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GLOBAL PORTUGUESE CONSTRUCTION 2017 Guia sobre os Mercados da Construção na Europa Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas ALEMANHA

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GLOBAL PORTUGUESE CONSTRUCTION

2017Guia sobre os Mercados da Construção na Europa

Associação dos Industriais da ConstruçãoCivil e Obras Públicas

ALEMANHA

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AICCOPNA internacionalização da Construção contém especi-ficidades próprias de uma atividade que, por regra, é desenvolvida localmente e, como tal, sujeita a regras e condicionalismos próprios de cada espaço geográfico onde se localiza.

Com estes Guias de Mercado, a AICCOPN pretende disponibilizar informação relevante e de natureza prática sobre o desenvolvimento da atividade de construção nos mercados externos, agrupados por grandes áreas: Europa, América Latina e África.

Organizados por Países, cobrem os principais aspetos associados aos mercados da Construção, o enquadra-mento legal e fiscal, bem como os principais custos operacionais. De forma não exaustiva, mas com caráter eminentemente objetivo e pragmático, abordam-se matérias que vão desde a operação de empresas portu-guesas no exterior e o destacamento de trabalhadores, até à constituição de sociedades e sucursais.

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ÍNDICE

01 | INTRODUÇÃO02 | LISTA DE ABREVIATURAS

03 | ALEMANHA03.1. - Enquadramento do Setor03.2. - Enquadramento Fiscal03.3. - Enquadramento Legal03.4. - Custos Operacionais

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01| INTRODUÇÃOEste Guia sobre os Mercados da Construção na Europa foi elaborado pela Baker Tilly a pedido da AICCOPN - Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, no âmbito do projeto “Rede Internacional da Construção Portuguesa “, cofinanciado pelo Compete 2020. O presente guia apresenta-se como um instrumento de apoio no processo de internacional-ização das empresas portuguesas do Setor da Construção.

No que respeita ao setor da construção Europeu, salienta-se que o mesmo apresenta uma contribuição significativa para o desenvolvimento económico e da empregabilidade desta região. Não obstante, o setor apresenta uma natureza extremamente competitiva, essencialmente em virtude da reduzida quantidade de projetos, face ao número de empresas que desenvolvem ativ-idade no setor, na medida em que o mesmo foi particularmente afetado pela recessão económica de 2008, derivado sobretudo da dificuldade de obtenção de financiamento bancário às suas atividades.

O propósito deste guia é o de oferecer à AICCOPN e seus asso-ciados uma visão genérica do enquadramento normativo, fiscal e económico do setor da construção civil de diversas jurisdições europeias. Recordamos que o conteúdo deste documento é genérico, e não aplicável a situações e casos concretos, pelo que recomendamos que a efetiva opção pela realização de in-vestimento numa jurisdição estrangeira seja precedida de uma análise aprofundada ao enquadramento do setor do mercado pretendido.

O presente guia foi elaborado no pressuposto de que o investi-mento é realizado por empresas portuguesas, encontrando-se, contudo, excluído do mesmo o enquadramento setorial em Portugal. Porém, sendo Portugal a origem do investimento a realizar, sempre que se mostre relevante, é feita menção às diligências que devem ser adotadas em Portugal com o propósito de permitir e agilizar a efetivação do investimento no estrangeiro.

Nesse contexto, alertamos para as seguintes temáticas que de-vem ser sempre analisadas previamente à concretização de um investimento internacional, em particular no setor em questão:

• Definição da estrutura societária a adotar para a concretização do investimento (subsidiária ou sucursal); • Em projetos de reduzida duração, deve-se atender às regras para a determinação da existência de estabelecimento estável, para efeitos do imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas na jurisdição de destino. Devem ser analisadas as regras locais e aquelas previstas no acordo para evitar a dupla tributação, celebrada por Portugal e o Estado do destino do investimento (se aplicável);• Ao abrigo das Convenções para Evitar a Dupla Tributação cel-ebradas com Portugal, um local ou um estaleiro de construção ou de montagem no país Europeu (Espanha, França, Reino Unido, Bélgica, Luxemburgo, Alemanha, Suíça) só constitui um estabelecimento estável se a sua duração exceder o prazo aí previsto (6 ou 12 meses) - https://info.portaldasfinancas.gov.pt/pt/informacao_fiscal/convencoes_evitar_dupla_tributacao/.

