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09 - n -o o o EXCELENTÍSSIMO Sr. Dr. JUIZ FEDERAL DA VARA DO TRABALHO DE CAMPINAS/SP 001/0008/000.470/2012 FRANCISCO CONRADO DE MENDONÇA UCHOA, brasileiro, casado, médico veterinário, portador do RO n° 12.616.061 SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob n° 066.356.218-06, CTPS n° 031096 — Série 244 Mãe: Ana Filomena Comado Uchoa, DTN: 31/01/1961, residente e domiciliado em Mogi Guaçu, sito à rua Tomé Augusto da Costa, n° 40 — Jardim Paulista. Por intermédio de seu advogado e procurador signatário, vem, respeitosamente, à elevada presença de V. Exa., com fundamento no ARTIGO 129 da CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO ajuizar AÇÃO DE INCORPORAÇÃO DA SEXTA-PARTE SOBRE OS VENCIMENTOS INTEGRAIS em face da FAZENDA PUBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, COM ENDEREÇO EM São Paulo/SP, sito à rua Parnplona, n° 227 — 7° andar — CEP 01405-000 (sede da Procuradoria Geral do Estado), vazada nas razões de fato e de direito a seguir expostas:

FRANCISCO CONRADO DE MENDONÇA UCHOA, 12.616.061 … · 09- n -o o o excelentÍssimo sr. dr. juiz federal da vara do trabalho de campinas/sp 001/0008/000.470/2012 francisco conrado

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EXCELENTÍSSIMO Sr. Dr. JUIZ FEDERAL DA VARA DO TRABALHO DE CAMPINAS/SP

001/0008/000.470/2012

FRANCISCO CONRADO DE MENDONÇA UCHOA, brasileiro, casado, médico veterinário, portador do RO n° 12.616.061 SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob n° 066.356.218-06, CTPS n° 031096 — Série 244 Mãe: Ana Filomena Comado Uchoa, DTN: 31/01/1961, residente e domiciliado em Mogi Guaçu, sito à rua Tomé Augusto da Costa, n° 40 — Jardim Paulista.

Por intermédio de seu advogado e procurador signatário, vem, respeitosamente, à elevada presença de V. Exa., com fundamento no ARTIGO 129 da CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO ajuizar AÇÃO DE INCORPORAÇÃO DA SEXTA-PARTE SOBRE OS VENCIMENTOS INTEGRAIS em face da FAZENDA PUBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, COM ENDEREÇO EM São Paulo/SP, sito à rua Parnplona, n° 227 — 7° andar — CEP 01405-000 (sede da Procuradoria Geral do Estado), vazada nas razões de fato e de direito a seguir expostas:

1. O reclamante é servidor público celetista, lotados na Secretaria Estadual de Saúde, conforme faz prova a documentação inclusa, TENDO INGRESSADO NO ESTADO , NO DIA 26 DE JUNHO DO. ANO DE 1.989, conforme REGISTRO CONSTANTES NAS INCLUSAS CARTEIRA DE TRABALHO, em anexo.

2. O reclamante completou 20 (vinte) anos de serviço público estadual na referida autarquia, em 26 de Junho de 2009.

3. A Administração Pública, contrariando a redação do ARTIGO 129 da Constituição do Estado de São Paulo não incorporou aos vencimentos do reclamante a denominada SEXTA-PARTE dos vencimentos. Referido título deveria ter sido incorporado na data em que o obreiro completou vinte anos de serviço, sendo devidas as diferencas do beneficio em prol do reclamante desde então.

Confim-se a redação do artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo, in verbis: "Arte 129 — Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por qiiiiigliênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no artigo 115, XVI desta Constituição."

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4. O beneficio, ex vi legis é concedido a todo servidor público estadual que complete vinte anos de serviço público estadual.

S. A sexta-parte deve ser paga sobre os vencimentos integrais, situação essa que também reclama decisão indiciai a resQeito. a fim de aue as partes não venham futuramente a itdzo discutir a sua base de cálculo.

6. No caso da reclamante todos os componentes da sua remuneração são verbas salariais, pois sobre todas as parcelas incidem CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS ao INSS.

DA JURISPRUDÊNCIA

A questão está sumulada no TRT da r Região (SÚMULA 4), conforme acórdãos em anexo, a saber:

- Acórdão 200901786666 — Processo TRT/SP 00098200707002000.

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- Acórdão 20090363854 — Processo n° TRT/SP 01041200806602000.

Ementa

Julgando questão atinente à sexta-parte dos vencimentos de servidor celetista, matéria inserta no mesmo artigo 129 da Carta Paulista, o TRT da 2' Região — RO 04386-2006-087-02-00-4; Ac. 2009/0371164 — T., ReP De? Federal Ivani Confiai Burmante DOESP 02/06/2009 — p. 139), ementou que:

"EMPREGADO PÚBLICO — SEXTA-PARTE. Direito conferido a todos os servidores públicos independentemente do regime jurídico ser estatutário ou celetista e da administração direta ou indireta. Inexistindo discriminação na Carta Estadual Paulista, descumprindo ao intérprete conferir tratamento diferenciado, a respeito, ao empregado público. Inteligência dos arts. 129, Constituição Estadual, auto-aplicável e 205, IV LC 180/78."

DA JURISPRUDÊNCIA DO E. TST SOBRE A BASE DE CÁLCULO DA

SEXTA-PARTE

" Nos autos do Processo no TST-RR-521/2007-071-02- 00.8, o Colendo TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO, decidiu que a sexta-parte dos servidores públicos do Estado de São Paulo incidem sobre os VENCIMENTOS INTEGRAIS, conforme cópia em anexo de Acórdão da 5' Turma daquele Sodalicio. — Vide fls. 5 do acórdão - item 1.2.

