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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência da Região Central Metropolitana de Meio Ambiente. SUPRAM Central Metropolitana. Av.Nossa Senhora do Carmo, 90. CEP 30.330.000 Savassi. Belo Horizonte. M.G. Telefone: (31) 3228-7700 Processo COPAM nº 14359/2007/001/2009. Data: 0706/2010 Página: 1/21 PARECER ÚNICO 278/2010 PROTOCOLO Nº 462043/2010 Indexado ao(s) Processo(s) Licenciamento Ambiental Nº 14359/2007/001/2009 Licença de Operação em caráter Corretivo Validade: 6 anos Outorga Nº - Regularizada concomitante. Reserva legal Regularizada Empreendedor Antônio Carlos Chaves de Resende CPF: 475.760.576 - 53 Empreendimento: Sítio da Gameleira Município: Lagoa Dourada Unidade de Conservação:Não. Bacia Hidrográfica: Rio Grande Sub Bacia: Rio das Mortes Atividades objeto do licenciamento: Código DN 130/2009 Descrição Classe G-01-03-1 Culturas anuais Porte Insignificante G-02-07-0 Bovinocultura de Leite Porte Insignificante G-02-01-1 Avicultura de Corte. 2 G-02-04-6 Suinocultura em ciclo completo. 3 Medidas mitigadoras: X SIM NÃO Medidas compensatórias: X SIM NÃO Condicionantes: Sim Automonitoramento X SIM NÃO Responsáveis Técnicos pelos Estudos Técnicos Apresentados Medico Veterinário – Daniel Gonçalves Ferreira Geólogo - Eduardo de Oliveira Moraes Eng. Ambiental - Maxuel Bestete de Miranda Registro de classe CRMV – MG nº 9306 CREA – RJ MG142329/D CREA – RJ 120227 Processos no Sistema Integrado de Informações Ambientais - SIAM SITUAÇÃO 16767/2008/001/2009 Licenciamento Supram (LOC) Em apreciação URC Paraopeba 09065/2009 – Outorga Subterrânea Regularizada – Portaria 03212/09 09066/2009 – Outorga Subterrânea. Regularizada – Portaria 03213/09 09067/2009 – Outorga Subterrânea. Regularizada – Portaria 03214/09 Relatório de vistoria/auto de fiscalização: SUPRAM CM 000292/2009 DATA: 01/09/2009

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Processo COPAM nº 14359/2007/001/2009.

Data: 0706/2010 Página: 1/21

PARECER ÚNICO 278/2010 PROTOCOLO Nº 462043/2010 Indexado ao(s) Processo(s) Licenciamento Ambiental Nº 14359/2007/001/2009 Licença de Operação em

caráter Corretivo Validade: 6 anos

Outorga Nº - Regularizada concomitante.

Reserva legal Regularizada

Empreendedor Antônio Carlos Chaves de Resende CPF: 475.760.576 - 53 Empreendimento: Sítio da Gameleira Município: Lagoa Dourada

Unidade de Conservação:Não. Bacia Hidrográfica: Rio Grande Sub Bacia: Rio das Mortes

Atividades objeto do licenciamento: Código DN 130/2009 Descrição Classe

G-01-03-1 Culturas anuais Porte Insignificante

G-02-07-0 Bovinocultura de Leite Porte Insignificante G-02-01-1 Avicultura de Corte. 2 G-02-04-6 Suinocultura em ciclo completo. 3

Medidas mitigadoras: X SIM NÃO Medidas compensatórias: X SIM NÃO Condicionantes: Sim Automonitoramento X SIM NÃO Responsáveis Técnicos pelos Estudos Técnicos Apresentados Medico Veterinário – Daniel Gonçalves Ferreira Geólogo - Eduardo de Oliveira Moraes Eng. Ambiental - Maxuel Bestete de Miranda

Registro de classe CRMV – MG nº 9306 CREA – RJ MG142329/D CREA – RJ 120227

Processos no Sistema Integrado de Informações Ambientais - SIAM

SITUAÇÃO

16767/2008/001/2009 Licenciamento Supram (LOC) Em apreciação URC Paraopeba 09065/2009 – Outorga Subterrânea Regularizada – Portaria 03212/09 09066/2009 – Outorga Subterrânea. Regularizada – Portaria 03213/09 09067/2009 – Outorga Subterrânea. Regularizada – Portaria 03214/09 Relatório de vistoria/auto de fiscalização:

SUPRAM CM 000292/2009

DATA: 01/09/2009

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Processo COPAM nº 14359/2007/001/2009.

Data: 0706/2010 Página: 2/21

Data: 14/07/2010 Equipe Interdisciplinar: Registro Assinatura

Thalles Minguta de Carvalho MASP: 1.146.975-6

Raquel Caram Nascif OAB-MG 95.363

Gleisson da Silva Rafael MASP 1.227.144-1

De acordo,

Isabel Cristina R.R.C. de Meneses.

Diretora Técnica SUPRAM CENTRAL

MASP 1.046.798-6

De acordo,

Leonardo Maldonado Coelho

Chefe Jurídico SUPRAM CENTRAL

MASP:1.200.563-3

1 Introdução

Em 01/08/2008 o empreendedor Antônio Carlos Chaves Resende, por meio de seu consultor ambiental legalmente constituído, caracterizou por meio do formulário de caracterização ambiental integrado – FCEI o empreendimento Sítio Gameleira no município Lagoa Dourada. Com base nestas informações foi expedido o formulário de orientação básica nº 489822/2008 para a formalização do processo de regularização ambiental deste empreendimento.

No dia 31/07/2009 o empreendedor formalizou a documentação necessária e o

processo de licenciamento assumiu o PA COPAM Nº 14359/2007/001/2009.

