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FTL FACULDADE TEOLÓGICA DE LORENA Prof. Nilton César Marcelino 1 SUMÁRIO PÁGINA 1-INTRODUÇÃO....................................................................................................... 02 2-OS DIFERENTES NÍVEIS DE CONHECIMENTO................................................. 04 3-A DIFERENÇA DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO ..................... 08 4-O PROJETO DE PESQUISA................................................................................. 09 5-TRABALHANDO COM TEXTOS - TIPOS DE ANÁLISE DE TEXTO.................... 16 6- NORMAS GERAIS PARA REFERÊNCIAS E CITAÇÕES.................................... 19 7-A REDAÇÃO DA MONOGRAFIA........................................................................... 22 REFERÊNCIAS..........................................................................................................34 ANEXO A - TIPOS DE MÉTODOS E PESQUISAS...................................................36 ANEXO B - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (ABNT NBR 6023/2002)................40

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SUMÁRIO

PÁGINA

1-INTRODUÇÃO....................................................................................................... 02

2-OS DIFERENTES NÍVEIS DE CONHECIMENTO................................................. 04

3-A DIFERENÇA DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO ..................... 08

4-O PROJETO DE PESQUISA................................................................................. 09

5-TRABALHANDO COM TEXTOS - TIPOS DE ANÁLISE DE TEXTO.................... 16

6- NORMAS GERAIS PARA REFERÊNCIAS E CITAÇÕES.................................... 19

7-A REDAÇÃO DA MONOGRAFIA........................................................................... 22

REFERÊNCIAS..........................................................................................................34

ANEXO A - TIPOS DE MÉTODOS E PESQUISAS...................................................36

ANEXO B - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (ABNT NBR 6023/2002)................40

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METODOLOGIA CIENTÍFICA 1 INTRODUÇÃO A realidade é tão complexa que o homem, para apropriar-se dela, teve de aceitar diferentes tipos de conhecimento. Desde a Antiguidade, até os dias de hoje, um lavrador, mesmo iletrado e/ou desprovido de outros conhecimentos, sabe o momento certo da semeadura, a época da colheita, tipo de solo adequado para diferentes culturas. Todos são exemplos do conhecimento que é acumulado pelo homem, na sua interação com a natureza. O Conhecimento faz do ser humano um ser diverso dos demais, na medida em que lhe possibilita fugir da submissão à natureza. A ação dos animais na natureza é biologicamente determinada, por mais sofisticadas que possam ser, por exemplo, a casa do joão-de-barro ou a organização de uma colméia, isso leva em conta apenas a sobrevivência da espécie. O homem atua na natureza não somente em relação às necessidades de sobrevivência, (ou apenas de forma biologicamente determinada) mas se dá principalmente pela incorporação de experiências e conhecimentos produzidos e transmitidos de geração a geração, através da educação e da cultura, isso permite que a nova geração não volte ao ponto de partida da que a precedeu. Ao atuar o homem imprime sua marca na natureza, torna-a humanizada. E à medida que a domina e transforma, também amplia ou desenvolve suas próprias necessidades. Um dos melhores exemplos desta atuação são as cidades. O Conhecimento só é perceptível através da existência de três elementos: o sujeito cognoscente (que conhece) o objeto (conhecido) e a imagem. O sujeito é quem irá deter o conhecimento o objeto é aquilo que será conhecido, e a imagem é a interpretação do objeto pelo sujeito. Neste momento, o sujeito apropria-se, de certo modo do objeto. O conhecimento apresenta-se como uma transferência das propriedades do objeto para o sujeito.

O conhecimento leva o homem a apropriar-se da realidade e, ao mesmo tempo a penetrar nela. Essa posse confere-nos a grande vantagem de nos tornar mais aptos para a ação consciente. A ignorância tolhe as possibilidades de avanço para melhor, mantém-nos prisioneiros das circunstâncias. O conhecimento tem o poder de transformar a opacidade da realidade em caminho iluminada, de tal forma que nos permite agir com certeza, segurança e precisão, com menos riscos e menos perigos. Mas a realidade não se deixa revelar facilmente. Ela é constituída de numerosos níveis e estruturas. De um mesmo objeto podemos obter conhecimento da realidade em diversos níveis distintos. Com relação ao homem, pode-se considerá-lo em seu aspecto eterno e aparente e dizer uma série de coisas que o bom senso dita ou a experiência cotidiana ensinou; pode-se, também, estudá-lo com

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espírito mais sério, investigando experimentalmente as relações existentes entre certos órgãos e suas funções; pode-se, ainda, questioná-lo quanto à sua origem, sua realidade e destino e, finalmente, investigar o que dele foi dito por Deus através dos profetas e de seu Enviado Jesus Cristo, na Bíblia Sagrada. Em outras palavras, a realidade é tão complexa que o homem, para apropriar-se dela, teve de aceitar diferentes tipos de conhecimento. A BUSCA DE UMA DEFINIÇÃO PARA CIÊNCIA A proposta de definir ciência é uma das missões mais ingratas. Trata-se do exercício de definição de um conceito que acaba variando consideravelmente, dependendo da formação daquele que o realiza, de sua visão de mundo, das intenções do texto e de seu público-alvo. Enquanto um filósofo pode classificar a ciência como uma dentre várias formas de conhecimento, para um cientista ela pode ser considerada o conhecimento por excelência. Para aqueles que se opõem aos progressos advindos da industrialização, a ciência é o terror da humanidade, responsável inclusive por nossa provável autodestruição. Um sociólogo, por sua vez, pode estudar a ciência como o resultado de forças socioeconômicas conflitantes, abordando os aspectos ideológicos que a constituem e envolvem. Já um leigo encara, em geral, muitos ramos da ciência como um bicho-de-sete-cabeças, e assim por diante. Pode-se colocar em dúvida a existência de um conjunto de atividades homogêneas o suficiente que justifiquem a classificação sob a égide de um só conceito: a Ciência. O mais adequado seria, portanto, utilizarmos o termo no plural: existem várias ciências, com alguns pontos em comum, mas muitas diferenças. O que torna as diversas disciplinas científicas distintas seria mais intenso e valioso do que, supostamente, funcionaria como elemento para a ligação e união dessas disciplinas num conjunto mais amplo, que pudesse ser denominado "ciência". É necessário então, tentar abdicar dos esforços para a pura definição conceitual e propomos quatro caminhos tangenciais, com a intenção de penetrar pouco a pouco no universo das ciências. Inicialmente, podemos utilizar o recurso da negação, ou seja, definir o que em geral não é considerado parte das ciências. Isso pode se realizar por meio do que se convencionou chamar de "níveis de conhecimento": ciência não é senso comum, ciência não é religião, ciência não é filosofia. Posteriormente, podemos obter resultados interessantes adotando um ponto de vista diacrônico, traçando um panorama histórico das ciências. A ciência pode ser vista como um processo sempre em desenvolvimento, um conhecimento nunca pronto, mas sempre inacabado, em contínua elaboração, ampliação e revisão. Pode-se, ainda, numa perspectiva sincrônica, abordar diferentes tentativas de divisão e classificação das ciências, tal como elas se impõem na modernidade, procurando assim responder questões do tipo: Como podemos separar e agrupar as ciências? Quais critérios devemos utilizar? O que aproxima e diferencia os diversos discursos e as diversas práticas científicas, hoje em dia? Por fim, já no campo de atuação próprio das ciências, pode-se abordar a diversidade dos métodos científicos. Existe uma variedade tão grande desses métodos nas ciências modernas, que se justifica o exercício de estudá-los e diferenciá-los. O CONCEITO DE MÉTODO

Todas as ciências caracterizam-se por um método científico. O que é método? Método: Vem do Grego, methodos, met' hodos que significa, literalmente, "caminho para chegar a um fim"). É o caminho pelo qual se chega a determinado

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resultado, ainda que esse caminho não tenha sido fixado de antemão, de modo refletido e deliberado. Para alguns autores, é um procedimento regular, explicito e passível de ser repetido para conseguir-se alguma coisa, seja material ou conceitual. O método é o caminho para se chegar à verdade, a uma conclusão. Em ciência, de um modo geral, o método científico é constituído por uma série de passos que se têm de tomar, de forma mais ou menos esquemática para atingir um determinado objetivo científico. O CONCEITO DE METODOLOGIA

A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa. É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado (questionário, entrevista, etc.), do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa. Exemplo: Foi realizada uma pesquisa de caráter comparativa descritiva com 8 professores das escolas da rede municipal de Lorena, escolhidos dentre os que possuíam mais de cinco anos de docência. Este critério foi utilizado considerando a necessidade de verificar as concepções teórico-metodológicas de professores mais experientes. O MÉTODO CIENTÍFICO

É o conjunto de processos ou operações mentais que se devem empregar na investigação. É a linha de raciocínio adotada no processo de pesquisa. Os métodos são divididos em: aqueles que fornecem bases lógicas de investigação; aqueles que fornecem bases técnicas de investigação.

