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GERENCIAMENTO DA RECICLAGEM DE RESÍDUOS DE ALUMÍNIO EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO Jaqueline Terezinha Martins Correa Rodrigues (SENAI) [email protected] Janete Catarina Martins Corrêa (Olvebra) [email protected] Nas últimas décadas, após ter utilizado os recursos naturais como se estes fossem ilimitados, a humanidade se deparou com a degradação ambiental resultante da explosão demográfica e do crescimento da produção industrial. Nas áreas urbanas, principalmente, há uma crescente produção de resíduos, que precisam ser tratados adequadamente. Uma alternativa é a utlização da coleta seletiva, da reciclagem e do reaproveitamento desses resíduos. Um mercado em crescimento é o da alimentação coletiva, sendo que os estabelecimentos que trabalham com produção e distribuição de alimentação para coletividades recebem o nome de Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN). Muitos dos resíduos encontrados nas UAN`s utilizam o alumínio na sua constituição, como panelas, louças e embalagens diversas. O objetivo deste trabalho é mostrar que as Unidades de Alimentação e Nutrição são grandes produtores de resíduos sólidos, em especial os que utilizam o alumínio como matéria- prima, e apresentar um plano de ação para implementar o gerenciamento de resíduos sólidos nestas unidades. Este trabalho foi desenvolvido tendo como base uma revisão bibliográfica acerca dos assuntos estudados e a elaboração de um proposta para implantação do gerenciamento de resíduos nas UAN´s. Como resultado é apresentada uma proposta de plano de ação constituída por sete macro atividades: definição do grupo de trabalho, preparação, inauguração do programa, levantamento, adapatação da UAN, Implantação e atividades contínuas de informação e sensibilização. Palavras-chaves: Resíduos sólidos, Reciclagem, UAN, Aluminio XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão. Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009

GERENCIAMENTO DA RECICLAGEM DE RESÍDUOS DE ALUMÍNIO EM ...abepro.org.br/biblioteca/enegep2009_TN_STP_099_668_12940.pdf · Alimentação e Nutrição (UAN). ... Nos anos 80 implantou-se

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GERENCIAMENTO DA RECICLAGEM

DE RESÍDUOS DE ALUMÍNIO EM

UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E

NUTRIÇÃO

Jaqueline Terezinha Martins Correa Rodrigues (SENAI)

[email protected]

Janete Catarina Martins Corrêa (Olvebra)

[email protected]

Nas últimas décadas, após ter utilizado os recursos naturais como se

estes fossem ilimitados, a humanidade se deparou com a degradação

ambiental resultante da explosão demográfica e do crescimento da

produção industrial. Nas áreas urbanas, principalmente, há uma

crescente produção de resíduos, que precisam ser tratados

adequadamente. Uma alternativa é a utlização da coleta seletiva, da

reciclagem e do reaproveitamento desses resíduos. Um mercado em

crescimento é o da alimentação coletiva, sendo que os

estabelecimentos que trabalham com produção e distribuição de

alimentação para coletividades recebem o nome de Unidade de

Alimentação e Nutrição (UAN). Muitos dos resíduos encontrados nas

UAN`s utilizam o alumínio na sua constituição, como panelas, louças e

embalagens diversas. O objetivo deste trabalho é mostrar que as

Unidades de Alimentação e Nutrição são grandes produtores de

resíduos sólidos, em especial os que utilizam o alumínio como matéria-

prima, e apresentar um plano de ação para implementar o

gerenciamento de resíduos sólidos nestas unidades. Este trabalho foi

desenvolvido tendo como base uma revisão bibliográfica acerca dos

assuntos estudados e a elaboração de um proposta para implantação

do gerenciamento de resíduos nas UAN´s. Como resultado é

apresentada uma proposta de plano de ação constituída por sete macro

atividades: definição do grupo de trabalho, preparação, inauguração

do programa, levantamento, adapatação da UAN, Implantação e

atividades contínuas de informação e sensibilização.

Palavras-chaves: Resíduos sólidos, Reciclagem, UAN, Aluminio

XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão.

Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009

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1. Introdução

O aumento da preocupação com a preservação do meio ambiente é algo recente. Na década de

1970, após Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente em Estocolmo, as nações

começaram a estruturar órgãos ambientais e a desenvolver uma legislação para controle de

poluição (VALLE, 2004). Nos anos 80 implantou-se a obrigatoriedade da análise dos riscos

ambientais para instalação de novas indústrias, de normas para controle de emissões de gases

para as já existentes e a preocupação com a manutenção da camada de ozônio, por exemplo.