Em 01/09/2009 foi realizada uma vistoria na propriedade em tela formalizado no auto de fiscalização nº 00292/2009 com o intuito de embasar o parecer único (PU) de regularização ambiental em caráter corretivo do empreendimento Sítio da Gameleira no município de Lagoa Dourada.

Houve pedido de informações complementares (protocolo 609969 de 14/10/09) que solicitava o esclarecimento da divergência de área e a comprovação da regularidade ambiental do local de armazenagem e fabrica de ração.

Em razão da morosidade do processo de unificação de matriculas de registro de imóvel pelo cartório (retificação de área) o empreendedor pede uma dilatação do prazo para atendimento das informações. ( protocolo nº R 018650/2010 de 20/02/2010).

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O empreendedor apresenta as documentações faltantes para avaliação técnica e jurídica (protocolos R 061053/2010 de 01/06/2010 e R 067784/2010 de 24/06/2010).

O estudo ambiental foi elaborado pelo consultor técnico Daniel Gonçalves Ferreira – Médico Veterinário/ CRMV– MG nº 9306, com a ART nº 357 9 de 02 de outubro de 2007. A regularização do uso de recurso hídrico (03 poços subterrâneos) teve os estudos elaborados pelo Geólogo Eduardo de Oliveira Moraes e pelo engenheiro Ambiental Maxuel Bestete de Miranda com a respectivas ART’s nº 50554838 de 21/07/2008 (estudos de outorga) e 50550387 (testes de Vazão) de 26/07/2009. 2. Caracterização do Empreendimento

O empreendimento em análise situa-se no município de Lagoa Dourada, no sítio da Gameleira, cerca de 3 Km da cidade na BR 383 – Km 62 e as atividade realizadas são: a avicultura de corte (100.000 aves) a suinocultura em ciclo completo (500 matrizes) e a pecuária de leite ( 200 cabeças), além de possuir as estrutura de armazenamento de grãos e fábrica de ração animal.

O empreendimento possui uma área total de 54.62.30 ha divididos conforme a seguir

( tabela 1):

Atividade Área ocupada (ha)* Área ocupada (%) Pasto 15,04.89 27,55

Lavoura 16,67.66 30,53 Campineira/pasto sujo 12,20.97 22,35 Benfeitoria/Inf. Estrutura 0.90.56 1,6 Preservação Permanente/Brejo 8,28.35 15,16

Reserva Legal** 1,49.87 2,74** Área Total 54,62.30 100

Tabela 1 Fonte:* Adaptado mapa geo referenciado p/ retificação de área e unificação de matriculas apenso ao RCA.

** Reserva legal complementar (restante averbado fora do empreendimento: 9,4259 ha na gleba Acaba Vida ).

O empreendimento encontra-se em operação desde o início da década de 80 (documentação comprobatória apensa ao processo).

Existem outras atividades agrossilvopastoris, classificadas abaixo de pequeno porte

conforme a norma legal aplicável, a exemplo da área de culturas anuais (milho e feijão), mas que integram a análise atual da atividade de classe 3.

Na imagem a seguir, visualiza-se o empreendimento margeado pela BR 383 (Ligação da BR 040 à região de São João Del Rei - Figura 1):

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Figura 1 – Imagem do empreendimento - Google Earth

2.1 Atividades desenvolvidas

2.1.1 Suinocultura em ciclo completo – A atividade de suinocultura em ciclo completo é classificada como de potencial poluidor médio e de porte médio sendo enquadrada na classe 3.

A suinocultura é executada em ciclo completo e composta pelas seguintes

instalações: laboratório de inseminação artificial, gestação composta por gaiolas individuais e baias coletivas, maternidade composta por salas com aquecedor, creche dotada de gaiolas suspensas e engorda constituída por baias sem lâmina d’água.

A suinocultura em ciclo completo tem a capacidade máxima de alojamento de 5.500

animais sendo 500 matrizes segundo informações do representante do empreendedor. No empreendimento são executadas todas as fases de criação (cria, recria e engorda) caracterizando ciclo completo da criação com uma produção média estimada de 1100 animais prontos para o abate mensalmente.

A seguir o fluxograma da atividade de suinocultura em ciclo completo ( figura 2) :

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Figura 2 – Adaptação RCA

O empreendimento emprega cerca de quarenta funcionários fixos, sendo quatorze na

suinocultura, cinco na avicultura, quatro no escritório e fabrica de ração, sete na bovinocultura e serviços gerais e um gerente geral. Existe a possibilidade de contratação de mão de obra temporária para serviços eventuais.

2.1.2 Avicultura de corte - O enquadramento desta atividade segundo as diretrizes da norma legal é classe 2 sendo de médio porte (até 100.000 aves) e com o potencial poluidor considerado pequeno.

A atividade de avicultura de corte foi iniciada em 1982 sendo atualmente composta

por 5 galpões sendo: cada um possui uma área útil para o alojamento de aves de 1.300 m2, com uma ocupação de cerca de 18.000 aves por galpão por ciclo de cerca de 70 dias e uma mortalidade máxima de 2,5%.

Existe, também, em cada aviário, um silo para ração, caixa de 5.000 litros de água, o

aparato de ambiência zootécnica (cortinas, ventiladores) e sistemas automatizados de fornecimento de água e alimento.

Os pintinhos são fornecidos de incubatório com 1 dia de vida e pesando em média 40

gramas, sendo as entregas programadas. Cada lote ocupa o galpão durante 60 dias sendo 45 dias para a fase de criação, 15 dias para a retirada de cama, desinfecção e vazio sanitário.

