12
GEOGRAFIA Fonte: http://www.canalkids.com.br/cultura/geografia/tipos2.htm INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO CLIMA O clima é o conjunto de variações na atmosfera em um determinado local ou região registradas durante pelo menos cinco anos. Os estudiosos recomendam cerca de 30 anos de observação e análise dos dados recolhidos antes de determinar o clima de uma região. Sendo assim, o clima pode ser compreendido a partir de seus fatores e elementos, termos que, aparentemente semelhantes, referem-se a questões totalmente diferentes. Os elementos climáticos são as grandezas atmosféricas que podem ser medidas ou instantaneamente mensuradas. São os elementos atmosféricos que variam no tempo e no espaço e que se configuram como o atributo básico para se definir o clima da região. Os principais elementos climáticos são: temperatura, pressão atmosférica, precipitação (o tipo mais comum é a chuva) e umidade. Os fatores climáticos são as condições que determinam ou interferem nos elementos climáticos e os climas deles resultantes. São eles que ajudam a explicar o porquê de uma região ser quente e úmida e outra ser fria e seca, por exemplo. Os principais fatores climáticos são: latitude, altitude, maritimidade e continentalidade, massas de ar e correntes marítimas. Elementos climáticos Temperatura A principal fonte de calor é o Sol, cujos raios solares aquecem a atmosfera indiretamente, por irradiação. Os raios solares não aquecem diretamente o ar, e sim o solo. Este, na verdade, é um condutor, pois capta os raios solares, aquecendo-se e, em seguida, irradia calor para a atmosfera. Pressão atmosférica A atmosfera da Terra estende-se por até 600 km de altitude aproximadamente, e isso significa que há um enorme volume de ar envolvendo o planeta. Ou seja, pressão atmosférica é o “peso” ou “força” exercidos pelo ar sobre a superfície. Como a atmosfera não é igual em toda a sua extensão devido à ação da gravidade, ela se modifica conforme nos afastamos da superfície. Próximo à altitude zero, no nível do mar, o ar é mais concentrado. Consequentemente, a atmosfera é mais compacta e, portanto, sua pressão é maior. Com o aumento da altitude o ar torna-se mais rarefeito, ou seja, o volume de ar que se encontra sobre nós é menor. Logo, menor será a pressão atmosférica.

GEOGRAFIA · responsável pelo movimento das massas de ar, onde as áreas com temperaturas mais elevadas formam as zonas de baixa pressão, cujo ar, por ser mais leve, está em constante

  • Upload
    others

  • View
    4

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: GEOGRAFIA · responsável pelo movimento das massas de ar, onde as áreas com temperaturas mais elevadas formam as zonas de baixa pressão, cujo ar, por ser mais leve, está em constante

GEOGRAFIA

Fonte: http://www.canalkids.com.br/cultura/geografia/tipos2.htm

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO

CLIMA

O clima é o conjunto de variações

na atmosfera em um determinado local ou

região registradas durante pelo menos cinco

anos. Os estudiosos recomendam cerca de 30

anos de observação e análise dos dados

recolhidos antes de determinar o clima de

uma região.

Sendo assim, o clima pode ser

compreendido a partir de

seus fatores e elementos, termos que,

aparentemente semelhantes, referem-se a

questões totalmente diferentes.

Os elementos climáticos são as

grandezas atmosféricas que podem ser

medidas ou instantaneamente mensuradas.

São os elementos atmosféricos que variam

no tempo e no espaço e que se configuram

como o atributo básico para se definir o

clima da região. Os principais elementos

climáticos são: temperatura, pressão

atmosférica, precipitação (o tipo mais

comum é a chuva) e umidade.

Os fatores climáticos são as

condições que determinam ou interferem nos

elementos climáticos e os climas deles

resultantes. São eles que ajudam a explicar o

porquê de uma região ser quente e úmida e

outra ser fria e seca, por exemplo. Os

principais fatores climáticos são: latitude,

altitude, maritimidade e continentalidade,

massas de ar e correntes marítimas.

