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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
FOLHA LÍDER
Nucleo de Apoio Administrativo do CRH - Coordenadoria de Recursos Humanos
Processo: 001.0008.000520/2015 Volume: 1
Origem: 7° VARA CÍVEL - COMARCA DE OSASCO
Interessado: MARIA DE FATIMA CALAZANS CORREIA BISPO
CPF/CNPJ:
Assunto: Outros
Detalhe: Procedimento do Juizado Especial Cível - Sistema Remuneratório e
Benefícios. - Processo Digital n°4004543-36.2013.8.26.0482 - Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo - Foro de Presidente Prudente.-
Série documental:
Processo Mãe:
Data de Autuação: 09/10/2015
URGENTE
11111111111011110101111011111,1111111111111111 Registrado em 09/10/2015 às 16:52h por JUNE MEIRE GOULART - CRH
Nucleo de Apoio Administrativo do CRH - Coordenadoria de Recursos Humanos
SISRAD - Sistema de Registro e Acompanhamento de Documentos e Processos
fls. 83
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE PRESIDENTE PRUDENTE FORO DE PRESIDENTE PRUDENTE VARA DA FAZENDA PÚBLICA 1%49 Av. Coronel José Soares Marcondes, n° 2.201, Sala 55, Vila-São-Jorge - CEP 19013-050, Fone: 18-3221-3144, Presidente Prudente-SP - E-mail: [email protected] Horário de Atendimento ao Público: das 12h3Omin as191100min
OFÍCIO n" 1406/2015
Processo Digital n°: 4004543-36.2013.8.26.0482 Classe — Assunto: Procedimento do Juizado Especial Cível - Sistema Remuneratório e Benefícios Requerente: MARIA DE FÁTIMA CALAZANS CORREIA BISPO Requerido: FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
(FAVOR MENCIONAR ESTAS REFERÊNCIAS NA RESPOSTA)
Justiça Gratuita
Presidente Prudente, 11 de agosto de 2015.
Prezado(a) Senhor(a),
O(A) MM. Juiz(a) de Direito da Vara da Fazenda Pública do Foro de Presidente
Prudente, Dr(a). Darei Lopes Beraldo, pelo presente, transmite ao conhecimento de Vossa
Senhoria, para as providências cabíveis, o teor da sentença e acórdão proferida(o)(s), nos autos em
epigrafe, com trânsito em julgado, conforme cópia(s) que segue(m) anexa(s).
Atenciosamente.
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Darci Lopes Beraldo
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
Ao(A) SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar,188, CEP 05403-000, São Paulo / SP.
fls. 1
C_ ADVOCACIA
1 GUALDA JUNIOR Dr. Nivaldo Fernandes Gualda Junlor
048/SP 208.908
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUÍZADO ESPECIAL
DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE PRESIDENTE PRUDENTE - SP.
DISTRIBUIÇÃO
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
MARIA DE FÁTIMA CALAZANS CORREIA BISPO, brasileira, casada, servidor(a) público (a) estadual, vinculada à Secretaria da Saúde, portadora RG no
20.649.194-3, e do CPF no 118.242.198-90, residente e domiciliado(a) na Rua Sete de
Setembro, n0 1949, Centro, CEP 19.210-000, na cidade de Tarabai - SP vem à presença
de Vossa Excelência, por seu procurador, promover a presente AÇÃO ORDINÁRIA, em face da FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, CNP) 46.379.400/0001-
50, podendo ser citado na Procuradoria do Estado na comarca de Presidente Prudente,
na Avenida Coronel José Soares Marcondes, no. 1.394, Presidente Prudente — São Paulo,
CEP 19.053-575, pelos fundamentos de fato e de direito que passo expor:
1. PA GRATUIDADE DA JUSTICA
Requer o reclamante os benefícios da gratuidade de justiça, por ser pessoa pobre na acepção jurídica do termo, conforme declaração anexa e Lei 5.584/70 e
artigo 790 § 3° da CLT.
2. DA CITACÃO ELETRONICA.
Nos termos da lei 11.419/2006, em seu artigo 5°, § 40, vem requer seja
encaminhado por correspondência eletrônica (e-mail: [email protected]) para
Rua Siqueira Campos. 1260 - Pres. Prudente - SP
Fone: (to 3909-5137/ite) 8131-2431
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esse subscritor as notificações sobre as intimações cabíveis, sob pena de nulidade das
intimações.
3. DOS FATOS
A parte autora é servidora pública estadual, exercendo suas atividades
profissionais no Hospital Estadual "Dr. Odilo Antunes de Siqueira" de Presidente Prudente
- SP, na função de Auxiliar de Enfermagem.
A parte autora recebe gratificação denominada Prêmio de Incentivo, que é pago
aos funcionários da Secretaria da Saúde, mas que não é considerado no cálculo das
férias e 130 salário.
Cumpre assinalar, que a referida gratificação é paga de forma permanente e
continua aos servidores desta Secretaria desde 25 de novembro de 1994, com o advento
da Lei 8.975/94, portanto, pela lógica, deveria ser incorporada aos seus vencimentos, no
que tange as férias e 130 salário, o que não vem ocorrendo.
