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IMPRESSO ESPECIAL 9912287935/2011-DR/MG SBOT ... Correios ... DEVOLUÇÃO GARANTIDA ...Correios ... ... SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA REGIONAL MINAS GERAIS JORNAL SBOT MINAS janeiro a março | 2018 Ano IX - Nº 33 Fórum da SBOT Nacional defende ações em prol da classe ortopédica | 09 CET-SBOT MINAS faz alterações no formato do Preparatório ao TEOT 2019 | 13 Carnaval sem traumas alerta foliões para os riscos da dobradinha álcool e direção | 07 CFM alerta: planos de saúde não podem determinar qual procedimento é redundante | 17

Fórum da SBOT Nacional defende ações em prol da classe ... · Dr. José Artur Coelho de Aguiar 07 Carnaval sem traumas 2018 08 SBOT: planejamento estratégico Executiva faz reunião

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IMPRESSOESPECIAL

9912287935/2011-DR/MGSBOT

... Correios ...

DEVOLUÇÃO GARANTIDA

...Correios ...

...S O C I E D A D E B R A S I L E I R A DE

ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA REGIONAL MINAS GERAIS

JORNAL SBOT MINAS janeiro a março | 2018Ano IX - Nº 33

Fórum da SBOT Nacional defende ações em prol da classe ortopédica | 09

CET-SBOT MINAS faz alterações no formato do Preparatório ao TEOT 2019 | 13

Carnaval sem traumas alerta foliões para os riscos da dobradinha álcool e direção | 07

CFM alerta: planos de saúde não podem determinar qual procedimento é redundante | 17

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EDITORIAL | PALAVRA DO PRESIDENTE

Dr. Cristiano Magalhães MenezesGestão 2018

Caros colegas ortopedistas mineiros,

Iniciei minha gestão à frente da SBOT Minas no último mês de janeiro, sentindo-me extremamente honrado pelo cargo e certo da missão a ser cumprida junto à nossa Sociedade.

Dentre projetos implementados em gestões anteriores e novos, podemos destacar o excelente trabalho da CET, talvez a comissão mais madura dentro de nossa associação. Todos os seus membros fazem um trabalho coordenado para a capacitação dos residentes dos serviços credenciados no estado. Os resultados expressivos na prova do TEOT refletem a qualidade dos serviços credencia-dos em MG e uma profícua atuação da CET. Contudo, devemos atentar-nos para que as vagas oferecidas no estado sejam sempre credenciadas pela SBOT, reconhecida como a única balizadora da formação do ortopedista, valorizando o nosso título de especialis-ta. Uma nova vaga de especialização, credenciada pela SBOT (CET nacional) ou via MEC, somente é aberta se solicitada por um or-topedista chefe de serviço. Em vista disso, somos nós mesmos os responsáveis por um número hipoteticamente excessivo de resi-dentes, que se traduz na saturação do mercado de trabalho. Cabe uma reflexão individual sobre o tema, bem como um planejamen-to responsável do número de profissionais que atuarão em nossa área nos próximos anos.

No que concerne à educação continuada, alicerce da formação da nossa sociedade, contamos com vários importantes eventos e atividades em 2018: o I Simpósio Internacional de Órteses e Próte-ses, junto a um de nossos maiores e mais importantes parceiros, o Shopping Ortopédico. Minas também contará com mais uma edi-ção da PEC (Projeto de Educação Continuada) das regionais em Uberaba, bem como jornadas e simpósios de atualização no Sul e Vertentes. O Congresso Brasileiro de Trauma Ortopédico será em maio, no Expominas. Uma nova edição da Revista Mineira de Ortopedia, sobre artroscopia, terá seu lançamento em junho, sob coordenação do nosso editor-chefe, Dr. Marco Antônio de Castro Veado. Em agosto, será realizado o XXI Congresso Mineiro de Or-topedia, em Belo Horizonte, com a participação confirmada dos Drs. Frank Liporace (Trauma ortopédico e cirurgia reconstrutora) e Robert Schenk Jr. (Medicina esportiva, joelho e ombro), ambos dos EUA, e do Dr. Pedro Berjano (Coluna), do Instituto Galeazzi/ Itália. Durante o congresso, também ocorrerá a segunda edição do projeto “Vias de acesso”, com transmissão 3D dos vídeos desenvol-vidos no ano de 2017. Teremos um pré-congresso de Coluna, em parceria com a regional mineira da Sociedade Brasileira de Colu-na. Setembro nos reserva a realização do CAPOT (Curso de Aper-feiçoamento do Preceptor de Ortopedia e Traumatologia), voltado especialmente para aqueles colegas que exercem a preceptoria, sem estarem ligados aos centros universitários. Diversos outros encon-tros e simpósios dos comitês de especialidades estão também pro-gramados, e uma lista atualizada desses eventos está disponível no site da SBOT MINAS.

O projeto “Memórias da Ortopedia Mineira” chegou ao seu

quarto episódio, realizado no Hospital da Baleia – serviço Prof. José Henrique da Matta Machado.

Participamos dos dois últimos fóruns da SBOT, em janeiro e feve-reiro, ambos em São Paulo. O primeiro tinha como proposta o plane-jamento estratégico da SBOT para os próximos anos. Após três dias de imersão e discussão, posso atestar-lhes que uma defesa profissio-nal comprometida, como se espera da nossa Sociedade, finalmente se tornou um dos pilares estratégicos da SBOT. A comissão designada para isso é agora chamada de Comissão de Políticas Médicas, com objetivos ampliados, impactando diretamente os esforços das ações praticadas. Já o segundo fórum foi o das regionais, em que tivemos a oportunidade de explicitar aos presentes, e em especial à presidente Patrícia Fucs, a necessidade de melhorar a comunicação dessas ações entre a nacional e as regionais, e, finalmente, com cada ortopedista. Somente com a criação de um organograma bem definido de como proceder nas situações relacionadas à defesa profissional, poderemos levar à executiva nacional ideias surgidas e desenvolvidas em nossa regional, para a consolidação de efetivas ações.

A SBOT é formada por cada um de nós, e uma ideia levantada por um só membro, por um grupo de membros, por um serviço, pode ser trazida e discutida na diretoria atual e em suas comissões. Tenham todos a certeza de que as portas da SBOT MINAS estão abertas para cada um. E tenham a convicção de que esta diretoria levará até a exe-cutiva nacional os anseios de cada um dos nossos 1307 associados em Minas, cobrando uma adequada representação do ortopedista. Caso necessário, faremos uma consulta jurídica especializada em defesa profissional, buscando soluções. Vivemos em um ambiente de volati-lidade, incerteza, complexidade e ambiguidade, que nos obriga a nos politizarmos para, em ações propositivas, melhorar o papel da SBOT na defesa de seus membros. Devemos estar de prontidão para respon-der às mais diferentes demandas que surgem e surgirão todos os dias.

E como realizar tudo isso? Sendo cada um de nós um membro ativo na mudança que a SBOT se propõe a partir de agora; inserindo-se política e socialmente, na defesa da nossa classe médica e de nossa especialidade; buscando associações profícuas com outras sociedades que, de certa forma, passam por desafios semelhantes; elegendo repre-sentantes ortopedistas para os cargos legislativos e executivos, pessoas que tenham o compromisso de nos representar nas esferas políticas. Somente assim, depois de anos de uma campanha de destruição da imagem e do papel do médico na sociedade brasileira, conseguiremos ser ouvidos e opinar sobre ações que afetam nossa prática e nosso fu-turo. Se cada ente da federação assim o fizer, teremos uma bancada de 27 deputados federais compromissados com a nossa causa.

Convido todos a se inteirarem das ações protagonizadas pela SBOT, como a criação da Frente Parlamentar da Medicina e do Insti-tuto Brasileiro de Desenvolvimento da Medicina (IBDM), uma asso-ciação entre diversas especialidades médicas que tem como objetivo a criação de uma representação política do médico.

E concluo, com uma convicção: o enfrentamento das adversidades e o nosso êxito serão o reflexo da determinação de cada um de nós.

