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GESTÃO DO SANEAMENTO Relatório do Event o São Paulo, 25 e 26 de Março de 2014 Gestão Compartilhada: Implicações e Mecanismos de Implementação da Decisão do Supremo Tribunal Federal

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GESTÃO DO SANEAMENTO

Relatório do EventoSão Paulo, 25 e 26 de Março de 2014

Gestão Compartilhada: Implicações e Mecanismos de Implementação da Decisão do Supremo Tribunal Federal

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Gestão Financeira do Saneamento 20143

ÍNDicE

Sobre o Evento04

07

Programação – Quem participou, Programação, Relatório das Apresentações

05

08

Sobre a Hiria e Sua Missão

Números do Fórum Nacional de Regulação do Saneamento

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Gestão Financeira do Saneamento 20144

SObrE O EvENTOA segunda edição da conferência Gestão do Saneamento, aconteceu nos dias 25 e 26 de março em São Paulo e contou com um formato mais dinâmico e com a proposta de ampliar os debates e as discussões entre participantes e palestrantes.

A reunião teve entre seus pilares a discussão sobre o cenário regulatório e a avaliação do saneamento no cenário nacional seis anos após a promulgação da Lei 11.455 de 2007. Também contamos com palestras sobre a importância dos investimentos e da aplicação eficiente de recursos; modelos de parceria e participação privada no saneamento, perdas em saneamento e contratos de performance, além de uma mesa com representantes do Ministério Público que que incluiu uma sessão de perguntas da plateia e uma segunda sessão focada em aprofundar as discussões sobre a titularidade dos serviços de saneamento.

Você encontrará neste report informações relevantes sobre este encontro, o descritivo das palestras, posição dos palestrantes sobre o tema e os principais desafios percebidos pelos agentes do setor.

Boa leitura!

Gabriela Silva

Especialista da Hiria

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Gestão Financeira do Saneamento 20145

iDEiAS MulTiplicADAS. FuTurO iNTEliGENTE. Por meio de conteúdos informativos na forma de conferências, a Hiria® proporciona um ambiente ideal para a entrega e transferência de conceitos sobre a construção e a gestão da infraestrutura no Brasil e na América Latina.

Potencializamos as oportunidades de encontros de negócios entre as lideranças da iniciativa privada, poder público e do meio acadêmico, para a formatação e execução de decisões eficientes e sustentáveis.

Nossa missão é criar e multiplicar um acervo de conhecimento para soluções em cidades, energia, água e resíduos, na direção da construção de um amanhã mais inteligente.

ÁrEAS DE ATuAçÃO

Fundada em 2012

Energia

Logística

Água e Resíduos

Gestão daAdministração

Cidades

Gestão da Infraestrutura

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Gestão Financeira do Saneamento 20146

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Gestão Financeira do Saneamento 20147

71 pessoas presentes

15|palestrantes especialistas

reuniões 1 to 1 realizadas

Fotos do Gestão do Saneamento 2014

NúMErOS DO GESTÃO DO SANEAMENTO

15|

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prOGrAMAçÃO rEAlizADASÃO PAULO, 25 de mArçO de 2014

Recepção e Credenciamento

Palavras de abertura da 2º Edição da Conferência Gestão do SaneamentoÉdison Carlos, Presidente - INSTITUTO TRATA BRASIL

Palestra Especial de AberturaDr. Marcus Vinicius, Presidente - CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DA OAB

Gestão e ApliIcação de RecursosModerador: Frederico Turolla, Partner - PEZCO MICROANALYSIS

Debatedores:Raul Pinho, Embaixador - INSTITUTO TRATA BRASIL Ricardo Augusto Simões Campos, Presidente - COPASA Alquermes Valvasori, Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Bioatividades - PREFEITURA DE LIMEIRAÁlvaro José Menezes da Costa, Presidente - CASAL - COMPANHIA DE SANEAMENTO DE ALAGOAS

TitularidadeMediadora: Marilene Ramos, Presidente - INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE (INEA)

Debatedores:Floriano de Azevedo Marques Neto, Sócio - MANESCO, RAMIRES, PEREZ, AZEVEDO MARQUES SOCIEDADE DE ADVOGADOSSílvio José Marques, Presidente - ASSEMAECésar Augusto Cunha Campos, Superintendência de Abastecimento de Água e Esgoto - ADASA Elizabeth Goés, Consultora Jurídica - AESBE Roberto de Oliveira Muniz, Presidente - ABCON

Mesas de Discussão: Regulação e FiscalizaçãoMediador: Alceu Galvão, Coordenador de Saneamento Básico - ARCE - AGÊNCIA REGULADORA DE SERVIÇOS PÚBLICOS DELEGADOS DO ESTADO DO CEARÁDebatedores:Lucas Navarro Prado, Sócio - NAVARRO PRADO ADVOGADOSDiogo Mac Cord de Faria & Carlos Werlang Lebelein, Sócios - LMDM CONSULTORIA EMPRESARIAL

SÃO PAULO, 26 de mArçO de 2014

Recepção dos Participantes

SESSÃO ESPECIAL: PARTICIPAÇÃO PRIVADA

Palavras de Introdução e mediação:Lucas Navarro Prado, Sócio - NAVARRO PRADO ADVOGADOSDebatedores:José Geraldo Portugal Júnior, Assessor da Diretoria Econômico - Financeira - SABESP Bruno Pereira Coordenador - PORTAL PPP BRASIL | Sócio - BARBOSA SPALDING ADVOGADOS Newton Lima Azevedo, Vice-Presidente - Vice Presidente, ABDIB | Governador pelo Brasil, CONSELHO MUNDIAL DA ÁGUADebatedores:José Geraldo Portugal Júnior, Assessor da Diretoria Econômico - Financeira - SABESP Bruno Pereira Coordenador - PORTAL PPP BRASIL | Sócio - BARBOSA SPALDING ADVOGADOS Newton Lima Azevedo, Vice-Presidente - Vice Presidente, ABDIB | Governador pelo Brasil, CONSELHO MUNDIAL DA ÁGUA

As Perdas e os Contratos de PerformaceMediador: Fernando Marcato, Sócio – GO ASSOCIADOSDebatedores:Dante Ragazzi Pauli, Presidente - ABES – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTALRogerio G. Pilotto, Business Development Officer - Structured Finance - IFC Ricardo Toledo Silva, Professor Titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - USMauricio Dantas, Superintendente da Agência Reguladora de Itu (SP)