Elementos climáticos

Temperatura

A principal fonte de calor é o Sol,

cujos raios solares aquecem a atmosfera

indiretamente, por irradiação. Os raios

solares não aquecem diretamente o ar, e sim

o solo. Este, na verdade, é um condutor, pois

capta os raios solares, aquecendo-se e, em

seguida, irradia calor para a atmosfera.

Pressão atmosférica

A atmosfera da Terra estende-se por

até 600 km de altitude aproximadamente, e

isso significa que há um enorme volume de

ar envolvendo o planeta. Ou seja, pressão

atmosférica é o “peso” ou “força” exercidos

pelo ar sobre a superfície.

Como a atmosfera não é igual em

toda a sua extensão devido à ação da

gravidade, ela se modifica conforme nos

afastamos da superfície. Próximo à altitude

zero, no nível do mar, o ar é mais

concentrado. Consequentemente, a

atmosfera é mais compacta e, portanto, sua

pressão é maior. Com o aumento da altitude

o ar torna-se mais rarefeito, ou seja, o

volume de ar que se encontra sobre nós é

menor. Logo, menor será a pressão

atmosférica.

Page 2: GEOGRAFIA · responsável pelo movimento das massas de ar, onde as áreas com temperaturas mais elevadas formam as zonas de baixa pressão, cujo ar, por ser mais leve, está em constante

Fonte:http://geografalando.blogspot.com.br/2012/11/cl

ima-influencia-da-latitude-e-altitude.html

Chuva

Existem vários tipos de chuva. Os

mais importantes são: chuva de convecção,

chuva orográfica ou de relevo e chuva

frontal.

1. Chuva de convecção: Convecção é a

subida do ar quente, que é mais leve do que

o ar frio, para níveis elevados da atmosfera.

A convecção costuma ocorrer o ano todo nas

regiões quentes do globo, como a zona

equatorial, e durante o verão nas demais

regiões. Juntamente com o ar, eleva-se o

vapor d’água originado pela

evapotranspiração de florestas, rios e

oceanos. Quando sobe, esse vapor resfria-se

bruscamente, condensa-se e cai sob forma de

chuva. Essa chuva é chamada de chuva de

convecção ou de verão.

2. Chuva de relevo: As chuvas de relevo ou

orográficas (oro = montanha ou relevo)

também são provocadas pelo resfriamento

do ar, só que nesse caso motivado pela

presença de um relevo montanhoso. O ar

úmido é levado pelos ventos para o alto das

montanhas, onde a temperatura é sempre

mais baixa; ali se condensa e dá origem a

nevoeiros e chuvas leves constantes. Esse

tipo de chuva é comum em regiões serranas.

3. Chuva Frontal: A chuva que resulta do

encontro de duas massas de ar com

características diferentes de temperatura e

umidade é chamada de chuva frontal.

Devido a esse encontro, a massa de ar quente

sobe e o ar resfria, dando origem à formação

de nuvens e a chuva. Estas são do tipo

chuvisco, na passagem de uma frente quente,

ou do tipo torrencial, na passagem de uma

frente fria. No Brasil, a chuva frontal mais

comum é provocada pelo choque do ar frio

que vem dos polos (frente fria) com o ar

quente estacionado nos trópicos. Essa chuva

é muito comum durante o inverno no centro-

sul do Brasil, quando é frequente a chegada

de ar frio vindo do polo sul.

Page 3: GEOGRAFIA · responsável pelo movimento das massas de ar, onde as áreas com temperaturas mais elevadas formam as zonas de baixa pressão, cujo ar, por ser mais leve, está em constante

Fonte: http://professoralexeinowatzki.webnode.com.br/climatologia/chuvas/

Umidade

É a quantidade de água em sua

forma gasosa presente na atmosfera. Temos,

assim, a umidade absoluta (quantidade total

de água na atmosfera) e a umidade

relativa do ar (quantidade de água na

atmosfera em relação ao total necessário

para haver chuva).

