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MÓDULO 1 Tarefa 1 – Da web 1.0 à web 2.0 Re: Da web 1.0 à web 2.0 por Luís Fernando Pinto Salema - Domingo, 4 Novembro 2012, 14:31 Olá, Professora! Olá, colegas! Em primeiro lugar, quero referir que esta breve reflexão resultou da exploração de algumas das hiperligações e dos recursos disponibilizados. Li, com particular atenção o artigo de Tim O’ Reilly, What is web 2.0?, por se tratar de um clássico». Considerei bastante interessante uma metáfora utilizada. O funcionamento da web 2.0 assemelha-se ao do cérebro humano, com as hiperligações da rede a funcionarem como se de sinapses se tratassem. Penso que, quer como metáfora do funcionamento, quer como metáfora do conhecimento, é uma imagem muito feliz. A web 2.0 é, por isso, o resultado de uma «inteligência colectiva» (a expressão é de Pierre Lévy). Este paradigma representa uma evolução significativa, relativamente ao anterior, o da web 1.0. Na primeira geração, o utilizador tem um papel passivo, limitando-se a «consumir» a informação disponibilizada. Com o advento da web 2.0, o utilizador é, simultaneamente, consumidor e produtor de informação. Como observa Cíntia Costa, este novo modelo implica maior interação e maior dinamismo dos utilizadores, que deixam de ser passivos e tornam-se agentes ativos. Outro aspeto em que se regista uma grande evolução relaciona-se com as dificuldades características das primeiras aplicações disponíveis nainternet. O custo, a necessidade de instalação e o carácter pouco intuitivo de algum desse software cederam o lugar a ambientes gratuitos, intuitivos e facilitadores de troca de dados. Esses ambientes da web 2.0 são, igualmente, fáceis de personalizar. Como comprovam os recursos disponibilizados e a imagem que se encontra na mensagem inaugural deste fórum, o número de ferramentas é enorme e as possibilidades por elas oferecidas também. Aludindo, apenas, a um exemplo, destaco a Britannica Online e a Wikipédia que, na minha opinião, ilustram bem a mudança de paradigma em apreço. Dantes, consultávamos enciclopédias redigidas por outros; agora, podemos dar um importante contributo para a sua construção e para a sua permanente atualização, reivindicada, também, por uma nova sociedade, mais inconstante, menos previsível e em constante mudança. De acordo com as palavras de Cíntia Costa, o internauta é «o todo poderoso da web 2.0», o que, do meu ponto de vista, representa a maior evolução verificada. É ele quem gere toda a informação, conforme as suas necessidades. Pareceu-me particularmente interessante a ideia que fica da leitura o livro de Cristóbal Cobo Romani e de Hugo Pardo Kuklinski: o desenvolvimento da web 2.0 não é só Intervenções nos fóruns de discussão

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MÓDULO 1

Tarefa 1 – Da web 1.0 à web 2.0

Re: Da web 1.0 à web 2.0

por Luís Fernando Pinto Salema - Domingo, 4 Novembro 2012, 14:31

Olá, Professora!

Olá, colegas!

Em primeiro lugar, quero referir que esta breve reflexão resultou da exploração de

algumas das hiperligações e dos recursos disponibilizados. Li, com particular atenção

o artigo de Tim O’ Reilly, What is web 2.0?, por se tratar de um clássico». Considerei

bastante interessante uma metáfora utilizada. O funcionamento da web

2.0 assemelha-se ao do cérebro humano, com as hiperligações da rede a funcionarem

como se de sinapses se tratassem. Penso que, quer como metáfora do

funcionamento, quer como metáfora do conhecimento, é uma imagem muito feliz.

A web 2.0 é, por isso, o resultado de uma «inteligência colectiva» (a expressão é de

Pierre Lévy). Este paradigma representa uma evolução significativa, relativamente ao

anterior, o da web 1.0. Na primeira geração, o utilizador tem um papel passivo,

limitando-se a «consumir» a informação disponibilizada. Com o advento da web 2.0, o

utilizador é, simultaneamente, consumidor e produtor de informação. Como observa

Cíntia Costa, este novo modelo implica maior interação e maior dinamismo dos

utilizadores, que deixam de ser passivos e tornam-se agentes ativos.