Mesa com o Ministério PúblicoMediadora:Alessandra Ourique de Carvalho, Sócia - HESKETH ADVOGADOSDebatedores:Luiz Fernando Rocha, Promotor de Justiça de Urbanismo e Meio Ambiente - MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO Annelise Monteiro Steigleder, Promotora de Justiça de Defesa do Meio Ambiente - PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PORTO ALEGRE Érico de Pina Cabral, Promotor de Justiça - MINISTÉRIO PÚBLICO DE GOIÁS

Sessão Especial de AprofundamentoAlessandra Ourique de Carvalho, Sócia - HESKETH ADVOGADOS

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O palestrante Édison Carlos - Presidente do Instituto Trata Brasil – abre o primeiro dia da Conferência Gestão do Saneamento discorrendo sobre a importância dos temas que serão abordados no evento para com a sociedade como um todo – hoje em dia amplamente discutidos entre cidadãos e representantes de cargos políticos. Em observação, citou a Semana da Água, a qual transcorria durante o período do evento.

Édison faz comentários acerca da crise no setor de saneamento, evidenciando que em nenhum dos 5 primeiros anos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) as metas anuais foram alcançadas. A principal justificativa levantada por ele é que os obstáculos dessa crise não eram, e nem são hoje em dia, somente financeiros. No tocante à universalização do setor de saneamento, sua projeção é de no mínimo 20 anos, o que ele considera como insatisfatório dado o contexto atual do setor. Foi citada a previsão do Plansab, equivalente em números a 15 bilhões/ano. Alguns pontos indispensáveis para que a crise seja contornada foram ressaltados pelo palestrante: a desburocratização do acesso aos recursos, exemplos de Parcerias Público-Privadas (PPP’s) e Público-Público (em estados como Alagoas, Ceará e Pernambuco). Também foram levantadas questões sobre as regiões Norte e Nordeste, nas quais o repasse de recursos continua ocorrendo mesmo sem haver melhoria de indicadores, de eficiência e de metas para universalização.

O discurso também abordou temas relativos aos pequenos e médios municípios, onde a visão é de que concessões e agências reguladoras devem ser multimunicipais, visando o fortalecimento mútuo dos comitês de bacia e das agências reguladoras e explicitando a visão do orador de que o saneamento deve ser regional. Um desafio citado foi o conjunto de soluções para áreas rurais – considerando fatores políticos, o conflito de interesses tangencia possíveis medidas a serem adotadas. Este exemplo ilustra a inserção do saneamento em um cenário sócio-político, onde o cidadão possui poder de voto e este pode ser parametrizado a partir de medidas que corroborem para o saneamento, podendo então alterar a velocidade da sua universalização.

No final da palestra de abertura são feitos votos de que os dois dias de conferência permitam delinear soluções em todos os níveis governamentais, visando o bem comum do setor.

prOGrAMAçÃO

1º DiA - TErçA-FEirA 25 DE MArçO DE 2014

08h00| Recepção e Credenciamento

08h30| Palavras de abertura da 2º Edição da Conferência Gestão do SaneamentoAbertura e boas vindas: Gabriela Silva

Édison Carlospresidente - instituto Trata brasil

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Gestão Financeira do Saneamento 201410

O Presidente do Conselho Federal da OAB, Dr. Marcus Vinicius, inicia seu discurso apresentando o conceito da Coordenação da OAB – um fórum de discussão e de incentivo a práticas de defesa do cidadão através da participação no desenvolvimento de leis e políticas que possam acelerar o desenvolvimento do setor. A Coordenação apresentada defende o direito do cidadão frente à indefinição da titularidade do saneamento, problemáticas que podem ser ilustradas pelo processo do Município de Guarulhos.

Raul Pinho entra na discussão, colocando em pauta que o arcabouço legal existe e é suficiente para as necessidades atuais. Raul questiona a participação da OAB na cobrança pela execução da lei. Os debatedores da Coordenação explicam que o cumprimento da lei perpassa pela fiscalização não somente de serviços, mas também de contratos, que podem ou não possuir cláusulas e metas, podendo dificultar a cobrança da lei.

Dando continuidade, Álvaro Menezes indaga sobre esferas de ação. Os conferencistas respondem que a capacitação da magistratura e dos procuradores e Ministério Público é um foco da Coordenação. É ressaltado que a revisão de marcos legais e de formas de contratação é um debate onde a atuação da OAB deve ser próxima. Subsídios para agências reguladoras (as quais compreendem a fiscalização pública) são fundamentais e são viabilizados através da participação nas esferas de governo.

Édison Carlos expõe a visão do setor de saneamento de que o Ministério Público executa medidas divergentes às do setor, apesar de Édison opinar que o próprio setor de saneamento possui deficiências neste quesito. Dando continuidade ao seu ponto de vista, o palestrante sugere a aproximação do MP, a partir da apresentação das demandas, dificuldades e visões globais para os tribunais de contas e promotoria. O discursista acredita que a OAB pode exercer papel de ponte entre o setor de saneamento e o MP, uma vez que obras deste caráter possuem finalidades de aumentar a qualidade de vida da população.

É lançada uma pergunta sobre o receio dos responsáveis pela liberação de dinheiro da Caixa Econômica Federal em função da responsabilização individual por irregularidades na contratação de projetos. Os debatedores assumem e concordam que a responsabilização individual inibe a liberação de recursos. A colocação de que o conservadorismo é por falta de segurança e informação é compartilhada pela mesa. O aumento da segurança na contratação pelo agente público depende de que estes sejam cada vez mais capacitados a analisar propostas e projetos. Por capacitação, o palestrante define que seria levar ao conhecimento do contratante as pautas e realidades operacionais, juntamente com problemas graves do setor, indicadores e metas pertinentes, entre outras especificidades dos contratos de saneamento.

A próxima questão levantada é por Mauricio Dantas, da Concessão de Itu, sobre a evolução de obras através de PPP com financiamento do Orçamento Geral da União (OGU). A mesa debatedora acredita que a segurança exigida pela iniciativa privada não converge com o financiamento por orçamento devido ao caráter volátil de sua composição, onde a garantia de pagamento não pode ser certificada. Entretanto, os conferencistas explicam que a prática destes financiamentos é relativa e não impedem outras possibilidades de parceiras que envolvam pagamento com recursos do OGU.

09h00 | Palestra Especial de Abertura

Saneamento Básico como direito constitucional e cerimônia de instalação e posse dos novos membros da Coordenação de Saneamento Básico do Conselho Federal da OAB.