VIDE DECISÃO ABAIXO TRANSCRITA NA ÍNTEGRA.

1.2. BASE DE CALCULO. SEXTA-PARTA. ART. 129

DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO

O Tribunal Regional deu parcial provimento

ao Recurso voluntário interposto pelo reclamado, para excluir

da base de cálculo da sexta-parte, a "gratificação extra", a

"de assistência suporte saúde - GASS" e a "gratificação

geral", sob os seguintes fundamentos:

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"Das parcelas recebidas habitualmente pela reclamante (fls. 13), aquelas denominadas `gratificação extra', 'de assistência suporte saúde —GASS' e 'gratificação geral', foram criadas por leis complementares, onde está previsto que não integrariam os ganhos salariais para qualquer fim, a não ser 13° salário (§ 4°, do artigo 3°, . da Lei Complementar 788/94; art. 3°, da LC 871/93; art. 17, da Lei Complementar 901/2001). Logo, essas gratificações não podem mesmo compor a base de cálculo da sexta-parte porque as disposições legais que as instituíram vedaram essa incidência.

Já a Lei Complementar 797/95, que instituiu a 'gratificação executiva' e aquela 674/92, que instituiu a 'gratificação especial de atividade — GEA', não vedaram expressamente a incidência destas verbas em outras parcelas pecuniárias, presumindo-se, então, que as mesmas têm caráter salarial e, portanto, devem integrar a base de cálculo da sexta-parte que, nos moldes do art. 129, daquela Carta Estadual, é computada sobre os vencimentos integrais do servidor, ou seja, sobre todas as parcelas recebidas e com natureza salarial, acertando a origem ao determinar que essas gratificações façam parte da base de cálculo da parcela sexta-parte.

E, quanto aos adicionais de insalubridade e por tempo de serviço, também acertou a origem ao determinar que tais adicionais componham a base de cálculo, isso porque são adicionais que incidem sobre verbas de natureza salarial e, por esta razão, devem compor a base de cálculo da parcela sexta-parte porque esta, como visto no parágrafo anterior, é computada sobre os vencimentos integrais, assim entendidas todas as parcelas de natureza salarial recebidas.

Destarte, determina-se a exclusão da incidência sobre as gratificações denominadas: 'gratificação extra', 'de assistência suporte saúde — GASS' e 'gratificação geral'. Reforma-se, em parte" ( f I s . 80/81) .

O reclamado sustenta que não pode incidir a base de cálculo da "sexta-parte" sobre os adicionais de

insalubridade e por tempo de serviço. Aponta violação aos

arts. 115, inc. XVI, e 129 da Constituição do Estado de São

Paulo e 37, inc. XIV, da Constituição da República.

Transcreve aresto para confronto de teses.

Discute-se, in casu, a inclusão dos

adicionais de insalubridade e por tempo de serviço na base de

cálculo da sexta-parte.

O art. 129 da Constituição do Estado de Sào

Paulo assim dispõe:

"Art. 129. Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por qüinqüênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado , o disposto no art. 115, XVI, desta Constituição" (sem grifo no original) .

Verifica-se da análise do referido dispositivo da Carta do Estado que há margem para a interpretação mais favorável à empregada, porquanto o artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo trata de dois benefícios conferidos aos servidores das autarquias do Estado de São Paulo e ao final se reporta à incorporação aos vencimentos de forma integral para todos os efeitos.

Logo, o decidido não ofende ao disposto no

inc. XVI, do art. 115 da Constituição do Estado de São Paulo

, que veda a cumulação de acréscimos

título ou idêntico fundamento, que

autos. Se dúvidas houvesse na

beneficiaria a reclamante, em face do

benéfica.

ulteriores sob o mesmo

não é a hipótese dos

interpretação, essa

princípio da norma mais

Verifica-se, pois, que a Corte Regional, ao

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decidir que os adicionais por tempo

insalubridade compõem a base de cálculo da

,interpretou a luz do art. 37, inc. XIV,

de serviço e

sexta-parte, não

da Constituição

Federal, ora apontado no recurso de revista como violado.

Este Tribunal, já se pronunciou sobre o

tema ora em debate, em precedentes que trago à ilustração:

"RECURSO DE REVISTA DO RECLAMADO. SEXTA-PARTE. ARTIGO 129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. A interpretação do acórdão regional relativamente ao artigo 129 da Constituição Estadual de São Paulo encontra-se em consonância com os precedentes desta Corte, no sentido de que a parcela sexta-parte é devida aos empregados públicos celetistas, porque é espécie do gênero servidor público, bem como quanto ao entendimento de que o cálculo da refertla p_arcela incide sobre os vencimentos integrais. Incidência do óbice do artigo 896, § 4°, da CLT e da Súmula 333 do TST. Recurso de revista não conhecido" (RR-2411/2003-059-02-00.3, 8' Turma, Rel. Min. Dora Maria da Costa, DJ. 5/12/2008, sem grifo no original)