Destaca-se que os documentos que comprovam os valores recebidos são os
holerites e o comprovante de rendimentos anuais, que nesse caso basta pegar o total e
dividir por 12 (doze).
Inconformada com tal situação a autora não vê outro modo senão socorrer-se do
Poder Judiciário para regularizar tal situação
4. DO DIREITO
A gratificação do Premio incentivo em questão (PIN) foi instituída pela Lei Estadual
Paulista no 8.975, de 25 de novembro de 1994, foi posteriormente alterada pela lei no
9185, de 21 de novembro de 1995 e, Lei no 9463, de 19 de novembro de 1996 e demais
decretos. Lei no 9463/96, (lei anexa):
O Prêmio de Incentivo, quando de sua criação possuía um caráter precário e
transitório, além de contar com expressa previsão de que não se incorporaria aos
vencimentos dos servidores, nem tão pouco incidiria sobre qualquer vantagem.
Entretanto com o passar dos anos, aquele caráter precário foi desaparecendo por
conta das inúmeras prorrogações que tornou seu pagamento ininterrupto e habitual,
Rua Siqueira Campos, 1260 - Pres. Prudente - SP Fone: mo 3909-5137,/ms 8131-2431
fls. 2
lis. 3
perdendo totalmente seu caráter provisório anteriormente previsto na legislação
estadual. o
Desse modo, tais regras que deram origem ao "Prêmio de Incentivo" deveria ser •N‘
revistas pela Administração Pública Paulista, para que sejam utilizadas para calculo do
130 salário e no acréscimo de um terço de férias.
Não é outro o entendimento da própria Administração Publica ao consignar que
"os funcionários/servidores que atuam em unidades não municipalizadas da Secretaria da
Saúde, recebem e continuam recebendo Prêmio Incentivo (PIN), instituído pela Lei
8.975/1994", mesmo porque, a atual Lei Paulista no 9.463, de 19 de dezembro de 1996
silencia quanto a duração deste beneficio.
A lei que criou o prêmio incentivo, determinou que referida vantagem não fosse
computada no cálculo do 130 salário a que se refere a lei complementar no 644, de 26 de
dezembro de 1989. ro o
Com o advento da Constituição Federal de 1988, a ideia original, contida na lei
8.975/94, tornou-se inadequada quando conjugada à luz do artigo 70, Inciso VII da Carta
Magna, que determinou: e o
o "Art. 7° - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condições soda!: :71
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VIII- décimo terceiro salário como base na remuneração integral ou no (") (I) valor da aposentadoria". o
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Nesta esteira, versa a Emenda Constitucional no 19/98, que alterou a redação do u..
artigo 39 da Constituição Federal passando à estender tal garantia também aos o o
servidores estaduais, senão vejamos:
"Artigo 39 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios o o (Ni
instituirão conselho de política de administração e remuneração de tom pessoas, integrado por servidores designados pelos respectivos ;R
Poderes. .§ o
§ 3° Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo publico o disposto no To 6 ,c 4.0 artigo 7°,IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX XXII
"L'3! e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão -8 rj
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Rua Siqueira Campos, 1260 - Pres. Prudente - SP Fone: lin 3909-5137/mn 8131-2431 § R
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fie. 4
Dessa maneira, não pode a lei estadual, ao arrepio da Constituição Federal,
determina o pagamento do 130 Salário de forma a contrariar àqueles mandamentos que
determinam seu pagamento sobre a remuneração integral (art. 39,CF). Ademais, o
referido instituto Constitucional não faz menção alguma a verbas que devam ser
afastadas do referido cálculo.
Já decidiu 8a Câmara de Direito Publico, no julgamento da Apelação Cível no
239.241.1/1-00, que:
"Ao caso concreto tem inteira aplicada a regra constitucional de eficácia
plena e incidência imediata decorrente do disposto no artigo 39,
parágrafo 30, c.c. O artigo70, inciso VIII da Carta Magna, de acordo com
a qual a partir de 05/10/88 ficou assegurado aos servidores públicos o
pagamento do décimo terceiro salário com base na remuneração
integral, que pode ser a mais completa e atual".(relator,
Desembargador Santi Ribeiro)
Assim, com a incorporação do Prêmio Incentivo aos vencimentos dos servidores
da Secretaria da Saúde, deve este incidir sobre o calculo do 130 salário e um terço de
férias.
