se em qualquer situação.Pratique o bem. Leia o livro de Hebreus 13:1-3, e procure

alguém que precise de ajuda. Você se livrará da solidão de ambos.Participe da adoração com o povo de Deus. O livro de

Hebreus 10:21-25 enfatiza o valor de adorar com outros cris-tãos. Encontre alguém com quem você possa louvar a Deus.

Se você estiver se sentindo sozinho, confie em Jesus para contentá-lo. Ajude outra pessoa. E adore a Deus na companhia de outros cristãos. Estas atitudes redirecionarão o seu pensa-mento e o lembrarão de que quando você conhece Deus, jamais está sozinho. —JDB

Muitas pessoas estão sozinhas porque constroem muros em vez de pontes.


4ENfoquE3

A leitura bíblica de hoje vem do livro de Filipenses, uma das quatro cartas geralmente mencionadas como as Epístolas da Prisão. Estas quatro cartas — Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom — foram escritas por Paulo em Roma onde ele estava preso esperando por sua audiência diante de César. Das quatro, Efésios e Colossenses são as mais semelhantes, lidam com o relacionamento entre Cristo como o Cabeça da igreja e o corpo de Cristo, que é a igreja. A carta aos Filipenses é a “ode à alegria” de Paulo, um testemunho notável para alguém que está em cativeiro. Filemom, a mais curta das cartas, é a única das quatro que foi escrita para um indivíduo e não para uma congregação. —WEC

10Alegrei-me, sobremaneira, no Senhor porque, agora, uma vez mais, renovastes a meu favor o vosso cuidado; o qual também já tínheis antes, mas vos faltava oportunidade. 11Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. 12Tanto sei

estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; 13tudo posso naquele que me fortalece.

Leitura bíblica do dia: filipenses 4:10-13


Semana quatroTerça-feira

o siGnificado do natal


E o Verbo se fez carne e habitou entre nós… —João 1:14

Cada ano parece que o nascimento de Cristo é cada vez menos reconheci-

do durante a época de Natal. O editorial num jornal britânico afirmou: “Cristo foi desligado do Natal e agora é época apa-rentemente apenas de um momento para sermos bons e solidários para que nin-guém esteja sozinho.”

Temos uma oportunidade magnífica de espalhar as boas-novas de que Jesus é o motivo da comemoração. Aqui vão três perspectivas sobre o verdadeiro sig-nificado do Natal que podemos compar-tilhar com outros:

• O Natal é uma celebração de ani-versário, honrando Jesus. O Filho de Deus apropriou-se da forma humana e “…habitou entre nós…” (João 1:14).

• Jesus veio para o nosso bem. Ele nasceu para morrer em uma cruz pelos

nossos pecados e ressuscitou para nos dar perdão e vida eterna (1 Coríntios 15:3-4).

• Podemos estimular as pessoas a responder a Jesus com fé, aceitando a Sua oferta de salvação (João 1:12; 3:16).

Esta época do ano é mais do que um momento para ser gentil. O Natal se trata de Jesus — a verdadeira razão para a comemoração. Vamos aproveitar mais esta oportunidade para contar aos outros a miraculosa história de Jesus, o Filho de Deus. E oremos para que muitos, como os homens sábios que foram adorar o prometido Salvador (Mateus 2:1-2), busquem--no e o encontrem neste ano. —JEY

o estábulo de Belém foi o primeiro passo na jornada do amor de Deus até a cruz.


26No sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado, da parte de Deus, para uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; a virgem chamava-se Maria. 28E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: Alegra-te, muito favorecida! O Senhor é contigo. 29Ela, porém, ao ouvir esta palavra, perturbou-se muito e pôs-se a pensar no que significaria esta saudação. 30Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. 32Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai;

33ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim. 34Então, disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum? 35Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus. 36E Isabel, tua parenta, igualmente concebeu um filho na sua velhice, sendo este já o sexto mês para aquela que diziam ser estéril. 37Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas. 38Então, disse Maria: Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra. E o anjo se ausentou dela.