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RECURSO DE REVISTA. SEXTA-PARTE. DIREITO OBREIRO. EMPREGADO PÚBLICO. ART. 129 DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. APLICABILIDADE. A matéria já é conhecida nesta Corte Superior, conforme precedente RR-1686/2000- 042-15-00.4, de minha Relatoria, publicado no Di de 1615/2008, no sentido de que a melhor interpretação conferida ao art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo é no sentido de que a verba denominada sexta-parte é devida tanto aos servidores públicos estatutários quanto aos empregados públicos celetistas, e incide sobre o valor total da remuneracão do obreiro, vale dizer, sem que o valor relativos aos qüinqüênios sejam excluídos da sua base de cálculo. O Recurso de Revista obreiro merece provimento para que a verba denominada sexta-parte incida sobre o valor total da remuneração, sem exclusão dos qüinqüênios. Prejudicado o exame do Recurso de Revista do Reclamado. Recurso de Revista conhecido por divergência jurisprudencial e provido" (TST -RR -1924/2004 -049 -02 -00.0, 3" Turma, Rel. Min. Carlos Alberto Reis de Paula, DJ. 21/11/2008, sem grifo no original)

"ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO. BASE DE CÁLCULO. ART. 129 DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL DE SÃO PAULO. 1. O artigo 129 da Constituição Estadual de São Paulo assegura aos servidores estaduais dois benefícios distintos: adicional por tempo de serviço e sexta-parte, estabelecendo a base de cálculo sobre os vencimentos integrais apenas no tocante ao segundo beneficio, nada dispondo quanto ao adicional por tempo de serviço. 2. Inadmissível conferir-se a dispositivo da Constituição Estadual interpretação extensiva favorável aos interesses dos servidores celetistas, sem qualquer amparo legal, pois a Administração Pública está adstrita ao princípio da legalidade. 3. Embargos conhecidos, por divergência jurisprudencial, e, no mérito, não providos" (E-RR

g),

n° 970/2000-042-15-00.3, SEDI-1, Relator Ministro João Oreste Dalazen, DJU de 03/02/2006, sem grifo no original).

Por fim, o único aresto de fls. 108/112 é

inespecífico, uma vez que registra entendimento apenas sobre

a base de cálculo do adicional por tempo de serviço.

Incidência da Súmula 296 do TST.

Ante o exposto, NÃO CONHEÇO do Recurso de

Revista.

Quanto à aplicação ao servidor celetista, a hermenêutica a se fazer é a seguinte: Onde o legislador não distinguiu não compete ao intérprete faze-lo.

De outra parte, se a Administração já paga aos servidores públicos celetistas o ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO (Vide holerite do reclamante), que tem suporte legal no artigo 129 da Constituição do Estado, não há razões lógicas para olvidar a sexta-parte, Que tem base legal no mesmo dispositivo da Carta Paulista (art. 129).

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DOS PEDIDOS

ISTO POSTO, é a presente para requerer a citação da reclamada FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO , para, querendo, contestar a presente ação, julgando-se ao final procedentes os pedidos para condenar a requerida, nos seguintes termos:

1) A apostilar (incorporar), nos termos do artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo, a sexta- parte sobre os vencimentos integrais dos reclamantes mediante apostilamento em folha de pagamento.

2) Ao pagamento das parcelas atrasadas, vencidas e vincendas, até o efetivo cumprimento da obrigação de fazer, com reflexos em Férias, Trezenos, DSR's e FGTS.

3) Honorários advocatícios de 20% sobre o valor da condenação.

Protesta pela produção de todas as provas admitidas em direito, especialmente juntada de documentoskope.ricias g e

d‘ -) requisições junto a repartições públicas.

DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA

Requer-se em favor do autor, os beneficios da gratuidade processual constantes da Lei. Federal n.° 1.060/50, tendo em vista que nos termos da inclusa Declaração de Pobreza, não reúne condições de litigar em juízo sem prejuízo do sustento próprio e da sua família.

Atribui-se à causa o valor de R$ 30.000,00 (Trinta mil reais), para os fins de direito.

Termos em que 1/4 - Pede deferimento

Campinas, 23 qé n\arco de 2.011.

ODAIR LEAL SEROTINI OAB/SPl3.695

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o 1-• NJ

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15a REGIÃO

9a VARA DO TRABALHO DE CAMPINAS - SP PROCESSO No 0000482-69.2011.5.15.0114

SENTENÇA

Vistos, etc.

I - Relatório

FRANCISCO CONRADO DE MENDONÇA UCHOA propôs

reclamação trabalhista em face de FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO em que pleiteou a condenação da reclamada no pagamento do benefício da sexta-parte devido desde 26/06/2009, devendo para tanto ser observada como base de cálculo a integralidade de seus vencimentos; além de honorários advocatícios e a concessão de justiça gratuita. Juntou documentos (fls. 17/20). Atribuiu à causa o valor de R$30.000,00.

Em audiência (lis. 53), presentes as partes rejeitaram a conciliação. A reclamada apresentou defesa pugnando pela improcedência dos pedidos. Em réplica o reclamante reiterou os termos da inicial.

Sem mais provas a serem produzidas, foi encerrada a instrução processual.

Razões finais remissivas.

Propostas conciliatórias rejeitadas.

É o relatório.

Decido.

II - Fundamentação

MÉRITO

1. Da sexta-parte

É fato incontroverso, por não impugnado e por comprovado por meio de cópia da CTPS (fls. 18), que o reclamante foi admitido pela reclamada, mediante concurso público regular, em 26/06/1989. Portanto, o reclamante é empregado público celetista há mais de 20 anos, tendo, em tese, implementado a condição prevista no artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo.

Insurgindo-se, alega a reclamada que o reclamante não tem direito a referida parcela uma vez que é empregado celetista e não servidor público estatutário. Argumenta que o benefício foi instituído pela Constituição de 1967 do Estado, cuja previsão arbacava apenas os servidores públicos estatutários.