A Coordenação de Saneamento do Conselho Federal da OAB foi criada em 02 de dezembro de 2013 com a finalidade de aproximar profissionais do setor de saneamento em todo território nacional, estimular o pensamento crítico e o desenvolvimento do setor através pesquisas, debates, publicações, e proposições legislativas a fim de que o país possa alcançar suas metas de universalização dos serviços de saneamento básico num ambiente jurídico claro, eficaz e que sempre assegure a proteção à dignidade da pessoa humana. Neste evento contaremos com uma cerimônia especial para instalação e posse dos novos membros.

Marcus Viniciuspresidente - conselho Federal da Ordem da OAb

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Gestão Financeira do Saneamento 201411

Marcos Vinicius reitera a defesa à dignidade e aos direitos humanos por parte da OAB, que, recentemente, extrapolou a restrição ao trabalho pelo direito de minorias (presídios etc.) e entrou na pauta do saneamento, considerado um direito fundamental, elementar, do ser humano e que se encontra em situação alarmante. Marcos ressalta alguns indicadores que considera críticos e incoerentes com o que ele defende constituir o conceito de direito constitucional, citando diversas referências legais que embasam este parecer. Finaliza com a citação dos objetivos sociais do saneamento: fornecer um serviço digno, universal e com a menor tarifa economicamente viável com base em uma gestão eficiente. Com essas palavras Marcos Vinicius empossa a diretoria da Coordenação e a coloca a disposição da sociedade e do setor.

A Dr. Ana Cristina - com 30 anos de advocacia no setor – parabeniza a criação da Coordenação, o que considera um incremento fundamental pela capacidade de levantar bandeiras que arrastam multidões. Os debatedores agradecem as palavras e convidam-na para contribuir com a instituição.

A seguir, Édison Carlos oferece as 3 recentes publicações do Instituto Trata Brasil como primeira iniciativa da parceria que se inicia entre o Instituto Trata Brasil e a Coordenação de saneamento da OAB.

10h00 | Intervalo para Café e Troca de cartões

10h30 | Gestão e Aplicação de Recursos

A evolução da gestão do saneamento no Brasil e a aplicação eficiente de recursos na prestação de serviços

A gestão eficiente e a aplicação adequada de recursos são alguns dos fatores chave para o alcance das metas de universalização. Esta palestra trará um panorama e a evolução da gestão do saneamento no Brasil e uma análise da aplicação dos recursos nos serviços de saneamento.

• Evolução da gestão frente às crescentes demandas urbanas e sociais

• Saneamento básico e a gestão por bacias hidrográficas

• O futuro do saneamento: para onde vamos?

• Aplicação eficiente de recursos

• Governança Corporativa

Moderador: Marcus Viniciuspresidente - conselho Federal da Ordem da OAb

Debatedores:

Raul PinhoEmbaixador - instituto Trata brasil

Ricardo Augusto Simões Campospresidente - copasa

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Gestão Financeira do Saneamento 201412

Alquermes ValvasoriSecretaria Municipal do Meio Ambiente, recursos Hídricos e bioatividades - prefeitura de limeira

Álvaro José Menezes da Costapresidente - casal - companhia de Saneamento de Alagoas

De início, Frederico apresentada um histórico de delegações reguladas. Cerca de metade dos municípios tem seus serviços de saneamento regulados. Porém a questão da qualidade do serviço de regulação é questionável, considerando o pouco histórico da atividade. É citada a experiência de outros setores como transporte e energia.

A tarifa é outro aspecto apresentado pelo mediador, que o relaciona com população atendida. Na sequência o Plansab e o primeiro instrumento de planejamento, o PMSB, são considerados de alto custo e convida a platéia a comentar esse juízo de valor.

A necessidade de investimentos é contraposta à recente queda na nota do Brasil nos rankings de investimentos, a queda no otimismo e o desenvolvimento global superior ao nacional. Essa conjuntura, na opinião de Frederico, deve interferir na capacidade de investimento no país. A regulação e a gestão são consideradas medidas atenuadoras dos efeitos dessa redução na capacidade de investimento. A redução da carga tarifaria é uma das medidas de incentivo colocadas em pauta, em contraposição a práticas de governança ainda pouco desenvolvidas.

Raul Pinho inicia sua apresentação indicando que a falta de priorização é o principal impedimento para a boa utilização de recursos, juntamente com a visão de que saneamento é obra e não serviço. Também foi abordado o problema da interação entre o operador e o agente regulador delegado pelo titular, citando que um caso teria ocorrido no PCJ (Agência das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí). O palestrante alega que as tarifas devem cobrir CAPEX (Capital Expenditure) e OPEX (Operational Expenditure) e as lacunas devem ser preenchidas com subsídio. Também é comentado que dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) não contemplam população em condição subnormal, justificando a existência de cidades com mais de 95% de abastecimento de água. É colocada em pauta a alternativa de Bolsa Água como forma de financiamento das companhias de saneamento. Ressaltou-se a necessidade de revisão da metodologia do SNIS, e o conferencista expôs sua opinião sobre o Plansab, questionando sua aplicabilidade e factibilidade, uma vez que é preciso que o Plano de Saneamento Básico Nacional contemple os planos municipais em suas metas.

Ricardo Simões, Presidente da COPASA começa comentando que os abnegados desagregados não constituíram uma força do setor (se referindo, provavelmente, aos serviços municipais e sua baixo união pelas causas do saneamento). O palestrante questiona o direcionamento da universalização, bem como a intensidade do fenômeno e se estamos em condições melhores que anteriormente. É ressaltado que a universalização a qualquer custo pode fornecer água de baixa qualidade para a população. Considerado fatores de cobrança, tarifas adequadas perpassam pelo reconhecimento do serviço e de sua qualidade pelo usuário, e neste contexto pode ser inserido o papel da regulação e de sua padronização nos avanços do setor.

Alquermes inicia seu discurso no debate levantando questões acerca da participação das decisões nas esferas públicas. É relevante o fato de que menos da metade do quórum participou de planos de saneamento e o debatedor reforça a consciência da responsabilidade exógena ser internalizada. Ele também demonstra a importância da participação de todos os profissionais nos planos de saneamento e convoca os presentes a fazê-lo. Ilustrando seu discurso, ele referencia o Plano de Resíduos como sendo um exemplo de política pública de saneamento onde a participação pública é vital para que seja efetivamente implantada. Alquermes também ressalta a importância da aproximação entre as secretarias municipais e o cidadão e de outras parcerias, a fim de aumentar a chance de acertos.