Outro aspeto em que se regista uma grande evolução relaciona-se com as

dificuldades características das primeiras aplicações disponíveis nainternet. O custo, a

necessidade de instalação e o carácter pouco intuitivo de algum

desse software cederam o lugar a ambientes gratuitos, intuitivos e facilitadores de

troca de dados. Esses ambientes da web 2.0 são, igualmente, fáceis de personalizar.

Como comprovam os recursos disponibilizados e a imagem que se encontra na

mensagem inaugural deste fórum, o número de ferramentas é enorme e as

possibilidades por elas oferecidas também. Aludindo, apenas, a um exemplo, destaco

a Britannica Online e a Wikipédia que, na minha opinião, ilustram bem a mudança de

paradigma em apreço. Dantes, consultávamos enciclopédias redigidas por outros;

agora, podemos dar um importante contributo para a sua construção e para a sua

permanente atualização, reivindicada, também, por uma nova sociedade, mais

inconstante, menos previsível e em constante mudança.

De acordo com as palavras de Cíntia Costa, o internauta é «o todo poderoso da web

2.0», o que, do meu ponto de vista, representa a maior evolução verificada. É ele

quem gere toda a informação, conforme as suas necessidades. Pareceu-me

particularmente interessante a ideia que fica da leitura o livro de Cristóbal Cobo

Romani e de Hugo Pardo Kuklinski: o desenvolvimento da web 2.0 não é só

Intervenções nos fóruns de discussão

tecnológico mas também, e principalmente, social. A web 2.0 disponibiliza as

ferramentas que permitem ao utilizador criar os nós da rede.

A evolução verificada é profundamente ilustrada no livro Planeta Web 2.0, dos autores

já citados. Pareceu-me ser um livro muito interessante e completo, apresentando,

também, uma interessante visão dos problemas e desafios colocados pela web 2.0 (o

«darwinismo digital», as questões éticas colocadas pelo excesso de informação e de

ruído, a alfabetização, os quatro pilares da web 2.0 e a sua utilização na educação).

Termino esta reflexão com uma expressão que surge no início do livro dos autores

referidos: talvez a melhor maneira de caracterizar a web 2.0 seja considerar que ela se

caracteriza pela «nostalgia permanente do novo».

********************************************************************************************* Re: Da web 1.0 à web 2.0 por Luís Fernando Pinto Salema - Sábado, 8 Dezembro 2012, 09:41 Olá, Margarida!

Da sua intervenção, gostaria de destacar a questão da aprendizagem colaborativa, que me parece poder ser bastante potenciada pelas ferramentas da web 2.0.

As novas ferramentas da web 2.0 potenciam a ideia de partilha, de relação e de interação. Os processos de comunicação, na web 2.0, são cada vez mais sistemas de relações entre iguais que geram novas formas de construção do conhecimento, mais social e mais dependente da comunidade.

A par desta dimensão coletiva e colaborativa, penso que a emergência do individual também é uma característica da web 2.0: os perfis nas redes sociais, os blogues, que, em alguns casos, são quase uma nova forma de diário, os ambientes personalizados de aprendizagem e a destreza na utilização de todas estas ferramentas implicam uma crescente autonomia por parte dos indivíduos.

Em síntese, as possibilidades que se abrem tanto para professores como para alunos são múltiplas. Citando Carvalho et al. (2008: 12), “A Web tem-se tornado cada vez mais a fonte de conteúdo para ensinar e para aprender. Além disso, escrever já não fica limitado ao texto, integrar vários formatos tem-se tornado cada vez mais fácil.”

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Referência citada:

Carvalho, A.A. (Org.) (2008). Manual de Ferramentas da Web 2.0 para Professores. Ministério da Educação: DGIDC.

Tarefa 2 – Definição do conceito de web 2.0

Re: Definição do conceito Web 2.0 por Luís Fernando Pinto Salema - Domingo, 4 Novembro 2012, 15:28 Olá, Professora!

Olá, colegas!

Aqui fica a minha proposta de definição da web 2.0, um conceito em constante atualização.

Cumprimentos,

Luís

_________

A web 2.0 é uma plataforma que disponibiliza aos seus utilizadores um conjunto de ferramentas multimédia (texto, vídeo, áudio, imagem…), acessíveis em rede, que permite a concretização de experiências diversificadas com múltiplos propósitos (educação, divertimento, comunicação, informação…). O seu pressuposto fundamental é o trabalho colaborativo, explorando a(s) rede(s) criada(s) entre os utilizadores, a informação e as funcionalidades das respetivas ferramentas.