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15a REGIÃO

Pois bem. Sem razão a reclamada.

Reza o artigo 129 em comento:

"Artigo 129 - Ao servidor estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por qüinqüênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedidos aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no art. 115, XVI, desta Constituição".

Assim, ao contrário do entendimento da reclamada, não se concebe a aplicação deste direito apenas aos funcionários públicos, assim entendidos os estatutários, devendo ser aplicável a todos os servidores públicos, dentre os quais os celetistas, pela aplicação do bordão jurídico de que "onde a lei não distinguiu não cabe ao intérprete fazê-lo".

Sobre o termo servidor público conceitua Hely Lopes Meirelles:

"Servidores públicos em sentido amplo, no nosso entender, são todos os agentes públicos que se vinculam à Administração Pública, direta e indireta, do Estado, sob regime jurídico (a) estatutário regular, geral ou peculiar, ou (b) administrativo especial, ou (c) celetista (regido pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT), de natureza profissional e empregatícia." (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2008, p. 418)

É entendimento já sedimentado na Orientação Jurisprudencial Transitória 75 da SDI-1 do C. TST:

"75. PARCELA "SEXTA PARTE". ART. 129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. EXTENSÃO AOS EMPREGADOS DE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA E EMPRESA PÚBLICA. INDEVIDA. (DEJT divulgado em 02, 03 e 04.08.2010) A parcela denominada "sexta parte", instituída pelo art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo, é devida apenas aos servidores estaduais, celetistas e estatutários da Administração Pública direta, das fundações e das autarquias, conforme disposição contida no art. 124 da Constituição Estadual, não se estendendo aos empregados de sociedade de economia mista e de empresa pública, integrantes da Administração Publica indireta, submetidas ao regime jurídico próprio das empresas privadas, nos termos do art. 173, § 10, II, da Constituição Federal."

Também são neste sentido as recentes decisões do C. TST:

"RECURSO DE REVISTA - SEXTA-PARTE. ART. 129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. EXTENSÃO AO SERVIDOR AUTÁRQUICO CELETISTA. BASE DE CÁLCULO. VENCIMENTOS INTEGRAIS. A expressão - servidor público -, constante do art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo, alberga os servidores públicos submetidos aos regimes legal e contratual, não estabelecendo qualquer distinção quanto ao regime jurídico estatutário ou celetista. Desse modo, a tese adotada pelo Regional, no sentido de que os servidores públicos estaduais regidos pela CLT têm direito à parcela denominada sexta-parte, prevista no artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo, a qual tem como base de cálculo os vencimentos integrais do servidor, demonstra consonância com a iterativa, notória e atual jurisprudência desta Corte. Precedentes. Recurso de Revista não conhecido." (Processo: RR - 60400-

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15° REGIÃO

13.2008.5.02.0068 Data de Julgamento: 06/04/2011, Relatar Ministro: Márcio Eurico Vitral Amaro, 8' Turma, Data de Publicação: DEJT 08/04/2011)

"RECURSO DE REVISTA. EMPREGADO CONTRATADO SOB O REGIME CELETISTA. PARCELA INTITULADA -SEXTA-PARTE-. Em conformidade com a jurisprudência reiterada desta Corte, o empregado celetista do Estado de São Paulo faz jus à percepção da verba intitulada - sexta-parte", tendo em vista que o artigo 129 da Constituição Estadual também o beneficia. Não há distinção entre os empregados estatutários e celetistas, conforme referida norma. Recurso de revista de que não se conhece." (Processo: RR - 190600-07.2005.5.15.0082 Data de Julgamento: 01/09/2010, Relator Ministro: Pedro Paulo Manus, 7' Turma, Data de Publicação: DEJT 17/09/2010)

unilateral do contrato de trabalho, não havendo que se falar em

afronta ao art. 37, X e

Cabe rebater o argumento da reclamada de interferência do Poder Judiciária no Executivo, pois, não se trata de majoração salarial pelo Judiciário, mas sim de reconhecimento de um direito oriundo de comando legal, sob pena de alteração art. 169, § 1° da CF. E, por fim, o argumento segundo o qual não há preceito legal a autorizar a extensão do benefício aos celestistas é despiciendo, já que da própria Constituição Estadual emana tal ordem, não havendo que se falar em infração ao

princípio da legalidade.

Assim, e pelos fundamentos acima, acolho o pedido do reclamante para condenar a reclamada no pagamento do benefício da sexta parte devido a partir do implemento da condição - 26/06/2009, quando o reclamante completou 20 anos de emprego público. As parcelas vencidas e vincendas deverão ser calculadas sobre o valor integral dos vencimentos (há que se respeitar, no entanto, a não integração aos vencimentos (base de cálculo) de gratificações e adicionais cujas leis que os instituíram vedavam tal fato), com reflexos nas férias acrescidas de 1/3, décimos terceiro salário e FGTS, conforme se apurar em liquidação de sentença.

Ainda, com relação 'a base de cálculo, o art. 129 da Constituição Estadual foi claro ao determinar o cômputo sobre os vencimentos integrais dos servidores. Nesse sentido, aliás, é o posicionamento do C. STF, no seguinte excerto:

"O acórdão recorrido funda-se essencialmente na interpretação do art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo, verbis: Os autores fazem realmente jus ao recebimento da vantagem denominada "sexta parte", porquanto preenchem o requisito do disposto no artigo 129 da Constituição Estadual, que assegurou ao servidor público o direito de perceber a sexta parte dos vencimentos integrais concedida aos vinte anos de efetivo exercício. Tal preceito legal, por não depender de regulamentação, é auto-aplicável.

