Upload
vokiet
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Fungos patogénicos: Um risco não avaliado em zonas balneares? Novas perspectivas da analise
da qualidade microbiologica de areias em Portugal
João Brandão*,
Helena Parada, Raquel Sabino, Cristina Veríssimo, Clélia Costa, Filipa C Ferreira, Raquel Rodrigues, Cecília Silva, Maria Ana Cunha
*Project Manager
População de risco acrescido para infecções fúngicas, comparativamente à população
geral, sem doenças concomitantes
Crianças
Idosos
Grávidas
1989 – grupo de Micologia começou a pesquisar fungos em
areias de praias em colaboração com a Direcção Geral de Saúde.
Durante10 anos, varias praias foram analisadas quanto à
flora fúngica por varias metodologias e abordagens.
Passado
• “From a recreational viewpoint, sand beaches are sought after.
Especially in higher latitudes, a significant percentage of time is spent
on the beach itself rather than in the water.”
• “A number of genera and species that may be encountered through
contact with sand are potential pathogens. Accordingly concerns has
been expressed that beach sand may act as reservoir of vectors of
infection.”
Organização Mundial de Saúde, 2003, in “Guidelines for safe recreational
water environments”, p118.
Projecto 1: Estrutura da análise a areias de praias,
incluindo paranteros e metodologias associadas:
“Qualidade microbiológica de areias de praias litorais”
Participantes:
Associação Bandeira Azul da Europa, The Instituto Nacional de
Saúde Dr. Ricardo Jorge, Direcção Geral de Saúde, Instituto do
Ambiente, Instituo da Água, Camara Municipal deCascais,
Câmara Municipal de Viana do Castelo
210 amostras de areia
105 Amostras de água
3 praias por região:
1 Praia galardoada com a Bandeira Azul
1 Praia sem interferência humana directa
1 Praia com água documentada como de
má qualidade
5 Regiões – Colheitas
Bimensais durante 13
meses
Distribuição fúngica em água do mar, areia seca e areia molhada
Comentário: Apesar da luz directa do sol na superficie da areia, of fungos são bastante
resistentes sobrevivendo bastantes semanas à desidratação, como verificado ja em dois
trabalhos publicados aqui não referenciados.
Projecto 2: ICREW – “Improving Coastal and REcreational
Waters for all”
Financiamento Europeu (8M€), 5 Estados-membro, 19
instituições*,
7 acções piloto**
Reino Unido
Environment Agency (EA) www.environment-agency.gov.uk
Mersey Basin Campaign (MBC) www.merseybasin.org.uk
Blackpool Borough Council (BBC) www.blackpool.gov.uk
Preston City Council (PCC) www.preston.gov.uk
ICREW watersports website www.merseybasin.org.uk/watersports
Northwest Development Agency www.nwda.co.uk
Portugal
Instituto do Ambiente (IA) www.iambiente.pt
DRAOT de Alentejo (DRAOT) www.drarn-a.pt
Instituto Nacional de Saude Dr. Ricardo Jorge
Instituto Superior Tecnico www.ist.utl.pt
Direccao Geral da Saude www.dgsaude.pt
Instituto da Agua (INAG) www.inag.pt
Sub-Regiao de Saude de Portalegre
França
Conseil Regional de Bretagne www.region-bretagne.fr
Centre d’Etude et de Valorisation des Algues (CEVA) www.ceva.fr
IFREMER www.ifremer.fr
Direction regionale des sanitaires et socials de Bretagne (DRASS) www.sante.gouv.fr
SAUR France Region Ouest www.saur.fr
Espanha
Instituto Tecnologico de Canarias (ITC) www.itccanarias.org
Centro de Investigacion Fomento y Aplicacion de las Nuevas Tecnologias del Agua
Ireland
University College Dublin www.ucd.ie
*Instituições
•PA 1 - Sampling and data review
•PA 2 - Resolving diffuse pollution
•PA 3 - Developing pollution source tracking
•PA 4 - Forecasting bathing water quality
•PA 5 - Re-identification of recreational waters
•PA 6 - Sustainable sewage solutions
•PA 7 - Understanding and managing algae
**Acções Piloto:
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
Ab
un
dân
cia
rela
tiva (
%)
Levedura
n id.
