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Gestão de Materiais de Logística Hospitalar

Gestão de Materiais de Logística Hospitalar · de duas maneiras; o normal, que entra na rotina, e o emergencial, ... merecem especial destaque. É o caso do transporte e da distribuição

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Material Teórico

Responsável pelo Conteúdo:Prof. Dr. José Carlos de Souza Lima

Revisão Textual:Profa. Ms. Fátima Furlan

Logística e Logística Hospitalar

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• O que é Logística?

• Transporte

• Distribuição Física

• Logística e Nível de Serviço

• Logística Hospitalar

• Administração de Materiais

• Pacote Produto-Serviço

· Discutir o conceito de Logística, o que é logística hospitalar e os impactos da logística no nível de serviços, tendo como foco as atividades principais da logística (transporte, armazenagem e distribuição) e administração de materiais.

· Entender a logística e sua aplicação no âmbito de empresas voltadas ao tratamento da saúde, assim como sua integração com as demais áreas da organização e da cadeia produtiva.

OBJETIVO DE APRENDIZADO

Logística e Logística Hospitalar

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Orientações de estudoPara que o conteúdo desta Disciplina seja bem

aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas:

Assim:Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como o seu “momento do estudo”.

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.

No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.

Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte

Mantenha o foco! Evite se distrair com

as redes sociais.

Mantenha o foco! Evite se distrair com

as redes sociais.

Determine um horário fixo

para estudar.

Aproveite as indicações

de Material Complementar.

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma

Não se esqueça de se alimentar e se manter hidratado.

Aproveite as

Conserve seu material e local de estudos sempre organizados.

Procure manter contato com seus colegas e tutores

para trocar ideias! Isso amplia a

aprendizagem.

Seja original! Nunca plagie

trabalhos.

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UNIDADE Logística e Logística Hospitalar

ContextualizaçãoLogística Hospitalar: Salvando Vidas

A logística é vital para a sobrevivência de qualquer empresa, seja ela do segmento que for, porém, em alguns casos, torna-se mais importante do que nunca. Quando se quer definir a logística, utiliza-se, muitas vezes, o exemplo da logística de guerra. Semelhante e tão importante quanto na guerra é a logística hospitalar. Fica difícil imaginar como é o funcionamento de um hospital sem levar em conta os conceitos de logística. É indiscutível, portanto, a necessidade da logística no dia-a-dia dos hospitais, sejam eles de qualquer porte.

O Hospital Sírio Libanês em São Paulo, por exemplo, possui um sistema informatizado em toda a cadeia de abastecimento hospitalar que é composta por: planejamento de materiais, almoxarifado, recebimento, compras, farmácia e suprimentos do Centro Cirúrgico. Toda a movimentação de materiais dentro do hospital é controlada por esse sistema informatizado. O tratamento do pedido é feito de duas maneiras; o normal, que entra na rotina, e o emergencial, que recebe tratamento especial. Cada andar do hospital possui um balcão de enfermagem com um pequeno estoque de materiais de uso padrão, como seringas, soro, algodão, entre outros. No momento da prescrição, o sistema já recebe o pedido de forma automatizada, já que a digitação é feita no próprio andar e a ordem vai diretamente via sistema. Já quando o médico prescreve um medicamento que não consta no estoque, o sistema gera um pedido de compra em farmácias já pré-cadastradas, onde o hospital tem convênio e por isso recebe desconto, e o medicamento é entregue entre 2 e 24 horas, de acordo com a necessidade. O giro de estoque é de 18 dias e alguns itens são controlados em termos de data de validade.

Outro exemplo da necessidade e importância da logística é o Hospital das Clínicas, em São Paulo. Nele, o processo de informatização não é novidade, já a parte de controle dos processos é bastante recente. A distribuição de medicamentos é bastante peculiar, uma vez que recebem o medicamento de uma forma comercial, dividem, reembalam e redestinam de acordo com a necessidade de cada paciente. Para o recebimento e distribuição destes medicamentos existe um almoxarifado central para todo o complexo e depois existem sub-almoxarifados, mas esta divisão ainda não chega até as pontas, o que faz com que ainda exista o estoque em cada uma delas. Dentro deste complexo tem diversas realidades e, além disso, existem alguns departamentos integrados e outros a serem trabalhados. Atualmente, somente duas UTIs e uma enfermaria estão totalmente integradas. É um processo mais difícil e demorado, onde tinha

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uma pessoa dedicada à movimentação e armazenagem dos materiais, agora com a padronização que está por vir, pretende-se conseguir que o pessoal da linha de frente faça todo o processo.