OBJETIVOS DA METODOLOGIA CIENTÍFICA

Distinguir a ciência e as demais formas de obtenção do conhecimento;

Desenvolver um espírito investigativo;

Estabelecer relações entre o conhecimento estudado com os que já existem;

Sistematizar dados de estudos;

Desenvolver uma postura holística. 2 OS DIFERENTES NÍVEIS DE CONHECIMENTO A tradicional divisão dos níveis de conhecimento mostra-se, a um exame mais acurado, extremamente frágil. Os limites entre os quatro níveis não são claros, e pode-se até questionar o porquê da não-inclusão, por exemplo, das artes como uma forma de conhecimento. Não seria o romance uma forma de mídia para a transmissão de um certo tipo de conhecimento? Além disso, não se estabelece espaço, nessa divisão, para agrupar (e por conseqüência explicar) as chamadas pseudociências, tais como a paranormalidade e a astrologia. E poderíamos ainda perguntar: onde se classificam as ciências humanas? Entre os conhecimentos científicos? Filosóficos? Ou fora do conjunto dos conhecimentos? Essa divisão, portanto, não deve ser tomada a ferro e fogo. De qualquer forma, como os níveis de conhecimento constituem-se em tema recorrente nos textos sobre metodologia, pode-se aproveitá-los para algumas breves reflexões. O CONHECIMENTO é uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido. O sujeito que conhece se apropria, de certo modo, do objeto conhecido. Através do conhecimento, reconstruímos, em nós, a REALIDADE

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(o SER), através de imagens (conhecimento sensível) e de idéias (conhecimento intelectual). a)Conhecimento sensível: se a apropriação é física, sensível, o conhecimento é sensível. É encontrado tanto nos animais, quanto no homem: acontece por meio dos cinco sentidos externos (visão, audição, tato, paladar, olfato) e dos sentidos internos (memória e fantasia: imaginação). b)Conhecimento intelectual: é típico do homem e se realiza através da formação de idéias, juízos, raciocínios, princípios, leis etc. c)Conhecimento misto: no homem que é, ao mesmo tempo, matéria e espírito, as duas formas de conhecimento (sensível e intelectual) se misturam. Têm-se, então, os diferentes níveis de conhecimento:

Conhecimento Empírico; Conhecimento Científico; Conhecimento Filosófico; Conhecimento Teológico.

2.1 CONHECIMENTO POPULAR OU EMPÍRICO

Popular, empírico ou vulgar é o modo comum, corrente e espontâneo de conhecer, que se adquire no trato direto com as coisas e os seres humanos, as informações são assimiladas por tradição, experiências causais, ingênuas. É caracterizado pela aceitação passiva, sendo mais sujeito ao erro nas deduções e prognósticos. É o saber que preenche nossa vida diária e que se possui sem o haver procurado, sem aplicação de método e sem se haver refletido sobre algo. O homem, ciente de suas ações e do seu contexto, apropria-se de experiências próprias e alheias acumuladas no decorrer do tempo, obtendo conclusões sobre a “razão de ser das coisas”. As mulheres que já tiveram filhos dão consultas gratuitas para as principiantes que lutam contra os problemas do primeiro filho. Quando alguém está com dor-de-cabeça, sempre aparece um “especialista” que conhece um comprimido eficaz, que alivia a dor rapidamente. Mas, ignora a composição do medicamento, a natureza da dor e a forma de atuação do medicamento.

É, portanto superficial, não aprofundado, preocupado com a aparência (eu vi, eu senti, todo mundo diz), sensitivo, subjetivo, assistemático (este conhecimento é adquirido sem uma observação metódica, sistematizada sobre os fatos), e acrítico. É importante ressaltar que muitas descobertas científicas nascem a partir do conhecimento popular. 2.2 CONHECIMENTO CIENTÍFICO O conhecimento científico vai além da visão empírica, preocupa-se não só com os efeitos, mas principalmente com as causas e leis que o motivaram. Não atinge simplesmente os fenômenos na sua manifestação global, mas os atinge em suas causas, na sua constituição íntima, caracterizando-se, desta forma, pela capacidade de analisar, de explicar, de desdobrar, de justificar, de induzir ou aplicar leis, de predizer com segurança eventos futuros. É um processo sistemático, metódico, orgânico, crítico, rigoroso e objetivo. Nasce da dúvida e se consolida na certeza das leis demonstradas, válidas para todos os casos de mesma espécie que venham a ocorrer nas mesmas condições. Esta nova percepção do conhecimento se deu de forma lenta e gradual, evoluindo de um conceito que era entendido como um sistema de proposições rigorosamente demonstradas e imutáveis, para um processo contínuo de construção, onde não existe o pronto e o definitivo, “é uma busca constante de explicações e soluções e a reavaliação de seus resultados”. Este conceito ganhou força a partir do século XVI com Copérnico, Bacon, Galileu, Descartes e outros.

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No seu conceito teórico, é tratado como um saber ordenado e lógico que possibilita a formação de idéias, num processo complexo de pesquisa, análise e síntese, de maneira que as afirmações que não podem ser comprovadas são descartadas do âmbito da ciência. Este conhecimento é privilégio de especialistas das diversas áreas das ciências. É obtido a partir de um conjunto de processos determinados pelo homem, como tal, é passível de interpretações incompletas ou não consistentes por muito tempo. A única certeza é a de que, todo conhecimento científico é precário e pode ser reformulado e reinterpretado a qualquer tempo. Atende ao propósito da ciência que é desvendar a realidade. Por isso, lida com ocorrências e fatos. Tem como base na experiência metódica e sistemática, ao contrário do que ocorre no conhecimento popular.

Diferentemente do conhecimento religioso e filosófico, suas hipóteses podem ser testadas, assim como é falível, pois outras descobertas são feitas no decorrer da história. 2.3 CONHECIMENTO FILOSÓFICO A Filosofia surge como um saber que procura diferenciar-se dos mitos, das retóricas e dos sofistas, das tragédias e dos poetas, e a partir de então se estabelece por séculos como um espaço de liberdade de pensamento, desafiando a lei de que o conhecimento pode tornar-se ultrapassado ou superado com o passar do tempo, com novas experiências ou com o surgimento de novos instrumentos de observação. A Filosofia é a ciência mãe, da qual foram, pouco a pouco, separando-se formas de pensar e métodos que mais tarde se especializaram e se tornaram independentes, e que hoje consideramos ciência. Mesmo assim, ainda hoje, é difícil estabelecer contornos que separam o conhecimento filosófico de outros tipos de conhecimento. Se baseia no filosofar, na interrogação como instrumento para decifrar elementos imperceptíveis aos sentidos, é uma busca partindo do material para o universal, exige um método racional, diferente do método experimental (científico), levando em conta os diferentes objetos de estudo.

Emergente da experiência, suas hipóteses assim como seus postulados, não poderão ser submetidos ao decisivo teste da observação. O objeto de análise da filosofia são idéias, relações conceituais, exigências lógicas que não são redutíveis a realidades materiais e, por essa razão, não são passíveis de observação sensorial direta ou indireta (por instrumentos), como a que é exigida pelo conhecimento científico. Além de estudar as reflexões dos pensadores do passado, colocam-se as novas questões que surgem na atualidade, por exemplo, o sentido da técnica, os aspectos éticos da globalização ou da engenharia genética, ou seja, além das questões metafísicas tradicionais, formulam novas questões: A máquina substituirá quase totalmente o homem? A clonagem humana será uma prática aceita universalmente? O conhecimento tecnológico é um benefício para o homem? Quando chegará a vez do combate à fome e à miséria?

O conhecimento filosófico tem a razão como verdadeira fonte do conhecimento. Ao contrário do conhecimento científico, suas hipóteses filosóficas não necessitam de confirmação ou refutação – ou seja, não necessita de repostas definitivas. Ao contrário ainda do conhecimento científico, sua verdade é infalível, pois o que a filosofia prega não pode ser testada.

Enquanto as ciências estudam uma parte da realidade sensível, a filosofia questiona todas as coisas, procurando saber sua essência (o que é?), sua origem (de onde vem?), seu destino (para onde vai?), seu sentido (por quê?).

Do ponto de vista etimológico, “filosofia” significa “amor à sabedoria”. Pode ser definida como “aquela disciplina que procura descobrir o sentido último (origem,

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essência, destino) de todas as coisas, servindo-se da razão (método racional)”. Por isso, a filosofia tem como objeto analisar TUDO.

A título de exemplo, enquanto o biólogo (cientista) questiona os dados sensíveis do ser humano (como a célula, o tipo de sangue...), o filósofo questiona o homem como um todo e se pergunta: Quem é o homem? De onde ele vem? Para onde ele vai? Quais são seus elementos constitutivos fundamentais?

Os principais problemas da filosofia são: - problema cosmológico (do mundo); - problema gnosiológico (do conhecimento); - problema epistemológico (questiona a ciência); - problema antropológico (do homem); - problema metafísico ou ontológico (do SER e de sua origem); - problema ético (do bem e do mal); - problema político (da sociedade); - problema estético (da arte); - problema pedagógico (da educação); - problema lingüístico (filosofia da linguagem); - problema jurídico (filosofia do direito).

2.4 CONHECIMENTO TEOLÓGICO O conhecimento teológico é produto da fé humana, relacionado à crença divina. A fé não é cega, baseia-se em experiências espirituais, históricas, arqueológicas e coletivas que lhes dá sustentação. Este conhecimento é adquirido a partir da aceitação de axiomas da fé teológica, e é fruto da revelação da divindade, por meio de indivíduos inspirados que apresentam respostas aos mistérios que permeiam a mente humana, pode ser dados da vida futura, da natureza e da existência do absoluto. A incumbência do Teólogo é provar a existência de Deus e que os textos Bíblicos foram escritos mediante inspiração Divina, devendo por isso ser realmente aceitos como verdades absolutas e incontestáveis. Hoje diferentemente do passado histórico, a ciência não se permite ser subjugada a influências de doutrinas da fé: e quem está procurando rever seus dogmas e reformulá-los para não se opor a mentalidade científica do homem contemporâneo é a Teologia. Ao contrário do conhecimento científico, que exige provas concretas sobre o fato, o conhecimento religioso não espera prova alguma. Tanto que este conhecimento tenta responder questões que a ciência e o homem não consegue. Geralmente este tipo de conhecimento é pouco contestável. A Teologia procura integrar os conhecimentos da razão com os dados da fé. Seu método é, pois, caracterizado por esta integração; enquanto que seu objeto de investigação é constituído pelos dados da fé. No exemplo específico do cristianismo, pertencem à razão os seguintes dados: a existência histórica de Moisés, dos profetas, de Jesus de Nazaré, dos apóstolos; a historicidade dos evangelhos; o estudo dos gêneros literários ou das línguas da Bíblia etc. E pertencem à fé as afirmações do credo cristão: Jesus Filho de Deus e Salvador, o perdão dos pecados, a ressurreição final etc. Fé e razão são as duas asas através das quais o espírito humano “voa” rumo à verdade. Por isso, a fé e a razão podem se enriquecer reciprocamente. “A ciência sem a religião é claudicante; e a religião sem a ciência é cega” (Albert Einstein). O filósofo francês Jacques Maritain (1882-1973), na sua obra “Os graus do saber”, fala de cinco graus de conhecimento:

1. O saber da ciência; 2. O saber da matemática (a abstração do número);

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3. O saber filosófico; 4. O saber teológico (síntese entre fé e razão); 5. O saber místico (a experiência direta de Deus em si mesmo e na sua relação

com o homem, típica da oração contemplativa). Para ele, no que diz respeito à relação fé-razão, os princípios do saber provêm da razão; e a fé oferece o sentido da verdade, a necessidade de procurá-la. A fé confere à razão seja o sentido do seu limite (pois a razão não explica tudo), seja um corpo de verdades transcendentais, quer dizer, comuns a toda a humanidade, que dão sentido ao saber: por exemplo, o cristianismo ensinou a fé no progresso civil da humanidade; a dignidade da pessoa humana; a dignidade do povo; a igualdade entre os homens; o caráter relativo de toda autoridade; a coincidência entre política e moral; a liberdade; a fraternidade. Podemos concluir que o fundamento do conhecimento teológico é a fé. Não é preciso ver para crer, e a crença ocorre mesmo que as evidências apontem no sentido contrário. As verdades religiosas são registradas em livros sagrados ou são reveladas por seres espirituais, por meio de alguns iluminados, santos ou profetas. Essas verdades são quase sempre definitivas e não permitem revisões mediante reflexão ou experimentos. Portanto o conhecimento religioso é um conhecimento mítico, dogmático ou ainda espiritual. 2.5 SÍNTESE SOBRE OS NÍVEIS DE CONHECIMENTO

1.Conhecimento popular ou empírico: a)Objeto: (= campo de análise): um pouco de tudo; b)Método: (= como se analisa): de maneira assistemática, sem método.

2.Conhecimento científico: a)Objeto: analisa os fenômenos sensíveis para descobrir suas leis; b)Método: observação sistemática e, quando possível, a experimentação.

3.Conhecimento filosófico: a)Objeto: questiona todas as coisas, procurando saber sua essência (o que é?), sua origem (de onde vem?), seu destino (para onde vai?), seu sentido (por quê?). b)Método: só o raciocínio.

4. Conhecimento teológico: a)Objeto: os dados da fé; b)Método: a integração entre a fé e a razão.

3 A DIFERENÇA DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO A diferença entre uma Monografia, Dissertação e Tese são as seguintes: MONOGRAFIA - Trabalho de conclusão para o curso de graduação – Bacharel. A monografia de constitui substancialmente da abordagem de um TEMA, a partir da definição de um problema/tema a ser tratado. A monografia tem por fim divulgar conhecimentos. O tamanho mínimo normal de uma monografia é de 60 A 70 páginas de Texto. DISSERTAÇÃO - Pesquisa científica para conclusão do Mestrado. Possui um aprofundamento maior em se tratando das questões abordadas no trabalho científico, na ordenação de idéias sobre determinado tema. Possui natureza reflexiva-teórica, sendo que o pesquisador discute com outras pessoas as suas teorias; dissertar é debater. O tamanho mínimo normal de uma dissertação é de 100 páginas de Texto, e a sua defesa é pública. TESE - Pesquisa científica para conclusão do Doutorado. Uma tese se refere ao estudo de uma hipótese formulada com originalidade e de real contribuição para a comunidade científica. O tema é investigado e delimitado com hipóteses mais

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específicas e, consequentemente, mais fortes e mais informativas. O tamanho mínimo normal de uma tese é de 150 páginas de Texto. A tese tem como núcleo uma preposição, e tem por objetivo demonstrar com provas e argumentos aquilo que se defende. O pressuposto da tese é discutido e provado com a dialética da argumentação, através de raciocínios. 4 O PROJETO DE PESQUISA

De acordo com Aurélio B. Holanda Ferreira, pesquisa é a "Investigação e estudo, sistemáticos, com o fim de descobrir e estabelecer fatos ou princípios relativos a um campo qualquer do conhecimento"

Gil (1991, p. 19) considera a pesquisa como "procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos". Comungam também dessa idéia Lakatos e Marconi (2001) e Cervo e Bervian (1996) que a definem como uma atividade voltada à busca de respostas e à solução de problemas para questões propostas, através da utilização de métodos científicos.

Para Minayo (1993, p.23), a pesquisa é uma atividade básica das ciências na sua indagação e descoberta da realidade, constituindo-se em uma atitude e prática teórica de constante busca que define um processo intrinsecamente inacabado e permanente. “É uma atividade de aproximação sucessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma combinação particular entre teoria e dados”.

O projeto de pesquisa consiste no planejamento das diversas etapas a serem seguidas e na definição da metodologia a ser empregada ao longo da pesquisa e elaboração da monografia. Sem um projeto bem delineado e elaborado, é impossível realizar de forma satisfatória uma pesquisa. Assim sendo, o projeto é a primeira fase de uma pesquisa científica. 4.1 ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DE UM PROJETO DE PESQUISA

O projeto de pesquisa ( monografia e/ou TCC) deve conter os seguintes itens: Delimitação do tema; Justificativa; Objetivos; Quadro teórico-metodológico; Problematização; Hipóteses; Metodologia; Cronograma; Limitações; Referências Bibliográficas.

Antes mesmo de iniciar a construção deste projeto, o aluno deve escolher um assunto, pois o resultado de uma pesquisa depende da escolha adequada do tema. 4.2 A ESCOLHA DO ASSUNTO

A escolha do assunto é fundamental para um bom projeto de pesquisa. Para tanto, o pesquisador deve escolher um tema:

De grande interesse, que desperte a vontade de ler e pesquisar sobre ele. Uma boa idéia é estudar um assunto em que trabalha (ou então que deseje trabalhar), ou que tenha ligação com alguma disciplina cursada;

Que possua fontes alcançáveis de consulta, ou seja, que possua material disponível para ser pesquisado – assim que escolher seu tema consulte a biblioteca da faculdade, assim como sites confiáveis na Internet;

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Que seja relevante socialmente ou cientificamente. O pesquisador deve encontrar um sentido para o que está fazendo;

Que possa ser pesquisado dentro do tempo disponível. Alguns cuidados devem ser tomados na escolha do assunto da pesquisa. Muitos tendem a idealizar um trabalho gigantesco, que consiga abranger vários assuntos. Esta tentativa é equivocada, pois na pesquisa científica conseguimos apreender somente uma fração da realidade. Por exemplo: uma pesquisa sobre o processo de urbanização. Este não é um bom assunto, pois não está bem delimitado. Todo bom assunto deve responder algumas questões fundamentais, que podem ser verificadas no quadro abaixo.

Ao responder estas perguntas, o aluno já estará afunilando sua pesquisa, o

que já constitui o primeiro item essencial de um projeto de pesquisa, a delimitação. 4.3 DETALHAMENTO DO PROJETO DE PESQUISA 4.3.1 Delimitação Todo este exercício de escolha do tema faz parte da delimitação. É neste item do projeto que o pesquisador vai mostrar ao leitor, de forma clara e precisa, qual é o assunto que irá trabalhar, qual o campo do conhecimento que o objeto de estudo se insere, qual é o lugar que o objeto ocupa no espaço e no tempo e, o mais importante, o problema da pesquisa, ou seja, a situação problemática que se pretende analisar. Esta delimitação consiste na indicação, de forma breve (no máximo 20 linhas), do tema que será pesquisado.

Deve-se evitar monografias que falem sobre muitas coisas, pois quanto mais restrito for seu tema, maiores são as chances de compreender o seu objeto, ou seja, seu estudo. É interessante também desenvolver uma pequena contextualização do seu tema. Isto significa colocar o seu tema “dentro” da história. Por exemplo, a qualidade total sempre existiu? Quando este conceito surgiu? 4.3.2 Justificativa O segundo item necessário para a elaboração de um projeto de pesquisa é a justificativa. Como o próprio nome diz, este item tem como objetivo principal mostrar a quem está lendo os motivos que levaram o pesquisador a escolher este tema. Neste item, algumas questões devem ser respondidas:

O que esta pesquisa pode acrescentar à ciência onde se inscreve, ou seja, qual a sua relevância científica?

Que benefícios esta pesquisa poderá trazer para a sociedade, ou seja, qual a sua relevância social?

O que levou o pesquisador a se inclinar e a escolher este tema, ou seja, qual sua relevância pessoal?

4.3.3 Objetivos Após a justificativa, cabe ao pesquisador delinear seus objetivos. Estes podem ser divididos em objetivo geral e objetivos específicos. Este item do projeto deve ser redigido com os verbos na sua forma infinitiva, ou seja, não conjugada. Os verbos mais utilizados neste item são: analisar, verificar, identificar, pesquisar, caracterizar, entre outros. O objetivo é a situação que se deseja obter ao final do período de duração do projeto, é onde o pesquisador quer chegar com a pesquisa. O objetivo geral tende a ser muito vago e amplo, sendo necessária a construção de

ONDE? QUANDO? O QUE?

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alguns objetivos específicos que, ao serem alcançados ao término da pesquisa, ajudarão a compreender o objetivo geral. Abaixo mostraremos um modelo de objetivos de uma pesquisa.

Deve-se levar em conta alguns aspectos ao se formular os objetivos: formular

objetivos-meios; formular objetivos realistas, considerando o tempo para atingi-lo. Formular objetivos-meios: deve-se distinguir objetivos que descrevem

resultados (produtos-fins mensuráveis) daqueles que descrevem processos (meios). Exemplo: um plano de marketing se destina a aumentar a fatia de mercado da

empresa. Porém, mesmo que seja possível implantar um plano de marketing na empresa durante o tempo em que está realizando sua monografia, é muito pouco provável que os resultados finais possam ser avaliados até o seu final. Assim, evite objetivos como: aumentar a fatia do mercado; aumentar a produção, entre outros.