Nos anos 90, entram em vigor as normas internacionais de gestão ambiental da série ISO

14000, que estabelecem requisitos para as empresas gerenciarem seus produtos e processos

para que eles não agridam o meio ambiente.

A humanidade sempre utilizou os recursos naturais como se estes fossem infinitos e pudessem

ser livremente explorados. Porém, nas últimas décadas, a população e a produção industrial

tiveram crescimentos explosivos e a degradação ambiental daí resultante e as projeções de sua

ampliação forçam a reconsideração da postura tradicional para evitar a possibilidade de

colapso (MARINHO, 2001).

O lixo representa uma grave ameaça à vida no planeta porque a quantidade produzida é maior

do que o espaço disponível para depósito deste lixo e também porque grande parte das

substâncias químicas comercializadas são potencialmente danosas à saúde humana. À medida

que o desenvolvimento tecnológico e científico avança, joga-se fora mais lixo, à custa da

exploração indiscriminada dos recursos naturais não-renováveis (BALERINI, 2000).

Diante da enorme e crescente produção de resíduos sólidos nas áreas urbanas do planeta, o

grande problema é onde depositar todo esse lixo produzido. Uma das soluções encontradas

para aumentar a vida útil dos aterros, usando de forma mais inteligente nossos recursos

naturais é a coleta seletiva, a reciclagem e o reaproveitamento de parte desses resíduos para as

mesmas finalidades ou para usos diferenciados (CARVALHO, [1995-2000]).

A reciclagem é definida por Ribeiro e Lima (2000) como um sistema de recuperação de

recursos projetado para recuperar e reutilizar resíduos, transformando-os novamente em

substâncias e materiais úteis à sociedade, que poderíamos denominar de matéria secundária.

Na verdade o termo Resíduo sólido diferencia-se do termo lixo, pois o último não possui

qualquer tipo de valor, devendo ser apenas descartado de forma adequada, enquanto o

primeiro possui valor econômico por possibilitar o reaproveitamento no processo produtivo

(DEMAJOROVIC, 1995).

A reciclagem é um dos atributos mais importantes do alumínio, pois qualquer produto

produzido com este material pode ser reciclado infinitas vezes, sem perder suas qualidades no

processo de reaproveitamento. Este processo possibilita, além da proteção ambiental, a

economia de energia e da extração do minério (ABAL, 2007a).

Os fatores que tornam a reciclagem do lixo economicamente viável convergem, todos eles,

para a proteção ambiental e a sustentabilidade do desenvolvimento, pois se referem à

economia de energia, matérias-primas, água e a redução da poluição do solo, subsolo, água e

do ar. Também convergem para a promoção de uma forma de desenvolvimento econômico e

socialmente sustentável, pois envolve ganhos para a sociedade como um todo (RIBEIRO;

LIMA, 2000).

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O mercado da alimentação é dividido em alimentação comercial e alimentação coletiva, sendo

que os estabelecimentos que trabalham com produção e distribuição de alimentação para

coletividades recebem o nome de Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN)

(PROENÇA,1997). Muitos dos resíduos encontrados nas UAN`s utilizam o alumínio na sua

constituição, como panelas, louças e latas diversas. As embalagens de alumínio são

importantes aliadas na preservação dos alimentos, pois impedem a passagem de umidade,

oxigênio e luz, evitando a deterioração dos alimentos (ABAL, 2007b).

O objetivo deste trabalho é mostrar que as unidades de alimentação e nutrição (UAN) são

grandes produtores de resíduos sólidos, em especial aos que utilizam o alumínio como

matéria-prima, e apresentar um plano de ação para implementar o gerenciamento de resíduos

sólidos nestas unidades.

2. Metodologia

Este trabalho foi desenvolvido em duas etapas. A primeira foi a realização de uma pesquisa

bibliográfica, necessária para a realização de qualquer trabalho científico e que tem por

objetivo, segundo Cervo, Bervian e da Silva (2007), conhecer e analisar as contribuições

existentes sobre determinado assunto e buscar respostas aos problemas em questão. A

segunda etapa foi a elaboração da proposta de implantação do gerenciamento de resíduos

sólidos em UAN´s considerando também o exposto na literatura.