O Hospital São Paulo, por sua vez, encontra-se em fase de transição, pois além de estar fazendo a transformação dos sistemas e implementando a logística propriamente dita, está passando por uma série de reformas. A ideia é a montagem de kits que são encaminhados diretamente ao paciente e ter o controle total do processo, já que hoje o medicamento sai do almoxarifado em doses individualizadas para cada paciente, porém não existe o controle para saber se ele realmente foi utilizado pelo paciente certo. Atualmente, dependem muito da informação do sistema, que ainda depende da digitação.

Quando o rastreamento estiver totalmente implementado, o código de barras será lido no crachá do funcionário, no medicamento e na pulseira do paciente, o que garantirá o controle. Hoje, o maior problema é o retorno do medicamento para a farmácia quando o paciente tem alta ou falece e há sobra do medicamento. A importância de se manter os estoques dos medicamentos realmente necessários é para que não ocorra mais casos como já aconteceu de haver mais de R$ 600 mil em estoque e não estar disponível R$ 1,00 para a compra de uma Dipirona. Além da importância de fazer o controle de medicamentos é muito importante também controlar os descartáveis, uma vez que estes vencem mais rapidamente do que os medicamentos. Futuramente, todo este controle será feito pelo software.

Fonte: https://goo.gl/hjgaNm, acesso em 20.07.2016

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UNIDADE Logística e Logística Hospitalar

O que é Logística?Conceito de Logística

De acordo com Council of Logistics Management (Barbieri & Machiline, 2006:4), logística é o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e economicamente eficaz de matérias-primas, materiais em proces-so, produtos acabados e informações relacionadas com essas atividades, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender às exigências dos clientes.

A Logística está presente em organizações de todos os segmentos (indústria, comércio e serviço) e se constitui como importante ferramenta no fluxo das operações internas do negócio e junto às demais organizações que fazem parte da cadeia de suprimentos.

Toda organização não existe isoladamente. Ela faz parte de uma cadeia de suprimentos na qual estão fornecedores e clientes em diversos níveis de relacionamento com a organização, conforme mostra a figura 1.

Fluxo de mercadorias

Fluxo de informações

Fornecedor Produtor Consumidor

Suprimentos Distribuição física

Figura 1 – Cadeia de Suprimentos Genérica: Segmentos de Principais Atividades

Da esquerda para direita, a figura representa o fluxo de mercadorias (matérias-primas, materiais) do Fornecedor ao Produtor (organização) e Consumidor (cliente final) e, em sentido duplo (da direita para a esquerda e vice-versa), representa o fluxo de informações.

De acordo com BARBIERI & MACHLINE (2006), cadeia de suprimentos é um conjunto de unidades produtivas unidas por um fluxo de materiais (ou mercadorias) e informações com o objetivo de satisfazer às necessidades de usuários ou clientes específicos (Consumidores).

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A Logística atua em todo o fluxo, desde os fornecedores de materiais até a entrega de produtos aos clientes externos à organização, incluindo a prestação de serviços pós-venda e pós-entrega, como a assistência técnica e a prestação de serviços de garantia. Para tanto, desempenha algumas atividades típicas, como mostra a figura 2.

Logística

Suprimentos

• Seleção de materiais;• Seleção e avaliação defornecedores;• Processamento das ordensde compras;• Recebimento;• Gestão de estoques dematérias-primas, peças dereposição etc.• Armazenagem;• Atendimento aos usuáriosinternos

Distribuição física

• Seleção dos canais de distrubuição;• Processamento de pedidosdos clientes;• Expedição;• Transporte e de�nição de rotas;• Embalagem de proteção;• Gestão de estoques deprodutos acabados;• Armazenagem;• Assistência pós-venda;

Figura 2– Segmentos e atividades logísticas típicas

As atividades de suprimento mostradas na figura 2 envolvem a relação da unidade produtiva (organização) com o mercado fornecedor de matérias primas, componentes, peças de reposição, embalagens, materiais auxiliares, serviços etc. Já as atividades de distribuição física envolvem a relação com os clientes e consumidores, relação essa que requer, por exemplo, a seleção do canal de distribuição (distribuidores, atacadistas, varejistas, armazém e centros de distribuição etc.). A atuação eficaz logística no que se refere à execução das atividades de processamento de pedidos, expedição e assistência pós-venda impacta diretamente no nível do serviço prestado ao cliente.