Por uma SBOT forte

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Av. Brasil, 916 s/603 - 6º andar - Funcionários CEP 30.140-001 - B. Hte. / MG Telefax: (31) 3273-3066

E-mail: [email protected] - www.sbot-mg.org.br

Diretoria

Presidente 2018 (Vice-Presidente 2017)Cristiano Magalhães Menezes

Vice-Presidente 2018 (Presidente 2017)Robinson Esteves Santos Pires

Secretário Geral: Antônio Tufi Neder FilhoTesoureiro Geral: Matheus Braga Jacques Gonçalves

Secretário Adjunto: Rodrigo Barreiros VieiraTesoureiro Adjunto: Roberto Zambelli Almeida Pinto

Coordenador Científico: Túlio Vinícius Oliveira CamposEditor-Chefe da Revista Mineira de Ortopedia:

Marco Antônio de Castro VeadoRevisor da revista SBOT MINAS:

Arnóbio Moreira Félix

Conselho Fiscal: Fábio Ribeiro Baião | José Carlos Souza Vilela

Petrônnius Mônico de Rezende

Comissão de Ex-Presidentes:Wilel Almeida Benevides | Wagner Nogueira da Silva

Ildeu Afonso Almeida Filho | Carlos César Vassalo Marco Túlio Lopes Caldas

DelegadosElmano de Araújo Loures | Francisco Carlos Salles Nogueira

Gilberto Francisco Brandão | Glaydson Gomes GodinhoIldeu Afonso Almeida Filho | Marcelo Back Sternick

Marco Antônio de Castro Veado | Marco Túlio Lopes Caldas Valdeci Manoel de Oliveira | Wagner Nogueira da Silva

Comissão de Ensino e TreinamentoPresidente 2018: Egídio Oliveira Santana Júnior

Membro Consultor: Túlio Vinícius Oliveira Campos

Membros:Guilherme Barbosa Moreira | Marcos Laube Leite

Carlos Maurício Dutra Mourão | Marcos Laube LeiteHugo Bertani Dressler | Gustavo Araújo Nunes

André Couto Godinho | Heraldo Barbosa CarlosAlessandro Cordoval de Barros | Marcelo Mendes Ferreira Gustavus Lemos Ribeiro Melo | Lucas Amaral dos Santos

Jader de Andrade Neto | Kleber Miranda Linhares Wither de Souza Gama Filho | Lucas da Silveira Guerra Lages

Comissão de Educação ContinuadaAntônio Augusto Guimarães Barros | Flávio Márcio Lago e Santos

Frederico Silva Pimenta | Gustavo Pacheco Martins FerreiraLincoln Paiva Costa | Saulo Garzedim Freire

Rodrigo D’Alessandro de Macedo | Lúcio Flávio Biondi Pinheiro Jr.

Comissão de Comunicação e MarketingEduardo Frois Temponi | Otaviano Oliveira Junior

Comissão de Políticas PúblicasAgnus Welerson Vieira | Guilherme Zanini Rocha

Hudson César José Vieira | Márcio Gholmie LabriolaMiller Gomes de Assis

Comissão de Defesa Profissional Philipe Maia | Rodrigo Galinari da Costa Faria

Comissão de Benefícios e PrevidênciaEgídio Oliveira Santana Junior | Roberto Garcia

Comissão de Controle de MateriaisFrederico de Souza Ferreira | Petrônnius Mônico de Rezende

Comissão de Tecnologia da InformaçãoThiago Ildefonso Dornellas Torres | Eduardo Frois Temponi

Antônio Augusto Guimarães Barros

JORNAL SBOT MINASEdição e Arte Final: Via Comunicação - Tel.: (31) 3291-1305

Fotolito/Impressão: Gráfica PremierPeriodicidade: trimestral | Tiragem: 1.500 exemplares

As informações da revista SBOT MINAS podem ser reproduzidas, desde que citadas as fontes.

Comissão de Interlocução com o SINMEDChristiano Esteves Simões | Rodrigo Santos Lazzarini

Comissão CientíficaTrauma: Nathan Oliveira Moreira Santos

Coluna: Bruno FontesOsteometabólica: Sérgio Nogueira Drumond Júnior

Pé e Tornozelo: Daniel Soares BaumfeldJoelho: Guilherme Moreira de Abreu e Silva

Ombro e Cotovelo: Lucas Braga Jacques GonçalvesCirurgia da mão: Gustavo Pacheco Martins Ferreira

Alongamento e Reconstrução: Henrique Carvalho de ResendeMedicina Esportiva: Rodrigo Otávio Dias de AraújoQuadril: Carlos Emílio Durães da Cunha Pereira

SeccionaisCoordenador Científico das Seccionais

Elmano de Araújo Loures

Diretor de Políticas Públicas das SeccionaisPaulo Henrique Lemos de Moraes

SulPresidente: Júlio César Falaschi Costa

Vice-Presidente: Eugênio César Mendes

SudoestePresidente: Anderson Amaral de Oliveira

Vice-Presidente: Tiago Rodrigues Calil

MetropolitanaPresidente: Marco Túlio Guimarães Leão

Vice-Presidente: Leonardo Marques Adami

LestePresidente: José Mauro Drumond Ramos

Vice-Presidente: Luiz Henrique Vilela

Zona da MataPresidente: Oseas Joaquim de OliveiraVice-presidente: Leonardo de Castro

NortePresidente: Lucas Carvalho

Vice-Presidente: Raphael Cândido Brandão

TriânguloPresidente: Fabiano Canto

Vice-Presidente: Anderson Dias

VertentesPresidente: Mauro Roberto Grissi Pissolati

Vice-Presidente: Leonardo Elias Esper

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17 Glosas: CFM acata consulta da SBOT

18 Como eu faço

20 Sugestão de Leitura

21 Evento científico do Shopping Ortopédico

22 Meu Hobby Dr. José Artur Coelho de Aguiar

07 Carnaval sem traumas 2018

08 SBOT: planejamento estratégico Executiva faz reunião em São Paulo

09 Fórum Nacional da SBOT

10 XXIV CBTO

11 Defesa Profissional I Dr. Juraci Gonçalves Oliveira

12 Memórias da Ortopedia Mineira

13 CET: alterações à vista

14 XXI Congresso Mineiro de Ortopedia e Traumatologia

16 Seccionais: Triângulo Mineiro

ÍNDICE

Projeto Memórias da Ortopedia Mineira presta homenagem ao Hospital da Baleia | 12

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Carnaval sem traumasCom o slogan “Diversão, saúde e se-

gurança. O melhor bloco deste carna-val”, a SBOT Nacional lançou durante a folia, em todo o país, mais uma cam-panha de prevenção de acidentes no trânsito. Em Minas Gerais, a Regional mineira realizou uma grande ação, no dia 4 de fevereiro, no Mineirão, duran-te a partida entre Cruzeiro e América, pelo campeonato mineiro, chamando a atenção dos mais de 50 mil torcedores presentes no estádio e do telespectador que assistiu, ao vivo, ao jogo.

Além da distribuição de folhetos educativos, alertando para os riscos dos excessos, muito comuns nessa época do ano, funcionários do Mi-neirão desfilaram pelo gramado com uma faixa alusiva à campanha.

Para o presidente da SBOT MI-NAS, Dr. Cristiano Menezes, “Preci-samos ter cada vez mais consciência sobre os riscos com a bebida, princi-

palmente nesse período. Da mesma forma, com o uso do celular ao diri-gir. Só assim, vamos evitar verdadei-ras tragédias humanas”.

Os acidentes no trânsito causam mortes e sequelas graves, muitas vezes irreversíveis. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, no fe-riado de carnaval ano passado fo-ram registrados 1.696 acidentes nas rodovias federais do país, número 5,3% menor que no ano anterior. No entanto, o número de óbitos aumen-tou de 40 para 113 pessoas. Um fator que contribuiu para esse resultado foi a ocorrência de acidentes com múltiplas mortes. O exemplo mais crítico foi em uma rodovia do estado de Goiás, em que oito pessoas mor-reram em um único acidente. Ape-nas 11 acidentes foram responsáveis por 44 mortes, uma média de 4 mor-tes por ocorrência. Destes acidentes,

10 foram colisões frontais, algo que, segundo a PRF, geralmente ocorre como resultado de ultrapassagens indevidas e de excesso de velocidade.

Como forma de conscientizar o folião para os riscos da dobradinha álcool e direção, o folheto educativo da SBOT destaca que o álcool, com-provadamente, diminui os reflexos e aumenta consideravelmente os riscos de acidentes. Chama atenção também para o mito de que ingerir café forte ajuda a reduzir seus efei-tos. Na verdade, o café tem proprie-dades estimulantes, mas não altera o estado de embriaguez, da mesma forma que o banho frio que reduz momentaneamente os efeitos do álcool. Todo cuidado também com o uso de alguns medicamentos. A mistura de determinadas medica-ções com álcool é muito perigosa e pode até matar!

Campanha chama atenção dos torcedores no Mineirão

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SBOT incentiva comprometimento político da classe médica

A SBOT Nacional reuniu no último final de semana de fevereiro, em São Pau-lo, a sua diretoria executiva, bem como os presidentes das regionais e de seus comitês para elaborar um planejamento estratégico para os próximos três anos. Representando Minas Gerais, o presidente da Regional, Dr. Cristiano Menezes, que, ao lado do Dr. Glaydson Godinho, presidente da SBOT MINAS em 2006, discutiu durante dois dias, com os participantes desse encontro, os pontos fortes e fracos da Sociedade.

