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FUNDAÇÃO ALFREDO DA MATTASECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE
Editorial
O QUE TROUXE O 4º. CONGRESSO BRASILEIRO DE DST (DST4) ?
GOVERNO DO ESTADO DO AMAZONAS
Casos de Leishmaniose
Outras Dermatoses de Interesse Sanitário
Notícias, Eventos & Produção
Atendimentos Realizados na FUAM - 2002
Casos de Hanseníase nos Municípios do Amazonas
Doenças Sexualmente Transmissíveis Notificadas na FUAM
BOLETIMEPIDEMIOLÓGICO
1......................................................................
ANO III - NÚMERO 009 Abr/Set 2002
O QUE TROUXE O 4º. CONGRESSO BRASILEIRO DE DST (DST4) ?
O DST4 ofereceu um espaço ideal para a realização exitosa do Primeiro Encontro Pan-Amazônico de DST, onde a FUAM ficou como o centro de onde irão convergir as discussões sobre os programas de controle de DST nas regiões de fronteira. Demonstrou a capacidade organizativa dos profissionais/técnicos e pessoal administrativo da Fundação Alfredo da Matta. Durante o congresso Manaus se converteu na capital das DST do Brasil e da América Latina e contou com a participação de 1432 congressistas e 243 convidados com um total de 1675 participantes, o que provavelmente foi um recorde para um congresso da área de saúde na cidade (Figura 1).
Figura 1 - Distribuição dos participantes do DST41 a 4 /09/2002 - Manaus - AM
Congressistas85,5%
Conferencistas/convida14,5%
1432
243
n = 1.675
dos
O congresso permitiu estreitar ainda mais os laços de cooperação entre FUAM, Sociedade Brasileira de DST com a Coordenação Nacional de DST\Aids.
Participaram pessoas procedentes de todos os estados brasileiros e dos países da América Latina, Estados Unidos, Canadá e Europa (Figura 2). Foram apresentados mais de 500 trabalhos e comunicações científicas que abordaram os aspectos da Epidemiologia, Prevenção, Clínica e Laboratório das DST.
Figura 2- Distribuição dos congressistas do DST4 por região do Brasil ou país
1
1
2
2
3
72
103
118
247
883
Bolivia
Uruguai
Venezuela
Colombia
Espanha
Região Sul
Região Centro-Oeste
Região Nordeste
Região Sudeste
Região Norte
0 200 400 600 800 1000
n = 1.432
Um grande número de jovens profissionais do estado tiveram a oportunidade de participar em 5 cursos pré-congresso (Figura 3) e 6 cursos intra-congresso coordenados por importantes personalidades nacionais e estrangeiras de reconhecido prestígio no campo das DST.
Figura 3 - Distribuição dos participantes dos cursos pré-congresso no DST4
160
89
44
122
31
Atualização em Laboratório de DST
Humanização do pré-natal e Manejo portadoras HIV
Enfermagem em DST
Preparatório Título Qualificação em DST
da Metodologia pesquisa clínica e epidemiologica
0 50 100 150 200
n = 446
Foram oferecidas conferencias especiais por distinguidos representantes dos programas mundial e das Américas para DST/Aids assim como, de importantes universidades e centros de investigações nacionais e estrangeiros.
Representou um formidável fórum de discussão científica e intercâmbio de experiências e conhecimentos.Foram apresentadas as experiências mais bem sucedidas na área de Prevenção em nosso país.Propiciou um marco adequado para a articulação de parcerias com agencias internacionais e ONGs para o controle
das DST no país.Ofereceu espaço para a reunião com os coordenadores de centro de treinamento de DST, reunião dos coordenadores
de programas estaduais de DST/Saids e Encontro dos Pontos Focais da Rede Latino-Americana das DST com lançamento de Website.
Propiciou que a presidência da Sociedade Brasileira de DST ficasse durante os próximos 2 anos no Estado do Amazonas.
