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Crateús-Ce. Sábado, 31 de janeiro de 2009 - Ano XII - N o 272 - R$ 2,00 www.gazetacrateus.com.br • e-mail: [email protected] O governador do Estado, Cid Ferreira Gomes, esteve em Crateús, no último dia 24, para o lançamento do Plano Safra 2009 da Agricultura Familiar, nas regiões de Crateús e dos Inhamuns, evento que foi realizado nas dependências do Clube Caça e Pesca na tarde daquele dia. Pág 04. CID GOMES LANÇA PLANO SAFRA 2009 15 MIL APLAUDEM JOTA QUEST MALANDRAGEM QUER MUDAR CURSO DA HISTÓRIA 40º BI TEM NOVO COMANDANTE PREFEITO QUER VENCER DIFICULDADES PELO TRABALHO CRATEÚS CULTURA QUILOMBOLAS Feliz Natal! Governador entrega Título de Regularização Fundiária à agricultora Maria de Jesus sob o gesto de satisfação de Carlos Felipe Multidão aplaude freneticamente a banda mais popular de pop rock - Jota Quest Espetáculo nunca antes visto em Crateús, o mega-show do grupo de Pop Rock Jota Quest atraiu cerca de 15 mil pessoas à Praça Antônio Acelino em Crateús, domingo, 25 de janeiro. Pág 04. História aponta: não houve escravidão no município de Crateús; nem queimadas foi quilombo e, não existiram quilombos no Ceará. Pág 05. Desde o último dia 13 de janeiro, o 40º Batalhão de Infantaria de Crateús está sob o comando do ten.cel. Erasmo de Albuquerque Souza Filho (foto). Pág 07. O Prefeito Marcos Alberto Martins Torres (foto), de Nova Russas, iniciou a gestão municipal enfrentando uma série de desafios, em que se inclui vícios administrativos e o desgaste de um grupo político que se revezava no poder há 20 anos. “Vamos vencer todas as dificuldades com o nosso trabalho”, afirma Marcos. Pág 08. Foto: Júnior Sá Júnior Bonfim: Observatório, Pag. 03 Ítalo Gurgel: O bom Obama, Pag. 10 Adísia Sá: Lei para os outros, Pag. 10 Hélio Passos: Quem tem medo de jornalista, Pag. 10 Valdemar Menezes: Ponto de Vista, Pag. 02 Leia Nesta Edição

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Edição Nº 272 - Sábado, 31 de janeiro de 2009

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Crateús-Ce. Sábado, 31 de janeiro de 2009 - Ano XII - No 272 - R$ 2,00www.gazetacrateus.com.br • e-mail: [email protected]

O governador do Estado, Cid Ferreira Gomes, esteve em Crateús, no último dia 24, para o lançamento do Plano Safra 2009 da Agricultura Familiar, nas regiões de Crateús e dos Inhamuns, evento que foi realizado nas dependências do Clube Caça e Pesca na tarde daquele dia. Pág 04.

CID GOMES LANÇA PLANO SAFRA 2009

15 MIL APLAUDEM JOTA QUEST

MALANDRAGEM QUER MUDAR CURSO DA HISTÓRIA

40º BI TEM NOVO COMANDANTE

PREFEITO QUER VENCER DIFICULDADES PELO TRABALHO

CRATEÚSCULTURA

QUILOMBOLAS

Feliz Natal!

Governador entrega Título de Regularização Fundiária à agricultora Maria de Jesus sob o gesto de satisfação de Carlos FelipeMultidão aplaude freneticamente a banda mais popular de pop rock - Jota Quest

Espetáculo nunca antes visto em Crateús, o mega-show do grupo de Pop Rock Jota Quest atraiu cerca de 15 mil pessoas à Praça Antônio Acelino em Crateús, domingo, 25 de janeiro. Pág 04.

História aponta: não houve escravidão no município de Crateús; nem queimadas foi quilombo e, não existiram quilombos no Ceará. Pág 05.

Desde o último dia 13 de janeiro, o 40º Batalhão de Infantaria de Crateús está sob o comando do ten.cel. Erasmo de Albuquerque Souza Filho (foto). Pág 07.

O Prefeito Marcos Alberto Martins Torres (foto), de Nova Russas, iniciou a gestão municipal enfrentando uma série de desafios, em que se inclui vícios administrativos e o desgaste de um grupo político que se revezava no poder há 20 anos. “Vamos vencer todas as dificuldades com o nosso trabalho”, afirma Marcos. Pág 08.

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Júnior Bonfim: Observatório, Pag. 03

Ítalo Gurgel: O bom Obama, Pag. 10

Adísia Sá: Lei para os outros, Pag. 10

Hélio Passos: Quem tem medode jornalista, Pag. 10

Valdemar Menezes: Ponto de Vista, Pag. 02

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2 Sábado, 31 de janeiro de 2009

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

GeralEditorialMesmo sem as reformas, o Brasil é próspero

Prefeita de General Sampaio assumirá Aprece

Embora o Congresso Na-cional não tenha conseguido aprovar as reformas impor-tantes, como a tributária, trabalhista, política, judiciária, sindical e a do Estado, para tornarem a administração pú-blica mais ágil e eficiente, há otimismo em relação ao fu-turo do país, considerando-se que a economia nacional está no caminho certo. Todas es-sas reformas são fundamen-tais. Deveriam ser iniciadas pela reforma política para, depois, serem aprovadas as demais. Não mais é possível um sistema político eleitoral no Brasil que permite ou induz à corrupção, ao abuso do poder econômico e ao jogo das personalidades na política. É necessário um sistema político que com-bata a corrupção, diminua a influência do poder econô-mico e fortaleça os partidos políticos.

É preciso desenhar uma tributação racional dos im-postos, acabando com as superposições exacerbadas. Vale ressaltar que a carga tributária imposta ao Brasil é

uma das maiores do mundo e chega a representar 33% do Produto Interno Bruto (PIB). Isto não é certo. Há de se pensar uma reforma trabalhista que melhor disci-pline o relacionamento cole-tivo entre os trabalhadores, através de seus sindicatos, e os empregadores, através das suas entidades.

Apesar da crise econômica internacional, o Brasil está preparado para suportar parte de seus efeitos. O dever de casa foi feito. Acumulou-se reservas da ordem de 200 bilhões de dólares, forte base para suportar as turbulências que certamente haverão de vir.

O Brasil é um país rico em cultura e história. Uma nação que atravessou longa fase de baixo crescimento, hipe-rinflação, aguda crise fiscal e desequilíbrio externo, mal dá para crer na sua inclusão na lista seleta dos 20 maiores países do mundo, os G-20. Com uma invejável dotação de recursos naturais (água, minérios, terras agricultáveis, capacidade empreendedora e

tecnológica), o país tem tudo para se colocar entre as po-tências ambientais e agroin-dustriais mais importantes do século XXI. Num mundo com problemas em sua base energética, o Brasil surge como dos maiores produto-res de petróleo, atentando-se ainda para a descoberta deste na camada do pré-sal, e com invejável potencial para gerar energia com base na biomassa.

Nos anos recentes, o Brasil parece ter redescoberto o grande potencial que repre-senta seu amplo mercado interno, e a novidade desco-bre o poder impulsionador que sua base produtora pode receber do consumo insatis-feito da base de sua pirâmide social.

Mas, muito ainda tem a ser feito. E há pressa em se fazer; sobretudo na educação, saúde, infra-estrutura, tec-nologia e fortalecimento das instituições. O país do futuro está avançando. Este torrão é próspero.

Prefeita reeleita de General Sampaio (a 126 km de Fortale-za), Eliene Brasileiro (PRB) será aclamada a nova presidente da Associação dos Municípios e Prefeitos do Estado do Ceará (Aprece). Sem concorrentes para a eleição de hoje à tarde, Eliene está a um passo de ser a primeira mulher a comandar a associação, que já tem 40 anos.

O consenso em torno do nome da prefeita de General Sampaio foi possível ainda no ano passado. Decidida que já havia passado da hora de uma

mulher chegar à presidência da Aprece, Eliene confeccionou e distribuiu panfletos para todos os prefeitos eleitos do Estado. No material de campanha, além de traçar um perfil sobre sua car-reira política, ela destacou suas conquistas frente aos movimen-tos municipalistas, sendo, por exemplo, duas vezes presidente da Associação dos Municípios do Vale do Curu e Serra da Uruburetama (Amuv).

Nas prévias das eleições, no dia 16 de janeiro, Eliene conse-guiu recolher 110 assinaturas de

prefeitos, superando os outros cinco candidatos que dispu-tavam a presidência e depois desistiram da disputa. “Vários prefeitos viraram verdadeiros cabos eleitorais”, conta Eliene.

Além da presidente, serão ain-da escolhidos outros 33 cargos da diretoria da Aprece, que terão dois anos mandato e não rece-berão nenhum tipo de remune-ração. Segundo Eliene, quase todos os partidos e regiões do Estado foram contemplados. (Italo Coriolano)

Pode-se dizer sem medo de errar que esta semana foi extremamente pedagógica, do ponto de vista político. Vimos um presidente dos EUA reconhecer, publica-mente, o quanto seu país havia pervertido os ideais que alimentaram sua fun-dação, manchando o Estado Democrático de Direito. Mais: no dia seguinte, proi-biu explicitamente a tortura de prisioneiros e mandou

fechar um antro de tortura na base de Guantánamo e em outras prisões secretas espalhadas pela CIA, mundo afora. Reconheceu, assim, que um Estado Democrá-tico de Direito pode ser apoderado por agente capaz de praticar os piores crimes, sob o manto da legalidade. E que isso pode ocorrer com a complacência de setores do Judiciário. Foi o que aconteceu com os EUA.

Mas, não exclusivamente: as chamadas “democracias avançadas” cooperaram se-cretamente com a perversão. Um escândalo.

Na verdade, só quem pode espantar-se com isso são as novas gerações, não as que testemunharam, até a déca-da de 60, negros serem se-gregados dentro da “maior democracia do mundo”: não podiam freqüentar as mes-mas escolas, restaurantes, cinemas, igrejas e qualquer outro estabelecimento dos brancos. Nos ônibus, fica-vam confinados aos fundos e tinham de ceder lugar

aos brancos. Essa era a “democracia que perdurou até meados da Guerra Fria. Não é por outra que os jo-vens conscientes da época se indignavam quando os EUA se apresentavam como campeões das liberdades e dos direitos humanos. As ditaduras mais sanguinárias – Trujillo, Duvalier, Somo-za, Batista, Stroessner – só subsistiram por conta do apoio do Pentágono. Na dé-

cada de 60 e 70, os próprios serviços secretos ianques participaram da derrubada de governos constitucionais, legítimos, para substituí-los por ditaduras militares. Primeiro, o Brasil, em 1964 (como comprovam docu-mentos tornados públicos recentemente pelo governo americano). Depois, Chile, Argentina, Uruguai e por aí afora.

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PONTO DE VISTA - Valdemar Menezes

DA HIPOCRISIA DESNUDADA

BOCA TORTA

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Ortodontia, Ortopedia Facial e Implantodontia

3Sábado, 31 de janeiro de 2009

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Opinião

No dia 30 de novembro de 1895, ao proferir mais uma de suas primorosas peças de oratória, em solenidade realizada no maior órgão de imprensa à época – o Jornal do Comércio - Ruy Barbosa assim inicia: “SENHORES: Em um desses processos famosos, cujos autores a história arqui-va, o interrogatório começou por este diálogo entre o réu e o presidente do tribunal: ‘- Acusado, vosso nome? - Francisco Renato, Visconde de Chateaubriand. – Vossa profissão? – Jornalista. ’ É deste modo que se qualifica-va, em 1833, à barra do júri, o grande poeta, o grande artista, o grande regenerador literário, o maior dos mo-dernos escritores franceses, o homem que escrevera O Gênio do Cristianismo, traduzira Milton e arrostara Bonaparte. Tão múltipla era a sua atividade, em tantas esferas da inteligência era pri-maz o escritor, o historiador, o diplomata, o administrador, o antigo par de França, tantos títulos tinha, e de todos se esqueceu, para se condecorar, perante os seus juízes, com o de simples jornalista”.

Fazia Ruy esse intróito para externar o frescor de encanto que o sacudia por se encon-trar na condição de confrade no círculo ilustre dos homens de imprensa de sua geração, mercê da distinção que lhe era conferida. Três foram os púlpitos em que o genial baiano forjou sua trajetória: nas páginas da Imprensa, nas barras dos Tribunais e na Tribuna do Congresso. A Liberdade, o Direito e a Justiça foram a trinca de unidade que abrasou sua vida laboriosa. De todas, porém, o jornalismo era a estrela mais radiosa: “E jornalista é que eu nasci, jornalista é que eu sou, de jornalista não me hão de demitir enquanto houver imprensa, a imprensa for livre, e este resto de liberdade nos indicar que a pátria respira”.