“Em 2018, daremos uma guinada em nossas ações”, ressalta o Dr. Cristiano Me-nezes, ao explicar que a SBOT, acompa-nhando os novos tempos, irá priorizar a defesa profissional, atendendo, assim, uma demanda do ortopedista”.

As decisões aprovadas no encontro vão impactar diretamente a administração do Dr. Glaydson Godinho, em 2020, quando assumirá a presidência da SBOT Nacional. Atualmente, ele é o segundo vice-presiden-te da entidade.

Ao lançar sua candidatura em 2017, a defesa profissional foi a tônica de sua campanha. “Nós temos que ser a mudan-ça que queremos ver”, afirmou na época o Dr. Glaydson Godinho. Segundo ele, “a mudança tem que começar agora e tem que começar a partir de cada um de nós. Não va-mos esperar pela mudança que vem de fora para dentro, ela tem que sair a partir das nos-sas ações, do nosso compromisso com nossas futuras gerações, construindo uma sociedade digna, honrada, crítica, sem esquecer os erros e crimes do passado, especialmente do passa-do recente que levaram nosso país ao caos so-cioeconômico”. É com esse pensamento que a reunião da SBOT Nacional com sua Exe-cutiva, regionais e comitês aconteceu, dando sinais, assim, do surgimento de uma nova Sociedade que acompanha os novos tempos.

Novos tempos

Drs. Cristiano Menezes e Glaydson Godinho: somando forças

em prol da Ortopedia

A 47ª edição do teste para o Título de Especialista em Ortopedia e Traumatologia, realizada tradicionalmente em Campinas (SP) não reuniu apenas os candidatos que participaram do exame. Paralelamente a esse evento, que aconteceu entre os dias 1º e 3 de março, membros das diretorias nacional e das regionais da SBOT e representantes de Comissões da entidade também se reuniram para um fórum que inaugurou os traba-lhos em 2018 e definiu uma nova diretriz para atuação da entidade, neste ano político.

Propostas - O ortopedista mineiro, 2º vice-presidente da SBOT Nacional e pre-sidente eleito para o mandato 2020, Dr. Glaydson Godinho, participou da reunião. “Além de discutirmos os temas relativos à administração e às atividades da SBOT, também debatemos a defesa profissional dos médicos, sobretudo dos ortopedistas. Para tanto, estamos incentivando os profissionais a adotar uma postura mais ativa em relação à política, seja como candidatos, eleitores que escolhem pessoas que têm com-promisso explícito com a causa médica, ou divulgadores, em seus locais de trabalho. Somos formadores de opinião e, neste momento, nosso partido é a Medicina”, ressalta.

O ortopedista afirma que essa mudança de postura da SBOT Nacional visa fortalecer a Comissão Parlamentar da Medicina, que foi constituída no Congresso Nacional. Hoje, entre os apoiadores desse projeto estão o ortopedista e senador, Ronaldo Caiado (DEM/GO) e também ortopedista e deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM/MS).

“Temos muitos médicos no Congresso Nacional, mas poucos defendem a causa mé-dica. Para as próximas eleições, vamos priorizar aqueles que se comprometerem com nossas bandeiras de luta. Vamos acompanhar e fiscalizar os mandatos de perto”, pontua.

Para tanto, a SBOT vai atuar para aumentar as lideranças médicas no Legislativo Federal e também nos Estados e municípios, para alcançar um nível de representativi-dade alto para identificar e eliminar projetos de lei nocivos ao exercício da Medicina e sugerir outros, que atendam aos interesses da classe.

Jovens lideranças - Segundo Godinho, nos 70 anos de existência da SBOT, muito foi feito para implementar os melhores critérios de formação e treinamento dos pro-fissionais. O TEOT é referência mundial e a edição deste ano foi, mais uma vez, acom-panhada por observadores internacionais. “Vamos manter nossas áreas essenciais que são formação e treinamento. Mas temos que trabalhar pela defesa do exercício pro-fissional para garantir que ensino, treinamento e assistência médica sejam oferecidos da forma correta nos serviços público e privado, com remuneração adequada para os profissionais e uso de equipamentos e tecnologias que possibilitem atingir os melho-res resultados. Por isso a atuação política é tão importante neste momento”, enfatiza.

Outro foco debatido no encontro foi a participação dos jovens ortopedistas na SBOT Nacional e nas regionais. “Vamos abrir espaços para que essa participação seja administrativa e que tenha representatividade dentro da nossa entidade. Dessa for-ma, vamos formar novas lideranças, mas é importante que os colegas participem dos eventos para se inteirar dos projetos e objetivos da entidade. O ortopedista cresce quando participa da entidade de classe e a SBOT também se fortalece dessa forma. O que não pode acontecer é reclamar de longe”, conclui.

Dr. Glaydson Godinho: em prol da defesa profissional dos ortopedistas

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VI Fórum Nacional das RegionaisJuntos somos fortes

Representantes de todas as regionais da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia reuniram-se no dia 28 de fevereiro, no Hotel Transamérica, em São Paulo, para alinhamento das ações de sua Executiva Nacional e comissões e comitês com seus respectivos estados representativos no encontro. À frente da delegação mineira, o presidente da SBOT MINAS, Dr. Cristiano Menezes, acompanhado pelo colega Dr. Rodrigo Gallinari da Costa Faria, atual coorde-nador da Comissão de Campanhas Pú-blicas da SBOT. Na pauta a valorização profissional foi um dos destaques dian-te da forte demanda, nesse sentido, do ortopedista, não apenas de Minas Ge-rais, mas de todo o país.

Hoje, a missão da entidade, que é “Congregar e Valorizar os ortopedistas, aprimorando suas condições científi-cas, profissionais e éticas, visando me-lhor qualidade no atendimento à popu-lação”, assumiu novos contornos diante de um mercado altamente competitivo e desigual, do novo perfil do consumi-dor e das redes digitais. De acordo com o Dr. Cristiano Menezes, a defesa pro-fissional é uma questão imprescindível e irreversível, e, durante o Fórum, foi amplamente debatida.

Para fazer frente à nova realidade brasileira, o ortopedista já conta com o

apoio da Comissão de Políticas Médi-cas, que o orienta quanto à sua defesa propriamente dita, bem como oferece orientações aos Comitês de subespecia-lidades. A SBOT Nacional está pronta para ouvir as demandas das suas regio-nais e ser, efetivamente, a entidade re-presentativa da classe ortopédica. Esse posicionamento foi reafirmado duran-te o Fórum, na gestão da Dra. Patrícia Fucs, ao ser explicado que esta Comis-são atua ainda na luta contra os maus convênios que prejudicam invariavel-mente médicos e pacientes, orientando-os como proceder.

Da mesma forma, a Subcomissão de Honorários participa das reuniões da AMB, com o objetivo de atualizar as tabelas CBHPM e SUS. Com a partici-pação dos Comitês de Subespecialida-des, a SBOT Nacional leva novos pro-cedimentos e tecnologias à ANS, para que sejam incluídas no Rol”.

Sua luta por uma Ortopedia unida - Juntos somos fortes -, levou a entidade a criar a Comissão de Políticas Médicas que não só acompanha, mas também propõe soluções e ações, muitas delas em reação às políticas do governo, como aconteceu com o programa Mais Médicos. Hoje, a entidade incentiva o associado e o colega médico a fortalecer a Frente Parlamentar da Medicina - FPMed.

Nesse sentido, as regionais exercem papel preponderante e Minas Gerais é fundamental nesse processo. No recen-te lançamento da Frente Parlamentar de Medicina, no Congresso Nacional, no final do ano passado, o então presi-dente da Regional mineira, Dr. Robin-son Esteves, representou os ortopedis-tas mineiros ao lado do Dr. Bernardo Ramos e do deputado federal Dr. Luiz Henrique Mandetta, ortopedista e ide-alizador da FPMED.

Também, o então vice-presidente da SBOT MINAS, Dr. Cristiano Menezes, reuniu-se no final do ano passado, em Brasília, representando a SBOT Na-cional, com o Conselheiro Efetivo do CFM Jessé Freitas Brandão e com re-presentantes do Departamento Jurídi-co do respectivo órgão para apresentar a posição da categoria com relação ao projeto da Terceira Opinião e dos Ma-nuais de Codificação e DMI (Dispositi-vos Médicos Implantáveis). Na ocasião ele reuniu-se ainda com o Deputado Rogério Marinho/PSDB-RN, relator do projeto de Lei 7419/06, cujo artigo 10C retirava do médico a decisão sobre o material implantável no paciente, pas-sando a prerrogativa da indicação dos três materiais de DMI para as opera-doras de planos de saúde. Participaram desses encontros também representas da SBN e SBC, que, juntas, revisaram o projeto de lei.