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Após o trabalho de desinfecção o galpão é mantido fechado e com todas as

estruturas já montadas e assépticas (cama, bebedouros tubulares, comedouro bandeja, campânulas e circulo de contenção) para o povoamento subseqüente.

Neste período inicial subseqüente existe a necessidade de fornecimento de

aquecimento as aves. Este é fornecido por um equipamento (campânula) que pela queima de biomassa (lenha), produz o calor necessário para a ambiência ideal aos pintinhos. O empreendedor está devidamente cadastrado e adimplente em consulta ao sistema do IEF.

Após a fase de pintinhos, estes animais fazem uso de comedouros e bebedouros

automatizados que automatizam o manejo da criação. Existe um manejo das cortinas da lateral dos galões de acordo com as condições ambientais.

Existe também, periodicamente, a necessidade de revolver a cama ou substitui-lá em

caso de encharcamento. Também diariamente é feito o recolhimento dos animais mortos.

Cada ave chega ao final do ciclo produtivo (42 a 45 dias) com peso médio de 2,2 kg e gera no final do ciclo produtivo cerca de 1,5 kg de cama (material absorvente, fezes, urina, penas e ração desperdiçada). Este material, após a saída do lote, como descrito acima, é amontoada para a reutilização no ciclo seguinte após tratamento ou eventualmente retirada do galpão, quando da impossibilidade de reutilização e encaminhadas para a utilização como adubo orgânico em áreas agrícolas.

2.1.3 Bovinocultura de Leite – Esta atividade está abaixo do porte considerado pequeno, logo sendo considerada de menor relevância a luz da legislação.

A ordenha é mecanizada e realizada duas vezes ao dia e a quantidade produzida

está em torno de 2.000 litros /dia. O leite é resfriado e armazenado em tanques de expansão (2), atendido dia sim dia não pela coleta granelizada.

A dessedentação dos animais é feita em bebedouros artificiais abastecido pelo

sistema de fornecimento de água.

No aspecto sanitário, obedecem as normas aplicáveis de defesa sanitária propostas pelo Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA e manejo zootécnico conforme preconizados de praxe (mineralização, vermifugação, etc.). A alimentação é baseada em volumosos produzidos na fazenda (normalmente campineiras e silagem de milho).

Existe uma diferenciação no manejo dos animais em função da estação do ano,

sendo no verão uso de pastejo em brachiaria - Brachiaria ssp e grama tifton - Cynoddon spp. No inverno (época seca) os animais são criados em sistema de confinamento tendo a base alimentar feita com fornecimento de capim picado e silagem de milho fornecido juntamente com a dieta de grãos e subprodutos.

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Para suporte alimentar deste rebanho, existe o plantio de milho para confecção de silagem e outros gastos. Existe o cultivo da gramínea do gênero Cynoddonn spp – tifiton 85 que é utilizado em pastos rotacionados de modo intensivo, que recebem o efluente oriundo da atividade de suinocultura e bovinocultura, utilizando este resíduo como um recurso para a fertilização das pastagens e também para o cultivo de milho.

A fazenda também possui toda a estrutura para realização de atividade

bovinocultura, tais como: curral de manejo, barracão, cocho de volumosos, bebedouros, ordenhadeira mecânica e sala de leite.

2.1.4 Atividades de Apoio - Existem também no empreendimento uma estrutura de apoio constituída de portaria com balança rodoviária, galpões de armazenagem de insumos/fabrica de ração e casa de funcionários (03 casas). Esta atividade de armazenagem de grãos (120 T) e fabricação de ração (200 T/dia) está devidamente regularizada pela autorização ambiental de funcionamento AAF nº 01779/2010.

Para o desenvolvimento das atividades no empreendimento há a necessidade de

cerca de 5 funcionários na avicultura, 7 funcionários na bovinocultura e 4 serviço gerais e escritório totalizando cerca de 30 funcionários.

No processo produtivo existem os seguintes equipamentos: picadeira de volumoso,

chorumeira, carreta, subsolador, arado de disco, roçadeira, distribuidora de calcário, plantadeira adubadeira, grade de disco, plantadeira, adubadeiras, tratores e caminhão.

Os principais insumos são: água, rações formuladas a base de grão (milho e soja) e minerais e vitaminas, material para cama (maravallha de madeira, palha de arroz), vacinas, medicamentos, desinfetante, combustíveis e energia elétrica. As rações são formuladas de acordo com as exigências nutricionais de cada fase da criação dos animais e são fabricadas no próprio empreendimento.

Existe um posto de armazenagem para abastecimento de óleo diesel (tanque aéreo

de 15 m3) que necessita de correções técnicas para o funcionamento adequado. O empreendedor foi, por ocasião da vistoria, orientado a fazer essas correções e que também serão condicionadas neste parecer.

4. Caracterização Ambiental

4.1 Avaliação do Diagnóstico Ambiental

O município de Lagoa Dourada localiza–se na região do Campo das Vertentes possuindo área de 479,573 km2. O clima é Tropical de Altitude, caracterizado pela ocorrência de duas estações do ano, sendo o verão chuvoso (Outubro a Março) e o

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inverno seco (Abril a Setembro). O trimestre de maior precipitação é Novembro a Janeiro e o de menor precipitação é Junho a Agosto.

O clima do município é marcado por duas estações bem definidas, sendo uma chuvosa (verão - Novembro a Abril) e outra seca (inverno – Maio a Outubro). O índice pluviométrico é de cerca de 1.372 mm anuais e temperatura média de 20,1ºC. Segundo a classificação de Kopper é Awa – tropical com inverno seco, caracterizado por apresentar temperaturas médias mensais superiores a 18ºC.

Em relação à pedologia, o solo é predominantemente de cambissolos de textura

média, tendendo ao arenoso e de características gerais de solos ácidos, com baixo teor de fósforo e potássio. Em menor percentual, são encontrados, também, solos aluviais eutróficos, hidromórfico e podzólicos.