Álvaro Menezes volta ao tema da comunicação, onde considera que há um “ruído” que atrapalha a comunhão do setor em prol das prioridades e das ações que devem ser tomadas. O PAC, como solução apresentada pela esfera federal, e a simples viagem a Brasília para trazer recursos, como limite de atuação dos titulares, não vai trazer resultados concretos.

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Gestão Financeira do Saneamento 201413

Álvaro destaca a falta um plano de ação conjunto, embasado no fato de que as metas de médio o longo prazo são bem estabelecidas. O conferencista também discorre sobre a importância do balizamento entre os objetivos das prefeituras e das companhias de saneamento. Na sua visão, após o trauma do Planasa, as Companhias de Saneamento aumentaram o diálogo com a população na busca por eficiência e vislumbraram diversas possibilidades em PPP’s, locação de ativos e parcerias formais. O discurso evidencia a necessidade de fundos garantidores em qualquer setor passível de concessão e, a exemplo do setor de transporte, a demanda por um fundo para alavancar o investimento da iniciativa privada no saneamento.

Durante a interação com a plateia, o quórum reforça a carência de marketing que o esgoto possui – dentro de um contexto de uma campanha política, por exemplo, a eficiência das projeções para investimentos em saneamento são baixas se comparadas com outros serviços ou obras de infraestrutura. O debatedor Ricardo complementa com a carência de importância, ampliando as perspectivas e destacando a necessidade de uma conscientização condizente à relevância do saneamento para a saúde.

Outro tópico abordado pela OAB é a desoneração, como possível perda de capacidade de investimento em função da ineficiência do setor. Raul Pinho reafirma a questão de que setor objeto de recursos não onerosos não deveriam pagar PIS-COFINS, pois a ele parecia incoerente a Funasa, por exemplo, investir no setor e boa parte do dinheiro reverter ao Estado. Ricardo complementa que o dinheiro pago de imposto deveria ser alocado em investimento, não em operação. Felipe da OAB reiterou que seria mais produtivo vincular a desoneração a contratos baseados em metas e com levantamento de indicadores.

Franco, da plateia, pergunta sobre prevenção, situações criticas e faz comparação setor elétrico. A resposta do Ricardo contemplou que realmente é um setor mais carente, porém com regulação mais recente e ainda ressalta aspectos que tem melhorado no setor recentemente.

Fernando Mortara, da platéia, pergunta sobre desoneração e sobre aumento de mídia com a possível criação de um dia nacional de esgoto. Raul respondeu que media só não basta, precisa-se de dados concretos e análises como as levadas ao conhecimento público pelo Instituto trata Brasil. Alquermes completa que a responsabilidade é pelo setor público ou concessionado.

Maurício, da Agência Reguladora de Itu, corrobora com a falta de comunicação entre concessionado e população. Ricardo comenta sobre o Dia do Vaso Sanitário em Minas Gerais e constata a necessidade de comunicação entre titular, concessionado, agência reguladora e população.

12h00 | Intervalo para Almoço

13h00 | TitularidadeDecisão do STF: A gestão compartilhada dos serviços na pratica e as implicações em caso de prestação regionalizada

A titularidade dos serviços de saneamento teve um novo capítulo recentemente. Em março de 2013 o Supremo Tribunal Federal decidiu pela gestão compartilhada em regiões metropolitanas e pela titularidade municipal em caso de municípios isolados. A decisão traz consigo algumas questões polêmicas, dentre elas os deveres dos entes federativos em relação à prestação regionalizada dos serviços.

• O funcionamento prático da gestão compartilhada de municípios e Estados

• Como se dará a administração conjunta das regiões metropolitanas

• A gestão compartilhada e a prestação regionalizada dos serviços

• Como se darão o desenvolvimento dos planos neste novo contexto e em caso de prestação regionalizada

• Reflexos e novos rumos frente a regulação, tarifas, investimentos, planejamento e universalização

Moderadora: Marilene Ramospresidente - instituto Estadual do Ambiente (inea)

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Gestão Financeira do Saneamento 201414

Debatedores:

Floriano de Azevedo Marques NetoSócio - Manesco, ramires, perez, Azevedo Marques Sociedade de Advogados

Marcelo AversaAssemae

César Augusto Cunha CamposSuperintendência de Abastecimento de Água e Esgoto - Adasa

Elizabeth Goésconsultora Jurídica - AESbE

Roberto de Oliveira Munizpresidente - AbcON

A moderadora Marilene Ramos inicia o debate com uma introdução sobre como o arcabouço legal pode ser impeditivo em determinadas conjunturas. Os exemplos citados são relativos a região dos lagos no RJ onde foram salvas diversas lagoas com medidas proibidas pela legislação do estado, um consórcio publico privado que foge as regras da lei de consórcios, entre outros entraves legais superados.

Floriano dá continuidade ao debate utilizando a analogia dos pais que brigam pela guarda dos filhos sem pensar no bem dos que são realmente impactados por tal decisão, os próprios filhos. Sobre a decisão do Supremo Tribunal de Justiça em relação à titularidade, a crítica se dá no fato de que a decisão conjunta do STJ é formada por pareceres de diferentes ministros que utilizaram premissas diferentes para chegar a opiniões difusas. Porém, a decisão é conjunta e objetivamente retirou do Estado a titularidade por aglomerados urbanos em ambiente metropolitano. A decisão atribui a um órgão metropolitano, devido ao fato de que cada cidade não pode ser considerada autônoma no âmbito da regulação metropolitana do saneamento. Assim, a titularidade pelo serviço de saneamento não é submetida a interesses estaduais e nem municipais, se constituindo como uma autarquia metropolitana, soberana, independente e autônoma, não sendo submetida à ratificação de suas decisões pelo estado.

No tocante à governança desse órgão colegiado metropolitano, a questão não esta definida, sendo que a forma com que serão tomadas as deliberações, sejam elas por representação populacional, por município ou outras formas de participação, ainda está em aberto. Outra questão é como ocorreria a participação popular nesse órgão e como eventuais poderes de veto pelo Estado poderiam ser estabelecidos.