Em seu discurso no Fórum Nacional das Regionais, além da atuação política da SBOT MINAS, o Dr. Cristiano Me-nezes destacou as ações em prol do or-topedista mineiro voltadas para a edu-cação continuada, como o preparatório para o TEOT, o curso Vias de Acessos, o projeto Memórias da Ortopedia Minei-ra e os eventos I FUTSBOT realizado ano passado, no Mineirão, com temas relacionados à Ortopedia do Esporte, e demais cursos de atualização em dis-versas localidades do estado. No final, convidou todos os ortopedistas para o 21º Congresso Mineiro de Ortopedia e Traumatologia, marcado para 2 a 4 de agosto, e para o XXIV CBTO, nos dias 17 a 19 de maio, em Belo Horizonte.

Drs. Rodrigo Gallinari e Cristiano Menezes: por uma sociedade mais forte

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Defesa profissional

Dr. Juraci Gonçalves OliveiraDiretor de Defesa do Exercício Profissional da AMMG

Coordenador da Comissão Estadual de Honorários Médicos

No último dia 05 de fevereiro, a Comissão Estadual de Honorários Médicos, entidade que congrega re-presentantes da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG), do Sindicato dos Médi-cos de Minas Gerais (Sinmed-MG) e da Federação Nacional das Coopera-tivas Médicas (FENCOM), promoveu o primeiro encontro anual com pre-sidentes e diretores das sociedades de especialidades para definir quais as reivindicações da categoria que serão apresentadas, em processos de nego-ciação, para as empresas de saúde su-plementar e também ao Sistema Único de Saúde afim de gerar melhorias de remuneração para os profissionais.

O diretor de Defesa do Exercício Profissional da AMMG e coordena-dor da Comissão, médico anestesio-logista, Juraci Gonçalves Oliveira, destaca que o trabalho a ser desenvol-vido ao longo de 2018 tem como pon-to principal a adesão, pelas empresas de Saúde Complementar e também pelos hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde, da Classi-ficação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), como referencial ético e responsável de remuneração para os médicos.

“Nosso trabalho depende da mobi-

Honorários médicos

Comissão promove o primeiro encontro anual com as sociedades de especialidades

lização dos médicos das diversas espe-cialidades. A nossa primeira reunião alcançou muitas sociedades, mas é pre-ciso que todos se unam”, recomenda.

Ele lembra que, nos anos de 2012 e 2013, houve reuniões com empresas de saúde suplementar para discutir remuneração médica, com a proposta de usar a CBHPM como balizador dos preços praticados. No entanto, por di-vergências em relação ao uso da Clas-sificação, o processo foi interrompido. “Nosso objetivo é retomar a discussão. Já fizemos convites ao Grupo Unidas para dar início a esse processo. Fare-mos convite também à Unimed-BH e a outros grupos”, adianta.

Outra iniciativa da Comissão é uma parceria com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) para desafogar os princi-pais gargalos das cirurgias programa-das do Sistema Único de Saúde. Segun-do o médico, a proposta é constituir um sistema de mutirão para agilizar a realização dos procedimentos. A con-trapartida é que Minas Gerais e Belo Horizonte adotem a CBHPM para re-muneração.

“É importante lembrar que, embora o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) tenha processado as entidades médicas alegando uma tentativa de cartelização, entendemos que não há espaço para essa prática

porque a CBHPM tem uma variável de 40% dos valores para as negociações. Nesse sentido, não há preço único pro-posto”, explica.

Desta forma, as entidades médicas esperam restabelecer o equilíbrio de forças de negociação com as empresas de saúde suplementar. “Os contratos devem ser reajustados anualmente. No entanto, as negociações são reali-zadas caso a caso, individualmente. A luta das entidades é para que os ga-nhos sejam para a categoria, em todas as especialidades, incluindo-se aí, a Ortopedia e Traumatologia”, enfatiza Gonçalves.

Atualmente, as operadoras do se-tor praticam a Terminologia Unificada em Saúde Suplementar (TUSS), criada pela Agência Nacional de Saúde Suple-mentar. “O que pretendemos é usar a codificação da CBHPM para balizar a TUSS”, afirma o médico.

O diretor da SBOT MINAS, pre-sente no encontro, Dr. Rodrigo Bar-reiros, destaca que a primeira reunião proposta pela Comissão de Hono-rários Médicos foi proveitosa e deve gerar ganhos para a categoria nos as-pectos geral e de cada especialidade médica. “Foi o início de um trabalho para o qual serão necessários outras reuniões, para fortalecer ainda mais a Comissão”, finaliza.

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Na quarta edição do projeto representantes da instituição contam a história do Hospital da Baleia

12

Hospital da Baleia

A SBOT MINAS realizou no último dia 20 de fevereiro, mais uma edição do projeto Memórias da Ortopedia Mineira, desta vez homenageando o Hospital da Baleia, um dos principais de Minas Gerais. Participaram do encontro os médicos Ary Américo Araújo, Fábio Ribeiro Baião, Gustavo Alves Mendonça, Leonardo Cury Abrahão, Roberto Sakamoto Falcon, Wagner Nogueira da Silva - represen-tando o Hospital, e Cristiano Menezes - presidente da regional mineira, Marcelo Sternick e Marco Antônio de Castro Veado - coordenadores do projeto.

De acordo com o Dr. Fábio Baião, o Hospital da Baleia “foi criado em 4 de julho de 1944, na antiga Fazenda da Baleia, uma mata cedida pelo então gover-nador do Estado, Benedito Valadares, ao industrial mineiro Benjamin Ferreira Guimarães. Juntamente com seu filho, Antônio Mourão Guimarães, e do médico e amigo, Baeta Vianna, Benjamin viabilizou, através da doação de 20 milhões de cruzeiros, a criação do hospital que foi construído como parte da Cruzada Minei-ra contra a Tuberculose”.

Com o passar do tempo, conta, “o Hospital especializou-se no atendimento cirúrgico e ortopédico, tornando-se referência, na década de 50, em Ortopedia no país. Paulatinamente, o hospital ampliou a sua atuação, passando a oferecer várias especialidades médicas”.

Atualmente, o Baleia realiza cerca de 500 mil procedimentos ao ano. A maioria deles pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Como hospital geral, somente em 2016 realizou cerca de 30 mil procedimentos quimioterápicos, 48 mil de hemodiálise e prestou mais de 170 mil atendimentos ambulatoriais. Seu corpo clínico conta com cerca de 230 médicos. O Hospital é certificado pelos Ministérios da Saúde e da Educação, como Hospital de Ensino, e oferece, hoje, programas de Residência Médica, internato de medicina e estágios curriculares na área de saúde.

Durante o encontro, a SBOT MINAS prestou homenagens também aos médicos Ary Américo, Gustavo Alves, Roberto Sakamoto e Wagner Nogueira. De acordo com o presidente da regional, Dr. Cristiano Menezes, “o ato é o reconhecimento pelos relevantes serviços que têm prestado à Ortopedia através da dedicação e aten-ção aos pacientes do hospital. O Baleia é hoje referência em diversas áreas, como a Ortopedia, mas também, em seu atendimento, que prima pela integração entre os colaboradores e parceiros da instituição e os pacientes e seus familiares, o que torna o ambiente hospitalar mais agradável e, consequentemente, uma melhor recupera-ção no tratamento”.

O quarto vídeo da série Memórias da Ortopedia Mineira pode ser acessado no canal do youtube da SBOT MINAS.

Homenagens

Dr. Ary Américo Araújo

Dr. Gustavo de Mendonça

Dr. Roberto Sakamoto Falcon

Dr. Wagner Nogueira

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Ano começa com muito trabalho para a CET-MG

O ano começou com muito trabalho para a Comissão de Ensi-no e Treinamento da SBOT MINAS. Responsável pelo curso preparatório ao TEOT 2019, além do planejamen-to e da execução dos respectivos mó-dulos para o exame oficial no pró-ximo ano, a CET-MG tem à frente também a organização da terceira edição do curso Vias de Acesso da Regional mineira.