As atividades logísticas pertencentes aos segmentos Suprimento e Distribuição física serão discutidas nas demais unidades da presente disciplina. Todavia, pelo seu grau de importância em termos de custos e na operação logística, algumas delas merecem especial destaque. É o caso do transporte e da distribuição física.

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TransporteO transporte é responsável pela maior parcela dos custos logísticos, tanto numa

empresa como na participação dos gastos logísticos em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) em países com relativo grau de desenvolvimento. Ele é importante nas operações logísticas tanto no que se refere ao suprimento (transporte de matérias-primas e componentes) como a distribuição física (transporte de produtos acabados).

Destacam-se cinco modais básicos: o ferroviário, o rodoviário, o aquaviário, o du-toviário e aéreo. A importância relativa de cada modal pode ser medida em termos de quilometragem, volume de tráfego, receita e natureza da composição do tráfego, assim como pela estrutura de custos de cada modal, como mostra a figura 3.

Tabela 1 – Modais de Transporte

Modal Características Estrutura de custos

Ferroviário Transporte por tremCusto fixo alto – equipamentos, terminais, vias férreas etc.

Custo variável baixo – grandes quantidades transportadas (produtos químicos, siderúrgicos e plásticos, por exemplo).

RodoviárioTransporte

por caminhão, carro, ônibus

Custo fixo baixo – rodovias estabelecidas e construídas com fundos públicos.

Custo variável médio – combustível, manutenção etc.(cargas rodoviárias mostram a quebra do uso dos modais por tipo de carga. Vários dos modais também transportam passageiros).

Aquaviário Transporte por navioCusto fixo médio – navios e equipamentos

Custo variável baixo – grandes quantidades transportadas (carvão, minérios, cascalho, areia etc, por serem baratos e não perecíveis, podem ser assim transportados).

Dutoviário Transporte por meio de dutos (tubos).

Custo fixo alto – direitos de acesso, construção, requisitos para controle das estações e capacidade de bombeamento.

Curso variável baixo – nenhum custo com mão-de-obra de grande importância. (produtos líquidos e gasosos por longas distâncias. Custos de movimentação baixos, mas a linha de produtos atendida é limitada e o custo de instalação alto).

Aeroviário Transporte por meio de aviões

Custo fixo alto – aeronaves e manuseio de sistemas de carga.

Custo variável alto – combustível, mão-de-obra, manutenção etc. (taxas altas em relação a outros modais - melhor nível de serviço. Os produtos transportados, pelo peso e volume, necessitam rapidez e compensam, por vezes, seu preço).

Há, pelo menos, dez combinações de sistema integrado de transporte multimodal:

1. ferro-rodoviário;2. ferro-hidroviário;3. ferro-aeroviário;4. ferro-dutoviário;5. rodo-aéreo;6. rodo-aquaviário;7. rodo-dutoviário;8. hidro-dutoviário;9. aquaaéreo;10. aero-dutoviário.

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A distribuição pelo sistema multimodal pelas empresas utiliza vários modos de transporte (contêineres, carretas móveis, semi-trailers etc.) e envolve a combinação de várias vias (estradas, ferrovias, hidrovias e espaço aéreo).

A decisão por qual sistema utilizar passa pela questão dos custos envolvidos, associados ao tempo de percurso dos materiais (ou produtos) da empresa e o destinatário. Além dos custos de transporte, devem ser também considerados os custos de armazenagem em trânsito dos materiais (ou produtos) transportados.

Numa organização de serviços (como é o caso de um hospital), o transporte é um recurso vital no socorro e atendimento aos pacientes. Geralmente, nesses casos, o transporte é rodoviário (ambulâncias), ou até mesmo aeroviário (helicóptero). Pensando em termos de mobilidade urbana destaca-se o transporte coletivo rodoviário (ônibus) e ferroviário (trens e metrô).

Distribuição Física A distribuição física trata da movimentação, armazenagem e processamento

de pedidos dos produtos finais da organização. Preocupa-se, principalmente, com bens acabados ou semiacabados, que a organização vende e não planeja executar processamentos posteriores. Do instante da finalização da produção até o momento em que o cliente toma posse dela, as mercadorias são responsabilidade da logística que deve mantê-la no depósito da fábrica e transportá-la até os depósitos locais ou diretamente ao cliente. Para tanto, a organização deve definir os canais de distribuição adequados à sua operação.

Um canal de distribuição pode ser entendido como um conjunto de unidades organizacionais, instituições e agentes, internos e externos, que executam as funções que dão apoio à comercialização de produtos e serviços de determinada organização, conforme mostra a figura 3.

