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FUNDAÇÃO INSTITUTO CAPIXABA DE PESQUISAS EM CONTABILIDADE, ECONOMIA E FINANÇAS - FUCAPE FÁBIO LORENZONI PASTE ANÁLISE DO LUCRO E DO RISCO DAS EMPRESAS EXPORTADORAS BRASILEIRAS VERSUS EMPRESAS NÃO EXPORTADORAS VITÓRIA 2006

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FUNDAÇÃO INSTITUTO CAPIXABA DE PESQUISAS EM CONTABILIDADE, ECONOMIA E FINANÇAS - FUCAPE

FÁBIO LORENZONI PASTE

ANÁLISE DO LUCRO E DO RISCO DAS EMPRESAS

EXPORTADORAS BRASILEIRAS VERSUS EMPRESAS NÃO

EXPORTADORAS

VITÓRIA

2006

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FÁBIO LORENZONI PASTE

ANÁLISE DO LUCRO E DO RISCO DAS EMPRESAS

EXPORTADORAS BRASILEIRAS VERSUS EMPRESAS NÃO

EXPORTADORAS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da Fundação Instituto Capixaba de Pesquisas em Contabilidade, Economia e Finanças, como requisito para obtenção do título de Mestre em Ciências Contábeis. Orientador: Prof. Dr. Arilton Carlos Campanharo Teixeira

VITÓRIA

2006

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Dedico este trabalho a minha

família, sempre presente em

todos os momentos.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Onécimo e Ana Otília, pelo apoio em meu crescimento

profissional e pessoal que sempre me proporcionaram no decorrer da minha vida e

pelo amor que nunca me faltou.

Minha esposa, amiga e companheira Larissa o meu muito obrigado pelo

tempo em que passei estudando, noites e finais de semana, sempre compreensiva e

apoiadora. Te amo.

A minha irmã, pessoa que amo muito.

Ao meu filho, que é o maior presente que um pai pode desejar em sua vida.

Aos colegas, professores e funcionários (principalmente, o pessoal da

secretária e da biblioteca) do curso de Mestrado da Fundação Instituto Capixaba de

Pesquisas em Contabilidade, Economia e Finanças, pelo convívio, crescimento e

ajuda no decorrer do curso.

Aos Professores Arilton Carlos Campanharo Teixeira e Aridelmo Campanharo

Teixeira pelas boas orientações, críticas e aprendizado.

Ao Banco do Brasil, empresa onde trabalho, que disponibilizou condições de

realizar o mestrado.

E, finalmente, a vida que sempre me proporcionou momentos maravilhosos.

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Positivo e negativo, a vida nos

proporciona dois lados

extremos, podemos optar. O

primeiro proporciona alegrias, o

segundo tristezas. São

maneiras de olhar, eu escolho

o primeiro, viver a vida da

forma mais bela.

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RESUMO

Existe uma ampla literatura estudando as razões que levam as empresas a exportarem (ver EATON, KORTUM e KRAMARZ (2004) e EATON e KORTUM (2002)). Esta literatura já identificou várias características das empresas exportadoras. Por exemplo, são maiores (usando vários critérios) e mais produtivas que a média do mercado. Mas, ainda restam pontos não respondidos: são as empresas exportadoras mais lucrativas que a média do mercado? Seu preço (ação) tem maior retorno e/ou menor risco (variância dos preços de suas ações)? O objetivo deste trabalho é analisar estes dois pontos usando empresas brasileiras. Comparamos o lucro e a volatilidade (variância do preço) das empresas brasileiras exportadoras e não exportadoras com ações negociadas no Índice Ibovespa no período de 1995 a 2005. Os testes indicam que (i) não há diferença de lucratividade entre exportadoras e não exportadoras; (ii) quanto ao risco temos: entre 1995 a 1998 o risco das empresas não exportadoras foi maior que as exportadoras. No período entre 1999 a 2005 não houve diferença; (iii) quanto a valorização das ações: no período de 1995 a 1998 as empresas exportadoras valorizaram menos que as não exportadoras; no período de 1999 a 2005 as empresas exportadoras valorizaram mais do que as não exportadoras.

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ABSTRACT

A wide literature exists studying the reasons that take the companies export her (to see EATON, KORTUM and KRAMARZ (2004) and EATON and KORTUM (2002)). This literature already identified the companies exporters' several characteristics. For instance, they are larger (using several criteria) and more productive than the average of the market. But, they still remain points no answered: are they the companies more lucrative exporters than the average of the market? His/her price (action) does he/she have larger return and/or smaller risk (variance of the prices of their actions)? is THE objective of this work to analyze these two points using Brazilian companies. We compared the profit and the volatility (variance of the price) of the companies Brazilian exporters and no exporters with actions negotiated in the Índice Ibovespa in the period from 1995 to 2005. The tests indicate that (i) there is no profitability difference among exporters and no exporters; (ii) as for the risk we have: among 1995 to 1998 the companies exporters' risk was larger than the non exporters. In the period among 1999 to 2005 there was not difference; (iii) as the valorization of the actions: in the period from 1995 to 1998 the companies exporters valued less than the non exporters; in the period from 1999 to 2005 the companies exporters valued more than the non exporters.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................9

1.1 SITUAÇÃO PROBLEMA..................................................................................11

1.2 OBJETIVOS.....................................................................................................12

1.2.1 Objetivo geral ............................................................................................12

1.2.2 Objetivos específicos ................................................................................12

1.3 JUSTIFICATIVAS ............................................................................................13

1.4 METODOLOGIA ..............................................................................................14

1.5 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO...............................................................15

2 REVISÃO DA LITERATURA ............................ .....................................................16

3 HIPÓTESE DE PESQUISA....................................................................................20

4 MÉTODO................................................................................................................23