Predominam na região basicamente 3 tipos de solos do tipo Latossolos, podzólicos e

cambisolos. O solo do tipo Cambisolo distrófico predomina nos cumes das elevações e, nas áreas de maior declividade, predominam as pastagens e remanescentes florestais. Nas cotas intermediárias, predomina o latosolo vermelho amarelo distrófico geralmente ocupado com pastagens. Nas áreas de baixa, o solo do tipo podzólico vermelho amarelo.

A geomorfologia é composta por áreas acidentadas nas partes mais altas e partes

mais planas situada nas áreas baixas próximas aos cursos d’água. O relevo local é caracterizado por formas de dissecação fluvial, cuja evolução está relacionada ao entalhamento dos cursos d’água concomitantemente com ações erosivas. O relevo possui colinas convexo côncavas, geralmente com vertentes suaves com anfiteatros e rampas de colúvio base.

A vegetação é típica de mata Atlântica sendo identificadas espécies típicas desta

tipologia. O estado de conservação é considerado razoável. Especificamente no caso do empreendimento, parte da área de Preservação

Permanente encontra-se ocupada por um galpão de aves e estradas, além de gramíneas e deverá ser feito procedimento corretivo para adequação legal.

A fauna local está intimamente ligada à existência e à conservação destes fragmentos de vegetação nativa. Foi verificado na vistoria, bem como relatado pelas pessoas do local, a presença de animais característicos como a raposa, o mico, a cotia, a capivara, a seriema entre outros. As espécies relacionadas são encontradas em ambientes com características diversas e especialmente localizadas naqueles nichos mais protegidos da propriedade.

Com relação a Unidades de Conservação e Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade, as informações foram obtidas do Atlas de conservação da Biodiversidade e em consulta à Base de Dados Georeferenciados do SIAM (http://www2.siam.mg.gov.br/webgis/semadmg/viewer.htm) acessado em 09/07/2010, onde

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a área do empreendimento não apresentou nenhuma restrição em relação às Unidades de Conservação e sua área de amortecimento bem como nenhuma restrição com relação á áreas prioritárias de conservação da biodiversidade.

4.3 Reserva legal e Área de Preservação Permanente. Trata-se de uma área que se encontra no bioma da mata Atlântica, onde o

empreendimento encontra-se sob influência da BR 383.

A reserva legal está regularizada, com parte de sua averbação na gleba do Sitio da Gameleira e o restante em uma gleba adquirida pelo empreendedor para este fim. Existe apenso ao processo uma declaração do IEF/Aflobio de Resende Costa que atesta a locação da obrigação de averbação em outro loco (gleba acaba vida). Este loco de 12,6126 ha tem a vegetação predominantemente de mata (floresta estacional semi decidual em diferentes estágios. Contiguamente a este existe a averbação de 09,42.59 há referente ao sítio da gameleira e 02,6504 há referente a averbação da própria área (gleba acaba vida). A complementação do restante está no próprio sitio da Gameleira e perfaz uma área de 01.49.87 ha.

Em razão do exposto, a opinião descrita neste parecer é que a obrigação da reserva

legal do empreendimento está atendida e teve o mérito analisado pelo IEF da Aflobio da cidade de Resende Costa e devidamente comprovada por certidão do cartório de registro de imóveis.

Com relação à área de preservação permanente, existem, no empreendimento, dois

locais margeando a área de brejo que foi delimitada com 30 m de afastamento da borda do mesmo, totalizando uma área de APP de 1,33.68 há de um lado e de 2,70.17 há totalizando 4,03.85 há.Destas áreas existem ocupadas com estradas 0,0804 há, pastagens com 1,16.96 há, aviário com 0,02.32 há, área de cultura com 1,29.62 ha e 1,47.75 há com pasto sujo, totalizado 4,04.69 há.

Em virtude da vistoria, foi dado subsidio técnico no local, com apresentação de

documentação comprovando que a instalação foi anterior à vedação da lei. Percebe-se, também, que as construções são bastante antigas, tendo sido implementadas há cerca de pelo menos 20 anos. Assim, considera-se que a mesma é uma ocupação antrópica consolidada sem alternativa locacional, e sugerimos a necessidade da devida compensação, sendo vedada qualquer expansão antrópica na área de preservação permanente.

4.4 Utilização dos Recursos Hídricos

A propriedade está inserida na Bacia Hidrográfica Federal do Rio Grande e na bacia do Rio das Mortes.

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O gasto total teórico de água no empreendimento é estimado em cerca de 145,63 m3/dia sendo de acordo com parâmetros técnicos com a seguinte distribuição ( tabela 2):

Tabela 2 – Demanda Hídrica Fonte: Adaptado - http://www.siam.mg.gov.br/siam/outorga/2009/090652009/3892292009.pdf

A explotação de recursos hídricos é realizada em 03 poços subterrâneos devidamente outorgados conforme descrito a seguir (tabela 3):

Nº Portaria de Outorga Finalidade Vazão outorgada.

03212/2009 Dessedentação humana e animal

4,14 m3/h durante 6 h/dia =24,84 m3/dia.

03213/2009 Dessedentação humana e animal

4,86m3/h durante 13 h/dia = 63,18 m3/dia

03214/2009 Dessedentação humana e animal

4,5 m3/h durante 14 h/dia = 63 m3/dia

Volume de água outorgado 151,02 m3/dia Tabela 3 – Outorgas deferidas

Diante das concessões apresentadas, verificadas e regularizadas em função dos

volumes de explotação em relação ás necessidades do empreendimento, entende-se que o uso de recursos hídricos encontra-se adequadamente regularizado.