Pode-se dizer que o canal de distribuição está associado à composição detalhada de uma cadeia de suprimentos (apresentada na figura 1) na qual aparecem fornecedor, produtor e consumidor, além dos fluxos de informação e de mercadorias. A figura 4 mostra esses elementos de forma mais detalhada.

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CooperativasArmazenagem

Fornecedor

Fabricante

(Fábrica)

Centro deDistribuição

Regional

Varejistas

Consumidores

Atacadista Instituições

Figura 4 – Estrutura complexa de um Canal de Distribuição

Segundo Fleury, et.al (2000:152), a armazenagem (em destaque na figura 4) vem passando por grandes transformações nos últimos anos. Tais mudanças refletem-se na adoção de novos sistemas de informação aplicados ao gerenciamento da armazenagem, em sistemas automáticos de movimentação e separação de produtos, até mesmo na revisão do conceito de armazém como uma instalação cuja finalidade principal é estocagem de produtos.

Para Bowersox & Closs (2011:327), a organização pode vir a obter vantagens econômicas e de serviço com a armazenagem que é fundamental no processo de distribuição física. Do ponto de vista conceitual, nenhum depósito deve fazer parte de sistemas logísticos, a menos que a inclusão se justifique plenamente por meio de análise de custo-benefício. Fica evidente a distinção entre os conceitos de Depósito (ou armazém) e Centros de Distribuição que atualmente são mais completos e sofisticados em termos de tecnologia.

As vantagens econômicas advêm da redução de custos logísticos com a distribuição de produtos, em função da quantidade de instalações que podem operar a consolidação de cargas, o transit point e o cross docking, por exemplo. Na consolidação de cargas, o depósito recebe e consolida produtos de várias fábricas e os envia a um cliente específico. O estoque fica próximo às áreas de consumo.

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Armazém deConsolidação

Fábrica A

Fábrica B

Fábrica C

Cliente

A B C

Figura 5 – Esquema de Consolidação de Cargas

No Transit point, o armazém recebe produtos de um único fornecedor e fraciona a carga em carregamentos menores para atender pedidos de vários clientes de uma área geográfica.

Cliente 1

Cliente 2

Cliente 3

Fornecedor ou Armazém Central

Centro de Distribuição

Avançado

Figura 6 – Esquema de Transit Point

No Cross-docking, as instalações operam no mesmo formato dos transit point, mas envolvem múltiplos fornecedores, que atendem a clientes comuns. É preciso alto nível de coordenação entre os participantes. É fundamental a existência de softwares de gestão de armazenagem.

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A B A B C

Cross-docking

Exemplo: Wal-Mart

Figura 7 – Esquema de Cross-Docking

As vantagens de serviço não estão necessariamente relacionadas com a redução de custos. Elas se justificam principalmente pela prestação do serviço em ao usuário, apresentando melhorias ligadas a tempo e localização do armazém ou centro de distribuição. Destacam-se como vantagens de serviço: o sortimento, a combinação e o merge in transit, por exemplo.

O sortimento se caracteriza pela manutenção de estoques de produtos em antecipação aos pedidos dos clientes e contém múltiplos produtos de diferentes fabricantes ou ser composto segundo o desejo do cliente.

Empresa oufábrica A

Empresa oufábrica B

Empresa oufábrica C

Centro deDistribuição

Cliente A

Cliente B

Cliente C

Figura 7 – Esquema de Sortimento

A combinação é similar a transit point (break bulk), mencionado anteriormente, exceto por envolver cargas de fabricantes diferentes. O armazém combina produtos que chegam com produtos armazenados.

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Fábrica A

Fábrica B

Fábrica C

Depósito de combinação em

trânsito

Produto D

A B C D

A B C D

A B C D

A B

Combinação em trânsito

Cliente W

Cliente X

Cliente Y

Cliente Z

Figura 8 – Esquema de Combinação

O Merge in transit é uma extensão do conceito de cross-docking combinado com sistemas just in time (JIT)., sendo utilizado na distribuição de produtos de alto valor agregado, formados por multicomponentes que têm suas partes produzidas em diferentes plantas especializadas (Exemplo: estações de trabalho formadas por CPUs, monitores e teclados).

Fornecedor A Fornecedor B Fornecedor C

Cliente A Cliente B Cliente C

Atividade de montagem de produtos

Figura 9 – Esquema de Merge in Transit

Bowersox & Closs, Logística empresarial: O processo de integração da cadeia de suprimentos, São Paulo, Atlas, 2011)

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Logística e Nível de ServiçoA Logística Contribuindo para tornar o Cliente Satisfeito

Nível de serviço é a qualidade com que o fluxo de produtos e serviços é gerenciado. É o desempenho da organização avaliado pelo cliente no atendimento dos pedidos e na própria prestação do serviço. A logística é fundamental nesse desempenho, contribuindo para tornar o cliente satisfeito.