5 RESULTADOS....................................... ................................................................26

5.1 ANÁLISE DE LR ............................................................................................26

5.2 ANÁLISE DE M ...............................................................................................28

6 CONCLUSÃO ........................................ ................................................................34

REFERÊNCIAS.........................................................................................................36

APÊNDICE A - EMPRESAS EXPORTADORAS................. .....................................39

APÊNDICE B - EMPRESAS NÃO EXPORTADORAS............. ................................40

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: LR – Teste de Diferenças entre duas Variâncias – 1995 a 2005 ..............27

Tabela 2: LR - Teste da média de duas amostras presumindo variâncias diferentes –

1995 a 2005 ..............................................................................................................27

Tabela 3: M – Teste de diferenças entre duas variâncias - 1995 a 2005 ................29

Tabela 4: M - Teste média duas amostras presumindo variâncias equivalentes -1995

a 2005 .......................................................................................................................29

Tabela 5: M – Teste de diferenças entre duas variâncias - 1995 a 1998. ...............30

Tabela 6: M -Teste de média duas amostras presumindo variâncias diferentes-1995

a 1998 .......................................................................................................................31

Tabela 7: M – Teste de diferenças entre duas variâncias - 1999 a 2005 ................31

Tabela 8: M - Teste média duas amostras presumindo variâncias equivalentes -

1999 a 2005 ..............................................................................................................32

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Capítulo 1

1 INTRODUÇÃO

Várias são as causas apontadas para o aumento das exportações, tais como

incremento na produtividade e incentivos fiscais. Quanto à produtividade, alguns

trabalhos internacionais, como de Tybout (2003), Eaton, Kortum e Kramarz (2004),

Muendler (2004) e Hay (2001) encontraram evidências de que as empresas que

exportam têm maior produtividade que as empresas que não exportam. No Brasil,

por sua vez, alguns estudos corroboram essas evidências, como de Ferreira e Rossi

(2003). Mas, recentemente, tem-se defendido, conforme Gomes e Ellery (2005), que

as exportações não podem ser explicadas, ou justificadas, tão somente pela

produtividade no trabalho.

De igual sorte, no que tange aos incentivos fiscais, estudos, como Kortun e

Eaton (2002), também não encontraram evidências de que a busca das empresas

pelo aumento da exportação seria em função de incentivos fiscais.

Há, ainda, aqueles, notadamente alguns jornais e sites especializados

contemporâneos, que defendem a idéia segundo a qual exportar passou a ser uma

questão de sobrevivência para as empresas, pois significaria diminuir riscos e evitar

instabilidade. Nesta linha de raciocínio, ao optar por vender seus produtos em

mercados externos, as empresas diminuiriam o risco dos negócios, visto que a

expansão da empresa não ficaria inteiramente condicionada, ou mesmo vulnerada,

pelo ritmo de crescimento da economia doméstica e de mudanças na política

econômica do País. Além disso, a diluição dos riscos abriria a possibilidade de

planejamento de longo prazo, garantindo-se maior segurança nas decisões e mais

receita em moeda forte.

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Mas será que isto realmente acontece ou será que uma empresa pode

somente atuar no mercado interno e diminuir seu risco, assim como melhorar sua

lucratividade, pois, ao buscar o mercado externo, onde as despesas de logística, de

entrada em outro país e outras são bem maiores, ao invés de se focar

exclusivamente na comercialização no mercado interno, as empresas podem

aumentar seus custos e seus riscos.

Pela pesquisa realizada pelo autor não foi encontrada nenhuma teoria, nem

no Brasil, nem no exterior, explicando que o motivo das empresas exportadoras

direcionarem suas vendas para o mercado externo tem o objetivo de encontrar um

maior retorno, lucratividade e menor risco.

Desta forma, o objetivo deste estudo é verificar se as empresas exportadoras

têm maior lucratividade e se as ações destas empresas apresentam maior retorno e

menor risco que as das empresas não exportadoras. Com isto buscamos identificar

alguns dos motivos pelos quais as empresas buscam o mercado externo,

contribuindo para um melhor entendimento sobre o assunto.

Para efeito deste estudo, as empresas cujas ações são negociadas no Índice

Ibovespa entre 1995 a 2004 foram divididas em dois grupos, exportadoras e não

exportadoras. As empresas exportadoras são todas aquelas que constam na

listagem do Ministério do Desenvolvimento, como as 250 maiores do Brasil, e fazem

parte das empresas listadas no Índice Ibovespa. As não exportadoras são aquelas

que fazem parte do Índice Ibovespa e que não estão na listagem do Ministério do

Desenvolvimento como as 250 maiores empresas exportadoras do Brasil.

Estudos relacionados às características das empresas e de seus mercados

contribuem para a evolução do conhecimento e possibilitam agregar informação para

a deliberação de investidores, analistas e todos aqueles que, de certa forma,

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venham a ser afetados pelo fenômeno das exportações. Isto justifica o

aprofundamento teórico e empírico do que ocorre com os resultados das empresas

brasileiras exportadoras e não exportadoras.

1.1 SITUAÇÃO PROBLEMA

As trocas de mercadorias no mercado mundial são mais complexas que as

realizadas no mercado doméstico, em particular, no que diz respeito ao transporte,

seguro e os financiamentos para as empresas.

Como vimos acima existe uma ampla literatura estudando as razões que

levam as empresas a exportarem. Este estudo tenta verificar se o lucro, valorização

da empresa e das suas ações negociadas no mercado pode ser a razão deste

direcionamento para o mercado externo. Portanto, este estudo se faz necessário

para verificar a seguinte questão:

• Como os resultados, os preços das ações e o risco das

empresas exportadoras brasileiras se comportaram em comparação as

não exportadoras.