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Nota: o destacamento de trabalhadores tem de ser tido em conta para este tipo de prazos.

• Relativamente ao IVA, dever-se-á atender às regras específi-cas realtivas ao setor, e adotar os procedimentos aplicáveis, por exemplo, validando que o cliente qualifica como sujeito passivo de imposto, através do portal VIES;

• Atender às regras locais quanto às particularidades fiscais específicas, quanto à natureza da atividade desenvolvida e suas implicações fiscais (eg: correta descrição das operações nas faturas emitidas, com implicação direta na retenção na fonte de impostos sobre o rendimento);

• Atender às regras laborais locais, nomeadamente quanto às tabelas salariais aplicáveis para cada função, tendo em atenção a particularidade das ajudas de custo que, em determinadas jurisdições, não concorrem para o rendimento relevante, para efeitos laborais;

• Em caso de destacamento de trabalhadores, alerta-se para a necessidade das empresas portuguesas celebrarem acordos de destacamento. Neste documento serão definidas as matérias respeitantes ao destacamento, entre as quais destacamos: as

retribuições a auferir durante o destacamento (que devem res-peitar os mínimos legais obrigatórios na jurisdição de destino); a assunção, pela entidade empregadora, das despesas com transporte, alimentação e alojamento dos trabalhadores; as condições do repatriamento; o acesso a cuidados de saúde na jurisdição de destino; entre outras. Neste contexto, salientamos que a AICCOPN pode apoiar os seus Associados, nomeada-mente, através da disponibilização de minuta do acordo a celebrar;

• Comunicar à Autoridade para as Condições do Trabalho, bem como às autoridades competentes, no país de destino, o desta-camento de trabalhadores (caso aplicável);

• Alargar o âmbito geográfico do seguro de acidentes de tra-balho dos trabalhadores deslocados;

• Em caso de destacamento de trabalhadores (conforme previsto nos instrumentos de coordenação internacional das matérias de segurança social), solicitar aos serviços da segurança social em Portugal a emissão do documento portátil A1, permitindo que os trabalhadores destacados mantenham as contribuições para a segurança social em Portugal e, bem assim, caso aplicável, a emissão do CESD – Cartão Europeu de Seguro de Doença.

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02 | LISTA DE ABREVIATURAS

CHF — Francos suíços EEE — Espaço Económico Europeu

GBP — Great British Pound (Libra Esterlina)

IRS — Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (e impostos similares)

IVA — Imposto sobre o Valor Acrescentado

IRC — Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (e impostos similares)

UE — União Europeia

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03 | ALEMANHA

3.1. ENQUADRAMENTO DO SETOR

REGIMES DE INVESTIMENTO ESTRANGEIRO

O investimento estrangeiro na Alemanha é livre. De facto, não obstante o Foreign Trade and Payments Act preveja a possi-bilidade de serem estabelecidas restrições neste domínio, por razões de política externa, cambial ou motivos de segurança nacional, na prática raramente são impostos quaisquer tipos de condicionalismos, com exceção do setor da defesa.

Em matéria de proteção ao investimento, o Estado Alemão garante a segurança dos bens e direitos resultantes dos inves-timentos estrangeiros em igualdade de tratamento com em-presas de capital nacional, podendo os promotores externos deter 100% do capital de qualquer sociedade. Não existindo quaisquer controlos cambiais e o repatriamento de capital, lu-cros, dividendos e royalties processam-se livremente.

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MERCADO DA CONSTRUÇÃO

Na atualidade não existem incentivos financeiros ou fiscais di-retamente aplicáveis ao setor da construção. No entanto, a lei do imposto sobre o rendimento na Alemanha contém in-centivos dirigidos ao investimento no segmento imobiliário, nomeadamente:

• O aumento de depreciação de edifícios históricos, e• Isenção de imposto na transferência Hidden Reserve em cer-tos reinvestimentos.