Cumpre demonstrar o entendimento do Eminente Desembargador Torres de
Carvalho:
"A Chamada 'incorporação' é instituído mal definido no direito
administrativo e na jurisprudência; sua ideia inicial perdeu-se no correr
anos e hoje seus contornos são nebulosos. A incorporação, até onde
pude compreendê-la, decorre de duas características simultâneas: (1)
traz ideia de permanência, continuidade, prolongamento; e (11) serve de
base paras outras vantagens, daí a ideia de 'Incorpore' de 'um só
corpo', etc. A incorporação é atributo que fica, em regra geral, ao
critério da lei: 'incorpora-se' o que a lei assim determinar, nos limites
que a lei fixar. A 'permanência', isto é, o prolongamento no tempo, não
se confunde com a incorporação: será paga por prolongado tempo, mas
não servirá de base para outras vantagens. Talvez assim se possa
diferenciar, em rascunho ainda tosco, a diferença entre vantagens
'Incorporadas' e vantagens 'permanentes': aquelas servem de base para
calculo de outras vantagens, estas não. Nota-se que a Incorporação é
atributo que depende do legislador: as vantagens serão 'incorporadas'
ou não segundo seu prudente arbítrio. Não é atributo inerente à
vantagem, é atributo acrescido à vantagem pelo legislador. A sexta-
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parte tem proteção constitucional, que permite restrição por parte do
legislador ordinário. A incorporação far-se-á no modo e nos limites
descritos na lei; mas não pode o interprete, negando o comando
constitucional de incidência da sexta-parte (CE, art. 129) sobre os
'vencimentos integrais, indicar quais verbas entram ou não nesse
calculo. A exclusão de determinadas verbas indica a base de calculo já
não é os 'vencimentos Integrais: Nesse sentido a posição que vai se
impondo neste Tribunal; substitui-se a ideia de 'incorporação' pela ideia
de 'eventuais' e 'não eventuais': a sexta-parte incide sobre todas as
verbas não eventuais, estas já conceituadas acima. A posição de que a
sexta-parte incide apenas sobre as verbas incorporadas em relação ao
servidor ativo e sobre todas elas em relação ao servidor inativo (pois
são verbas permanentes) suscita alguma questão paralela: (1) as
mesmas verbas hoje pagas aos inativos eram pagas em atividade e não
há razão para essa 'mudança de natureza'; é difícil explicar que a
mesma gratificação não entre na base de calculo do ativo e, pelo só fato
da inatividade, entre na base de calculo após a aposentadoria; (ii)
acarreta pagamento maior ao inativo do que o ativo, situação de
escassa justiça; (III) 'incorporação' é qualidade que depende da lei e da
vontade do legislador; é conceito mal definido na lei e na jurisprudência,
a própria doutrina hesita sobre suas características básica. Não se
aplica ao caso da sexta-parte porque a lel não pode sobrepor-se a
Constituição do Estado: se esta manda pagar sobre os vencimentos
integrais, não faz sentido dividir as verbas em Incorporadas e não
incorporadas; (110 são mais apropriados os conceitos de 'verbas não
eventuais, e 'verbas eventuais, inclusive para os ativos; o próprio
conceito de 'verbas permanentes' parece inadequado ao calculo da
vantagem (uma gratificação paga durante certo tempo, ainda que não
se incorpore, é 'permanente' enquanto o servidor ocupar aquela função
ou cargo e entrar na base de calculo). (Apelação Civil n° 325.027.5-4/00 -
São Paulo - 7a Câmara de Direito Publico - j.21.02.2005, V.U.)".
Ficando evidente que o a vantagem em questão (PIN), apresenta os dois
requisitos básicos para que seja considerada incorporada:
(i) Traz ideia de permanência, continuidade, prolongamento; e
(ii) serve de base pura outras vantagens, daí a ideia de in corpore, de
um só corpo.
Diante disso, é patente que o Prêmio encontra-se incorporado aos vencimentos da
autora, devendo apenas ser regulamentado, para determinar sua incidência sobre o
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período pretérito, respeitando a prescrição quinqüenal, em que tal vantagem não foi
paga sobre o 1/3 de férias e o 13° salário da autora.
Esse é inclusive o entendimento de nossos tribunais, vejamos:
Apelação - FUNCIONÁRIO PÚBLICO ESTADUAL - Pretensão: a)
Incorporação da vantagem pecuniária denominada "prendo
incentivo" aos seus vencimentos para que seja considerada no
cálculo do 13° salário, 1/3 constitucional e quinquênio; b) recálculo
do quinquênio; c) gozo ou pagamento da licença-prémio - Sentença
de parcial procedência, na qual não se conhece o direito à licença-
prêmio, tendo em vista que a formulação de pedido genérico - apelo
da demanda.
PREMIO INCENTIVO - Lei Estadual 8.975/94 - Vantagem de caráter
permanente, que integra a remuneração do servidor - O valor deste
prêmio deverá ser levado em conta para o cálculo do quinquênio,
décimo terceiro salário e o terço de férias, diante do disposto nos
artigos 7°, VIII e 39, § 3°, da Constituição Federal, e art. 129 da
Constituição Estadual.
QUINQUÊNIO - Adicional por tempo de serviço incide não apenas
sobre o salário base, mas também sobre as demais parcelas
componentes dos vencimento, entendendo-se por vencimentos
integrais o padrão mais vantagens efetivamente recebidas, salvo as
eventuais - Inteligência do art. 129 da Constituição Estadual -
Gratificação Especial de Atividade, Gratificação Extra, Gratificação
Executiva, Gratificação de Assistência e Suporte á Saúde e
Gratificação Geral não tem natureza eventual.
CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA - Com base
exclusivamente na Lei 11.960/09, tendo em vista que a ação foi
ajuizada após sua edição.