Formular objetivos-realistas: considere os recursos que possui para a realização da pesquisa, se for um estudo de caso, se a empresa libera informações pertinentes. 4.3.4 O quadro teórico-metodológico Formulados e redigidos os objetivos da pesquisa, o pesquisador deve se dedicar ao quadro teórico-metodológico. Neste item, o pesquisador vai demonstrar ao leitor o quanto conhece sobre a área que pretende se aprofundar, realizando uma revisão bibliográfica do que existe de mais atual na área escolhida e estabelecendo os marcos conceituais que irão nortear a pesquisa. Ou seja, deve-se estar atento em definir os conceitos que serão utilizados na pesquisa. Um exemplo: o conceito de trabalho. Para o sociólogo é um, para o economista é outro. Planejamento estratégico: para um autor, significa uma coisa. Para outro, pode significar algo um pouco diferente. Esta revisão bibliográfica não necessita ser muito ampla, tal como numa monografia.

Neste aspecto é importante ressaltar que o projeto é uma promessa de

trabalho acadêmico, tendo como missão apontar bases teóricas mínimas, estabelecer parâmetros. O quadro teórico pode ser visualizado da seguinte forma: dentro dele deve-se estar autores que possuem alguma relação com o que o pesquisador está querendo estudar e deve estar ligado aos objetivos e a pergunta da pesquisa. Não se deve “encher lingüiça”, pois só confundirá o pesquisador na elaboração do trabalho, assim como o leitor, orientador ou banca examinadora. Da mesma forma, não se deve fazer o famoso “Crtl+C e Crtl+V”, da Internet ou dos livros. Os professores, ao lerem

Objetivo geral: Analisar a cultura organizacional de uma empresa, em determinado período de tempo. Objetivos específicos:

Identificar aspectos de sociabilidade entre novos e antigos funcionários que caracterizem o processo de socialização na empresa;

Selecionar fatores que favorecem a motivação para o trabalho;

Identificar aspectos da burocracia da empresa que facilitem ou prejudiquem as relações de trabalho.

Definir os conceitos utilizados, isto é, mostrar o que significa, mesmo que pareça óbvio para quem está fazendo a pesquisa, é muito importante. O

trabalho fica claro para o leitor, seja ele leigo ou não.

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os trabalhos dos alunos-pesquisadores, perceberão e certamente reprovarão um trabalho com base na cópia. 4.3.5 Problematização Feita a revisão bibliográfica, que constitui o quadro teórico-metodológico, faz-se necessária a formulação de um problema, que nada mais é que uma pergunta central que deve ser respondida conforme o desenvolvimento da pesquisa. Este item chama-se problematização. A pergunta da pesquisa é que norteará o encaminhamento da monografia. Algumas regras práticas devem ser seguidas:

O problema pode ser formulado na forma de uma pergunta; caso náo o faça desta forma, o aluno deve “contar” ao leitor qual é o problema que irá analisar;

O problema deve ser claro e preciso;

O problema deve ser empírico, ou seja, presente na realidade;

O problema deve ser suscetível de solução;

O problema deve ser delimitado a uma dimensão viável. Exemplos de problemas são inúmeros:

No exemplo acima foram formuladas várias perguntas, mas há problemas que não necessitam de mais de uma pergunta. No exemplo abaixo, foi necessária apenas uma pergunta. 4.3.6 Hipóteses Toda pergunta exige uma resposta. No caso da pesquisa científica, esta resposta chama-se hipótese. A hipótese é uma resposta provisória dada ao

Área Temática: Administração

Subárea: Administração da Produção

Assunto: Introdução de novas tecnologias

Problema:

1) Quais as novas tecnologias introduzidas no setor têxtil do Amazonas, nos últimos 20 anos?

2) Qual era a produtividade do setor pesquisado, quando operava com as velhas tecnologias?

3) Houve ganhos ou perdas em produtividade, com a introdução de novas tecnologias?

Dica: lembrar da disciplina que cursou dentro da área de interesse. Quais autores o professor indicou? Que textos foram indicados?

Faça um levantamento de livros na biblioteca.

Área: História

Subárea: História da educação

Tema: Educação superior

Problema:

Qual foi o papel desempenhado por Zeferino Vaz na criação da Unicamp?

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problema da pesquisa, e que pode ser validada ou não no processo de construção da monografia. Além de dar respostas provisórias a um problema não solucionado, ela serve de guia na busca de informações.

Como chegar a uma hipótese? Pode-se chegar através da observação, através de resultados de outras pesquisas, de teorias e por intuição. A observação dos fatos do dia-a-dia é um procedimento fundamental na construção das hipóteses, mas nem sempre conduz a um conhecimento explicativo. Já as hipóteses elaboradas com base em resultados de outras pesquisas são mais suscetíveis de se conduzir a um conhecimento mais amplo. As hipóteses construídas através de teorias são interessantes pois proporcionam uma ligação clara com o conjunto mais amplo do conhecimento. Contudo, nem todas as teorias esclarecem bem a realidade.

Exemplo de problematização e hipótese: Pergunta ou problema: Os mecanismos de gestão e controle ambiental afetam positivamente a imagem da empresa? Hipótese: A gestão ambiental e um maior controle dos resíduos levam para a sociedade uma imagem mais positiva da empresa em tempos em que a questão ecológica tornou-se primordial no debate político, social e econômico mundial, assim como pode ser considerada como um diferencial competitivo no mercado europeu, exigente quanto ao respeito às normas ambientais.

Como podemos perceber, ao elaborar o projeto, o pesquisador irá colocar uma questão (ou até mais) e algumas respostas possíveis para estas. No processo de pesquisa, algumas hipóteses serão falsas. Algumas vezes, todas as hipóteses serão falsas. Um exemplo pode ser dado para este caso.

Numa pesquisa na área de educação, um pesquisador colocou o seguinte problema: crianças com distúrbios posturais apresentam maiores dificuldades de aprendizagem? Sua hipótese era a seguinte: crianças com distúrbios posturais apresentam maiores dificuldades de aprendizagem, pois sofrem com as dores provenientes de desvios e, com isso, dispersam a atenção em sala de aula. Com a pesquisa, percebeu que sua hipótese era falsa, ou seja, não havia nenhuma ligação entre distúrbios posturais e aprendizagem no grupo em que analisou.

Isso não significa que o trabalho foi em vão. Faz parte da pesquisa científica e o trabalho contribuirá da mesma forma para o progresso da ciência. 4.3.7 Metodologia Deve-se, após a colocação do problema e das hipóteses, mostrar ao leitor qual será a metodologia empregada. As pesquisas são as etapas onde o pesquisador observa, registra, descreve, analisa e correlaciona os fatos. As categorias de pesquisa mais utilizadas são: bibliográfica, descritiva e exploratória. Tipos de pesquisa A pesquisa bibliográfica tem como objetivo explicar um fenômeno ou problema com base em contribuições teóricas publicadas em documentos (livros, revistas, revistas especializadas, jornais, etc.) e não por intermédio de relatos de pessoas ou experimentos. Pode ser realizada de forma independente ou associada aos demais tipos de pesquisa. a principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que poderia pesquisar diretamente. A pesquisa descritiva tem como objetivo descrever as características de determinado fenômeno ou população sem manipular a realidade. Este tipo de

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pesquisa implica OBSERVAÇÃO, REGISTRO e ANÁLISE do objeto que está sendo estudado. Pode ser classificada em:

Estudo descritivo: quando se pretende somente descrever um fenômeno.

Pesquisa de opinião: levantamentos, como os realizados pelo IBGE.

Pesquisa documental: pesquisa bibliográfica onde as fontes primárias (principais) são registros documentais. Muito utilizado em pesquisas históricas.

Estudo de caso: De acordo com Yin (2001 apud GIL, 2002) não há um consenso sobre as etapas de um estudo de caso. Contudo, pode-se definir um conjunto de etapas mais utilizadas na maioria das pesquisas definidas como estudo de caso. É muito utilizado nas ciências humanas. Foca-se um caso ou fenômeno que esteja ocorrendo na vida real, para descrever a totalidade do contexto onde se dão as relações, ou seja, estuda a fundo o caso escolhido, tentando captar a evolução do evento, projeto ou programa estudado. O estudo de caso é indicado quando se deseja retratar o dinamismo de uma situação de forma muito próxima. Formulação do problema - É a parte mais importante de uma pesquisa, pois é a pergunta que irá guiar o pesquisador. Para o estudo de caso, é necessário que este problema seja passível de verificação. Instrumentos e técnicas de pesquisa Nas ciências humanas, há uma predominância na utilização da entrevista, do questionário e de relatórios de campo.

Os relatórios de campo são utilizados para anotar as observações feitas durante as visitas ao local onde se desenvolvem as ações que fazem parte do objeto de estudo, ou os relatórios resultantes da observação participante, nas pesquisas-ação. Nas pesquisas de tipo documental, predomina a consulta de anuários e censos. As entrevistas, que são o procedimento mais usual no trabalho de campo, não podem ser consideradas como uma conversa despretensiosa e neutra, pois estão inseridas no contexto de uma realidade que está sendo focalizada como objeto científico e, portanto, tem propósitos bem definidos. As entrevistas fornecem dados objetivos e subjetivos e podem ser realizadas de forma individual ou coletiva. São classificadas como estruturadas quando há um roteiro a ser seguido, isto é, pressupõem perguntas previamente formuladas, e são consideradas não estruturadas quando o roteiro é menos dirigido. Há, no entanto, roteiros de entrevistas que compõem esses dois modelos, ao que se denomina de entrevista semi estruturada. Os questionários, quanto à natureza, seguem a mesma classificação das entrevistas, mas geralmente são auto-aplicáveis, uma vez que o respondente da pesquisa preenche de próprio punho as perguntas impressas. Cabe ressaltar que o

Formulação de um problema

Definição do caso

Determinação do número de casos

Elaboração de protocolo

Coleta de dados

Avaliação e analise de dados

Preparação do relatório/capitulo de monografia

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questionário e o meio mais rápido e barato de obtenção de informações, além de garantir o anonimato das pessoas inquiridas. Elaboração do Questionário Não existem normas rígidas para a elaboração de um questionário, mas há algumas regras básicas e práticas que devem ser seguidas. 1. As questões devem ser fechadas; 2. Devem ser incluídas perguntas relacionadas ao problema proposto; 3. Não fazer perguntas que penetrem a intimidade das pessoas; 4. As perguntas devem ser formuladas de maneira clara, concreta e precisa; 5. Deve-se levar em conta o nível de informação do entrevistado; 6. A pergunta deve possibilitar uma única interpretação; 7. A pergunta não deve sugerir respostas; 8. As perguntas devem referir-se a uma única idéia de cada vez; 9. O número de perguntas deve ser limitado; 10. Começar com as perguntas mais simples e finalizar com as mais complexas; 11. Evitar perguntas que provoquem respostas defensivas ou estereotipadas; 12. Devem ser evitadas perguntas como “na sua opinião”, “o que você pensa”.....; 13. Deve-se ter cuidado com a apresentação gráfica do questionário, com o intuito

de facilitar o seu preenchimento; 14. O questionário deve conter uma introdução, esclarecendo os motivos da

pesquisa, sobre o que é a pesquisa e a importância das respostas para atingir os objetivos.