Além disso, em virtude da crise dos refugiados, o Ministério da Construção Alemão desenvolveu um plano de 10 passos para contribuir para a redução de preços do imobiliário, redução de standards ambientais e criação de incentivos à construção habitacional. Os objetivos em apreço serão subsidiados pelo Governo num montante de cerca 500 000,000 €.

TENDÊNCIA E EVOLUÇÃO DO SETOR

No período de 2015, o setor da construção Alemão contribuiu para cerca de 3,3% do PIB nacional. Adicionalmente, o desempenho do setor apresenta indicado-res positivos, na medida em que apresentou um aumento de 1% no seu volume de negócios, face ao período de tributação de 2014.

Segundo a German Builders Association, é estimado um au-mento aproximado de 3% do volume de negócios do setor da construção.

FATORES CONDICIONANTES DA PROCURA

• Obtenção de investimento;• Atividade com custos significantes;• Conjuntura sócio-económica Europeia, e• Necessidade de elevadas quantidades de capital.

FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO

• Cumprimento de metas de curto e longo prazo;• Redução de custos e aumento das margens; • Gestão económica otimizada;• Características qualitativas dos materiais;• Posicionamento no mercado, e• Qualidade do projeto e posterior satisfação do cliente.

3.1. ENQUADRAMENTO DO SETOR

INCENTIVOS FINANCEIROS E FISCAIS

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ANÁLISE SWOT

ANÁLISE DAS 5 FORÇAS DE PORTER

PONTOS FORTES: • Mercado em crescimento;• Contribuição significativa para o PIB; • Peso representativo na geração de emprego, e • Baixa probabilidade de entrada de novos concorrentes.

PONTOS FRACOS:

• Setor altamente competitivo;• Custos operacionais significativos, e• Setor de risco elevado.

OPORTUNIDADES:

• Parcerias estratégicas, e• Tecnologias e materiais inovadores.

AMEAÇAS:

• Crise financeira na Europa; • Reduzida quantidade de projetos disponíveis, e• Quantidade de empresas no setor.

Prazos médios de pagamento do sector O prazo médio de pagamento do setor da construção fica entre 45 e 50 dias.

PODER NEGOCIAL DOS FORNECEDORES

No que concerne ao poder negocial dos fornecedores do mercado da construção na Alemanha, pode-se atentar que o mesmo é limitado, como consequência do desequilíbrio entre fornecedores, face às empresas de construção com projetos a decorrer, apesar da evolução recente do setor em apreço.

AMEAÇA DE NOVOS CONCORRENTES

A ameaça de novos concorrentes é reduzida, em virtude da carência de capital no mercado da construção, aliado aos custos significativos para o desenvolvimento de projetos.

PODER NEGOCIAL DOS CLIENTES

Os clientes evidenciam um considerável poder negocial, como efeito da forte natureza competitiva do setor, compara-tivamente ao baixo número de clientes no mercado.

AMEAÇA DE PRODUTOS SUBSTITUTOS

No que concerne à ameaça de produtos substitutos, pode-se verificar que na globalidade, no setor da construção, a mesma é elevada, na medida em que a indústria almeja desenvolver e adotar métodos autonomizantes e de redução de custos operacionais.

CONCORRÊNCIA DE MERCADO

Relativamente ao mercado da construção, é legítimo considerar que o mesmo é bastante competitivo, devido à notável proporção de empresas construtoras no setor.