Recurso desprovido. (Ap. 0009475-50.2009.8.26.0297. 9° Câmara de
Direito Público. Rel. Segio Gomes. Voto 17365. Julgado 29/02/2012.)
SERVIDORES INATIVOS. PRÊMIO INCENTIVO. PRESCRIÇÃO. Não
ocorrência. Relação de trato sucessivo. A prescrição atinge apenas as
prestações vencidas por período superior a cinco anos antes do
ajuizamento da ação. A situação de lesão de direito se renova mês a
mês com o pagamento do beneficio em valor menor que aquele
efetivamente devido. Aplicação da Súmula 85 do Superior Tribunal de
Justiça. MÉRITO. PRÊMIO DE INCENTIVO. INATIVOS. Lei Estadual n.
8.975/94 alterada pela Lei Estadual n. 9.185/95. Pretensão de
Inclusão do beneficio na base de cálculo do 13° salário e do abono de
Rua Siqueira Campos, 1260 - Pres. Prudente - SP Fone: m43908-5137/(18) 8131-2431
férias. Prêmio de Incentivo à Qualidade que, em seu grau mínimo
(50%), consubstancia vantagem genérica. Extensão da vantagem ao
servidor inativo. Caráter genérico da vantagem. Inclusão considera a
base de cálculo do 13° salário e o terço de férias.
ALTERAÇÃO DO CRITÉRIO DE INCIDÊNCIA DOS CONSECTÁRIOS
LEGAIS. Incidência de correção monetária e juros de mora de acordo
com o artigo 10-F, da Lei 9.494/97, com a redação que lhe deu a t4P
n0 2.180/01. Reconhecimento da inconstitudonaildade do artigo 5°
da Lei n. 11.960/09. Termo inicial. Juros de mora. Citação. Relação
contratual. Correção monetária. Desde a data em que deveria ter sido
feito o pagamento. Aplicação da Tabela Prática do Tribunal de
Justiça.
RECURSO DOS AUTORES PROVIDO E RECURSO FAZENDÁRIO NÃO
PROVIDO. (Apelação 0039872-43.2012.8.26.0053. 9a Câmara de Direito
Público. 9° Câmara de Direito Público. Rel. Segio Gomes. Voto 17365.
Julgado 16/10/2013.)
Assim é a presente para buscar a obrigação da administração
publica Estadual (requerida) a incluir na base de calculo para pagamento de 13° Salário e
1/3 de Férias da parte autora, bem como a pagar tais valores referente aos últimos 5
anos.
5. DO PEDIDO
Diante do exposto requer:
a) A citação da Ré, junto a Procuradoria do Estado na comarca de Presidente Prudente,
na Avenida Coronel José Soares Marcondes, no. 1.394, Presidente Prudente - São Paulo,
CEP 19053-575, para, querendo, apresente defesa no prazo legal;
b) Seja julgado procedente, reconhecendo o direito da autora de ter o Prêmio de
Incentivo computado no cálculo dos valores pagos no 13° salário e 1/3 de férias, desde a
data em que passou a receber esta vantagem, respeitada a prescrição quinquenal, bem
como na prestação que se vencerem a partir da propositura da presente ação,
condenando a requerida no valor de R$ 2.027.81 correspondente aos 05 (cinco) anos
anteriores a propositura desta ação, conforme planilha anexa;
c) Seja a requerida condenada ao pagamento das custas processuais e honorários
advocatícios no valor de 20% do valor da ação em caso de recurso;
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d) a aplicação do § 40, artigo 5° da lei 11.419/2006, para que seja encaminhado
correspondência eletrônica (e-mail) sobre as intimações do processo, sob pena de o nulidade;
e) Que sejam concedidos os benefícios da Justiça Gratuita nos termos da Lei no
1.060/50, por ser a autora pobre, na acepção jurídica do termo, não podendo arcar com
as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do sustento próprio e de o.
sua família;
f) Requer seja separado o percentual de 30% dos valores a serem recebidos pela
requerente para seu patrono, conforme contrato anexo;
Protesta a Autora provar o alegado por todos os meios de provas em direito
admitidos, especialmente a juntada de novos documentos, testemunhal, pericial e
depoimento da parte contraria.
Dá-se à presente causa o valor de R$ 6.859,81 (valor correspondente ao 2 atrasado mais 12 prestações pleiteadas).
Termos em que, a.
Pede deferimento. o
Presidente Prudente - SP, 2 de novembro de 2013
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NIVALDO FERNANDES GUALDA JUNIOR co
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE PRESIDENTE PRUDENTE FORO DE PRESIDENTE PRUDENTE VARA DA FAZENDA PÚBLICA Av. Coronel José Soares Marcondes, n° 2.201, Sala 55 - Vila São Jorge CEP: 19013-050 - Presidente Prudente - SP Telefone: 18-3221-3144 - E-mail: [email protected]
CONCLUSÃO. Em 01/08/2014, foram estes autos conclusos ao Meritíssimo Juiz de Direito da Vara da Fazenda Pública. Eu, Maria Madalena F. Marquizelli, Chefe de Seção Judiciário.