3. Contextualização

O Brasil, segundo a ABAL (2007b), utiliza 30% do alumínio aqui produzido para confecção

de embalagens. Muitas destas embalagens são utilizadas para acondicionamento de alimentos,

como latas de refrigerante e formas de alumínio, por exemplo. Além disso, o alumínio é

componente das embalagens longa vida (5% da composição média) e pode ser extraído após a

reciclagem do papel através da incineração em caldeiras de biomassa, possibilitando

economia de óleo combustível; da recuperação do alumínio em fornos de pirólise ou plasma;

ou, ainda, da fabricação de peças por processos de extrusão ou termo-injeção (ZUBEN;

NEVES, 1999).

Quando se trata de reciclagem, o Brasil é o país com maior índice de reaproveitamento das

latas de alumínio no mundo. Em torno de 94% das embalagens utilizadas em 2006 foram

recicladas, o que representa 139,1 mil toneladas de alumínio e a injeção de R$ 540 milhões na

economia nacional (CEMPRE, 2008).

As UAN´s geram vários resíduos sólidos como papel, utensílios com defeito e embalagens de

plásticos e metais (COSTA, 2004). Alguns dos utensílios utilizados em UAN´s são

produzidos com alumínio, tais como: latas de bebidas, panelas usadas com defeito, pratos e

canecas com defeitos, talheres quebrados, bandejas com defeito, formas de alumínio usadas,

papel alumínio usado e embalagens longa vida.

A quantificação dos resíduos gerados em um Restaurante Universitário de São Paulo foi

realizada por Menezes et al. (2002). Os autores consideram os resíduos gerados no preparo e

distribuição de cerca de 2000 refeições (dois almoços e um jantar) e obtiveram 4,3Kg de

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metal do total de 360Kg de resíduos. Note-se que, como a quantificação foi realizada em um

pequeno intervalo de tempo e alguns resíduos como panelas, talheres e bandejas de alumínio

provavelmente não foram descartados no período. Nesta quantificação não está especificado

quais os tipos de metais encontrados, mas considerando que 70% dos resíduos metálicos

sejam de alumínio, podemos estimar que são produzidos aproximadamente 3 Kg de resíduos

de aluminio diariamente, ou, para o caso desta UAN, 1,5g por refeição.

Em 2007, segundo dados da ABERC (2008), estima-se que o mercado potencial de refeições

seja de 40 milhões de refeições por dia, distribuidas em estabelecimentos de refeições,

escolas, hospitais, Forças Armadas e refeitórios empresariais. Considerando o valor de 1,5g

por refeição, obtém-se um montande de resíduos de alumínio estimado em 60 toneladas.

O gerenciamento de resíduos é um processo que compreende várias etapas: segregação,

coleta, manipulação, acondicionamento, transporte, armazenamento, tratamento, reciclagem e

disposição final dos resíduos sólidos (LAFAY, 1997).

Segundo Lafay (1997), a segregação é um processo pela qual os resíduos sólidos são

recolhidos separadamente, a princípio em dois tipos: o Orgânico (resíduo molhado ou

compostável) e o Inorgânico (resíduo seco). Para Carvalho [1995-2000], consiste na

separação dos materiais já na fonte produtora, para que possam ser posteriormente reciclados.

Já o CONAMA (2007) define coleta como o recolhimento diferenciado de materiais

descartados, previamente selecionados nas fontes geradoras, com o intuito de encaminhá-los

para reciclagem, compostagem, reuso, tratamento e outras destinações alternativas, como

aterros e incineração.

A manipulação dos resíduos e do lixo deve ser feita de maneira que se evite a contaminação

dos alimentos e ou da água potável. Entende-se por manipulação a retirada do lixo e dos

resíduos do ambiente de trabalho para posterior armazenamento. Os resíduos e lixos devem

ser retirados das áreas de trabalho, todas as vezes que forem necessárias, no mínimo uma vez

por dia. Imediatamente depois da remoção destes materiais, os recipientes utilizados para o

seu armazenamento e todos os equipamentos que tenham entrado em contato com os lixos

devem ser limpos e desinfetados. A área de armazenamento do lixo deve também ser limpa e

desinfetada (MS/SVS, 1997).