Semana quatroquarta-feira

docE mEnino jEsus

Leitura:João 1:1-14

Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. —João 1:11

Na noite de Natal de 1932, Robert McGimsey foi a um culto à

meia-noite em Nova Iorque e depois voltou ao seu apartamento de apenas um quarto. Enquanto andava pelas quadras finais, passou pelas portas abertas de boates onde as pessoas gritavam, diziam palavrões e cantavam. Outros estavam tão bêbados que tinham desmaiado na calçada.

Que jeito estranho de celebrar o nas-cimento da Pessoa mais perfeita que jamais viveu nesta terra, ele pensou. Parece que perdemos todo o significado de Sua vida.

Naquela noite McGimsey escreveu os seus pensamentos na parte de trás de um envelope.

Estas palavras, que foram escritas como os hinos que ele amava em sua infância no sul dos Estados Unidos, fluíram de seu coração:

Doce menino Jesus, fizeram-no nascer numa manjedoura.Doce e santa criança, eu não sabia quem eras.

Não sabia que virias para nos salvar, Senhor, para levar os nossos pecados. Nossos olhos não viam, não conseguíamos

enxergar, não sabíamos quem Tu eras (tradução livre).A canção oferece uma justificativa ao menino Cristo por

não o termos reconhecido quando Ele veio a esta terra. Todos os anos temos uma nova oportunidade de olhar novamente para o nascimento de Jesus com compreensão e aceitação.

Será que o reconheceremos e o honraremos como nosso Senhor e Rei neste Natal? —DCM

o ponto principal da história entreabre-se com o nascimento de Cristo num estábulo em Belém.


4ENfoquE3

João proclama Jesus Cristo como a Palavra (Logos), o Deus Criador preexistente, eterno, infinito e onipotente (vv.1-3), que na encarnação (Lucas 1:31,35) acrescentou humanidade à Sua deidade (Filipenses 2:6-8). A doutrina da encarnação ensina que Jesus é uma Pessoa, com duas naturezas distintas (João 1:14) — completamente homem e, no entanto, completamente Deus. Não há mistura ou diluição de nenhu-ma das naturezas. —SKT

1No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2Ele estava no princípio com Deus. 3Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. 4A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. 5A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. 6Houve um homem enviado por Deus cujo nome era João. 7Este veio como testemunha para que testificasse a respeito da luz, a fim de todos virem a crer por intermédio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para que testificasse da luz, 9a saber, a

verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem. 10O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu. 11Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. 12Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome; 13os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. 14E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.

Leitura bíblica de hoje: João 1:1-14


Semana quatroquinta-feira

cantai! o salvador chEGou!Leitura:Salmo 98

o sEnhor fez notória a sua salvação; manifestou a sua justiça perante os olhos das nações. —Salmo 98:2

Enquanto voltava para casa após um culto na Inglaterra, Isaac Watts, aos

20 anos, disse a seu pai que os salmos métricos cantados nos cultos não tinham a dignidade e a beleza suficien-tes que deveriam caracterizar hinos usados em adoração. Seu pai o encora-jou a tentar criar algo melhor. Então em 1694, Isaac Watts passou a escrever hinos e eventualmente colocou o livro de Salmos em metros versificados para a adoração.

Watts tomou as referências proféti-cas ao Messias vindouro no livro de Salmos e expressou-as em seu cumpri-mento no Novo Testamento. Seus hinos proclamavam que Jesus Cristo é Salva-dor e Senhor. Quando Watts chegou ao Salmo 98, escreveu:

Cantai que o Salvador chegou,Acolha a terra o Rei. Ó vós, nações a ele só

Contentes vos rendei, contentes vos rendei Oh! sim, contentes vos rendei! Ao mundo as novas proclamai

Que já raiou a luz. Ó terra, mar e céus, cantai Nasceu, nasceu o Rei Jesus

(Cantai que Salvador chegou HCC 106).Este hino tornou-se um dos favorito da época de Natal, pois

nos conclama a reconhecer Cristo como Salvador e Rei e a abrir os nossos corações para o Seu governo de amor e graça.