Dedilho estas sílabas sob a envolvente brisa da Serra das Matas, onde estou por dever de ofício. Aqui, no antigo Arraial da Telha, hoje Monse-nhor Tabosa, nasceu em 07 de outubro de 1939, filho de Antônio do Vale Filho e Ignez

Aguiar Vale, um jornalista de nome nobre e filiado à plêia-de de Chateaubriand e Ruy: Sebastião César Aguiar Vale!

Em verdade, pouco tempo depois do seu nascimento, a família foi residir em Crateús, cidade que o acolheu como filho e à qual está sentimen-tal e literalmente filiado. Na terra do Senhor do Bonfim, desfrutou os anos doirados da infância, brincando de jogar pião e castanha, pega-pega, “mãos ao alto”, pitéu recheado de cera de abelha e enfeitado com tampinhas de refrigerantes e muitas outras travessuras. Teceu o linho de inúmeras amizades nessas manhãs memoráveis e armazenou, na caixa de memória da alma, fatos que hoje recompõe nas páginas da Gazeta do Centro Oeste, noticioso que compila sob a linotipia do coração e que transformou no mais longevo periódico das tórridas plagas do Poty.

Discípulo de D. José Tupinam-bá da Frota no Seminário de Sobral, meditou por boa es-tação pelos pórticos eclesiais, onde apreendeu a sabedoria monasterial e se enamorou do Latim, cujas locuções essen-ciais acalenta com habilidade oracular. Serviu como acólito na Igreja Matriz de Crateús quando era vigário o Padre Bonfim. Com o desassombro de um bandeirante da fé, peregrinou muitas vezes na garupa da moto do meu pa-rente sacerdote em incursões missionárias, visitas pastorais e, em especial, para levar aos enfermos o sacramento da extrema unção, costume da época. Por falar em moto, no vigor dos seus dezessete anos um trágico episódio testaria sua força e resistência. Atro-pelado por uma motocicleta na Praça do Mercado, próxi-mo à atual Rádio Educadora, amargou pesado choque em uma das pernas, que foi fraturada em três partes. Encaminhado para Fortale-za, em 1957, ficou meses internado na antiga Policlínica sem conseguir a reabilitação. Para agravar a situação, os seus rins foram seriamente afetados por enormes cálcu-los renais. Teve que buscar auxílio médico no Hospital

das Clínicas, na cidade de São Paulo, onde permaneceu por um ano. Nesse hospital, enfrentou duas cirurgias: uma nos rins - que lhe deixou uma marca permanente - e outra na perna fraturada, inclusive com enxerto no calcanhar. Como um indomável guer-reiro, de tudo se reergueu altivo para sorver o cálice da superação.

Em Fortaleza, onde se esta-beleceu depois dessa batalha, laborou por muitos anos em atividades comerciais e se bacharelou em Jornalismo pela Universidade Federal do Ceará. Seu pendor jornalístico reluziu nas páginas do reno-mado Jornal O Povo.

Desde que retornou a Crate-ús, com um cetro de bravura, resistência e heroísmo man-tém de pé o Jornal GAZETA DO CENTRO OESTE, circu-lando quinzenalmente pelos mais longínquos rincões da nossa pátria verde-amarela, azul e branca. Já enfrentou pesadas tempestades. Sua pena, não raro, vira uma pei-xeira afiada para lavar a honra da cidadania aviltada ou uma simples palha de carnaúba, que desdenha com incompa-rável ironia a arrogância fútil dos espíritos medíocres.

Degustador de vinhos e livros, aprecia a boa prosa e o convívio fraterno, sobretudo com a família. Do primeiro enlace matrimonial com Leda Montenegro Vale (in memo-riam), é pai de Maria Tereza, Claudio César e Danielle. Com Leudinha, atual esposa, rejuvenesceu o coração ao ver nascer Tereza Danielle, que enche de enlevo o cotidiano do casal.

Ave, César, militante da audá-cia, imperador da fortuna que a traça não corrói, atleta que conduz a pira olímpica do jornalismo combatente, oleiro que manuseia a argila precio-sa do pensamento libertário, talentoso escriba das sílabas independentes! Ave, César, conserva teu reino: uma invisí-vel gleba de terra, escriturada em papel real e virtual, que acolhe o brado do mundo e faz germinar gitiranas de luz!

[CrônicadaCidade]

Recebi, outro dia, um te-lefonema de um amigo de Crateús, que foi logo dispa-rando: - “Eita, Júnior, como o Prefeito está desgastado! Mal começou a administração e já tem um montão de gente frustrada. O homem dizia uma coisa e está fazendo ou-tra”. Referia-se o amigo sobre o início de gestão do atual Prefeito Carlos Felipe. Con-venhamos: essa película já foi exibida várias vezes. Qual a razão dessa permanente alter-nância de amor e ódio, paixão e desilusão, astres e desastres, empolgação e frustração que há dominado a atmosfera política local?!

MEA CULPAAntes de qualquer coisa,

quero realizar o meu ato pe-nitencial: já fui ator resoluto no jogral da política local. Já participei, até como roteiris-ta, de muitos e equivocados enredos. Se atuei, como tro-vador, dessa lira desafinada, acho que posso falar com um mínimo de propriedade sobre o tema.

DISTINÇÃO NECES-SÁRIA

Penso que, enquanto tiver-mos dificuldade de distinguir, na fruta da vida, o miolo da casca, ou seja, a aparência da essência, vamos continuar amargando essas desventu-ras. Certa feita, em entrevista de rádio, mencionei que em Crateús estava na hora de fir-marmos um pacto relacional e suplantarmos esse maniqueís-mo e essa hipocrisia entre os grupos políticos locais de um se julgar melhor ou superior ao outro, até porque todos já estiveram juntos em mesmo palanque. Ou melhor: todo mundo já esteve no tablado de todo mundo.

1988Se lançarmos o olhar, por

exemplo, sobre as duas úl-timas décadas, vamos ter a confirmação dessa assertiva. Em 1988, dois nomes magne-tizavam a disputa: Zé Almir e Rezende Filho. Zé Almir era,

à época, o ‘novo’ e fez uma campanha virulenta contra o ‘filhote de coronel’ Rezende Filho. O que ninguém ressal-tava era que, ambos, haviam militado juntos na Arena Preta, comandada pelo tio do primeiro e pelo pai do segundo.

1992Em 1992, Nenzé polarizou

a refrega com Marcelo Ma-chado. Ambos, também, eram correligionários no PMDB até poucos anos antes.

1996Caso similar ocorreu em

1996: Paulo Nazareno, apoia-do pelas grandes lideranças locais, guerreou com Zé Ma-ria Pedreiro, seu antigo colega de militância partidária.

2000Em 2000, Zé Almir e Nen-

zé, que haviam pedido votos para Paulo Nazareno quatro anos antes, disputaram com este o comando do Paço Municipal.

2004Em 2004, foi a vez de Paulo

Nazareno suplicar o sufrágio popular para Carlos Felipe, que acabou sofrendo um revés para Zé Almir.

2008Em 2008, Carlos Felipe se

elege contra o deputado Ne-nen Coelho, por quem havia peregrinado pedindo votos dois anos antes.

O DEPOISÉ sempre assim: uma hora,

amigos, hinos de aclamação; outra hora, inimigos, gritos de rejeição. Nessa última eleição, o doutor Carlos Fe-lipe se vendeu como o puro, o incorruptível, o imaculado, o inatingível, o transforma-dor, o “novo”. Em forma de avalanche, a grande maioria do povo, muito mais can-sada das velhas lideranças do que sedenta de práticas efetivamente saudáveis e revolucionárias de condução da máquina pública, apostou

nele. E o que vemos? Mais uma vez, o vírus da frustração se alastrando...

O MIOLOPor quê? Porque olhamos

apenas para a casca da fruta e não para o miolo. Olhamos para a aparência e não para a essência. Urge entendermos que a raiz da questão não está fora, mas dentro. Dentro de cada um de nós. Antes de lançarmos petardos contra a malversação do dinheiro pú-blico, devemos nos interrogar se somos verdadeiramente corretos com o que o pouco que nos toca administrar. Impende indagarmos: no lugar de outrem, seríamos diferentes?! Enquanto não entendermos que a mudança do mundo começa, primeiro, na alma, no miolo, na cons-ciência de cada um de nós, sempre estaremos transferin-do culpas - depositando nos outros minas de esperança e depois, não raro, soltando lar-vas de maldição e explodindo bombas de frustração. Temos que seguir aquele conselho do lar: o bom exemplo começa de casa.

PARA REFLETIR A mãe trouxe seu filho ao

Mahatma Gandhi. Ela implo-rou: - “Por favor, Mahatma. Diga ao meu filho que ele pare de comer açúcar”. Gan-dhi fez uma pausa e disse: - “Traga seu filho de volta em duas semanas”. Confusa, a mulher agradeceu e disse que faria o que o Mahatma pediu. Duas semanas mais tarde, ela retornou com seu filho. Gandhi olhou o jovem nos olhos e disse: - “Pare de comer açúcar”. Agradecida, mas inconformada, a mulher perguntou: - “Mahatma, por que o senhor me pediu para trazê-lo em duas semanas? O senhor poderia ter dito a ele, como fez agora, há duas semanas atrás”. Gandhi respondeu: - “Duas semanas atrás, eu estava comendo açúcar”.

[Observatório]Júnior Bonfim

www.juniorbonfim.blogspot.com

SaboresCaseirosQUINDIM

Marguê Freire

César ValeJúnior Bonfim

Ingredientes:10 gemas50 g de coco ralado200 ml de leite de coco200 g de açúcarmanteiga e açúcar para untar e polvilhar.

Preparo:1. Separe as claras das gemas. Numa tigelinha separada, quebre

um ovo de cada vez. Antes de adi-cionar a gema à tigela maior, onde o doce será preparado, verifique se o ovo está estragado. Repita o procedimento com todos os ovos. Este cuidado evita a contamina-ção dos demais ingredientes, caso um dos ovos não esteja bom. As claras não serão utilizadas nesta receita, mas você pode guardá-las para preparar um suspiro ou um pudim de claras.

2. Preaqueça o forno a 110°C (temperatura baixa). Unte com manteiga e polvilhe com açúcar uma fôrma com buraco no meio ou forminhas individuais.3. Na tigela maior onde estão as gemas, junte o açúcar, o leite de coco e o coco ralado. Misture delicadamente com uma colher. É importante não misturar muito.4. Transfira a mistura de gemas para a fôrma e leve ao forno prea-

quecido para assar por, aproxima-damente, 50 minutos. O quindim deve ficar corado.5. Retire o quindim do forno e, quando ele ficar morno, coloque um prato sobre a fôrma e vire. O segredo é não desenformar nem quente, pois o quindim quebra, nem frio, pois pode não soltar.

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Cidade

Espetáculo nunca antes vis-to em Crateús, o mega-show do grupo de Pop Rock Jota Quest atraiu cerca de 15 mil pessoas à Praça Antônio Ace-lino em Crateús, domingo, 25 de janeiro. A promoção do evento que encantou a cida-de, foi da Secretaria Estadual do Turismo, dentro da pro-gramação Ceará em Férias – Um Festival de Alegria - que enviou equipe especializada a Crateús para a montagem do inédito espetáculo.

Gente de todas as idades, mas, predominantemente, o público jovem, aplaudiu o quinteto de pop rock mais badalado e de maior sucesso no momento. A organização do mega-show primou pelo perfeccionismo em todos os itens. Um palco monumental foi montado em frente ao Te-atro Municipal Rosa Moraes e, uma multidão jamais vista em Crateús, concentrou-se e comprimiu-se em suas proximidades e ao longo da praça.

CADASTROO Cadastro Nacional do Sistema Único de Assistência Social (CadSuas), que atualizará in-

formações sobre o setor em todo o Brasil,começou a funcionar na quarta-feira, informou-se de Brasília. Administradores municipais e estaduais poderão atualizar os dados sobre as redes socioassistenciais locais diretamente na página do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) na internet. Com o cadastro, o governo federal poderá administrar os dados sobre o setor em todo o País.

ELEIÇÕESO governo decidiu lavar as mãos na briga entre PT e PMDB pelo controle das presidências

do Senado e da Câmara. Não vai se envolver na disputa entre José Sarney (PMDB-AP) e Tião Viana (PT-AC), ambos candidatos a comandar o Senado. Também não vai interferir em favor de candidatos do presidente do PMDB, Michel Temer (SP), na Câmara.