Destaca-se entre outros a apresentação de conferências sobre aspectos novos e controvérsias do momento atual no campo das DST como: As intervenções em grande escala realizada em Mwanza, Rakai e Masaka na África, que proporcionaram novos conhecimentos para os programas mundiais de controle das DST/HIV; A importância do desenvolvimento de testes rápidos de laboratório que facilitaria o diagnóstico etiológico das DST; A interação entre HIV e outras DST com especial referencia ao vírus da herpes; Intervenções comportamentais na África, América Latina e Estados Unidos; Tradição, Invenção e Ação no controle das DST que examinou a situação, evolução e controle das DST em relação com os profissionais envolvidos, as estratégias de prevenção e a elaboração de planos e programas.
Do total dos trabalhos apresentados foram escolhidos 8, para serem premiados, 4 de temas livres e 4 como forma de poster correspondentes as áreas temáticas de Epidemiologia, Assistência, Prevenção e Laboratório, escolha difícil pela quantidade e qualidade dos trabalhos apresentados. Receberam o Prêmio Dr. Alfredo da Matta e Unimed: !Estratégias para assegurar a efetividade das ações de treinamento em DST -Telma Regina B. S. Queiroz;!Avaliação de Anticorpos IgG e IgA ANTI-chlamydia trachomatis e do DNA clamidial em mulheres com obstrução tubária ou com antecedentes de gravidez ectópica - Ana Claudia Sena Machado;!Identificação de recursos epidemiológicos no controle das DST - Ana Claudia Camargo G. da Silva;!Representações sociais de DST/Aids entre índios Baniwa: Implicações e aplicações na prevenção - Luiza Garnelo;!Grupo de adesão- Enfrentando desafios - Gonçalves,M.M.G;!Investigação de Doenças Sexualmente Transmisíveis - Celina Santos Boga M. Porto;!Impacto das intervenções na redução da TMI do HIV - Francisco de Assis Silva Gomes;!Projeto Aids: Juventude e participação - Maria Rocineide Ferreira da Silva. Finalmente foi aprovado a realização do DST5 na cidade de Recife- Pernambuco em 2004.NOSSA EQUIPE FELICITA AOS ORGANIZADORES DO DST4 E DESEJA OS MELHORES ÊXITOS PARA O DST5
BOLETIMEPIDEMIOLÓGICO
2 ......................................................................
Casos de Hanseníase por mes de notificação em Manaus ,Interior e Amazonas, no período de Abril a Setembro de 2002
Fonte: GECD / Fundação Alfredo da Matta
Abr Mai Jun Jul Ago Set
0
20
40
60
80
100
120
140
Amazonas Manaus Interior
Amazonas 129 97 111 124 79 33
Manaus 58 46 53 56 46 25
Interior 71 51 58 68 33 8
Número
Meses
n = 573
Casos detectados de Hanseníase segundo avaliação do grau de incapacidade em Manaus ,Interior e Amazonas, no período de abril a setembro de 2002
Fonte: GECD / Fundação Alfredo da Matta
Grau 0 Grau I Grau II e III N. aval.
0
20
40
60
80
Amazonas Manaus Interior
Amazonas 76,1 10,8 5,8 7,4
Manaus 74,8 8,1 6,8 10,3
Interior 77,3 13,4 4,7 4,5
%
Grau de incapacidade
n = 573
Casos de Doenças Sexualmente Transmissíveis notificados no periodo de Abril a Setembro de 2002 - Fundação Alfredo da Matta
Fonte:GECD/ Fundação Alfredo da Matta
0,1
0,10,10,3
0,60,7
1,5
1,91,92,3
3,4
77
8,614,6
21,228,6
DonovanoseCerv. por clamídia
Uretrite por clamídia
TricomoníaseLinfogranuloma venereo
Out. etiol. cervicitesCerv. gonocócica
Cancro moleOutros diagnósticos
Out. formas sifilisSifilis recente
Vaginose bacterianaCandidíase
Herpes genital
Out. etiol. uretrite
Uretrite gonocócicaCondiloma acuminado
0 5 10 15 20 25 30 35
Diagnóstico
%
N= 1.435
CASOS DE DST NOTIFICADOS NA FUAM
BOLETIMEPIDEMIOLÓGICO
3......................................................................