De acordo com o presidente desta comissão, Dr. Egídio Santana, “esse ano, teremos algumas alterações no Preparatório para o TEOT, a come-çar pelas inscrições. Elas passaram a ser feitas via site da SBOT MINAS (www.sbot-mg.org.br), de forma a facilitar o cadastro e o envio das no-tas aos candidatos que, de acordo com os seus desempenhos, poderão dar mais atenção à área que neces-sitam estudar mais”. Segundo ele, o

Dr. Egídio O. Santana Júnior

ç Presidente da CET-MGç Especialista em Trauma Ortopédico ç Fellowship em Trauma na Johannes Gu-tenberg University Mainz - Alemanhaç MBA em Gestão Empresarial pela FGVç Atua nos hospitais Vera Cruz, São Fran-cisco e Felício Rocho (Coordenador da Residência Médica)

curso ministrado pela CET-MG con-ta com uma grande aprovação dos mineiros na prova oficial. Inclusive, destaca, “hoje somos procurados por outras regionais da SBOT para co-nhecer nosso método de ensino”.

Tal sucesso se deve a uma série de fatores, entre eles a referência biblio-gráfica - a mesma utilizada pela CET Nacional -, e a prova de habilidades e de exame físico serem idênticas às que os candidatos são expostos em Campinas, bem como todas as ques-tões serem preparadas, com o máxi-mo de atenção, por todos os mem-bros da CET-MG, de todas as áreas da Ortopedia e Traumatologia, e das aulas serem ministradas pelos cole-gas ortopedistas, que são referência em Minas Gerais. Isto permite que no final do curso o Residente/Espe-cializando vá preparado e com total confiança para realizar o exame”, ex-plica o presidente da Comissão, ao informar a programação do prepara-tório 2019 da Regional mineira: 1º Módulo: 16 e 17 de março - Tema: pé

e joelho; 2º Módulo: 25 e 26 de maio - Tema: tumor e coluna; 3º Módulo: 17 e 18 de agosto - Tema: quadril e pediátrico; 4º Módulo: 26 e 27 de ou-tubro - Tema: mão e ombro; 5º Mó-dulo: 1º de dezembro - Exame físico e habilidades.

Na abertura do curso, dia 17 de março, o presidente da CET-MG, Dr. Egídio Santana, deu as boas vindas aos candidatos, desejando a todos sucesso no exame oficial.

Já o curso - Vias de Acesso - per-mite ao ortopedista, sócio quite da SBOT MINAS, atualizar seus conhe-cimentos. Para isso, a Regional mi-neira, ano passado, organizou a ida de um grupo ao IRCAD, localizado na cidade de Barretos, interior de São Paulo, para o desenvolvimento des-se projeto. Todos os procedimentos cirúrgicos foram filmados e, agora, disponibilizados aos ortopedistas. São 22 vídeos (12 em 3D e 10 em HD) de vias de acesso cirúrgico para tratamento de fraturas realizadas em peças anatômicas de membros supe-riores e inferiores.

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Graduou-se na Universidade de Granada/Espanha, sua terra natal. Especializou-se em Madri e fez Doutorado em Salamanca. Atualmente, é Diretor da Divisão de Cirurgia Ver-tebral do Instituto Ortopédico IRCCS Galeazzi, em Milão. É pioneiro no uso de técnicas de micro cirurgia, laparoscópica, toracoscópica e de técnicas percutâneas para vertebroplastia e cifoplastia. Desde 2009 tem aplicado, com sucesso, as mais modernas técnicas minimamente invasivas em procedimentos complexos, incluindo a técnica XLIF para dor lombar, deformi-dades adultas, compressão espinhal e estenose.

Convidados internacionais já confirmados:

02 a 04 Agosto2018

B.Hte | MG

Dr. Frank Liporace, | Nova York - USA | Cirurgião Ortopédico

Graduou-se pela Universidade Estadual de Nova York. Posteriormente, completou o Progra-ma de Residência de Cirurgia Ortopédica no Hospital for Joint Diseases / New York. Em seguida, especializou-se em Traumatologia Ortopédica no Hospital Geral de Tampa, sob a tutela do Dr. Roy Sanders, e em cirurgia reconstrutora no Instituto Ortopédico da Flórida. Seus interesses incluem Cirurgia Pélvica e Acetabular, Reconstrução Completa do Trauma Ortopédico, Recons-trução do Quadril e do Joelho e tratamento de complicações associadas ao Trauma Ortopédico.

É vice-presidente do Departamento de Ortopedia e Chefe de Trauma e Reconstrução Orto-pédica no Jersey City Medical Center. Tem mais de 100 publicações em revistas com revisão de pares e mais de 15 capítulos em livros de texto ortopédicos. Já realizou mais de 300 palestras sobre Trauma Ortopédico e Reconstrução Óssea em todo o mundo.

Dr. Pedro Berjano | Milão - Itália | Cirurgião de Coluna

Não perca esse grande evento.

Dr. Robert C. Schenck | Albuquerque - USA | Cirurgião Ortopédico

Graduou-se na Universidade do Colorado / Estados Unidos. Fez residência em Ortopedia no Johns Hopkins Hospital / Baltimore. É especialista em Medicina Esportiva, cirurgião geral e M.D., todos pelo Johns Hopkins University, e criador da “Classificação para luxação de joelho” utilizada em todo o mundo.

É professor na University of New Mexico / Department of Orthopaedics Albuquerque, e membro de diversas entidades médicas, como American Academy of Orthopaedic Surgeons, American Orthopaedic Association , American Orthopaedic Society for Sports Medicine e Association of Bone and Joint Surge-ons. É autor de quatro livros e tem mais de 30 capítulos como autor e co-autor.

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A partir de abril, os ortopedistas mi-neiros e de outras regiões do país podem se inscrever para participar do 21º Con-gresso Mineiro de Ortopedia e Trau-matologia no site www.cmot2018.com.br, que já está em fase de conclusão. O evento será realizado entre os dias 02 e 04 de agosto, no Ouro Minas Hotel, em Belo Horizonte, pela Sociedade Brasilei-ra de Ortopedia e Traumatologia – Re-gional Minas Gerais (SBOT MINAS), em parceria com a Trauminas, Hmedi-cal, AMGS e Shopping Ortopédico.

De acordo com o presidente do Con-gresso, Dr. Robinson Esteves, atual vi-ce-presidente da Regional mineira, são

esperados 800 profissionais de todo o Es-tado e, como tem acontecido nos últimos anos, de outras regiões do país.

Neste ano, o Congresso terá três te-mas centrais: trauma ortopédico, aborda-gens complexas da coluna e atualização em medicina esportiva. “Esses temas fazem parte do cotidiano do ortopedista. Teremos convidados internacionais, na-cionais e de Minas Gerais que abordarão assuntos de relevância para o cotidiano de trabalho do ortopedista, nas diferentes áreas da Ortopedia e da Traumatologia”, enfatiza o Dr.Robinson Esteves.

Convidados internacionais - A vi-gésima primeira edição do CMOT vai

receber três palestrantes internacionais que são referências em suas respectivas áreas. O ortopedista norte-americano Frank Liporace vai falar sobre “Trau-ma ortopédico e cirurgia reconstrutiva dos membros inferiores”. Também dos Estados Unidos, Robert Schenck é es-pecialista em medicina esportiva, com foco em ombro e joelho. Da Itália, Pe-dro Berjano vem a Belo Horizonte para compartilhar a sua experiência em “Abordagens complexas da Coluna”. A programação também inclui palestras e discussões de casos clínicos de assuntos que abrangem todas as subespecialida-des ortopédicas.

Uma das inovações do evento é a se-gunda edição do curso sobre “Vias de acesso especiais para o trauma ortopé-dico”, que será transmitido por meio de vídeos, em formato 3D. “Os vídeos fo-ram gravados no IRCAD de Barretos, em 2017, com o patrocínio da empresa He-xagon. A primeira edição foi promovida pela SBOT MINAS, no Hospital Felício Rocho, com excelente avaliação dos par-ticipantes”, adianta o Dr. Robinson Pires.

Além de temas técnicos, o Con-gresso vai debater ainda assuntos re-lacionados à defesa profissional. Se-gundo o presidente do 21º CMOT, a programação deve incluir um fórum sobre o tema.

Trauma, Cirurgia da Coluna e Cirurgia Reconstrutiva. Tendo esses três assuntos como tema central, o 21º Congresso Mi-neiro de Ortopedia e Traumatologia pretende discutir questões relacionadas ao dia a dia do ortopedista com a participação de renomados especialistas. De acordo com o presidente da Comissão Científica, Dr. Túlio Vinícius de Oliveira Campos, “estamos montando uma grade que contempla todas as subespecialidades. Nesta nova edição do CMOT, vamos priorizar a discussão de casos, através da formação de pequenos grupos, cada um com um moderador, onde os congressistas atuarão como debatedores”. Esse formato foi inspirado no projeto Carrossel da SBOT Nacional e será experimentado pela primeira vez em um congresso científico”. A ideia é menos palestras e mais mesas redondas modernas e discussões com o público presente, destaca, informando ainda que temas que já foram discutidos há muito tempo, mas que são atuais, voltarão a ser apresentados, desta vez, mais atualizados. “Assim, rediscutir o trauma esportivo com o Dr. Robert C. Schenck, de Albuquer-que/Estados Unidos, que já confirmou presença no evento, será uma das atrações do congresso. Ele é o criador da tabela de Classificação de Luxação do Joelho, usada mundialmente. Da mesma forma, vamos revisitar o trauma com o Dr. Frank Liporace, de Nova York , também dos Estados Unidos”.