O movimento do governo surpreendeu os peemedebistas e torna indefinida até a situação de Temer,que, com o apoio do Palácio do Planalto, tinha posição confortável para presidir a Câmara.

O governador do Estado, Cid Ferreira Gomes, esteve em Crateús, no último dia 24, para o lançamento do Plano Safra 2009 da Agricultura Fa-miliar, nas regiões de Crateús e dos Inhamuns, evento que foi realizado nas dependên-cias do Clube Caça e Pesca na tarde daquele dia.

Cid Gomes chegou acom-panhado de grande comi-tiva composta de técnicos, secretários e políticos, e foi recebido, no aeroporto local, pelo prefeito Carlos Felipe. A presença do governador em Crateús deu-se em função também da distribuição de 731 títulos de regularização fundiária no município, distri-buição simbólica de sementes para o plantio da safra 2009, bem como de diversos veí-culos, motos e tratores des-tinados à EMATERCE, para promover assistência técnica, e a outras entidades.

O governador veio acom-panhado do presidente da Assembléia Legislativa, de-putado Domingos Filho que, durante o evento, fez bri-lhante pronunciamento sobre as grandes realizações do governo na área da Agricul-tura Familiar; dos deputados federais Chico Lopes e de José Guimarães, que também proferiu brilhante discurso exaltando a atuação positiva do governo Lula e do go-verno Cid Gomes, alertando os prefeitos para que apro-veitassem o momento dos grandes investimentos para as suas realizações. Também

acompanharam o governador o secretário Camilo Santana, o delegado federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário no Ceará, Francisco Sombra que falou em nome do Go-verno Federal, o presidente da EMATERCE José Maria Pimenta, e o superintendente do IDACE, Dr. Bessa, todos se pronunciando a respeito da importância daquele mo-mento para o município de Crateús e para os pequenos agricultores beneficiados com investimentos do governo - tema da visita governamental à cidade de Crateús. Vários técnicos e assessores também fizeram parte da comitiva do governador.

A presença de Cid Gomes em Crateús foi também pres-tigiada pelos deputados esta-duais Nenen Coelho e Hermí-nio Resende, pelo presidente do Legislativo Municipal de Crateús, vereador Márcio Cavalcante e pelo ex-prefeito Nenzé Bezerra, este, citado e convidado pelo governador para integrar-se aos trabalhos do evento, além dos prefeitos de Novo Oriente, Rodrigo Coelho Sampaio (Rodrigão), José Adriano Aguiar, de Ara-rendá, Marcos Alberto, de Nova Russas, Nilson Moreira, de Ipaporanga, José Souto, de Monsenhor Tabosa, Ne-nen do Cazuza, de Ipueiras, Jeová Mota, de Tamboril e, representando o prefeito do Ipu, Sávio Pontes, o secretá-rio municipal Pedro Josino. Uma comitiva da Poranga, chefiada pelo vice-prefeito do

município, Carlysson Assun-ção, representou o prefeito Aderson Pinho.

O governador Cid Gomes, após extensa saudação aos presentes, disse da satisfação daquele momento e agrade-ceu ao presidente Lula pelo atendimento dos seus plei-tos. Salientou que não estava fazendo propaganda de seu governo, mas tinha por dever, fazer uma prestação de contas. Conclamou os agricultores a bater recorde de safra neste ano e prometeu apoio total do seu governo a 300 mil famílias de agricultores familiares do Ceará, mobilizando recursos e prometendo maiores inves-timentos na agricultura para o próximo ano.

O prefeito Carlos Felipe louvou a iniciativa do gover-nador em criar uma secretaria de Estado específica para cuidar da Agricultura Fami-liar. Destacou a sintonia e a parceria entre os Governos Federal e Estadual no sen-tido de destinar a vultosa soma de R$ 782 milhões para serem aplicados na agri-cultura familiar, a fartura de sementes selecionadas para os agricultores, a regularização fundiária que distribuiu 731 títulos de propriedade rural a pequenos agricultores que irão ter acesso ao crédito e à assistência técnica e, por fim, louvou a determinação do governador na construção de um novo tempo para a nossa agricultura.

15 mil aplaudem Jota Quest

Cid Gomes lança Plano Safra 2009 em Crateús

O show, que durou duas horas (das 22hs às 24hs) não registrou o menor incidente. Todas as pessoas tiveram acesso gratuito ao local e, uma revista com detector de metais foi feita à entrada da praça. O público, principalmente o fe-minino, foi ao delírio, quando da interpretação de determi-nadas músicas.

O prefeito Carlos Felipe e a esposa Luciene, alguns de seus familiares, o secretário Luiz Alberto, o vereador Louren-

ço Torres, o médico Nonato Melo e esposa, e várias pessoas ainda, assistiram ao show da sacada do apartamento do sargento João Bezerra, que prestou a todos excelente acolhida.

O sucesso total desse empre-endimento cultural também se deve à equipe do Departamen-to de Cultura da Prefeitura de Crateús, comandada por Sílvio Werta, que mobilizou outras secretarias em apoio à equipe governamental.

Prefeito Carlos Felipe, filhos e a primeira dama Luciene com Rogério Flauzino

Dep. Domingos Filho presidente da Assembléia Legislativa do Ceará

Nilson Moreira prefeito de Ipaporanga e dr. Moacir Farias Oliveira

Governador Cid Gomes e dep. Nenen Coelho entre-gam Título de Propriedade à pequena agricultora

Nilson Moreira com os vereadores Márcio Caval-cante e Bibi Apolônio

Secretário Camilo Santana, do Desenvolvimento Agrário

Rodrigo Sampaio, prefeito de Novo Oriente com o filho Nenen Coelho e o prefeito Nilson Moreira

Comitiva do Ararendá liderada pelo prefeito José Adriano, primeira dama Andréia Aguiar e ex-prefeita Tânia Mourão.

Prefeitos Carlos Felipe, Marcos Alberto e secretário municipal do Ipu, Pedro Josino

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BREVES

5Sábado, 31 de janeiro de 2009

Fale com a redação: Tel.: (88) 3691.2006 - Fax: (88) 3692.3810 - E-mail: [email protected]

Cidade

A partir do mal intenciona-do trabalho de um sindicalista oportunista no distrito de Queimadas, onde foi fundada a Associação Comunitária Quilombola de Queimadas, com fins escusos e condená-veis artifícios e, a determinada finalidade de apoderar-se de mais de 8 mil hectares de ter-ras legalmente adquiridas ou herdadas, e amainadas por 86 proprietários, onde residem mais de mil famílias, para distribuí-los entre 96 supostas famílias que se autodefinem descendentes de escravos, a pacata cidade de Crateús vive a perspectiva de ser envolvida por sérios conflitos de terras. As supostas famílias foram aliciadas com o artifício da cesta-básica, programa assis-tencial do Governo Federal. O princípio de uma guerra já se faz sentir, tendo como patrono o INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, que avaliza a malandragem política. O trabalho desse sindicalista, que inclui o sobrenome de sua família (Lourenço), como tronco principal da suposta “Família Quilombola”, foi produzido com extrema má fé e a utilização de inocentes úteis que, aquiescendo à sua lábia e insistência, concorda-ram em assinar papéis preen-chidos, os mais diversos, sem saber o que estariam assinan-do e, de repente, tornaram-se “quilombolas”, “por auto-definição”, num lugar onde nunca pisou um escravo, quanto mais haja servido de quilombo ou esconderijo a escravos que fugiam de atro-cidades.

QUEREM MUDAR O CURSO DA HISTÓRIA

O mais respeitável dos historiadores cearenses, Dr. Guilherme Studart, o Barão

de Studart, em seu livro de três tomos, “DATAS E FAC-TOS PARA A HISTÓRIA DO CEARÁ”, no tomo II, relata com riqueza detalhes o calendário da redenção dos escravos no Ceará, iniciada a 1º de janeiro de 1883, muni-cípio por município, a partir da página 307. Vamos às datas e aos fatos:

1883 – 1º de janeiro – Re-denção da Vila do Acarape, 1º município do Ceará e do Brasil, que deu liberdade a seus escravos.

02 de fevereiro – Extinção da escravidão nos municípios de Pacatuba e São Francisco.

25 de março – Extinção da escravidão nos municípios do Icó e Baturité.

25 de abril – Extinção da escravidão na Vila de São João do Príncipe (Tauá).

20 de maio – Extinção da escravidão nos municípios de Maranguape e Messejana, despendendo-se neste a quan-tia de 2:140$000 rs. Com a libertação de 24 escravos e naquele a de 2:500$000 rs. Com a de 25.

23 de maio – Extinção da escravidão no município do Aquiraz, despendendo-se 3:740$000 rs. Com a liberta-ção de 60 escravos.

24 de maio – Libertação dos escravos de Fortaleza, com esplêndidas e grandiosas festas.

03 de junho – Extinção da escravidão no município de Soure (Caucáia), despenden-do-se 2:960$000 rs. Por 53 escravos. Desde 10 de maio deste ano a Vila de Soure achava-se livre de escravos com a alforria do último que ali existia.

08 de julho – Extinção da escravidão no município de Pedra Branca

27 de setembro – Extinção

Coluna Prestes:Ato público comemora 83 anos de sua passagem

Malandragem política quer mudar curso da História

Malandragem política quer mudar curso da História

da escravidão no município de Pereiro, com 164 cartas de liberdade.

29 de setembro – Extinção da escravidão no município de Viçosa. Desde 24 de maio desse ano (1883) a Viçosa achava-se livre de escravos com a alforria dos existentes naquela localidade.

04 de outubro – Redenção da Vila de Canindé sendo libertados todos os escravos do município.

11 de outubro – Extinção da escravidão no município de São Pedro de Ibiapina.

22 de outubro – Extinção da escravidão no município de Várzea Alegre.

08 de Dezembro – Extinção da escravidão no município de Pentecoste.

27 de dezembro – Extinção da escravidão no município de São Mateus.

31 de dezembro - Extinção da escravidão nos municípios de Trairi, Jaguaribe-Mirim e Brejo Seco.

1884 – 02 de janeiro – Ex-tinção da escravidão no muni-cípio de Santa Quitéria.

02 de janeiro – Extinção da escravidão no município de Sobral. Desde 19 de dezem-bro do ano anterior achava-se a cidade livre de escravos com a alforria dos existentes em nº de 117.

02 de janeiro – Extinção da escravidão nos municípios do Aracati e União. Desde 23 de maio do ano anterior (1883) a cidade de Aracati achava-se livre de escravos.

08 de janeiro – Extinção da escravidão nos municípios de Lavras e Cachoeira.

18 de janeiro - Extinção da escravidão nos municípios de Acaraú e São Bernardo das Russas.

20 de março – Extinção da escravidão no município de Missão Velha.

25 de março de 1884 – Essa notável data comemora a total extinção dos escravos na pro-víncia do Ceará.

“Para conhecimento das festas a celebrar-se nesse gran-de dia publicou o Libertador o seguinte Boletim: Fortaleza, 24 de março de 1884. Hosa-nas! A terra da Luz consumou a obra de sua glória: já não possui mais um só escravisa-do! Jardim, Milagres e Arnei-roz redimiram-se da nódoa do elemento servil, e ufanos de seu patriotismo entraram no quadro de luz”.

... “Jardim, Milagres e Arnei-

roz cumpriram seu mandato: espancaram a última treva para glorificar a pátria no dia de sua imortalidade”. (...)

Eis aí, portanto o quadro da escravidão na então pro-víncia do Ceará. Não se pode por em dúvida que a escra-vidão existiu além desses 34 municípios do Ceará citados pelo grande e renomado his-toriador Barão de Studart. Crateús não está no rol de sociedade escravocrata. Aqui não existiram escravos. Aqui eles não porfiaram nem sofre-ram atrocidades, perseguições nem castigos físicos. Outras cidades também não estão nesse rol, a exemplo de Qui-xadá, Quixeramobim, Iguatu, Tamboril, Crato e outras tal-vez. A História não registra negros cativos em Crateús, muito menos Quilombo que os abrigasse. Maranguape, onde se encontram uma das mais férteis terras do Ceará, com área de serra fria, tinha 24 escravos; Messejana tinha apenas 25 escravos, Aquiraz 60 e Caucaia 53, todos na fértil região litorânea. A população escrava de Sobral era tão so-mente de 117 negros cativos. Não há registros de excessiva crueldade para com os ne-gros, que lhes impulsionasse a fugas. Pela pequena quanti-dade de escravos na província do Ceará, nada justificava a existência de quilombo, cuja presença só teria sentido em lugar seguro e de difícil acesso, para dificultar a perseguição. Estamos diante de um qua-dro da mais elevada fraude político-sindical-eleitoreira, com a qual meia dúzia de espertalhões quer mudar o curso da História em benefí-cio próprio. Sobre ser isto um caso de justiça, muito antes, é um caso de polícia. Como se admitir que proprietários com históricos documentais centenários de suas terras possam ser qualificados de “Presumíveis Detentores de Imóveis?” Ou de intrusos?