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Tarefa 3 – Tecnologias Móveis

Re: m-Learning - reflexão por Luís Fernando Pinto Salema - Sábado, 8 Dezembro 2012, 10:54 Olá, Professora Adelina!

Olá a todos!

Na sequência das vossas intervenções e das primeiras experiências com aplicações destinadas à construção de materiais para m-learning, começo por partilhar convosco uma revisão bibliográfica sobre esta temática.

Esta meta-análise pareceu-me muito interessante, como, aliás, a maior parte dos materiais disponibilizados no website «Future Lab».

Destaco algumas ideias da leitura deste recurso:

> A aprendizagem móvel ocorre nas salas de aula mas também em casa e nas ruas da cidade, tirando partindo do enorme potencial de desenvolvimento destas

tecnologias. Por isso, a mobilidade está relacionada, não só, com a portabilidade dos dispositivos utilizados, mas também com a possibilidade de se aprender em qualquer lugar e em qualquer momento.

> A maior parte das tecnologias móveis apresenta um conjunto de características: portabilidade, potencia a interação social, permitem a utilização de dados reais e simulados, a conectividade e a individualidade.

Do meu ponto de vista, estas últimas características ilustram bem a questão que discutimos, quando abordámos os diferentes paradigmas daweb. Esta emergência do individual parece-me ser deveras interessante.

No artigo que referi, os autores salientam a importância que as tecnologias móveis têm adquirido, na área dos museus e das galerias de arte. A par destas, a aprendizagem de línguas também tem tirado partido dos novos dispositivos tecnológicos (veja-se, por exemplo, http://ojr.org/japan/wireless/1080854640.php).

Tal como já foi referido nas reflexões que temos realizado, um dos principais desafios que se coloca à aprendizagem através de dispositivos móveis é sentirmos que aprendemos através de tais ferramentas, sem que nos apercebamos disso, a «aparendizagem invisível».

Grato pela vossa atenção,

Luís

Hiperligação para o artigo:

https://lra.le.ac.uk/jspui/bitstream/2381/8132/4/[08]Mobile_Review[1].pdf

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MÓDULO 4

Tarefa 1 e 2 – Reflexão: Mapas concetuais no processo educativo

Re: Reflexão: Mapas concetuais no processo educativo por Luís Fernando Pinto Salema - Sábado, 19 Janeiro 2013, 19:51

Olá a todos!

Deixo a minha reflexão sobre os mapas concetuais, depois de ter explorado os recursos da plataforma. Agora, falta por «as mãos na massa».

Como professores, sabemos que o sucesso da aprendizagem depende da motivação e do esforço de cada aluno. Nenhum método ou processo pode garantir uma aprendizagem significativa, se não forem os próprios alunos a fazerem

um esforço nesse sentido. O mapa de conceitos é um instrumento que pode ajudar os alunos a aprender, construindo a partir do que já sabem, assentando, por isso, numaconceção construtivista da aprendizagem.

Como professor de Latim, é uma estratégia a que recorro, com frequência, para esquematizar um texto, após a leitura. Parto, assim, do saber geral que os alunos adquiriram, através da leitura, para, progressivamente, ir desconstruindo o texto. Quando me refiro a esta prática, convém dizer que o faço recorrendo ao quadro e ao giz ou aos quadros interativos, mas sempre numa perspetiva mais tradicional.

No seu livro Learning How to Learn, Joseph D. Novak e D. Bob Gowin definem um mapa de conceitos como um conjunto de relações significativas entre conceitos, sob a forma de proposições. Como sabemos, uma proposição consiste em dois ou mais conceitos ligados, por palavras, numa frase ou num pensamento. As palavras que estabelecem essa ligação mostram de que modo é que os conceitos se relacionam.

