Upload
jessica-lira
View
212
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
m
Citation preview
Instituto de Matemtica - IM/UFRJClculo Diferencial e Integral IV - MAC248
Gabarito primeira prova - Escola Politcnica / Escola de Qumica - 01/04/2014
Questo 1: (3 pontos)
(a) [1 ponto] Dizer se a srie+n=1
1n(n+1) converge ou diverge. No caso da srie convergir, calcular o
valor da soma.
(b) [1 ponto] Dizer se a srie+n=0
(3)n+1pin
converge ou diverge. No caso da srie convergir, calcular ovalor da soma.
(c) [1 ponto] Considere a sequncia {an}nN satisfazendo limn+ |an| = pi. Determinar o raio deconvergncia da srie de potncias
+n=0
anxn
n! .
Soluo:
(a) Observamos que 1n(n+1) 1n2 , n 1. Alm disso
+n=1
1n2 converge j que uma psrie
de Riemann com p = 2 > 1. Portanto, deduzimos do teste de comparao que+n=1
1n(n+1)
converge.Para calcular a soma, observamos que 1
n(n+1) =1n 1
n+1 . Logo,
SN =Nn=1
1n(n+ 1) =
Nn=1
1n
N+1n=2
1n= 1 1
N + 1 N+ 1 =+n=1
1n(n+ 1) .
(b) Observamos que+n=0
(3)n+1pin
= 3 +n=0
(3pi
)n, o que corresponde a uma srie geomtrica de
razo 3pi. Como
3pi
< 1, essa srie converge e a sua soma dada por+n=0
(3)n+1pin
= 3 11 + 3pi
= 3pi3 + pi .
(c) Usaremos o teste da razo. Se bn(x) = anxn
n! , temos, para todo x R,
limn+
|bn+1(x)||bn(x)| = limn+
|an+1||an|
|x|n+ 1 =
pi
pi|x| lim
n+1
n+ 1 = 0 .
Portanto a srie converge absolutamente para todo x R; logo seu raio de convergncia R = +.
Questo 2: (2.5 pontos)
(a) [2 pontos] Usar o mtodo de solues por sries de potncias para resolver o seguinte problemade valor inicial: y(x) + 2x y(x) + 2y = 0,y(0) = 1, y(0) = 0.Determinar o domnio de definio da soluo y(x).
(b) [0.5 ponto] Calcular limx+ y(x).
Pgina 1 de 5
Clculo Diferencial e Integral IV - MAC248Gabarito primeira prova - Escola Politcnica / Escola de Qumica - 01/04/2014(continuao)
Soluo:
(a) Primeiramente observamos que x = 0 um ponto ordinrio para a equao diferencialy + 2x y + 2y = 0. De fato, p = 2x e q = 2 so polinmios e portanto, so funesanalticas em x = 0, ambas com raio de convergncia infinito. Assim, procuraremos asoluo do problema usando a representao de y como uma srie de potncias em tornodo ponto x = 0, a qual tambm estar definida para todo x R.Lembramos que valem as igualdades:
y(x) =+n=0
anxn, y(x) =
+n=1
nanxn1 e y(x) =
+n=0
(n+ 2)(n+ 1)an+2xn . (1)
Usando as condies iniciais do problema e as relaes acima, obtemosy(0) = a0 = 1 e y(0) = a1 = 0. (2)
Substituindo as 3 relaes em (1) na equao diferencial obtida a seguinte igualdade:+n=0
(n+ 2)(n+ 1)an+2xn + 2+n=1
nanxn + 2
+n=0
anxn = 0. (3)
Agrupando convenientemente os termos da srie (3) tem-se
2a2 + 2a0 ++n=1
[(n+ 2)(n+ 1)an+2 + 2(n+ 1)an
]xn = 0,
de onde decorre a seguinte relao de recorrncia:a2 + a0 = 0 a2 = a0, (4)(n+ 2)(n+ 1)an+2 + 2(n+ 1)an = 0 an+2 = 2an
n+ 2 , n 1. (5)Agora procedemos com o clculo dos termos de ordem par. Notamos o seguinte padroprocedente da recorrncia (4) - (5):
a2 = a0 = 1, a4 = 2a24 =12 , a6 =
2a46 =
12 3 , . . . , a2 = (1)
1 ! , N.
Por outro lado, como a1 = 0, todo os termos de ordem mpar sempre se anulam de acordocom a recorrncia (4) - (5), ou seja, a2+1 = 0 para todo N.Pondo as relaes encontradas para a2 e a2+1 na primeira expresso de (1) obtemos quea soluo do problema dada pela srie de potncias
y(x) =+=0
(1) ! x
2, x R. (6)
(b) Lembramos que o desenvolvimento em srie de potncias da funo f(x) = ex dado por
ex =+=0
x
! , x R.