Marcelo ressalta a importância da titularidade municipal principalmente no âmbito de municípios não localizados em regiões metropolitanas – menor interesse econômico e pior para a economia de escala. O palestrante revela uma divergência com a AESBE nas posições relativas a este tema. O exemplo de Guarulhos é abordado, assim como de

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outras cidades da região metropolitana de São Paulo, onde a pressão da SABESP por pagamento de dívidas inclui a possibilidade de transferência da concessão dos serviços pelo respectivo abatimento. A perda do histórico de parcerias entre entes municipais e federativos é outro ônus histórico do setor de saneamento. Para finalizar, o monopólio da prestação do serviço é questionado, a partir da existência da possibilidade de que prestadores municipais, estaduais e privados possam competir para, dessa forma, melhorar o serviço prestado a população.

César, da ADASA, questiona se houve real reflexão dos ministros do STF em relação à lei nº. 11.445. A despeito de alguns ministros, o palestrante acredita que não houve. Ele declara que foi surpreendido pela “aparição” da agência reguladora, que segue modelo americano, mas que não aparecia nos projetos de lei que se digladiavam no âmbito legislativo. A partir desta questão, as responsabilidades das agências reguladoras são debatidas: tamanho ideal das concessionárias e possibilidade de repartição entre o serviço de captação, tratamento e distribuição, necessidade ou não de monopólio regional, fiscalização dos contratos entre prestadores de serviço (aterro sanitário e empresa de saneamento no que se refere a tratamento de chorume e disposição de lodo).

Elizabeth, da AESBE, começa assumindo que a visão da AESBE evoluiu, pontuando o fato de que hoje é reconhecida a pertinência da participação do município no processo de aprimoramento da prestação do serviço nas metrópoles e da gestão associada. Não foi feita a apresentação de slides devido à similaridade com a exposição do Floriano e com a necessidade de transparecer a opinião da AESBE em relação à prestação de serviço em aglomerados urbanos. Ela dá continuidade ao seu discurso ressaltando que a lógica inicial da AESBE é baseada no fator econômico, onde a viabilidade da prestação do serviço municipal de forma economicamente viável só e possível se a titularidade for estadual, pois a concessão na Capital ou em outras cidades grandes de um determinado Estado poderia financiar a prestação em municípios pequenos. Ela finaliza reafirmando que a atuação da AESBE não visa prejudicar nenhum ente do processo de definição da titularidade.

Roberto, da ABCON, mostra que – com base nos números dos investimentos em projetos de infraestrutura – proporcionalmente, o investimento em saneamento caiu nos últimos 10 anos, o que resultaria só em 2025 o atingimento da universalização prevista para 2020 no Plansab. Em uma análise quantitativa dos investimentos em municípios pela inciativa privada e pelas empresas públicas municipais ou estaduais, a discrepância é grande, sendo a iniciativa privada responsável pela aplicação de quase 15% do investimento do PAC no setor, mesmo considerando que apenas 300 municípios são operados por concessões privadas, frente a 1000 municípios com serviços municipais e mais de 4000 com serviços estaduais ou distritais. Para quebrar outro paradigma – o do lucro e das tarifas – Roberto apresenta os fatos de que mesmo pagando pelos investimentos realizados, a tarifa é compatível e atualmente mais baixa que a tarifa média das empresas estaduais (as quais inclusive, recentemente, tem assumido a necessidade de apresentar resultados financeiros). Por fim, o compartilhamento facultativo foi enaltecido, a divisão paritária, que não foi definida de forma objetiva pelo STF, foi criticada, assim como a submissão do município à divisão e classificação territorial pelo estado.

A mediadora ressalta que a questão de que o esgoto afeta as cidades à jusante na bacia, mas opina que isso, por si só, não deveria obrigar a discussão da gestão compartilhada entre municípios conjugados ou pertencentes a uma mesma metrópole. Emerson, participante do evento na platéia, expõe o histórico da disputa sobre a titularidade, que se iniciou como desavença politica no Rio de Janeiro.

15h30 | Intervalo para Café e Troca de cartõesLançamento do Livro: Regulação do Saneamento Básico

Alceu de Castro Galvão Jr., Alisson José Maia Melo, Mário Augusto P. Monteiro

Obra de referência na área de saneamento básico e esgotamento sanitário

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15h30 | Intervalo para Café e Troca de cartões

Panorama e rumos da regulação no Brasil

Esta sessão tem como objetivo estabelecer um espaço para discussões sobre a regulação e fiscalização dos serviços de saneamento no Brasil. Sobre a dinâmica:

O público será dividido em grupos. Cada mesa terá 60 minutos para discutir o tema designado com a ajuda de um moderador e, na parte final, os grupos deverão apresentar o resultado da discussão para todo público. Esta é uma oportunidade para que se possa interagir com os palestrantes e os outros participantes do evento e um espaço para troca de ideias sobre as seguintes questões:

• Modelos de Regulação

• Regulação Tarifária

• O futuro do saneamento: para onde vamos?

• Contabilidade Regulatória

• Composição, reajuste e revisão tarifária em saneamento

Mediador: Alceu Galvãocoordenador de Saneamento básico - Arce - Agência reguladora de Serviços públicos Delegados do Estado do ceará

Debatedores:

• Lucas Navarro Prado, Sócio - NAVARRO PRADO ADVOGADOS

• Diogo Mac Cord de Faria & Carlos Werlang Lebelein, Sócios - LMDM CONSULTORIA EMPRESARIAL

Alceu Galvão apresenta a realidade das pouco mais de 60 agências reguladoras (AR’s) do país e os modelos de regulação. Em relação aos modelos de prestação de serviços, é apresentada uma comparação entre eles e os custos envolvidos em serviços com porte para economia de escala. Na sequência, é apresentado um estudo recente de avaliação de 27 das agências reguladoras do país em relação a diversos aspectos. O grupo de parâmetros com maior déficit é o grupo dos ligados à tecnicidade e os dados também mostram que as AR’s carecem de mão-de-obra qualificada. A questão colocada para a plateia é que talvez não sejam esses parâmetros os melhores para avaliar as agências, pois o atendimento à legislação deve ser sempre o objetivo principal. São apresentados os artigos 14 e 20 da lei no. 11.445. Um aspecto operacional crítico é que um mesmo prestador, normalmente estadual, acaba sendo regulado por mais de uma agência e que prestadores municipais (DAEs e SAAEs) são pouco regulados, apenas 93 dos mais de 2700 existentes. Além disso, o custo de regulação pode impactar no setor, principalmente se o número de 300 ARs’ for excedido. Questões relativas a estes pontos críticos são colocadas para a platéia: Quais os avanços que a regulação teria trazido para o setor?