(...) Dessa forma, após a promulgação da Constituição Estadual de 1989, não mais se pode negar a vantagem da sexta parte dos vencimentos aos servidores vinculados à Administração pelo regime da Lei Estadual n. 500/74 ou da CIT. (...)" (STF, AI 212.215-SP, Relator Min. Sepúlveda Pertence, DJ 31.08.98).

2. Demais pedidos e Parãmetros de liquidação

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 156 REGIÃO

a) Justiça gratuita

O benefício da Justiça Gratuita, no âmbito trabalhista, é regulado pelo art. 790, § 3°, da CLT, o qual garante isenção do pagamento de custas a todo aquele que perceba salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal ou a quem declare a impossibilidade de litigar em juízo sem prejuízo de seu sustento próprio e familiar. Defiro a gratuidade judiciária postulada, pois há declaração de hipossuficiência firmada nos autos (fls. 16).

b) Honorários advocatícios

A reclamante não está assistida pelo Sindicato, de acordo com o

que prevê a lei 5584/70 e Súmulas 219 e 329, do C. TST.

c) Deduções / Compensações

Rejeito a compensação pleiteada pelas reclamadas em defesa, uma vez o instituto invocado refere-se a hipótese de extinção das obrigações pela existência de crédito recíproco e concorrente, o que não há.

Não há valores a serem dudeuzidos.

d) Descontos previdenciários

Conforme previsão contida no inciso VIII do artigo 114, da Constituição Federal de 1988 (Emenda Constitucional 20, de 1998), compete à Justiça do Trabalho: "executar, de ofício, as contribuições sociais previstas no art.195, I, a e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir". Portanto, com a modificação do texto constitucional, resta clara a competência material da Justiça do Trabalho para determinar o recolhimento das contribuições previdenciárias.

Cabe, portanto, a esta Justiça Especializada, nos processos trabalhistas em que se apurar verba integrante do salário de contribuição (decorrente de sentença condenatória ou transação homologada), determinar o recolhimento, mês a mês, do valor devido à contribuição social, bem como o abatimento dos valores recolhidos aos mesmos títulos e, inclusive, prosseguir na execução, em caso de inadimplemento.

Dessa forma, deve ser imposta, inclusive de ofício, a determinação dos recolhimentos a serem efetuados mês a mês, relativamente às verbas com natureza de salário-de-contribuição (art. 276, § 4°, do Decreto n° 3.048/99, que regulamente a Lei 8.212/91), de acordo com o previsto pela Súmula 368 do TST.

e) Descontos fiscais

Quanto aos descontos fiscais, entendo que a Justiça do Trabalho tem competência para autorizar a dedução fiscal, a ser realizada nos termos do art. 46, § 1°, da Lei 8541/92. Neste sentido, a Súmula 368 do TST.

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15a REGIÃO

Os rendimentos pagos em cumprimento de decisão judicial devem retidos na fonte pela parte obrigada ao pagamento, no momento em que o montante se tornar disponível para o credor. Conforme disposto no art. 46 da Lei 8.541/92 e Provimento da CGJT n° 03/2005, o empregador deverá, quando do pagamento das verbas objeto da presente condenação, reter o imposto devido pelo empregado ao fisco. A responsabilidade do empregador é limitada ao recolhimento da parcela devida a título de imposto de renda, mas é o contribuinte o detentor da renda, de tal sorte que não pode ser transferida à reclamada responsabilidade pelo pagamento.

Assim, determino a aplicação do disposto na Lei n. 7.713/1988 (art. 12-A) e na Instrução Normativa RFB n. 1.127/2011, quando da apuração do montante devido a título de imposto de renda, em sede de liquidação. Esclareço que a referida Instrução Normativa não alterou o regime de caixa, uma vez que não houve qualquer alteração quanto ao fato imponível (pagamento).

A alteração diz respeito à forma de apuração do tributo, através da qual se leva em consideração o período a que se referem os rendimentos recebidos acumuladamente. O grande benefício é a utilização de uma nova tabela de incidência quando houver o efetivo pagamento. Referida tabela é calculada pela multiplicação da quantidade de meses a que se referem os rendimentos recebidos acumuladamente pelos valores constantes da tabela progressiva mensal em vigência no mês do recebimento do crédito (mais uma vez a essência do regime de caixa). Assim, logra-se obter um efeito análogo ao da competência e, por incrível que possa parecer, muito mais benéfico ao contribuinte em termos pecuniários do que o próprio regime de competência (essa constatação não é difícil de demonstrar, mas nos desviaria do cerne da questão). Além disso, essa tributação pelo regime de caixa ocorre de forma exclusiva na fonte e em separado dos demais rendimentos eventualmente auferidos no mês.

Aplicável à matéria também o entendimento da 0] 400 da SDI - I do C. TST.

e) Correção monetária

Para a fixação da época própria há que se levar em consideração que esta tem por objetivo manter o valor real do crédito trabalhista, impedindo que o devedor tenha vantagem decorrente da demora na satisfação do crédito. É o que se observa no artigo 39, da Lei n.8117/91, que disciplinou a aplicação da correção monetária, buscando, tão-só, adequá-la às variantes do momento econômico-financeiro.

A época própria para incidência da correção monetária é, segundo definido pelo Decreto n. 75/66 e legislações posteriores, aquela em que a verba tornou-se exigível. Assim, a correção monetária será aplicada conforme índice correspondente à data de exigibilidade do crédito.