Ventos

O vento consiste no deslocamento de

massas de ar, sendo que esse fenômeno é

consequência do movimento do ar de um

ponto no qual a pressão atmosférica é mais

alta em direção a um ponto onde ela é mais

baixa. Os principais elementos que

interferem na pressão atmosférica são a

temperatura e a altitude: zonas de baixa

altitude = zona de alta pressão atmosférica;

zona de elevada altitude = zona de baixa

pressão atmosférica.

A distribuição de radiação solar

sobre a superfície terrestre ocorre de forma

desigual, criando diferentes zonas térmicas e

regiões de alta e baixa pressão atmosférica.

A variação da pressão atmosférica é

responsável pelo movimento das massas de

ar, onde as áreas com temperaturas mais

elevadas formam as zonas de baixa pressão,

cujo ar, por ser mais leve, está em constante

ascensão, podendo atingir até 10 mil metros

de altitude.

Os ventos são de fundamental

importância na dinâmica terrestre, visto que

eles são modeladores do relevo, transportam

umidade dos oceanos para as porções

continentais, amenizam o calor das zonas de

baixa pressão atmosférica, entre outros

fatores.

De acordo com os movimentos, os

ventos podem ser:

Ventos de oeste: deslocam-se dos trópicos

em direção aos polos do planeta.

Ventos polares de leste: são ventos que se

deslocam dos polos em direção aos trópicos.

Ventos alísios: se direcionam dos trópicos

para as regiões próximas à linha do Equador.

Ventos periódicos: Monções

As monções são um fenômeno

típico da região sul e sudeste da Ásia, onde o

clima é condicionado por massas de ar que

ora viajam do interior do continente para a

costa, monção continental, ora da costa

para o continente, monção marítima.

Devido às diferenças de temperatura

e pressão das massas de ar sobre o

continente e o mar o clima de países como

a Índia e o Paquistão é inteiramente afetado

pelo regime das monções.

Page 4: GEOGRAFIA · responsável pelo movimento das massas de ar, onde as áreas com temperaturas mais elevadas formam as zonas de baixa pressão, cujo ar, por ser mais leve, está em constante

Fonte: http://geoconceicao.blogspot.com.br/2012/03/clima-resumo-muitas-pessoas-confundem.html

Fatores Climáticos

Latitude

A latitude é o principal fator que

influencia no clima. Está intrinsecamente

ligada às diferenças da radiação solar sobre a

Terra. Assim, quanto mais próximo à Linha

do Equador (baixas latitudes), mais as

temperaturas tendem a aumentar. Por outro

lado, à medida que nos direcionamos rumo

às zonas polares (altas latitudes), menores

tendem a ser as temperaturas.

Levando em conta essa variação de

distância em relação ao Equador, os

geógrafos dividiram o globo terrestre em

zonas climáticas:

Zona tropical, quente ou

intertropical, nas baixas

latitudes;

Zona temperada do norte,

nas médias latitudes do

hemisfério norte;

Zona temperada do sul, nas

médias latitudes do

hemisfério sul;

Zona Fria ou polar do norte,

nas altas latitudes do

hemisfério norte;

Zona fria ou polar do sul,

nas altas latitudes do

hemisfério sul.

Fonte:http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/hemisferios-entenda-as-coordenadas-geograficas.htm

Page 5: GEOGRAFIA · responsável pelo movimento das massas de ar, onde as áreas com temperaturas mais elevadas formam as zonas de baixa pressão, cujo ar, por ser mais leve, está em constante

Altitude

Em regiões mais altas, a pressão

atmosférica costuma ser menor, além do fato

de a irradiação também ser mais diminuta.

Assim a temperatura costuma ser inferior, o

que nos faz concluir que quanto maior a

altitude, menores as temperaturas e, quanto

mais próximo ao nível do mar, maiores as

temperaturas. A diminuição vertical média

da temperatura na troposfera é de 6,5°C por

km. Isso é o que denominamos de gradiente

adiabático atmosférico. Ou seja, a cada 1000

metros de subida, a temperatura diminui

6,5°C.