Candid
a s
p.
Rhodoto
rula
sp.
Cry
pto
coccus s
p.
Asperg
illus f
um
igatu
sA
sperg
illus n
iger
Asperg
illus s
p.
Chry
sosporium
sp.
Fusarium
sp.
Scedosporium
sp.
Scopula
riopsis
sp.
Scyta
lidiu
m s
p.
Trichophyto
n s
p.
Epid
erm
ophyto
n s
p.
Mic
rosporu
m s
p.
Absid
ia s
p.
Acre
moniu
m s
p.
Altern
aria s
p.
Art
hriniu
m s
p.
Aure
obasid
ium
sp.
Beauveria s
p.
Bip
ola
ris s
p.
Botr
ytis s
p.
Chaeto
miu
m s
p.
Cla
dosporium
sp.
Curv
ula
ria s
p.
Cylin
dro
carp
on s
p.
Dre
schle
ra s
p.
Epic
occum
sp.
Euro
tium
sp.
Geotr
ichum
sp.
Gra
phiu
m s
p.
Clo
nosta
chys s
p.
Monili
a s
p.
Mucor
sp.
Myriodontium
sp.
Neosart
ory
a s
p.
Nig
rospora
sp.
Ochro
conis
sp.
Paecilo
myces s
p.
Penic
illum
sp.
Phom
a s
p.
Rhiz
om
ucor
sp.
Rhiz
opus s
p.
Sporo
tric
hum
sp.
Syncephala
str
um
sp.
Trichoderm
a s
p.
Ulo
cla
diu
m s
p.
Vert
icill
ium
sp.
Walle
mia
sp.
Mic
élio
esté
ril
Sta
chybotr
ys s
p.
Phia
lophora
sp.
Trichosporo
n s
p.
Glio
cla
diu
m s
p.
espécies
Abundância relativa das diferentes espécies na Areia Seca
Abundância relativa de fungos na areia seca de praias
litorais e interiores por género e/ou espécie
Parâmetros Micológicos 1/2
• Leveduras:
• Fungos Filamentosos potencialmente patogénicos
e alergogénicos
• Dermatófitos:
Indicadores de contaminação fecal e matéria
orgânica
Indicadores de presença
animal, incluindo humanos
• Leveduras (géneros Candida, Cryptococcus e Rhodotorula),
• Fungos Filamentosos potencialmente patogénicos e alergogénicos
(géneros Aspergillus, Fusarium, Scopulariopsis, Scedosporium,
Chrysosporium, Scytalidium, Histoplasma, Coccidioides, Exophiala,
Fonsecaea, Phialophora, e outros de relevância clínica com contagens
significativas (> 500 cfu/g)).