3.1. ENQUADRAMENTO DO SETOR

MERCADO DA CONSTRUÇÃO

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ENQUADRAMENTOFISCAL

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3.2. ENQUADRAMENTO FISCAL

DESTACAMENTO DE TRABALHADORES

RESIDÊNCIA

TRIBUTAÇÃO DOS RENDIMENTOS

REGIME ESPECIAL PARA OS TRABALHADORES EXPATRIADOS

São considerados residentes, para efeitos fiscais, os indiví-duos que preencham, pelo menos, um dos seguintes pres-supostos:Disporem de uma residência na Alemanha, para habitação ou disponível para este efeito, ou,Disporem da sua residência habitual na Alemanha (note-se que esta residência será presumida no caso de o indivíduo estar presente em território alemão por um período superior a 6 meses).Note-se que a nacionalidade alemã não constitui, por si só, um critério de atribuição da residência. Quando um trabalhador expatriado disponha da sua residência em dois ou mais países, deverá ter-se em conta a Convenção de Dupla Tributação, para efeitos de fixação da sua residência no país em que dispõe do seu centro vital de interesses.

Os indivíduos residentes na Alemanha estão sujeitos a tributa-ção sobre o rendimento mundialmente auferido. Para os não residentes, a tributação de rendimentos incide apenas sobre os rendimentos auferidos em território alemão.Os rendimentos de trabalho dependente encontram-se sujei-tos a tributação, em sede de IRS, às taxas progressivas, que podem variar entre os 14% e os 45%.As taxas fixadas para o Imposto sobre o Rendimento das Pes-soas Singulares são as seguintes:

Em todos os casos acresce uma sobretaxa de solidariedade social de 5,5%. A sobretaxa é devida sobre o total do imposto sobre o rendimento, suportado pelo sujeito passivo.

Os indivíduos não residentes que aufiram rendimentos supe-riores a 90% do rendimento total em território alemão ou au-firam rendimentos fora do território alemão, inferiores a 8 652 €, podem optar por ser tratados como residentes para efeitos fiscais na Alemanha.

A Alemanha não dispõe de um regime especial aplicável aos trabalhadores expatriados.

RENDIMENTO COLETÁVEL PARA NÃO CASADOS RENDIMENTO COLETÁVEL PARA CASADOS TAXA APLICÁVEL

DE ATÉ DE ATÉ

0 EURO 0 EURO 0 EURO 17 304 EURO 0%

8 653 EURO 8 653 EURO 17 305 EURO 107 330 EURO 14%

53 666 EURO 53 666 EURO 107 331 EURO 508 892 EURO 42%

> 254 446 > 508 893 45%

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3.2. ENQUADRAMENTO FISCAL

CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA SOCIAL

TRIBUTAÇÃO EM IRC

ESTABELECIMENTO ESTÁVEL

PAGAMENTOS A ENTIDADES NÃO RESIDENTES

As contribuições das entidades empregadoras e trabalhadores para a segurança social dividem-se em quatro categorias, conforme detalhado na tabela seguinte:

A taxa geral de IRC aplicável às pessoas coletivas é de 15%. Sobre o resultado desta taxa (imposto) acresce uma taxa de solidariedade social de 5,5%, totalizando uma taxa efetiva de 15,83%.

As empresas estrangeiras encontram-se sujeitas a IRC quan-do disponham de um estabelecimento estável em território alemão.

Todas as empresas que desenvolvam atividade na Alemanha são sujeitas a um imposto municipal sobre transações. A taxa de imposto municipal sobre transações é determinada por uma taxa federal de 3,5% e um fator de multiplicação de pelo menos 200% (resultando numa taxa mínima de 7%).

Regra geral, incide retenção na fonte à taxa de 25%, acrescida de 5,5% de taxa de solidariedade nos pagamentos de dividen-dos e juros.

Empresas que detenham 10% ou mais da entidade pagadora podem reclamar reembolso ou um crédito de imposto, sob de-terminadas condições.

Ao abrigo da Convenção para Evitar a Dupla Tributação, cel-ebrada com Portugal, um local ou um estaleiro de construção ou de montagem na Alemanha só constitui um estabelecimen-to estável se a sua duração exceder seis meses.

Os dividendos são sujeitos à taxa de retenção na fonte de 25%, acrescidos de 5,5% de taxa de solidariedade. No entan-to, as entidades não residentes podem reclamar um reembol-so de imposto no montante que exceder 15% (em função das regras constantes dos ADT’s).