15. O questionário deve conter instruções acerca do correto preenchimento das questões, preferencialmente com caracteres gráficos diferenciados.

Condução da Entrevista

Considerações para a formulação de uma entrevista: 1. As questões devem ser diretas (por exemplo: “o que você acha da maconha?”)

ou indireta (por exemplo: “seus amigos são favoráveis à maconha?”). 2. As perguntas devem ser realmente importantes; 3. As pessoas que serão entrevistas devem ter o conhecimento para responder à

entrevista; 4. As perguntas não devem sugerir respostas; 5. As palavras empregadas devem ter significado claro e preciso; 6. As perguntas não devem orientar as repostas para uma determinada direção; 7. As perguntas não devem exigir grande esforço mental dos entrevistados.

No caso da entrevista, é necessário que o pesquisador peça a autorização do entrevistado para a publicação dos dados antes mesmo de se iniciar a entrevista, por questões éticas. O mesmo vale para a entrevista gravada: a autorização do entrevistado é extremamente importante. 4.3.8 Cronograma

Após explicitar como irá desenvolver a pesquisa, o pesquisador deve preocupar-se em mostrar ao leitor o cronograma da pesquisa, detalhando o tempo previsto para cada etapa da pesquisa. Deve-se tomar cuidado com os prazos estabelecidos pela Instituição.

Exemplo de cronograma:

2012 Jan Fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

1 X X

2 X X

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3 X X

4 X X

5 X

1) Elaboração do Projeto 2) Pesquisa bibliográfica 3) Estudo de caso 4) Redação do trabalho 5) Defesa 4.3.9 Limitações

Neste item, o aluno-pesquisador deve antecipar algumas dificuldades que poderá enfrentar para a realização da pesquisa. É, na verdade, uma auto-crítica ao trabalho acadêmico. Obviamente que, se o aluno acredita que não encontrará dificuldades, não é um item obrigatório. 4.3.10 Referências Bibliográficas

Todos os autores lidos para o projeto devem estar nas referências bibliográficas.

As referências devem ser feitas de acordo com o Manual da Instituição, disponível na Faculdade.

Um ponto importante: evitar colher recortes de sites da internet. Da rede, deve-se colher somente material durável (artigos, revistas, etc).

Todo o material colhido deve estar com todos os dados exigidos, para não dar problema no momento de elaborar a referência bibliográfica.

5 TRABALHANDO COM TEXTOS - TIPOS DE ANÁLISE DE TEXTO 5.1 ANÁLISE TEXTUAL

A análise textual é o primeiro contato do leitor com o texto. É um procedimento preparatório da leitura. O objetivo é obter uma visão global do texto lido e perceber o estilo, o vocabulário utilizado, o autor, os fatos abordados e os elementos importantes. A leitura de um texto deve ser feita por etapas, trabalhando cada unidade ou capítulo de forma separada com o propósito de entender as partes para depois o todo; devemos, contudo, evitar espaçamento de tempo muito grande entre unidades de leitura, para não prejudicar sua compreensão. 5.2 ANÁLISE TEMÁTICA

Procure o autor em sua abordagem sem interferências, observando o conteúdo explorado nos seguintes aspectos:

Do que fala o texto.

Qual a problematização do tema.

Que tipo de abordagem o autor faz do tema.

Qual o raciocínio e argumentações utilizados pelo autor.

Qual a idéia central do texto lido. A análise temática é o suporte necessário para a elaboração do resumo do

texto; ela permite identificar o que aborda o texto em estudo. 5.3 ANÁLISE INTERPRETATIVA

É o momento da apropriação do conhecimento pela compreensão objetiva da mensagem transmitida pelo autor e captada pelo leitor nas entrelinhas do texto. É explorar todas as idéias ali expostas, associá-las com outras idéias semelhantes, conduzindo a uma reflexão do leitor.

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Após esta reflexão, faz-se necessária uma análise crítica, com a formulação de um juízo crítico, com uma posição a respeito do texto produzido, observando sua relevância e contribuição dada ao tema abordado no texto. Para Severino (2000, p.58) “a leitura analítica metodologicamente realizada é instrumento adequado e eficaz para o amadurecimento intelectual do discente”. 5.4 FICHAMENTO Um fichamento é um resumo apresentado em fichas, que são guardadas em um arquivo pessoal. A elaboração de fichamentos têm uma tripla função:

1. Como anotação de leitura a ser guardada; 2. Como instrumento de avaliação; 3. Reconstrução ativa do conhecimento já produzido.

O fichamento deve seguir a seguinte estrutura:

Deve-se ressaltar que o fichamento é um texto e não um esquema de tópicos. Deve-se ainda lembrar que o título introdução/desenvolvimento/conclusão não devem aparecer no texto. Só aparecem quando o texto lido for dividido em títulos. 5.5 RESENHA

É um pequeno texto discorrendo sobre um outro texto (livro, artigo, texto ou filme) com abordagem CRÍTICA (entendendo-se por crítica a capacidade de diferenciar-se do original comentando, construindo sua própria opinião sobre ele) e acrescentando novos elementos contribuindo assim para esclarecer futuras leituras do texto resenhado. OBJETIVOS

Apresentar um pequeno resumo das principais idéias do texto;

Destacar os aspectos relevantes para serem comentados (positivos ou negativos);

Propor novos enfoques ou informações para o tema ou a abordagem em questão.

COMO FAZER (ESTRUTURA) a) Informação Bibliográfica:

Referência bibliográfica completa do texto b) Dados sobre o(s) autor(es):

perfil básico (formação acadêmica e profissional);

principais livros publicados na área. c) Dados sobre a obra:

SOBRENOME, Nome. Título do texto. *.ed. Cidade: Editora, Ano. INTRODUÇÃO

Assunto do texto

A questão que o autor trabalha

A tese ou idéia central do autor DESENVOLVIMENTO

Explicar os principais argumentos utilizados CONCLUSÃO

Avaliação pessoal sobre o texto

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para quem é dirigida e como é organizada;

objetivos gerais;

quadro teórico referencial;

resumo (pontos básicos abordados, descrevendo as idéias centrais do texto. De preferência, com as palavras do acadêmico e/ou citações indiretas);

conclusão do autor (do artigo, livro, relatório...). d) Apreciação do acadêmico/ resenhista:

posicionamento crítico;

conclusão do acadêmico/ resenhista. SUGESTÕES PARA POSICIONAMENTO CRÍTICO

Aspectos que podem ser usados na construção de um posicionamento crítico: a) Informações sobre a origem do texto:

época em que foi escrito;

contexto (político e/ou intelectual) da época;

objetivos do autor ao elaborar o texto. b) Informações sobre o autor:

origem;

formação;

relação pessoal com o assunto do texto. c) Principais questões abordadas pelo texto:

visão crítica sobre elas (Quais as principais contribuições? Quais as principais falhas?);

importância do tema ou da abordagem para o contexto atual;

apreciações sobre o estilo e a forma de abordagem do tema. d) Outros:

Valeu a pena ter lido o texto? Por quê ?

É possível comparar o texto lido com outros similares? Se for o caso, podem ser feitas correlações com as idéias/conteúdos de outros textos/autores.

O conteúdo do texto ajuda no aprofundamento do assunto de interesse ?

O texto alcança o que se propõe?

Recomendaria a leitura do texto (livro, artigo, etc) para outros colegas? Por quê?

O texto ajuda a entender melhor o conteúdo da disciplina? 5.6 RESUMO

Resumo, segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 6028/2003, trata da "apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento". É uma apresentação sucinta e compacta, dos pontos mais importantes de um texto. Deve ser apresentado em uma seqüência corrente de frases e não caracterizando uma enumeração de tópicos. OBJETIVO

Abreviar o tempo dos pesquisadores; difundir informações de tal modo que possa influenciar e estimular a consulta do texto completo. COMO FAZER?

O primeiro passo na elaboração de um resumo é definir qual o tipo será utilizado: indicativo ou informativo.