Entre Junho e Julho, a grade científica estará pronta, promete o Dr. Túlio Campos. Para isso, a Comissão Científica está há meses trabalhando nela. A equipe se reúne quinzenalmente para análise de temas, convidados, título das mesas redondas, seleção de casos para discussão, de forma a apresentar um grande evento, já tradicional no calendário científico do país.

Fazendo parte ainda da programação científica, antecedendo o 21º CMOT, ressalta, “teremos, na quarta-feira, dia 1º de agosto, o curso Pré congresso de Coluna, com sessões pela manhã e tarde. As demais discussões acontecerão nos dias 2 e 3 (quinta-feira e sexta-feira), em quatro salas com conferências simultâneas.

Mais informações estarão disponíveis em breve no site do evento: www.cmot2018.com.br .

Grade científica

Inscrições para o CMOT a partir de abril

Dr. Robinson Esteves, presidente do 21º CMOT

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Seccionaisquem é quem

Dr. Fabiano Canto | PresidenteOrtopedista - Cirurgião da Coluna

Prof. de Ortopedia da Fac. Federal de Uberlândia Médico do corpo clínico dos Hospitais

Orthomedcenter e Santa Clara.

Com uma população acima de 2 milhões de habitantes, a mesorregião do Triângulo Mineiro é sede de uma das mais importantes seccionais da SBOT MINAS. São mais de 150 ortopedistas atuando en-tre os 66 municípios que com-põem a região, entre eles as cidades de Uberaba, Uberlân-dia, Araguari e Ituiutaba. Para o presidente da seccional, Dr. Fabiano Canto, “esse quadro dá uma ideia do volume de trabalho e dedicação neces-sários diante das dificuldades que enfrentamos como a fal-ta de tempo, de organização e de união, inerentes a todos os nossos ortopedistas, que con-tam com uma carga de traba-lho elevada. Mas não nos fal-ta motivação, principalmente agora, quando recebemos a informação de que Uberaba foi incluída no programa PEC

da SBOT Nacional. Espera-mos que todos os ortopedis-tas da nossa região se sintam envolvidos e motivados com o programa. A educação con-tinuada e a defesa profissio-nal da classe ortopédica são nossas principais bandeiras. Nesse sentido, esperamos que todos os ortopedistas da nossa região se sintam envolvidos e motivados com o programa”.

Simultaneamente aos cur-sos de atualização, a Seccional do Triângulo Mineiro é ativa na defesa profissional. “Para melhorar a qualidade de vida e as condições de trabalho do ortopedista e traumatologista estamos organizando reunião com os convênios médicos, com as entidades de classes e com a medicina de grupo, no sentido de valorizarem cada vez mais o trabalho do médi-co. Ao mesmo tempo estamos

tentando unir cada vez mais os ortopedistas da nossa re-gião para que possamos cada vez mais lutar pelos nossos interesses em comum”, desta-ca o Dr. Fabiano Canto, que conta com o apoio do seu vi-ce-presidente, Dr. Anderson Dias, na condução desse tra-balho.

A ortopedia praticada na nossa Seccional é uma ortope-dia de qualidade, com emba-samento científico e tecnoló-gico e voltada para a melhor recuperação do aparelho loco-motor. No entanto, enfrenta-mos uma série de dificuldades como as precárias condições de trabalho em alguns Hos-pitais do SUS. Por outro lado, essas condições, muitas vezes, desenvolvem a criatividade dos nossos ortopedistas, já acostumados a trabalhar em condições adversas”.

TRIÂNGULO MINEIRO.

Dr. Anderson Dias | Vice-presidenteOrtopedista - Cirurgião da Coluna

Pós graduado em Medicina IntensivaFellowship Cirurg. Minimamente Invasiva

da Coluna/Colorado - USA

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A SBOT, juntamente com a Associação Médica Bra-sileira (AMB), Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e a Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), en-caminhou queixa ao Conselho Federal de Medicina quanto ao comportamento de algumas operadoras de planos de saúde que têm, sistematicamente, glosado ho-norários médicos em neurocirurgias e cirurgias da co-luna vertebral, sob alegação de que os códigos dos pro-cedimentos estão sobrepostos e redundantes. A ação conjunta das respectivas entidades médicas tem como base o reconhecimento do próprio Conselho Federal de Medicina acerca da CBHPM - Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos - como pa-drão ético de remuneração dos procedimentos médicos para o Sistema de Saúde Suplementar, em cujo Artigo 7.2 das Instruções Gerais, determina que as interpreta-ções referentes à aplicação desta tabela sejam efetuadas com exclusividade pela Associação Médica Brasileira e suas Sociedades Brasileiras de Especialidade.

De acordo com o presidente da regional mineira da SBOT, Dr. Cristiano Menezes, “isto significa que a in-terpretação da utilização dos códigos da CBHPM re-lacionados aos procedimentos cirúrgicos envolvendo a cirurgia espinhal é de competência da SBOT, SBN e SBC, entidades filiadas à AMB”. Tal interpretação vem ao encontro do Parecer Consulta 12/2017 do CFM, que ratifica a inadequação da cobrança.

A Cirurgia de Coluna Vertebral, por exemplo, têm diversas modalidades de técnicas cirúrgicas e procedi-mentos que se complementam e não se sobrepõem. E os seus pacientes muitas vezes possuem patologias diversas que se apresentam simultaneamente, no momento em que vão se submeter a procedimentos cirúrgicos. Como exemplo, podemos citar duas situações parecidas, mas com condutas distintas: a primeira, referente a um pa-ciente submetido a uma discectomia para hérnia discal lombar, sem que seja necessário ser submetido à artro-dese de coluna. A segunda, um paciente que apresenta, além da hérnia discal, instabilidade segmentar de coluna, com indicação de associar o procedimento de artrodese com parafusos pediculares. Nesse último caso, mais de um procedimento cirúrgico é realizado em um mesmo momento, com mais tempo, risco e complexidade agre-gados. Assim, não há como resumi-los em um único código simplificador. “Na verdade, é um desrespeito ao trabalho da equipe cirúrgica uma operadora de plano de

CFM acata consulta da SBOT sobre glosas de honorários médicos

Segundo o órgão, não são as operadoras de planos de saúde que devem definir qual procedimento é redundante, mas sim as sociedades médicas de especialidades, junto com a AMB.

saúde simplificar esse ato cirúrgico”, ressalta o presidente da SBOT MINAS.

O importante nisso tudo, acrescenta, é o fato das So-ciedades Médicas acatarem as decisões do CFM, que ofi-cializou, através de Resolução, a CBHPM, que, em seu artigo 4.5 das disposições gerais, e, também, em seu arti-go 7.2, determina que as interpretações específicas da ta-bela sejam realizadas pelas sociedades de especialidades. Portanto, não são as operadoras de planos de saúde que devem definir qual procedimento é redundante ou não, mas sim as sociedades médicas de especialidades, junto com a AMB. E para clarear ainda mais seus dispositivos, a SBOT, juntamente com a SBN e SBC, elaborou o Ma-nual de Codificação de Procedimentos em Neurologia e em Cirurgia da Coluna Vertebral, documento este já re-conhecido pelo CFM e pela AMB.

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C o n d u t aq u a l s e r i a a s u a ?

Como eu faço

CASO CLÍNICO

Paciente 33 anos, feminino, vítima de acidente automobilístico, com vítima fatal na cena do acidente, com 2 dias de evolução. Chega ao hospital com TCE, fratura de múltiplas costelas e queixa de dor em ambos os tornozelos e joelho direito, na sua face lateral. Devido ao trauma de alta energia, paciente não se recorda do mecanismo do trauma. Solicitado exame radiográfico, observamos fratura do maléolo medial sem desvio, bilateralmente, nenhuma alteração nos padrões tibiofibulares e fratura da cabeça da fíbula à direita:

Com esses dados, qual seria a abordagem desse paciente, considerando as fraturas dos maléolos mediais e uma eventual lesão da sindesmose à direita? PS: não temos RM...