LIMITE DO SALÁRIO MENSAL TAXA

SEGURO DE PENSÕES 6 200 EURO, PARA OS ESTADOS OCIDENTAIS 5 400 EURO, PARA OS ESTADOS ORIENTAIS 9.35%

SEGURO DE SAÚDE 4 237,50 EURO 7,3%

SEGURO DE DESEMPREGO 6 200 EURO, PARA OS ESTADOS OCIDENTAIS 5 400 EURO, PARA OS ESTADOS ORIENTAIS 1,5%

CUIDADOS DE ENFERMAGEM 4 237,50 EURO 1.175%

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3.2. ENQUADRAMENTO FISCAL

PAGAMENTOS A ENTIDADES RESIDENTES

REGRAS DE LIQUIDAÇÃO E DEDUÇÃO

Quando os dividendos sejam pagos a entidades residentes na UE, são isentos de retenções na fonte, desde que tal empresa detenha 10% ou mais do capital social da entidade pagadora, por um período superior a 12 meses.

O pagamento de juros encontra-se, genericamente, isento de retenções na fonte. Contudo, os juros de obrigações são su-jeitos a retenção na fonte à taxa de retenção na fonte de 25%, acrescidos de 5,5% de taxa de solidariedade.

Os royalties são sujeitos a retenção na fonte à taxa de 15% acrescida da taxa de solidariedade (totalizando 15,83%).

As remunerações pagas aos empreiteiros para a realização de serviços de construção estão sujeitas a retenção na fonte à taxa de 15%. Assim, se uma empresa presta serviços de con-strução na Alemanha, o cliente paga 85% do valor do serviço ao fornecedor e 15% às autoridades tributárias alemãs.

As prestações de serviços e aquisição de bens estão sujeitas a tributação, em sede de IVA, à taxa genérica de 19%.

Note-se que a taxa reduzida de IVA (7%) não é relevante para a indústria da construção.

Genericamente, é possível o reembolso do IVA liquidado por outros prestadores de serviços.

Note-se que quando sejam prestados serviços relacionados com imóveis situados em território alemão, estes serviços são sujeitos a tributação, para efeitos de IVA, em território alemão. Para os serviços de construção é aplicável o mecanismo da autoliquidação. Isto significa que a entidade contratante do serviço tem que pagar o IVA às autoridades tributárias (e eventualmente de-duzi-lo), ao invés do prestador de serviços. Nestes casos, a fatura não deverá fazer menção à taxa alemã de IVA e deve fazer referência ao mecanismo de autoliquidação, sob pena de violar os requisitos legais de elaboração das faturas.

ENQUADRAMENTO FISCAL EM IVA DAS PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO

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ENQUADRAMENTOLEGAL

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3.3. ENQUADRAMENTO LEGAL

Em termos gerais, o Acordo Schengen prevê que os indivíduos com nacionalidade de um Estado-Membro da União Europeia, do Espaço a Europeu ou Suíça possam circular livremente e trabalhar em território alemão, sem necessitar de uma autor-ização de residência prévia ou visto de trabalho.

Um trabalhador que seja temporariamente destacado para trabalhar em território alemão poderá necessitar de uma au-torização prévia da Autoridade Federal do Trabalho (Bunde-sanstalt für Arbeit) para exercer as suas funções. As regras de obtenção desta autorização variam de região para região.

Existem vários tipos de contrato de trabalho na Alemanha:

• Por tempo indeterminado: este tipo de contrato não está limitado a um período de tempo determinado. Por regra, estes contratos contêm um período experimental de seis meses;

• A termo: estes contratos estão limitados a um período de tempo determinado, desde que o empregador invoque um motivo atendível para o efeito. Na ausência de uma razão vál-ida, os contratos a termo podem ser estabelecidos por um período de dois anos. Estes contratos podem ser renovados por um número máximo de três vezes, desde que o tempo de duração dos mesmos não exceda dois anos. Adicionalmente, um contrato de trabalho a termo não pode ser celebrado se tiver sido precedido por algum tipo de contrato de trabalho entre as partes no período de três anos anterior à data de in-ício do novo contrato de trabalho a termo. As entidades con-tratantes que não cumpram esta regra poderão ver o contrato de trabalho em causa tornar-se um contrato de trabalho por tempo indeterminado.