A questão apresentada tem o intuito de verificar o que ocorre com o lucro, o

preço das ações e o risco das empresas exportadoras brasileiras, negociadas no

Ibovespa, em comparação com as outras empresas não exportadoras, negociadas

no mesmo mercado.

As empresas procuram o mercado externo buscando um diferencial, que pode

ser vislumbrando com um aumento da sua lucratividade, valorizações de suas ações

negociadas na Bolsa e diminuição do risco, então espera-se encontrar uma maior

lucratividade e valorização do preço das ações e consequentemente um menor risco

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nas empresas exportadoras, pois os faturamentos destas empresas tendem a

crescer com o direcionamento das vendas para o mercado externo e com o incentivo

do governo, contribuindo para uma melhor análise destas empresas no mercado de

capital brasileiro.

Neste trabalho não será levantada a hipótese de as empresas exportarem

para conseguirem capital mais barato para seus investimentos.

O estudo e análise do mercado, no Brasil, ficarão limitados a partir do ano

1995. A escolha desse período deveu-se ao inicio da estabilização econômica.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo geral

Em decorrência da questão em estudo, tem-se como objetivo geral verificar

se o lucro e o preço das ações das empresas exportadoras brasileiras negociadas

no índice Ibovespa são maiores que as empresas não exportadoras e se o risco das

empresas exportadoras é menor do que as empresas não exportadoras.

1.2.2 Objetivos específicos

Para o alcance do objetivo geral são delineados os seguintes objetivos

específicos:

• Verificar se as empresas exportadoras brasileiras tiveram um menor

risco de mercado que as empresas não exportadoras no período;

• Verificar se as empresas exportadoras apresentaram lucro maior do

que as empresas não exportadoras no período;

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• Verificar se as empresas exportadoras apresentaram maior valorização

no preço de mercado de suas ações do que as empresas não exportadoras no

período;

1.3 JUSTIFICATIVAS

Para Castro (1978, p.55)

as características de uma dissertação devem ser marcadas pela originalidade, importância e viabilidade. Embora a caracterização isolada com base em cada um dos atributos mencionados não se constitui tarefa árdua, o maior desafio consiste na abrangência simultânea dos três atributos.

Este estudo espera contribuir para aprofundar e analisar a influência de

algumas características presentes no mercado acionário brasileiro sobre o tema,

enriquecendo o reduzido número de evidências empíricas que tratam da relevância

da informação para o mercado acionário, principalmente quanto ao problema

apresentado.

Com o crescimento das transações internacionais, tanto no âmbito de

mercado de capitais, quanto nos mercados econômicos, a informação torna-se

primordial para tomada de decisões em relação a empresas melhores preparadas

para os acontecimentos. Estas possuem vantagens competitivas no mercado.

Neste estudo, tentaremos sinalizar um norte do por que as empresas

direcionam suas vendas para o mercado externo.

Em sentido mais amplo, este trabalho procura contribuir para ampliar o

conhecimento sobre as empresas exportadoras brasileiras negociadas no Índice

Ibovespa.

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1.4 METODOLOGIA

De acordo com o ponto de vista do objetivo, a presente pesquisa será

efetivada na forma exploratória, pois, na concepção de Gil (2002, p. 41),

[...] têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições.

Quanto aos procedimentos técnicos utilizados, esta pesquisa caracteriza-se

como uma pesquisa explicativa, comentado por Gil (2002, p. 42): “essas pesquisas

tem como preocupação central identificar os fatores que determinam ou que

contribuem para ocorrência dos fenômenos” e por Castro (1978, p.66): “quando, em

uma pesquisa, o pesquisador tenta estabelecer relacionamentos entre variáveis,

estudar o nexo, tem-se a denominada pesquisa explicativa”.

Esta pesquisa também é considerada uma pesquisa ex-post facto, como

indica Gil (2002, p.49):

Isso significa que neste tipo de pesquisa o estudo foi realizado após a ocorrência de variações na variável dependente no curso natural dos acontecimentos.

E segundo Martins (2000, p.26):

Neste tipo de investigação o pesquisador não tem controle direto sobre as variáveis independentes porque suas manifestações já ocorreram, ou porque elas são, por sua natureza, não manipuláveis.

Como parte do desenvolvimento deste trabalho, portanto, utilizaram-se livros,

artigos científicos, revistas especializadas, sites na internet, teses, dissertações e

textos.

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1.5 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO

O trabalho será desenvolvido e estruturado com os seguintes capítulos,

compreendendo os seguintes assuntos:

• Capítulo 1: introdução, problema, objetivo, justificativa e metodologia

adotada;

• Capítulo 2: revisão da literatura;

• Capítulo 3: hipóteses do trabalho;

• Capítulo 4: método;

• Capítulo 5: resultados;

• Capítulo 6: conclusão;

• Capítulo 7: referências.

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Capítulo 2

2 REVISÃO DA LITERATURA

A empresa, para inserção no contexto global (comércio internacional), deve

verificar o mercado potencial e a possibilidade de agregar lucro, além do visualizado

no mercado interno. Bruni (2002, p.3) comenta:

Ao nível de um setor industrial, a globalização refere-se ao grau em que a posição competitiva daquele setor, em um país, é interdependente com o mesmo setor, em outro país. Os indicadores-chaves da globalização de um setor industrial podem ser representados pelo volume do comércio internacional dentro desse setor, em relação à produção total mundial; pelo volume de investimentos externos, em relação ao capital total investido na indústria e, ainda, pela parcela do faturamento do setor que corresponde às empresas que competem em todas as principais regiões.

Admitindo-se que, num mundo de comunicações quase em tempo real, o

capital empresarial e até pequenas empresas podem ter a opção de uma mobilidade

maior, o destino das firmas, grandes ou pequenas, ainda é primordialmente

determinado pelas vantagens competitivas e pelas condições econômicas locais e

nacionais.