Mas, o que é um cliente satisfeito?

Entende-se como cliente satisfeito aquele que tem suas necessidades atendidas com qualidade, rapidez, confiabilidade, flexibilidade e custo, que são os principais objetivos de desempenho a serem atingidos pelas organizações. Esses objetivos são o que o cliente espera da organização e avalia na relação que tem com ela.

» Qualidade significa que o cliente recebe o produto sem defeitos de acordo com as especificações que deseja, ou que tenha um serviço prestado capaz de resolver o problema que ele tem. Para a organização, qualidade em outras palavras, significa fazer corretamente as coisas.

» Rapidez significa que o cliente recebe o produto ou tem o serviço prestado rápido, mas, no sentido de evitar esperas desnecessárias. Para a organização, no entanto, não adianta atender rápido sem que o produto ou serviço tenham qualidade. Na medida em que a organização atinge o objetivo da qualidade, busca atingir também, a rapidez.

» Confiabilidade significa que o cliente adquiriu confiança na organização. A confiança é conquistada se os prazos são cumpridos, produtos entregues e os serviços, realmente prestados. Quando a organização atinge qualidade e rapidez, geralmente, consegue atingir a confiabilidade do cliente.

» Flexibilidade ocorre quando a organização consegue adaptar suas operações in-ternas para atender a determinada situação apresentada pelo cliente (a mudança do local de entrega do produto ou a antecipação da data de um procedimento cirúrgico, por exemplo). Na medida em que a organização atinge, qualidade, rapidez e confiabilidade, geralmente, consegue atingir flexibilidade.

» Custo é o objetivo final, ou seja, é alcançado após a organização ter atingido qualidade, rapidez, confiabilidade e flexibilidade. Ao obter a qualidade eli-minando desperdícios, atender com rapidez, obter confiabilidade do cliente e atingir a flexibilidade de sua operação, a organização consegue reduzir o custo do processo barateando o preço dos produtos e serviços. Se a orga-nização consegue reduzir custos, o mercado (concorrência) é que determina o preço. Geralmente, o preço é o fator determina a escolha do cliente em relação a que organização comprar ou solicitar o serviço.

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A tabela 2 mostra alguns exemplos de como esses objetivos de desempenho devem ser atingidos numa organização hospitalar,

Tabela 2 - Os objetivos de desempenho num hospital

O que signifi ca qualidade, rapidez, confi abilidade, fl exibilidade e custo num hospital?

Rapidez

• Pacientes recebem tratamento apropriado• Tratamento é conduzido de maneira correta• Pacientes são consultados e informados• Funcionários corteses, amigáveis e solícitos

Confiabilidade• Tempo mínimo entre solicitação e realização do tratamento• Tempo para os resultados dos exames, raios x etc. saírem é mínimo

Confiabilidade• Proporção de consultas canceladas é mínimo• Consultas feitas no horário programado• Resultados dos exames, raios x etc. são entregues como prometido

Flexibilidade

• Produto/serviço – novos tipos de tratamentos• Composto (mix) – ampla variedade de tratamentos disponíveis• Volume – habilidade de se ajustar ao número de pacientes atendidos• Entrega- habilidade de reprogramar consultas

Custo• Custo de tecnologias e instalações• Custo de funcionários• Custo de materiais e serviços

De acordo com pesquisas, um cliente satisfeito manifesta sua satisfação para outros quatro e um cliente insatisfeito manifesta sua insatisfação para outros oito.

Expl

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Logística HospitalarAtividades Logísticas na Organização Hospitalar

Uma organização hospitalar tem como segmento principal a prestação de serviço. Entende-se o serviço como sendo o tratamento dado a alguém (no caso o paciente num hospital) ou a alguma de alguém (o conserto de um televisor, no caso de atendimento pós-venda numa loja de eletrodomésticos, por exemplo).

Todavia, o conceito de logística e o fluxo das atividades logísticas típicas mostradas anteriormente prevalecem nas organizações hospitalares, destacando-se algumas especificidades, como mostra a figura 12, um exemplo de cadeia de suprimento de um hospital.