Ademais, o maçudo relató-rio do INCRA do Ceará sobre a invencionice do “Quilombo de Queimadas” não se sus-tenta à luz da História. É um arrazoado de invencionices próprias da vagabundagem oficializada. Acreditar que Crateús foi sociedade escravo-crata e Queimadas foi quilom-bo, com permissão do leitor, é o mesmo que acreditar que mão de pilão entra em fiofó de gato.

Quilombolas:

Um ato público foi realizado na noite do dia 14 de janeiro, ao lado do monumento à Coluna Prestes, em comemoração aos 83 anos da sua passagem por Crateús no ano de 1926. O prefeito Carlos Felipe e o vice Mauro Soares, membros do secretariado municipal, vereadores, autoridades civis e militares e gente do povo, compareceram à concorrida solenidade. O vice-prefeito Mauro Soares pronunciou incisivo discurso e, no entusiasmo de sua fala, disse que por aqui havia passado o Cavaleiro da Esperança, e que as esperanças apregoadas há 83 anos estavam se concretizando agora com o novo governo municipal comandado pelo médico Carlos Felipe.

Prefeito Carlos Felipe e vice-prefeito Mauro Soares ao pé do monumento assinado por Oscar Niemeyer eregido em homenagem à Coluna Prestes

6 Sábado, 31 de janeiro de 2009

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Cidade

Scanner corporal

Reprodução da imagem pelo scanner

Scanner corporal vai evitar revista íntima

Advogado obtém “licença-maternidade”

Forum Mundial SocialManifestantes pedem garantia de estabilidade

Transplante coclear e de pulmão previstos em 2009

China condena três no escândalo do leite

Até março seis presídios brasileiros receberão scanners corporais que evitarão o cons-trangimento da revista íntima, procedimento ao qual todas as mulheres são submetidas quando visitam presidiários. Para o diretor do Departa-mento Penitenciário Nacional (Depen), Airton Michels, este aparelho dará condições para a desmobilização das quadri-lhas dentro dos presídios. As informações são da Agência Brasil, de Brasília.

“Seja sob as vestes ou no interior do corpo, qualquer objeto será identificado pelo aparelho. É impossível burlá-lo”, garante Michels que afir-ma que também os homens serão submetidos á revista com o scanner.

Segundo o diretor do Depen, a revista íntima procedimento pelo qual as mulheres ficam nuas em cima de espelhos e precisam agachar seguidas vezes a fim de evitar a entrada

de drogas, armas e celulares nos presídios é desnecessária e cria constrangimento para visitantes e, também,para as agentes penitenciárias.

“Apesar de o toque ser proi-bido, não duvido que ele seja adotado em alguns presídios, e que barbaridades sejam co-metidas contra as mulheres pelo Brasil afora. Quando fui superintendente do Sistema Prisional do Rio Grande do Sul, proibi a revista íntima e constatei que a situação con-tinuou a mesma, sem piora”, argumentou.

Seis estadosO Depen enviará os apa-

relhos para as secretarias de segurança de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Amazonas. Fabricado na Alemanha, cada aparelho custará R$640 mil aos cofres públicos do país. (das agências)

Depois de conquistar uma vitória inédita na Justiça bra-sileira há três semanas, quan-do conseguiu uma “licença-maternidade” de 90 dias por ter adotado um menino de quatro meses de idade, o advogado baiano Ricardo Sampaio, 30, espera inspirar outros pais solteiros a seguir seu exemplo.

Sampaio, analista judiciário do Instituto Nacional de Se-guridade Social (INSS), resol-veu adotar José Eduardo, hoje com dois anos e dois meses, logo que o conheceu, no município de Ipirá, 206 quilô-metros a oeste de Salvador,a mesma cidade em que nasceu. A mãe, uma adolescente de 14 anos, concordou de imediato com a idéia.

O advogado, solteiro e morando sozinho, conta que decidiu lutar pela licença-maternidade por enfrentar dificuldades na adaptação á “nova vida” de pai. Primei-ramente, entrou com um pedido no próprio INSS, com base na lei 8.112 de 1990, que garante a licença-maternidade de 90 dias a servidores fede-rais que adotem crianças de até um ano.

Não foi atendido, por ser homem. Acabou, então, re-correndo á Justiça federal, ba-seada no principio da igualda-de, previsto na Constituição. “Uma mulher que adota uma criança não sofre com o pós-parto, então não há porque haver diferenciação”, alega o advogado.

Há duas semanas, o juiz substituto da Vara Federal de Feira de Santana, Marcos Antonio Garapa de Carvalho, concedeu a licença. Pai e filho já contam com o beneficio, descansando em Porto Se-guro, no litoral Sul baiano. O INSS, porém, já recorreu da decisão da Justiça e o proces-so corre no Tribunal Regional Federal, em Brasília.

Agora, ele está em processo de adoção de outro menino, de um ano e dois meses. Se conseguir, promete entrar na Justiça por mais uma licença-maternidade, desta vez de 30 dias – como prevê a lei, para casos de adoção de crianças de entre um e quatro anos por parte de servidores federais.

O Ceará terminou 2008 com o recorde de 739 trans-plantes de coração, córnea, rins e fígado, ou 121 a mais que em 2007. A meta para este ano é alcançar mil trans-plantes.

De acordo com o titular as Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), João Ananias, para este ano está previsto criar dois novos transplantes. O secretário vai credenciar o Hospital Geral de Fortaleza

para realização do transplante coclear, indicado para pessoas que nunca conseguiram de-senvolver a audição. Durante a cirurgia, um aparelho é in-troduzido dentro do ouvido e estimula eletricamente as fibras nervosas, transmitindo o som até o cérebro. “É uma tecnologia que já é dominada por nós. E será um grande avanço na vida destas pessoas. Só estamos esperando autori-zação do Ministério da Saúde

para credenciar o hospital”, diz Ananias.

Outro transplante com pre-visão de começar a ser realiza-do este ano no Estado é o de pulmão. Ananias explica que já possui uma equipe treinada no Hospital de Messejana para a realização deste tipo de procedimento. “Tudo dando certo, o Ceará será o primeiro estado do Nordeste a realizar este tipo de transplante”, co-memora João Ananias.

Pouco antes do início do encontro entre os presidentes Fernado Lugo (Paraguai), Evo Mo-rales (Bolívia), Hugo Chávez (Venezuela) e Rafael Corrêa (Equador), manifestantes deram início a uma passeata contra as demissões. A manifesta-ção acaba de sair da Universidade Estadual do Pará (UEPA).

Organizado pelo PSTU, Conlutas, Intersindical e P-SOL, o protesto pede que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decrete uma medida provisó-

ria para garantir a estabilidade dos empregos.“Lula está dando milhões para os banqueiros

e os empresários e até agora não garantiu a es-tabilidade do emprego. Só em dezembro, foram mais de 1 milhão de demissões”, afirmou André Freire, da direção nacional do PSTU.

Os manifestantes seguem pela Avenida Al-mirante Barroso até a Praça do Operário onde ocorreu o encerramento da marcha de abertura do Fórum.

Em uma tentativa de de-monstrar severidade, a China anunciou ontem penas de morte e de prisão perpétua para pessoas envolvidas no escândalo do leite adulterado com melamina, que provo-cou a morte de seis crianças ano passado e prejudicou a imagem do país no exterior.

A justiça condenou dois homens a penas de morte, enquanto um terceiro re-cebeu a pena de morte em suspenso, o que geralmente significa a substituição pela prisão perpétua, relacionados ao caso do produto químico que afetou 300.000 crianças

ano passado.A melamina é um com-

ponente químico industrial, normalmente utilizado na fa-bricação de plásticos, adicio-nado ao leite para simular um conteúdo maior de proteínas e dissimular assim que havia

sido misturado com água. Tian Wenhua, ex-diretora

da Sanlu, principal empresa envolvida no caso, foi con-denada à prisão perpétua. Tem 66 anos e é membro do Partido Comunista.

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7Sábado, 31 de janeiro de 2009

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Desde o último dia 13 de janeiro, o 40º Batalhão de In-fantaria de Crateús está sob o comando do ten.cel. Erasmo de Albuquerque Souza Filho, que substituiu o cel. Hélcio José Weiss. A cerimônia da Passagem de Comando ocorreu com a presença do general José Wellington Cas-tro Ferreira Gomes, chefe do Estado Maior do Comando Militar do Nordeste, de di-versos oficiais lotados na 10ª Região Militar e de muitos convidados, a exemplo do

empresário Antônio Cardo-so Linhares, que compareceu acompanhado da esposa Vera Lúcia, da filha Alda, e da sua irmã Sônia Linhares Freire. O ato da posse deu-se no pátio de formatura do 40º BI, com a tropa fazendo uso do uniforme de instrução do Exército, sendo dispensado o uniforme próprio a este tipo de solenidade militar e o tradicional ritual em que o oficial militar utiliza a espada como símbolo de comando.

O cel. Hélcio Weiss, pro-

movido ao posto, regressou à terra natal – Curitiba – aonde vai dar continuidade à carreira militar. O ten. Cel. Erasmo, novo comandante do 40º BI, é natural de Vitó-ria de Santo Antão – PE e, naquele Estado serviu, por último, no Comando Militar do Nordeste. Erasmo é por-tador de invejável currículo, no qual se incluem missões militares no Exterior, sob os auspícios da ONU. Casado com a prendada senhora So-fia, tem com ela três filhos.

40º BI tem novo comandante

Direitos burlados nas filas para idosos

Gato “recebia” Bolsa Família

General José Wellington Ferreira Gomes com esposa e filha prestigiaram a posse do ten. cel. Erasmo de Albuquer-que Souza Filho no comando do 40º BI

Passagem de Comando, do cel. Hécio Weiss para o ten. cel. Erasmo Albuquerque, sob as vistas do gen. José Wellington Castro Ferreira Gomes, chefe do Estado Maior do Comando Militar do Nordeste

Cel. Hécio Weiss e Valéria se despedem do cap. Luiz Carlos e Tereza Raquel

Descerramento da foto do ex-comandante Hécio Weiss feito pela esposa Valéria

Empresário Antônio Linhares, Vera, Alda, Sônia Linhares Freira e o genro cel. Paulo Edson

Sargento Diógenes Pereira e esposa, também sargento da marinha, na posse do novo comandante

Cel. Hécio Weiss com o prefeito Carlos Felipe e o sgt. João Bezerra

O direito ao atendimento preferencial de idosos, nas filas, vem sendo burlado de maneira capciosa. Filas ex-clusivas são criadas para os idosos e com isso bancos e repartições consideram que estão atendo à lei. Nos lugares mais concorridos (sendo isso o mais comum) tal providência não tem a menor serventia, pois os idosos se acumulam em longa fila onde passam a sofrer as intermi-náveis esperas que a legisla-ção pretende evitar, tendo em vista o depauperamento físico inerente a essa faixa etária. O Ministério Público precisa atuar para corrigir esta situação, impondo a inversão do esquema que vem sendo praticado atualmente. Exem-plo: Banco ou repartição deve disponibilizar um único caixa para o público geral (menor de 60 anos), funcionando sem interrupção no atendimento a uma fila única. A outra fila

única, então, será formada pelos idosos, que terão os de-mais caixas à sua disposição. À medida que a fila de idosos for se esvasiando é que os ocupantes da fila geral vão ser atendidos pelos outros caixas. Assim, a cada vez que chegar outro idoso, sua fila volta a ter precedência. Esta é única maneira de aplicar de

forma justa a legislação. Da maneira como está sendo feito o atendimento ao idoso, sobretudo, nas filas de bancos, vemos apenas um simulacro de atendimento preferencial, burlando-se o pretendido pelo legislador. As entidades de idosos devem assumir essa luta. Que o Ministério Público se pronuncie.

Um gato de estimação fez parte, durante cinco meses, da lista de beneficiários do Bolsa Família em Antônio João (300 km de Campo Grande), um dos municípios mais pobres de Mato Grosso do Sul. O animal, chamado Billy, foi inscrito com nome, sobreno-me e data de nascimento por seu dono, Eurico Siqueira da Rosa, coordenador local do programa do governo.

Billy tinha número de iden-tificação social, cartão mag-nético e vinha recebendo R$20,00 mensais do Governo Federal como complementa-ção de renda.