Fonte:http://geografalando.blogspot.com.br/2012/11/cl

ima-influencia-da-latitude-e-altitude.html

Maritimidade e continentalidade

Maritimidade e Continentalidade são

termos que designam, respectivamente, a

proximidade de um local do mar ou a sua

posição em uma região mais continental, o

que interfere diretamente sobre o clima. Isso

ocorre porque o solo costuma se aquecer ou

se resfriar mais rapidamente do que a água, o

que acarreta uma maior amplitude térmica

(diferença entre a maior e menor

temperatura) ao longo do ano em regiões

continentais e o inverso em regiões

litorâneas. As regiões mais distantes do mar

perdem calor mais facilmente porque,

quando resfriam, não existe um mar próximo

que ainda guarde um pouco de calor para

transferir à atmosfera.

Massas de ar

Em função das diferenças de pressão

atmosférica, temos a movimentação do ar.

Quando esse movimento ocorre em blocos

de ar com a mesma temperatura e umidade,

formam-se as massas de ar, que transferem

suas características para o clima dos locais

por onde passam. Massas de ar frio e úmido,

por exemplo, são responsáveis por

diminuírem as temperaturas e aumentarem a

umidade.

Massas de ar que atuam no Brasil:

Fonte:http://geoconceicao.blogspot.com.br/2012/03/clima-resumo-muitas-pessoas-confundem.html

Page 6: GEOGRAFIA · responsável pelo movimento das massas de ar, onde as áreas com temperaturas mais elevadas formam as zonas de baixa pressão, cujo ar, por ser mais leve, está em constante

1. Massa Equatorial Continental (mEc):

Forma-se na Amazônia, é quente e úmida.

Essa massa de ar traz muita chuva para o

norte do Brasil. Porém, ao longo de sua

trajetória vai perdendo umidade e chega seca

no sertão do nordeste. Atinge praticamente

todas as regiões durante o verão, provocando

chuvas. No inverno a mEc recua e sua ação

fica restrita à Amazônia Ocidental.

2. Massa Equatorial Atlântica (mEa):

Forma-se no Anticiclone dos Açores

(Atlântico Norte). É quente e úmida. Tem

uma atuação limitada no Brasil,

restringindo-se ao litoral da região norte e

nordeste.

3. Massa Tropical Atlântica (mTa):

Forma-se no Anticiclone de Santa Helena,

no Atlântico Sul. Tem participação constante

durante todo o ano nas regiões sudeste, sul e

centro-oeste e principalmente no verão ao

longo do litoral do Brasil. A passagem dessa

massa pode trazer dois tipos de tempo:

tempo bom, sem nuvens, sem ventos e

temperatura em elevação e tempo chuvoso

no final da tarde (chuvas de verão). Durante

o inverno, a mTa encontra a única massa de

ar frio e úmido que atua no Brasil, a mPa.

Esse encontro provoca chuvas frontais no

litoral nordestino. Por isso é comum

ouvirmos notícias sobre chuvas que castigam

Maceió, Salvador e Recife no mês de julho,

principalmente.

4. Massa Tropical Continental (mTc):

Forma-se no Chaco (prolongamento do

Pantanal na Bolívia e no Paraguai). É uma

massa de ar quente e seco. No Brasil, atua no

sul da região centro-oeste e no oeste das

regiões sul e sudeste, onde ocorrem longos

períodos de tempo quente e seco. Também

provoca um bloqueio que impede a chegada

das massas de ar frio, quase sempre nos

meses de maio e junho, quando ocorrem dias

de temperaturas mais altas, chamados de

“veranico”.