No estudo de Neves (2004), sobre fluxos internacionais de capitais, verificou-

se que empresas que efetuam transações entre dois ou mais países estarão sempre

sujeitas aos riscos inerentes à flutuação de uma das duas moedas, que poderá

impactar negativamente nos resultados.

Neves (2004) ainda detectou que os países considerados emergentes ou em

desenvolvimento, que são aqueles com economias de baixa à média renda,

segundo o International Finance Corporations (IFC), órgão vinculado ao Banco

Mundial, sofrem mais com as crises por serem dependentes de capital internacional.

As empresas exportadoras podem ser altamente impactadas com esses

movimentos. O mercado pode visualizar um fluxo de caixa futuro vantajoso e um

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maior resultado para estas empresas no futuro, se for realmente verificado esta

situação, as empresas exportadoras apresentariam um resultado maior que as

empresas não exportadoras.

Muitos estudiosos relacionam o aumento das exportações à desvalorização

da taxa de câmbio, isto é, o aumento das exportações, das vendas para o mercado

internacional somente ocorreria se a moeda estivesse desvalorizada.

Ao contrário disto, no estudo de Kannebley (2001), verificou-se que as

exportações brasileiras tinham uma baixa relação de longo prazo com a evolução de

medidas alternativas de taxa real de câmbio, mostrando que a taxa de câmbio não é

uma alavanca das exportações brasileiras.

De acordo com Kannebley (2001), ainda que a taxa de câmbio nominal com

relação ao dólar tenha desvalorizado, em média, de 1998 para 1999, em 56,4%,

provocando uma correspondente desvalorização da taxa real de câmbio efetiva das

exportações em torno de 32,8%, o valor exportado neste mesmo período decresceu

em 6,1%. Este resultado deveu-se, em grande parte, à queda de 12,8% dos preços

das exportações. Mas o que causa maior inquietação é a razão do fraco dinamismo

das exportações face à desvalorização no câmbio, visto que a elevação do quantum

exportado mostrou-se extremamente tímida diante de uma desvalorização tão

significativa da taxa real de câmbio.

No mundo, foram realizados alguns estudos, como de Mishra (2004), na Índia,

que não encontrou relação entre variações da taxa de câmbio, que acontecem em

crises, principalmente em países em desenvolvimento, e retorno no mercado de

ações.

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Fang e Miller (2002), em estudos realizados em 5 países do leste asiático,

encontram evidências de que a valorização e/ou desvalorização da taxa de câmbio

contribuiu para afetar os lucros do mercado acionário nos países pesquisados,

especificamente na Crise da Ásia.

Na Alemanha, Gosta Jamin (2003), verificou que as empresas exportadoras e

importadoras eram impactadas pela valorização do dólar, encontrando evidências de

que o dólar mais forte trás benefícios para as exportações alemãs e

conseqüentemente essas empresas apresentam melhores resultados.

Landers (1999), em uma reportagem sobre a valorização do ien e o impacto

nas empresas exportadoras japonesas, publica que “um iene mais forte fere os

exportadores japoneses, porque faz os preços dos produtos ficarem mais caros em

dólar, diminuindo os retornos das empresas exportadoras japonesas”.

Empresas com maior exposição de vendas estrangeiras têm desempenho

significativamente melhor depois de depreciações da moeda, de acordo com uma

gama de indicadores, Sullivan (2002) comprovou isto em sua pesquisa, fortalecendo

o estudo foco deste trabalho.

Na Rússia, a crise e desvalorização do Rublo, em 1998, fez com que as

exportações de óleo ficassem mais rentáveis, trazendo uma revirada nas empresas

exportadoras, que antes da crise passavam por diversas dificuldades, conforme

verificado no artigo de Mckay (1999).

Brito e Brito (2002) em um artigo examinaram o efeito da diversificação de

risco no Patrimônio Líquido das empresas brasileiras no período de 1993 a 1998. Na

implantação do Plano Real, o artigo encontrou impacto favorável nas ações

negociadas no mercado brasileiro, ao passo, que nas crises russas e asiáticas

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encontraram um impacto desfavorável no mercado de ações brasileiras, sendo que

no Plano Real houve valorização da moeda e nas crises citadas houve uma

desvalorização.

Como se podem verificar estudos que aumentem a informação do mercado

quanto às empresas exportadoras é de grande relevância, por subsidiar decisões

importantes no direcionamento do capital investido.

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Capítulo 3

3 HIPÓTESE DE PESQUISA

Pinheiro (2001) comenta que os analistas fundamentalistas partem de um

contexto global, para formulação de uma conclusão sobre a empresa que eles

devem recomendar. A justificativa para uma análise macroeconômica, segundo

Pinheiro, é que a bolsa de valores deve refletir de alguma forma o desempenho da

economia na qual ela está inserida. Se a economia vai bem, as empresas têm a

possibilidade de obter bom desempenho e consequentemente suas ações subirem,

provocando uma alta na bolsa.

Em um trabalho feito por Santos (2003), verificou-se que durante a crise

argentina 2001-2002, as exportações foram afetadas, repercutindo nas empresas

calçadistas do Brasil, também impactada pela desaceleração da economia norte-

americana na época e, os exportadores brasileiros tiveram que encontrar novos

nichos para exportação de seus calçados.

Pinheiro (2001, p.247) cita o seguinte:

A análise das perspectivas de uma empresa deve começar com a economia global. Ao estar inserida num contexto internacional, a empresa é afetada pela economia internacional em seus mais diversos níveis. As perspectivas de exportação e importação, a competição de preços em função da concorrência internacional, ou os ganhos obtidos com os investimentos internacionais são alguns dos exemplos que podemos citar em que a economia internacional afeta o desempenho da empresa.

Mercados financeiramente globalizados caracterizam-se pela presença de um

maior número de participantes, com melhor acesso às informações relevantes.