Da leitura dos documentos disponibilizados, intui-se que não existe uma única forma correta para desenvolver um mapa de conceitos. Um aspeto que me parece deveras interessante nos mapas de conceitos é o facto de poderem ser redesenhados. À medida que os alunos trabalham e aprendem, eles irão visualizando relações novas e diferentes. Com efeito, esses mapas podem crescer e mudar enquanto os alunos vão aprendendo, acompanhando o que está a acontecer nas suas mentes à medida que constroem novos significados. Se os mapas de conceitos se tornarem uma parte regular da aprendizagem, os alunos tornam-se cada vez mais hábeis no processo da sua construção. Assim, e como salientam Miranda e Morais (2009:3102), aludindo a De Simone, Schmid & McEwen (2001), a flexibilidade da versão eletrónica de construção de mapas conceptuais parece ultrapassar «alguns dos problemas da construção de mapas conceptuais baseada em papel e lápis, cuja construção consome muito tempo e é muito trabalhosa quando se pretendem fazer alterações. Estas ferramentas permitem repensar os conceitos e as suas relações de uma forma rápida e fácil, assim como reconfigurar o mapa como representação do conhecimento e fazer as revisões pretendidas». As ferramentas disponibilizadas na plataforma consubstanciam esta possibilidade.

Durante o desenvolvimento dos primeiros mapas, pode ser necessária bastante condução e estruturação por parte do professor, mas rapidamente os alunos aprendem a construir mapas com pouca ou nenhuma orientação. Penso que, em primeiro lugar, é importante averiguar os conhecimentos básicos dos alunos e criar-lhes a ideia de que eles dispõem de conhecimento anterior para utilizar e sobre o qual construir novas aprendizagens. A avaliar pelos alunos que tenho tido, estas tarefas de mapeamento de um texto, por exemplo, é algo a que os alunos revelam alguma resistência, de início, pela dificuldade que, geralmente, sentem em encontrar uma forma gráfica capaz de traduzir as relações que os textos estabelecem.

O mapa de conceitos funciona bem em situações de aprendizagem cooperativa, idealmente com alunos com diferentes capacidades. As potencialidades oferecidas pelas ferramentas da web 2.0 devem permitir a flexibilidade, a negociação e as mudanças, de tal modo que os alunos possam adicionar, retirar e rearranjar os conceitos e as palavras que estabelecem as ligações entre eles.

Re: Reflexão: Mapas concetuais no processo educativo por Luís Fernando Pinto Salema - Sábado, 19 Janeiro 2013, 19:54 Olá, de novo!

Continuando a minha reflexão, centro-me, agora, na utilização pedagógica dos mapas concetuais (optei pela divisão da intervenção, para que não ficasse demasiado longa...).

Os mapas de conceitos podem ser usados de muitas maneiras. Enquanto usados para introduzir um tópico, penso que um mapa de conceitos ajudará quer os alunos quer o professor a centrarem-se no pequeno número de ideias chave de que necessitam para uma tarefa específica de aprendizagem. Mostra também aos alunos o que eles já sabem sobre o material a ser estruturado. Usados no final do tópico, os mapas de conceitos podem fornecer uma demonstração gráfica do quanto foi aprendido pelos alunos.

No processo de aprendizagem da unidade, os mapas de conceitos podem fornecer uma oportunidade para confrontar pontos de vista sobre as razões de uma determinada ligação ser boa ou válida ou para reconhecer ligações que faltam entre conceitos. Trabalhando em pequenos grupos ou utilizando outras estratégias de aprendizagem cooperativa, os alunos verificarão que aprender o significado de um determinado conhecimento requer discussão, confronto e partilha de ideias e, por vezes, compromisso.

Penso que a natureza cooperativa destas atividades aumenta as oportunidades de aprendizagem. Além disso, ela ajuda a encorajar os alunos a experienciar um novo assunto, sabendo que esse assunto se baseia em algum conhecimento prévio

Os mapas de conceitos podem também ser usados para planear tarefas escritas. Um mapa curto, com os quatro ou cinco conceitos mais importantes a incluir na tarefa, pode fornecer uma estrutura dentro da qual é possível começar a escrever.

Como refere Gouveia, a pertinência do mapa concetual depende do propósito que se tem em mente, em termos de aprendizagem.

Assentes na hierarquização, na seleção e no impacto visual, os mapas concetuais são uma ótima forma de aprender, porque, como dizem Novak e Gowin (Gouveia, p. 8): «um bom mapa conceptual é conciso e mostra as relações entre as ideias principais de um modo simples e vistoso, aproveitando a notável capacidade humana para a representação visual».

Saliento, por exemplo, que os meus alunos já têm utilizado o Prezi para apoio às apresentações orais. Penso que esta ferramenta tem uma inspiração ancorada nos mesmos princípios dos mapas de conceitos, ainda que com uma representação visual diferente e não constitua um «mapa de conceitos» no sentido mais restrito do termo.

Abraços,

Luís