5. Massa Polar Atlântica (mPa): Essa

massa de ar forma-se na Patagônia (sul da

Argentina), por isso é fria e úmida. Sua

passagem provoca chuva por causa da

elevada umidade. Sua atuação é mais

comum no inverno, dividindo-se em três

ramos: o primeiro ramo atinge a região sul, e

traz ventos frios, como o minuano, causando

a formação de granizos, geada e até neve nas

serras catarinenses e gaúchas. O segundo

ramo atinge a Amazônia Ocidental e

provoca a queda brusca da temperatura. Esse

fenômeno é conhecido como friagem e pode

durar até 2 dias em Mato Grosso, Roraima e

Acre. O terceiro ramo atinge o nordeste do

Brasil pelo litoral. A mPa choca-se com a

mTa e provoca chuvas frontais durante o

inverno.

Correntes marítimas

Apresentam condições específicas

de temperatura, influenciando diretamente o

clima. Em regiões em que o mar é mais

quente, por exemplo, a evaporação aumenta

e eleva a umidade, que se dispersa para

outras regiões. Quando as correntes são mais

frias, a umidade local diminui e a pressão

atmosférica e a umidade passam a ser

menores, o que faz com que essa região

acabe “sugando” as massas de ar de outras

localidades, que passam a sofrer alterações

em seus climas.

BRASIL – CLIMA E

VEGETAÇÃO

O território brasileiro apresenta, de

norte a sul, uma grande extensão, superior a

4390 km. Ao mesmo tempo, esse fato

confere uma variação de latitude bastante

significativa em nosso país: 5º 16’ N a 33º

45’ S. Considerando-se que as baixas

latitudes reinam no intervalo que se estende

de 0º a 23º 27’30” de latitude, podemos

concluir que a maior parte das terras

brasileiras são fortemente marcadas pela

tropicalidade.

Page 7: GEOGRAFIA · responsável pelo movimento das massas de ar, onde as áreas com temperaturas mais elevadas formam as zonas de baixa pressão, cujo ar, por ser mais leve, está em constante

Área sob o domínio dos climas

equatoriais

O clima equatorial aparece por toda

a Amazônia, englobando terras do Maranhão

ao Acre e do Mato Grosso até o extremo

norte do país. Esse clima recebe as

influências das massas de ar equatorial

continental (porção ocidental), marcada por

sua instabilidade; e pela massa equatorial

atlântica (porção oriental).

Temperaturas

médias anuais, superiores a 24ºC em

quase toda a região;

Chuvas abundantes,

na maior parte da região, com

precipitações superiores a 2500 mm

anuais;

É interessante notar

que a Amazônia Ocidental recebe a

influência da massa polar atlântica,

que ocasiona o fenômeno da

friagem. Com sua chegada as

temperaturas baixam até próximo os

10º C. O fenômeno pode ser

observado com mais frequência

entre junho e agosto;

Praticamente uma

única estação, com pequena

amplitude térmica anual.

Floresta Amazônica: A maior e

mais importante floresta equatorial do globo.

Estendendo-se pelo norte do Brasil e pelos

países vizinhos dessa região. Apresenta-se

como uma floresta densa e emaranhada, com

árvores muito altas podendo chegar a mais

de 60 metros.

Pode ser dividida em três níveis:

- Mata de Igapó: situada junto aos

rios e sempre alagada (vitória régia);

- Mata de várzea: sujeita a

inundações nas épocas de cheias dos rios

(seringueira);

- Mata de terra firme: situada nas

partes mais elevadas e livre das inundações.

Formadas por árvores altas e compactas

como a castanheira, o cedro e a figueira.

Área sob o domínio do clima

tropical

Cobre a maior parte

do território brasileiro – Brasil

Central;

Temperatura média

anual superior a 18º C;

Chuvas concentram-

se em determinados meses,

caracterizando uma estação chuvosa

que se alterna com uma seca;

2 estações – Verão

chuvoso e Inverno seco;

Recebe a influência

das massas equatorial continental,

tropical atlântica e tropical

continental.

Cerrado: Vegetação característica

da região Centro-Oeste. É formada

basicamente por arbustos associados à

vegetação rasteira. São arbustos de galhos

retorcidos e tortuosos, com cascas grossas,

com raízes profundas e com folhas que, em

grande parte, caem durante a estação seca.