39

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15' REGIÃO

Relativamente ao salário, a correção monetária flui a partir do mês subseqüente ao do vencimento da obrigação de pagá-lo, mesmo que o empregador tenha optado pelo pagamento dentro do próprio mês laborado.

f) Juros de mora

O cálculo dos juros de mora deverá observar o teor do artigo 1°-F da Lei 9497, com a redação dada pela Lei 11.960, a partir de 29/06/09.

Em razão da publicação e vigência da Lei 11.960, de 29/06/09, que alterou a redação do art. 1°-F antes referido, passando a estabelecer que "nas condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua natureza

e para fins de atualização monetária, remuneração do capital e compensação da mora, haverá a incidência uma única vez, até o efetivo pagamento, dos índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de

poupança". Sendo assim, altero entendimento anteriormente adotado de que em se

tratando de condenação subsidiária, a Fazenda Pública "não se beneficia da limitação dos juros prevista no art. 1°-F da Lei 9494/97" (0J 382 do C. TST), devendo o cálculo dos juros de mora obedecer o teor da Lei 8.177/91, aplicável ao devedor principal.

III - DISPOSITIVO

Diante do exposto, nos autos da reclamação trabalhista que move FRANCISCO CONRADO DE MENDONÇA UCHOA em face de FAZENDA PÚBLICA DO

ESTADO DE SÃO PAULO, decido julgar PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido, nos termos da fundamentação supra que passa a fazer parte integrante do presente dispositivo.

Concedo ao reclamante os benefícios da justiça gratuita.

Custas processuais, pela reclamada, no valor de R$300,00

calculadas sobre o valor da condenação, provisoriamente arbitrado em R$15.000,00, dispensada de recolhimento.

Desnecessária a remessa de ofício, diante do valor provisoriamente

atribuído 'a condenação (artigo 475, parágrado 2° do CPC).

Cientes as partes, nos termos da Súmula 197 do C. TST.

Campinas, 25 de novembro de 2011.

Érica Escarassatte Juíza do Trabalho

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TRIBUNAL REGIONAL lx) TRABALHO DA IS' REGIÃO

rymurionuammomxmaimM . AVAOSE DE SOUZA CAMPO& In -NOVA CAMPINAS.

ailiJMW.123-C~NM -SR

Saéretaria da Fazenda Oice. Estado de São Pauló 14/P Procaradot Geral do Betado: R. BENJAMIM CONSTANT, 1214 4° ANDAR 13010-141 - CAMPINAS - SP

P/ Oficial da'Justiça Notificação N° 009080/2012 Processo 14° 0000482-69.2011.5.15.0114 RTOrd

Reclamante: Núm.. Inscr. Reclamada : Num. Inscr.

Francisco Conrado de Mendonça Uchoa Dívida Ativa: - Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo Divida Ativa:

- Tomar ciência do despacho de fls. 92,. abaixo transcrito:

Intime-se a reclamada-para comprovara inclUsào da parcela beneficio- da sexta parte. Após, cumprido, ciência ao autor para apresentação dos cálculos. Campinas, ;09104/2012,

HENRIQUE;MACÉDORINZ Juiz do Trabalho

GAS/RMR/jcf

Em 15 de, Maio de 2012 ( 3' f )

EDUARDO- SIQUEIRA DIAS TECNICO JUDICIARIO

Mcch, Inalem]

RECEBIDO EM

/ .

do Estado

devida quanto ao

Governo do Estado de São Paulo Correio Eletrônico

Waldomiro Gilberto Buim ® WEBGOVSP 05/06/2012 11:08

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Para: André Pereira da Silva/SAUDE/BR@SAUDE, Adervando Antonio da Silva Junior/SEFAZ/WEBGOVSP/BR@WEBGOVSP

cc: Tânia Maria Cristina Peres/SEFA7JWEBGOVSP/BR@WEBGOVSP

Assunto: Enc: Re: audiencia dia 16-11-11 9a. Vara Trabalho Campinas 14:35 horas

Texto da Mensagem

Prezado André, Neste caso não será necessário fórmula de cálculo....poderá apostilar ..."concessão da 6a. parte dos vencimentos na forma do artigo 129 da CE/89 a partir do momento em que completou o tempo aquisitivo do 4° quinquênio, qual seja 04/07/09 " (averbações no sistema consta essa data). A sentença expressa que há de respeitar a base de cálculo onde certas gratificações e adicionais cujas leis os instituiram vedam a incidência, razão que entendemos não prevalcer nesse caso o recalculo do sexto sobre os integrais. Att.

DDPE - FAZENDA CONSULTAS AO HISTORICO PESSOAL / FUNCIONAL MPAPZYA DADOS FUNCIONAIS

RS/PV = 006954157 01 NOME = FRANCISCO CONRADO DE MENDONCA PERIODO - DE = 01012009 ATE = 31122011

00291 - ADICIONAL TEMPO DE SERVICO - CONCESSAO DATA OPERACAO 08/09/09 A PARTIR DE 04/07/09 D.O.E. 20/06/09 QTDE QUINQUENIOS 04

00765 - INCLUSAO DE DADOS P/ CALC DE VCTOS ATRASADOS RETROATIVO DATA OPERACAO TEMPO SERVICO DE COD.CARGO/FCAO JORNADA REG.RETRIB. 16 ESCALA DE VCTO TABELA DE VCTO