SENTENÇA
Processo n°: 4004543-36.2013.8.26.0482 Classe - Assunto Procedimento do Juizado Especial Cível - Sistema Remuneratório e
Benefícios Requerente: MARIA DE FÁTIMA CALAZANS CORREIA BISPO Requerido: FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Justiça Gratuita
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Darci Lopes Beraldo
Vistos.
Trata-se de Ação Ordinária movida por MARIA DE FÁTIMA
CALAZANS CORREIA BISPO contra a FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO
PAULO.
Dispensado, "ex vi legis", o relatório (artigo 38 da Lei n° 9.099/95).
DECISÃO:
A ação é PROCEDENTE.
Competente se mostra este Juizado Especial da Fazenda Pública para
conhecer do pedido, trazendo a autora pedido certo e determinado, definindo o valor econômico, o
qual seria obtido, de toda sorte, por simples cálculo, uma vez definidas as balizas na sentença.
Ao mérito:
A autora é servidora pública estadual, exercendo suas atividades como
4004543-36.2013.8.26.0482 - lauda 1
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auxiliar de enfermagem no Hospital Estadual "Dr. Odilo Antunes de Siqueira", de Presidente
Prudente.
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Auferindo a gratificação denominada Prêmio de Incentivo (PI), requer,
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE PRESIDENTE PRUDENTE FORO DE PRESIDENTE PRUDENTE VARA DA FAZENDA PÚBLICA Av. Coronel José Soares Marcondes, n° 2.201, Sala 55 - Vila São Jorge CEP: 19013-050 - Presidente Prudente - SP Telefone: 18-3221-3144 - E-mail: [email protected]
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O o.
embasado na Lei Ordinária 8.975/94, que o referido benefício incida sobre férias e 13° salário,
pleiteando, assim, seu pagamento.
Assiste-lhe razão. Q> ,t-z• (/) o
O Prêmio de Incentivo, instituído pela Lei Estadual 8.975/94 para os
servidores do Quadro da Secretaria da Saúde, objetiva o incremento da produtividade c o
aprimoramento da qualidade dos serviços e das ações executados pela referida Secretaria.
U O A princípio, o prêmio caracterizou-se como gratificação de caráter
o precário, tanto que foi instituída por período certo, na forma da Lei Complementar n° 8.975/94
o (artigo 1°), além de contar com vedação expressa de que esta verba viesse a se incorporar aos
o ca
vencimentos ou salários para qualquer efeito (artigo 4°). ca
a. Sucedeu-se, contudo, com o advento da Lei Estadual 9.463/96, que
alterou a redação da Lei 8.975/94, eliminando a previsão de qualquer período temporal definido
para a sua concessão, conferindo à vantagem caráter permanente. O) 1-1.1 a_ o
Tem-se, logo, que perdeu a dita gratificação o seu caráter precário,
tornando-se permanente. •=c
o
Consequência disso é a inclusão do prêmio incentivo para outros fins, E
tais como 13° salário e 1/3 de férias, sob pena de se afrontar os incisos VIII e XVII, do artigo 7°, .5! ui
da Carta Federal, que por força do artigo 39, § 3o, da Lei Suprema, que garante o pagamento do o Lo "décimo terceiro salário com base na remuneração integral", bem como o "gozo de férias anuais
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remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal" ,3 c(-1 'J:7- o O .cai
(\i O co Nesse sentido se mostra a jurisprudência: a o o
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE PRESIDENTE PRUDENTE FORO DE PRESIDENTE PRUDENTE VARA DA FAZENDA PÚBLICA Av. Coronel José Soares Marcondes, ir 2.201, Sala 55 - Vila São Jorge CEP: 19013-050 - Presidente Prudente - SP Telefone: 18-3221-3144 - E-mail: [email protected]
"COMPLEMENTAÇÃO DE PROVENTOS - Servidor da Secretaria da Saúde — Prêmio de Incentivo - Incidência sobre 13° e 1/3 de férias - possibilidade. Recurso Provido" (TJSP, 3' Câmara de Direito Público, Ap. 9281515-42.2008.8.26.0000, Rel. Marrey Uint, julg. de 03/2/09, reg. 25/2/09).
"Prêmio de Incentivo - Inclusão no cálculo do 13" Salário e no terço constitucional de férias — Admissibilidade" (TJSP, 2" Câmara de Direito Público, Apelação n° 0004412-63.2009.8.26.0129, Rel. Alves Bevilacqua, julg. de 24/5/11, reg. 22/6/11).
Vencimentos. Prêmio de incentivo. Lei Estadual n° 8.975/94. Servidores da Secretaria da Saúde. Pretensão à inclusão no cálculo do 13° salário e terço constitucional das férias. Vantagem de caráter permanente que integra a "remuneração" do servidor. Necessidade de sua inclusão no cálculo, diante do disposto nos artigos 7o, VIII, e 39, § 3o, da Constituição Federal. Ação procedente. Recurso oficial provido em parte. Recurso da Fazenda do Estado improvido" (TJSP, 10' Câmara de Direito Público, Ap. 0168578-77.2010.8.26.0000, rel. Antonio Carlos Villen, julg. 31/5/10, reg. 17/6/10).