5. Descrição dos Impactos Negativos Relevantes e Medidas Mitigadoras.

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A tabela a seguir resume os principais impactos negativos da criação de animais domésticos (avicultura de corte, suinocultura em ciclo completo e bovinocultura de leite intensiva – tabela 4):

Atividade Aspectos ambientais Impactos potenciais

Criação das aves em cama.

Potencial alteração de solo, água e

ar pela geração de resíduos orgânicos (cama /fezes)

Poluição de solo, águas. Risco sanitário e saúde e

segurança do trabalho

Criação de suínos

Potencial alteração de solo, água e

ar pela geração de resíduos orgânicos (efluente suinícola – fezes,

urina, pelos e restos de ração)

Poluição de solo, águas. Risco sanitário e saúde e

segurança do trabalho

Criação de bovinos de

leite

Potencial alteração de solo, água e

ar .pela geração de resíduos orgânicos (geração de esterco nos

currais e efluente de lavagem e sanitização da ordenhadeira e tanque

de expansão)

Poluição de solo, águas. Risco sanitário e saúde e

segurança do trabalho

Criações zootécnicas realizadas no

empreendimento.

Proliferação de vetores ( insetos e

roedores)

Risco sanitário e saúde e segurança do trabalho

Uso de adubos e agroquímicos

Potencial alteração de solo, água e ar.

Potencial alteração do

solo e contaminação de recurso hídrico e geração de gases de efeito estufa.

Descarte de animais mortos. Geração de resíduos orgânicos

Poluição e contaminação de solos e águas Riscos

sanitário e saúde e segurança do trabalho.

Aplicação de

medicamentos e vacinas.

Geração de resíduos sólidos (embalagens)

Contaminação do solo e pessoas.

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Aplicação de desinfetante e

saneantes.

Potencial alteração de solo, água e ar.

Contaminação da água, solo e pessoas.

Tabela 4 – Impactos negativos significativos das atividades zootécnicas do empreendimento.

Os principais impactos potenciais das atividades de apoio estão listados na tabela a seguir ( tabela 5):

Atividade Aspectos Ambientais Impactos Potenciais Moradia de funcionários e funcionários durante suas atividades.

Geração de efluentes sanitários e lixo doméstico.

Poluição e contaminação de solos e águas.

Manutenção das máquinas e equipamentos. (oficina de pequenos reparos)

Geração de resíduos de alto potencial poluidor.

Poluição e contaminação do solo e das águas .

Armazenamento e abastecimento de combustíveis e lubrificantes.

Produtos de grande potencial de dano ao meio ambiente.

Contaminação do solo, água e pessoas.

Fábrica de ração Potencial geração de particulados, barulho e resíduos sólidos

Contaminação do ar, solo e alteração nas condições de trabalho.

Tabela 5 – Impactos negativos significativos das de apoio

5.1 Efluentes sanitários - Os pontos de geração de efluentes sanitários e domésticos no Sítio da Gameleira identificados na vistoria foram 04: nas casas dos funcionários e locais de criação dotados de banheiros que são escavados no solo para infiltração (fossas negras onde será condicionada a construção de fossas sépticas conforme padrões ambientais e normas técnicas vigentes). A destinação dos efluentes sanitários deve ser feita em fossas sépticas, equipadas com filtro anaeróbio e sumidouro, devidamente dimensionados para o número de funcionários e demais usuários, atendendo aos requisitos técnicos da ABNT-NBR 7229/93. Fica condicionada esta adequação na destinação dos efluentes sanitários produzidos em todos os pontos de geração que possuem fossa negra (a princípio em 04 pontos). Em se tratando de resíduos provenientes de cozinhas e refeitórios, deve haver um tratamento prévio através de caixas de gordura, antes de serem destinados às fossas sépticas associado a sumidouro ou tecnologia equivalente.

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5.2 Resíduos sólidos não orgânicos - os principais resíduos gerados podem ser classificados como recicláveis (papel, papelão, vidro, metal, sacaria e plásticos em geral), rejeitos (lixo de banheiro, isopor, trapos, produtos de varrições).

Foram verificados problemas pontuais próximos à casa de funcionários relativos à destinação de lixo domiciliar disposto inadequadamente, onde imediatamente houve a orientação/advertência para a situação e a remediação imediata por parte do empreendedor. A comprovação de disposição regular desses resíduos será condicionada neste parecer.

Deve-se observar a correta destinação de embalagens dos produtos veterinários,

frascos, material plásticos, restos de fármacos e quando do uso de defensivos, orientado por receituário agronômico e atendimento da legislação aplicável sobre o assunto.

Estes resíduos devem ser armazenados de maneira a não possibilitar alteração de

sua classificação e de forma que sejam minimizados os riscos de danos ambientais. A contenção temporária destes resíduos deverá ser feita atendendo às condições básicas de segurança descritas na Norma ABNT NBR 11.174. Os resíduos poderão ser depositados em bombonas plásticas devidamente identificadas para este fim. Na execução e operação de um local de armazenamento dos resíduos, devem ser considerados aspectos relativos ao isolamento, sinalização, acesso à área, medidas de controle da poluição ambiental e segurança da instalação. Os resíduos inorgânicos deverão ter destinos especificamente, respeitando-se a Resolução CONAMA 358/2005. (condicionado)

Para os recicláveis, recomendamos a implantação de um sistema de coleta seletiva,

com posterior encaminhamento para empresa de reciclagem. Para os rejeitos, recomendamos o encaminhamento para o aterro sanitário municipal, uma vez que estes não podem ser reciclados.