02/10/09 DE 04/07/09 FIM DE VALIDADE 31/08/09

PARA 4051 COD.CARGO/FCAO 4051

JORNADA REG.RETRIB. 16

11 ESCALA DE VCTO 11 TABELA DE VCTO

PADRAO/FX-NIVEL 001G PADRAO/FX-NIVEL 001.G PAP328 - ULTIMO EVENTO DESTA TELA TEM CONTINUACAO. TECLE ENTER

OPCAO:

PAGINA 04 DE 20

EXIBIR PAG. IMPRIMIR PAG. DE A

Waldomiro Gilberto Buim Diretor Técnico de Divisão da Fazenda Estadual

Fone: (11) 3243-3638

Encaminhado por Waldomiro Gilberto Buim/SEFAZ/WEBGOVSP/BR em 05/06/2012 10:57 Para: Adarvando Antonio da Silva Júnior/SEFAZ/WEBGOVSP/BR@WEBGOVSP, Waldomiro Gilberto Buim/SEEAZ/WEBGOVSP/BR@WEBGOVSP De: André Pereira da Silva/SAUDE/BR Data: 04/06/2012 16:14 Assunto: Re: audiencia dia 16-11-11 9a. Vara Trabalho Campinas 14:35 horas

Prezados, boa tarde:

Acusamos aqui na Pasta da Saúde a mensagem abaixo, na qual a d. Procuradora do Estado solicita a implementação em folha de pagamento do beneficio da sexta-parte a servidor celetista, conforme decisão judicial (sentença de primeiro grau). Como se trata de sexta-parte, indago se há necessidade de fórmula de cálculo, precedendo o apostilamento.

Att. André Pereira da Silva Diretor Técnico II - CLP-GGP Encaminhado por André Pereira da Silva/SAUDE/13R em 04/06/2012 16:13

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Governo do Estado de São Paulo Correio Eletrônico

[IMAGE] Alessandra Seccacci Resch @ PGE 04/06/2012 15:51 [IMAGE]

Para: André Pereira da Silva/SAUDE/BR@SAUDE@EXECUTIVO cc: Nuhad Said Oliver/PGE/BR@PGE, [email protected]

Assunto: Re: audiencia dia 16-11-11 9a. Vara Trabalho Campinas 14:35 horas André Pereira da Silva

Texto da Mensagem

Sirvo-me do presente, para requerer a implantação em folha de pagamento do beneficio da sexta parte ao reclamante, nos termos da sentença em anexo. Solicito ainda seja atendida a presente solicitação com a maior brevidade, tendo em vista determinação judicial para tanto. Grata,

Alessandra Seccacci Resch Procuradora do Estado Procuradoria Regional de Campinas Rua José Paulino, n. 1399 - llo. andar Tel.: 3275-0097 - R. 236

(See attached file: Intimação francisco conrado.p)) (See attached file: Sentença francisco conrado.pdfi (See attached file: Petição Inicial francisco conrado.pdj) Inactive hide details for André Pereira da Silva/SAUDE/BR@SAUDEAndré Pereira da Silva/SAUDE/BR@SAUDE

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André Pereira da Silva/SAUDE/BR@SAUDE

11/11/2011 11:30

DM [IMAGE] AG E] Alessandra Seccacci Resch/PGE/BR@PGE, Nuhad Par Said Oliver/PGE/BR@PGE

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[IM [IMAGE] AG E] audiencia dia 16-11-11 9a. Vara Trabalho Campinas Ass 14:35 horas unt

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Dra. Alessandra, bom dia:

O Reclamante, de fato, é servidor vinculado a esta Secretaria da Saúde, embora afastado perante a SUCEN. Assim, é a Fazenda Pública quem deve responder aos termos da Reclamação Trabalhista em tela. A comprovar, seguem abaixo consulta de situação funcional e último holerite do Reclamante.

Para maiores informações, repasso essa mensagem para o núcleo de pessoal do Centro de Vigilância Sanitária, desta Pasta, onde o prontuário do Reclamante está arquivado, para subsidiar essa d. Procuradoria na contestação e indicação de preposto. Qualquer dúvida, contatar o referido nucleo, tel. 011 - 3065-4654, a/c Sra. Marly.

Att., André Pereira da Silva - Diretor Técnico II-CLP

SEC DA SAUDE CONSULTA DE DADOS PESSOAIS, FUNC. E DE PAGAM MPAPMNA 11/11/2011 DADOS FUNCIONAIS

RS/PV = 006954157 01 NOME= FRANCISCO CONRADO DE MENDONCA UCD= 06 / 603 RG: NR/DC= 00012616061 ORGAO EMISSOR= DATA EMISSAO= CARGO.F.A= 4051 MEDICO VETERINARIO CAT= N PADRAO= 001 H UA FREQ= 72618 G.VIG.SAN.S.J.B.VISTA-GVS-XXVI SEC/UO/UD= 009 7 107 TIPO PROV/PREENC= ADMISSAO DATA INIC EXERC= 26/06/89 REG.RETR.= L.C. 674/92 - NIVEL UNIVERSITARIO TAB.VCTO= JORN = BCO= 001 AGENC= 6542 PC S JOSE - MOGI MIRIM TP= NR/DC= 0014642/0 TAXA PREV= S IAMSPE= O PREV.5/6= / QT.DEP.IR= 01 QT.DEP.SF= LIM.REP.= 010 DATA OPCAO F.G.T.S. = 26/06/89 SEXTA PARTE = NAO QUINQ= 4 QUALIF= DISCIP=