Quanto ao valor postulado pela parte autora (R$ 1.753,92 - pág. 24/25),
não há segurança para o seu acolhimento, posto que desprovido de demonstrativo. Carece o valor
declinado em pág. 24/25 de informativos, como valores mês a mês, períodos, índice de correção
etc. Ademais, referido valor foi objetivamente impugnado pela ré.
Não havendo segurança jurídica para se adotar o cálculo apresentado
pela autora, deve-se definir a extensão da sentença, com as verbas devidas e forma de aplicação de
juros e correção monetária, deixando para liquidação de sentença a apuração do valor. E não há
afronta ao sistema do Juizado a condenação em obrigação certa pendente somente de declinação
de valor. Emprestando anotação da obra "Juizados Especiais da Fazenda Pública", de Ricardo
Cunha Chimenti, "a exigência de simples cálculos aritméticos (a exemplo da atualização
monetária de um débito) não torna a sentença ilíquida" (obra citada, Editora Saraiva, pág. 30).
No mesmo sentido doutrina de Joel Dias Figueira Junior (Juizados Especiais da Fazenda Pública,
RT, 2' edição, pág. 224): "Não é ilíquida a sentença condenatória por soma que, para execução,
fica na dependência de elaboração de cálculos aritméticos simples, acompanhados do respectivo
demonstrativo". Reporta-se o autor, neste particular, ao Enunciado 32 do FONAJEF (in verbis):
"A decisão que contenha os parâmetros de liquidação atende ao disposto no art. 38, parágrafo
único, da Lei 9.099/95".
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE PRESIDENTE PRUDENTE FORO DE PRESIDENTE PRUDENTE VARA DA FAZENDA PÚBLICA Av. Coronel José Soares Marcondes, n° 2.201, Sala 55 - Vila São Jorge CEP: 19013-050 - Presidente Prudente - SP Telefone: 18-3221-3144 - E-mail: prudentefazgtjsp.jus.br
Ante todo o exposto e o que mais destes autos consta JULGO
PROCEDENTE a presente ação e o faço para condenar a ré a incluir no cálculo do 13° salário e
no terço constitucional das férias o prêmio de incentivo instituído pela LE 8.975/94.
Condeno a requerida, ademais, ao pagamento das diferenças pecuniárias
havidas, respeitada a prescrição quinquenal.
Para fins de correção monetária a contar de quando deveria ter ocorrido
os pagamentos, de acordo com a Tabela Prática do Tribunal de Justiça, e juros de mora, na ordem
de 0,5% ao mês, a contar da citação.
Julgo extinto o processo, em primeiro grau de jurisdição e com
apreciação do mérito, nos termos do artigo 269, I, do CPC.
Indevida verba honorária (art. 55, Lei 9.099/95).
P.R.I.C.
Presidente Prudente, 01 de agosto de 2014.
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO Presidente Prudente-SP
N° Processo: 4004543-36.2013.8.26.0482
Registro: 2015.0000041737
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso Inominado n°
4004543-36.2013.8.26.0482, da Comarca de Presidente Prudente, em que é FAZENDA
PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO (PGE REG SJRP), é recorrida MARIA DE
FÁTIMA CALAZANS CORREIA BISPO . o cs)
ACORDAM, em 2' Turma do Colégio Recursal - Presidente Prudente, Q)
proferir a seguinte decisão: "Negaram provimento ao recurso. V. U.", de conformidade O
COM o voto do Relator, que integra este acórdão. a)
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O julgamento teve a participação dos MM. Juizes FABIO MENDES
FERREIRA (Presidente) e LUIZ AUGUSTO ESTEVES DE MELLO. cY,
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO Presidente Prudente-SP
N° Processo: 4004543-36.2013.8.26.0482
Recurso n°:
Recorrente:
Recorrido:
4004543-36.2013.8.26.0482
FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO (PGE REG SJRP)
MARIA DE FÁTIMA CALAZANS CORREIA BISPO
Voto n° 243.
Prêmio de incentivo - Prorrogações - Leis Estaduais n°s. 9.185/95 e 9.463/96 - Base de cálculo - Décimo terceiro salário - Terço constitucional - Férias — Admissibilidade. A prorrogação da gratificação, mesmo que por novo tempo determinado, descaracteriza a transitoriedade — A base de cálculo do 13° salário, assim como do terço da remuneração das férias, abrange também as vantagens remuneratórias temporárias, consideradas na expressão 'remuneração integral' do texto constitucional de 1988 e da lei estadual. Segurança concedida. Recurso não provido.
Questão semelhante já foi apreciada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, consoante segue:
"Prêmio de incentivo - Prorrogações - Leis Estaduais n°s. 9.185/95 e 9.463/96 - Base de cálculo - Décimo terceiro salário - Terço constitucional - Férias — Admissibilidade. A prorrogação da gratificação, mesmo que por novo tempo determinado, descaracteriza a transitoriedade - A base de cálculo do 13° salário, assim como do terço da remuneração das férias, abrange também as vantagens remuneratórias temporárias, consideradas na expressão 'remuneração integral' do texto constitucional de 1988 e da lei estadual. Segurança concedida. Recurso provido" (TJSP, Ap. n°. 0010591-42.2012.8.26.0053, j. 25.03.2013, Rel. Des. Urbano Ruiz).