O acondicionamento dos resíduos deve ser feito em local exclusivo para este fim e deve

possuir como características a boa ventilação e a existência de janelas teladas. A mensuração

aproximada da área para o lixo deve ser: 0,02 m2/RD (refeições/Dia), conforme Mezzono

(2002).

O transporte, de acordo com Naime (2005), deve ser adaptado às características dos resíduos,

considerando os cuidados para que as propriedades físicas ou químicas dos materiais não

sofram alterações. Enquanto o armazenamento interno dos resíduos deve assegurar que a

quantidade e qualidade dos resíduos não sofram alterações. Os resíduos podem ser

acondicionados, de acordo com a sua tipologia.

Diante da enorme e crescente produção de lixos e resíduos sólidos nas áreas urbanas do

planeta, o grande problema é onde colocar tudo isso, que tratamento dar a estes materiais.

Uma das soluções encontradas para aumentar a vida útil dos aterros, usando de forma mais

inteligente nossos recursos naturais, é a coleta seletiva, a reciclagem e o reaproveitamento de

parte desses resíduos para as mesmas finalidades ou em usos diferenciados (CARVALHO,

[1995-2000).

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A reciclagem é um processo de separação e transformação do lixo para a sua posterior

reutilização, seja na produção de matérias primas para a indústria, como na compostagem

(CARVALHO, [1995-2000]). Já Calderoni (1996) define reciclagem como, na sua essência,

uma forma de educar e fortalecer nas pessoas o vínculo afetivo com o meio ambiente,

despertando o sentimento do poder de cada um para modificar o meio em que vivem.

Das etapas acima listadas, atualmente a maioria das UAN´s apenas manipulam os resíduos

sólidos e lixos e os acondicionam em recipientes adequados. O transporte destes resíduos

geralmente é feito por terceiros ou pela empresa pública. Algumas UAN´s já utilizam a coleta

seletiva e portanto separam os resíduos basicamente em Orgânicos ou Recicláveis.

Segundo a Organização Não Governamental Compromisso Empresarial para Reciclagem

ONG - CEMPRE (2007), há uma demanda crescente por estudos em reciclagem devido ao

crescente interesse dos órgãos do governo e da iniciativa privada em resolver o problema da

geração de resíduos sólidos. As UAN´s produzem diariamente uma quantidade significativa

de resíduos sólidos adequados para reciclagem, incluindo materiais como alumínio, plástico e

papel. A quantidade de UAN´s tende a crescer conforme a população cresce e se desenvolve,

uma vez que estas Unidades de Alimentação e Nutrição estão presentes não só em

restaurantes e empresas de refeições coletivas, mas também em hotéis, escolas, universidades

e empresas.

4. Planejamento do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Rossi e Luce (2002) definem planejamento estratégico como uma ferramenta gerencial da

direção que tem por objetivo permitir que a empresa governe o seu futuro e seja pró-ativa.

Alday (2000) salienta que o planejamento estratégico procura estabelecer um quadro da

situação atual da empresa e da situação pretendida, atuando através de estratégias para

conseguir alcançar um posicionamento no mercado em que a mesma está inserida. Desta

forma, o gerenciamento de resíduos deve estar inserido no planejamento estratégico das

UAN´s para que possam contar com o apoio da direção da empresa e com os investimentos

necessários para sua implementação.

Ao iniciar o planejamento do programa de gerenciamento de resíduos sólidos deve-se

verificar os objetivos e metas que a empresa determinou para este programa. O passo seguinte

é a verificação das pessoas e atividades envolvidas no processo e por fim, é preciso

determinar a forma dos espaços que irão pertencer ao programa, assim como verificar a

viabilidade da proposição.

O gerenciamento dos resíduos sólidos nestas unidades pode ter como objetivo a venda destes

resíduos com fins lucrativos ou o repasse destes resíduos a comunidades carentes,

colaborando para uma imagem de empresa consciente de sua responsabilidade social. Este

objetivo deve estar explícito no planejamento estratégico da empresa.