A apresentação de Lucas foca na questão da revisão tarifária e na diferente ótica entre a regulação de empresas privadas e públicas, uma vez que a ação privada é balizada por um contrato de concessão. Em contraposição com contratos da área de transportes, os contratos do saneamento são em geral menos minuciosos e não prevêem responsabilidade sobre qualquer eventual problema/divergência. Isso aumenta a participação da agência reguladora nessas concessões menos contratuais. É também discutido o papel do plano de negócio da concessão e modelos baseados em tarifas e rentabilidade (designados sistemas de compensação) e modelos regulatórios (price cap, custo de serviço e yardstick regulation). As questões colocadas em pauta são: (i) o contrato de concessão pode versar sobre metodologia de revisão tarifaria? E como acertar esse contrato com o estatuto da AR? (ii) A legislação induz a (tem “preferência” pela) utilização de algum modelo de regulação em específico? (iii) Como induzir para que contratos resultem em aumento de eficiência e produtividade (o que seria revertido em beneficio da população)?

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Diogo concorda com Lucas no que se refere a modelos contratuais, de que não seriam ilegais. Em sua apresentação, ele foca nas implicações da titularidade municipal. Como premissa ao debate, ele apresenta conceitos e termos constantes de contratos de concessão. Modicidade tarifária é a menor tarifa possível que atende aos usuários, ao concedente e ao tomador. É a regulação técnica e econômica, melhor explicada pelo palestrante na sequência de sua apresentação, pautada em diversos artigos da lei no. 11.445. Por fim, ele apresenta os pontos críticos do processo de RTP: CAPEX, OPEX, Custos não gerenciáveis, Perdas, Qualidade e estrutura tarifaria, alguns dos problemas enfrentados pela maioria dos municípios: déficit no atendimento, falta de caixa para investimento, entre outros. Também são apresentadas algumas soluções: concessão apenas do esgoto, edital com remuneração pela TIR, e criação de agências regionais, entre outros. Carlos continua a apresentação com um estudo de caso do processo de revisão tarifária entre CAESB e ADASA, em detalhes.

18h00 | Encerramento do primeiro dia de conferência

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2º DiA - quArTA-FEirA 26 DE MArçO DE 2014

08h00| Recepção dos Participantes

08h30| Sessão Especial: Participação Privada

A contribuição do capital privado para o desenvolvimento do setor de saneamento: estudos de caso e modalidades de parceria

A participação do capital privado no setor de saneamento básico ainda é pequena, mas é vista como um dos principais caminhos para atingir as metas de universalização. Neste painel serão apresentadas as opções de parcerias hoje possíveis por meio de alguns estudos de caso e será feita uma análise de suas particularidades.

Foco das apresentações em modalidades de Parcerias Institucionais e Parcerias Contratuais:

• Aquisição de participação em empresa estadual

• Parcerias Societárias em Novos Negócios

• Locação de Ativos

• Parcerias Público Privadas

Mediador: Alceu Galvãocoordenador de Saneamento básico - Arce - Agência reguladora de Serviços públicos Delegados do Estado do ceará

Palavras de Introdução e Mediação:lucas Navarro prado, Sócio - pOrTuGAl ribEirO & NAvArrO prADO ASSOciADOS

Debatedores:

José Geraldo Portugal JúniorAssessor da Diretoria Econômico - Financeira - SAbESp

Bruno Pereiracoordenador - portal ppp brasil | Sócio - barbosa Spalding Advogados

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Newton Lima Azevedovice-presidente - vice presidente, AbDib | Governador pelo brasil, conselho Mundial da Água

Lucas abre o painel com uma introdução sobre o mercado e as possibilidades de PPP’s, que constituem um cardápio de formas de parceria possíveis, sendo a ABCON a associação que congrega a maioria das companhias privadas e tem dados consolidados sobre o mercado.

José Geraldo, da SABESP, inicia sua palestra comentando que a empresa faz todos os tipos de parcerias descritas no cardápio citado por Lucas, com o objetivo de eliminar o déficit de atendimento e de recursos próprios. Como a SABESP é pioneira em PPP’s, José Geraldo tem propriedade para descrever o contexto histórico do inicio dos anos 2000, onde a primeira parceria público-privada sofreu desconfiança e retaliação até que um contrato foi aprovado por sua semelhança, em princípios, com uma transação imobiliária de locação. Diversos condicionantes do modelo de contrato de Locação de Ativos são apresentados, assim como sua influência na delimitação de escopo, forma e titular do financiamento, prazo de contrato, funcionalidade como pressuposto dos objetivos (não é aplicável para obras parciais) entre outras restrições e premissas desse tipo de contrato de parceria.

Em relação ao formato corporativo, existe a necessidade de se criar uma SPE (Sociedade de Propósito Específico) para cada contrato licitado. Com relação à concorrência entre as proponentes que se dispõem a cumprir o edital, a avaliação inclui como principal parâmetro o VML (Valor Mensal de Locação) “pedido/exigido” pelo parceiro privado. O prazo do contrato é detalhado em todas as suas fases de planejamento, construção, pré-operação, operação assistida e operação. O sistema de garantia reduz o risco dessa operação financeira, pois, muitas vezes, está atrelado às tarifas recebidas pela SPE, sendo que para o banco, a segurança é plena pois o mesmo retira a parcela do empréstimo antes do recebimento por parte da SPE, além de que as ações da SPE ficam penhoradas pelo banco. São ainda apresentados detalhes contábeis e algumas considerações e exemplos em vigor de contratos financiados pela Caixa Econômica Federal (CEF).

Newton inicia sua palestra com um breve histórico do autofágico conflito entre operadores privados e públicos até por volta de 2004, quando ambos os lados “sentaram”, do mesmo lado da mesa, para produzir um marco regulatório, a lei no. 11.445. Na sequência, comenta sobre sua recente eleição para o conselho mundial da água e sobre o fórum mundial que ocorrerá em Brasília em 2018. Com relação a operadores de serviços de saneamento ele apresenta alguns dados da AESBE e comenta da realidade de algumas das empresas estaduais que vão muito bem, e de outras que vão muito mal, com déficit em 2010 totalizando 1 bilhão no ano. Em um comentário sobre modelos de contrato, ele considera que a locação de ativos não é opção para estas empresas fragilizadas. Fazendo uma ponte entre a pouca capacidade de investimento da maioria das empresas estaduais de saneamento, é apresentada a evolução da porcentagem do PIB reinvestido em infraestrutura e comparado com Chile e Peru. Estes dois países possuem mais investimento (em porcentagem do PIB) nos setores-chave de infraestrutura, onde ele considera que o saneamento é o “primo-pobre”. São apresentados os modelos de contrato em vigor onde existem concessões privadas, com uma ressalva de que o número de contratos de locação de ativos, extraído da ABCON, pode estar desatualizado/equivocado.