Assim, espera-se que a globalização financeira, expressa através das vendas,

direcionada pelas empresas ao mercado externo, contribua para um processo mais

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coerente de formação de preços e lucratividade, com uma elevação do nível de

eficiência informacional destes mercados.

Dentro desse contexto, este trabalho procurará verificar as seguintes

hipóteses:

H0a: As empresas brasileiras exportadoras negociadas no Índice Ibovespa

apresentam Lucro similar às empresas não exportadoras.

H1a: As empresas brasileiras exportadoras negociadas no Índice Ibovespa

apresentam Lucro maior/menor que as empresas não exportadoras.

H0b: As empresas brasileiras exportadoras negociadas no Índice Ibovespa

apresentam valorização das ações similar às empresas não exportadoras.

H1b: As empresas brasileiras exportadoras negociadas no Índice Ibovespa

apresentam valorização das ações maior/menor que as empresas não

exportadoras.

H0c: As empresas brasileiras exportadoras negociadas no Índice Ibovespa

apresentam volatilidade similar as empresas não exportadoras.

H1c: As empresas brasileiras exportadoras negociadas no Índice Ibovespa

apresentam volatilidade maior/menor que as empresas não exportadoras.

As hipóteses apresentadas procuram levantar evidências sobre o crescimento

das exportações no período Pós Plano Real, com acontecimentos de crises

financeiras, desvalorização da moeda e primordial incentivo do governo para que as

empresas busquem mercado internacional.

Em um mercado eficiente, como as empresas exportadoras se comportariam

nas demonstrações dos seus resultados? O lucro será maior que as empresas não

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exportadoras? A volatilidade e consequentemente o risco é menor? Estas questões

são o grande mistério para efeito desta pesquisa.

Levy e Sarnat (1970) constataram que existe uma forte tendência para que os

retornos dos títulos individuais movam-se conjuntamente dentro de uma mesma

economia.

Mas o questionamento aqui apresentado é se as empresas exportadoras

seguirão esse fluxo, pois além de sofrer impacto das variáveis externas, também são

afetadas pelas variáveis internas.

Essas hipóteses vêm à tona, pois essas empresas exportadoras podem

direcionar o fluxo de vendas externo para o ambiente interno e manter o fluxo de

caixa, consequentemente obtendo maior lucro ou direcionar as vendas para o

mercado externo quando ocorre desaquecimento no mercado interno.

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Capítulo 4

4 MÉTODO

As empresas que farão parte da amostra são as que fazem parte do índice

Ibovespa, ou seja, as ações mais negociadas na Bolsa de Valores - Bovespa, no

período compreendido de janeiro/1995 a dezembro/2005. A justificativa para

utilização dessa data, leva em conta a estabilização da economia após a

implantação do Plano Real que ocorreu em 1994. O ano de 1994 não foi utilizado,

pois há possibilidade de distorções pela proximidade das mudanças ocorridas na

época na economia.

As empresas denominadas exportadoras, para efeito desta pesquisa, são as

que fazem parte do Índice Ibovespa e que estão listadas como as 250 maiores

empresas exportadoras brasileiras divulgadas pelo Ministério do Desenvolvimento,

podendo ser localizadas no site www.desenvolvimento.gov.br, representando, em

média, 70% do total das exportações brasileiras.

Inicialmente foram listadas todas as empresas que fizeram parte do Índice

Ibovespa no período de janeiro de 1995 a dezembro de 2005. Depois foram

separadas as empresas exportadoras, definidas acima, e as empresas consideradas

não exportadoras, que são aquelas que não estão listadas no relatório do Ministério

do Desenvolvimento como as 250 maiores empresas exportadoras brasileiras, mas

que fazem parte do índice Ibovespa.

Para definir os indicadores de lucratividade utilizamos as seguintes variáveis

disponibilizadas pela Economática: Patrimônio Líquido, Lair (Lucro Antes do Imposto

de Renda) e Valor da Ação.

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O Lair foi utilizado ao invés de Lucro Líquido, pois foi considerado que as

empresas têm métodos e benefícios diversos no pagamento do Imposto de Renda e

possuem despesas com juros diferentes, podendo distorcer o resultado da pesquisa.

Foi calculado a razão do LAIR pelo Patrimônio Líquido, da seguinte forma:

1−

=t

tt PL

LAIRLR (1)

Onde tLAIR é o Lucro Antes do Imposto de Renda em t e tPL é o Patrimônio

Líquido em t-1.

Depois de calcularmos o tLR computamos as médias aritméticas por

empresa. Esses cálculos foram realizados para as empresas exportadoras e as

consideradas não exportadoras. Para calcular essa média foram utilizados somente

os períodos com dados apresentados. Os períodos sem dados foram

desconsiderados.

Também foram calculadas as variâncias da lucratividade (ou seja, a variânicia

de tLR ) de todas as empresas, com o objetivo de verificar a dispersão. Isto é, como

as observações flutuam em torno da média. O objetivo é verificar se a volatilidade

média das empresas exportadoras é maior ou menor que a das empresas não

exportadoras.

Realizados o teste do lucro, partiu-se para os testes sobre a valorização do

preço das ações negociadas na Bolsa de Valores. A valorização ou desvalorização

da ação no ano t, tM , é dada por:

1−

=t

tt P

PM (2)

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25

Onde tP é o preço da ação no final do ano t e 1−tP é o preço da ação no final

do ano t-1

Como no caso anterior fizemos um teste de média e variância entre as

empresas exportadoras e não exportadoras. O objetivo foi, mais uma vez, comparar

a valorização e a variância das empresas exportadoras e não exportadoras.

Queremos ver se existe evidência de que as empresas exportadoras são mais

lucrativas e/ou tem menor risco que as não exportadoras.