Embalagens de agrotóxicos deverão ser armazenadas e devolvidas aos fabricantes, procedimento que deverá estar de acordo com a Legislação em vigor (Lei nº 7.802/1989, Lei nº 9.974/00 e Decreto Federal nº 4.074/02). O empreendedor deverá manter os comprovantes de devolução das embalagens vazias de agrotóxicos disponíveis na propriedade para fins de fiscalização. Os locais de armazenamento de agrotóxicos, bem como das embalagens vazias, deverão atender às normas específicas de segurança determinadas pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

5.3 Resíduos orgânicos - constituído basicamente por: carcaças de aves, bovinos e suínos mortos, restos placentários, em condições normais de produção. Em menor proporção, restos de alimentos, folhas, cascas, etc. No caso da destinação de animais mortos (aves, leitões, suínos), restos placentários e natimortos, condiciona a adoção da técnica da compostagem (que será condicionada), como forma de destinação final para animais mortos com a confecção de

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um composto orgânico que pode ser utilizado no solo, reciclando nutrientes e apresentando custos razoáveis para adoção.

Para bovinos adultos, devida à mortalidade esporádica e dificuldade operacional da composteira, tolera-se (obedecendo às normas técnicas e ambientais vigentes) o enterro em vala escavada no solo, em local distante pelo menos a 300 metros de corpos d’água e drenagem pluviais e utilizando cal virgem sobre a carcaça antes do enterro.

A cama de aviário (material inerte + excretas avícola) somente poderá ser destinada com a finalidade de uso como adubo orgânico, sendo vedada a utilização para alimentação de outros animais e será objeto de condicionante sendo comprovada a disposição final.

Para os dejetos acumulados nas áreas de curral e malhadouro, recomenda-se a retirada e destinação para uso como adubação nas áreas de capineira, pastagem ou venda como adubo orgânico. O acúmulo deste material é sazonal (em época seca) e da complementação volumosa aos animais no cocho. Recomenda-se uma maior freqüência na retirada deste material.

Em virtude da modalidade de criação, os dejetos bovinos (esterco verde) são

prontamente distribuídos na pastagem. Assim, nos locais de malhadouro onde os animais pernoitam e/ou saleiros e bebedouros, deve haver a retirada freqüente desse material com destinação adequada.

5.4 Efluentes líquidos e sólidos da suinocultura - os dejetos suínos são constituídos por fezes, urina, água desperdiçada por bebedouros e utilizadas na higienização, resíduos de ração, pêlos, poeiras e outros materiais decorrentes do processo criatório. Para a atividade de suinocultura do Sitio da Gameleira é estimada uma produção máxima de 50 m3 de dejetos diariamente. O tratamento de dejetos é constituído pela operação de um sistema de biodigestor dotado de duas células de fermentação seguido de uma lagoa de polimento que realiza a fermentação anaeróbica da matéria orgânica, produzindo biogás e bio fertilizante.

O biogás liberado pela atividade de fermentação anaeróbia do dejeto tem elevado poder energético e a sua composição varia de acordo com a biomassa utilizada no processo de fermentação e, depois de queimado, mitiga o potencial de efeito estufa deste gás, gerando “créditos de carbono”, além de também mitigar o gases causadores de mal cheiro ( sulfídrico ) (Figura 2)

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Figura 2 – Sistema de tratamento de efluente líquido – Empreendimento Sítio Gameleira.

Existem, também, sensíveis ganhos com relação à minimização dos vetores (moscas) e também na mitigação do cheiro da atividade da criação dos suínos.

Após a passagem pelo sistema de biodigestores, o biofertilizante é encaminhado para uma lagoa de polimento, de onde poderá seguir para a fertirrigação de áreas de pastagens intensivas (capineiras, pastejo intensivo de grama tifton e nas áreas de culturas de grãos).

Em principio, após o sistema de tratamento, a dosagem de efluente ficará restrita ao

máximo de 200 m3/ha/ano, dividida em pelo menos 04 aplicações, sendo vedada a aplicação em dias chuvosos e em áreas de preservação permanente de nascentes, cursos de água e barramentos e adequadamente verificada pelas indicações agronômicas referenciadas pelas analises de solo e da necessidade da cultura implantada. 5.6 Efluentes líquido da pecuária – verifica-se a geração de efluentes líquidos constituídos de água de limpeza da ordenhadeira mecânica e tanque de armazenagem de leite. Este efluente liquido careia matéria orgânica de resíduos de leite, detergentes e sanitizantes. Em vazão máxima de 0,5 m3/dia e de forma esporádica sendo consideradas de menor relevância. 5.7 Solo e recursos hídricos: Existe a necessidade de constante mitigação do efeito negativo da atividade antrópica sobre a disponibilidade dos recursos hídricos e do solo. Logo, estes pontos de deficiência devem ser constantemente identificados e trabalhados. Ações técnicas de conservação de água e solo e recomposição vegetal nativa, devem fazer parte da visão do empreendimento, visando à sustentabilidade ambiental e mitigação de impactos ambientais gerados.

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Como medidas que contribuam para a conservação de água e solo, devem ser adotados os seguintes procedimentos: implantar e manter cobertura vegetal próximo ás instalações, arborização das áreas marginais ás instalações.