Nos ambientes de cerrado, não falta água,

mas os solos são pobres. A ocupação

humana e econômica (agropecuária) do

Centro-oeste nas últimas décadas foi muito

grande e implicou também na devastação

dessa formação vegetal.

Área sob o domínio do clima

semiárido

No Nordeste,

ocupando uma área de

aproximadamente 1 milhão km2,

incluindo terras do Ceará, Rio

Grande do Norte, Paraíba,

Pernambuco, Sergipe, Alagoas,

Bahia e Piauí, aparece o clima

semiárido;

Chuvas escassas e

mal distribuídas, menos de 600 mm

anuais;

Temperaturas

elevadas, situando-se acima dos

26ºC as médias térmicas anuais.

Caatinga: Vegetação característica

do Sertão nordestino, de clima semiárido. È

formada por árvores e arbustos associados às

cactáceas (xiquexique, mandacaru). O solo é

geralmente arenoso e desprovido de

Page 8: GEOGRAFIA · responsável pelo movimento das massas de ar, onde as áreas com temperaturas mais elevadas formam as zonas de baixa pressão, cujo ar, por ser mais leve, está em constante

gramíneas, o que juntamente com a escassez

de água, dificulta a prática da agropecuária.

Área sob o domínio do clima

tropical de altitude

Abrange as áreas de

serras do sudeste do país;

Temperaturas

médias anuais inferiores a 18ºC;

Chuvas

relativamente elevadas;

Recebe a influência

da massa tropical atlântica e da

frente polar atlântica.

Área sob o domínio do clima

subtropical

Abrange o sul do

Brasil, tomando-se como

referência o trópico de

capricórnio;

Temperaturas

médias anuais são, em geral,

inferiores a 18ºC, e a amplitude

térmica anual é a maior entre os

tipos climáticos do país;

Chuvas superiores a

1250 mm, bem distribuídas ao

longo do ano;

Sofre a influência da

massa tropical atlântica,

responsável por verões quentes e

chuvosos; e da frente polar

atlântica, com invernos

rigorosos;

Apresenta as 4

estações do ano bem definidas.

Mata Atlântica: É a floresta

tropical da encosta úmida oriental, muito

devastada em toda sua extensão,

principalmente pela extração de madeiras

nobre, a ocupação humana e econômica. No

passado, se estendia por toda região litorânea

do Brasil desde o Rio Grande do Norte ao

Rio Grande do Sul. Devido à sua devastação,

atualmente corresponde a apenas 5% de sua

vegetação original.

As florestas tropicais são muito

semelhantes às florestas equatoriais, se

caracterizam por serem: de elevada

diversidade biológica, densas e fechadas.

Contudo, são menos exuberantes, suas

árvores chegam a até 30 metros.

Floresta de Araucárias: Floresta do

planalto meridional brasileiro, onde o clima

é subtropical. Ocupa principalmente os

estados da região sul do país. A Mata de

Araucárias é uma floresta homogênea

(espécie dominante é o Pinheiro-do-Paraná),

de fácil penetração e possuidora de madeira

de boa qualidade para a fabricação de papel

e móveis. Por essa razão foi uma das

formações vegetais mais devastadas no

Brasil.

Campos: Vegetação formada por

gramíneas e que aparece principalmente nas

planícies e áreas de topografia suave,

geralmente destinada a prática da pecuária.

Aparece principalmente no Rio Grande do

Sul (Campanha Gaúcha), no Pantanal e na

ilha de Marajó.

Page 9: GEOGRAFIA · responsável pelo movimento das massas de ar, onde as áreas com temperaturas mais elevadas formam as zonas de baixa pressão, cujo ar, por ser mais leve, está em constante

Tipos de clima do Brasil. Fonte: http://issuu.com/ed_moderna/docs/arariba-geografia6ano

Brasil: domínios morfoclimáticos. Fonte: http://www1.curso-

objetivo.br/vestibular/roteiro_estudos/formacao_vegetal_brasileira.aspx

Page 10: GEOGRAFIA · responsável pelo movimento das massas de ar, onde as áreas com temperaturas mais elevadas formam as zonas de baixa pressão, cujo ar, por ser mais leve, está em constante

EXERCÍCIOS

1. (UFSC/2003) O mapa do Brasil, abaixo,

apresenta a classificação climática de

Strahler. Observe atentamente as regiões

numeradas e assinale a(s) proposição(ões)

CORRETA(S).