Para concluir, Newton considera seu histórico de trabalho no setor como currículo para suportar uma proposta que ele faz: considerando o arranjo institucional como maior entrave do setor ele propõe a criação da CBS (Câmara Brasileira do Saneamento) que unificasse a pauta de propostas de solução, pois, em sua visão está na hora de parar com autópsias e discutir propostas, como: melhoria de gestão, capacitação, planejamento, situação tributária, regulação, inovação, comunicação e mobilização de investimentos.

Bruno, do Portal PPP Brasil, apresenta pontos de vista mal informados e destoantes da realidade das PPP’s como indicador de que os agentes públicos da discussão sobre o tema carecem de informações confiáveis e subsidiadas da realidade das PPP’s. Contextualizando com os diferentes modelos de contrato, são apresentados os números de contratos firmados e de MPI, que são manifestações públicas de interesse, divulgados pelo poder público para receber estudos de viabilidade da iniciativa privada sobre algum projeto ou interesse. O cenário de PPP’s no Brasil é apresentado, com foco nas inciativas municipais, que tem seus desafios comentados na sequência da palestra: a concessão comum, com pagamento exclusivamente por tarifas, pode ser uma dificuldade para municípios. Dessa forma, são propostos mecanismos para diminuir esta e outras dificuldades: divulgação de informações em massa para diminuir a necessidade dos municípios em receber consultoria gratuita oferecida pelos agentes privados. Um manual, um portal para relatos e fóruns e uma planilha base para pré-avaliação da viabilidade e definição de modelos de contrato indianos são apresentados como alternativa de veiculação de informação e fomento a realização de PPP’s. Uma proposta estruturada em etapas é apresentada para gerar uma infraestrutura de troca e divulgação de informações para gerar mais projetos estruturados nos cerca de 1000 municípios brasileiros.

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11h00| As Perdas e os Contratos de Performace

Perdas de água: gestão e formas de viabilizar investimentos para projetos de perda física

As perdas de água no Brasil representam cerca de 40% e em algumas empresas pode chegar em até 60%. A gestão eficiente e o incremento em recursos para viabilização de projetos são alguns dos fatores chave para reduzir as perdas no Brasil. Este painel tem como objetivo relacionar o papel da gestão e os caminhos para viabilizar os projetos de perdas.

• Os aspectos da gestão e sua relação com as perdas

• Como viabilizar investimentos para projetos de perda física

• Como é vista a perda de água pelas companhias e clientes

• Contratos de performance para redução de perdas

Moderador: Fernando MarcatoSócio – GO ASSOciADOS

Debatedores:

Dante Ragazzi PauliAbES – Associação brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental

Rogerio G. Pilottobusiness Development Officer - Structured Finance - iFc

Ricardo Toledo Silvaprofessor Titular da Faculdade de Arquitetura e urbanismo – uSp

Mauricio Dantasprofessor Titular da Faculdade de Arquitetura e urbanismo – uSp

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Fernando Marcato apresenta modelos de contrato de performance que visam combater perdas elevadas que ocorrem em diversas partes do mundo. São apresentados dados globais e sul-americanos para contextualizar, além de apresentar o conceito de perdas físicas e comerciais. Considerando o ciclo vicioso de perdas e falta de capacidade de investimento, ressalta a importância das ações na área, que também traz benefícios à redução de captação e a melhor utilização de recursos para investimento. Voltando aos contratos de performance, são ressaltadas vantagens: quanto a menor necessidade de investimento (em materiais, equipamentos, obras, infraestrutura e jurídicos em contratos e licitações), know-how em programas de perdas e incentivo ao parceiro privado devida a sua remuneração por eficiência (busca-se o nível ótimo de perdas e não a troca ou manutenção independente da melhoria de desempenho). A palestra continua versando sobre contratos de performance, modelos de contrato com avaliação por menor fatia apropriada pelo ofertante da licitação. É citado que o modelo RDC (Regime Diferenciado de Contratações), criado para a Copa do Mundo, inclui cláusulas de desempenho. Também é citado o contrato público-público entre CASAL (Companhia de Saneamento de Alagoas) e SABESP. Órgãos federais e estaduais de São Paulo estão se acostumando com modelos de contrato por eficiência, sendo que ainda é necessário maior histórico para que sejam ainda mais adotados. Em sua palavra final, Fernando indaga a platéia se contratos de concessão também não poderiam conter cláusulas de performance.

Ricardo apresenta o cenário de escassez relativa da cidade e Estado de São Paulo (disponibilidade de água por unidade populacional). Diante da escassez, reservatórios, reversões e gestão de demanda são as ações que vem sendo implantadas na região. Entre as ações de gestão da demanda está a redução do consumo médio por habitante ao longo do século 20 através de controle de pressão e equipamentos eficientes. Proteção de mananciais e transposição de bacias são temas antigos que também pertencem ao plano de ação implantado ao longo do século passado. Voltando ao tema das perdas, são discutidos alguns indicadores, o espectro de influência dessas ações de gestão da demanda, a diferença entre redução e controle de perdas, a unificação de indicadores e os interesses das concessionárias e das bacias na redução da captação.

Rogério faz algumas considerações iniciais sobre contratos, financiamentos e objetivos de ações em parceria com a inciativa privada que possuam cláusulas de performance. O IFC (International Finance Corporation) faz um trabalho conjunto com o Banco Mundial, sendo que sua participação em investimentos no Brasil e no mundo é apresentada como positiva. São apresentadas as subdivisões internas de trabalho do IFC e os setores onde eles tem investimentos. Voltando aos contratos de performance ou apenas de redução de perdas, ele ressalta o manual da GO Associados como prático e útil para o desenvolvimento de um contrato do tipo. Por fim, são apresentadas as diferenças e vantagens de contratos de performance frente à contratação tradicional, entre eles: menores despesas e riscos e maior transferência de tecnologia, garantia de serviço e ganhos de eficiência.