2002 ACUMULADO
ABR MAI JUN JUL AGO SET TOTAL DO ANO
MASC. 28 12 8 7 7 9 71 133 FEM. 12 3 2 3 7 1 28 52
TOTAL 40 15 10 10 14 10 99 185
CASOS DE LTA NOTIFICADOS NA FUAM 2002
SEXO
Distribuição dos casos de primeira vez de dermatoses prioritárias por sexo atendidas no período de abril a setembro de 2002
Fundação Alfredo da Matta
Fonte: GECD/Fundação Alfredo da Matta
Masculino41,4%
Feminino58,6%
n = 1.864
Distribuição dos casos de primeira vez de dermatoses prioritárias por grupo mais frequentes atendidas no período de Abril a Setembro de 2002 na Fundação Alfredo da Matta
Fonte:GECD/ Fundação Alfredo da Matta
0,10,30,60,6
11,1
1,51,71,71,81,8
3,13,6
4,14,85,1
6,26,56,5
6,97,5
12,121,5
Tb Cutânea e Micobact.Doenças hereditárias
BulosesDoenças metabólicas
Micoses Subcutâneas e ProfundasPitiriase Rósea
Dermatoses viraisDermatozoonoses
PiodermitesDermatoses auto-imunes
NevoLíquens
AlopéciaTumores benígnosDermatite atópica
PsoríaseMicoses superficiais
Acne, seborréia e afinsDiscromias
Out. dermatoses infec. e não infecciosasCâncer de pele
Dermatoses não especif.Dermatoses alérgicas
0 5 10 15 20 25%
n = 1.597
Distribuição dos casos de Leishmaniose segundo sexo e mês de atendimento Fundação Alfredo da Matta - Abril a Setembro de 2002
Fonte: GECD/Fundação Alfredo da Matta
Abr Mai Jun Jul Ago Set
0
10
20
30
40
50
Total Masculino Feminino
Total 40 15 10 10 14 10
Masculino 28 12 8 7 7 9
Feminino 12 3 2 3 7 1
Número
Meses
n = 99
Distribuição dos casos de Leishmaniose segundo faixa etária Fundação Alfredo da Matta - Abril a Setembro de 2002
Fonte: GECD/Fundação Alfredo da Matta
0-04 5-9 10-14 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50 +
0
5
10
15
20
% 5,1 7,1 7,1 18,2 17,2 7,1 9,1 7,1 9,1 5,1 8,1
%
Faixa etária
n = 99
BOLETIMEPIDEMIOLÓGICO
4 ......................................................................
FUNDAÇÃO ALFREDO DA MATTARua Codajás, 24 - CachoeirinhaFones: (0xx92) 663 4747/ 663 2350Fone/Fax: (0xx92) 663 6116E-mail: [email protected] - Amazonas -Brasil
APOIO
ELABORAÇÃO:
DIAGRAMAÇÃO:
Gerência de Epidemiologia e Controle de Doenças
Gerência de Processamento de Dados
NOTIFIQUE
663 6116663 4747
Entre os dias 30 e 31 de agosto foi realizada na Cidade de Manaus, Amazonas, Brasil, o Primeiro Encontro Pan-Amazônico de DST patrocinado pela OMS/OPS. A coordenação deste evento, que era parte do programa oficial do " IV Congresso da Sociedade Brasileira de DST", esteve sob a responsabilidade da FUAM, por meio de seu Diretor Presidente Dr. Ronaldo Amazonas, enquanto unidade de excelência no desenvolvimento de atividades de atenção e controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis e aspirante a Centro Colaborador da OMS em DST para América Latina. Foram convidados a participar representantes dos Programas Nacionais de Atenção e Controle de DST da Venezuela, Colômbia, Peru, Equador, Bolívia, Brasil Guiana, Guiana Francesa e Suriname. Participaram no evento equipe de técnicos das Coordenações Nacionais dos Programas de DST/Aids do Brasil, Venezuela, Peru, Bolívia e Colômbia, Coordenadores Estaduais de Programas de DST/Aids do Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima e Amapá, representantes de organizações internacionais (OPS, OMS) organizações não governamentais (SOCEHMA, UNAIS) instituições científicas (UFAM, FIOCRUZ, FMTAM, INPA) e autoridades governamentais (FUNASA) do Estado do Amazonas, pessoal técnico (USAID) de algumas regiões de fronteiras e observadores do Uruguai, Honduras e Cuba.