O salmista escreveu: “Cantai ao Senhor um cântico novo…” (98:1). Isaac Watts fez exatamente isso em sua proclamação de que Cristo veio, e nós podemos nos alegrar nele. —DCM

Para encontrar alegria no Natal, olhe para Jesus.


4ENfoquE3

O Salmo 98 é exultante em seu convite ao louvor a Deus. Nos versículos 4-6, o salmista exalta Deus como Rei. Ele recruta a harpa, as trombetas e as buzinas para acompanhar as vozes humanas ergui-das em louvor e adoração ao Rei soberano. Nos versículos 7-9, Deus é louvado por ser o justo Juiz. Imagens maravilhosas criadas com palavras são utilizadas para magnificar Sua justiça. A plenitude do mar deve bramir, os rios devem bater palmas e as colinas devem alegrar-se juntas. As vozes, os instrumentos musicais e a natureza unem-se para louvar Deus. —HDF

1Cantai ao Senhor um cântico novo, porque ele tem feito maravilhas; a sua destra e o seu braço santo lhe alcançaram a vitória. 2O Senhor fez notória a sua salvação; manifestou a sua justiça perante os olhos das nações. 3Lembrou-se da sua misericórdia e da sua fidelidade para com a casa de Israel; todos os confins da terra viram a salvação do nosso Deus. 4Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os confins da terra;

aclamai, regozijai-vos e cantai louvores. 5Cantai com harpa louvores ao Senhor, com harpa e voz de canto; 6com trombetas e ao som de buzinas, exultai perante o Senhor, que é rei. 7Ruja o mar e a sua plenitude, o mundo e os que nele habitam. 8Os rios batam palmas, e juntos cantem de júbilo os montes, 9na presença do Senhor, porque ele vem julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos, com equidade.

Leitura bíblica de hoje: Salmo 98


Semana quatroSexta-feira

cElEbrE o bEbê


…é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. —Lucas 2:11

Por que celebramos o aniversário de Jesus de modo tão diferente de outros

aniversários? Quando honramos figuras históricas que têm um dia separado para si, não as visualizamos como bebês. Não é comum ver fotos do pequeno e gracioso ex-presidente norte-americano Abraham Lincoln em sua cabana no estado de Kentucky, EUA. Não, ele é lembrado por suas contribuições quando adulto.

É apropriado, no entanto, que cele-bremos Jesus como uma criança. Pense nisso. Quando Ele nasceu, os pastores vieram para honrá-lo (Lucas 2:15-16). Depois, os homens sábios vindos do leste trouxeram-lhe presentes (Mateus 2:8-12). Estas pessoas não tinham ideia do que Cristo realizaria quando cres-

cesse. Mas estavam certos em fazer o que fizeram, porque o nascimento de Jesus foi o acontecimento mais extraordinário na história humana.

Que incrível! Deus em forma humana. O Criador do univer-so visitando este planeta. Não hesitemos jamais em celebrar este bebê no Natal. Maravilhe-se com a Sua encarnação. Admire-se do pequeno bebê que veio para os Seus adoradores. E em seguida, volte a admirar, pois a história fica ainda melhor. Este bebê cresceu até a idade adulta, teve uma vida perfeita e morreu deliberadamente por seus pecados e pelos meus.

Celebre o bebê e confie no Salvador. É dessa maneira que o Natal se completa. —JDB

os homens sábios hoje em dia não adoram somente o bebê de Belém, mas também o Homem do Calvário.