RETP = NAO GGE = NAO

CARGA HORARIA = GTCN = SAL. ESPOSA= NAO

CONTRIB. PREVID.= SITUACAO ESPECIAL: TIPO=

INTER/CESS= 11/081-AFAST SUCEN - SPV SIT.SERV= ATIVO BLOQ.OPER= N

SEC DA SAUDE CONSULTA AO HISTORICO FINANCEIRO MPAPPGA1 11/11/11 DEMONSTRATIVO DE PAGTO - SERVINAO SERVID. FOLHA NORMAL 10/11

RS/PV 006954157 01 FRANCISCO CONRADO DE MENDONCA RG= 00012616061 CGO/F.A.— 4051 MEDICO VETERINARIO CPF= 066356218 06 CATEGORIA= N REGIME RETRIBUIT.= 16 ESC.VCTO= 11 TAB.VCTO= PADRAO= 001 H UA= 72618 G.VIG.SAN.S.J.B.VISTA-GVS-XX UCD= 06 603 OR/UOIUD/MUN= 09 007 107 639 BCO/AG.= 001 B. BRASIL 6542 PC S JOSE - MOGI MIRIM N.CTA= 0014642 O

TK.ALIM= 20 VAL FGTS 219,59 FGTS 13.SAL 0,00 DT PAGTO 07/11/11 PERIODO COD. DENOMINACAO V/D NAT QTDE. UNID. VALOR DE ATE 001001 SALARIO BASE N VAL 614,12 1011 004020 GEA-GRAT.ESPECIAL DE ATIVID I 130 VAL 1.010,94 1011 004074 GRATIFICACAO EXECUTIVA N 0,54 PER 54,00 1011 004117 GRATIFICACAO GERAL-LC 901/2 N VAL 80,00 1011 009001 ADICIONAL TEMPO DE SERVICO N 004 QUI 122,82 1011 012007 ADIC.INSALUBRIDADE-CLT (1SM I 20,00 PER 109,00 1011 070009 INSS N 11,00 PER 301,94- 1011 077005 VALE TRANSPORTE-CLT N PER 36,84- 011011 311011 097185 BANCO DO BRASIL S/A N VAL 413,92- 1011

TOTAIS—> VCTOS= 1.990,88 DESC.= 752,70 LIQ.= 1.238,18 PAP341 - CONSULTA CONCLUIDA - TECLE PF8 SE DESEJA MUDAR DE MES PAP344-TELA 01 DE 01 EXIBIR TELA

Encaminhado por André Pereira da Silva/SAUDE/BR em 11/11/2011 11:02

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Governo do Estado de São Paulo Correio Eletrônico

[IMAGE] Alessandra Seccacci Resch @ PGE 10/11/2011 14:53 [IMAGE]

Para: Nuhad Said Oliver/PGE/BR@PGE cc: Maria Sonia da Silva/SAUDE/BR@SAUDE, André Pereira da Silva/SAUDE/BR@SAUDE

Assunto: audiencia dia 16-11-11 9a. Vara Trabalho Campinas 14:35 horas

Texto da Mensagem

Reiterando ofício anterior, sirvo-me do presente, na defesa da Fazenda Pública do Estado de São Paulo, para comunicar a designação para o dia 16-11-2011, às 14:35 hs, de audiência no processo 482-69.2011.5.15.0114, perante a 9a.. Vara do Trabalho de Campinas, pelo que solicito seja-nos enviada cópia da documentação pertinente para redação da respectiva contestação, com a urgência que a proximidade da data requer, bem como seja designado preposto para nela comparecer.

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Sendo só para o momento, colocando-me a disposição para eventuais esclarecimentos e aproveitando o momento para externar minha consideração e apreço, subscrevo-me,

Atenciosamente,

Alessandra Seccacci Resch Procuradora do Estado Procuradoria Regional de Campinas Rua José Paulino, n. 1399 - 1 lo. andar Tel.: 3275-0097 - R. 236

(See attached file: Petição Inicial Francisco C MUchoa.pdfi

- Intimação francisco conrado.pdf

El - Sentença francisco conrado.pdf

-Petição Inicial francisco conrado.pdf n _ Petição Inicial Francisco C M Uchoa.pdf

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS

GRUPO DE GESTÃO DE PESSOAS CENTRO DE LEGISLAÇÃO DE PESSOAL

Fls. 26

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GGP/CLP

INTERESSADO:

ASSUNTO:

PROCESSO N°. 001/0008/000.470/2012

FRANCISCO CONRADO DE MENDONÇA

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

Encaminhem-se os autos ao Centro de Controle de

Recursos Humanos para que seja providenciada a competente Portaria, DECLARANDO, à

vista da decisão judicial transitada em julgado, constante da Reclamação Trabalhista -

Processo n°. 0000482-69.2011.5.15.0114 da 9' Vara do Trabalho de Campinas/SP — TRT da

15' Região/SP e SS no. 001/0008/000.470/2012, proposta por FRANCISCO CONRADO DE

MENDONÇA, RG 12.616.061, Médico Veterinário, do Grupo de Vigilância Sanitária XXVI

— São João da Boa Vista, do Centro de Vigilância Sanitária, que o reclamante faz jus a

"concessão da vantagem da sexta parte dos vencimentos, nos termos do disposto no

artigo 129 da Constituição Estadual, a partir da data em que completou vinte (20) anos

de efetivo exercício no serviço público, com reflexos nas férias acrescidas do terço

constitucional e FGTS".

CLP, em 11 de junho de 2012.

G ‘1

A PEREIRA DA LA DIRETOR TEMO° II

MC/