• Contrato de trabalho em part-time: todos os trabalhadores podem pedir para trabalhar em part-time, desde que estejam empregados há mais de seis meses, e desde que o empre-gador tenha mais de 15 empregados.

O pedido para trabalhar em part-time pode ser negado desde que sejam alegadas razões válidas.

A legislação laboral vigente estabelece que a duração normal de trabalho, salvo casos especiais, é de 8 (oito) horas diárias.O salário mínimo na Alemanha é atualmente de 8,50 € / hora. No setor da construção, a remuneração mínima mensal varia conforme a região e a experiência.

VISTOSDE TRABALHO

TIPOS DE CONTRATO DE TRABALHO

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3.3. ENQUADRAMENTO LEGAL

PARTNERSHIPS: Existem em duas vertentes distintas:

Tipos de sociedades comerciais existentes na Alemanha:

• Sociedades de Responsabilidade Limitada (GmbH): Esta é a forma de sociedade mais comummente utilizada. O montante mínimo de capital social é de 25 000 €. Pode ser composta por um ou mais sócios. A responsabilidade dos sócios é limitada ao montante das contribuições dos acion-istas. O contrato de constituição destas sociedades deverá ser reconhecido publicamente por um notário e registado no registo comercial.

• Subforma de sociedade de responsabilidade limitada: A responsabilidade de cada acionista está limitada ao valor nominal da sua participação. O valor mínimo de cada partici-pação por acionista é de 1 €. Um quarto do rendimento liquido anual não pode ser utilizado para o pagamento de dividen-dos e deve ser alocado a reservas. Os custos de constituição podem ser mais reduzidos se comparados com os custos de uma GmBH. Esta sociedade tem duas formas de governação: a assembleia de acionistas e gerência. A assembleia de acion-istas designa a gerência, responsável pela atividade da em-presa. A sociedade deverá ser registada no Registo Comercial alemão. • Sociedade Anónima (AG): O capital social mínimo para a constituição da sociedade é de 50 000 €. A sociedade pode ser cotada em mercado de valores mobiliários. O contrato de constituição da sociedade tem que ser reconhecido publicamente por um notário e a so-ciedade deverá ser registada no Registo Comercial alemão. Esta sociedade tem três formas de governação:

1) a assembleia geral de acionistas que nomeia o conselho de supervisão; 2) o conselho de supervisão que nomeia a gerência; 3) a gerência. • Sociedade em comandita (KG): Estas sociedades têm um capital mínimo de 5 000 €. Existem dois tipos de sócios: os comanditários e os comanditados. A responsabilidade dos comanditados é pessoal e indefinida. A responsabilidade dos comanditários é limitada ao montante das contribuições.

General Partnerships ((offene Handelsgesellschaft – OHG))A responsabilidade de todos os sócios é conjunta para todas as dívidas da sociedade, sem quaisquer restrições;

Limited Partnerships ((Kommanditgesellschaft – KG))Existem dois tipos de sócios: os comanditários e os coman-ditados. A responsabilidade dos comanditados é pessoal e in-definida. A responsabilidade dos comanditários é limitada ao montante das contribuições.

Ambas as sociedades podem ser estabelecidas com um número mínimo de dois sócios, que podem ser alemães ou estrangeiros, pessoas singulares, empresas, ou outros. O re-spetivo acordo não está sujeito a uma forma específica. No entanto, ambas as formas estão sujeitas ao registo no Registo Comercial alemão.

FORMAS JURÍDICASSOCIETÁRIAS EXISTENTES

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3.3. ENQUADRAMENTO LEGAL

OBRAS PRIVADAS E OBRAS PÚBLICAS

LICENÇAS PARA EXECUÇÃO DE TRABALHOS

As empresas que pretendam ser contratadas ou subcontrata-das para a realização de obras/ trabalhos de construção na Alemanha deverão:

• Inscrever-se no Registo Comercial alemão;• Apresentar um relatório dos investimentos efetuados ao Ban-co Central do Estado onde a empresa se encontra localizada;• Associar-se à Câmara de Comércio de Indústria; • Possuir infraestruturas e meios adequados para o exercício e direção dos trabalhos de construção;• Dispor de recursos humanos com a formação necessária e adequada.