Não realizamos teste de stress no OS. Quando solicitado avaliação de TC para avaliar redução da sindesmose a 1cm da articulação tibiotársica, identificamos essas imagens:

Medindo de acordo com Gardner, en-contramos essas medidas:

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Apesar das fraturas dos maléolos serem sem desvio, considero ambas cirúrgicas. A fratura da fíbula pro- ximal à direita, embora não seja mais baixa e com traço oblíquo das típicas lesões de Maisonneuve, nos leva a pensar numa lesão instável, mesmo com a pinça articular e a posição tíbio fibular preservadas ao Rx e TC. Neste caso, não vejo necessidade de Rx sob estresse, RM ou ultra som dinâmico, reservados principal-mente para as raras lesões isoladas da sindesmose ou do deltóide. No lado direito, a fixação pode até ser

tentada de forma percutânea com parafusos canulados de 4,5 mm. No lado esquerdo, onde o pequeno fragmento dificulta a fixação, realizo via aberta medial e fixação por banda de tensão. Não realizo artroscopia primária nas fraturas de maléolo medial, porém tenho proposto cada vez mais a abordagem artroscópica de imediato nas lesões de Maisonneuve. A fácil introdução de um shaver de 4,0 mm no espaço claro medial durante a artroscopia é sugestiva de instabilidade tíbio társica. Além disso, possi-bilitaria o desbridamento da sindesmose ântero inferior e o inventário articular. Após a artroscopia e a estabilização medial no lado direito, partiria para a fixação da sindesmose por via lateral aberta e, na maioria das vezes, utilizo parafusos corticiais de 4,0 mm. Na necessidade de mais de um parafuso utilizo uma placa 1/3 de tubo para suporte. Os dispositivos em corda mostram re-sultados semelhantes, mas também podem necessitar de remoção em caso de bloqueio tardio da dorsiflexão. No pós-operatório faria uso de imobilização suro podálica, estimulando mobilidade precoce, sem carga por seis semanas. Realizo controle inicial por radiografias na semana um e seis, além de TC aos três meses com objetivo de programar a retirada do parafuso de fixação da sindesmose.

O paciente politraumatizado que apresenta dor no tornozelo merece uma investigação criteriosa, porque a lesão da sindesmose é comumente subdiagnosticada.1. Exame físico - dor no nível da sindesmose e o squeeze test (+).2. Radiografia simples do tornozelo e da perna onde podemos ver fraturas (arrancamento) abertura do

espaço claro medial e/ou do tíbio fibular, aqui temos fratura do maléolo medial bilateral e fratura da cabeça da fíbula, esta não me parece oriunda do mesmo mecanismo da lesão do tornozelo, provavelmente está

relacionada com lesão ligamentar do joelho (complexo lateral).3. Radiografia com stress para verificar se ocorre abertura do espaço claro medial e/ou do tíbio fibular, este exame pode ser

doloroso, portanto de difícil realização, prefiro fazer durante a cirurgia.4. Tomografia para ver fraturas ocultas e realizar as medidas da sindesmose. É suspeita de lesão quando a diferença das me-

didas da distância entre a borda anterior da fíbula com a incisura tibial e a borda posterior da fíbula com incisura da tíbia for maior que 2 mm.

Então estamos diante de uma lesão da sindesmose + fratura do maléolo medial bilateral, apesar das fraturas serem sem desvio eu trato estas lesões cirurgicamente:

1 – Fixação aberta do maléolo medial (percutânea tem alto índice de pseudoartrose).2 – Redução da sindesmose sob visualização direta ou artroscópica e fixação com 02 parafusos 3,5 tricorticais.

Estamos diante de uma paciente politraumatizada que necessita deixar o leito para evitar maiores compli cações. Analisando as imagens eu observo uma fratura sem desvio do maléolo medial, com sinais de fratu ra proximal da fíbula, aparentemente sem desvio. Há clara suspeita de lesão da sindesmose. Se houver lesão da sindesmose, há instabilidade do tornozelo e esta lesão necessita de tratamento cirúrgico.

No meu entendimento, as imagens me apresentaram uma lesão estável. Eu testaria estabilidade antes de trazer mais um fator trauma (cirurgia). Faria um teste de estabilidade radiográfico ou fluoroscópico, na minha experiência, eles são bem tolerados pelos pacientes. Se houver impossibilidade do teste de estresse, uma ressonância magnética poderia ser realizada em busca de uma lesão ligamentar da sindesmose.

Se for estável, trataria conservadoramente, mobilizaria precoce, sem imobilização e carga conforme tolerar. Em caso de ins-tabilidade, indicaria cirurgia para mobilizar precoce.

Definições a tomar no caso desta paciente: necessidade de mobilização do paciente com politrauma para evitar complicações, definição da estabilidade da fratura do tornozelo (teste de estresse ou ressonância). A estabilidade também pode ser testada sob anestesia ou artroscopia, mas há a possibilidade de trazer mais uma agressão sistêmica a uma paciente politraumatizada.

Dr. Octaviano de Oliveira Jr.

Dr. Danie l Baumfe ld

Dr. C leber Jesus

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comentários

abstractautores

SUGESTÃO DE LEITURA

The Effect of Biphosphonates on the Clinical and Radiographics Outcomes of Distal Radius Fractures in Women

COMENTÁRIOS:As fraturas distais do rádio estão entre as mais incidentes na prática Ortopédica. Apresentam distribuição bimodal:

nos pacientes jovens devido a traumas de alta energia e nos idosos com traumas de baixa energia, em ossos fragilizados pela Osteoporose. É normalmente a primeira fratura a acontecer no osso osteoporótico, sendo frequentes em mulheres na pós-menopausa. Pelo envelhecimento da população e aumento da demanda destes pacientes, cada vez mais necessitamos de ampliação do conhecimento de todos os fatores associados que possam influir no tratamento das fraturas do rádio distal nestas pessoas.

Os Bifosfonados são os medicamentos mais usados no controle da Osteoporose. Agem aumentando a densidade óssea através da inibição dos Osteoclastos, que são também células importantes no processo de consolidação óssea. Portanto, o uso do medicamento a longo prazo pode contribuir para um atraso na consolidação das possíveis fraturas. Existem vários trabalhos que relacionam o uso de Bifosfonados à fraturas atípicas dos membros inferiores e os artigos são conflituosos em determinar se esta substância levaria a um atraso na consolidação óssea dos pacientes tratados. Tanto resultados de atraso quanto a não influência são encontrados. Poucos artigos são relacionados ao uso deste medicamento nas fraturas distais do rádio, o que motivou a indicação da leitura do artigo acima citado.

Apesar da presença de fatores limitantes neste estudo de coorte, como uma casuística pequena e a não avaliação da im-portância do tempo de uso dos bifosfonados, o artigo demonstrou pouca alteração encontrada na consolidação e no resul-tado funcional dos pacientes tratados, permitindo um tratamento similar em relação ao tempo de imobilização e também à continuidade do uso deste medicamento. Estudos posteriores randomizados e cegos são necessários para aprofundar as conclusões sobre este tema.

AUTORES: Kristin E. Shoji, MD; Brandon E. Earp, MD e Tamara D Rozental, MD.Residency Program: Department of Orthopaedic Surgery of Harvard Medical School, Boston, MA, USA

PERIÓDICO: J Hand Surg. Am , Feb 2018; 43:115-122

COMENTÁRIO: Dr. Gustavo Pacheco Martins FerreiraCoordenador da Residência Médica de Cirurgia da Mão HMAL; Médico Ortopedista e Cirurgião da Mão doHC-UFMG, Hospital Unimed BH e Hospital da Baleia

ABSTRACT | Background:Purpose: To compare clinical and radiographic outcomes of distal radius fractures (DRF) treated with nonsurgical management in female postmenopausal patients receiving bisphosphonate (BP) therapy at the time of injury with those not receiving BP therapy.

Methods: We prospectively enrolled 33 female postmenopausal patients with 35 DRF between December 2010 and January 2014 at 2 Level I tertiary care centers. Eleven patients with 12 DRF currently receiving BP at the time of injury (BP group) and were compared with 22 controls were with 23 DRF (CONT group) who were not receiving BP at the time of injury. All were post-menopausal women with fragility fractures managed nonsurgically. Primary outcomes were radiographic healing measured by the Radius Union Scoring System (RUSS) score and clinical and functional outcomes. Radiographs, range of motion, pinch and grip strength, Patient-Rated Wrist Evaluation scores, and Disability of the Arm, Shoulder, and Hand scores were determined at 6, 9, and 12 weeks and 1 year from time of injury and compared between groups.