Assim,
ex2 =
+=0
(x2) ! =
+=0
(1)x2 ! , x R,
que coincide com o desenvolvimento da soluo encontrada em (6). Portanto,
limx+ y(x) = limx+ e
x2 = 0.
Pgina 2 de 5
Clculo Diferencial e Integral IV - MAC248Gabarito primeira prova - Escola Politcnica / Escola de Qumica - 01/04/2014(continuao)
Questo 3: (2 pontos)
(a) [1 ponto] Calcular a transformada de Laplace da funo f definida por
f(t) ={
0 se 0 t < pi2 ,et sen t se t pi2 .
(b) [1 ponto] Seja g uma funo definida sobre [0,+) cuja derivada seccionalmente contnua ede ordem exponencial. Se alm disso g(0) = 1 e L[g(t)](s) = arctan(s), calcular L
[e2tg(t)
](s).
Soluo:
(a) Escrevemos f na forma f(t) = upi2(t) etpi2+pi2 sen (t pi2 + pi2 ) = e
pi2 upi
2(t) etpi2 cos(t pi2 ).
Usando as frmulas (7), (8) e (5) da tabela anexada, obtemos que
L[f ](s) = epi2 epi2 sL[et cos(t)
](s) = epi2 (1s)L [cos(t)] (s 1) = e
pi2 (1s)(s 1)1 + (s 1)2 , s > 1 .
(b) Usando a frmula (9) da tabela anexada, calculamos L[g](s) = s arctan(s) 1. Logo, pelafrmula tem-se (8):
L[e2tg(t)
](s) = L[g](s 2) = (s 2) arctan(s 2) 1, s > 1 .
Questo 4: (2.5 pontos)Resolver o problema de valores iniciais:y(t) + 4y(t) = g(t) ,y(0) = y(0) = 0 ,onde
g(t) =
0 se 0 t < 3 ,2 se 3 t < 5 ,0 se t > 5 .
Soluo:Escrevemos g na forma g(t) = 2u3(t) 2u5(t). Assim, segue das frmulas (1) e (7) da tabela
L[g](s) =(e3s e5s
)2s.
Portanto, deduzimos aplicando a transformada de Laplace equao e usando a frmula (9) e ascondies iniciais
L[y + 4y](s) = s2L[y](s) sy(0) y(0) + 4L[y](s) = (s2 + 4)L[y](s) =(e3s e5s
)2s.
Da, obtemos
L[y](s) =(e3s e5s
) 2s(s2 + 4) =
(e3s e5s
)H(s), onde H(s) = 2
s(s2 + 4) . (7)
Pgina 3 de 5
Clculo Diferencial e Integral IV - MAC248Gabarito primeira prova - Escola Politcnica / Escola de Qumica - 01/04/2014(continuao)
Para achar a transformada inversa de H, h(t) = L1[H(s)
](t), expandimos H em fraes parciais
H(s) = 2s(s2 + 4) =
a
s+ bs+ cs2 + 4 =
s2(a+ b) + cs+ 4as(s2 + 4) .
Identificando os coeficientes, obtemos o sistema:a+ b = 0;c = 0;4a = 2.
a = 12 ;b = 12 ;c = 0.
As frmulas (1) e (5) da tabela implicam ento que
H(s) = 12L[1](s)12L[cos(2t)](s) = L[h](s) onde h(t) =
12
cos(2t)2 . (8)
Finalmente, conclumos de (7), (8) e da frmula (7) da tabela
y(t) = u3(t)h(t3)u5(t)h(t5) = 12(u3(t)u5(t)
)12
(u3(t) cos
(2(t3)
)u5(t) cos
(2(t5)
)).
Justifique todas as suas respostas! Apresente seus clculos.
Durao da prova: duas horas
TABELA DE TRANSFORMADAS DE LAPLACE NO VERSO
Pgina 4 de 5
Clculo Diferencial e Integral IV - MAC248Gabarito primeira prova - Escola Politcnica / Escola de Qumica - 01/04/2014(continuao)
Tabela Bsica de Transformadas de Laplace
(1) L [1] (s) = 1s.
(2) L[eat](s) = 1
s a .
(3) L [tn] (s) = n!sn+1
.
(4) L [sen at] (s) = as2 + a2 .
(5) L [cos at)] (s) = ss2 + a2 .
(6) L [(t c)] (s) = ecs .
(7) L [uc(t) f(t c)] (s) = ecsL[f(t)](s) .
(8) L[ect f(t)
](s) = L[f ](s c) .
(9) L[f (n)(t)
](s) = sn L[f(t)](s) sn1f(0) f (n1)(0) .
Pgina 5 de 5 Boa prova!