• Dermatófitos (géneros Microsporum, Epidermophyton eTrichophyton)
Parâmetros Micológicos 2/2
Factores que influenciam positivamente a qualidade das areias das praias
•Remoção de lixo – remoção frequente de lixo das areias e zonas
circundantes;
•Recipientes para o lixo – Tantos contentores quanto necessário e
apropriado ao longo da praia para facilitar a sua utilização;
•Descontaminação das areias – Baseado na experiencia de um
municipio q o faz regularmente à base de iodo (não expressa a opinião dos autores
desta comunicação);
•Zonas contíguas – Identificação e descontaminação de zonas
contiguas a praias com altos níveis de contaminação microbiológica
Factores que influenciam negativamente a qualidade das areias das praias
•Sobreutilização por parte de utilizadores
•Acesso a animais de estimação
•Acumulação de lixo
•Abandono de restos de pesca nos areais
•Presença ou visita noturna de roedores e outros animais não
domesticados
“Programa de monitorização da qualidade das areias”
Promoção: Associação Bandeira Azul da Europa
Laboratorios: INSA & APA
Duração: 2006-2010
Nº de praias monitorizadas: de 61 em 2006 até 81 em 2010
Nº de amostras de areia analizadas: 1206
Nº de praias monitorizadas durante 5 anos consecutivos: 33 (correspondendo a 495 de 1206 amostras)
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
Amostra 1Amostra 2
Amostra 3
17%
13%
27%
Algarve 2006 - 30 Beaches
Gestores de praias foram instruidos como controlar niveis microbiologicos
Resultado: Redução drástica dos niveis de contaminanets da primeira para as amostragens
seguintes após o primeiro de curso do projecto. Vide 2006 e 2010
Algarve 2006 x 2010
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
Amostra 1 Amostra 2
Amostra 3
29%
18%
15%
Algarve 2010 - 34 Beaches
Amostras que excederam pelo menos um dos valores de referência
•60.4% das amostras revelaram-se positivas para as espécies
fúngicas de referência
•25.2% positivas para os três parâmetros bacterianos
•33.3% negativas para todos os parâmetros
•20.2% positivas para ambos os conjuntos paramétricos (fungos e
bactérias)
• Leveduras e dermatófitos tendem a aumentar presença ao longo do
verão
•Encontraram-se relações interessantes (ex. Scopulariopsis spp e
Dermatofitos leveduras e coliformes)
Alguns resultados
Parâmetros Bacteriológicos:
1. E. coli 25 ufc/g
2. Enterococos 10 ufc/g
Parâmetros Micológicos:
1. Leveduras 15 ufc/g
2. Fungos Filamentosos potencialmente patogénicos
e alergogénicos 17 ufc/g
3. Dermatófitos 8 ufc/g
Revisão dos limites propostos com base em percentis 95
Actualmente 1/2
•Prestamos o serviço à comunidade
•Testam-se métodos moleculares de detecção de dermatófitos
para responder mais rapidamente às análises (leva actualmente
3 semanas no mínimo)*
•Extensão deste tipo de análise a espécies muito específicas de
fungos, bactérias, virus (só em areias molhadas/água) e
parasitas, principalmente em areias importadas de outras
regiões geográficas para reposição de costa)
•Networking com outros grupos de investigação no tema
Actualmente 2/2
•Programa de monitorização 2006-2010 – terminou com participação de
cerca de ¼ das zonas balneares designadas em Portugal
•FEE Não avançou com integração do critério-guia para atribuição do
galardão Bandeira Azul
•Setembro 2011 – Workshop à porta fechada em Michigan City para
debater contaminações areia-agua e agua-areia – publicação em fase de
conclusão)
•2011-2012: INSA avança com análise molecular e detecção de vírus e
parasitas
•2012 Workshop para debater parâmetros e indicadores (publicação em
preparação)
•2013 lançamento de rede laboratorial com reunião annual e ensaios
laboratoriais
Análise molecular?
•dHPLC de DNA fúngico total extraído directamente da areia?
•Detecção de DNA de dermatófitos por PCR/qPCR em vez da
contagem e identificação de colónias viáveis?
•Identificação de leveduras por AFCE (Automated Fluorescence
Capilary Electrophoresis)?
Detecção molecular de dermatófitos
•Recuperação de celulas pouco eficiente – 99% do que está na
areia, continua na areia
•Extracção directa de DNA de areia possível e funcional
•PCR de DNA de dermatófitos não dá sinal em amostras reais
por falta de DNA (baixa sensibilidade – solução: qPCR (vale o
custo?)
AFCE por espécie
Fungal Presence in Archival Settings: Assessment Using Classic Culturing and Molecular
Biology Methods.Presentation at the ICOM-CC 16thTriennial Conference-Cultural Heritage /
Cultural Identity: the Role of Conservation.Lisbon, Septemeber, 2011 e submetido para
publicação
Análise Molecular - conclusão
Detecção de dermatófitos por PCR em tempo real: única
vantagem e em caso de urgência de resposta – análise
qualitativa – não quantitativa