SOKA-BAU é uma instituição comum dos parceiros do Con-trato Coletivo de Trabalho da indústria de construção civil em território alemão. A SOKA-BAU foi incumbida da missão de efetivar o sistema de férias, com base na AEntG e em conex-ão com o BRTV e o VTV. Presta serviços de gestão de conta pessoal sobre os direitos a férias adquiridos na Alemanha. As empresas são obrigadas a pagar à SOKA-BAU, mensalmente, cotizações para a caixa de férias e a garantir, deste modo, a remuneração de férias.

As empresas de construção civil, antes da realização de um trabalho de construção, alteração ou demolição de um qualquer edifício deverão obter uma licença prévia que lhes conceda autorização para a realização deste trabalho1. Para além de uma licença para a execução dos trabalhos de con-strução, as empresas deverão adquirir uma licença para o ex-ercício desta atividade comercial.

A licença será concedida se o projeto de construção cumprir com o planeamento, regras de construção e regras ambien-tais2 do setor.

1 Para uma análise mais concreta do tipo de licenças existentes neste setor, vide GeWo (Código Industrial Alemão).2 Sobre as licenças ambientais aplicáveis a cada projeto de construção vide: Lei Federal Alemã sobre o Controlo das Emissões (BImSchG) que engloba: a lei federal relativa à água (LandesWasserG), a lei federal de proteção do ambiente (Landesbezogenes Naturschutzrecht) e a WHG Wasserhaushaltsgesetz.3 Para mais especificações sobre a atribuição deste tipo de garantias vide § 36 VwVfG.

REQUISITOS PARA OPERAR NO SETOR

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3.3. ENQUADRAMENTO LEGAL

CONTRATAÇÃO PÚBLICA

GARANTIAS DE OBRAS

O pedido de licença deverá ser dirigido à autoridade alemã reguladora competente – a Bauamt. A autorização poderá ser concedida à empresa com uma cláusula de garantia associa-da3.

O pedido para estas licenças deverá conter um plano detal-hado do projeto de construção, acompanhado pela documen-tação de suporte necessária para o efeito.

A legislação alemã prevê a existência de dois tipos de garan-tias para as obras de duas naturezas: • Garantias civis;• Garantias financeiras.

Processos de adjudicação de contratos públicos no setor da construção civil:

• Público: qualquer empresa ou interessado pode apresentar uma proposta; • Limitado: numa primeira fase é publicado um convite para as empresas participarem. Numa segunda fase, apenas um número limitado de participantes são selecionados e convida-dos a apresentar proposta; • Negociação: este é o processo menos formal e mais flex-ível. A entidade pública convida um número limitado de enti-dades a apresentar proposta e com as quais irá negociar as condições do contrato; • Diálogo concorrencial: frequentemente utilizado no caso de contratos particularmente complexos, tais como grandes pro-jetos de infraestruturas, quando a entidade pública não está em condições de definir os meios técnicos necessários à ex-ecução do contrato.

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A legislação alemã, em matéria ambiental, encontra-se disper-sa pelos diferentes Estados.

Quando sejam causados danos ambientais, o construtor e o proprietário do terreno podem ser responsabilizados. Em acréscimo, impõem-se obrigações quanto à gestão de per-formance ambiental dos produtos e materiais. Apenas os pro-dutos e materiais que cumpram os requisitos mínimos de per-formance ambiental podem ser utilizados na União Europeia.

Existe um diploma próprio que regula o uso dos materiais de construção e a circulação de materiais de construção na Euro-pa (Bauproduktengesetz 2013).

Adicionalmente, a lei da eficiência energética (Energieeinspar-ungsverordnung) estabelece a fórmula de cálculo da perfor-mance energética dos edifícios e estabelece os requisitos mín-imos de performance energética dos edifícios.