Oliveira (1998) apresenta cinco etapas para o planejamento do Gerenciamento de Resíduos

Sólidos em uma Unidade de Alimentação e Nutrição. A descrição destas etapas é realizada a

seguir.

a) 1ª etapa: Conhecendo o lixo do local

Número de comensais;

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Quantidade diária do lixo gerado (pode ser em peso ou número de sacos de lixo);

De quais tipos de resíduos o lixo é composto e porcentagens de cada um (papel, alumínio,

plástico, vidro, orgânicos, infectante, etc.);

O caminho do lixo: desde onde é gerado até onde é acumulado para a coleta municipal;

Identificar se alguns materiais já são coletados separadamente e, em caso positivo, para

onde são encaminhados.

b) 2ª etapa: Conhecendo as características do local

Instalações físicas (local para armazenagem, locais intermediários);

Recursos materiais existentes (tambores, latões e outros que possam ser reutilizados);

Quem faz a limpeza e a coleta normal do lixo (quantas pessoas);

Rotina da limpeza: como é feita a limpeza e a coleta (freqüência, horários).

c) 3ª etapa: Conhecendo um pouco o mercado dos recicláveis

Doação: uma opção para quem vai implantar a coleta seletiva é encaminhar os materiais

para associações ou cooperativas que, por sua vez, vendem ou reaproveitam esse material.

Se for esta a opção, é bom ter uma lista desses interessados à mão. No site da SMA existe

uma lista com algumas entidades. Esta lista poderá ser complementada por meio de

pesquisa na sua região, pois há muitas entidades beneficentes que aceitam materiais

recicláveis.

Venda: preços e compradores podem ser consultados no site da SMA, em listas telefônicas

(sucatas, papel, aparas, etc.) ou nos sites especializados em reciclagem.

d) 4ª etapa: Montando a parte operacional do projeto

Com todos os dados obtidos até esse ponto (as quantidades geradas de lixo por tipo de

material, as possibilidades de estocagem no local, os recursos humanos existentes, etc.), está

na hora de começar a planejar como será todo o esquema. Agora deve-se decidir:

Se a coleta será de todos os materiais, só de materiais com alumínio ou só dos mais fáceis

de serem comercializados;

Se a armazenagem dos recicláveis será em um lugar só ou com pontos intermediários;

Quem fará a coleta;

Onde será estocado o material;

Para quem será doado e/ou vendido o material;

Como será o caminho dos recicláveis, desde o local onde é gerado até o local da

estocagem;

Como será o recolhimento dos materiais, inclusive freqüência.

e) 5ª etapa: Educação ambiental

Esta parte é fundamental para o programa dar certo: integra todas as atividades de informação,

sensibilização e mobilização de todos os envolvidos. O primeiro passo consiste em listar os

diferentes segmentos envolvidos: Administração; Operacional (Nutricionistas, Gerentes,

Cozinheira, Auxiliares, Serviços Gerais) e Clientes.

O segundo passo é pensar que tipo de informação cada segmento deve receber. O terceiro

passo é: pensando em cada segmento e nas informações que se quer passar, planejar quais

atividades propor para cada segmento, visando atingir com mais sucesso o objetivo. Entre as

atividades usadas, sugerimos: cartazes, palestras, folhetos, reuniões, gincanas, festas, etc.

Realizar uma variedade grande de atividades sempre é melhor, pois atinge mais pessoas.

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5. Detalhamento do Plano de Ação, Cronograma e Orçamento

O acompanhamento do andamento do programa deve ser feito regularmente pela direção ou

pelo grupo de trabalho. Este grupo pode ser formado por funcionários de departamentos e

funções diversas, escolhidos pela direção ou voluntários, conforme a empresa julgar que seja

mais adequado para sua realidade e cultura. O comprometimento da direção e dos

funcionários em geral é primordial para o sucesso do projeto de Gerenciamento de Resíduos

na UAN.

Para controlar a execução das tarefas deve-se elaborar um Plano de Ação. Neste trabalho está

sendo proposta a utilização da ferramenta 5W/2H (MARSHALL JR; 2006). Esta ferramenta é

de fácil utilização, não requer conhecimentos avançados em informática ou estatística e é

muito objetiva, definindo responsabilidades, prazos e custos de cada atividade. O nome

5W/2H deriva-se das iniciais das palavras em inglês listadas a seguir e um modelo de planilha

utilizado esta ferramenta é apresentado na Figura 1.

What (O que fazer): informar qual a atividade será executada;

Why (Por que fazer): justificativa da ação/atividade;

Who (Quem): informar quem será o responsável pela execução;

When (Quando): informar o prazo de execução da atividade;

Where (Onde): informar em que setor será executada a atividade;

How (Como): descrever como a tarefa deverá ser executada;

How much (Quanto Custará): informar a estimativa de custo da atividade.