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5.6.1 Resumo Indicativo Sua função é indicar os elementos essenciais (tópicos e conteúdos) de um

texto. Portanto, não dispensa a leitura do texto original para a compreensão do assunto. A norma da ABNT recomenda que o resumo tenha até 100 palavras se for de notas e comunicações breves. Se tratar de resumo de artigo, sua extensão será de até 250 palavras, nos casos de Relatórios, monografias, dissertações e teses pode agrupar entre 150 a 500 palavras. 5.6.2 Resumo Informativo

É uma apresentação concisa do documento de base, tem como finalidade a difusão de informações contidas em livros, artigos ou qualquer outro documento. Deve informar ao leitor as finalidades, metodologia, resultados e conclusões, de tal forma que possa, inclusive, dispensar a consulta ao original. Características

deve ser precedido da referência do documento;

deve ser redigido em linguagem objetiva;

deve apresentar seqüência de frases concisas afirmativas e não enumeração de tópicos;

deve usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular. Passos

utilizar as técnicas de sublinhado e/ou esquematização;

descobrir o plano da obra a ser resumida;

ater-se às idéias principais do texto e a sua articulação;

responder, no resumo, a duas perguntas: De que trata o texto? O que o autor pretende demonstrar?

redigir o resumo. Resumos críticos são também denominados de resenhas ou recensões, não

apresentam limite de palavras (ver resenha). 6 NORMAS GERAIS PARA REFERÊNCIAS E CITAÇÕES As referências bibliográficas deverão ser feitas de acordo com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Conforme a ABNT NBR 6023/2002, p.2, referência é o “[...] conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual” no todo ou em parte, impressos ou registrados em diversos tipos de suporte. Documentos bibliográficos podem ser separados de outros tipos de fonte (discos, filmes, fitas, etc.), recebendo o título de FONTES CONSULTADAS. Pode-se incluir, também, uma BIBLIOGRAFIA RECOMEDADA onde são indicadas outras referências para aprofundamento do assunto. As referências devem ser listadas em ordem alfabética única de autor(es) e/ou título(s). São organizadas em ordem alfabética, pelo sobrenome do autor. Sempre que for referenciada mais de uma obra de um mesmo autor, substitui-se o nome do autor nas várias obras referenciadas seguintes e sucessivamente à primeira, por um traço equivalente a 6 (seis) toques e ponto (______.). A ordem de apresentação de obras de um mesmo autor segue o ano de publicação. Em casos específicos, as referências podem ser numeradas e arranjadas por assunto, autor ou correspondendo ao sistema numérico adotados nas citações. Deve-se incluir na lista apenas as fontes que efetivamente foram utilizadas para a elaboração do trabalho. As referências devem aparecer, sempre, alinhadas somente à margem esquerda e de forma a se identificar individualmente cada documento, em espaço

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simples e separadas entre si por espaço duplo. Os elementos da referência devem ser obtidos na folha de rosto da obra, no próprio capítulo ou artigo e, se possível, em outras fontes equivalentes. Nos artigos e resenhas as notas explicativas devem vir no rodapé da página e as referências devem vir após o texto, ordenadas alfabeticamente. No corpo do texto, a indicação de referência nas citações diretas deve trazer autor(es), ano de publicação e página(s); nas citações indiretas a indicação de página é opcional, conforme os modelos: Segundo Hassen (2002, p. 173): “Há uma grande carência de materiais didáticos nesse campo, principalmente se aliados à ludicidade.” Sabemos que há “[…] uma grande carência de materiais didáticos nesse campo […]” (Hassen, 2002, p. 173). Sabemos da grande carência de materiais didáticos nesse campo (Hassen, 2002). Sabemos da grande carência de materiais didáticos nesse campo, segundo Hassen (2002). ou Sabemos da grande carência de materiais didáticos nesse campo, segundo Hassen (2002, p. 173). As citações diretas com mais de três linhas, no texto, devem ser destacadas com recuo e corpo menor de letra, sem aspas, em espaço simples; transcrições das falas dos informantes seguem a mesma norma, conforme o modelo: […] regras de comportamento explícitos às quais os indivíduos se referem conscientemente, e que se fundam sobre justificações ou princípios filosóficos, ideológicos ou políticos, ou sobre o surgimento de novas aspirações individuais ou coletivas. (Bozon, 1995, p. 124). As referências, no final do texto, devem seguir os modelos: Livro (e guias, catálogos, dicionários, etc.) no todo: autor(es), título (em itálico e separado por dois-pontos do subtítulo, se houver), número da edição (se indicado), local, editora, ano de publicação: DUMONT, Louis. Homo hierarchichus: o sistema de castas e suas implicações. São Paulo: EDUSP, 1992. FORTES, Meyer; EVANS-PRITCHARD, E. E. (Org.). African political systems. Oxford: Oxford University Press, 1966. MINISTÉRIO DE SALUD. Unidade Coordinadora Ejecutora VIH/SIDA y ETS. Boletín de SIDA: programa nacional de lucha contra los retrovirus del humano y SIDA. Buenos Aires, mayo 2001. Parte de livro (fragmento, artigo, capítulo em coletânea): autor(es), título da parte seguido da expressão “In:”, autor(es) do livro, título (em itálico e separado por dois-pontos do subtítulo, se houver), número da edição (se indicado), local, editora, ano de publicação, página(s) da parte referenciada: VELHO, Otávio. Globalização: antropologia e religião. In: ORO, Ari Pedro; STEIL, Carlos Alberto. Globalização e religião. Petrópolis: Vozes, 1997. p. 25-42.

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Artigo/matéria em periódico (revista, boletim, etc.): autor(es), título do artigo, nome do periódico (em itálico), local, ano e/ou volume, número, páginas inicial e final do artigo, data. CORREA, Mariza. O espartilho de minha avó: linhagens femininas na antropologia. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 3, n. 7, p. 70-96, out. 1997. Artigo/matéria em jornal: autor(es), título do artigo, nome do jornal (em itálico), local, data, seção ou caderno, página (se não houver seção específica, a paginação precede a data): TOURAINE, Alain. O recuo do islamismo político. Folha de São Paulo, São Paulo, 23 set. 2001. Mais!, p. 13. SOB as bombas. Folha de São Paulo, São Paulo, p. 2, 22 mar. 2003. Trabalhos acadêmicos: referência completa seguida do tipo de documento, grau, vinculação acadêmica, local e data da defesa conforme folha de aprovação (se houver): GIACOMAZZI, M. C. G. O cotidiano da Vila Jardim: um estudo de trajetórias, narrativas biográficas e sociabilidade sob o prisma do medo na cidade. 1997. Tese (Doutorado em Antropologia Social)– PPGAS/UFRGS, Porto Alegre, 1997. Evento no todo: nome do evento, numeração (se houver), ano e local (cidade) de realização, título do documento (anais, atas, resumos, etc., em itálico), local de publicação, editora e data de publicação: REUNIÃO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA, 21., 1998, Vitória. Resumos… Vitória: Departamento de Ciências Sociais /UFES, 1998. Trabalho apresentado em evento: autor(es), título do trabalho apresentado seguido da expressão “In:”, nome do evento, numeração (se houver), ano e local (cidade) de realização, título do documento (anais, atas, resumos, etc., em itálico), local de publicação, editora, data de publicação e página inicial e final da parte referenciada: STOCKLE, Verena. Brasil: uma nação através das imagens da raça. In: REUNIÃO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA, 21., 1998, Vitória. Resumos… Vitória: Departamento de Ciências Sociais /UFES, 1998. p. 33. Documento em meio eletrônico: acrescenta-se à referência a descrição física do suporte (CD-ROM, disquete, etc.); para documentos consultados on-line, indica-se o endereço e a data de acesso (dia, mês e ano): CEISAL – CONGRESO EUROPEO DE LATINOAMERICANISTAS, 3., 2002, Amsterdam. Cruzando fronteras en América Latina. Amsterdam: CEDLA: Radio Nederland Wereldomroep. 1 CD-ROM. STEIL, Carlos Alberto. Peregrinação e turismo religioso: tendências e paradigmas de interpretação. Newsletter de la Asociación de Cientistas Sociales de la Religión en el Mercosur, Buenos Aires, n. 13, p. 1-5, jul. 2002. Disponível em: <http://www.naya.com.ar>. Acesso em: 27 mar. 2003.

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Para mais informações, consultar a norma da ABNT NBR 6023/2002, específica para elaboração de referências, e a ABNT NBR 10520/2002 para citações. 7 A REDAÇÃO DA MONOGRAFIA 7.1ESTRUTURA DA MONOGRAFIA

Para elaborar este trabalho é necessário elaborar uma pesquisa para tal precisamos ter o problema de pesquisa, os objetivos, o plano de coleta e análise dos dados bem definidos. Não esqueça que partiu de um projeto de pesquisa que tem características de diagnóstico de um problema. Ele parte de um problema detectado e das hipóteses colocadas como supostas respostas ao mesmo, que serão ou não confirmadas no decorrer da pesquisa. Sem problema não existe pesquisa. Quando se parte para a elaboração em si é suposto já ter feito o trabalho de campo, a pesquisa Bibliográfica e Documental se a tal for necessário e analisado os dados recolhidos na pesquisa de campo.

Não existe um modelo fixo para apresentação, no entanto é possível conceber uma estrutura que englobe os pontos que necessitam fazer parte dos projetos de pesquisa. São muitas as normas da área de documentação aprovadas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Apresentamos aqui apenas informações básicas que consideramos adequadas para a apresentação de um bom trabalho científico.

A estrutura de um trabalho acadêmico, dissertação ou tese compreende os seguintes elementos: Pré-textuais; Textuais; Pós-textuais.

Elementos pré-textuais: são todos os elementos que compõem informações e ajudam na identificação e na utilização do trabalho. São eles: capa. Folha de rosto, folha de apresentação, dedicatória, agradecimentos, epígrafe, resumo, sumário.

Elementos Textuais: parte do trabalho em que é exposto o conteúdo. Sua organização é determinada pela natureza do trabalho. São eles: Introdução, Desenvolvimento (Capítulos e Sub-Capítulos) Análise das observações em Campo, e Considerações Finais.

Elementos pós-textuais: são elementos que têm relação com o texto, mas que, para torná-lo menos denso e não prejudicá-lo, costumam vir apresentados após a parte textual. Os elementos pós-textuais são: referências, apêndices, anexos e glossário. ESTRUTURA DA MONOGRAFIA 1. CAPA 2. FOLHA DE ROSTO 3. FOLHA DE APROVAÇÃO 4. DEDICATÓRIA (Opcional) 5. AGRADECIMENTOS 6. EPÍGRAFE (Opcional) 7. RESUMO 8. ABSTRACT 9. LISTAS DE FIGURAS (no caso de existirem) 10. LISTAS DE TABELAS (no caso de existirem) 11. SUMÁRIO 12. INTRODUÇÃO: Apresentação do trabalho, Objetivos, Metodologia e Justificativa 13. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA (Desenvolvimento dos Capítulos) 14. ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA EMPÍRICA

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15. CONSIDERAÇÕES FINAIS 16. REFERÊNCIAS 17. APÊNDICES 18. ANEXOS Capa - Elemento obrigatório de todo trabalho acadêmico e que deve conter: nome da instituição; nome completo do autor; título, subtítulo, local e ano.