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UNIDADE Logística e Logística Hospitalar

Fabricantes deequipamentos,

instrumentos e outros produtos hospitalares

Laboratóriosfarmacêuticos

Fabricantes de outros materiais de consumo

Distribuidoresrepresentantes

Hospital

Seleção demateriaisAquisiçãoRecebimentoArmazenagemDistribuiçãoetc.

Usuáriosinternos Pacientes

Figura 12 – Cadeia de Suprimento de um Hospital: Exemplo

Diferentemente de organizações industriais e comerciais, a cadeia de suprimentos de um hospital não distingue o suprimento da distribuição física. Ao contrário, prevalecem as atividades voltadas ao suprimento. Isto porque, nas organizações industriais e comerciais os usuários dos materiais são diferentes e possuem objetivos diferentes em relação a eles.

Além disso, nas organizações industriais e comerciais os responsáveis pelas atividades produtivas são clientes internos interessados no suprimento de matérias-primas, componentes e produtos em processo, enquanto os produtos acabados são destinados a clientes externos da organização, prevalecendo as atividades de distribuição física mencionados nas figuras anteriores.

Nas organizações hospitalares, praticamente, há apenas o cliente interno (os solicitantes ou usuários dos materiais), mesmo nos casos em que os materiais são destinados aos pacientes ou aos seus acompanhantes, sempre circulam com base numa intermediação feita por funcionários da organização hospitalar.

De acordo com BARBIERI & MACHLINE (2006), as atividades de suprimento num hospital podem ser agrupadas em famílias de atividades com objetivos comuns e inter-relacionadas, conforme mostra a figura 13.

Seleção de materiaisO que comprar?

ComprasDe quem comprar?

Como comprar?

ArmazenagemComo guardar e

distribuir aos solicitantes?

Gestão de estoquesQuanto e quando comprar?

Figura 13 – Administração de materiais: famílias de atividades

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A figura apresenta um esquema lógico de interação entre os diferentes grupos que constituem a administração de materiais de um hospital ou estabelecem um assemelhado. É importante identificar os materiais necessários para a organização para depois decidir sobre o quanto e quando comprá-los, como armazená-los e como distribuí-los corretamente aos solicitantes, constituindo dessa forma um processo de reciclagem contínua entre as atividades de Seleção de Materiais, Gestão de Estoques, Compras e armazenagem, respectivamente.

A Seleção de materiais envolve as atividades de especificação de materiais, padronização e definição de critérios para adotar novos materiais e substituir os que estão sendo usados. A ideia é buscar resposta à seguinte pergunta: quais materiais devem ser utilizados pela organização?

A Gestão de estoques envolve a previsão de demanda, o manuseio de materiais e o controle dos estoques, a operação e sistemas de reposição. Após a definição dos materiais a serem utilizados pela organização, a ideia é responder as questões: quanto e quando comprar?

Em Compras estão as atividades de seleção, avaliação e desenvolvimento de fornecedores, negociação com eles, acompanhamento das compras etc. A ideia aqui é responder: como e de quem comprar?

A Armazenagem envolve as atividades de recebimento, guarda, preservação, segurança e distribuição aos usuários internos. Essas atividades respondem às questões: onde localizar os materiais estocados, como estocá-los e como entregá-los aos solicitantes.

Assista o vídeo da UniHealt institucional que mostra algumas atividades logísticas em funcionamento. Acesso em https://youtu.be/fj cBIswKOk8

Expl

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Administração de MateriaisBens Materiais

Quais são os materiais dos quais a administração de uma organização hospi-talar se ocupa?

Segundo Barbieri & Machline (2006), a administração de materiais não lida com todos os materiais utilizados na organização. Entende-se por material qualquer coisa constituída por matéria, ou seja, qualquer coisa que possui massa. Especialidades farmacêuticas, fios cirúrgicos, gêneros alimentícios, cateteres, gases medicinais, respiradores, vaporizadores, instrumentos cirúrgicos, balanças, compressores, móveis e utensílios são exemplos de bens materiais, mas apenas alguns dessa lista de bens materiais são objetos da administração de materiais.

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Os bens materiais podem ser classificados em bens de consumo e bens patrimoniais, como mostra a figura 14.

Bens materiais

Bens de consumo

• Especialidades farnacêuticas;• Materiais fotográ�cose radiológicos;• Fios cirúrgicos;• Gêneros alimentícios;• Materiais de limpeza;• Reagentes de laboratórios;• Materiais de inclusão;• Gases hospitalares; • Reagentes para diagnósticos;• Filmes de raio X;etc.

Bens primordiais

• Prédios;• Ambulâncias;• Compressores;• Caldeiras;• Móveis e utensílios;• Incubadoras;• Tanques estacionários;• Autoclaves;• Máquinas de lavanderia;• Eletrocardiógrafo;• etc.