A fraude foi descoberta durante a visita de um agente de saúde á casa do suposto beneficiário, em novembro passado. Recebido pela mu-lher do coordenador, o agente quis saber por qual motivo a criança Billy Flores da Rosa não havia sido levada para fazer a medição e a pesagem, exigidas para os cadastrados no programa. A mulher es-tranhou a pergunta: “Mas o único Billy aqui é o meu gatinho”. O agente relatou o diálogo á prefeitura, que abriu

sindicância. “Convocamos testemunhas

e exigimos que o coordenador comprovasse a existência da suposta criança que ele ca-dastrou”, disse á reportagem a secretária de Assistência Social do município, Neuza Carrillo. O processo de ca-dastramento das famílias é de responsabilidade do Municí-pio. “Ele criou um cadastro inteiramente falso, com dados como nome, peso e data de nascimento, e depois batizou a invenção com o nome do gato”, disse Carrillo. Ouvido ao final da sindicância, Rosa admitiu a fraude. Funcionário municipal concursado desde 2006, ele foi afastado em de-zembro. Na semana passada, pediu exoneração do serviço público.

A reportagem não con-seguiu contato com o ex-coordenador.

Para a secretária, o caso é “absurdo, mas isolado”. Ela defende a necessidade de alteração das normas de controle. “Se houvesse um setor em Brasília encarregado de receber e verificar a docu-mentação, fraudes como essa

se tornariam mais difíceis de ocorrer”.

A prefeitura decidiu reca-dastrar as 891 famílias que recebem o Bolsa Família na cidade.

O promotor Douglas Olde-gardo Cavalheiro disse que o dono do gato terá de devolver o que recebeu ilegalmente e está sendo denunciado á Justiça.

Em nota, a secretária-executiva-adjunta da pasta de Desenvolvimento Social, Rosilene Rocha, disse que o caso mostra o esforço que nós estamos fazendo para auditar o cadastro, fazer cruzamento dedados e checar os benefi-ciários.

8 Sábado, 31 de janeiro de 2009

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Regional

Informe Publicitário Novo Oriente

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BRASIL INGRATO O Museu da Força Expedicionária Brasileira – FEB está se acabando com os cupins e as

traças devorando os troféus e as relíquias da guerra. O terreno para o prédio foi doado pelo ex-governador Carlos Lacerda e construído com o esforço dos próprios febianos. A falta de recursos também está comprometendo a estrutura do imóvel.

O atual Governo Federal destinou 36 milhões de reais para soerguer a UNE, sede daque-les que se omitiram quando a pátria precisou deles para o sacrifício da guerra, e negou uns poucos milhares de reais para manter o Museu da FEB, uma relíquia do espírito patriótico dos brasileiros.

Oh! Povo ingrato.

Cartas e E-mails

O Prefeito Marcos Alberto Martins Torres, de Nova Rus-sas, iniciou a gestão municipal enfrentando uma série de de-safios, em que se inclui vícios administrativos e o desgaste de um grupo político que se revezava no poder há 20 anos. “Vamos vencer todas as dificuldades com o nosso trabalho”, afirma Marcos.

O último gestor deixou uma herança negativa para a atual gestão administrar: parte do 13° salário e o mês de dezembro sem pagamento, afora obras paralisadas ou inacabadas, veículos sucatea-dos e até ação de despejo do prédio da Secretaria de Saúde. No hospital municipal, a falta de medicamentos e materiais para os mais simples pro-cedimentos, equipamentos sucateados, instalações em péssimo estado e uma grande insatisfação dos funcionários que desaguou na paralisação dos serviços no dia 30 de dezembro/2008, contornada pelos esforços de Marcos Alberto, antes mesmo de assumir Prefeitura. Informes do atual secretário de Obras dão conta da inexistência de ferramentas simples de tra-balho, como vassouras, pás e enxadas na Secretária de Obras, para o desempenho de serviços simples. Balancetes Contábeis deixaram de ser entregues, dificultando provi-dencias de ordem financeira e administrativa logo no inicio da nova administração. O ex-gestor convocou, no mês de dezembro, 195 pessoas de um concurso promovido em 2007, através de sete editais

de convocação, aparente-mente para prejudicar ainda mais o atual gestor, haja vista as irregularidades detectadas nos editais, Ante a existência dessas irregularidades foi de-signada uma audiência públi-ca com o Ministério Público, para buscar um consenso entre as partes interessadas, quando foi formalizado um Termo de Ajuste de Condutas (TAC).

A atual administração já lançou um novo edital, em 22 de janeiro, divulgado nos principais meios de comu-nicação, corrigindo erros e vícios jurídicos, obedecendo ao número de vagas criadas por Lei. Esses são apenas alguns entre os incontáveis problemas deixados pela ad-ministração passada.

Uma das primeiras medi-das tomadas pelo novo ges-tor foi imprimir a mudança no horário de trabalho para dois expedientes. A nova gestão, cujo slogan é “Nova Russas de Todos”, promete empenho, trabalho e respon-sabilidade. O atual gestor cumpre agenda de encontros com secretários e servidores nas mais diversas secretarias e departamentos da adminis-tração municipal.

FUNCIONALISMONo intuito de valorizar o

trabalho do funcionalismo, a atual administração tem o propósito de pagar a folha de funcionários a partir do dia 20 de cada mês, com os servidores recebendo dentro do mês que trabalham. Isto já ocorreu no primeiro mês

desta administração, e o ca-lendário de pagamentos já foi elaborado.

ENFRENTANDO PROBLEMAS

O prefeito Marcos Alberto adotou a forma participativa de governo, para solucionar problemas; tem se reunido e conversado com feirantes e marchantes ouvindo e deba-tendo os principais proble-mas da cidade. O Matadouro Público encontra-se em pés-simas condições físicas e de higiene, com transporte feito de maneira irregular e funcio-nários sem roupas adequadas. O prefeito comprometeu-se em melhorar as condições do Matadouro, adequar o trans-porte e adotar fiscalização mais rigorosa quanto a hi-giene. Os feirantes buscam a organização da feira livre para comercializar seus produtos, além da limpeza, segurança e estruturação do chamado mercado novo, onde funcio-nam a feira, o mercado de carnes, peixe, frutas, legumes e verduras.

Marcos Alberto tem visi-tado distritos e comunidades para inteirar-se de problemas, constatar obras inacabadas e conversar com a população.

“CRONSTUINDO UM NOVO AMANHÔ - Este é o novo slogan da Admi-nistração do 3º mandato do Prefeito Valdi Coutinho de Independência, que tem por meta otimizar e priorizar a aplicação de recursos em Saú-de, Educação, Ação Social, Infra – Estrutura, Esporte, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Cultura e Turismo. Foi esta a promessa e a deter-minação do Prefeito no seu discurso de posse.

Critério e retidão foram determinantes na indicação de assessores de primeiro e segundo escalões, valorizado os princípios da competên-cia, honestidade, coerência e determinação para o bom desempenho da função. Com exceção do secretário de Edu-cação, os demais já assumiram seus cargos, ou sejam: Admi-nistração e Finanças: Couti-nho Neto; Trabalho e Ação Social: Teresinha de Jesus; Esporte e Juventude: Emeil-son Trigueiro; Saúde: Elicio Gonçalves; Infra – Estrutura: Edval Pimentel; Agricultura: Nonato Sobrinho; Meio Am-biente e Recursos Hídricos:

Bety Coutinho; Cultura e Turismo: Gilson Coutinho. Esta equipe, segundo o pre-feito Valdi Coutinho, tem como prioridade a união de esforços para que se faça cumprir a “Construção do Novo Amanhã”.

QUADRA INVERNO-SA

Em Independência a deter-minação para o período que inicia a quadra invernosa, é a prioridade em sensibilizar a população para o combate e o controle da dengue. Para tanto, foi determinado pelo gestor intensificar ação eficaz para combater o mosquito transmissor da doença. Várias reuniões de equipes e parcei-ros foram realizadas com o objetivo de integrar a popu-lação em geral para o sucesso da campanha. A proliferação do mosquito ocorre com maior intensidade em terre-nos baldios. Proprietários e o poder público precisam estar de mãos dadas no sentido de limpar e murar os referi-dos terrenos, evitando assim a proliferação de doenças como a dengue.

TEM INÍCIO O PERÍ-ODO LETIVO

O período letivo iniciou dia 26 de janeiro de 2008 com o objetivo de cumprir o calen-dário escolar pelo MEC – SE-DUC e Secretaria Municipal de Educação. Foi iniciada também a capacitação dos facilitadores e orientadores do PROJOVEM Adolescente onde já participam 400 jovens de 15 a 17 anos. O PROJO-VEM é Coordenado pela Secretaria de Trabalho e Ação Social através do CRAS.

REGISTRO CIVILA Prefeitura Municipal está

intensificando a campanha Nacional de Mobilização e Notificação do Sub-registro Civil, preconizada pela Se-cretaria Especial dos Direitos Humanos, distribuindo ma-terial impresso e divulgando nas emissoras de radio local e regional, falando da sua importância.

Para iniciar a semana pedagó-gica em Novo Oriente, a Secre-tária de Educação Maria Coelho Sampaio Cavalcante trouxe como palestrante o educador Amilton Werneck, autor de vários livros sobre a educação no Brasil. A palestra realizou-se no Ginásio José Airton Ximenes Coutinho, na quinta-feira, 22 de janeiro. Amilton Werneck falou sobre os desafios que o educador enfrenta na sala de aula, principalmente o alfabetizador. Em sua opinião, o professor não deve fingir que o aluno está aprendendo e promovê-lo à série seguinte, mas também não deve reprová-lo, e sim buscar todos os meios para que o aluno desenvolva a sua aprendizagem e avance de acordo com o seu ritmo. Toda a classe de educadores de Novo Oriente assistiu à palestra que, sem dúvida, contribuiu bastante

para o desenvolvimento da edu-cação municipal.

CÂMARA HOMENA-GEIA MEMÓRIA DE CHICO RUFINO

A Câmara Municipal de Novo Oriente prestou homenagem à família do ex-prefeito Francisco Rufino Vieira, pelos 40 anos da sua morte em 1969. O evento aconteceu na sexta-feira, 23 de janeiro, no plenário da Câma-ra, onde estiveram presentes sua ex-esposa Maria Rodrigues Lima, e os filhos: Ana Gláucia, Caril Chessman, Godofredo e Ana Cíntia. O evento contou ainda com a presença do prefeito Rodrigo Coelho Sampaio, além de várias autoridades e amigos. Após a homenagem na Câmara, foi celebrada uma missa na Igreja de são Francisco de Assis.

SÁBADOS CULTU-RAIS

A Secretaria de Educação e a Secretaria de Cultura, Turismo e Desporto estão realizando todos os sábados, a partir das 17 horas, na Praça Sargento Hermínio, os SÁBADOS CULTURAIS, even-to que reúne artistas amadores do município para que mostrem os seus talentos e divirtam a po-pulação. Nas reuniões são feitas apresentações como: Dança, Música, Teatro e Brincadeiras.

TORNEIO RODRIGO CO-ELHO SAMPAIO

Nos dias 11 e 13 de janeiro, no Ginásio Poliesportivo José Airton Ximenes Coutinho, a Secretaria de Cultura, Turismo e Desporto organizou um torneio de futebol em comemoração ao aniversário prefeito Rodrigo Coelho Sampaio, com a partici-pação de 22 times e a seguinte

premiação: Time vice-campeão, R$ 300,00 e troféu; time cam-peão, R$ 500,00 e troféu, e me-dalhas para o artilheiro e goleiro menos vazado. Os vencedores foram: Campeão: Cruzeiro do Bodô; Vice-campeão: Esperança do Borró; Artilheiro: Netinho; Goleiro menos vazado: Gugu. O torneio foi sucesso de público e lotou o ginásio que, entusiastica-mente torcia pelos seus times.

RODRIGÃO COME-MORA 70 ANOS COM MUITA FESTA

O prefeito Rodrigo Coelho Sampaio, Rodrigão, festejou 70 anos de vida, no último dia 13 de janeiro. Comemorando a data, seus familiares organizaram grande festa na sua residência, onde vários amigos estiveram presentes. Rodrigão convidou toda a população do município

para o evento. À noite, a festa continuou na Praça da Matriz, onde a população dançou e se divertiu ao som das bandas De-dim Gouveia e Furacão do Forró. Rodrigão falou ao povo durante a festa na praça, agradecendo a homenagem, bem como, no ensejo, disse da sua satisfação de ter realizado o sonho de, mais uma vez, ser eleito prefeito de sua terra.