Dante inicia sua palestra refletindo que perdas é um resultado operacional balizado pela quantidade e qualidade do quadro de funcionários, motivação do corpo técnico e definição de processos, capacidade de desenvolvimento e implantação de tecnologias e comunicação entre os interessados. Com relação às possíveis soluções para o setor, Dante considera que municípios e estatais sem capacidade de investimento estão a tempos estagnados, e é onde contratos de performance podem ser de muita serventia, além de serviços terceirizados, PPP’s. Dante volta à questão da capacitação do profissional do saneamento e das dificuldades que novos modelos de contrato geram para a atuação da ABES nessa capacitação. Em suas considerações finais, Dante retoma a necessidade de pessoas, processos e tecnologia para que a redução de perdas seja permanente. Como representante nacional, ele convoca a todos do setor para que tenham perseverança, pois melhorias permanentes do saneamento não são conseguidas em pequenos intervalos de tempo.

Mauricio inicia comentando sobre as responsabilidades envolvidas no gerenciamento de recursos hídricos: níveis macro, meso e micro. Para cada sistema, com maior foco nos níveis meso e micro, são apresentadas dificuldades e características da relação entre ofertante do serviço e consumidor. Nesse contexto, são apresentados dados de consumo em diversas tipologias e o PURA, Programa de Uso Racional da Água, como uma das referências para redução do consumo (decreto estadual de SP e COBRAPE – convenio SABESP e PMSP). Como ferramentas de redução do consumo, Mauricio considera que a gestão da conta e a gestão do consumo seriam as principais ferramentas, sendo que a capacitação é indispensável para possibilitar tais procedimentos.

12h00| Intervalo para Almoço

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13h00| Mesa com o Ministério PúblicoMecanismos indutores de eficiência e gestão dos serviços: O papel do Ministério Publico

Esta mesa especial tem como objetivo abordar o papel do Ministério Público como agente beneficiador da gestão dos serviços públicos e abrir um espaço para que os agentes do setor tirem suas próprias duvidas com representantes deste órgão. Dentre os temas em discussão, estão:

• Subsídios

• Uso da rede pública

• Perdas

• Controle Social e consciência da população

Mediadora: Alessandra Ourique de CarvalhoSócio – GO ASSOciADOS

Debatedores:

• Luiz Fernando Rocha, Promotor de Justiça de Urbanismo e Meio Ambiente - MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

• Annelise Monteiro Steigleder, Promotora de Justiça de Defesa do Meio Ambiente - PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PORTO ALEGRE

• Érico de Pina Cabral, Promotor de Justiça - MINISTÉRIO PÚBLICO DE GOIÁS

Alessandra começa com um resumo das dificuldades do setor apresentadas no dia de ontem e na manhã de hoje. Na sequência, ela enumera algumas dessas dificuldades que tangenciam temas jurídicos.

Annelise tem como foco de sua palestra as questões jurídicas relacionadas à obrigação – ou não – de que moradores, de locais atendidos por redes coletoras de esgotos, se liguem à rede coletora. Como introdução, ela apresenta algumas exigências legais impostas aos municípios em relação ao saneamento e ao controle da poluição. Em especial, o Plano Municipal de Saneamento Básico e a regularização fundiária. Depois apresenta algumas ações do MP de ajuste de conduta por parte da prefeitura, assim como propostas em parceria com entes públicos para melhoria do saneamento. Sobre a imposição ao morador se ligar na rede de esgoto, passando a ser um usuário da rede coletora, o respaldo seria em função da poluição ambiental resultante da não ligação. Com relação a esta decisão, é citado o histórico de Gravataí e Cachoeirinha, que receberam investimentos em redes de esgoto, porém houve resistência da população em se ligar na rede. Hoje estão tramitando 700 ações do Ministério Público contra a população que não se ligou.

Érico comenta casos de Goiás onde ações estão sendo implantadas em parceria com a inciativa privada de forma positiva e outros casos onde a subdelegação é predatória, na visão dele. Algumas cidades que possuíam recursos não onerosos do PAC aprovados acabaram por não utilizá-los, talvez por questões não estritamente técnicas, na visão dele, e acabaram optando pela concessão. Ele ainda citou artigos da lei 11.445 que, na visão da iniciativa privada, deveriam ser suprimidos, para flexibilizar as concessões, enquanto portarias federais são alvo de críticas do MP de Goiás.

Luiz comenta do maniqueísmo a qual é submetido o MP, odiado ou glorificado. Depois de apresentar sua ocupação em diversas frentes de controle ambiental (grupos de trabalho com foco em saneamento, resíduos e meio ambiente na esfera jurídica-estadual), ele leva uma questão a platéia, a qual considera pertinente no histórico pós-Constituição de 1988: qual é o Ministério Público que nós queremos? Na sequência sua palestra versou sobre o paradigma do MP demandista ou resolutivo e como as TACs (Termos de Ajuste de Conduta) entram nessa balança. O palestrante considera que talvez fosse melhor designar as TACs por termos de cooperação, pois estas se constituem a melhor forma de atuação do MP, em sua visão, mas são desprestigiadas (para ele o setor adquiriu aversão as TACs). Por outro lado, se

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não fossem utilizadas TACs, o que restaria ao MP seriam ações e inquéritos civis e criminais, mas que são instrumentos demorados e muitas vezes improdutivos do ponto de vista da sociedade. A mensagem com que ele finaliza é de que o setor e toda a população deveria pensar em como tornar o MP um agente de solução dos problemas da sociedade.

15h30| Mesa com o Ministério PúblicoGestão Compartilhada: Mecanismos de Implementação da Decisão do Supremo Tribunal Federal

A decisão do STF sobre a titularidade dos serviços de saneamento traz consigo uma série de implicações e impõe novas exigências aos agentes. Esta sessão de aprofundamento com como objetivo apresentar um detalhamento da decisão e orientar os agentes sobre como podem se preparar para atender as novas exigências.

Palestrante: Alessandra Ourique de CarvalhoSócia - Hesketh Advogados

Alessandra destacou alguns pontos do julgamento do STF que ainda estão em voga, e os quais não se sabe como serão resolvidos, entre eles: a competência para instituir uma região metropolitana, a não-autonomia do estado e nem do município (Alessandra provoca: a adesão seria, portanto, compulsória?), criação dessa autarquia metropolitana e governança colegiada e paritária. Na sequência e para finalizar, são sugeridas algumas reflexões, entre elas: de que forma será implementada a decisão; como devem ser conduzidos os projetos em andamento (antigos e futuros também) e de que maneira será implantada a regulação nessas regiões multimunicipais.

17h30| Encerramento da Conferência Gestão do Saneamento

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