Figura 14 - Bens Materiais: Classificação e exemplos

Os bens de consumo exemplificados na figura são tratados integralmente pela administração de materiais porque estão diretamente ligados aos processos realizados pela organização, no caso um hospital. A falta ou utilização indevida desses materiais implica em a organização prestar um serviço de má qualidade ou, até mesmo, deixar de prestar o serviço. Esses materiais circulam pela organização, ou seja, eles são adquiridos e consumidos durantes os processos, podendo ser ou não estocados em diferentes locais e momentos.

Nem todos os materiais são consumidos integralmente, podendo retornar ao fluxo após passar por processos de higienização, como é o caso dos campos cirúrgicos, cateteres etc. Alguns desses materiais, ao serem consumidos, passam a integrar os custos diretos do hospital, isto porque integram a conta Estoques no Balanço Patrimonial da organização, conta esta que integra o grupo de contas ativo circulante. Os estoques são formados pelos materiais mantidos pela organização para atender a uma demanda futura. (Esse assunto será mais detalhadamente tratado nas próximas unidades).

Os bens patrimoniais, diferentemente dos bens de consumo, baseiam-se na lógica de sua permanência e conservação. Eles integram o ativo imobilizado da organização e são objetos do que se denomina administração patrimonial. O ativo imobilizado é a parcela do ativo permanente constituído por bens e direitos, tangíveis e intangíveis, utilizados na consecução das atividades fins da organização (vide Resolução CFC – Conselho Federal de Contabilidade nº 686 de 14/12/1990, que aprova a NBC-T-3 – conceitos, conteúdo, estrutura e nomenclatura das demonstrações contábeis, Brasília, CFC,1990).

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Há alguns bens materiais que suscitam dúvidas quanto à sua correta categorização, como certos instrumentos de trabalho, utensílios e peças de reposição. Um dos critérios para solucionar os impasses dessa ordem está no valor do bem e o tipo de uso. A rigor, bens de uso repetitivo e que permanecem por muito tempo antes de serem descatados deveriam ser considerados patrimoniais. Apesar de terem lógicas, objetivos e recursos distintos, administração de materiais e administração de bens patrimoniais devem interagir em diversos momentos, na compra, por exemplo, de determinados tipos de material.

Há também, outros materiais que não se enquadram em nenhum dos dois grupos (bens de consumo e bens patrimoniais), como é o caso da água, um insumo importante para qualquer atividade humana, cujo fornecimento não é objeto da administração de materiais.

Pacote Produto-Serviço A qualidade do serviço está relacionada diretamente com a qualidade da admi-

nistração de materiais, pois para que um serviço seja bem feito é fundamental que o material certo esteja disponível no momento em que for necessário. As organiza-ções de serviço (como é o caso das organizações hospitalares) oferecem aos clientes um conjunto de bens tangíveis e intangíveis em diferentes proporções, formando um pacote que a moderna administração denomina pacote produto-serviço.

Nas organizações industriais e comerciais, esse pacote é composto pelo produto (bem tangível) e pelo atendimento pós-venda, por exemplo, (bem intangível). O serviço tem, entre outras características, a intangibilidade e a simultaneidade (quando o serviço é produzido pela organização e consumido pelo cliente, ao mesmo tempo). Já o produto, tem, entre outras características, a tangibilidade, a estocabilidade (o produto pode ser estocado e o serviço não) e a produção precedendo ao consumo.

A tabela 3 faz um comparativo entre produtos e serviços levando em conta qua-tro aspectos (natureza de como o serviço é oferecido ao cliente, insumos utilizados, possibilidades de mecanização e padronização).

Tabela 3 – Produtos “versus” Serviços

Aspecto Características Estrutura de custos

Natureza do que se oferece ao cliente e

do seu consumo

Maior contato com o clienteSimultaneidade

(Produção/ Consumo)Clientes em fila de espera

Intangibilidade

Menor contato com o clienteMomentos distintos (Produção/ Consumo)EstocabilidadeTangibilidade

Uniformidade dos insumos necessários

Insumos diferentes dependendo do serviço prestado (habilidades humanas, recursos físicos)

Cada caso é um caso

Insumos comuns nas indústrias (matéria prima e habilidades humanas)Casos comuns

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UNIDADE Logística e Logística Hospitalar

Aspecto Características Estrutura de custos

Possibilidades de Mecanização

Substituição do trabalho humano por máquinas menor incidência em certos serviços

Menor padronização

Substituição do trabalho humano por máquinas maior incidência na indústria.Maior padronização

Padronização Mais difícil e incomum em certas empresas de serviços Mais fácil e comum em indústrias

Nos hospitais, o pacote produto-serviço é formado por serviços médicos e correlatos e pelos bens materiais comentados anteriormente. Bens patrimoniais, como as instalações, equipamentos e outros presentes no local e no prédio do hospital, também fazem parte do pacote dando suporte ao atendimento e prestação do serviço em si.