Prefeito quer vencer dificuldades pelo trabalho

“Construindo um Novo Amanhã”

Amilton Werneck ministra palestra sobre educação

NOVA RUSSAS

Primeira Dama Gracinha e o prefeito Mar-cos Alberto Martins Torres

BREVES

BATTISTIUm membro do governo

italiano, o subsecretário de Relação Exteriores, Alfredo Mantica, acusou o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e sua esposa, a franco-italiana Carla Bruni, de terem pres-sionado o Brasil a conceder o status de refugiado político ao ex-militante de extrema esquerda Cesare Battisti. Os primeiros rumores do envol-vimento de Sarkozy surgiram com declarações do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) ao jornal italiano Corriere della Sera. Suplicy disse que Sarkozy e Bruni pediram a intervenção de Lula no caso. Segundo o senador, Bruni é amiga da escritora francesa Fred Vargas, que fez campa-nha pró-Battisti.

Prefeito Rodrigo Coelho Sampaio

9Sábado, 31 de janeiro de 2009

Fale com a redação: Tel.: (88) 3691.2006 - Fax: (88) 3692.3810 - E-mail: [email protected]

Geral

Do direito de refúgioFez bem o governo brasileiro em honrar o estatuto do refúgio

político e humanitário, que faz parte da tradição diplomática nacional, não permitindo a extradição do ex-militante político e escritor italiano Cesare Battisti. Desta vez, não foi cometido o erro que afetou os atletas cubanos, em 2007, quando o Ministério da Justiça os devolveu à ilha, sem ter tido o cuidado prévio de convidar a OAB e entidades de direitos humanos para ouvir os detidos e constatar sua versão. O governo aprendeu com o erro e se, naquela ocasião, mereceu críticas, desta vez se posiciona corretamente, preservando o direito de asilo e de refúgio por motivos políticos ou humanitários, como é tradicional no direito brasileiro. Ao fazê-lo, não entra no mérito das ações do refu-giado, assim como não o fez com o ditador paraguaio, Alfredo Stroessner, acusado de muitos e horrendos crimes. (Valdemar Meneses – Jornalista).

Comunicando

Lua de mel de Felipe

O prefeito Carlos Fe-lipe está em lua de mel com o cargo e os ventos sopram favoráveis em sua administração. Cedo ma-drugou, indo à Brasília em busca de recursos, de verbas e levando projetos, antes mesmo de assumir a Prefeitura. Exitosa via-gem, longas entrevistas, oratória convincente do vice-prefeito, figurões da política como prestimosos cooperadores, com tudo a denotar visibilidade nas mudanças empreendidas. Mega-projetos são anun-ciados e, completando tudo – a construção do açude Fronteiras, a nos dar segu-rança hídrica e a viabilidade de outros grandes projetos. E a cidade? Vai continuar com a mesma cara, com o mesmo visual poluído, com a mesma ocupação dos espaços públicos?

Tornou-se regra geral todo prefeito que assume o cargo lançar seu primeiro olhar sobre a fisionomia da cidade. Se ela está bonita, que mais beleza lhe seja acrescida. Se está maltra-pilha e acanhada como agora, mais que nunca, a preocupação do prefeito em consertá-la, elaborando projetos urbanos, tomando decisões, emitindo decre-tos, estabelecendo proibi-ções e, em suma, impondo autoridade e ordem no quotidiano da cidade.

Ruas, praças e cal-çadas invadidas

Crateús não pode mais conviver com a desordem urbana em que se encontra mergulhada. Não temos uma única praça para cha-mar de nossa. A cidade está invadida, depredada, descuidada, sem nada a mostrar ao visitante que aqui aporta. Somos caren-tes de tudo. Sobremodo, de presença administrativa, de ordem e respeito. Depara-mo-nos com o anúncio de grandes projetos para a educação: universidade, além do CEFET já conso-lidado. Significa que vamos abrigar muita gente que virá de outras cidades. Que edu-cação irão encontrar aqui essas pessoas, e o que edu-cadores podem passar para a massa de alunos? Como vamos educar se a educa-ção, a ordem e o respeito ao que é público não estão em nós? A cidade precisa urgente de um choque. De um estremeção para acor-dar. Por este caminho que teimam em não refazê-lo, deixando-a com uma crosta já quase petrificada pela omissão e o desleixo, há de consolidar-se a máxima:

Brasil virou porto seguro de terroris-tas

É profundamente lamentá-vel, consubstanciando grave retrocesso, a concessão por parte do ministro da Justiça de refúgio ao italiano Cesare Battisti, de 54 anos, ex-ativista de extrema-esquerda e conde-nado em 1993 na Itália à prisão perpétua por quatro assassina-tos que cometidos na década de 70. O mais grave é que o fundamento utilizado se deu em contrariedade a pareceres prévios e ao próprio texto da Lei 9.474, de 1997, segundo a qual não se beneficiarão do refúgio quem tenha cometido crimes contra a paz, crime de guerra, contra a humanidade, hediondo, participado de atos

terroristas ou tráfico de drogas (art.3º, III), sendo certo que, ainda para aqueles que não enxerguem no ato um crime de terrorismo, houve homicídio qualificado, crime hediondo segundo a Lei 8.072/1990. Em tempos em que se pro-cura aprofundar os laços de cooperação jurisdicional entre países a medida certamente repercutiria em pedidos de cooperação internacional for-mulados pelo Brasil. Não resta senão lamentar mais essa leni-ência, cada vez mais comum no Brasil, em crimes graves, que são justificados não por razões objetivas mas, sim, pelo grau de relação e influência que o autor do delito possui no meio político e social. (Ricardo Ribeiro Campos).

Um estranho caso de “asilo” político

É indiscutível a autonomia brasileira para conceder refúgio a qualquer cidadão estrangeiro. O estranho é quando o refúgio é concedido a um cidadão oriundo de uma democracia. É o caso do italiano Cesare Battisti, acusado e condenado na Itália por quatro crimes de morte relacionados ao ter-rorismo. O Brasil já teve a oportunidade de refugiar dois cidadãos cubanos que não queriam voltar ao seu país de origem, durante o último PAN, no Rio de Janeiro. Mas a ação do Governo brasileiro foi bem diferente. Os dois atletas foram presos e devolvidos a

Cuba de forma sumária, sem direito de expor seus motivos. Cuba é uma ditadura. Não tem um sistema jurídico que garanta aos acusados o amplo direito de defesa, não tem uma imprensa livre, não possui partidos políticos e nem realiza eleições diretas para cargos públicos. Bem diferente da democracia italiana, que julgou e condenou Battisti. Da mesma forma, foi lamentável a atitude da democracia italiana ao não conceder a extradição do ban-queiro Cacciola, que havia sido condenado à prisão no Brasil. Depois, Cacciola foi preso em Mônaco e acabou sendo extraditado. Uma diferença: Cacciola é cidadão italiano.

Bush & ObamaTem gente que prefere comemorar mais a saída de Bush, já

com lugar de honra como o pior presidente da história dos EUA, do que soltar fogos com a entrada de Obama, primeiro negro a iluminar os esplendores da Casa Branca. O mundo espera dele milagres, e isto é perigoso. Ele não é santo e deve dar suas mancadas. Mas este homem predestinado pode vencer a crise que ameaça a hegemonia americana no planeta.

Tem pela frente um desafio colossal. Se não fizer milagres, terá de partir para feitiços fantásticos. Tio Sam não é mais aquele que levantava sacos de batatas. As batatas viraram chumbo. A pri-meira providência é ser honesto com o grande povo americano e dizer tudo sobre a maldita herança que Bush lhe deixou, com todos os seus sombrios reflexos sobre a realidade.

Obama chega à Casa Branca e encontra à sua mesa de trabalho todos os comprovantes de que o país caminha para uma das maiores crises econômicas de sua história. Terá de se inspirar em Roosevelt, espelhar-se em Lincoln e agir como um moderno Jefferson, o redator da Declaração da Independência do país. Aos 47 anos, terá de mostrar séculos de experiência e recuperar a hegemonia americana no mundo.

“Não aparecendo quem con-serte, o que está errado vai continuar errado”.

Surge um novo mo-delo

A maturidade democrática estabeleceu a emergência de um novo modelo nas cidades. Se não é uma questão política, passa inevitavelmente por ela. O novo modelo é o dia-a-dia dos cidadãos, e a idéia é a de que a cidade é de todos, com pobres e ricos, pretos, bran-cos e mestiços convivendo nas mesmas ruas. O espaço público passa a ser o centro das atenções. Isso é o que é importante. O modo como os gestores municipais vão se relacionar com o espaço público vai ser o ponto defi-nidor da qualidade da gestão, refletindo o mesmo peso do desempenho alcançado na saúde, na educação e na lim-peza pública.

Bom gestor é o ri-goroso

Avaliar que a repressão às ocupações ilegais de espaços públicos produz desgaste para os gestores é um erro comum. Ao contrário. Os gestores que se mostram rigo-rosos nessa área são os mais reconhecidos e melhor ava-liados pelos eleitores. Eles se transformam em referência e são os mais respeitados. Uma cidade mantida sob o signo da ordem e da organização, e que mantém seus espaços livres, bem cuidados e vigia-dos, termina por consagrar o prefeito. Comerciantes ilegais, invasores de praças, ruas e cal-çadas não elegem ninguém. É uma regra no mundo todo. Se um prefeito não se descuida e mantém, limpos, iluminados e arborizados os espaços pú-blicos, livres da privatização e da poluição, passa a certeza de que, com igual competência, mantém os serviços de saúde, educação, etc.

Que precisamos de imediato?

De imediato, o prefeito pre-cisa fazer com que a Praça da Matriz não se cristalize como rodoviária a céu aberto. Que

raspe a crosta antes que ela se petrifique. A Coluna da Hora é uma excrescência, um tapume de que a cidade não necessita. Por trás dela e em seu derredor instalou-se um comércio típico de beira de estrada, algo assim que nos envergonha. Ali, antiga-mente, pulsava o coração da cidade. Hoje, o cheiro típico de cachaça ruim se mistura ao o anti-higiênico comércio de sanduíches praticado por “dogões” que só enfeiam e denigrem aquele espaço. Na praça à qual nos referimos, as pessoas perderam o direito de andar pelas calçadas e até pelas ruas. A chamada Praça da Alimentação tem alimen-tado o bolso de “donos” de lanchonetes que sublocam bo-xes pertencentes à Prefeitura, auferindo aluguéis de até R$ 600,00 mensais. Ademais, a Vigilância Sanitária nunca in-comodou ninguém, e sempre se confundiu com o desleixo da gestão passada.

A ponte rodoviária que dá acesso ao bairro da Ilha precisa ser alargada. Tem-se que pensar na futura Praça da Juventude, na freqüência ao templo ali construído e no crescimento urbano do bairro.

A Rua João Tomé precisa de um estudo sobre a via-bilidade de uma passagem sob a linha férrea. A cidade precisa de maior empenho no ordenamento do trânsito. É preciso recolher as sucatas ambulantes que transportam pesados materiais de cons-trução e põem em perigo a vida das pessoas. São veículos velhos, sem documentação, sem placas e licenciamento e portando um amontoado de irregularidades. Nossas ruas estão entulhadas. A cidade precisa respirar os ares da segurança e do ordenamento urbano, os ares da igualdade de direitos e deveres.

Shows culturaisNo espaço de 10 dias a ci-

dade de Crateús foi premiada pelo Governo do Estado com a apresentação de dois gran-des eventos musicais e cultu-rais. O primeiro, de caráter erudito, trouxe-nos o maior pianista brasileiro, Arthur

Moreira Lima, consagrado como um dos 10 maiores do mundo, fato que aconteceu na Praça da Catedral, no dia 15 passado, ao qual compa-receu um público estimado em 4 mil pessoas. Domingo, 25 de janeiro, a cidade teve a oportunidade de aplaudir um dos maiores grupos de pop rock brasileiro - a Banda J Quest, que se apresentou na Praça Antônio Acelino, com a presença estima de 15 mil es-pectadores. Foram, até o mo-mento, os dois maiores shows apresentados na cidade.

Que o brilho estelar desses dois mega-eventos culturais não seja ofuscado pelo estri-dente som de predadores da verdadeira música nordestina, as tais bandas de forró, que se intitulam de os barões, tuba-rões ou porcalhões do forró. Que para aqui venham os verdadeiros artistas e instru-mentistas do acordeom, para tocar e cantar a nossa música, e não, os fazedores de zoada que utilizam a nudez feminina como principal atração.

Dificuldades do prefeito

A equipe da Prefeitura que trabalhou na organização do mega-show do J Quest deparou-se com a dificuldade em remover um dos “dogões” que se instalou em frente ao Teatro Municipal. Foi preciso a presença do prefeito Carlos Felipe para convencer a dona do dogão a desocupar o lo-cal, alegando esta a sua caixa d’água que estava cheia, etc.