Condicionam-se ações de melhoria no sistema de captação e escoamento de águas pluviais. Deve ser operacionalizado um projeto técnico de conservação de água e solo, avaliando as áreas periféricas das instalações, estradas, pastagens que necessitem de intervenções e propondo ações de melhorias, além de cronograma de execução. 5.8 Posto de abastecimento, depósito de óleo lubrificante e estacionamento de máquinas: ficaram evidenciados problemas no tanque aéreo de combustível (diesel) tais como: vazamentos, destinação no solo, exposição a chuva sem piso impermeável com destinação a caixa de separação de a água e óleo, sem mureta de contenção e sem sistema de combate a incêndios. 5.9 Propagação de Vetores – Em virtude da natureza da atividade, existe a possibilidade da propagação de pragas (moscas e roedores), virtude da presença de alimento e abrigo a estes animais, que são, inclusive, importantes meios de veiculação de doenças. O controle de vetores é condição profilática para se evitar a disseminação de doença que podem se torna problema sério, se negligenciada. Deve-se adotar controle destes vetores de acordo com o sugerido no PCA e de acordo com a as recomendações técnicas de praxe. O controle de roedores e, sobretudo, de moscas, dentro e nas imediações das instalações, é de suma importância.

A vegetação deve ser mantida rasteira no entorno das instalações, evitando situações que favoreçam a presença destes vetores no empreendimento, além da adequada limpeza das instalações e destinações de resíduos, como medidas para se evitar doenças, tanto para os animais quanto para os seres humanos

Existe um controle sistemático de mosca e ratos no empreendimento.

5.10 Emissão atmosférica – A principal emissão é a de poeira e particulados, provenientes do tráfego de veículos nas vias não pavimentadas e nas áreas de cultura.

Ocorre também a emissão de gases do efeito estufa pela utilização de combustíveis fósseis pelas máquinas e equipamentos utilizados no empreendimento.

Os odores produzidos na atividade de suinocultura são também um impacto negativo

da atividade, mitigado pelo sistema de digestão anaeróbica e queima de biogás.

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5.11 Ruídos – O ruído proveniente é emitido principalmente na área da fábrica de ração e dos veículos de transporte e máquinas agrícolas em área rural, devendo ser adotado os respectivos equipamentos de proteção individual – epi’s. .

6. Discussão

As avaliações realizadas abrangeram os aspectos do empreendimento e seus impactos nos meios físico, biótico e socioeconômico, considerando a viabilidade das atividades do empreendimento.

Mesmo sabendo que a atividade desenvolvida é potencialmente geradora de

impactos sobre o meio ambiente, os parâmetros analisados indicam que o empreendimento prevê e realiza ações de mitigação resultando na busca de sustentabilidade ambiental, o que impede a ocorrência de impactos significativos. O relatório de controle ambiental apresentado indica que os impactos gerados pela atividade estão sendo mitigados e compensados pelas ações propostas e que estão sendo conduzidas, o que leva a conclusão técnica da viabilidade ambiental do empreendimento.

7 Compensações Ambientais

A princípio não está sendo exigida a compensação ambiental para este empreendimento por ser considerando que um dos principais impactos, a supressão da vegetação nativa nas áreas de cultivo, ocorreu no passado, anteriormente a Lei Federal 9.985/2000.

Considera-se nesta opinião técnica que as dimensões e as características das

criações zootécnicas e cultivos realizados não comprometem a qualidade de vida da região e nem causam consideráveis danos aos recursos naturais, inclusive pelas condicionantes impostas neste parecer para correções/ajustes ambientais, descritas anteriormente.

Com relação à compensação pela supressão de Mata Atlântica, considerando que o empreendimento foi instalado anteriormente à legislação (década de 70) e, por conseguinte à obrigação da compensação, e em razão da impossibilidade da comprovação da forma que ocorreu esta supressão, entendemos não ser aplicável a cobrança.

Em relação à APP, há documentação comprobatória da instalação ser anterior a vedação da lei. Assim, consideramos que a mesma é uma ocupação consolidada, ficando sugerida a aplicação da compensação florestal pelo uso antrópico consolidado, (condicionante nº 2). 8. Controle Processual

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Trata-se de análise jurídica para concessão de licença em caráter corretivo do empreendimento Sítio Gameleira, na zona rural do município de Lagoa Dourada, do empreendedor Antônio Carlos Chaves de Resende para as atividades de suinocultura em ciclo completo, avicultura de corte, bovinocultura de leite, culturas anuais e silvicultura, classe 3 processo administrativo COPAM nº 14359/2007/001/2009.

O processo encontra-se devidamente formalizado, estando a documentação juntada em concordância com DN 074/04 e Resolução CONAMA Nº 237/97.

Os custos da análise foram devidamente quitados, bem como foi realizada a publicação do pedido de licença em jornal de grande circulação.

Foi apresentada a Declaração da Prefeitura informando que o local e o tipo de instalação estão em conformidades com a legislação municipal.

A reserva legal está devidamente regularizada, com parte averbada na matricula da própria propriedade e o restante em outra gleba, pertencente ao empreendedor.

O uso de recursos hídricos está embasado nas Portarias de Outorga do IGAM nº 3212/09, 3213/09 e 3214/09, todas com validade de 05 anos (até 2010).

De acordo com a análise técnica, houve intervenção em área de preservação permanente antes de 2002. Assim, pela lei 14.309/02, a ocupação nessa área será respeitada por não haver alternativa locacional, devendo ser estabelecida medida compensatória.

Foi informado que não haverá nova supressão de vegetação e que as demais supressões em mata atlântica ocorreram quando da implantação da atividade (década de 80), portanto anteriormente à obrigação de compensação por intervenção nesse bioma.

A análise técnica concluiu pela não ocorrência de impactos significativos, não incidindo, portanto, compensação ambiental pela Lei do Snuc.

Por se tratar de empreendimento classe 03, o prazo da licença será de 06 (seis) anos, com as condicionantes relacionadas no Anexo I.

As licenças ambientais em apreço não dispensam nem substituem a obtenção, pelo requerente, de outras licenças legalmente exigíveis, devendo tal observação constar do(s) certificado(s) de licenciamento ambiental a ser (em) emitido(s).