Fizemos ainda um outro teste. Dividimos os dados em subperíodos: (i)

Período de jan/1995 a dez/1998, época em que o câmbio era fixo e a taxa

permaneceu constante; (ii) Período de jan/1999 a dez/2005, época em que o câmbio

se tornou flutuante. A razão para estes testes é a possibilidade de que a mudança

cambial tenha afetado a performance das empresas exportadoras.

A intenção em dividir em janelas (dois períodos) é verificar se os resultados

apresentados utilizando todos os períodos são divergentes, pois são dois períodos

distintos, com câmbios diferentes (fixo e flutuante), que a princípio afetaria os

resultados e os preços das ações das empresas.

Os testes foram realizados pelo programa Excel do Microsoft-Office, sendo

aqui utilizado o teste bicaudal, pois se procura verificar se os resultados das

empresas exportadoras são diferentes das empresas não exportadoras.

Nos testes das variâncias o Excel utiliza o método unilateral, verificando se a

volatilidade de uma determinada amostra é maior ou menor do que a outra.

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26

Capítulo 5

5 RESULTADOS

Todos os pressupostos do Teste de Hipótese foram cumpridos, isto é, são

extraídos independentemente e representam uma amostra aleatória de uma

população que é normalmente distribuída. O pressuposto da normalidade foi

verificado a partir de uma análise descritiva das estatísticas obtidas, juntamente com

uma análise gráfica, para oferecer uma interpretação visual.

Foram selecionadas 72 empresas que fizeram parte do Índice Ibovespa no

período de 1995 a 2005. Destas, 27 são empresas, que para este estudo, são

chamadas de exportadoras, aquelas que estão entre as 250 maiores empresas

exportadoras brasileiras, conforme divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento em

seu site, e as outras 45 são as, para este estudo, consideradas não exportadoras.

Os testes de hipóteses realizados são os Testes F, para verificar se as

variâncias das empresas exportadoras e não exportadoras são diferentes. Para

comparação das médias usamos os o Teste T com variâncias equivalentes ou

diferentes.

5.1 ANÁLISE DE LR

Os cálculos das médias e das variâncias foram feitos em cima de 43

períodos, dos resultados trimestrais divulgados pelas empresas e retirados da

Economática.

Abaixo são apresentados os testes realizados com o LR das empresas. No

Teste F para diferenças entre duas variâncias é verificado se as empresas

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exportadoras e não exportadoras possuem a mesma variância. Os resultados são

demonstrados nas Tabelas 1 e 2:

Tabela 1: LR – Teste de Diferenças entre duas Variâncias – 1995 a 2005

Média Empresas não

exportadoras Média Empresas

Exportadoras Média -0,006670475 0,029069859 Variância 0,018054573 0,002157404 Observações 45 26 Grau de Liberdade 44 25 F Tabela 1,85843132 F Calculado 8,368655855 Valor P 1,7839E-07

Verificando a Tabela 1, pode-se ver que, com nível de significância de 0,05,

com 44 graus de liberdade no denominador e 25 no numerador o F tabela (valor

crítico) é 1,86. O F calculado é igual a 8,368. Como o F calculado é maior que F

tabela não aceitamos a hipótese nula. Ou seja, concluímos que há evidências de

diferenças na variabilidade da geração do LR para as duas amostras. Mais

especificamente existe evidência de que a volatilidade das empresas exportadoras é

menor que as empresas não exportadoras. A mesma conclusão pode ser alcançada

se observarmos o valor P, que é menor que 0,05, confirmando a não aceitação da

hipótese nula.

Como o teste acima indica que as variâncias são diferentes, a seguir,

realizamos o teste de média, presumindo as variâncias diferentes.

Tabela 2: LR - Teste da média de duas amostras presumindo variâ ncias diferentes – 1995 a 2005

Média Empresas não

Exportadoras Média Empresas

Exportadoras Média -0,006670475 0,029069859 Variância 0,018054573 0,002157404 Observações 45 26 Grau de Liberdade 60 T Tabela 2,000297804 T calculado 1,624242164 Valor P 0,109566572

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Como pode ser visto na tabela acima, com nível de significância de 0,05 e 60

graus de liberdade o T tabela é de 1,624. Pode-se observar que a hipótese de que a

média dos LR das exportadoras e não exportadoras são iguais não é rejeitada, pois

o T tabela é maior que o T calculado (isto também pode ser confirmado pelo valor P

maior que 0,05. Ou seja, o menor nível de significância necessário para rejeitarmos

a hipótese nula é muito alto).

Para verificarmos se a mudança na política cambial altera os resultados

anteriores repetimos os testes anteriores dividindo a amostra em 2 partes: (i) de 95 a

98; e (ii) de 99 a 2005. Os resultados obtidos são exatamente iguais aos resultados

anteriores. Ou seja, a variância das não exportadoras é maior que a das

exportadoras e as médias são iguais.

A conclusão destes testes é de que temos evidências de que o risco (medido

pela variância de LR) das empresas exportadoras é menor do que a das não

exportadoras, mas o retorno é igual. Em outras palavras, ser exportador reduz seu

risco, mas não aumenta seu retorno.

5.2 ANÁLISE DE M

Nesta parte do trabalho foram feitos os testes de média e variância da

valorização das ações ( M ) negociadas na Bolsa de Valores de SP, conforme

mencionado na equação (2). Mais uma vez testamos se valorização das ações das

empresas exportadoras tem média maior e variância menor que as das empresas

não exportadoras.