Atividade (What)

Por que (Why)

Responsável (Who)

Àrea envolvida (Where)

Descrição (How)

Prazo (When)

Custo (How much)

Figura 1: Proposta de plano de Ação utilizando a Ferramenta 5W/2H

As sete atividades propostas para o Plano de Ação visando implantar o Gerenciamento dos

Resíduos Sólidos de Alumínio em UAN´s são descritas a seguir.

5.1. Atividade: Definir o Grupo de Trabalho

Por que? A direção da empresa precisa definir quem serão as pessoas responsáveis pelo

programa, seu acompanhamento e sua implementação dentro da empresa. É importante

convidar os funcionários que possuam facilidade de diálogo com os colegas e com a

direção, visando manter uma comunicação fluente entre estes dois lados da empresa. O

interesse do funcionário em participar de um programa como este também é essencial, pois

só assim ele terá motivação para desenvolver mais esta tarefa, além de suas atividades do

dia-a-dia.

Responsável: Direção da empresa

Áreas envolvidas: Todas

De

funcionário

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Prazo: 1 semana

Custo: Para criar o grupo de trabalho não há custo, mas para a realização das atividades

seguintes é preciso quantificar as horas que serão dedicadas ao programa.

5.2. Atividade: Preparação

Por que? Uma vez desencadeado o processo, ajustes serão necessários, mas é importante

manter seu controle. Divisão dos trabalhos para garantir a realização das várias tarefas e

contatos planejados é uma estratégia eficiente.

Responsável: O grupo de trabalho, ou um grupo ampliado para essa fase, deverá tomar as

providências acertadas:

Áreas envolvidas: RH, Produção, Administração

Descrição: compras, se necessário; confecção de placas sinalizadoras, cartazes, etc.;

instalação dos equipamentos: treinamento dos funcionários responsáveis pela coleta;

elaboração de folhetos informativos (horários, freqüências, etc.).

Prazo: 1 mês

Custo: Custo para divulgação do programa, contratação de treinamento (depende do

número de funcionários) e para compra de equipamentos, conforme estrutura da empresa.

5.3. Inauguração do programa

Por que? Deve ser um evento bem divulgado e ter sempre uma característica alegre,

criativa, de festa, mas no qual as informações principais também possam ser passadas.

Pode ser uma exposição ou uma palestra, realizada por empresa de treinamento externa ou

pelo Grupo de Trabalho. É interessante fazer desta data algo marcante, batizado como o

“Dia da Reciclagem”, por exemplo. Uma outra forma de envolver os colaboradores e criar

uma espécie de concurso para definir o lema do programa ou criar o mascote.

Responsável: O grupo de trabalho, RH e Empresa Terceirizada

Áreas envolvidas: RH, Produção, Administração

necessárias; definir a forma do evento; preparar a palestra ou exposição ou contratar

empresa para esta função; se houver concurso, definir comissão julgadora, prêmio e forma

de divulgação no evento.

Prazo: 1 mês

Custo: Se a empresa possui local apropriado para reunir todos os funcionários, não há

custo de locação de auditório; se a palestra for realizada pelo grupo de trabalho, não há

custo adicional envolvido, além das horas que estes terão que se dedicar para preparar o

material; se houver contratação de empresa terceirizada para a palestra, verificar no

mercado a que possui boa qualificação técnica e preço compatível; se houver concurso, o

prêmio pode ser algo simbólico como um diploma ou um troféu.

5.4 Levantamento

Por que? O levantamento das quantidades que serão coletadas é imprescindível para que

sejam quantificados os resíduos sólidos de alumínio da UAN e para que seja possível

estimar o volume a ser coletado mensalmente.

Responsável: O grupo de trabalho

Áreas envolvidas: Produção

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a quantidade diária do lixo gerado (pode ser em peso ou número de sacos de lixo); os tipos

de resíduos do lixo e porcentagens de cada um (papel, alumínio, plástico, vidro, orgânicos,

infectante, etc.); a forma de armazenamento atual destes resíduos e como é realizado o

transporte para o que lhe seja dado o tratamento adequado; Instalações físicas (local para

armazenagem, locais intermediários); Existe local para armazenamento adequado; Como é

realizada a limpeza e a coleta dos materiais.

Prazo: 2 semanas

Custo: Somente as horas de trabalho adicionais dos funcionários do grupo de trabalho.