01. As amplitudes térmicas anuais são

maiores na área assinalada pelo número

1 do que na área de número 2. O mesmo

ocorre com os totais anuais de

precipitação que são maiores na região

de número 1, onde provocam cheias

com reflexos sociais.

02. A porção do território brasileiro indicada

pelo número 2 apresenta o clima

subtropical úmido, controlado por

massas de ar tropicais e polares que

atingem toda a região, onde vigoravam

formações florestais e campestres

fortemente alteradas pela ação humana.

04. A região de número 1 refere-se ao clima

tropical tendendo a seco pela

irregularidade de ação das massas de ar.

Nela domina o intemperismo físico, uma

vegetação xerófila e um processo de

desertificação causado pela ação

inadequada do homem.

08. A região de número 2 apresenta um

inverno mais rigoroso no planalto,

comparativamente com outras áreas do

país, principalmente pela influência

conjunta de fatores como a latitude, a

altitude e a distância do mar, além da

ação das massas polares.

16. As duas regiões numeradas localizam-se

em zonas climáticas distintas, sendo que

a de número 1 está na faixa intertropical

e a de número 2, predominantemente,

em zona temperada, o que, por si só,

determina características geográficas

diferenciadas.

2. (UFSC/2013) adaptada. Sobre tipos

climáticos brasileiros e seus respectivos

regimes termopluviométricos, assinale

a(s) proposição(ões) CORRETA(S).

01. Equatorial: alta amplitude térmica e

baixa umidade relativa do ar, o que alimenta

o regime hidrográfico regional.

02. Semiárido: baixa amplitude térmica e

regime pluviométrico de longa estação

chuvosa, mesmo que com pequena

precipitação.

04. Subtropical: regime pluviométrico

regular durante todo o ano; apresenta a mais

elevada amplitude térmica dos tipos

climáticos brasileiros.

08. Tropical de Altitude ou Típico: duas

estações bem definidas, com verão chuvoso

e inverno seco.

16. Tropical Litorâneo: inverno muito frio e

seco, pela ação da mPa, e verão mais úmido,

devido à ação da mTa.

3. No Brasil, certos tipos de vegetação

ocorrem em áreas de climas bem definidos.

Correlacione a coluna II de acordo com a I.

(1) Cerrado

(2) Floresta de Araucária

(3) Floresta Tropical

(4) Caatinga

(5) Floresta Amazônica

( ) Clima Tropical sempre úmido

( ) Clima Equatorial

( ) Clima Tropical semiúmido

( ) Clima Tropical semiárido

( ) Clima subtropical

4. Identifique os tipos de clima apresentados

na figura abaixo:

Page 11: GEOGRAFIA · responsável pelo movimento das massas de ar, onde as áreas com temperaturas mais elevadas formam as zonas de baixa pressão, cujo ar, por ser mais leve, está em constante

1. ________________________________

2. ________________________________

3. ________________________________

4. ________________________________

5. ________________________________

6. ________________________________

5. (VUNESP) De modo geral, os espaços

geográficos cujo clima é influenciado pela

maritimidade apresentam:

a) Menor amplitude térmica anual

b) Chuvas escassas e mal distribuídas

durante o ano

c) Maior amplitude térmica anual

d) Menor quantidade de dias chuvosos e de

nevoeiros

e) Chuvas escassas concentradas no inverno

6. UDESC/2006.2 - Sobre as condições

climáticas do Brasil e o significado de

tropicalidade, pode-se afirmar:

I – A latitude influi na temperatura do ar

atmosférico. Quanto maior a latitude, ou

seja, quanto mais próximos estivermos dos

pólos, menor será a temperatura do ar

atmosférico.