A lei federal sobre controlo de emissões (Bundes-Immissions-schutzgesetz) regula as emissões de ar e ruído. É aplicável a todos os tipos de instalações ali enumeradas e limita todo o tipo de emissões de locais industriais, incluindo emissões de ar, ruído e odor. As instalações que não se encontrem enu-meradas na lista não precisam de licença nos termos da lei, mas podem ser sujeitas a obrigações específicas. No entan-to, as instalações para as quais não seja necessária a licença nos termos da lei acima identificada, requerem sempre uma licença de construção. A transferência, modificação ou real-ocação de uma instalação qualificada, deve ser notificada às autoridades ambientais.

Todas as instalações podem ser alvo de inspeções ambientais no local.

Estão limitadas as emissões de CO2 nos termos estabeleci-dos para a UE.

3.3. ENQUADRAMENTO LEGAL

REGRAS AMBIENTAIS

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3.3. ENQUADRAMENTO LEGAL

Adicionalmente, uma instalação / estaleiro pode:• Utilizar água do sistema municipal;• Utilizar águas da superfície e de cursos de água, e,• Utilizar águas subterrâneas.

Contudo, as duas últimas requerem licença prévia. Quaisquer descargas de desperdícios em águas superficiais requer-em licenças prévias. Por forma a que a água atinja valores aceitáveis de limpeza, pode ser necessário implementar es-tações de tratamento de águas residuais, para as quais será necessário obter licenças.

Os resíduos são definidos como qualquer substância ou ob-jeto de que o detentor se desfaça ou tenha intenção de se desfazer. As principais categorias de resíduos são resíduos tóxicos e resíduos não tóxicos. Adicionalmente, existe legis-lação especial aplicável aos tipos de resíduos específicos que requerem um tratamento especial, tais como óleos, refriger-antes, resíduos radioativos, etc..

O responsável pela instalação / estaleiro e o proprietário do terreno são ambos responsáveis pela poluição ambiental que causem, tanto nos termos da lei civil, como da legislação ad-ministrativa.

(ZDB) – Federação Alemã da Construção Civil

INSTITUIÇÕES RELEVANTESPARA O SETOR

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CUSTOS OPERACIONAIS

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3.4. CUSTOS OPERACIONAIS

IDENTIFICAÇÃO DE ALGUNS CUSTOS DE OPERAÇÃO

No mercado alemão, constituir e manter uma empresa, acarre-ta os seguintes encargos, entre outros1:

1 Os valores apresentados são meramente indicativos e não vinculam qualquer entidade à apresentação dos mesmos.

DESCRIÇÃO MONTANTE

AQUISIÇÃO DE UMA SUCURSAL E REGISTO COMERCIAL 15 000 EURO

REGISTO DE UMA SUBSIDIÁRIA PARA EFEITOS FISCAIS (SEM REGISTO COMERCIAL) 3 000 EURO

CUSTO MÉDIO ANUAL COM SERVIÇOS DE CONTABILIDADE (NO PROGRAMA DE OPERAÇÕES DE PEQUENA DIMENSÃO) 15 000 EURO

CUSTO MÉDIO ANUAL COM CONTABILISTAS (NO PROGRAMA DE OPERAÇÕES DE MÉDIA E GRANDE DIMENSÃO) 30 000 EURO

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FICHA TÉCNICA

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TítuloGuia sobre os Mercados da Construção na Europa

AutoriaBAKER TILLY

EquipaJoão Aranha | PartnerTiago Almeida Veloso | PartnerJosé Pedro Freitas | Associate PartnerLara Castro | Tax Manager

PromotorAssociação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas - AICCOPN

CoordenaçãoNúcleo de Apoio à Internacionalização da AICCOPNSónia Oliveira João Afonso Vitor Laranjeira

EdiçãoMarço 2017

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Associação dos Industriais da ConstruçãoCivil e Obras Públicas

Fundo Europeude Desenvolvimento Regional

Anos AICCOPN