O objetivo deste encontro era propor novas possibilidades de colaboração para o controle das DST nas áreas de fronteira da Amazônia Internacional.
1 - ResultadosComo resultado da discusão em plenária da caracterização destas áreas se elaborou uma
proposta integral para o desenvolvimento de um Plano Pan-Amazônico de Atenção e Controle da DST.
1.1 Componente Técnico: Estratégias:[ Elaboração e implementação de uma proposta integral para os países da região Amazônica;[ Implementação de um projeto piloto conjunto de assistência para as DST na fronteira Brasil / Colômbia onde já foi realizado um diagnóstico de situação de
saúde (Population Council);[ Realizar diagnóstico situacional em outros pontos da fronteira Brasil / Bolívia e Brasil / Venezuela;[ Construção de um modelo de atenção para DST nas áreas de fronteiras;[ Como resultado desta estratégia foram assumidos compromissos do tipo técnico relacionados com a realização de reuniões com os profissionais de saúde
dos municípios "pareados" de fronteiras e representantes de organizações não governamentais locais, seguido de capacitação de gestores a nível local mediante a realização de um curso de Gerência e Planejamento em DST para gestores de municípios pareados de fronteiras. Também se designou a Fundação Alfredo da Matta para encarregar-se das atividades de capacitação, registro de dados e sede de novos encontros;
1.2 Componente Político Institucional: Estratégias:üUtilizar os foros existentes, assim como promover a criação de novos espaços de discussão técnico-política para incluir o tema DST/HIV/Aids na região
Pan-Amazônica;[ Sensibilizar as autoridades nacionais e de organizações internacionais para inserção do problema na agenda política dos países e organismos
internacionais;[ Concretizar estratégias integrais para abordar o controle das DST nas regiões de fronteiras;[ Sensibilizar os meios de comunicação sobre o problema das DST nas fronteiras e obter sua colaboração;[ Entre as atividades para fortalecer este componente se recomenda a elaboração de documentos para ser utilizados nos foros internacionais, promover a
inserção do tema nas próximas reuniões do Pacto Amazônico e nas reuniões dos Ministérios de Saúde e Conferência Pan-americana da OPS;[ Utilizar iniciativas e convênios existentes como o Fundo Global, Pacto Amazônico e outros para mobilizar novos recursos e otimizar os já disponíveis na
região Pan-Amazônica;[ Também se considerou de grande importância introduzir a discussão do tema DST/HIV/Aids em regiões de fronteiras nos debates do II Foro de
HIV/Aids/DST para América Latina e Caribe "Foro 2003" a ser realizado na Cidade de Havana, Cuba em abril de 2003 e no Congresso Mundial de DST que se realizará em Punta del Este, Uruguai em dezembro do mesmo ano.
1.3 Componente Sociedade Civil: Estratégia:üSensibilizar e motivar grupos da Sociedade Civil para que atuem nas regiões de fronteiras, participando na tomada de decisões para o controle das DST;üPara isso será necessário identificar organizações ou grupos organizados que trabalhem nas áreas de fronteira, priorizando aqueles que trabalham com
subgrupos de populações vulneráveis para as DST (trabalhadores do sexo comercial, migrantes e outros);üTambém se recomendou identificar grupos de alta vulnerabilidade que não estam recebendo apoio de nenhuma entidade e estabelecer uma rede de
comunicação com eles explicando-lhes os objetivos das atividades propostas;üFinalmente se propôs realizar uma reunião com representantes das ONG locais para elaborar um programa de enfrentamento conjunto ao problema
das DST nas regiões de fronteiras.
Fonte: ASPLAN
Iº ENCONTROPAN-AMAZÔNICO
Iº ENCONTROPAN-AMAZÔNICO