II – A região Sul do Brasil é um exemplo de

região tipicamente tropical brasileira.

III – O clima tropical brasileiro é

influenciado pelo relevo, predominando o

clima tropical de altitude em todo território

nacional.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa III é verdadeira.

b) Somente a afirmativa II é verdadeira.

c) Todas as afirmativas são verdadeiras.

d) Somente a afirmativa I é verdadeira.

e) Todas as afirmativas são falsas.

7. (UDESC) Os três principais tipos de

chuva são: 1) chuva frontal, 2) chuva de

relevo ou orográfica, e 3) chuva de

convecção ou chuva de verão. Analise as

proposições sobre os tipos de chuva.

I. As chuvas orográficas ocorrem em alguns

lugares do planeta onde barreiras de relevo

obrigam as massas de ar a atingir altitudes

superiores, o que causa queda de

temperatura e condensação do vapor.

II. Chuvas de convecção ocorrem quando o

ar quente próximo à superfície fica leve e

sobe para as camadas superiores da

atmosfera, carregando umidade. Ao atingir

altitudes superiores, a temperatura diminui e

o vapor se condensa em gotículas pequenas

que permanecem em suspensão. Esse

processo se repete até formar nuvens muito

grandes, que se precipitam no final do dia.

III. A chuva frontal acontece na zona de

contato entre duas massas de ar (frente) de

características diferentes (uma fria e outra

quente), onde ocorrem a condensação do

vapor e a precipitação da água.

IV. As chuvas de relevo costumam ser

intermitentes e finas e são muito comuns nas

regiões Nordeste e Sudeste do Brasil, onde

as serras e chapadas dificultam a penetração,

para o interior do continente, das massas

úmidas de ar provenientes do oceano

Atlântico.

V. Chuvas de convecção são aquelas que

ocorrem em dias quentes.

Assinale a alternativa correta.

A. Somente as afirmativas I e V são

verdadeiras.

B. Somente as afirmativas I, III e IV são

verdadeiras.

C. Somente as afirmativas II e IV são

verdadeiras.

D. Somente a afirmativa V é verdadeira.

E. Todas as afirmativas são verdadeiras.

8. (UFU-MG) No Brasil atuam diversas

massas de ar. Aquela que provoca chuvas

frontais no litoral do nordeste durante o

inverno, geadas nas lavouras dos estados da

região sul e friagem no norte denomina-se:

a) Equatorial continental

b) Equatorial atlântica

c) Tropical Atlântica

Page 12: GEOGRAFIA · responsável pelo movimento das massas de ar, onde as áreas com temperaturas mais elevadas formam as zonas de baixa pressão, cujo ar, por ser mais leve, está em constante

d) Tropical Continental e) Polar Atlântica

Referência Bibliográfica

ALMEIDA, Mirian Lino; MÉDICI, Miriam de Cássia. Coleção Nova Geração – Geografia. São

Paulo: Nova Geração, 2000.

ANTUNES, Celso. Geografia e Participação. Vol. II. São Paulo: Scipione, 2001.

FARIA, Caroline. Monções. Disponível em: <http://www.infoescola.com/geografia/moncoes-

moncao/>. Acesso em: 8 fev 2017.

FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e. Vento. Disponível em:

<http://brasilescola.uol.com.br/geografia/vento.htm>. Acesso em: 8 fev 2017.

LUCCI, Elian Alabi.Geografia – Homem e Espaço: a organização do espaço brasileiro. Vol. II.

São Paulo: Saraiva, 2003.

PENA, Rodolfo Alves. Fatores e elementos climáticos. Disponível em:

<http://www.brasilescola.com/geografia/fatores-elementos-climaticos.htm>. Acesso em: 5 fev

2015.

TAMDJIAN, James Onnig; MENDES, Ivan Lazzari. Estudos de Geografia: como funciona o

mundo. 6° ano. São Paulo:FTD, 2008.