Outrossim, em caso de descumprimento das condicionantes e/ou qualquer alteração, modificação, ampliação realizada sem comunicar ao órgão licenciador, torna o empreendimento passível de autuação.

9. Conclusão

Este parecer é favorável à concessão da licença de operação em caráter corretivo do empreendimento Sítio Gameleira do empreendedor Antônio Carlos Chaves de

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Resende para a atividade de suinocultura em ciclo completo, avicultura de corte, bovinocultura de leite, culturas anuais e silvicultura, classe 3 processo administrativo COPAM nº 14359/2007/001/2009, condicionando esta licença ao atendimento das exigências no ANEXO I dentro dos prazos estipulados.

Cabe esclarecer que a SUPRAM CM não possui responsabilidade técnica sobre os

projetos de controle ambiental e programas de treinamentos aprovados para implantação, sendo a execução, operação, comprovação de eficiência e/ou gerenciamento dos mesmos de inteira responsabilidade da própria empresa, seu projetista e/ou prepostos.

ANEXO I

Processo COPAM nº: 14359/2007/001/2009 Classe/Porte:3/médio Empreendedor: Antônio Carlos Chaves de Resende Empreendimento: Sítio da Gameleira Município: Lagoa Dourada Referência: CONDICIONANTES DA LICENÇA* VALIDADE:6 anos ITEM DESCRIÇÃO PRAZO**

1

Apresentar regularização do empreendimento junto ao Cadastro Técnico Federal do IBAMA..

30 dias.

2

Protocolar, na Gerência de Compensação Ambiental/Núcleo de Compensação Ambiental do Instituto Estadual de Florestas - IEF, solicitação para abertura de processo de cumprimento da compensação por intervenção em APP, de acordo com a Resolução Conama 369/06. (4,04,69 ha)

30 dias após publicação da

decisão da URC.

3

Providenciar adequação técnica do sistema de armazenamento de combustíveis e abastecimento (15 m3

óleo diesel ): cobertura da estrutura, impermeabilizando o solo na pista de abastecimento e direcionamento para caixa separadora de água e adoção de extintores, sinalização. Deverá ser comprovado por meio de relatório fotográfico as melhorias.

90 dias

4

Adotar a “composteira” de acordo com as premissas técnicas descritas pela EMBRAPA para a destinação das aves e suínos mortas e restos placentário e de parição durante as condições normais de criação nos local de criação. ( impermeabilização ao redor, coleta e envio para tratamento do chorume fugitivo)

90 dias

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5

Implantar sistema de destinação final de resíduos sólidos (coleta seletiva ) conforme descrito no Parecer Técnico. Havendo comercialização com empresas de reciclagem, esta deverá ser comprovada através de contrato, nota fiscal ou declaração do receptor, estas evidências devem estar arquivadas no empreendimento para fins e fiscalização. Os resíduos não recicláveis deverão ser encaminhados ao aterro sanitário municipal de forma sistemática;

90 dias

6

Adequar a destinação de todos os pontos de lançamento de efluentes sanitários devidamente dimensionadas pelo número de usuários, com fossa séptica, filtro anaeróbico e sumidouro, de acordo com as normas técnicas da ABNT NBR 7229/93 e informadas no PCA.

180 dias.

7

Realizar monitoramento anual dos terraços, curvas de nível, barraginhas e estradas implantados, verificando seu estado e corrigindo possíveis falhas assim garantindo a conservação de água e solo.

Durante a vigência da Licença

8

Usar para cada cultura somente agrotóxicos cadastrados pelo IMA, armazenados de forma adequada conforme premissas técnicas, sendo que deverão ser mantidos disponíveis os devidos receituários agronômicos, bem como a comprovação da destinação das embalagens vazias de produtos agrotóxicos utilizados no empreendimento, para fins de fiscalização;

Durante a vigência da Licença

9

Executar o programa de auto-monitoramento dos efluentes industriais líquidos, sólidos, gasosos e sonoros conforme definido pelo Programa de Auto-monitoramento homologado pelo COPAM.

Durante a validade da Licença

Observações:

(*) O não atendimento aos itens especificados acima, assim como o não cumprimento de qualquer dos itens do PCA apresentado ou mesmo qualquer situação que descaracterize o objeto desta licença, sujeitará a empresa á aplicação das penalidades previstas na Legislação Ambiental e ao cancelamento da Licença de

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Operação obtida;

(**) Contado a partir da data de concessão da LOC ou outro especificado

Anexo II

Programa de Automonitoramento

1) Solo 1.1 Analise agronômica - deverá realizar análises do solo das áreas que recebem adubação orgânica, nas profundidades de 0-20 cm, onde deverão estar contemplados no mínimo os seguintes parâmetros: densidade aparente, granulometria, pH, N, P, K, Al, Na, Cu, Zn, Ca, Mg, CTC, matéria orgânica, saturação de bases, com periodicidade anual. 1.2 Acampamento de níveis de Cobre e Zinco no solo - Fazer análise da concentração total dos elementos químicos - Cu, Zn na camada de 0 a 20cm, nas áreas que recebem o efluente suinícola ( área cultivo de grãos e de pastagens plantadas) Deverá ser adotado a metodologia analítica USEPA 3050 ou USEPA 3051 ou em suas atualizações, conforme resolução CONAMA 420/2009 com periodicidade anual. 2) Efluentes da Suinocultura 2.1 Efetividade do tratamento– as amostras deverão ser coletadas do efluente bruto e do efluente tratado antes da disposição final, contemplando no mínimo os seguintes parâmetros: DBO, DQO, pH, Oxigênio dissolvido, sólidos sedimentáveis, sólidos suspensos, sólidos dissolvidos, nitrogênio total, fósforo, sódio, cobre, zinco e óleos e graxas, com periodicidade anual .