O pacote produto-serviço é adotado na maioria das organizações independentemente do segmento, até porque a sociedade moderna apresenta-se atualmente como uma sociedade tipicamente voltada aos serviços. Mesmos nas organizações comerciais e industriais há que diga que “toda vez com adquirimos um produtos, compramos um serviço junto”.

Nas organizações hospitalares, pela sua própria natureza, deve prevalecer na logística e na administração de materiais uma constante preocupação em contribuir com a organização no sentido de dotá-la de condições para a prestação de serviços de qualidade.

Como avaliar a logística de hospital que cuidou do paciente com funcionários descorteses, e demora na aplicação de medicamentos (dipirona, por exemplo), apesar de o paciente ficar curado?

Expl

or

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Material ComplementarIndicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

SitesAssim como nas orientações para leitura obrigatória, você também pode explorar os livros disponibilizados na Biblioteca Virtual Pearson, disponível em:https://goo.gl/GF1uvy

LivrosLogística EmpresarialTBALLOU, Ronald H. , Logística empresarial, São Paulo, Atlas, 2011.

Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos - Estratégia, Planejamento e OperaçõesCHOPRA, Sunil e MENDL, Peter, Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos - Estratégia, planejamento e operações. 4.ed, - Pearson Prentice Hall: São Paulo. 2011 (e-book)

Administração de Materiais - Princípios, Conceitos e GestãoDIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais - princípios, conceitos e gestão, Atlas: São Paulo. 2012., (e-book)

Reversa: Meio Ambiente e CompetitividadeLEITE, Paulo Roberto. Logística, Reversa: Meio Ambiente e Competitividade. Pearson Pretencie Hall: São Paulo. 2009. (e-book)

Logística na Cadeia de Suprimentos - Uma Perspectiva GerencialTAYLOR, David A. Logística na cadeia de suprimentos - uma perspectiva gerencial. Pearson Addison-Wesley, 2005.

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UNIDADE Logística e Logística Hospitalar

ReferênciasBALLOU, Ronald H., Logística empresarial, São Paulo, Atlas, 2011.

BARBIERI, José Carlos & MACHLINE, Claude, Logística hospitalar: teoria e prática, São Paulo, Saraiva, 2006.

BOWERSOX, Donald J. & CLOSS, David J., Logística empresarial: o processo de integração na cadeia de suprimento, São Paulo, Atlas, 2011.

CHOPRA, Sunil e MENDL, Peter, Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos - Estratégia, planejamento e operações. 4.ed. - Pearson Prentice Hall: São Paulo. 2011 (e-book)

DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais - princípios, conceitos e gestão, Atlas: São Paulo. 2012., (e-book)

FLEURY, Paulo Fernando; WANKE, Peter; FIGUEIREDO, Kleber Fossati, Logística empresarial: a perspectiva brasileira, São Paulo, Atlas, 2000.

LEITE, Paulo Roberto.Logística, Reversa: Meio Ambiente e Competitividade. Pearson Pretencie Hall: São Paulo. 2009. (e-book)

LOGISTICA HOSPITALAR: CONTROLE DA CADEIA DE SUPRIMENTOS E MATERIAIS DO HOSPITAL, video https://www.youtube.com/watch?v=_J9pCNLpBKQ acesso em 20/07/2016.

LOGÍSTICA HOSPITALAR: SALVANDO VIDAS, artigo extraído de http://www.guialog.com.br/ARTIGO201.htm , acesso em 20.07.2016.

MOREIRA, Daniel, Administração de Produção e Operações. Pioneira 1993.

REALIDADE DE HOSPITAL MOSTRA A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA, reportagem publicada em 22/10/2013. http://saudebusiness.com/realidade-de-hospital-mostra-a-importancia-da-logistica/,acesso em 20/07/2016.

SLACK, Nigel; et al., Administração da produção, São Paulo, Atlas, 1999.

TAYLOR, David A. Logística na cadeia de suprimentos - uma perspectiva gerencial. Pearson Addison-Wesley, 2005.(e-book

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