Até que ponto nós chega-mos: a água utilizada pelos dogões é retirada dos hi-drantes localizados naquela praça, portanto, água que a Prefeitura vem pagando há muitos anos. Quer dizer: A Prefeitura vem concedendo o espaço público que é do povo, responsabilizando-se, pela sujeira de todos os dias, patrocinando a poluição sonora, ambiental e visual, pagando água, tudo em bene-fício de invasores que acham que a praça é deles e estamos conversados. O prefeito não pode ignorar a cronicidade desse problema nem a pressa que tem a cidade em vê-lo resolvido.

10 Sábado, 31 de janeiro de 2009

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Geral

Quando cessaram os aplausos, Barak Obama pôde ouvir melhor o troar dos canhões nas guerras em que George Bush envolveu seu país. Pôde captar com mais nitidez o barulho das máquinas desaceleradas nas indústrias, o clamor dos desempregados, o ranger de dentes dos que especularam na Bolsa e perderam milhões, por conta da crise financeira em que o mesmo Bush mergulhou o planeta. O 44° Presidente dos Estados Unidos vai ter essa sinfonia de horro-

res como background sonoro, acompanhando todos os seus passos, do Salão Oval aos banheiros da Casa Branca. Jovem e brilhante, inaugurando a figura de um presidente negro no comando da superpo-tência norte-americana, Obama reúne condições para impor mudanças. Que não serão radicais, isto é certo. Não se espe-re que os EUA removam as barreiras á importação de produtos brasileiros, que condenem Israel, abdiquem das interven-ções militares e suspen-

dam o bloqueio a Cuba. Os tentáculos das megacorporações, as

garras do grande capital vão continuar mani-pulando os cordéis em Washington. Sempre foi

assim, independente de quem ocupa o trono: um democrata ou um republicano. O efeito Obama há de se fazer sentir mais pelo que ele representa- uma mudança – do que pelo teor dos decretos que assinar. A crise finan-ceira, com devastado-ras conseqüências na economia mundial, há de arrefecer porque, em grande medida, ela é psicológica, é uma crise de confiança: inicialmen-te no mercado imobili-ário, depois nos bancos, nas bolsas de valores,

nas empresas. No fundo, trata-se de uma crise de confiança no próprio sistema capitalista. Muitas vezes, quando a irracionalidade é quem dá as cartas, uma troca no figurino, no cenário, no script, pode fazer grande diferença.Obama é sangue novo nesse teatro. É a figura mais diferente que pode-ria subir ao palco, o con-traste mais forte que se poderia estabelecer com relação a Bush. Basta isso. Eis a mudança que faltava para tranqüilizar a nervosa platéia.

Eu já vi jornal morrer, eu já vi jornal nascer. Entre os dois fatos, bem distanciados, a promessa de não falar neste assunto, pelo menos por en-quanto. Penso no desperdício de energia e talento, postos a serviço da normalização democrática. Passei décadas a escrever sobre e contra a anti-lei, o arbítrio, a tortura, o AI-5, o resto. Podia cuidar de outras coisas, dos passarinhos, do papagaio, dos livros, amados livros. Quem sabe, ler também o poema de Horácio. Nunca li direito a Divina Comédia, mas conheço na ponta da língua o maldito quarentão AI-5. A

vasa inesgotável dos remen-dos fabricados sob medida, na alfaiataria do casuísmo, do mais reles imediatismo. E pergunto: onde estão os faróis altos? O Brasil não é apenas a popularidade formidável de Lula, pontes, viadutos e elevados, e hidrelétricas, e soja, e eletrodomésticos, o Pac, o pré-sal etc. e etc. O Brasil deve livrar-se de sua pobreza. Deve ser justo. E pode ser pobre e decente, sem o escândalo afrontoso dos anos-luz que nos sepa-ram da multidão infinita dos deserdados. Já mudei de jornal algumas vezes, principalmente

na fase do Rio de Janeiro. O jornalismo é (ou era) instável. Os jornais também morrem. E há o incontrolável desejo de desabafar. Cuspir a espi-nha atravessada na garganta. Para quê? Para nada. Tenho perfeita consciência de que não vale rigorosamente nada. Escrevemos, escrevemos, cla-mamos no deserto. O clube do poder tem as portas lacradas e calafetadas. Um ou outro conceito afaga a nossa vai-dade. Influência? Nenhuma. Senhores: não tenhais medo de nós escribas. Somos os trouxas de um plantão cívico, consciências atormentadas,

ardentes de brasilidade, de querer o melhor para o Brasil. Hierofantes de hieróglifos indecifráveis,inocentes nés-cios que acreditam em Papai Noel e nas santas intenções dos que vendem um carro em 60 prestações, sem entrada e sem mais nada. Depois... bem, o Brasil é vosso. Fazei dele o que melhor vos aprouver. Consola-nos a certeza de que morreremos indignados e passamos adiante este legado de ira e ternura. Cidadãos da República em uma lição de polidez e de firmeza para um mundo despovoado.

O bom Obama

Respeitável banqueiro cearense apaixonou-se por uma jovem entrosada no meio artístico e literário de Fortaleza, passando a cortejá-la insistentemente, saindo com ela várias vezes. Precavido, antes de pedir a moça em casamento, tratou de encomendar rigorosa investigação sobre os antecedentes da moça, contratando para isso uma empresa de São Paulo para trabalhar em conjunto com outra empresa local. Queria obter o maior número possível de informações. Em uma semana, o banqueiro recebeu um sucinto relato: Culta, inteligente e de estirpe familiar do melhor conceito. Cultiva virtudes e hábitos salutares. Possui passado irrepreensível na vida estudantil, universitária e no meio em que atua. Comportamento até agora inatacável. Apenas uma ressalva: “há algum tempo, vem se relacionando com um poderoso homem de negócios, viúvo há dois anos, e portador de re-putação duvidosa”.

AfrouxandooRiso

Banqueiro apaixonadoMemóriasConstruindo a Vida

Nietzsche dizia que a me-mória tinha vantagens e des-vantagens na vida. È certo que quem quiser viver bem, quem almejar de algum modo ser feliz, deverá pro-var o equilíbrio entre lem-brar e esquecer. Mas o que devemos esquecer e o que devemos lembrar? Na busca de um meio termo, mais vantajoso será guardar o que nos traz bons afetos e des-cartar o que nos traz maus sentimentos. Motivos para a infelicidade não faltam a quem quiser olhar para his-

tória humana. Mas enquanto a memória histórica nos faz bem, pois nos mostra o que se passou para chegarmos até aqui, a memória pessoal faz o mesmo, mas ela só tem sentido se conectada à memória coletiva. Para po-der buscar a alegria de viver é preciso olhar para frente e reinventar a vida a cada dia. É essa invenção do presente que nos dará, no futuro, um passado do qual tenhamos prazer em lembrar... Por isso, contar histórias, fazer arte, ou seja, deixar-se levar

pelas musas, continua sendo a melhor saída. A vida criati-va é a única que evita o mau esquecimento e, por outro lado, a má lembrança que é o ressentimento. (Márcia Tiburi)

Kitah – taróloga e astró[email protected]

Italo Gurgel- Jornalista

Hélio Passos [email protected]

A campanha contra a exi-gência do diploma para o exercício do jornalismo como profissão está a cada dia que se passa mais agres-siva, tendo á frente jornais como a Folha de S. Paulo, que não combate em edito-riais, o que foi feito quando o tema tomou conta do país abrangendo a mídia, enti-dades classistas, cursos de comunicação... Artigos ocu-param espaços em que quase todos os jornais brasileiros, pró ou contra o diploma.

O que mais me chama a atenção neste pacote de controvérsias é a maneira os-tensiva e debochativa usada pela FSP para desmoralizar a exigência do diploma. Trata-se de um anúncio exposto em lugar destacado do jornal – “Folha de S. Paulo pro-cura Novos Talentos”. Se você é estudante ou recém-formado em qualquer área e tem talento para jornalismo, inscreva-se: 48° Programa de Treinamento em Jornalismo Diário. Uma das melhores maneiras de aprender a fazer jornal, conhecer a rotina e os profissionais da Folha e capacitar-se para trabalhar na redação.

Vale a pena comentar. “Se você é estudante universitá-rio ou formado em qualquer área”... isto é, não precisa ser de escola e ou formado em jornalismo para freqüentar

curso de treinamento em Jornalismo diário”. Para quê – a Folha reforça a sua tese- curso de Jornalismo?

E tem talento para jorna-lismo... talento, o que vem a ser isso?

Virtude inata, queda, von-tade de fazer jornalismo? Não nego que uma das me-lhores maneiras de conhecer a rotina de um jornal, não obrigatoriamente da Folha, é treinar, trabalhar em jornal. Quer dizer que conhecer a rotina e os profissionais da Folha é trabalhar na sua redação? Noutro jornal a rotina e os seus profissionais seriam diferentes? Ora, na prática todos se assemelham porque a atividade, o exer-cício são os mesmos. Dei-xemos de filigranas: o que a FSP proclama nesse anúncio é o que se sabe – diploma não vale: o que importa é ter talento e talento descoberto, referendado e aproveitado pela Folha.

A FSP faz parte do grupo que respeita as Leis quando vão ao encontro de seus interesses, ao contrario: ás favas.

Artigo - Adísia Sá

Lei para os outros

Quem tem medo de jornalista?

BREVESPACOTE DOS EUA

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou ontem que espera transformar em lei em menos de um mês o plano de estímulo econômico de US$825 bilhões, antes de acrescentar que confia que o país sairá da atual crise mais próspero que antes. O novo presidente advertiu que os pro-blemas econômicos não serão solucionados a curto prazo, mas disse estar confiante de que uma ação enérgica ajudará a colocar o país novamente no caminho. O número de demandas de seguro-desemprego na semana encerrada em 17 de janeiro foi de 589 mil, o maior desde no-vembro de 1982.

Dr Eliézio Torres MartinsORTODONTIA - CRO-CE: 2491

Dr Bruno Cavalcanti MartinsPRÓTESE E CLÍNICA GERAL - CRO-CE: 4875

Dr Breno Cavalcanti MartinsCIRURGIÃO DENTISTA - CRO-CE: 6028

CRATEÚS: Rua Cel. Lúcio, 495 - Centro - Fone: (88) 3691.8050NOVO ORIENTE: Rua Cazuza Rocha, 56 - Centro - Fone: (88) 3629.1477E-mail: [email protected]

Rua Ubaldino Souto Maior, 1230 - São Vicente, Crateús-CE - Fones: (88) 3691.1080 / 3691.5777

11Sábado, 31 de janeiro de 2009

Fale com a redação: Tel.: (88) 3691.2006 - Fax: (88) 3692.3810 - E-mail: [email protected]

Cultura

Entre as maiores sauda-des da juventude crateuense na década de 1960, afora as domingueiras no Caça e Pesca ou na AABB, seria o Grande Rádio Baile Expedito Machado, encerrando o fim de semana. Eram músicas dançantes, gravadas por Iva-nildo e Seu Conjunto, Noca do Acordeon, Luiz Gonzaga, entre outros, tocadas pela Rádio Educadora. Aos in-tervalos, a cada meia hora, o locutor João Alberto (Bebe-to), além dos comerciais de patrocinadores, citava o nome dos dançarinos, residência ou fazenda onde estava aconte-cendo a diversão.

O Rádio Baile acontecia aos domingos, a partir das 20 horas, promovido em casas de família, geralmente, onde havia jovens donzelas. As moças se deslocavam até a avenida para convidar os ra-pazes àquela diversão e, estes, envaidecidos pelo alvissareiro convite, dirigiam-se em turma à residência onde aconteceria

a festa.Locais onde mais se dan-

çava ficavam à Rua Padre Macedo, em casa de Ademar Martins; na Vila Dória, na re-sidência de Ananias Alcanfor, organizado pelas filhas Rosa e Socorro (Bacorra); na Rua Abdias Veras, no aconche-gante lar de Raimundo Balé, e em outras residências quando da comemoração de aniversá-rios ou visita de parentes.

Muitos namoros e até ca-samentos iniciaram naquelas ocasiões. O primeiro olhar ou um flerte, impeliam o rapaz, ainda que tímido e acanhado, a tirar a moça para uma dança. Pouco a pouco as conversas e galanteios e, daí em diante, um namoro du-radouro ou um permanente relacionamento.

Lembro-me de felizes even-tos que as asas do tempo leva-ram para longe, e que hoje são transformados em saudade. No pensamento, vejo a mo-vimentação de jovens casais, dançando ou escorados na

parede esperando a coragem chegar para arriscar-se a uma dança.