Constou do corpo do acórdão o seguinte:
"O Prêmio de Incentivo foi concedido aos servidores em exercício na Secretaria da Saúde pela Lei Estadual n° 8.975/94. Inicialmente por doze meses (art.1° da Lei), mas, em 21.11.95, foi publicada a Lei Estadual n° 9.185 que deu nova redação ao parágrafo único do art.1° da Lei Estadual n° 8.975/94, para estabelecer que o prazo para concessão do prêmio poderia ser prorrogado até 30.11.96 (art.1°). Por fim, em 19.12.96, foi editada a Lei Estadual 9.463,
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concedendo o beneficio por tempo indeterminando. A Constituição Federal, no art. 7°, VIII,
dispõe que o décimo terceiro salário será pago com 'base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria.'
Como bem mencionado pela ilustre Des. Tereza Ramos Marques: 'Em São Paulo, a Lei Complementar Estadual 644/89 que adaptou as normas estatutárias à nova ordem constitucional, considerou abrangidas na expressão 'remuneração integral' para efeito de cálculo do décimo terceiro salário também as vantagens rem uneratórias temporárias ou não incorporadas, pois só excluiu de sua base de cálculo as vantagens indenizatórias'.
E, continua: 'Incentivo ao trabalho eficiente, o prêmio remunera serviço já prestado, compondo a remuneração mensal, da qual o décimo terceiro salário não discrepa, sendo mera projeção, pela sua configuração constitucional, impondo-se respeitar sua abrangência.
Não se trata de verba indenizatória, mas de efetiva remuneração, destinada a incentivar a eficiência na atividade laborai, não tendo a natureza exclusivamente reparadora de perdas, típica das verbas indenizatórias.'
Ilegal, portanto, a vedação de inclusão do Prêmio de Incentivo na base de cálculo do 13° salário, contida na Lei Estadual n° 8.975/94 em confronto com a Lei Complementar 644/89. O mesmo se pode dizer no tocante ao terço acrescido na remuneração das férias, posto que não se trata de vantagem autônoma, mas simples majoração dos próprios vencimentos que remuneram o período de descanso.
O Estatuto dos Funcionários Públicos Estaduais, Lei 10.261/68 firma, em seu art. 176, par.4°, que 'durante as férias, o funcionário terá direito a todas as vantagens, como se estivesse em exercício.'
Portanto, nada lhe pode ser tirado na remuneração do período de férias que inclui o terço, simples majoração dos vencimentos então devidos, como se pode observar da leitura do art.7°, inciso XVII, da Constituição Federal, aplicável ao servidor público por força do art.39, par.3°, da mesma Carta, a saber: '....férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal'.
Trata-se de disposição constitucional aqui aplicada por meio do Decreto Estadual 29.439/88, cujo art. 1° acresce um terço na retribuição mensal paga ao servidor em gozo de férias, dispondo-se em seu parágrafo único que 'entende-se como retribuição mensal o valor dos vencimentos, remuneração ou salários, acrescidos das demais vantagens que tenham sido incorporadas para todos
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os efeitos legais e aquelas cuja percepção por ocasião das férias estejam legalmente asseguradas', disposição esta perfeitamente compatível com a Constituição Federal e com o dispositivo do Estatuto do Funcionário Público Estadual supra evocado".
Com essas observações, na forma do artigo 46 da Lei Federal 9.099/95, fica a sentença mantida por seus próprios fundamentos.
Aliás, essa é a sistemática que o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo vem adotando, autorizado pelo art. 252 de seu Regimento Interno, conforme precedente abaixo:
"O art. 252 do Regimento Interno deste Egrégio Tribunal de Justiça estabelece que 'Nos recursos em geral, o relator poderá limitar-se a ratificar os fundamentos da decisão recorrida, quando, suficientemente motivada, houver de mantê-la'. Nesta Seção de Direito Privado, o dispositivo regimental tem sido largamente utilizado por suas Câmaras, seja para evitar inútil repetição, seja para cumprir o princípio constitucional da razoável duração dos processos. Anote-se, dentre tantos outros: Apelação 99406023739-8, Rel. Des. Elliot Akel, 1a Câmara, São Paulo, em 17/06/2010; AI 990101539306, Rel. Des. Luiz Antonio de Godoy, 1a Câmara, Jaú, em 17/06/2010; Apelação 99402069946-8, Rel. Des. Paulo Eduardo Razuk, 1a Câmara, São Paulo, em 08/06/2010; Apelação 99405106096-7, Rel. Des. Neves Amorim, 2a Câmara, São José do Rio Preto, em 29/06/2010; Apelação 99404069012-1, Rel. Des. José Roberto Bedran, 2a