4ENfoquE3

Os anjos tinham um papel importante na vida terrena de Jesus: em Seu nascimento (Mateus 1:20; Lucas 2:8-15), durante Sua infância (Mateus 2:13,19), durante Seu ministério público (Mateus 4:11; Marcos 1:13; Lucas 22:43), após Sua ressurreição (Mateus 28:1-6; Lucas 24:5-7) e em Sua ascensão (Atos 1:10-11). Eles participarão da segunda vinda de Cristo (1 Tessalonicenses 4:16). Os anjos também são importan-tes para o cristão. A Palavra de Deus os descreve como “…espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação” (Hebreus 1:14). —SKT

8Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite. 9E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor. 10O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: 11é que hoje vos nasceu, na

cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. 12E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura. 13E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: 14Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.




o Deus do inesperado

Adoração humilde em um lugar imprevisívelOnde você gosta de adorar? Alguns preferem uma majes-tosa catedral, outros uma simples capela. Mas será que a primeira escolha de alguém poderia ser um estábulo? Contudo, após ouvir a mensagem dos anjos, a primeira reação dos pastores foi encontrar o estábulo onde Maria havia dado à luz a Jesus, o Salvador.

Para mim, isto apenas confirma que o nosso Deus é o Deus do inesperado. E poucas coisas poderiam ser mais inesperadas do que o Rei do céu nascer num estábulo.

E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer. Foram apressadamente e acharam Maria e José e a criança deita-da na manjedoura (Lucas 2:15-16).

Muitas vezes já ouvi as pessoas usarem várias formas diferentes da seguinte expressão: “Você não é definido por aquilo que acontece com você, mas por sua reação ao que lhe acontece.” Suspeito que essa afirmação seja ver-dadeira, em áreas da vida tanto boas quanto ruins, alegres e dolorosas, empolgantes e assustadoras. Nossas reações revelam quem somos, apesar das palavras.

A reação dos pastores foi, primeiramente, adorar e em seguida contar o que tinham visto!

E, vendo-o, divulgaram o que lhes tinha sido dito a res-peito deste menino. Todos os que ouviram se admiraram das coisas referidas pelos pastores (Lucas 2:17-18).


Os pastores não foram somente os primeiros a ouvir, foram também os primeiros a contar a mensagem do Natal. Com seus corações cheios de admiração por aquilo que haviam experimentado, eles compartilharam esse prodígio com os outros, contando-lhes toda a história incrível sobre os anjos, a glória e o bebê.

Esta é a verdadeira adoração — ajoelhar-se diante de Cristo para capacitá-lo a colocar-se diante de outros e proclamar a glória e a salvação que vêm dele. Uma vez humildes e silentes na presença do Rei, podemos então falar ousadamente a todos que precisam ouvir.

E pensar que a experiência de adoração aconteceu num lugar tão inadequado, numa noite tão inverossímil, envol-vendo os homens mais improváveis.

Celebração do coraçãoVoltaram, então, os pastores glorificando e louvando a

Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado (Lucas 2:20).

“Estes homens simples”, escreve o comentarista Adam Clarke, “tendo a prova satisfatória de que as boas notí-cias eram verdadeiras, e sentindo uma influência divina em suas mentes, retornaram ao cuidado de seus rebanhos, glorificando Deus pelo que Ele lhes havia mostrado e pela bem-aventurança que sentiram… que motivos para a con-templação! Que motivos para louvor!”

Antes proscritos, os pastores agora tinham sido aceitos. Antes eram considerados inadequados para o templo, agora se colocavam ao lado de profetas e sacerdotes para celebrar a chegada da esperança das eras.

Os pastores celebrando no nascimento de um cordeiro — o que poderia ser mais adequado?


Há muitos anos, liderei um grupo de estudantes numa viagem por Israel e uma de nossas paradas, é claro, foi Belém. Tivemos uma sessão de estudos bíblicos num lugar de contemplação conhecido como “os campos dos pasto-res”. O grupo teve a oportunidade de investir algumas horas em compras nas lojas mundialmente famosas de produtos de madeira de oliveira. Eu fui um dentre os muitos que compraram presépios feitos dessa madeira. O custo dos presépios dependia da delicadeza do entalhe. Alguns eram tão rusticamente cortados que eram quase arte abstrata, enquanto outros eram tão realisticamente moldados que as personagens pareciam vivas.