Incluo-me entre os fre-quentadores do Rádio Baile, juntamente com Conceição Holanda, Maria Soares, Lima Neto, irmãs Cristina, Dolores e Helena Torres, Sargento Dandréia, Conceição Lima, Evanilde, Edvanira, Sonia e Verbena Aguiar, Cabo Dou-rado, Lúcia e Tereza Melo, ir-mãos José Bandeira e Mileno, irmãos Adailson e Adualdo, Toinha, Quinquinha e Odi-lon, Nilton, Aldenor, Izautô-nio e Sé Machado, Maria do Carmo Muniz, José Bezerra, Iracema Torres, Luis Carlos Sales, Betinho, Antônio Li-nhares, Luiz Almeida, Dr. Geraldo, Neném e Messias Martins, J. Leite, Jorge Dias, Gonzaga Melo, Raimundo e Zé do Adauto, Macedinho, Eduardo Sabóia, Raimundo Melo, Francilio Magalhães, Aretuza, Ritinha, Isaura, Gra-ça e Terezinha Machado, Tarcisio Pinto, Zé e Tonzinho

Basílio, Ticuá, Edi, e muitos outros, sem esquecer meus amigos Antônio Barros e Brazilmar, assíduos freqüen-tadores daquelas danças, cujo namoro firmou-se por lá. Hoje, casados e bem sucedi-dos, residem em Brasília.

A brincadeira terminava às 22 horas, no auge da anima-ção. Naquela hora a emissora desligava seus aparelhos. 10 horas da noite, naquele tem-po, já era tarde demais para rapazes e moças chegarem em casa.

São coisas que o tempo levou, transformada em sau-dade e insistindo em perma-necer em meu peito.

Esta coluna tem o patrocínio do crateuense Antônio Frederico Aguiar (Dodó Aguiar) e da família de João Crisóstomo de Azevedo.

Hermenegildo, urgentíssi-mo!!! Direto da caatinga do Canindé, torando galho seco de marmeleiro pra fazer palito pra espalitar dente antes da distração, e trazendo o bro-gue com as últimas de 2005. Retrospectiva 2005, o ano que não terminou para os currup-tos impunizados da prefeitura. Alô, canalha pôde! Prepara-te, que eu voltei do exílio ciberné-tico, vermelho de ódio e raiva, com meu brogue menstruado, curtido no molho do tomate e no suco da melancia. Alô, anônimos de Crateús! Tô aqui na Chapada dos viadeiros elu-cubrando. Depois de passar o Rubicão, chego aí pra onanizar vocês com minhas punheta-gens literárias, recordando o fundamentalismo do Pio XII. Data venia, vou fazer turismo adjudicatório.

HERMENEGILDO.COM – RESPONDENDO AO ANÔNIMO

Seu MeneGiudo:Sô eu dinovo. Adivie! Sube

qi o dotozão vortô na imtre-neti. É veidade qi ele tár faze-no mizéra e isculambano todu mumdo dinovo? U qi ele tava fazeno? É veidade qi ele tá cum TOC? Diabehiço? Sube

mais qi pro gosto dele, ele distraía os dente da kambada currúpita todia cem nestezia e qi jatár isculabano inté o pre-feito novo? Axo qi ele tár cum a bichiga nus côro. Cem mais inté logo. Num acino.

Você não me engana anô-nimo da Lagoa das Pedras. O dotozão machão da internet voltou. Disse que não ia ficar “feito general do silêncio apostando no lento cuzimen-to da cusciência das massas e ficar conhecido como cur-rupto tal qual uma parteira de campanha”. Tá fazendo miséria contra ele mesmo. Devia fazer um projeto que nem o Arthur Moreira Lima: Sair pelo município com um caminhão odontológico, espa-litando e distraindo os dentes da boca da noite e dos pobres, desentramelando queixal, obturando canino, botando chapa nas velhas, mas ele não quer gastar a fortuna. Então, o pessoal dos quilombolas das Queimadas esculhambou com ele assim: “vai, bytola de ferrovia! Vai, pirangueiro pedinchão, odalisca da Arábia e pierrô do Paquistão! Vai comer linguiça sem trema,

energúmeno do lado preto da vida! Vai, profeta da desgraça, beleguim de aguazil, bota uma cangalha nas costas e sai por aí, feito jumento sem mãe, pi-sando e bufando na rabichola. Vai brigar de foice com Talião! Vai juntar bosta de baleia na Shushuaia e vem adubar o ser-tão, ó proxineta!!!” Agora, so-bre a doença TOC, é verdade que ele tá com ela. TOC quer dizer Transtorno Obsessivo Compulsivo, ou a fome de praticar maldade. Você tem razão: ele tá com a bexiga nos couros. Já tá fazendo raiva ao prefeito, aos secretários. O cara é um xiita de carteirinha. Ele se acha cheio de proso-popéia. Compra livros de filósofos pra citar no brogue pra mostrar curtura. Bem dizia meu professor de latim clássi-co: Désinant maledicere malefacta ne noscant sua. Deixam de falar para que não conheçam suas más ações. Quem tem telhado de vidro não atire pedra no telhado alheio.

Notícia municipal: Acabou-se a mamata de emprego pra médica trabalhar dois dias por mês, ganhando R$ 10 mil no São Lucas. Também pra pedagoga acompanhante de

médica, com o mesmo salário. E ainda, pra informaticuzeiro viciado, craque em beber chá de ipepaconha, ganhando pra passar o dia coçando os olhos.

Acabou-se o que era doce. Será que eles agüentam? Aggggguuuueeeennnnttttaa-aammm!!!!!

E um repórter do rádio per-guntou ao prefeito se a Mulher Melancia vinha para o nosso Carnaval. Aí um assessor to-mou a frente e disse: Já temos aqui a protetora da agricultura familiar que pagava R$ 7,50 pelo quilo da melancia. Precisa de outra?

E o prefeito de Caucaia herdou da sua antecessora um almoxarifado contendo bem contados 281 mil rolos de papel higiênico. Não se sabe se a herança foi um ato de cortesia da parte dela para com o atual prefeito, ou se ela quis mesmo chamá-lo de cagão. Ao ser ouvido sobre o assunto o prefeito disse que a necessidade era só dela mes-ma. E agora?

Ademã que vou em frente. Os cães ladram, mas a cara-vana passa.

Rádio baile Expedito Machado

Causou consternação na cidade a morte do crateuense Omar de Farias Rosa, dia 19 de dezembro de 2008, em Fortaleza, onde residia há muitos anos. Omar foi vítima de queimaduras em acidente doméstico e contava 83 anos. Era casado com Maria Virgínia Frota Rosa, tam-bém natural de Crateús, ambos pertencentes a ilustres e tradicionais famílias da terra.

Acima, está a notícia da morte do atleta e desportista Omar Rosa que, na minha infância e adolescência conheci. Abaixo, escrevo algumas linhas de saudade e recordação da atuação que ele teve como atleta do voleibol e do basquetebol, logo que estes dois esportes começaram a ser introduzidos em Crateús, no início dos anos 50 do século passado.

Com a vinda destes esportes, que aqui chegaram pelas mãos do sargento Carneiro, chefe do Tiro de Guerra 251, e pelo seu filho, Murilo, foi construída uma quadra esportiva para a prática dos mesmos, no local onde hoje se encontra instalada a agência do Bradesco, antes, BEC e, anteriormente, uma revenda de carros da empresa J. Mace-do. Ficou conhecida como a Quadra do Ipiranga. O vôlei e o basquete eram jogados numa quadra de terra batida, em frente à sede do TG 251, na Praça da Cadeia. Omar formava na equipe juntamente com seu irmão Ossian, com Josué Hidenburg (Burgo), Edilberto Frota, Oriel Mota, Antônio Falcão, Antônio Lins, Chico Hernandes, Abner Veras, e outros que não me chegaram à memória. Há mais de meio século estes esportes são praticados em Crateús, sem que, após a época de ouro, tenham sido levados a sério. Em função dos mesmos, Crateús recebeu as fortes equipes da Fênix Caixeiral e do Náutico Atlético Cearense. Em nome dos meninos de ontem, que tanto apreciaram, torceram e aplaudiram estes esportes, além do futebol, reverencio a memória de Omar Rosa e de seus companheiros aqui listados, com exceção do amigo Abner Veras, que se encontra em plena juventude.Esta coluna tem o patrocínio do crateuense e ex-gerente do Banco do Brasil, Benedito Fernandes Portela.

“Dorme, doentinho, dorme!” E ele não dorme!Ofega o peito. E, na respiração,que aos poucos enfraquece, esvai-se a vida,o restinho de vida do menino.

Peço ainda: “Não morras! Não te vás!”Mas o lábio não fala. O ouvido é surdo.Somente o coração teima em bater,Devagar, já no ritmo da morte.

Este pobre menino, agora morto,É o nosso amor. Morreu pelo abandonoQue tu, ingrata Eurídice, lhe deste!

Humilde, sai o enterro, pela rua...Mas onde está o caixãozinho azul?- Ele vai na minh’alma: não o vês...

Entêrro do amorCrateús de Ontem

Flávio MachadoCantinhodaPoesia

FlashdoPassado César Vale

Omar Rosa

Jáder de Carvalho

Assinatura da Gazeta: Um bom presente para um bom amigo.Crateús - Fone/Fax: (88) 3692.3810 - E-mail: [email protected]: (85) 9997.2085 - Fernando Aguiar - Acesse o site: www.gazetacrateus.com.br

Ubiratan e a esposa Terezita, ladeados pela prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins e pelo renomado causídico Estenio Campelo.

Passou pelo calendário, dia 28, meu dileto irmão Luiz Aguiar Vale, cuja vida tem sido um exercício de trabalho, caminho que é trilhado por todos os seus filhos. A ele, longa vida e todas as benesses de que é merecedor.

Estenio Campelo e o filho Guilherme ladeando o governador Cid Gomes, do Ceará.

Guilherme Campelo, Estenio Campelo, Luizianne Lins e desembargado-ra Federal Dulcina Palhano.

Ministro do TCU, Ubiratan Aguiar, assumiu em dezem-bro a presidência da Corte, prestigiado por um sem número de amigos do Ceará e do País inteiro.

Fale com a Gazeta: Fone, Fax e GeralLigue: (88) 3692.3810e-mail: [email protected]

De idade nova, amanhã, 1º/2, o ex-coman-dante do 40º BI, Cel. Nicolau dos Santos Filho, hoje, na reserva e residindo em João Pessoa.

Ex-prefeito de Novo Oriente, Valdecy Coe-lho, em cuja gestão demonstrou competên-cia, comemorou idade nova, dia 21, no meio familiar.

Anita Veras, cujas lembranças percorrem ainda o interior da Farmácia Seiva e brin-cam com a saudade, está rejuvenescendo um ano neste dia 2, sob a proteção de N.S. das Candeias.

Sandrinha e Carlos Umberto Barbosa, para sempre namorados, retornaram à terrinha para rever amigos e passar a receita da felicidade.

Dulce Sales, sempre de bem com a vida, curtiu pequena temporada de férias des-frutando da companhia da irmã Bety, com quem visitou a parentela saudosa de sua presença na terrinha.

Empresário Deusimar Romeu e família foram conferir as belezas da Serra Gaúcha, de onde voltaram encantados. Foto tomada no centro da cidade de Gramado-RS

Rodrigo Coelho Sampaio (Rodrigão), que voltou ao trono municipal de Novo Oriente após 20 anos, ratificando sua liderança e prestígio, comemorou a data de nascimento no último dia 13, ao lado da família, dos amigos e do povão na praça.

Marcos Alberto Martins Torres, cuja eleição ao trono municipal de Nova Russas quebrou um ciclo político de 20 anos naquele municí-pio, comemora, hoje, o seu nat, entre muitos amigos, sempre ao lado de Gracinha, eterna companheira.

Filha do casal Célia e Sebastião Veras (Restaurante Ideal), Suélley não é apenas uma jovem muito bonita. Destaca-se pela inteli-gência. Vocacionada escolheu a Psicologia como carreira, enfren-tou vestibular na Universidade do Piauí e saiu-se com o 5º lugar.

Jovem advogado José Adriano, que faz par com a simpática Andréa Aguiar, estréia na política sucedendo a ex-prefeita Tânia Mourão na Prefeitura de Ararendá, que en-controu organizada e em completa ordem.

Carla Loiola, jovem, bela, elegante, simples e simpática, é quem comanda os destinos do Poder Legislativo de Nova Russas.

Notas SociaisBety Sales e Lisboa Azevedo

ganharam mais um neto, desta vez, uma neta, Mariana, nasci-da no Recife, filha de Renata e Renato Sales Azevedo.

Casal Lúcia de Fátima e Mo-acir Oliveira, que comandam o melhor colégio e laboratório de análises clínicas da cidade, comemoram a chegada da neta Ana Luiza, filha de Lu-ciana e José Luiz.