Câmara, São José dos Campos, em 22/06/2010; Apelação 99010031478-5, Rel. Des. Beretta da Silveira, 3a Câmara, São Paulo, em 13/04/2010; Apelação 9940500973556, Rei. Des. James Siano, 5' Câmara, Barretos, em 19/05/2010; Apelação 99401017050-8, Rel. Des. José Joaquim dos Santos, 6a Câmara, São Paulo, em 27/05/2010; Apelação 99404073760-8, Rel. Des. Paulo Alcides, 6a Câmara, Indaiatuba, em 01/07/2010; Apelação 99109079089-9, Rel. Des. Moura Ribeiro, 11a Câmara, Lins; em 20/05/2010; Apelação n° 990.10.237099-2, 13' Câmara, Rei. Des. Luiz Roberto Sabbato, em 30.06.2010; Agravo de Instrumento 99010032298- 2, Rel. Des. Edgard Jorge Lauand, 15a Câmara, Atibaia, em 13/04/2010; Apelação 991.09.0841779, Rel. Des. Simões de Vergueiro, 17a Câmara, Araçatuba, em 09/06/2010; Apelação 991000213891, Rel. Des. Paulo Roberto de Santana, 23' Câmara, São Paulo, em 09/06/2010; Apelação n° 992.07.038448-6, São Paulo, Rel. Des. Cesar Lacerda, 28' Câmara, em 27.07.2010. O Colendo Superior Tribunal de
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N° Processo: 4004543-36.2013.8.26.0482
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Justiça tem prestigiado este entendimento quando predominantemente reconhece 'a viabilidade de o órgão julgador adotar ou ratificar o juízo de valor firmado na sentença, inclusive transcrevendo-a no acórdão, sem que tal medida encerre omissão ou ausência de fundamentação no decisum' (REsp n° 662.272-RS, 2a Turma, Rel. Min. João Otávio de Noronha, j . de 4.9.2007; REsp n° 641.963-ES, 2a Turma, Rel. Min. Castro Meira, j . de 21.11.2005; REsp n° 592.092-AL, 2a Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, j . 17.12.2004 e REsp n° 265.534- DF, 4a Turma, Rel. Min. Fernando Gonçalves, j de 1.12.2003)" (TJSP, Ap n°. 0001769-15.2010.8.26.0480, Ricardo Negrão, j. 16/04/2012).
DO DISPOSITIVO.
Pelo exposto, voto pelo não ,provimento do recurso, arcando a recorrente com o pagamento das custas e despesas processuais, observando-se as isenções legais, e honorários advocatícios sucumbências que, na forma dos §§ 3° e 4°, do art. 20, do CPC e art. 55, da Lei Federal 9.099/95, fixo em 1.500,00, corrigidos a partir da publicação deste, na forma da lei Federal 9.494/97.
GABRIEL MEDEIROS JUIZ RELATOR
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PODER JUDICIÁRIO DO SÃO PAULO Fórum de Presidente Prudente - Av. Miguel Damha, 225, Parque Residencial
Damha - CEP 19053-681, Presidente Prudente-SP Processamento de Turmas
Recurso n° 4004543-36.2013.826,0482
CERTIDÃO DE TRÂNSITO
Certifico e dou fé que do V. Acórdão de fls. retro, até a presente data no foi interposto qualquer recurso, tendo transitado em julgado, em 06-07-15.
Presidente Prudente, 16 de julho de 2015
REMESSA
Remeto o presente processo ao Cartório de Origem em 16 de julho de 2015, para os devidos fins.
Presidente Prudente, 16 de julho de 2015
Ezilda Pinheiro Ribeiro Matricula:M86676
Escrevente Técnico Judiciário
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE GABINETE DO SECRETÁRIO
SISRAD N° 156.797/2015
Recebido em 26 de agosto de 2015
De ordem da Chefia de Gabinete, encaminhe-se à CSS
Para : 1 — ( ) Autuar e Protocolar
2 — (x ) Conhecer;
3 — ( x) Informar:
4 — ( ) Consultar
5 - ( ) Providenciar:
6 — ( ) Observações
7 - ( x ) Retornar
8 - ( ) Não retornar
G.S., em 26 de ago-sto-de 2015.
R NATA GOMES DOS SANTOS Assessor Técnico de Gabinete
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
PORTARIA DA DIRETORA DE
A DIRETORA DO CENTRO DE CONTROLE DE RECURSOS
HUMANOS, DO GRUPO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL, DA
COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS, no uso de suas atribuições legais,
DECLARA, que, à vista de decisão judicial transitada em julgado, constante do Processo n°
4004543-36.2013.8.26.0482, da Vara da Fazenda Pública - Foro de Presidente Prudente
/SP e Processo SS n° 001/0008/000.520/2015, MARIA DE FATIMA CALAZANS
CORREIA BISPO, RG. 20649194-3, do Hospital Estadual "Dr. Odilo Antunes de
Siqueira" de Presidente Prudente, faz jus a inclusão do valor do Prêmio de Incentivo,
instituído pela Lei n° 8.975/94 e alterações posteriores, na base de cálculo do décimo
terceiro salário e do 1/3 constitucional de férias percebido, com o pagamento das
diferenças devidas, observada a prescrição quinquenal (o ajuizamento da ação ocorreu em
04/11/2013).
CENTRO DE CONTROLE DE RECURSOS HUMANOS, DO GRUPO
DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL, aos
MÁRCIA ALVES DE BARROS Diretor Técnico II
Nm/2230