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Tabela 3: M – Teste de diferenças entre duas variâncias - 1995 a 2005

Média Empresas não

exportadoras Média Empresas

Exportadoras Média 0,342839247 0,466327981 Variância 0,102136504 0,079099082 Observações 43 27 Grau de Liberdade 42 26 F Tabela 1,846217505 F Calculado 1,291247653 Valor P 0,247282355

Como se pode observar na Tabela 03 o F Tabela, com nível de significância

de 0,05, 42 graus de liberdade no denominador e 26 no numerador, é maior que o F

Calculado. Assim não rejeitamos a hipótese nula de que as variâncias de tM das

empresas exportadoras e não exportadoras sejam iguais (note que o valor P é maior

que 0,05).

Passamos agora para a análise valorização média das ações. Como

rejeitamos a hipótese de igualdade das variâncias os testes de igualdade foram

feitos presumindo variâncias equivalentes.

Tabela 4: M - Teste média duas amostras presumindo variâncias e quivalentes -1995 a 2005

Média Emp. Não

Exportadoras Média Emp. exportadoras Média 0,342839247 0,466327981 Variância 0,102136504 0,079099082 Observações 43 27 Grau de Liberdade 68 T Tabela 1,995468907 T calculado 1,64622149 Valor P 0,104332719

Com nível de significância de 0,05, e 68 graus de liberdade o T Tabela é

maior que T calculado. Assim sendo pode-se verificar que a hipótese nula de

igualdade das médias não foi rejeitada. Isto é, a valorização média das ações das

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empresas exportadoras e não exportadoras não são diferentes no período

compreendido entre 1995 à 2005 (note que o valor P é maior que 0,05).

Como anteriormente, novamente, o período foi dividido em duas partes: (i)

período de câmbio fixo de 1995 a 1998; e (ii) período de câmbio flutuante, 1999 a

2005. Os testes foram refeitos para estes dois sub-períodos e os resultados são

apresentados abaixo.

Tabela 5: M – Teste de diferenças entre duas variâncias - 1995 a 1998.

Média Empresas não

exportadoras Média Empresas

exportadoras Média 0,199588083 -0,03518669 Variância 0,224147961 0,10128146 Observações 27 25 Grau de Liberdade 26 24 F Tabela 1,966767071 F Calculado 2,213119372 Valor P 0,027126391

Como se pode observar na Tabela 05, a nível de significância de 0,05, 26

graus de liberdade, 26 no denominador e 24 no numerador, o F Tabela é menor que

o F Calculado. Assim não aceitamos a hipótese que as variâncias das empresas

exportadoras e não exportadoras são iguais neste sub-período (note que o valor P é

menor que 0,05).

Este resultado é similar ao verificado em relação a LR. Ou seja, as empresas

exportadoras têm menor risco (menor variância em M ) que as empresas não

exportadoras. Isto ocorrendo, a despeito do regime cambial existente

Baseado no resultado da Tabela 5, foi realizado o teste de igualdade das

médias (de M ) presumindo variâncias diferentes. Os resultados estão na Tabela 6.

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Tabela 6: M -Teste de média duas amostras presumindo variância s diferentes-1995 a 1998

Média Emp. Não

Exportadoras Média Emp. exportadoras Média 0,199588083 -0,03518669 Variância 0,224147961 0,10128146 Observações 27 25 Grau de Liberdade 46 T Tabela 2,012895567 T calculado -2,11234373 Valor P 0,040116266

Assumindo que as variâncias são diferentes, no teste t, à nível de

significância de 0,05 e 46 graus de liberdade, rejeita-se a hipótese de igualdade das

médias. No período entre 1995 a 1998, época em que o câmbio estava fixo, a

valorização dos preços das ações das empresas exportadoras e não exportadoras

são diferentes. Mais ainda, as empresas exportadoras obtiveram valorização média

menor que as empresas não exportadoras.

Tabela 7: M – Teste de diferenças entre duas variâncias - 1999 a 2005

Média Empresas não

exportadoras Média Empresas

exportadoras Média 0,342463281 0,703016093 Variância 0,226562615 0,195699387 Observações 43 27 Grau de Liberdade 42 26 F Tabela 1,846217505 F Calculado 1,157707334 Valor P 0,351405009

Como se pode observar na Tabela 07, o F Tabela com nível de significância

de 0,05, 42 graus de liberdade, 42 no denominador e 26 no numerador, é maior que

o F Calculado. Não podemos rejeitar a hipótese de as variâncias das empresas

exportadoras e não exportadoras são diferentes (confirmado pelo Valor P maior que

0,05).

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Desta forma o risco dos dois conjuntos de empresas é igual. Baseados nestes

resultados foram feitos os testes de igualdade das médias assumindo que as

variâncias iguais.

Tabela 8: M - Teste média duas amostras presumindo variâncias equivalentes -1999 a 2005

Média Emp. Não

Exportadoras Média Emp. exportadoras Média 0,342463281 0,703016093 Variância 0,226562615 0,195699387 Observações 43 27 Grau de Liberdade 68 T Tabela 1,995468907 T calculado 3,168526096 Valor P 0,002296116

Sendo T Calculado maior que T Tabela, à nível de significância de 0,05, com

68 graus de liberdade, pode-se verificar que a hipótese nula foi rejeitada. Isto é, a

valorização média das ações negociadas das empresas exportadoras e não

exportadoras são diferentes, no período compreendido entre 1999 à 2005

(confirmado com o Valor P menor que 0,05). Neste caso, ao contrário do sub-

período anterior as empresas exportadoras tiveram valorização média maior que as

empresas não exportadoras.

Embora mais testes sejam necessários para que se possa chegar a uma

conclusão, temos um candidato claro para explicar esta diferença nos dois

subperíodos analisados. Um dos motivos pode ser a política cambial adotada entre

1995 e 1998 que reduzia a receita em reais das empresas exportadoras.