5.5 Adaptação da UAN

Por que? Durante o levantamento poderão ser identificadas ações necessárias para a

implementação do programa de Gerenciamento de Resíduos, como a necessidade de

aquisição de recipientes adequados para armazenamento dos resíduos de alumínio, por

exemplo.

Responsável: O grupo de trabalho

Áreas envolvidas: Produção e Administração

adaptação de sala para servir de local para armazenamento dos resíduos de alumínio.

Prazo: 2 a 4 semanas

Custo: Variável conforme adaptação necessária.

5.6 Implantação

Por que? Realizadas as adaptações necessárias na empresa, é hora de colocar em prática no

dia-a-dia as atividades do gerenciamento de resíduos: segregação, coleta, manipulação,

acondicionamento, transporte, armazenamento, tratamento, reciclagem e disposição final

dos resíduos sólidos. Nesta etapa a empresa deve ter definido qual será sua estratégia

(vender ou doar os materiais). É interessante que o Grupo de Trabalho crie um fluxo de

trabalho e verifique se o Formulário para o levantamento dos resíduos está adequado e

pode continuar a ser utilizado a partir desta etapa como registro.

Responsável: O grupo de trabalho

Áreas envolvidas: Produção

dados do Levantamento (Atividade 6.4); Anotar os dados diários no Formulário; Definir

com empresa de transporte (ou recebedora dos materiais como doação) a forma e a

periodicidade de recolhimento dos resíduos; Gerenciar a rotina e verificar a eficácia do

procedimento.

Prazo: Rotina. Deve ser verificada a eficácia do procedimento regularmente, em reuniões

do grupo de trabalho, por exemplo.

Custo: Somente as horas de trabalho adicionais dos funcionários do grupo de trabalho.

5.7. Atividades contínuas de informação e sensibilização

Por que? Retomar os objetivos e divulgar notas em jornais/boletins (internos), palestras,

reuniões, gincanas, cartazes, são estratégias que incentivam. A comunicação dos resultados

alcançados deve ser feita periodicamente, preferencialmente pela direção, mostrando assim

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que o programa de Gerenciamento de Resíduos de Alumínio é algo importante para a

empresa.

Responsável: O grupo de trabalho

Áreas envolvidas: RH, Produção e Administração

informativos (horários, freqüências, etc.)...

Prazo: 2 a 4 semanas

Custo: Variável conforme adaptação necessária

6. Conclusões

Como normalmente não há previsão de contratação de novos funcionários para executar as

tarefas do programa de Gerenciamento de Resíduos, haverá inicialmente uma carga elevada

de trabalho para alguns funcionários, sendo esta a desvantagem esperada durante a

implantação. Posteriormente, a empresa pode verificar que, devido ao volume de resíduos da

UAN, há necessidade de contratação de um ou mais funcionários especificamente para

trabalhar nesta área.

A implantação do Gerenciamento de Resíduos Sólidos em Unidades de Alimentação e

Nutrição traz como vantagem principal a idéia de preservação ambiental. Considerando os

resíduos de alumínio, há economia de até 95% de energia utilizada para produzir o alumínio a

partir da bauxita com a reciclagem e há aumento da consciência ambiental por parte das

empresas e dos cidadãos (ABAL, 2007a), não resta dúvida que a reciclagem contribui

efetivamente para a conservação dos recursos naturais.

Outra questão importante é que com o Gerenciamento de Resíduos existe a tendência da UAN

ter sua produção mais limpa e com isso afastar insetos e roedores. Sendo que a higiene deve

ser uma preocupação constante nestas unidades, esta nova forma de tratamento dos resíduos é

uma ferramenta muito útil para se alcançar este objetivo.

Com a opção de doação dos resíduos para entidades carentes, a empresa passa a ser

reconhecida como preocupada com questões sociais e contribuir para uma melhor renda de

famílias que dependem da reciclagem para sobrevivência. A Responsabilidade Social da

empresa passa a ser um diferencial frente à seus concorrentes, ou simplesmente, mostra que

existe consciência de que é possível melhorar as condições de vida de pessoas carentes com

ações simples e de custo baixo. Caso a opção seja a venda dos resíduos, a empresa poderá

com isso ter outra fonte de renda para seu negócio e, ao menos, ter os custos do programa

ressarcidos.

Referências:

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