Pastores celebrando no nascimento de um cordeiro — o que poderia ser mais adequado?

Mais tarde, enquanto o nosso ônibus de turismo nos levava de volta a Jerusalém, passamos novamente pelos campos dos pastores. Com meu presépio de madeira em mãos, pensei nos acontecimentos daquele dia e no que aconteceu no primeiro Natal. E conforme passávamos pela área onde os anjos visitaram os pastores e proclamaram a chegada do Rei, pensei na letra de uma de minhas canções favoritas do Natal:

Na pequena vila de BelémRepousava um dia uma criança;

E o céu brilhava em uma santa noiteÓ, ali onde Jesus dormia.Um nascimento humilde,

mas quanto naquele dia Deus nos deu


Da manjedoura que o caminho abriu,Caminho perfeito e santo.

Aleluia! Os anjos cantaram.Aleluia! O som ressoou!

E o céu brilhando em uma noite santa,Era o aniversário de um Rei (tradução livre).

Passando por aqueles campos montanhosos salpica-dos de rochas, terreno acidentado e ainda ocupado por ovelhas dispersas, estas palavras familiares acrescentaram riqueza e fizeram muito sentido. E conforme eu olhava para as colinas e tentava visualizar essa noite santa há tan-to tempo, nosso guia pediu ao motorista que estacionas-se o ônibus. Parados à margem da estrada estavam dois meninos, de 12 ou 13 anos, não mais, com um pequeno cordeiro. Eles eram pastores de Belém.

Dois mil anos após o anúncio do nascimento do Filho de Deus ter sido entregue aos pobres pastores, esqueci-dos, proscritos, estes dois pastores ainda trabalhavam nos campos e “guardavam os seus rebanhos.” Enquanto os meninos andavam pelo corredor do nosso ônibus, quase todas as pessoas colocaram a mão na cabeça do pequeno cordeiro. Foi um momento maravilhoso. Os pastores dos campos dos pastores apresentando um cordeiro.

Mais de dois mil anos depois, continuamos a celebrar o Cordeiro e nos juntamos aos pastores que foram os pri-meiros a celebrá-lo.


qual será a sua reação?Os anjos e os pastores que testemunharam os aconteci-mentos que envolveram o nascimento de Cristo nos dei-xam com um legado de reações que foram intensas e emocionadas enquanto eles contemplavam o Cristo bebê e glorificavam o Seu Pai celestial.

Temos o grande desafio de incluir em todas as nossas cele-brações de Natal a exaltação e a adoração. Se assim fizer-mos, evitaremos todo o brilho e o glamour da época natalina que se tornou cada vez mais comercial e secular, e nos lem-braremos da beleza daquele que é o significado do Natal.

Contentamo-nos com os benefícios e as bênçãos do Natal, mas Cristo é o Natal. Apreciamos os presentes e os enfeites dos presentes de Natal, mas Ele é o Deus Eterno, que traz a verdadeira alegria e a vida eterna. É verdade que a nossa atenção pode ser absorvida pelos lindos pre-sentes embalados em papéis decorados e pelas listas de presentes, mas o bebê envolto em panos no Seu nascimen-to ainda é “o maior Presente de todos”.

É este Jesus o Rei que anuncia a paz, A quem Deus quer bem. Da virgem eleita é filho, Jesus, Que nasceu em Belém!

Neste dia de Natal, e em todos os dias...

Oh! Vinde e adoremos — a Cristo, o Senhor.

Os artigos especiais deste livreto são extraídos e adaptados do livro Janelas do Natal, de Bill Crowder © 2008 Publicações RBC.


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…vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu ...cdn.rbcintl.org/cdn/pdf/20131113211055_D8650_web_Christmas2013_POR.pdf · preparamos para a celebração anual da primeira