Na valorização das ações, quando analisado no período de 1995 a 2005, não

apresentou diferença entre as empresas exportadoras e não exportadoras. Porém

no período compreendido de 1995 a 1999, as empresas não exportadoras tiveram

uma maior valorização do que as empresas exportadoras, diferente do ocorrido no

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período de 1999 a 2005, quando as empresas exportadoras demonstraram maior

valorização.

Importante salientar que são dois períodos de política cambial distintos. De

1994 ao começo de 1999 tivemos câmbio fixo e de 1999 a 2005, câmbio flutuante.

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Capítulo 6

6 CONCLUSÃO

Vários trabalhos têm tentado apontar causas que levam empresas a exportar.

Neste artigo tentamos analisar se a redução do risco e aumento do retorno das

empresas é incentivo para as empresas buscarem exportar.

Verificou-se que as empresas exportadoras brasileiras não apresentaram,

estatisticamente, resultados superiores às empresas não exportadoras na análise do

LAIR/PL. Ou seja, a média do LAIR/PL das empresas exportadoras são

estatisticamente semelhantes às das empresas não exportadoras. Mas, as

empresas exportadoras apresentaram menor variância.

Quanto à valorização dos preços das ações negociadas em Bolsa, verificou-

se que as empresas exportadoras apresentaram uma valorização média menor do

que as empresas não exportadoras, no primeiro período, compreendido entre 1995 a

1998 (época em que o câmbio era fixo). Porém no segundo período, de 1999 a

2005, houve uma valorização maior das empresas exportadoras brasileiras do que

as empresas não exportadoras. Um possível candidato para esta mudança é a

política cambial distinta nestes dois períodos. Mas, novos estudos são necessários

para chegarmos a uma conclusão.

Quanto a variância da valorização foi verificado que, exceto para o período de

1999 a 2005, as empresas não exportadoras apresentaram maior risco do que as

empresas exportadoras.

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Assim a conclusão geral é a de que, embora não possamos afirmar que as

empresas exportadoras tenham maior retorno (usando nossas duas medidas) que as

não exportadoras, podemos dizer que têm, em geral, menor risco (variância).

Uma sugestão para futuras pesquisas seria utilizar empresas exportadoras e

não exportadoras com o mesmo risco, utilizando as variáveis desta dissertação,

verificando se os resultados são iguais aos apresentados.

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36

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APÊNDICE A - EMPRESAS EXPORTADORAS

ACESITA Siderurgica e Metalurgia Aces3 BELGO MINEIRA Siderurgica e Metalurgia Belg3 COSIPA Siderurgica e Metalurgia Cspc3 GERDAU Siderurgica e Metalurgia Goau3 USIMINAS Siderurgica e Metalurgia Usim3 SID NACIONAL Siderurgica e Metalurgia Csna3 SID TUBARÃO Siderurgica e Metalurgia Cstb3 ALPARGATAS Textil Alpa3 ARACRUZ Papel e celulose Arcz3 SUZANO Papel e celulose Suzb5 V C P Papel e celulose Vcpa4 KLABIN Papel e celulose Klbn4 BRASKEN Química Brkm3 COPESUL Química Cpsl3 CEVAL Alimentos e bebidas Ceva3 SADIA CONCÓRDIA Alimentos e bebidas Sdia3 COFAP Veículos e peças Fapc4 EMBRAER Veículos e peças embr3 DURATEX Outros Dura3 SOUZA CRUZ Outros Cruz3 ERICSSON Eletroeletrônicos eric3 ELECTROLUX Eletroeletrônicos Repa4 IPIRANGA PET Petróleo e gas ptip3 PETROBRÁS Petróleo e gas petr3 PETROBRAS BR Petróleo e gas brdt3 VALE R DOCE Mineração Vale3 CAEMI Mineração Cmet4

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APÊNDICE B - EMPRESAS NÃO EXPORTADORAS

BRADESCO Finanças e Seguros bbdc3 BRASIL Finanças e Seguros bbas3 BANESPA Finanças e Seguros besp3 ITAUBANCO Finanças e Seguros itau3 UNIBANCO Finanças e Seguros ubbr3 BRAHMA Alimentos e bebidas Ambv3 BRASIL TEL Telecomunicações brtp3 CRT CELULAR Telecomunicações crtp3 EMBRATEL Telecomunicações ebtp3 INEPAR Telecomunicações inet3 TELEBRÁS Telecomunicações telb3 TELE CL SUL Telecomunicações tcsl3 TELE CTR OES Telecomunicações tcoc3 TELE LEST CL Telecomunicações tlcp3 TELEMAR Telecomunicações tnlp3 TELEMAR N L Telecomunicações tmar3 TELEMIG PART Telecomunicações tmcp3 TELE NORD CL Telecomunicações tnep3 TELERJ CEL Telecomunicações trjc6 TELESP CELULAR Telecomunicações tspc3 TELESP OPER. Telecomunicações tlpp3 BRADESPAR Outros brap3 ITAÚSA Outros itsa3 NET Outros netc3 SABESP Outros sbsp3 BRASMOTOR Eletroeletrônicos bmto3 CELESC Energia eletrica clsc3 CEMIG Energia eletrica cmig3 CESP Energia eletrica cesp3 COPEL Energia eletrica cple3 ELETROBRÁS Energia eletrica elet3 ELETROPAULO Energia eletrica elpl3 EMAE Energia eletrica Emae4 LIGHT Energia eletrica ligh3 LIGHTPAR Energia eletrica lipr3 PAUL F LUZ Energia eletrica palf3 TRACTEBEL Energia eletrica tble3 TRAN PAULIST Energia eletrica trpl3 COMGAS Petroleo e gas cgas5 PARANAPANEMA Siderurgica e Metalurgia Pmam3 SHARP Eletroeletrônicos shap4 UNIPAR Quimica unip6 WHITE MARTINS Quimica Whmt3 CONTAX Serviço de apoio ctax3 CONTAX Serviço de apoio ctax4