Folha de Rosto - Elemento obrigatório, composto de: autor; título; subtítulo; nota de apresentação, local e ano. Resumo - Texto resumido relativo à totalidade do trabalho apresentado. Deve ser bastante objetivo, apresentando o problema de pesquisa, o local e população de pesquisa e a metodologia utilizada, os conceitos e teorias aplicadas e as conclusões do trabalho. O texto não deve exceder as 10 linhas e não deve ser menor do que 5 linhas. O espaço entrelinhas é simples e não tem parágrafos. Devem ser colocadas as palavras chave deste resumo. No mínimo 3 e máximo 7. Abstract - Tradução do resumo em língua estrangeira. Se for em Inglês se chamará abstract. Poderá também ser em espanhol (Resumen). Sumário - Enumeração dos capítulos, seções e partes que compõem o trabalho textual, seguido de sua localização dentro do texto. Introdução - Apresentação sucinta e objetiva do projeto, fornecendo informações sobre a sua natureza. No mínimo deverá ter 4 páginas. No decorrer da narrativa deverá constar os seguintes conteúdos:

Objetivos - Apontar a que se propõe o seu trabalho monográfico. Os objetivos podem ser classificados em: objetivo geral e objetivos específicos.

Justificativa - Esclarecimento da escolha do tema. O porquê da escolha do tema, e a sua importância para a comunidade científica.

Procedimento Metodológico - É forma que o aluno utilizou para que os objetivos da pesquisa fossem alcançados com sucesso. O método escolhido pelo aluno e as técnicas de pesquisa e coleta de dados utilizadas. É aqui que se coloca o local onde a pesquisa foi desenvolvida, assim como o perfil da população pesquisada.

Fundamentação Teórica (Desenvolvimento) - Na fundamentação teórica, o aluno deverá fazer o desenvolvimento sobre o tema nos capítulos e sub-capítulos necessários à explanação do assunto em pauta, fazendo uso da literatura utilizada na pesquisa bibliográfica. Análise dos Resultados da Pesquisa Empírica (Análise da Observação de Campo) - Neste ponto do trabalho será apresentado o trabalho de campo. O aluno deverá fazer o perfil da populações e/ou instituições pesquisadas e expor a análise dos resultados obtidos na pesquisa mediante os objetivos que a nortearam. Poderá fazer citação no decorrer do texto de partes das entrevistas ou de respostas de questionários assim como resultados de estatísticas e etc. Considerações Finais - Parte conclusiva de todo o trabalho. Neste ítem todas as pesquisas, quer teóricas quer empíricas deverão ser “casadas” em função da

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resposta ao problema levantado no início da pesquisa. No mínimo deverá ter 5 páginas. Referências - Conjunto de elementos que identificam as obras consultadas e/ou citadas no texto. As referências devem ser ordenadas em uma única ordem alfabética, alinhadas a esquerda, em espaço simples, e espaço duplo entre elas. Apêndices - No caso de existirem são os textos ou documentos produzidos pelo autor, e são identificados por letras maiúsculas, travessão e pelos títulos respectivos. Anexos - No caso de existirem são os textos ou documentos não elaborados pelo autor, são identificados por letras maiúsculas, travessão e pelos títulos respectivos. 7.2 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO

Folha: A4

Margem: Esquerda e Superior – 3 cm; Direita e Inferior – 2 cm

Fonte: Times New Roman ou Arial; evitar itálico no texto só usar em termos científicos ou palavras estrangeiras

Tamanho da Fonte do Texto: 12

Espaçamento do Texto: 1.5

Paginação: Todas as folhas a partir da folha de rosto são contadas, mas não numeradas. A numeração é colocada a partir da primeira folha da parte textual no canto superior direito dentro do cabeçalho.

Títulos que não contêm numeração e são centralizados: Agradecimentos, Listas, Resumos, Sumário, Referências.

Elementos sem título: folha de aprovação, dedicatória e epígrafe.

Elementos com numeração: Seções e subseções de toda a parte textual

Títulos com numeração: Títulos de primeira ordem: Letras Maiúsculas em negrito e alinhamento à esquerda (1. INTRODUÇÃO). Títulos de segunda ordem: Letras Minúsculas sem negrito com as iniciais de todas as palavras em maiúsculas e alinhamento à esquerda (2.3 Educação Pública e Educação Popular). Títulos de terceira ordem: Apenas a primeira inicial da sentença que deve estar em maiúscula sem negrito (2.3.1 Aspetos importantes da educação pública).

Deixar duas linhas em branco antes do título de uma seção; e uma linha em branco após o título de uma seção.

Parágrafo: A abertura deve ser de 1.25 sem linhas em branco entre eles.

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CURSO DE BACHAREL EM TEOLOGIA

NOME DO ALUNO

TÍTULO DO TRABALHO

Lorena 2012

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NOME DO ALUNO

TÍTULO DO TRABALHO Monografia apresentada ao curso de Graduação em Teologia da Faculdade Teológica de Lorena – FTL para obtenção do título de Bacharel.

Orientadora: Prof. MS. Neir Ligabo

Lorena 2012

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NOME DO ALUNO

TÍTULO DO TRABALHO Monografia apresentada ao curso de Graduação em Teologia da Faculdade Teológica de Lorena – FTL para obtenção do título de Bacharel.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________ 1º. Examinador

___________________________________________________ 2º. Examinador

___________________________________________________ 3º. Examinador

Lorena 2012

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A meus pais, pelo incentivo, amor e

carinho; Ao meu esposo(a) e

companheiro(a), pelo apoio e dedicação

em todas as horas, principalmente nos

momentos difíceis.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, fonte da vida e inspiração; Ao Prof. MS Neir Ligabo, pela orientação e

conexões no texto; Aos meus amigos pela colaboração durante a elaboração da

entrevista deste trabalho; A todos os que proporcionaram a execução deste trabalho.

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[...] talvez não tenhamos conseguido fazer

o melhor, mas lutamos para que o melhor

fosse feito [...] Não somos o que

deveríamos ser, mas somos o que iremos

ser. Mas graças a Deus, não somos o que

éramos.

Martim Luther King.

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RESUMO

Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Palavras-chave: Xxxxxxxx; Xxxxxxxxx; Xxxxxxxxx

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ABSTRACT

Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Key-Words: Xxxxxxxxx; Xxxxxxxxx; Xxxxxxxxxxxx

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................ 1

2. GERADO PELO PAI: O FUNDAMENTO DA NOVA VIDA É A SEMENTE DO PAI.

3

2.1 Não Confiar na Carne 3

2.1.1 O que é a carne? 4

3. PROTEGIDO PELO PAI: O CRESCIMENTO DA NOVA VIDA DEPENDE DO PAI.

6

4. COMPREENSÃO CLARA DO PLANO E DO TEMPO DE DEUS. 10

5. OBEDIÊNCIA PROVADA NA ADVERSIDADE 13

6. ENSINO E PREGAÇÃO CONSTANTE E CONSISTENTE 15

7. COMPAIXÃO PELOS DOENTES E CATIVOS 23

8. VISÃO DE CONTINUIDADE E MULTIPLICAÇÃO 30

9. DISCERNIMENTO DA HORA E DA SOLIDÃO DO SACRIFÍCIO 34

10. CONSIDERAÇÃO FINAIS 37

REFERÊNCIAS APÊNDICES

ANEXOS

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: informação e documentação: resumo: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

BEVERE, Jonh. Vitória no deserto. Tradução de João A. de Souza Filho. 2ª ed. Belo Horizonte: Atos, 2001.

BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Nova versão Internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2003.

BORGES, Marcos de Souza. O avivamento do odre novo: cura e libertação da família. Belo Horizonte: Betânia, 2003.

CRUZ, Lia. Orientação de Monografia de Bacharel em Teologia. Apostila de Metodologia Científica. Recife, 2008.

ECONOMIANET. Fisiocracia: A concepção natural de excedente. Disponível em: http://www.economiabr.net/economia/1_hpe3.html. Acesso em: 21 jan. 2012.

FERNANDES, Luciane Alves; GOMES, José Mário Matsumura. Relatórios de pesquisa nas ciências sociais: características e modalidades de investigação. Porto Alegre: [s.d.]. Disponível em: www.ufrgs.br/necon/04-4%20 Relatórios%20de% 20pesquisa%20nas%20ciências%20sociais%20-%20 Luciane%20e%20Jo.pdf – Acesso em: 25 jan. 2012.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991.

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GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1999.

GLOSSÁRIO SOBRE A OBRA DE PAULO FREIRE. São Paulo: 2007. Disponível em: http://www.paulofreire.org/Paulo_Freire/glossario_pf.htm Acesso em: 25 jan. 2012.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Normas de apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janeiro, 1993.

KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e prática da pesquisa. 15. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

LAKATOS, Eva Maria. MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

MATTAR, Fauze Nagib. Pesquisa de Marketing: metodologia, planejamento. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento. São Paulo: Hucitec,1993.

NAHUZ, Cecília dos Santos; FERREIRA, Lusimar Silva. Manual para normalização de monografias. 3.ed. São Luís: Editora, 2002.

PHILLIPS, Keith. A formação de um discípulo. Tradução de Elizabeth Stowell Charles Gomes. Brasil: Editora Vida. 1988.

ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa em administração: guia para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudo de caso. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

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ANEXO A - TIPOS DE MÉTODOS E PESQUISAS

MÉTODO INDUTIVO - A indução apresenta duas formas: - A indução formal. Aristóteles. -A indução Incompleta ou científica. Galileu (Indução experimental, consiste na formulação de Leis Gerais aplicadas a toda uma categoria de entes através da observação de certo número de casos particulares) e Bacon ("A autêntica demonstração sobre o que é verdadeiro ou falso somente é proporcionada pela experimentação"). MÉTODO DEDUTIVO - DESCARTES. O método dedutivo é um método lógico que pressupõe que existam verdades gerais já afirmadas e que sirvam de base (premissas) para se chegar através dele a conhecimentos novos. Sua estrutura básica é visualizada no exemplo abaixo: Todo o homem é mortal ----> Premissa maior André é homem ---------------> Premissa menor Logo, André é mortal -------> Conclusão MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO - Karl Raymund Popper, sustenta que este método consiste na construção de conjecturas, que devem ser submetidas a testes, os mais diversos possíveis, à crítica intersubjetiva, ao controle mútuo pela discussão crítica, à publicidade crítica e ao confronto com os fatos, para ver quais as hipóteses que sobrevivem como mais aptas na luta pela vida, resistindo, portanto, às tentativas de refutação e falseamento. Esquema do método hipotético dedutivo: P1 ----------- TT ------------ EE ------------P2 P1 - Solução provisória. TT - Teoria tentativa. EE - Eliminação do erro. P2 - Novos problemas. MÉTODO DIALÉTICO - Implica uma análise objetiva mais crítica da realidade, visando não apenas conhecê-la, mas também transformá-la. Para tanto, o método dialético deve evidenciar as contradições internas em cada fenômeno estudado (GLOSSÁRIO SOBRE A OBRA DE PAULO FREIRE).

- HEGEL, dialética idealista. - MARX e ENGELS, dialética marxista. Leis da dialética: - Unidade dos opostos - Mudança qualitativa. - Negação da negação.

Exemplo de uso da tríade dialética:

TESE - LATIFÚNDIO

ANTÍTESE - TRABALHADORES SEM TERRA

SÍNTESE - REFORMA AGRÁRIA MÉTODO FENOMENOLÓGICO - Preconizado por Husserl, o método fenomenológico não é dedutivo nem indutivo. Preocupa-se com a descrição direta da experiência tal como ela é. A realidade não é única: existem tantas quantas forem as suas interpretações e comunicações. O sujeito/ator é reconhecidamente importante no processo de construção do conhecimento (GIL, 1999).

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MÉTODO EXPERIMENTAL - Consiste em submeter os objetos de estudo à influência de certas variáveis, em condições controladas e conhecidas pelo investigador, para observar os resultados que a variável produz no objeto. MÉTODO OBSERVACIONAL - É um dos mais utilizados nas ciências sociais e apresenta alguns aspectos curiosos. Pode ser considerado ao mesmo tempo o método mais primitivo e impreciso e ao mesmo tempo pode ser concebido como um dos mais modernos. MÉTODO COMPARATIVO - Investigação de indivíduos, classes, fenômenos ou fatos, com o intuito de ressaltar as diferenças e similaridades entre eles. Sua ampla utilização nas ciências sociais deve-se ao fato de possibilitar o estudo comparativo de grandes grupamentos sociais, separados pelo espaço e pelo tempo. MÉTODO ESTATÍSTICO - Consiste na redução de fenômenos sociológicos, políticos,econômicos etc., a termos quantitativos e a manipulação estatística, que permite comprovar as relações dos fenômenos entre si e obter generalizações sobre sua natureza, ocorrência e/ou significado. FUNCIONALISMO - ressalta a funcionalidade de cada unidade da cultura no contexto cultural global. ESTRUTURALISMO - utilizado para designar as correntes de pensamento que recorrem à noção de estrutura para explicar a realidade em todos os seus níveis. Levi-Strauss (1967 apud GIL, 1999) afirma que um modelo científico é considerado estruturalista a partir a algumas condições, tais como: - o modelo deve oferecer um caráter de sistema; - todo modelo deve pertencer a um grupo de transformações (grupo de modelos); - previsão de como reagirá o modelo em caso de modificação de um elemento; - é necessário que o modelo seja construído de tal modo que seu funcionamento possa explicar todos os fatos observados. MÉTODO DE BUNGE - Para Bunge o método científico é a teoria da investigação. Esta alcança seus objetivos, de forma científica, quando cumpre ou se propõe a cumprir as seguintes etapas:

Descobrimento do problema;

Colocação precisa do problema;

Procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes ao problema;

Tentativa de solução do problema com auxílio dos meios identificados;

Invenção de novas idéias;

Obtenção de uma solução;

Investigação das conseqüências da solução obtida;

Prova (comprovação) da solução;

Correção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados empregados na obtenção da solução incorreta” (Lakatos & Marconi,2001).

TIPOS DE PESQUISA EXPLORATÓRIA - Visa proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses, tendo como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições (GIL 1991, p. 45).

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EXPLICATIVA - Tem como principal objetivo tornar algo inteligível, justificar-lhe os motivos. Visa, portanto, esclarecer quais fatores contribuem, de alguma forma, para a ocorrência de determinado fenômeno. (VERGARA, 2000, p. 47). O que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão das coisas. Por isso é o tipo mais complexo e delicado, já que o risco de cometer erros aumenta consideravelmente. (GIL, 1991, p. 46). DESCRITIVA - Expõe as características de determinada população ou fenômeno, estabelece correlações entre variáveis e define sua natureza. "Não têm o compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação". (VERGARA 2000, p. 47). Mattar (1999, p. 45), ao abordar um aspecto importante na identificação de uma pesquisa descritiva. Esse tipo de pesquisa "responderá a questões como: quem, o quê, quando e onde”. Cita como exemplo o estudo do perfil do consumidor de um determinado produto. ESTUDO DE CASO - É recomendável na construção de hipóteses ou reformulação do problema. Também se aplica com pertinência nas situações em que o objeto de estudo já é suficientemente conhecido a ponto de ser enquadrado em determinado tipo ideal. (GIL, 1991, p. 59). O mesmo autor coloca como vantagens do estudo de caso:

O estímulo a novas descobertas;

A ênfase na totalidade - focaliza o problema como um todo, superando o problema comum em levantamentos em que a análise individual dá lugar à análise de traços; PESQUISA BIBLIOGRÁFICA - Abrange toda a bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, dissertações, internet etc., até meios de comunicações orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filme e televisão. (LAKATOS e MARCONI, 1998, p. 66). Köche (1997, p. 122) reforça que o objetivo da pesquisa bibliográfica é “conhecer e analisar as principais contribuições teóricas existentes sobre um determinado tema ou problema, tornando-se instrumento indispensável a qualquer tipo de pesquisa”. A principal vantagem deste tipo de pesquisa reside no fato de que permite ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla caso se fizesse uma pesquisa direta. A principal desvantagem refere-se à utilização de fontes secundárias, que podem comprometer muito a qualidade da pesquisa, por apresentar dados coletados ou processados de forma equivocada. PESQUISA DOCUMENTAL - Baseia-se na utilização de materiais que ainda não receberam tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa Tais documentos podem ser aqueles conservados em órgãos públicos e instituições privadas, tais como associações científicas, igrejas, sindicatos, partidos políticos etc. Incluem-se aqui outros documentos, tais como cartas pessoais, diários, fotografias, gravações, memorandos, regulamentos, ofícios, boletins etc. Apresenta a vantagem de que os documentos constituem uma fonte rica e estável de dados e sobrevivem ao longo do tempo e é uma importante fonte de dados em pesquisa histórica, além de apresentarem um baixo custo.

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PESQUISA QUANTITATIVA - Depende de indução - generalizações pela coleta, exame e análise de casos específicos. Requer imparcialidade por parte do pesquisador. Constrói ou controla contextos de uma situação e lida com quantidades e números como dados primários. Inicia com fenômeno específico e tenta relacioná-los a outros, para esclarecer questões mais amplas. Tende a desconsiderar o contexto ou controlá-lo, para minimizar influências de nuances que possam afetá-lo. Utiliza análise estatística, particularmente empregando probabilidades, para demonstrar significância. PESQUISA QUALITATIVA - Depende de dedução – conclusões raciocínio ou inferências de princípios gerais para particulares. Requer envolvimento do pesquisador com as pessoas, eventos e ambiente como parte integrante do processo. Oferece valor especial no processo de produção de novos conceitos ou teorias. Tenta descobrir e mostrar suposições que estão por trás das ações ou eventos. Lida com descrições detalhadas dos contextos de uma situação. Inicia com questões ou problemas amplos e procura limitá-los. Considera o contexto dos eventos como parte integrante dos dados primários. PESQUISA AÇÃO E PESQUISA PARTICIPANTE - Na pesquisa-ação, o pesquisador que está envolvido em uma situação por algum tempo tem mais oportunidade de desenvolver algum nível de confiança com os demais participantes. A pesquisa participante assemelha-se muito à pesquisa-ação, em virtude de caracterizar-se pela interação entre pesquisador e membros da situação investigada. Porém, envolve posições valorativas, derivadas sobretudo do humanismo cristão e certas concepções marxistas e é bem-vista entre grupos religiosos voltados à ação comunitária (GIL, 1991, p. 61). PESQUISA EXPERIMENTAL - O experimento, segundo Gil (1999) é um estudo no qual uma ou mais variáveis independentes (as causas) são manipuladas e no qual a influência de todas ou quase todas as variáveis relevantes possíveis não pertinentes ao problema da investigação é reduzida ao mínimo. Ocorre um contraste entre o experimento de laboratório e o experimento de campo. PESQUISA EX-POST-FACTO (NÃO-EXPERIMENTAL) - Pesquisa na qual não é possível manipular variáveis ou designar sujeitos ou condições aleatoriamente. Fazem-se inferências e tiram-se conclusões tanto em pesquisa experimental quanto não-experimental, e a lógica básica da investigação é a mesma. Mas as conclusões não são empiricamente tão fortes na primeira quanto na segunda. LEVANTAMENTO - Caracteriza-se pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para, em seguida, mediante análise quantitativa (normalmente estatística), obterem-se as conclusões correspondentes aos dados coletados. O conhecimento direto da realidade, quantificação, economia e rapidez são as principais vantagens deste tipo de Pesquisa. Entre as desvantagens estão: pouca profundidade no estudo da estrutura e dos processos sociais, limitada apreensão do processo de mudança.

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ANEXO B - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (ABNT NBR 6023/2002)

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