Results: The BP and CONT groups were similar in terms of age, comorbidities, and fracture severity. Both groups had progressively improving RUSS scores from the time of injury throughout subsequent evaluation, and all patients achieved radiographic union. Fracture healing was similar in both groups at 6, 9, and 12 weeks after injury. The RUSS scores were slightly better in the CONT group at 1 year. There were no differences in wrist range of motion, pinch, grip, Patient-Rated Wrist Evaluation, or Disability of the Arm, Shoulder, and Hand scores at any time point after injury.

Conclusions: Patients receiving BP at the time of DRF had clinical outcomes similar to those not receiving antiresorptive treatment. Although there was a small difference in RUSS scores at 1 year after injury, this was not clinically relevant and all fractures united in a similar time frame with no healing complications. These results suggest that BP may be continued throughout nonsurgical management of DRF without detrimental effects on healing or function. (J Hand Surg Am. 2018;43(2):115e122. Copyright _ 2018 by the American Society for Surgery of the Hand. All rights reserved.) Type of study/level of evidence Prog-nostic II. Key words Bisphosphonate, distal radius, fracture, osteoporosis, union.

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Uma mudança de paradigma para a forma como os ortopedistas encaram as amputações. Assim o coordenador cien-tífico do I Simpósio Internacional de Or-topedia e Traumatologia e do I Simpósio Internacional de Próteses e Órteses apli-cado às especialidades médicas, o ortope-dista Túlio Vinícius de Oliveira Campos, define o evento, realizado pelo Shopping Ortopédico e apoiado pela Sociedade Mineira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Minas Gerais (SBOT MINAS).

Nos dias 09 e 10 de março, mais de 200 médicos, residentes e outros profis-sionais de saúde se reuniram no Renais-sance Work Center, na capital mineira, para discutir as melhores formas de tra-tar pacientes com traumas graves, como pé diabético ou mesmo portadores de doenças vasculares. “Demonstramos, por meio de estudos de caso, o que há de mais inovador no tratamento dessas doenças. São mazelas que exigem uma aborda-gem multidisciplinar, por isso também é preciso celebrar a presença de colegas de outras especialidades aqui no Simpósio, como fisioterapeutas, cirurgiões vascula-res, infectologistas, cirurgiões plásticos, entre outros”, analisa.

Amputação e qualidade de vida são temas de simpósio em comemoração aos 35 anos do Shopping Ortopédico

No entanto, para o Dr. Túlio Campos, nada é mais importante do que ‘abrir os olhos’ dos profissionais sobre a forma como os médicos encaram uma amputa-ção. “Ainda existe um preconceito mui-to grande. Alguns colegas encaram esse processo como a derrota do tratamento. No entanto, muitas vezes, a amputação é a melhor forma de se tratar a doença. O que precisamos ter em mente é que nosso papel é dar qualidade de vida ao paciente. E isso, muitas vezes, envolve tomar medi-das como uma amputação”, avalia.

Por isso, ele e os demais médicos pre-sentes foram surpreendidos com a presen-ça de diversos atletas amputados, trazidos para o evento a convite do Shopping Orto-pédico. “Foi muito motivante conversar e interagir com essas pessoas. Vivenciamos, na prática, o que estávamos discutindo na teoria.” O relato é do presidente da SBOT MINAS, Dr. Cristiano Magalhães Mene-zes. Para ele, a parceria com o Shopping Ortopédico é algo a se celebrar. “Eles estão sempre na vanguarda. Nos apresentam, com frequência, novas tecnologias no de-senvolvimento de coletes, próteses e afins. Assim, nos ajudam no tratamento de nos-sos pacientes”, observa.

Outra questão muito curiosa é que den-tro da grade de programação do Simpósio havia profissionais amputados, como é o caso do convidado gaúcho, o ortopedista Paulo Henrique Gomes Mulazzani.

Inovação e presenças internacionais - Uma das novidades trazidas pelo Sho-pping Ortopédico para o Simpósio desse ano é uma órtese para o tratamento de escoliose. “Tal tecnologia acaba de ser desenvolvida nos Estados Unidos. Eles a estão trazendo para o Brasil, direto para

Belo Horizonte. Ao longo do evento, fo-ram realizados treinamentos, demons-trando seu funcionamento e como ma-nejá-la”, explica o coordenador científico, Dr. Túlio Campos.

Outra novidade foi a presença de es-pecialistas internacionais. Um dos mais renomados é o alemão Ralf-Achim Grun-ther. “Ele é um dos maiores especialistas em biomecânica de membros inferiores do mundo. Tal expertise nos ajudou a com-preender melhor o universo das amputa-ções e sua relevância dentro dos tratamen-tos ortopédicos”, enfatiza o presidente da Regional mineira, Dr. Cristiano Menezes.

“Penso que foi um evento único, do ponto de vista técnico-científico, uma vez que não se trata de um tema que seja dis-cutido rotineiramente na Sociedade. Foi um ganho para todos os presentes. Não creio que haja um único profissional que aqui esteve que não saiu refletindo sobre o papel do ortopedista neste mundo, que são os pacientes amputados”, avalia o Dr. Túlio Campos, para complementar: “to-dos os palestrantes também se surpreen-deram. Alguns, inclusive, me procuraram, afirmando que um simpósio dessa impor-tância não pode ficar restrito somente a Belo Horizonte. É preciso levar essa dis-cussão para todos os cantos do país”.

Para a fisiatra do Shopping Ortopédi-co, Dra. Míriam Maia Lemos Barreto, “o apoio da SBOT MINAS foi imprescindível para o sucesso do evento e nos permitiu re-afirmar nosso compromisso com a socieda-de e com a comunidade científica na busca permanente pela educação continuada e inovações sobre a temática”.

Evento trouxe a Belo Horizonte o Dr. Ralf-Achim Grunther/Alemanha,

O Simpósio contou com o apoio da SBOT MINAS

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Com raízes fincadas em Minas erais (Santo Antônio do Amparo e Ara-xá), Espírito Santo (Muqui) e Portugal (Chaves), José Artur Coelho de Aguiar, formou-se em Medicina em 1988, na UFMG, e em 1992 integrou-se ao quadro de associados da SBOT MINAS. Atuando no N.O.T. - Núcleo de Ortopedia e Trau-matologia | Belo Horizonte, há 24 anos,

ele desenvolve uma atividade paralela à Ortopedia. José Artur é um grande bate-rista. Inclusive, já foi integrante da banda Sagrado Coração da Terra.

“Minha história com a bateria come-çou bem cedo, por volta dos sete anos. Nos tempos de bandas de colégio e nos períodos de carnaval, sempre com o instrumento em mãos (eu usava a caixa naquela época), já tocava com os mais velhos e eles adoravam porque podiam se divertir enquanto eu os substituía”, comenta, lembrando seus tempos no Rio de Janeiro, quando teve aulas de bateria com o professor Cláudio Infan-te. Voltando a Belo Horizonte, ele for-mou uma banda - a Rizális - composta por colegas do Colégio Loyola, quando, então, foi convidado por Marcos Viana para juntar ao Sagrado Coração da Ter-ra. Muitos shows, ensaios e gravações. Mas, em 1981, ele acabou deixando esse grupo para se dedicar aos estudos para prestar o vestibular de Medicina.

“Concluí o curso e a residência e, nes-te período de mais ou menos 12 anos, quase não tive contato com o instrumen-to. Um belo dia, ao chegar em casa, de-parei-me com uma bateria na sala. Era

M e u h o b b y

O som de José Artur Coelho de Aguiarum presente de Simonete, minha esposa”, destaca, feliz.

Desde então, ele não parou mais de praticar e a estudar. Teve alguns professo-res: Jimmy Duchowny, Bo e, atualmente, Bruno Aguiar.

“Hoje tenho duas bandas, uma se cha-ma Over New Young Cover e a outra SO-LARE. Tocamos em alguns locais de BH e no interior, e sempre que somos solici-tados”, destaca.

Sobre influências musicais, ele aponta os tambores de Minas, das festas do Ro-sário, dos quilombos e a música do Jazz. “Tenho na pessoa do Elvin Jones minha maior referência, que foi baterista do John Coltrane. Ano passado tive o privi-légio de assistir ao show de comemora-ção dos seus 90 anos em Nova York”.

Todas as terças-feiras ele tem ensaios, inclusive com gravações já agendadas. “Gravamos, ano passado, dois CD’s que estão em fase de mixagem e, brevemente, estarão disponíveis nas melhores lojas do ramo”, conta.

“Tocar bateria para mim é absoluta-mente necessário. Faz bem para minha alma, sinto-me leve e certamente conti-nuarei a estudar para sempre evoluir”.

José Artur Coelho de Aguiar com a banda SOLARE

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